Queer

Queer

eu amo o luca guadagnino. de verdade. sempre amei o jeito q ele trata intimidade e em como suas histórias retratam as nuances do amor, sejam elas morais ou não. em challengers, ele brinca muito mais com a câmera e vai a uns sentidos meio... maneiristas das coisas. queer é um filme que soa como um experimento, morando no meio entre a intimidade de câmeras mais contemplativas e representações visuais caóticas que representam o interior desses personagens. é um filme menos decidido, se é que isso faz sentido, e eu amo ele nessa imaturidade representativa que ele compõe.

por entre algumas das melhores cenas eróticas que já vi, demonstrando muito a intimidade e o desejo e cenas de brisas alucinógenas insanas e ultra lindas, acho que o filme é muito sentimental e pessoal... o personagem do Daniel Craig é FODA e vê no amor e na intimidade um outro tipo de ópio, sempre caçando por significado como se fosse algo a se embriagar por. o Gene, seu interesse romântico, é misterioso, quieto, prezando por uma liberdade pouco clara e com intenções sempre um pouco nebulosas pra mais. o filme monta muito bem todo esse sentido de confusão, carinho e distanciamento, e acho isso MUITO FODA. cenas de sonho mostrando, de maneira bem lynchiana, o perigo iminente de um afeto desses, é tudo bem foda.

amo como o luca tá evoluindo como diretor e tentando embarcar novos caminhos... não é o melhor filme dele mas acho muito foda o que esse filme representa na carreira desse mano que tanto admiro. realmente saí sensível.

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