A vida de Karou é bastante peculiar. Além de ter cabelos que nascem azuis e não saber nada sobre seu passado, sua família, ela convive com Brimstone, A vida de Karou é bastante peculiar. Além de ter cabelos que nascem azuis e não saber nada sobre seu passado, sua família, ela convive com Brimstone, Issa, Twiga e Yasri, que são criaturas, digamos, bastante diferentes, pode ir à milhares de lugares no planeta apenas atravessando uma porta, e vai à muitos lugares ao redor do mundo levando e trazendo dentes. E isso é apenas o começo...
"Nunca se arrependa da sua própria bondade, criança. Permanecer leal diante do mal é um feito de força."
"Feita de Fumaça e Osso" foi um livro que me pegou de surpresa. Já havia lido muitas resenhas com elogios intermináveis, e tinha, de certa forma, grandes expectativas para este livro, e mesmo assim me surpreendi, pois o livro superou todas elas! A história é bastante complexa, comecei a ler sem saber muito sobre o enredo e acabei me surpreendendo muito, por isso preferi não revelar muito sobre o enredo na resenha, apenas abordar linhas gerais superficialmente. Karou não tem memórias de sua família, desde que se entende por gente, Brimstone, Issa, Twiga e Yasri são sua família. Ela viveu em vários lugares, e eles foram as únicas constantes em sua vida. Karou sempre quis saber sobre seu passado, e por mais que sempre tenha perguntado à Brimstone sobre isso, jamais obteve uma resposta satisfatória, e continuou apenas executando suas "tarefas". Seus amigos da escola de artes não sabem muito sobre ela, sempre que perguntam algo sobre a vida de Karou, ela dá as respostas mais absurdas e dá um sorriso que os faz acreditar que é tudo mentira. Essa sempre foi a vida de Karou, e as coisas começam a mudar quando, em uma missão, ela vê algo que foge completamente do normal - o que no caso de Karou, significa muita coisa.
"Onde quer que ficasse, a loja era um caixote sem janelas lotado de prateleiras que mais parecia um quarto de despejo da fada dos dentes - isso, é claro, se a fada negociasse com todas as espécies. Presas de víboras, caninos, molares sulcados de elefantes, enormes incisivos alaranjados de roedores exóticos e selvagens - estavam todos armazenados em recipientes e armários de boticários, amarrados em guirlandas que pendiam de ganchos, ou guardados em centenas de potes que podiam ser chacoalhados como maracas."
Minha explicação superficial sobre o enredo pode ter ficado bastante meio confusa, mas tentei citar apenas alguns pontos, de modo que não entregasse muito da história. Karou, a protagonista de cabelos azuis, é uma personagem muito interessante. Não sabemos ao certo o que ela é, e suas "tarefas" são bastante estranhas (pegar uma presa de elefante e andar com ela pelo metro?), mas ela foi uma personagem que me cativou desde sua primeira aparição. Conhecemos um pouco de sua vida atual logo nos primeiros capítulos, e isso me agradou bastante, conhecer um lado mais 'normal' de Karou. Com o seguir da história, ela vai se abrindo mais para o leitor, de uma forma muito profunda, que definitivamente foi um ponto alto do livro.
Brimstone é bastante intrigante: pouco sabemos sobre ele, e o que sabemos nos faz querer saber mais e mais. Sua peculiaridade envolvendo seus negócios, seu relacionamento com Karou, o que ele é... foram questões que fiquei me perguntando por muitas e muitas páginas. E Akiva... (suspiros) aaah Akiva! Não falarei muito dele, pelo mesmo motivo que revelei pouco sobre o enredo, mas posso dizer que ele é um personagem muito forte, marcante, apaixonante e que entrou para minha lista de personagens favoritos. Os personagens secundários como Zuzana, Kishmish, Kaz, Issa, também são muito bem construídos e mesmo que apareçam menos, são essenciais para a história, e sua presença não passa despercebida.
"- Ah, não é magica. Os desejos não se realizam de verdade. - Então por que fazer isso? Ela deu de ombros. - Esperança? A esperança pode ser uma força poderosa. Talvez não haja magia real nele, mas, quando você sabe o que mais deseja e mantém isso aceso como uma chama dentro de si, pode fazer as coisas acontecerem, quase como mágica."
A narrativa da autora é magnífica: linda, fluida, quase poética! Laini criou um mundo que para mim foi inteiramente novo: anjos, quimeras, rivalidades, mundos diferentes, guerras... e em meio à tudo isso ela conseguiu criar um romance lindo, puro, épico! O romance não é o foco do livro, mas é algo muito importante para a história. E falando sobe o romance, é sem dúvida, um dos romances mais lindos que já li, se não for o melhor. Tudo sobre esse romance foi perfeitamente escrito: o começo, a história, o porque. Tão lindo, tão puro, tão forte! Diferente da maioria massiva dos romances, a autora não focou no 'como' do romance, mas sim no que esse romance resultou. Não vemos muitas e muitas cenas do casal, mas lemos muito sobre como tocou a alma deles, entendemos perfeitamente o que os fez se apaixonarem, não algo carnal ou afinidades, mas um desejo comum, uma esperança comum. Não tenho palavras para dizer o quão esse romance me marcou, a única coisa que posso falar é LEIA ESSE LIVRO AGORA!
"Irrompendo, como o vento por uma porta, e Karou era a porta, e o vento estava vontando para casa, e ela também era o vento. Ela era tudo: cento e casa e porta. Ela correi para dentro de si mesma e se preencheu. Ela se deixou entrar e estava plena. Ela se fechou de novo. O vento se acalmou. Foi simples assim. Ela estava completa."
América é forçada à entrar na Seleção para ajudar sua família, que faz parte da casta Cinco, pressionada principalmente por sua mãe, e ela também jamaAmérica é forçada à entrar na Seleção para ajudar sua família, que faz parte da casta Cinco, pressionada principalmente por sua mãe, e ela também jamais imaginaria que seria um selecionada, uma das 35 garotas que competirão pelo coração do Príncipe Maxon. América não quer isso: ser parte da realeza e se casar com o príncipe. Ela ama Aspen, com quem tem um relacionamento há aproximadamente 2 anos. Porém seu relacionamento com Aspen não é algo fácil: se casar com ele a tornaria uma Seis, o que significa muito menos dinheiro, uma vida muito mais difícil. Mas ao ser selecionada, a vida de América muda radicalmente, e ela percebe que as coisas não são exatamente como ela pensou, e conhecer o Príncipe Maxon foi bem diferente do que ela achou que seria.
"As pessoas tentam casar os outros príncipes com princesas, por quê ele não faz o mesmo? Tem que haver alguém lá fora bom o suficiente para ele (...) Mas então… Parte de mim acha uma boa ideia. É emocionante. Ele vai se apaixonar na frente de todos. E eu gosto que alguém tenha seu feliz para sempre e tudo o mais. Qualquer uma poderia ser nossa próxima rainha. É uma espécie de esperança. Me faz pensar que eu poderia ter um felizes para sempre também”.
É muito difícil fazer a resenha de um livro que amamos muito, pois parece que tudo que escrevemos não faz jus ao livro, e é exatamente como me sinto agora, escrevendo a resenha de "A Seleção". Quando comprei o livro, eu sentia que iria gostar muito da história, porque a sinopse me atraiu bastante, e algumas das pessoas com quem tenho maior compatibilidade de gostos adoraram o livro. E eu tive aquele feeling, é difícil de explicar, mas eu sabia que iria gostar da história. E acertei em cheio. Adorei TUDO no livro. A autora soube desenvolver a história. A narrativa é fluida e fácil de ler, e ela nos vai introduzindo aos poucos à vida de América, sua família, seu relacionamento com Aspen, e à realidade social de Illéa.
- E por que eu ainda estou aqui? (...) - America, pensei ter sido claro (...) Se o assunto fosse simples, já teria eliminado todas as outras. Sei o que sinto por você. Talvez seja impulsivo da minha parte ter tanta certeza, mas estou certo de que seria feliz com você.
O livro é narrado pela América, ela foi uma personagem bastante desenvolvida, é fácil conhecê-la, e ela tem uma personalidade forte e ao mesmo tempo encantadora, adorei ela! A família de América também me agradou muito, pois teve seus altos e baixos, se mostraram unidos apesar dos problemas. A corte foi sensacional, a diferença entre o modo de vida das castas era muito grande, o que contribuiu para o aspecto distópico da história. E o Maxon... ah Maxon ♥ me apaixonei por ele desde o início, com aquele jeitinho fofo e apaixonante, sempre fazendo a América e eu rirmos. E apesar de eu ter me apaixonado completamente pelo Maxon, EU NÃO ODEIO O ASPEN, ao contrário da maioria dos fãs de "A Seleção", eu gosto muito do Aspen, achei ele um personagem muito interessante e com tudo que ele fez pela América, não teria como eu não gostar dele (mas isso é assunto para outro post, em breve!).
- Maxon, espero que encontre uma pessoa sem a qual não possa viver. Espero muito. E desejo que nunca precise saber como é tentar viver sem ela.
Francielle
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