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Há 221 anos, todo mês de dezembro, Bragança (PA) é palco da Marujada de São Benedito, festa que homenageia o santo preto. Em 2019, foi iniciado o inventário da Marujada para documentar a manifestação.
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O primeiro registro da Marujada é de 1789, quando um grupo de negros escravizados fundou a Irmandade de São Benedito de Bragança, com o objetivo de promover louvores ao santo com músicas e danças.
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Mais de 200 marujas e marujos dançam xote, mazurca e retumbão em louvor a São Benedito. O ritual inclui leilão, arraial, missas e procissão, que reúne milhares de pessoas pelas ruas de Bragança.
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O levantamento do mastro é um dos momentos mais esperados, e ocorre em meio à alvorada – um foguetório que se espalha pela cidade. Devoção, música e festa se misturam na Marujada.
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Toda a festa é conduzida pela Capitoa, cargo exercido exclusivamente por mulheres, o que confere à Marujada um caráter fortemente matriarcal.
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A Marujada já é reconhecida como patrimônio do estado do Pará. Agora o Iphan realiza o inventário, que poderá resultar no registro como Patrimônio Cultural do Brasil. Na foto, o marujo.
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Datada de 1905, a fotografia é o mais antigo registro do interior da igreja de São Benedito, onde parte da festividade é realizada anualmente.