Esther Díaz

La filosofía de
Michel Foucault
Segunda edición (corregida)

E d i t o r i a l Biblos
 Díaz, E s t h e r
La filosofía de M i c h e l F o u c a u l t . - 2''ed. - B u e n o s
Aires: Biblos, 2003
186 p p , ; 2 3 x 16 c m . - (Filosofía) ÍNDICE

ISBN 9 5 0 - 7 8 6 - 3 7 4 - 5
U n o s años después. Prólogo a l a s e g u n d a edición 9
I . Título - 1. Filosofía M o d e r n a O c c i d e n t a l
I. VIDA Y OBRA 11

II. E L SABER 17
a. E l d e s o r d e n y l a d i f e r e n c i a 20
b. L a producción de e n u n c i a d o s y de objetos 27
c. La m u e r t e 31
d . La pobreza y l a l o c u r a 44
e. L a producción de l a razón m o d e r n a 49
f. Las ciencias sociales 68

P r i m e r a edición: m a r z o de 1995 III. E L PODER 75

a. E l d i s c u r s o d e l p o d e r 77
b . Pensar desde Nletzsche 84
Diseño de t a p a : Michelle Kenigstein c. Los d i s p o s i t i v o s de poder 101
Foto de s o l a p a Támara Pinco d . E l p o d e r y el p l a c e r 111
Coordinación: Mónica Urrestarazu e. Borges y l a s e x u a l i d a d 112
f. E l i n d i v i d u o d o m e s t i c a d o 115
g. H a b e r m a s y F o u c a u l t 119

© E s t h e r Díaz, 1995 IV. E L S E X O Y LA ÉTICA 123

© Editorial Biblos. 1995 a. L a p e r s p e c t i v a ética 126
Pasaje José M . G i u f f r a 3 1 8 , C 1 0 6 4 A D D B u e n o s Aires b . L a relación c o n u n o m i s m o 130
i n f o @ e d i t o r i a l b i b l o s . c o m / [email protected] c. E l d o m i n i o de sí 133
w w w . editor i a l b i b l o s . c o m d. U n a de las c o n d i c i o n e s de p o s i b i l i d a d d e l psicoanálisis:
Hecho el depósito que d i s p o n e la Ley 11.723 el c r i s t i a n i s m o 144
I m p r e s o e n la A r g e n t i n a e. Las s u b j e t i v i d a d e s éticas contemporáneas 155

N i n g u n a p a r t e de esta publicación, i n c l u i d o el diseño de l a c u b i e r t a , puede V. KAFKA Y D E L E U Z E 163

r e p r o d u c i r s e , a l m a c e n a r s e o t r a n s m i t i r s e e n f o r m a a l g u n a , n i t a m p o c o por
m e d i o a l g u n o , sea éste eléctrico, químico, mecánico, óptico de grabación o V I . LA V I D A A S U M I D A C O M O O B R A D E A R T E 171
de fotocopia, s i n la p r e v i a autorización escrita p o r p a r t e de l a e d i t o r i a l .
EPÍLOGO 179
E s t a s e g u n d a edición de 2 . 0 0 0 ejemplares
fue i m p r e s a en Gráfica LAF, BIBLIOGRAFÍA 183
Loyola 1 6 5 4 , B u e n o s Aires, 1. Bibliografía d e M i c h e l F o u c a u l t 183
República A r g e n t i n a , 2. Bibliografía sobre M i c h e l F o u c a u l t . 184
en m a y o de 2 0 0 3 .
100 Eslíier Díaz III. IÍI poder 101

b l e , l o q u e d e b e a p a r t a r d e l c r i m e n ; l a mecánica e j e m p l a r d e l c a s t i g o c a m b i a l a s b a n d e r a s q u e se l e v a n t a n s o n l a reforma d e l s e r d e l h o m b r e d e s c a r r i a d o
s u s e n g r a n a j e s . A l i g u a l q u e " E n l a c o l o n i a p e n i t e n c i a r i a " , de F r a n z Kaíka. y l a recuperación d e l d e l i n c u e n t e , sólo se t r a b a j a s o b r e el c u e r p o . C o m o el
e n l a c u a l , c u a n d o e l a n t i g u o régimen d e j a d e t e n e r v i g e n c i a , l a m á q u i n a d e c u e r p o está i n m e r s o e n u n c a m p o político, l a s r e l a c i o n e s d e p o d e r actúan
c a s t i g a r se a u t o d e s t r u y e . s o b r e él. E l c u e r p o se c o n v i e r t e e n f u e r z a productiva, p a r a ello se l o somete.
U n a s o r d a c o n c i e n c i a de c u l p a parece s u r g i r en ciertos d i s c u r s o s E s t o l o c o n v i e r t e e n fuerza útil Se c o n s t i t u y e u n a "tecnología política" d e l
p r o c e s a l e s d e fin d e l s i g l o XVlli. E s feo ser d i g n o d e c a s t i g o , p e r o p o c o g l o r i o s o c u e r p o , c o n f o r m a d a p o r u n s a b e r y u n d o m i n i o q u e se ejercerán s o b r e e l
c a s t i g a r . E n c a m b i o , es l o a b l e c o r r e g i r , e n c a r r i l a r , c u r a r , e n c a u z a r . P o r eso c u e r p o d e l o s c o n d e n a d o s . D i c h a tecnología se e n c u e n t r a también e n
l a p e n a c a m b i a r á d e s i g n o : y a n o se tratará d e c a s t i g a r , s i n o de v i g i l a r . M e j o r e s c u e l a s , a s i l o s , fábricas, f a m i l i a s , es d e c i r , d i f u n d i d a p o r l a s o c i e d a d e n
d i c h o , s i g u e h a b i e n d o c a s t i g o , p e r o n o y a c o m o espectáculo e n e l c u a l l a g e n e r a l . P a r a h a l l a r s u s f r a g m e n t o s o r e a p a r i c i o n e s o c o n t i n u i d a d e s o series
j u s t i c i a se m o s t r a b a o b s c e n a m e n t e e n c a r n i z a d a c o n el c u e r p o d e l c o n d e n a - F o u c a u l t c o n s i d e r a q u e se d e b e r e a l i z a r u n a "microfísica d e l p o d e r " .
d o . E l c a s t i g o , a h o r a , se centrará m á s b i e n e n l a supresión d e l o s d e r e c h o s
d e l c o n d e n a d o , e n s u e n c a u z a m i e n t o c o n fines "elevados". No e n l a b a r b a r i e A h o r a bien, el estudio de e s t a microfisica supone que el poder que en ella
s e ejerce no se conciba como u n a propiedad sino como u n a estrategia, y que s u s
de u n a c r u e l venganza, sino e n el aprovechamiento del encierro, de las
efectos de dominación no s e a n atribuidos a u n a "apropiación", sino a u n a s
p r i v a c i o n e s , d e l o s t r a b a j o s , d e l a s d i s c i p l i n a s . T o d o e s t o posibilitará a l disposiciones, a u n a s maniobras, a u n a s tácticas, a u n o s funcionamientos, que
d e l i n c u e n t e u n f u t u r o acuerdo c o n el o r d e n establecido. Y si el d e l i n c u e n t e s e descifre en él u n a red de relaciones siempre tensas, siempre en actividad más
d e b e m o r i r ( y a q u e l a p e n a d e m u e r t e s u b s i s t e ) se l o m a n t e n d r á " d e c o r o s a - que u n privilegio que se podría detentar; que se dé como modelo l a batalla
m e n t e " asistido h a s t a el p o s t r e r m o m e n t o . perpetua más que el contrato que opera u n a cesión o l a conquista que se
apodera de u n territorio.
L a m á q u i n a , a l c a m b i a r , n o sólo m o d i f i c a s u disposición r e s p e c t o d e l
31

c o n d e n a d o y d e l a s a c t i t u d e s d e l e g i s l a d o r e s y teóricos, a l t e r a t a m b i é n l a
anatomía i n m e d i a t a del s u f r i m i e n t o . Desaparecen los guardianes toscos E l p o d e r está c o n s t i t u i d o p o r u n c o n j u n t o d e d i s p o s i c i o n e s estratégicas
y l o s t o r v o s t o r t u r a d o r e s o v e r d u g o s . A h o r a , e l c o n d e n a d o es " a s i s t i d o ^ p o r q u e se e j e r c e n m á s q u e se p o s e e n . A d e m á s , n o es " p r i v i l e g i o " d e u n a clase,
h a y interacción e n t r e l a s d i s t i n t a s f u e r z a s q u e c o n f o r m a n l a s r e l a c i o n e s d e
u n ejército d e v i g i l a n t e s d e c a r r e r a , m é d i c o s , c a p e l l a n e s y e d u c a d o r e s
p o d e r . E s t a s r e l a c i o n e s n o s o n unívocas, d e f i n e n p u n t o s d e e n f r e n a m i e n t o ,
( m á s a d e l a n t e se a g r e g a r á n p s i q u i a t r a s y p s i c ó l o g o s ) . Se a f i n a e l e x a m e n
de l u c h a y de eventuales inversiones entre l a s fuerzas (activas y reactivas).
s o b r e l o s c u e r p o s ( c o n t r o l d e l t i e m p o , m a n e r a d e c o m p o r t a r s e e n prisión,
L a circulación d e l o s m i c r o p o d e r e s n o o p e r a p o r " t o d o o n a d a " , l o s
r e g u l a c i ó n d e l t r a b a j o , etc.). A d e m á s , se m e j o r a n l a s t e c n o l o g í a s de
m i c r o p o d e r e s a t r a v i e s a n l a s relaciones de fuerzas como el m o v i m i e n t o
e j e c u c i ó n : se i n s t a l a n l o s a r t e f a c t o s d e a j u s t i c i a r d e n t r o d e l a s cárceles ( y a
o n d u l a t o r i o d e u n a r e d p u e s t a a l v i e n t o . F o u c a u l t analizará s u e n t r a m a d o
n o e n l u g a r e s p ú b l i c o s ) , se t r a s l a d a a l o s c o n d e n a d o s e n c o c h e s c e r r a d o s
al influjo del legado nietzscheano.
(ya n o e x h i b e n d e m a n e r a i m p ú d i c a s u s f i g u r a s e n c a r n a v a l e s c a s m a r c h a s
d e d e t e n i d o s ) , se l o s h a c e t r a b a j a r e n l u g a r e s c e r r a d o s ( y a n o e n l a s
c a r r e t e r a s , p r o m i s c u a m e n t e m e z c l a d o s c o n o t r a s g e n t e s ) , se p e r f e c c i o n a
c. Los dispositivos de poder
l a h o r c a y se c r e a l a g u i l l o t i n a . E s t e n u e v o i n s t r u m e n t o a p l i c a l a l e y m á s
a u n sujeto jurídico q u e a u n c u e r p o real capaz de dolor , poseedor, entre
P a r a F o u c a u l t , e l p o d e r n o es u n a f o r m a n i u n a c o n f l u e n c i a d e formas
o t r o s d e r e c h o s , d e l d e e x i s t i r . L a g u i l l o t i n a pretendía t e n e r l a abstracción
c o m o e l s a b e r . E n el s a b e r se c o n j u g a n l o v i s i b l e y l o e n u n c i a b l e . E l p o d e r ,
p r o p i a d e l a ley.
p o r e l c o n t r a r i o , n o es a l g o s i n g u l a r , n i b i p o l a r , s i n o múltiple. Se t r a t a d e u n
L o s e l e m e n t o s v i s i b l e s d e l a l e y se c u b r e n c o n u n v e l o d e p u d o r . L o s j u e g o de fuerzas. L a fuerza n o tiene otro objeto n i sujeto q u e l a fuerza. La
g r a n d e s rituales s a n g r i e n t o s n o s o n p r o p i o s d e a l g o t a n i n m a t e r i a l c o m o l a relación de f u e r z a s a l a q u e F o u c a u l t l l a m a ' p o d e r ' excede l a v i o l e n c i a . Ésta
l e y m i s m a . D u r a n t e e l siglo XIX desaparecerán l o s símbolos e x t e r i o r e s . C o m o se d i r i g e a o b j e t o s a l o s q u e d e s t r u y e o c a m b i a . M i e n t r a s q u e l a s f u e r z a s
e n l a s n a r r a c i o n e s d e K a f k a , l a l e y d e v i e n e c a d a vez m á s a b s t r a c t a , m á s t i e n e n c o m o o b j e t i v o o t r a s f u e r z a s . S u ser es l a relación. Se p u e d e c o n c e b i r
l e j a n a , m á s s u t i l . C o m i e n z a a c o b r a r f u e r z a l a noción d e c a s t i g o n o c o r p o r a l . u n a l i s t a ( i n c o m p l e t a ) d e r e l a c i o n e s d e p o d e r (o fuerzas) q u e c o m p r e n d e
N o o b s t a n t e , se m a n t i e n e u n f o n d o " s u p l i c i a n t e " e n l o s m e c a n i s m o s acciones sobre acciones: incitar, i n d u c i r , desviar, facilitar, dificultar, a m -
m o d e r n o s d e l a j u s t i c i a c r i m i n a l ; u n f o n d o q u e n o está p o r c o m p l e t o p l i a r o l i m i t a r , h a c e r m á s o m e n o s p r o b a b l e s . Éstas s o n l a s categorías d e l
d o m i n a d o , s i n o q u e se h a l l a e n v u e l t o , c a d a vez m á s a m p l i a m e n t e , p o r u n a p o d e r . L a s r e l a c i o n e s d e p o d e r se c a r a c t e r i z a n p o r l a c a p a c i d a d d e u n o s p a r a
p e n a l i d a d d e l o n o c o r p o r a l . E l c a s t i g o debía c a e r s o b r e e l a l m a m á s q u e p o d e r " c o n d u c i r " l a s a c c i o n e s d e o t r o s . E s u n a relación e n t r e a c c i o n e s , e n t r e
sobre el cuerpo.
Se a p u n t a a l a l m a . A l a l m a se l l e g a a través d e l c u e r p o . P o r eso, a u n q u e
31. M. F o u c a u l t , Vigilar y castigar, México, Siglo X X I , 1977, p. 3 3 .
102 E s t h e r Díaz III. E l poder 103

s u j e t o s d e acción. S i u n o d e l o s p a r t i c i p a n t e s n o e s l i b r e ( p o r e j e m p l o , e n l a p r i m a c í a d e l p o d e r se d e b e a q u e l a s d o s f o r m a s d e l s a b e r (ver-decir)
e s c l a v i t u d ) n o h a y u n a v e r d a d e r a "relación" d e p o d e r , h a y allí "saturación" c o n s t i t u y e n s u relación d e f o r m a i n d i r e c t a . Se i n t e g r a n e n l o s i n t e r s t i c i o s ,
e n u n a de l a s p a r t e s - P a r a q u e se d e n r e a l m e n t e r e l a c i o n e s d e p o d e r es c u y a s c o n d i c i o n e s están d a d a s p o r l a s f u e r z a s . L a problematizacián surge
i n d i s p e n s a b l e l a l i b e r t a d d e l o s p a r t i c i p a n t e s . U n a relación de p o d e r es d e l de l a n o adecuación o l a n o sincronización e n t r e l o v i s i b l e y l o e n u n c i a b l e .
o r d e n d e l a l u c h a ; p e r o n o d e l a l u c h a antagónica s i n o agónica: u n a i n c i - No p o r q u e l a p a l a b r a sea imperfecta frente a l o visible, n i p o r q u e l o visible
tación recíproca, u n a "provocación" p e r m a n e n t e . E l p o d e r es m á s b i e n d e l a n t e l a p a l a b r a sea defectuoso. S o n i r r e d u c t i b l e s u n o a o t r a : p o r b i e n q u e
o r d e n d e l a " g o b e r n a b i l i d a d " , e n e l s e n t i d o d e e s t r u c t u r a r el c a m p o d e acción se d i g a l o q u e se h a v i s t o , l o v i s t o n o r e s i d e j a m á s e n l o q u e se d i c e , y p o r
de los otros. F o u c a u l t prefiere e s t u d i a r las i n s t i t u c i o n e s a p a r t i r de l a b i e n q u e q u i e r a h a c e r ver, p o r m e d i o d e i m á g e n e s , de metáforas, d e
m a n e r a e n q u e e n e l l a s se ejerce e l p o d e r y n o e l p o d e r a p a r t i r d e l a s c o m p a r a c i o n e s , l o q u e se está d i c i e n d o n o es e l d e s p l i e g u e de l a v i s t a . A l n o
i n s t i t u c i o n e s . E s t a s últimas se d e t e r m i n a n p o r s u s d i a g r a m a s d e f u e r z a s . e x i s t i r c o r r e s p o n d e n c i a a b s o l u t a e n t r e l a s d o s f o r m a s , se conforman e n el
e l e m e n t o d e l a s f u e r z a s ( r e l a c i o n e s d e p o d e r ) e n l a s q u e están i n m e r s a s .
L o s teóricos, e n g e n e r a l , h a n b u s c a d o e n e l pacto e l m o d e l o p r i m i t i v o
3 2

q u e p e r m i t a e x p l i c a r l o s e q u i l i b r i o s o d e s e q u i l i b r i o s d e l p o d e r . Se e s p e c u - E n l a m e d i d a e n q u e e l s a b e r es d e l o r d e n d e l a s f o r m a s , y e l p o d e r es
l a b a s o b r e e l p o d e r . Pero n o se a n a l i z a b a s u mecánica. E s t o es, p r e c i s a m e n t e , d e l o r d e n d e l a s f u e r z a s , a m b o s s o n d e n a t u r a l e z a d i s t i n t a . E l s a b e r está
lo q u e intentará F o u c a u l t : a n a l i z a r l o s m e c a n i s m o s d e d o n d e s u r g e a q u e l l o estratificado. Es concerniente a las sustancias, a materias formadas y a
q u e l l a m a m o s " p o d e r " . S u p r e g u n t a s o b r e e l m o d o e n q u e se ejerce e l p o d e r , f u n c i o n e s f o r m a l i z a d a s p o r e l v e r y e l h a b l a r . H a y c i e r t a " d u r e z a " e n e l saber.
p a r a ello r e c o r r e l a s prácticas m i l i t a r e s , e s c o l a r e s , l a b o r a l e s , c a r c e l a r i a s , Se e s t r a t i f i c a , se s e g m e n t a r i z a , se a r c h i v a . Por eso se puede hacer una
es d e c i r , l a s prácticas d i s c i p l i n a r i a s . L a s r e l a c i o n e s d e f u e r z a s , t a l c o m o se arqueología del saber. Por e l c o n t r a r i o , e l p o d e r p o n e e n m o v i m i e n t o m a t e r i a s
d e s p l i e g a n a p a r t i r d e s u analítica d e l p o d e r , se p r e s e n t a n c o m o u n a y f u n c i o n e s n o f o r m a d a s , n o e s t r a t i f i c a d a s . S i b i e n se s e g m e n t a r i z a , t a l
composición e n e l e s p a c i o y e n e l t i e m p o . A p a r t i r d e l e s t u d i o d e este segmentarización es " b l a n d a " . E s diagramática. N o p a s a p o r f o r m a s c o m -
despliegue, F o u c a u l t extrae las siguientes tesis: p u e s t a s s i n o p o r p u n t o s s i n g u l a r e s : a q u e l l o s q u e i n d i c a n l a aplicación d e
u n a f u e r z a ( p o r acción o reacción a o t r a ) . E s u n a f e c t a r i n e s t a b l e y l o c a l . L a s
— e l p o d e r p a s a a través d e d o m i n a d o s y d o m i n a n t e s ; r e l a c i o n e s d e f u e r z a n o se i r r a d i a n d e s d e u n c e n t r o s o b e r a n o , v a n de u n
— e l p o d e r n o es u n a p r o p i e d a d , es u n a e s t r a t e g i a ; n o se posee, se ejerce; p u n t o a o t r o (por inflexiones, retrocesos, giros, c a m b i o s , resistencias).
C o n s t i t u y e n e s t r a t e g i a s . L a s e s t r a t e g i a s (ejercicio d e l p o d e r ) se d i s t i n g u e n
— p o d e r y s a b e r s o n d e d i s t i n t a n a t u r a l e z a , p e r o interactúan;
de l a s e s t r a t i f i c a c i o n e s ( d o m i n i o s d e l s a b e r ) d e l a m i s m a m a n e r a q u e l o s
— e l p o d e r , e n e s e n c i a , n o es r e p r e s i v o . E s p r o d u c t i v o .
d i a g r a m a s ( e s q u e m a s d e l p o d e r ) se d i s t i n g u e n d e l o s a r c h i v o s ( s i s t e m a
f o r m a l d e l s a b e r ) . L a práctica d e p o d e r n o es r e d u c t i b l e a l a práctica d e
L a s f u e r z a s d e l p o d e r se d e f i n e n p o r s u c a p a c i d a d d e afectar a o t r o s . A
s a b e r . L o s relaciones de poder no son conocidas más que en s u ejercicio.
s u vez, t i e n e n c a p a c i d a d de resistencia. H a y efectos a c t i v o s y r e a c t i v o s . L o s
p r i m e r o s s o n del o r d e n de " i n c i t a r " , "suscitar", " p r o d u c i r " , "obligar"; los E n t r e las tesis acerca del poder de F o u c a u l t , p o s i b l e m e n t e l a q u e más
s e g u n d o s , d e "ser i n c i t a d o " , " s e r s u s c i t a d o " , " s e r o b l i g a d o a p r o d u c i r " . L o s i m p a c t o causó e n e l n i v e l d e l a difusión h a s i d o l a q u e s o s t i e n e q u e e l p o d e r
s e g u n d o s no s o n e l r e v e r s o de l o s p r i m e r o s ( a u n q u e l o p a r e c e n ) s i n o el n o es e n e s e n c i a r e p r e s i v o . L a s d e m á s t e s i s p u e d e n h a b e r s i d o m á s o m e n o s
opuesto irreductible, en tanto y en c u a n t o l a fuerza afectada tiene capacidad o r i g i n a l e s , más o m e n o s p r o f u n d a s q u e ésta. Pero c o n ésta se oponía a t o d a
de r e s i s t e n c i a . Pero l a " c o r r i e n t e " n o es u n i l a t e r a l . C a d a f u e r z a p u e d e a f e c t a r u n a tradición teórica j u r í d i c a ( m a r x i s t a ) y psicoanalítica ( r e i c h n i a n a ) . T a l
y s e r a f e c t a d a p o r o t r a . P o r eso i m p l i c a r e l a c i o n e s d e p o d e r ; t o d o c a m p o vez e l efecto m á s i m p o r t a n t e d e l a preocupación d e F o u c a u l t c o n l a
estratégico d i s t r i b u y e l a s f u e r z a s e n función d e e s a s r e l a c i o n e s y d e s u s genealogía f u e q u e l o obligó a e x p r e s a r a l g u n a s r e g l a s g e n e r a l e s p a r a e l
v a r i a c i o n e s . Se e s t a b l e c e n d i a g r a m a s . estudio del poder:
E l d i a g r a m a n o es u n a e s t r u c t u r a . E s u n s i s t e m a físico i n e s t a b l e e n
c o n t i n u o d e s e q u i l i b r i o . E s l a exposición d e l a s r e l a c i o n e s de f u e r z a s q u e — n o e s t u d i a r el p o d e r sólo c o m o f o r m a d e represión o prohibición, m i r a r
c o m p o n e n el p o d e r . E l análisis de l o s r e t i c u l a d o s d i s c i p l i n a r i a s ( p o r e j e m p l o , s u s efectos p o s i t i v o s (lo q u e p r o d u c e ) ;
el p a n o p t i s m o ) p e r m i t e desentrañar l a s a r t i c u l a c i o n e s diagramáticas. E n
Vigilar y castigar, l a función disciplinaria consiste en imponer tareas o 3 2 . G . Deleuze, en ob. c i t , p. t i l , c o m p a r a el diagramatismo c o n el esquematismo: " E l
c o n d u c t a s a u n a m u l t i p l i c i d a d poco n u m e r o s a en u n espacio poco extenso. diagramatismo de F o u c a u l t , es decir, l a presentación de l a s p u r a s singularidades, es,
pues, análogo al esquematismo kantiano: a s e g u r a l a relación de espontaneidad y de saber
E n La voluntad de saber, l a función es d e gestión e n control de v i d a e j e r c i d a
entre dos formas irreducübles de espontaneidad y de receptividad. Y eso es así en l a
s o b r e u n a m u l t i p l i c i d a d n u m e r o s a (población) y u n e s p a c i o e x t e n s o . medida e n que l a propia fuerza goza de u n a espontaneidad y de u n a receptividad
S a b e r y p o d e r se p r e s u p o n e n recíprocamente. L o s d i a g r a m a s s i n específicas, a u n q u e no formales, o precisamente, por no s e r formales'*. E l diagrama e n
f o r m a s serían v i r t u a l e s y l a s f o r m a s s i n d i a g r a m a s n o se conformarían. L a Foucault permite explicar el saber del poder y el poder del saber.
 104 E s t h e r Díaz III. E l poder 105

— a n a l i z a r el p o d e r y s u s técnicas e n términos d e s u p r o p i a e s p e c i f i c i d a d 1. postulado de la propiedad;

y n o r e d u c i r l o a l a c o n s e c u e n c i a d e l a legislación y l a e s t r u c t u r a s o c i a l ; 2. postulado de la localización;
— r e a l i z a r u n análisis a s c e n d e n t e d e l p o d e r , es d e c i r , u n a m i c r o f i s i c a d e l 3. postulado de la subordinación;
p o d e r ; e s t o llevará a v e r e l p o d e r n o c o m o el d o m i n i o h o m o g é n e o d e u n 4. postulado de la esencia o del a t r i b u t o ;
g r u p o o clase s o b r e o t r o s i n o c o m o u n a organización c i r c u l a n t e s i m i l a r 5. postulado de la modalidad;
a u n a red; 6. postulado de la legalidad.
— n o a n a l i z a r el p o d e r e n el n i v e l d e l a "intención o decisión c o n s c i e n t e " ,
n o p r e g u n t a r lo q u e c i e r t a g e n t e desea y p o r qué d e s e a d o m i n a r a o t r o s ; 1. Postulado de l a propiedad. N e g a r q u e el p o d e r s e a p r o p i e d a d d e u n a clase,
p r e g u n t a r , e n c a m b i o , c ó m o f u n c i o n a n l a s c o s a s e n el n i v e l d e l a y d e c i r q u e e l p o d e r más q u e p o s e e r s e se ejerce, n o i m p l i c a n e g a r l a
sujeción p r e s e n t e , e n el n i v e l de esos p r o c e s o s c o n t i n u o s e i n i n - existencia de las clases y de sus luchas. Implica realizar u n estudio
t e r r u m p i d o s que someten a nuestros cuerpos, gobiernan nuestros d i v e r s i f i c a d o a p a r t i r de l a s s i n g u l a r i d a d e s , de los p u n t o s p o r los q u e pasa
g e s t o s y d i c t a n n u e s t r a s c o n d u c t a s , de esos p r o c e s o s q u e n o s c o n s t i t u y e n d o estrategias.
c o n s t i t u y e n como sujetos.
2. Postulado de la localización. E l E s t a d o , p a r a F o u c a u l t , es u n efecto d e l
F o u c a u l t , e n s u análisis d e l p o d e r , le o t o r g a p r i v i l e g i o a l a p r e g u n t a
c o n j u n t o de l a s r e l a c i o n e s , u n a r e s u l t a n t e d e f u e r z a s y , de n i n g ú n m o d o , es
"¿cómo se ejerce el p o d e r ? " e n d e t r i m e n t o d e "¿qué es el p o d e r ? " y d e "¿por
de carácter unívoco. E l p o d e r n o es la localización d e l p o d e r . E n t r e l o s
qué h a y p o d e r ? " . E s t o se d e b e a q u e c o m e n z a n d o p o r l a p r e g u n t a s o b r e e l
a p a r a t o s d e l E s t a d o e x i s t e relación y autonomía d e f u e r z a s , y e n t r e c a d a u n o
" c ó m o " se i n t r o d u c e l a s o s p e c h a d e q u e , t a l vez, el p o d e r n o e x i s t a . A l m e n o s ,
de éstos y l o s s u j e t o s q u e interactúan e n ellos también. E l p o d e r es l o c a l ,
d e q u e n o e x i s t a c o m o a l g o m a j e s t u o s o y s u s t a n t i v o , s i n o c o m o u n a función
n u n c a g l o b a l ; p e r o n o es l o c a l i z a b l e , es d i f u s o .
e m e r g e n t e d e s d e c i e r t a s r e l a c i o n e s , e n l a s c u a l e s los i n d i v i d u o s se c o n s t i t u y e n
como sujetos.
L a genealogía le h a p o s i b i l i t a d o a F o u c a u l t desentrañar e l ejercicio d e l 3 . Postulado de la subordinación. E l p o d e r n o es u n a s u p e r e s t r u c t u r a a b s o -
p o d e r y s u s efectos e n los saberes; así c o m o l a i n c i d e n c i a de l o s s a b e r e s e n l u t a q u e estaría s u b o r d i n a d a a l m o d o d e producción d e l a i n f r a e s t r u c t u r a .
el poder. Y le h a p e r m i t i d o , c o m o c o n s e c u e n c i a de lo a n t e r i o r , d e l i n e a r f o r m a s E l microanálisis r e v e l a q u e u n a a p a r e n t e e s t r u c t u r a p i r a m i d a l d e p o d e r está
de subjetivación; las m i s m a s h a n s i d o e s t u d i a d a s p o r F o u c a u l t e s p e c i a l m e n t e a t r a v e s a d a p o r núcleos de p o d e r y técnicas d i s c i p l i n a r i a s . Y n o es q u e l o
e n relación c o n l o q u e él l l a m a Época Clásica y c o m i e n z o s de l a m o d e r n i d a d , económico n o c u e n t e , s i n o q u e s u s r e l a c i o n e s y a actúan e n l o s i n d i v i d u o s
es d e c i r , los siglos XVII y x v m , e n e l p r i m e r caso, y e l siglo x i x , e n el s e g u n d o ; ( c u e r p o s , a l m a s ) q u e a l a vez actúan e n r e l a c i o n e s d e p o d e r . E s t o o c u r r e ,
a los cuales e n este t e x t o d e s i g n o c o m o E d a d Neoclásica, o n e o c l a s i c i s m o , y e n t r e o t r a s cosas, p o r q u e a u n l a s f o r m a s d e s e r v i d u m b r e e c o n ó m i c a v a n
p o s i t i v i s m o , r e s p e c t i v a m e n t e . U n a determinación f u n d a m e n t a l d e l s u j e t o mezcladas c o n transferencias de c o n o c i m i e n t o , q u e p u e d e n llegar a cons-
m o d e r n o es l a i n d i v i d u a l i d a d . E l método arqueológico p e r m i t e desentrañar t i t u i r otros dispositivos de poder, a u n en organizaciones momentánea o
qué c o n d i c i o n e s históricas p o s i b i l i t a n n u e s t r o i n d i v i d u a l i s m o . aparentemente piramidales.
L a s r e l a c i o n e s d e p o d e r ( q u e sólo s o n p o s i b l e s i n t e r a c t u a n d o c o n
e s t r a t o s de s a b e r ) p r o d u c e n , g e n e r a n , c o n s t i t u y e n s u j e t o s . S u e s t u d i o n o 4 . Postulado de la esencia o del atributo. E l p o d e r es o p e r a t o r i o , p o r l o t a n t o
p a r t e d e l a s c o n s e c u e n c i a s d e teorías políticas s i n o q u e p r o c u r a d e s c r i b i r c a r e c e d e e s e n c i a ; p o r t r a t a r s e d e u n a relación, n o es a t r i b u t o de n a d i e . E s t o
l a anatomía d e l p o d e r . T a l descripción m u e s t r a el j u e g o d e l p o d e r . C o n e s t e n o quiere decir q u e n o h a y a quienes ejercen p o d e r coaccionante sobre otros
j u e g o se constituyó, l e n t a m e n t e , u n s a b e r s o b r e el s u j e t o ; n o t a n t o u n s a b e r que lo "padecen" sino q u e a m b o s s o n atravesados n o u n i d i r e c c i o n a l m e n t e
d e s u f o r m a , s i n o d e l o q u e l o e s c i n d e . L a h i s t o r i a de l a m i c r o f i s i c a d e l p o d e r p o r l a s f u e r z a s . U n e j e m p l o d e e s t o es l a utilización q u e se hacía e n F r a n c i a
p u n i t i v o sería, e n t o n c e s , u n a genealogía, o u n a pieza p a r a u n a genealogía de l a s lettres de cachet, l a s c u a l e s a p a r e c e n c o m o u n i n s t r u m e n t o t e r r i b l e
del a l m a m o d e r n a . E l h o m b r e es e l efecto de u n s o m e t i m i e n t o . E l a l m a es de l a a r b i t r a r i e d a d d e l r e y y , e n r e a l i d a d ( a u n q u e el r e y t a m b i é n a p e l e a
u n a especie d e prisión d e l c u e r p o . L a s tecnologías d e l a l m a ( a p l i c a d a s p o r ellas), c o n s t i t u y e n u n c o n t r a p o d e r , u n p o d e r q u e v i e n e d e a b a j o y q u e
e d u c a d o r e s , psicólogos y p s i q u i a t r a s ) s o n sólo a l g u n o s d e l o s i n s t r u m e n t o s p e r m i t e a g r u p o s , c o m u n i d a d e s , f a m i l i a s o i n d i v i d u o s ejercer u n p o d e r
de u n a tecnología m á s a m p l i a ; l a tecnología d e l p o d e r s o b r e e l c u e r p o . E n sobre alguien.
n o m b r e d e l a l m a se " p a s a " p o r e l c u e r p o . E n n o m b r e d e l a l m a se m a r c a e l
c u e r p o . E n este p u n t o , F o u c a u l t p o n d r á e l a c e n t o e n el funcionamiento del
5. Postulado de la modalidad. E l p o d e r n o t i e n e c o m o única f i n a l i d a d l a
p o d e r . Realiza u n a " p u e s t a e n t r e paréntesis" de c i e r t o s p o s t u l a d o s y a
represión. Ésta sería l a m o d a l i d a d m á s característica d e l o s e s t u d i o s
tradicionales e n los estudios sobre el poder. Ellos s o n :
t r a d i c i o n a l e s d e l p o d e r . P a r a F o u c a u l t el p o d e r , m á s q u e r e p r e s o r , es
 Esther Diaz III. E l poder
106 107

productor de r e a l i d a d , m á s q u e ideologizar, p r o d u c e v e r d a d . E n esto q u e , m u c h a s v e c e s , e m e r g e l a represión. Pero e l l a n o es l a f i n a l i d a d d e l

residiría, f u n d a m e n t a l m e n t e , i a explicación p o s i t i v a q u e F o u c a u l t h a c e d e l p o d e r , a l m e n o s , n o es l a p r i v i l e g i a d a . E n e l p r i m e r c a p i t u l o d e Vigilar y
castigar, F o u c a u l t p r o p o n e c u a t r o r e g l a s d e análisis p a r a i n t e n t a r r e s p o n d e r
poder. E s m u y a c l a r a t o r i o — p a r a este c o n c e p t o — u n a comparación que el
s u p r e g u n t a s o b r e el f u n c i o n a m i e n t o del poder. E l l a s se p u e d e n r e s u m i r
m i s m o F o u c a u l t h a c e r e l a c i o n a n d o s u s c o n s i d e r a c i o n e s c o n e l análisis
así:
marxistas:

Voy a establecer u n a comparación p r e s u n t u o s a . ¿Qué hizo M a r x cuando, 1. A n a l i z a r l a punición c o m o u n a función s o c i a l c o m p l e j a , y a n a l i z a r l a n o

en s u s análisis del capital, se topó c o n el problema de l a m i s e r i a obrera? Pues sólo p o r s u s efectos r e p r e s i v o s o p u n i t i v o s s i n o , también, p o r l o s
bien, rechazó l a explicación habitual, según l a c u a l esta m i s e r i a s e r i a conse- positivos.
c u e n c i a de u n a escasez n a t u r a l o de u n robo concertado. Y dijo en s u s t a n c i a :
2. A n a l i z a r l o s c a s t i g o s t e n i e n d o e n c u e n t a l a táctica política e n l o s q u e
d a d a s l a s leyes profundas de l a producción capitalista, ésta no puede más que
se a p o y a n .
producir m i s e r i a . Matar de h a m b r e a los trabajadores no e s l a razón de ser del
capitalismo, pero sí c o n s e c u e n c i a inevitable de s u propio desarrollo. Marx 3. A n a l i z a r l a tecnología política según u n p r i n c i p i o d o b l e : p r i n c i p i o d e l a
sustituyó l a d e n u n c i a del robo por el análisis d e l a producción. 33 humanización d e l a p e n a y p r i n c i p i o d e l c o n o c i m i e n t o d e l h o m b r e (el
h o m b r e c o m o objeto de estudio).
6. Postulado de la legalidad. E l p o d e r s i e m p r e se expresaría p o r leyes. Leyes 4. A n a l i z a r l a aparición d e l a preocupación p o r el a l m a e n l a j u s t i c i a p e n a l
e n l a p a z s u r g i d a s d e (o m a n t e n i d a s con) l a g u e r r a . Por el c o n t r a r i o , p a r a c o m o efecto d e l c u e r p o , e n e l q u e se i n s t a u r a n específicas r e l a c i o n e s d e
poder.
F o u c a u l t , l a l e y s i e m p r e es u n a composición d e i l e g a l i s m o s q u e e l l a
d i f e r e n c i a a l f o r m a l i z a r l o s , e n l a m e d i d a e n q u e e l p o d e r es el e j e r c i c i o
s i e m p r e actuálde u n a e s t r a t e g i a d e g u e r r a . Se t r a t a de r e l a c i o n e s d e f u e r z a s T a l c o m o se trató de d e m o s t r a r e n e s t a investigación, c a d a n u e v a e t a p a
e n l a s c u a l e s se t o l e r a n i l e g a l i s m o s . se l o s r e c h a z a o se l o s n e c e s i t a , a u n e n d e t r a b a j o e n F o u c a u l t i n c o r p o r a Jos métodos uülizados e n l a a n t e r i o r y se
el m a r c o de l a ley. o r i e n t a h a c i a s e c t o r e s q u e a n t e s se habían t r a t a d o c o n m e n o s d e t e n i m i e n t o .
E l g r a n t e m a , e l q u e a t r a v i e s a t o d a s u o b r a , es l a constitución d e l o s s u j e t o s .
F o u c a u l t d e d i c a e l s e g u n d o parágrafo d e l capítulo s o b r e l a prisión d e
Corrió u n a d e l a s c o n d i c i o n e s d e p o s i b i l i d a d d e l s u j e t o es e l d i s c u r s o , éste
Vigilar y castigar a l análisis d e l a relación e n t r e i l e g a l i s m o y d e l i n c u e n c i a .
será también u n a c o n s t a n t e e n s u s r e f l e x i o n e s . N o o b s t a n t e , c o m o y a se v i d ,
E n u n a e n t r e v i s t a i l u s t r a b i e n s u p o s t u r a a l r e s p e c t o refiriéndose a l o q u e
lo enunciable c o m o f o r m a d e s a b e r sólo p u e d e d a r s e i n t e r r e l a c i o n a d o c o n l o
c o m i e n z a a a c o n t e c e r e n F r a n c i a a p a r t i r d e 1 8 4 0 . " E s e n ese m o m e n t o
visible. A m b o s f o r m a n e s t r a t i f i c a c i o n e s . Éstas, a s u vez, se i n s e r t a n e n . e
c u a n d o c o m i e n z a el l a r g o c o n c u b i n a t o d e l a policía y d e l a d e l i n c u e n c i a . Se interactúan c o n , d i a g r a m a s d e f u e r z a s .
h a h e c h o el p r i m e r b a l a n c e d e l f r a c a s o de l a prisión, se s a b e q u e l a prisión
n o reforma sino que por el contrario fabrica delincuencia y delincuentes, y E n l a a r q u e o l o g í a se estudió e l m e d i o h o s p i t a l a r i o d e s t a c a n d o s u
función e x c l u s o r a . É n l a genealogía se e s t u d i a e l m e d i o c a r c e l a r i o d e s t a -
ese es e l m o m e n t o e n e l q u e se d e s c u b r e n l o s b e n e f i c i o s q u e se p u e d e n
c a n d o s u función disciplinaría. E n e l p r i m e r c a s o se prestó m a y o r atención
o b t e n e r d e e s t a fabricación. E s t o s d e l i n c u e n t e s p u e d e n s e r v i r p a r a a l g o
a l o s d i s c u r s o s q u e , d e s d e l a razón, excluían t o d o a q u e l l o q u e se c o n s i -
a u n q u e m á s n o s e a p a r a v i g i l a r a o t r o s d e l i n c u e n t e s . F i d o c es r e p r e s e n t a t i v o
d e r a b a sin-razón. E n e l s e g u n d o , se m a r c a específicamente l a función d e
d e ello. V i e n e d e l s i g l o x v i n , d e l período r e v o l u c i o n a r i o e i m p e r i a l e n e l q u e
l a v i s t a e n l a s o c i e d a d d e l espectáculo y , luego, e n l a s o c i e d a d de l a
h a s i d o c o n t r a b a n d i s t a , u n p o c o rufián, d e s e r t o r . F o r m a b a p a r t e d e esos
v i g i l a n c i a . E n l a e t a p a genealógica se p r i v i l e g i a n l o s a c o n t e c i m i e n t o s
n ó m a d a s q u e recorrían l a s c i u d a d e s , l o s c a m p o s , l o s ejércitos, c i r c u l a b a n .
políticos, l o s p r o c e s o s e c o n ó m i c o s , e n f i n , l a s prácticas s o c i a l e s , l a s c u a l e s ,
C r i m i n a l i d a d a l viejo e s t i l o . D e s p u é s f u e a b s o r b i d o p o r e l s i s t e m a . F u e a
c o m o y a se v i o , n o e s t a b a n a u s e n t e s e n l a e t a p a a n t e r i o r . E n l a e t a p a q u e
p r e s i d i o , y salió c o n v e r t i d o e n c o n f i d e n t e d e l a policía. Pasó a policía y p o r
a h o r a n o s o c u p a ( l a genealogía) los p e r i o d o s históricos c o n t i n ú a n s i e n d o ,
último a j e f e d e s e r v i c i o s d e s e g u r i d a d . E s , simbólicamente, e l p r i m e r g r a n
a p r o x i m a d a m e n t e , l o s m i s m o s q u e e n l a arqueología d e s d e d i s t i n t a s
d e l i n c u e n t e q u e h a sido u t i l i z a d o , e n t a n t o d e l i n c u e n t e p o r el a p a r a t o de p e r s p e c t i v a s , l a indagación s i g u e p r e o c u p á n d o s e e n a m b o s m o m e n t o s p o r
poder." 3 4
l a producción de la verdad.
" D e s e c h a n d o e s t o s s e i s p o s t u l a d o s , F o u c a u l t r e a l i z a s u análisis d e l
L a institución p e n a l es u n a m á q u i n a q u e p u e d e p r o d i i c i r l a v e r d a d e n
' p o d e r s e g ú n n u e v a s c o o r d e n a d a s q u e se t r a z a n s o b r e u n a v e r t i e n t e
a u s e n c i a d e l a c u s a d o ; l a confesión d e l p r o p i o a c u s a d o t o m a s u s i t i o e n e l
p o s i t i v i s t a d e l p o d e r , es d e c i r , p r o d u c t o r a . P r o d u c t o r a d e d i s c u r s o , d e
r i t u a l d e producción d e l a v e r d a d p e n a l . L a t o r t u r a es u n a v i o l e n c i a física
saber, y de v e r d a d , de c o n t i n u a s reacomodaciones de fuerzas. E s innegable
que " a r r a n c a " l a verdad. E n ella existe u n a ventaja a d i c i o n a l , además del
e l e m e n t o i n f o r m a t i v o , se v a a p l i c a n d o e l c a s t i g o . E s t o f u e m o t i v o d e
33. M. Foucault, Un diálogo sobre el poder, Madrid. A l i a n z a . 1985, pp. 149-150. c o n t r o v e r s i a s teóricas. ¿ C ó m o p u e d e e m p l e a r s e u n a p e n a c o m o u n m e d i o ?
34. M. Foucault, Microjísica del poder, cit., p. 94.
108 E s t h e r Díaz III. E l poder 109

¿ C ó m o se p u e d e h a c e r v a l e r c o m o c a s t i g o l o q u e debería s e r u n p r o c e d i m i e n - de l o s d e l i n c u e n t e s . I n c l u s o , e n el caso e x t r e m o d e l a p e n a d e m u e r t e , se
t o d e demostración? producirá e l m e n o r m a l p o s i b l e ( m u e r t e rápida, ojos c u b i e r t o s ; más a d e l a n t e ,
F o u c a u l t r e a l i z a u n a genealogía d e l a pena a l a m a n e r a d e N i e t z s c h e . t r a n q u i l i z a n t e s ) . Se c o m i e n z a n a i n s t r u m e n t a r c a d a vez c o n m a y o r i n t e n -
P a r t e de l o s h e c h o s históricos y l l e g a a h e c h o s históricos. Se t r a t a de " e v a d i r " sidad las circunstancias atenuantes (locura, invalidez, fuertes estados
l a s e s p e c u l a c i o n e s metafísicas. A l a n a l i z a r e l c a m b i o teórico y práctico e m o c i o n a l e s , etc.). Se t r a t a d e " r e s g u a r d a r " e l c u e r p o d e l c o n d e n a d o , el c u a l
o p e r a d o r e s p e c t o d e l a p e n a , F o u c a u l t n o lo a t r i b u y e a n i n g ú n p r o g r e s o d e se c o n v i e r t e e n f u e r z a útil c u a n d o es a l a vez c u e r p o p r o d u c t i v o y c u e r p o
l a humanización o de l a r a c i o n a l i d a d , s i n o a u n a adecuación e x i g i d a p o r l o s sometido.
n u e v o s e q u i l i b r i o s d e f u e r z a s . E x i s t i e r o n h e c h o s c o n c r e t o s q u e exigían L a i m p o r t a n c i a q u e , e n el e s t u d i o d e l p o d e r , F o u c a u l t le c o n c e d e a l o
c a m b i o s . P o r e j e m p l o , el r e c h a z o g e n e r a l i z a d o d e l a s e j e c u c i o n e s públicas. v i s i b l e encontrarásu expresión máxima e n l a t e r c e r a p a r t e d e Vigilar y castigar
Éstas c o m i e n z a n a ser " u r t i c a n t e s " ( a b u c h e o s , indignación, i n t e n t o s d e c u a n d o se d e d i q u e a l análisis d e l p a n o p t i s m o . L o s a n t e c e d e n t e s d e lo v i s i b l e
r e s c a t a r a l c o n d e n a d o s i e n d o q u e , h a s t a c o m i e n z o s d e l siglo x v i u . según c o m o e n s u o b r a habían s i d o " e l p o d e r d e l a m i r a d a " e n El nacimiento de la clínica
se " l u c i e r a " el v e r d u g o , se l o aplaudía). A q u e l espectáculo d e l a s p e n a s corría y l a "visualización de l a l o c u r a " e n La historia de la locura. A q u e l l o q u e e n
el r i e s g o d e ser v u e l t o d e l revés p o r l o s m i s m o s a q u i e n e s i b a d i r i g i d o . L o s l a arqueología se v a l o r a b a c o n u n sesgo n e g a t i v o (el p o d e r de l a m i r a d a )
teóricos se avergüenzan d e q u e l a j u s t i c i a d e s t r u y a v i d a s d e l a m i s m a adquirirá valoración p o s i t i v a , e n t a n t o p r o d u c t i v a , e n Vigilar y castigar.
m a n e r a d e s v e r g o n z a d a q u e l o s d e l i n c u e n t e s . E s t a preocupación persistirá L a s i n s t i t u c i o n e s —prisión, e s c u e l a , fábrica, h o s p i t a l — - b r i n d a n m a -
h a s t a l a s p r i m e r a s décadas d e l s i g l o X I X . teriay p r o d u c e n formas q u e l a s o r g a n i z a n . E n e l s i s t e m a c a r c e l a r i o ( q u e se
A h o r a b i e n , las penas comienzan a "humanizarse'' p a r a poder seguir p u e d e h a c e r e x t e n s i v o a t o d a l a s o c i e d a d d i s c i p l i n a r i a ) l a / o r m a e s l a prisión,
" m a n e j a n d o " l a aplicación de p e n a s . Pero h u b o q u e i n s t r u m e n t a r n u e v o s l a materia o el contenido es e l p r i s i o n e r o . "Cárcel" y " p r i s i o n e r o " r e m i t e n a
m e d i o s . E s t o n o se h i z o p o r h u m a n i t a r i s m o (o n o , f u n d a m e n t a l m e n t e , p o r e n u n c i a d o s (en s e n t i d o arqueológico), a q u e l l o s q u e e x p r e s a n l a d e l i n c u e n c i a ,
ello) s i n o p a r a r e a c o m o d a r s e e n l a s n u e v a s r e l a c i o n e s d e f u e r z a s . Pero c a b e l a s p e n a s , l a s s u j e c i o n e s . T a l e s e n u n c i a d o s s o n l a s formas de expresión
p r e g u n t a r s e — c o s a q u e F o u c a u l t e n esta o p o r t u n i d a d n o h a c e — qué ocurrió propias del derecho penal, cuyo contenido v a c a m b i a n d o . E l derecho p e n a l
p a r a q u e l a gente, e l público, el p u e b l o , c a m b i a r a d e s e n s i b i l i d a d . F o u c a u l t c o n f i r m a l a cárcel. Ésta p r o d u c e d e l i n c u e n t e s , es d e c i r , o b j e t o s p a r a e l
a n a l i z a l o s c a m b i o s e n l a instrumentación d e l a s p e n a s d e s d e q u i e n e s d e r e c h o . E n este análisis d e l p o d e r vale también l a i m a g e n d e l c a l e i d o s c o p i o
ejercían e l p o d e r legal p a r a c a m b i a r l a s . Éstos, según s u interpretación, q u e se utilizó p a r a l a s e s t r a t i f i c a c i o n e s d e l s a b e r . E n el d i a g r a m a d e f u e r z a
p r o d u c e n c a m b i o s e n función d e n u e v a s p e r s p e c t i v a s ( v i g i l a n c i a , c o n t r o l , d e l a p e n a l i d a d m o d e r n a se h a p r o d u c i d o u n a mutación histórica; y a n o se
producción), e n l a s c u a l e s n o p e s a b a n — o p e s a b a n p o c o — l o s a f a n e s a p u n t a a c a s t i g a r l a s a g r e s i o n e s , s i n o , m á s b i e n , l a agresividad (al e x p l i c a r
h u m a n i t a r i o s . S i ello es válido p a r a q u i e n e s i n s t r u m e n t a r o n l o s c a m b i o s el a c t o , se califica a l i n f r a c t o r ) ; a d e m á s d e j u z g a r , se t i e n d e a normalizar. Se
efectivos, q u e d a s i n a c l a r a r — i n c l u s o s i n p r e g u n t a r — qué ocurrió para que m u l t i p l i c a n l a s i n s t a n c i a s extrajurídicas (apelación a p s i q u i a t r a s , médicos,
el público presionara en contra ele los castigos sangrientos. consejeros punitivos).
E n este s e n t i d o , F o u c a u l t , a l t r a t a r o t r o t e m a q u e c o m ú n m e n t e es R e s p e c t o d e l a e n f e r m e d a d y d e l a l o c u r a ( c o m o se v i o e n e l c a p i t u l o
explicado p o r el " a u m e n t o de l a humanización" o por l a " t o m a de c o n c i e n c i a s o b r e l a arqueología), l a práctica se ejercía p o r u n l a d o y l a teoría se p e n s a b a
d é l a h u m a n i d a d " , b u s c a y d a u n a r e s p u e s t a n o sólo a c e p t a b l e s i n o también por otro. Algo similar ocurre e n la s e g u n d a m i t a d del s i g l o x v i l i entre la reforma
c o n v i n c e n t e , e n c u a n t o a l a explicación t o t a l d e l c a m b i o . Se t r a t a d e l c i e r r e c o n c r e t a d e l a s p r i s i o n e s y l o s r e f o r m a d o r e s teóricos. N o p o r q u e n o h a y a
de l a s fábricas-prisiones. E n ellas, l a s p e r s o n a s "vendían" s u t i e m p o , s u v i d a h a b i d o r e f o r m a s i n o p o r q u e e l c a m b i o o p e r a d o n o respondió a l o s i d e a l e s d e
m i s m a , p o r e l t e c h o y l a c o m i d a . A l b u s c a r cuáles f u e r o n l a s c o n d i c i o n e s q u e l o s teóricos. Éstos, a d e m á s , tenían d i f i c u l t a d e s p a r a l l e g a r a a c u e r d o s e n t r e
p o s i b i l i t a r o n q u e se t e r m i n a r a c o n ese s i s t e m a d e trabajo-prisión, F o u c a u l t ellos m i s m o s . E n el período clásico l a m o d a l i d a d d e l p o d e r e r a despótica y
e n c u e n t r a q u e n o fue p o r u n a u m e n t o de h u m a n i t a r i s m o sino, s i m p l e m e n t e , l a p e n a l i d a d , s u p l i c a n t e ( c a s t i g a r el c u e r p o ) . A l f i n a l i z a r l a E d a d Neoclásica
p o r q u e l o s e m p r e s a r i o s c o n s i d e r a r o n q u e ese s i s t e m a había d e j a d o de ser se p r o d u c e n c o n t r o v e r s i a s e n t r e l o s r e f o r m i s t a s y l o s c o r r e c t o r e s . E n l a
r e n t a b l e . L o s s t o c k s se a m o n t o n a b a n e n l o s sótanos, l a v i g i l a n c i a insumía práctica, g a n á r o n l o s s e g u n d o s . M i e n t r a s l o s j u r i s t a s o l o s filósofos b u s c a b a n
t i e m p o y d i n e r o y — e n última i n s t a n c i a — e l m a n t e n i m i e n t o m i s m o de l o s e n el p a c t o u n m o d e l o p r i m i t i v o p a r a l a construcción o l a reconstrucción d e l
o b r e r o s volvía e c o n ó m i c a m e n t e d e s a c o n s e j a b l e l a m o d a l i d a d . c u e r p o s o c i a l , l o s m i l i t a r e s , y c o n ellos l o s técnicos de l a d i s c i p l i n a ,
Queda, pues, abierto el i n t e r r o g a n t e respecto del c a m b i o de sensibilidad e l a b o r a b a n l o s p r o c e d i m i e n t o s p a r a l a coerción i n d i v i d u a l y c o l e c t i v a d e l o s
a n t e el espectáculo d e l a p e n a p o r p a r t e d e l o s " e s p e c t a d o r e s " . N o o b s t a n t e , cuerpos.
se a n a l i z a el c a m b i o d e a c t i t u d p o r p a r t e d e l o s " o p e r a d o r e s " d e l o s c a s t i g o s . E l c a m b i o p r o d u c i d o e n el s i s t e m a p e n a l e n el s i g l o X I X es d e l o r d e n
E n l a noción d e p e n a e n l a Época Neoclásica v a d e s a p a r e c i e n d o l a i d e a d e b u r g u é s . S u m o d a l i d a d de p o d e r está d a d a d e s d e u n a p e n a l i d a d q u e p a s a
v e n g a n z a , p a r a d e j a r p a s o a l a d e "corrección". L o s j u e c e s apuntarán a l a l m a p o r l a n o r m a y l a d i s c i p l i n a . E l c a s t i g o p o r a n t o n o m a s i a es l a prisión y s i b i e n
110 E s t h e r Díaz III. E l poder
111
el c u e r p o s i e m p r e r e c i b e u n p l u s de c a s t i g o , el i d e a l , a h o r a , es u n a p e n a l i d a d C u a n t o más fuerte o más perfectamente los actualiza, más p r e s i o n a sobre
q u e p u e d e ser o n o c o r p o r a l . Pero l a d i f e r e n c i a es q u e n o se t r a t a d e v e n g a n z a los o t r o s a g e n c i a m i e n t o s p a r a q u e f o r t a l e z c a n s u s p r o p i a s a c t u a l i z a c i o n e s .
s i n o d e normalización d e l p r i s i o n e r o . E n Vigilar y castigar se. a f i r m a q u e la D e t a l m a n e r a q u e h a y u n a circulación o r e c i c l a j e d e f o r m a s b i f o r m e s (saber
f o r m a g e n e r a l d e u n e q u i p o p a r a v o l v e r a l o s i n d i v i d u o s dóciles y útiles, p o r c o m o interacción de l o d e c i b l e y l o v i s i b l e ) a c t u a l i z a d a s p o r d i n á m i c a s d e
u n t r a b a j o p r e c i s o s o b r e s u c u e r p o , h a diseñado l a institución-prisión, f u e r z a s (poder).
antes q u e l a ley l a definiera c o m o pena p o r excelencia. Hay, e n el viraje
d e c i s i v o d e l o s s i g l o s x v u i y x i x , e l p a s o a u n a p e n a l i d a d d e detención. L o s
" m o d e l o s " d e l a detención p e n a l ( G a n t e , G l o u c e s t e r , W a l m u t S t r e e t ) m a r c a n d . El poder y el placer
l a s p r i m e r a s p u n t a s p o s i b l e s d e e s t a transmisión a l h a c e r d e l a detención
la pena p o r excelencia. E n La voluntad de saber, c u y o t e m a es l a producción de l a s e x u a l i d a d ,
Deleuze, d e s p u é s de l a publicación de La arqueología del saber, se F o u c a u l t d i c e q u e n o h a y q u e c o n c e b i r l a s e x u a l i d a d c o m o u n a especie d e
refirió a F o u c a u l t c o m o " u n n u e v o a r c h i v i s t a " , l u e g o d e l a publicación d e n a t u r a l e z a a l a q u e u n p o d e r (represor) intentaría r e d u c i r . L a s e x u a l i d a d es
Vigilar y castigar l o calificó " n u e v o cartógrafo". E l archivo es l a h i s t o r i a d e u n dispositivo histórico, n o se t r a t a de u n a s e x u a l i d a d s u b y a c e n t e s o b r e l a
l a s f o r m a s d e s a b e r . L a cartografía es e l e s t u d i o d e l d i a g r a m a , d e l d e v e n i r q u e se ejercerían r e p r e s i o n e s , s i n o d e u n a g r a n r e d s u p e r f i c i a l d o n d e l a
d e f u e r z a s p r o p i a s d e l p o d e r . E l d i a g r a m a n o es l o v i s i b l e y l o d e c i b l e , a u n q u e estimulación d e l o s c u e r p o s , l a intensificación d e l o s p l a c e r e s , e l r e f u e r z o d e
a r c h i v o y cartografía se i n s e r t a n e n s u s v e r i c u e t o s . l o s c o n t r o l e s y l a s r e s i s t e n c i a s se e n c a d e n a n u n o s c o n o t r o s s e g ú n g r a n d e s
L a noción d e d i a g r a m a c o m o u n a m u l t i p l i c i d a d e s p a c i o - t e m p o r a l es estrategias de saber y de poder.
f u n d a m e n t a l p a r a l a afirmación d e D e l e u z e a c e r c a d e q u e e l e s t u d i o q u e T a m b i é n l a s e x u a l i d a d es p r o d u c t o de l a interacción e n t r e p o d e r y
r e a l i z a F o u c a u l t d e l p o d e r es cartográfico. C a d a s o c i e d a d , c a d a época, t i e n e s a b e r . L a s e x u a l i d a d se c o m i e n z a a g e s t a r a p a r t i r d e l s i g l o x v m , p o r m e d i o
s u d i a g r a m a , a l a n u e s t r a le c o r r e s p o n d e aquél c u y a función es l o d i s c i p l i n a r i o .
de l a invitación a l o s d i s c u r s o s . E s o s d i s c u r s o s n o están a l s e r v i c i o de l a
E l u m b r a l , e n l a s s o c i e d a d e s c o n t e m p o r á n e a s o c c i d e n t a l e s , es e l e x a m e n .
prohibición d e l s e x o s i n o d e s u reglamentación. E l s e x o p a s a a ser u n p r o -
A p a r t i r de l a noción d e n o r m a l - a n o r m a l se s o m e t e a l o s i n d i v i d u o s a
b l e m a económico-político (población), u n a preocupación médico-moral
e x a m e n . E n l o s g r i e g o s e l u m b r a l e r a l a prueba, y e n l a E d a d Clásica l a
(onanismo) y u n a i n q u i e t u d religiosa (control). E l discurso q u e desde estos
indagación P r u e b a e indagación f u e r o n los " m a p a s " p o r l o s q u e se regían
ámbitos se g e n e r a i n s t a u r a u n a s e x u a l i d a d q u e s u r g e a l c o m p á s d e l o q u e
e s a s s o c i e d a d e s p a r a l a producción d e d i s c u r s o s v e r d a d e r o s . A u n q u e t o d o
se e n u n c i a y a l e n u n c i a r s e , e n u n c i a l a v e r d a d d e l s u j e t o . L a s e x u a l i d a d ,
d i a g r a m a es también i n t e r s o c i a l , e s t o es, d e v i e n e y p r o d u c e h i s t o r i a .
c o m o t o d o d i s p o s i t i v o d e p o d e r , p r o d u c e v e r d a d . Se t r a t a d e u n a m u l t i p l i -
Refiriéndose a l o s t r e s m o d e l o s ( p r u e b a , indagación, e x a m e n ) , F o u c a u l t d i c e
c i d a d de d i s c u r s o s s o b r e e l s e x o p r o d u c i d o s p o r u n a serie d e e q u i p o s q u e
q u e históricamente se h a d a d o e s t a sucesión d e t r e s m o d e l o s , p e r o e s t a s t r e s
f u n c i o n a n e n i n s t i t u c i o n e s d i f e r e n t e s . E x i s t e u n a a m p l i a dispersión d e l o s
técnicas n o p e r m a n e c i e r o n a i s l a d a s u n a s de o t r a s . I n m e d i a t a m e n t e , se h a n
contaminado. a p a r a t o s i n v e n t a d o s p a r a h a b l a r d e sexo, p a r a h a c e r h a b l a r a l sexo, p a r a
l o g r a r q u e él h a b l e p o r sí m i s m o , p a r a e s c u c h a r , r e g i s t r a r , t r a n s c r i b i r y
E n l o s d i a g r a m a s , a s u vez, actúan a g e n c i a m i e n t o s o d i s p o s i t i v o s
r e d i s t r i b u i r l o q u e se dice. A l r e d e d o r d e l s e x o e x i s t e t o d a u n a t r a m a d e
c o n c r e t o s : cárcel, e s c u e l a , fábrica, c u a r t e l , h o s p i t a l . T a l e s d i s p o s i t i v o s se
d i s c u r s o s v a r i a d o s , específicos y c o e r c i t i v o s . E n l u g a r d e u n a c e n s u r a
i n t e g r a n a p a r t i r d e sustancias cualificadas: c o n d e n a d o , niño, o b r e r o ,
m a s i v a , h a y u n a incitación a l o s d i s c u r s o s , r e g u l a d a y p o l i m o r f a . N o se l o
s o l d a d o , e n f e r m o ; y a p a r t i r d e funciones: c o n t r o l , educación, producción,
a c a l l a , se i n v e n t a n c i e n t o s d e e u f e m i s m o s p a r a n o m b r a r l o .
d i s c i p l i n a , h i g i e n e . H a y , a d e m á s , u n a integración g l o b a l n o t o t a l i z a d o r a
d e s d e el E s t a d o . E n l a interrelación d e e s t r a t o s y f u e r z a s se p r o d u c e n l o s F o u c a u l t , a l a b o r d a r el t e m a d e l a s e x u a l i d a d , se i n t e r e s a p o r s u faz
discursos verdaderos. Si saber consiste en entrelazar lo visible y lo e n u n - p o s i t i v a , es d e c i r , p r o d u c t o r a d e v e r d a d . R e c h a z a — c o m o l o h i z o a l e s t u d i a r
c i a b l e . e l p o d e r es s u s u p u e s t a c a u s a y , a l a i n v e r s a , e l p o d e r i m p l i c a el s a b e r el p o d e r e n g e n e r a l — l a t e s i s r e p r e s i v a . C o m o se explicó a n t e s r e s p e c t o d e l
c o m o bifurcación, l a diferenciación s i n l a c u a l n o pasaría a l a c t o . L o s p o d e r , e l d i s c u r s o s o b r e e l s e x o (que t a m b i é n es u n d i s c u r s o d e p o d e r ) p u e d e
d i s p o s i t i v o s o a g e n c i a m i e n t o s s o n c o n c r e t o s , m i e n t r a s q u e e l d i a g r a m a es p r o d u c i r represión c o m o c o n s e c u e n c i a . P e r o ésa n o es s u finalidad, a l
a b s t r a c t o ; a u n q u e e l d i a g r a m a actúa e n l a m a t e r i a l i d a d , p o r m e d i o d e l a s m e n o s , n o es s u función p r i m o r d i a l . E n e l d i a g r a m a d e f u e r z a de l a
tecnologías. E s t a s s o n p r i m e r o h u m a n a s , l u e g o m a t e r i a l e s . ¿ C ó m o n o sería s e x u a l i d a d se a p u n t a a " r e g u l a r " , " c o n o c e r " , " c o n t r o l a r " . Se t r a t a d e
l a prisión i n m e d i a t a m e n t e a c e p t a d a , y a q u e n o h a c e a l e n c e r r a r , a l c o r r e g i r , r e l a c i o n e s de p o d e r , d e p r o c e s o s político-sociales. E l m e n o r f r a g m e n t o d e
a l v o l v e r dócil, s i n o r e p r o d u c i r , a u n q u e t e n g a q u e a c e n t u a r l o s u n poco, v e r d a d está s u j e t o a condición política.
t o d o s l o s m e c a n i s m o s q u e se e n c u e n t r a n e n e l c u e r p o s o c i a l ? C a d a F o u c a u l t a c e p t a q u e se p o d r í a h a b l a r d e s e x u a l i d a d sólo p a r a r e p r i m i r -
dispositivo a c t u a l i z a a l g u n o de los d i a g r a m a s vigentes e n l a sociedad. l a . Pero c o n s i d e r a q u e n o es e l c a s o e n n u e s t r a s s o c i e d a d e s d e s d e l a Época