A Biblioteca Antiga de Alexandria no Egito
Além do Farol antigo de Alexandria, a Biblioteca Antiga celebre de Alexandria foi o maior centro de cultura e saberes no mundo antigo. A Biblioteca antiga foi construída pelo rei Ptolomeu I cerca de 288 a.C. como um edifício anexo ao Museu (o Lar d Ciência) que foi o primeiro centro de pesquisa no mundo. O Museu foi um tipo de academia que atraiu os mais proeminentes intelectuais, cientistas e eruditos do mundo antigo. Acredita-se que tanto o Museu, como a Biblioteca antiga de Alexandria faziam parte dos edifícios mais importantes do quarteirão “Alfa”, conhecido também como o Bruchium (O Bairro Real). Foi conhecida entre os alexandrinos antigos como “a Biblioteca Mãe” porque havia outra biblioteca anexada ao Templo de Serapis denominada “a Biblioteca Filha”. Segundo as narrações clássicas sabemos que a Biblioteca de Alexandria continha todos os livros de saberes, ciências e artes no mundo antigo e conforme uma estimativa possuía cerca de 700 000 manuscritos em todos os tópicos. Foi presidida por figuras de grande mérito como o poeta Callimachus, o primeiro que fez um catálogo dos livros baseado na classificação dos temas e dos autores, por isso foi considerado o pioneiro da bibliografia. Ptolomeu I e os decanos da biblioteca de Alexandria foram amadores de livros e empenhados em colecionar as melhores obras do mundo inteiro, por tanto a biblioteca foi um estabelecimento aberto às diversas culturas e tendências. Consecutivamente, grandes tarefas de tradução e reedição de obras foram levadas a cabo. Parece que a biblioteca nos primeiros séculos continha uma mistura de todas as culturas e línguas conhecidas da época, mesmo a língua grega foi a predominante. Infelizmente este grande estabelecimento sofreu de catástrofes consecutivas ao longo dos séculos.
Provavelmente que durante os episódios da Guerra de Alexandria no ano 48 a.C, quando havia conflito entre Cleópatra VII e seu irmão Ptolomeu XIII, Cesar mandou incendiar a marinha ptolomaica então amarrada ao porto, mas parece que as chamas alcançaram outros edifícios da cidade, perto do porto da cidade, sobretudo a Biblioteca e o Museu.
Havia na cidade de Alexandria várias revoltas e períodos de instabilidade o que provavelmente resultasse em mais destruição, o que levou ao traslado do restante dos livros salvos à Biblioteca Filha anexada ao Templo de Serapis (O Serapeum). Nos séculos IV e V d.C , sobretudo após o reconhecimento pelo cristianismo, por Constantino o grande em 323 d.C e um pouco mais tarde com a adoção do Cristianismo como a única fé no Império Romano, resultou em ataques e hostilidades pelos entusiastas cristãos contra os centros considerados de cultura pagã, foi de facto, uma série brutal de destruição, portanto se acredita que a Biblioteca Filha anexada ao Serapeum foi incendiada em 391.d.C.