Marketing de conteúdo: Estratégias para entregar o que seu público quer consumir
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Sobre este e-book
Neste livro, Jonathan Lamim compartilha seus conhecimentos sobre marketing de conteúdo para que você possa realizar um trabalho de qualidade e que gere resultados, seja como um consultor freelancer, atuando dentro de alguma empresa de marketing, ou no setor de marketing de empresas de outros ramos. Você verá como desenvolver técnicas como estudos de personas e fatores de ranqueamento de SEO, junto das melhores estratégias para criar conteúdo de valor e medir os resultados de seu plano de marketing.
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Avaliações de Marketing de conteúdo
7 avaliações1 avaliação
- Nota: 5 de 5 estrelas5/5Livro dá uma visão geral muito interessante para o Marketing de Conteúdo, em um momento em que ele se tornou vital. Tudo de uma forma simples e direta. Adorei
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Marketing de conteúdo - Jonathan Lamim Antunes
Mercado, consumidor, planejamento e estratégia
Atualmente, para se conectar com compradores, você precisa parar de empurrar sua mensagem e começar a atrair seus clientes. As regras do marketing mudaram, e a chave para vencer é usar essa mudança a seu favor.
– Brian Halligan e Dharmesh Shah
Capítulo 1
O conteúdo e o consumidor
Você vende muito mais quando para de empurrar a venda. Esteja preparado para lidar com clientes que sabem comprar.
– David Meerman Scott
Você sabia que o Google recebe mais de 100 bilhões de buscas por mês (TAN, 2015)?
E que 81% dos compradores realizam pesquisas online antes de efetuar suas compras (MORRISON, 2014)?
Se o Google recebe 100 bilhões de buscas por mês, é porque as pessoas estão ávidas por informação e conteúdo. Considerando os 81% de compradores que primeiro pesquisam sobre o produto ou serviço a ser adquirido, podemos chegar à seguinte conclusão: o consumidor que antes comprava por indicação e preço agora compra por conhecimento.
A mentalidade do consumidor mudou, como também o modo como ele decide pelas compras. A tecnologia está mudando a cada segundo e, se você quer se manter vivo no mercado, é preciso aparecer, mostrar o diferencial do seu serviço ou produto, e tornar-se encontrável na grande rede.
1.1 Os primórdios do conteúdo
O marketing de conteúdo não nasceu com a internet, muito menos com a chegada do Google ou do Facebook. Ele existe desde os primórdios, quando as cavernas eram pintadas com mensagens ilustradas contando os feitos do homem pré-histórico.
Enquanto não havia papel, as paredes de pedra das cavernas (4.200 a.C.) eram o local em que as histórias eram contadas e o conteúdo compartilhado. Ele passava de geração para geração contando a história do povo.
Depois veio o papiro (por volta de 3.500 a.C.), e o conteúdo antes colocado na pedra passou a ser registrado nele; a escrita então começou a ser inserida junto das ilustrações. Mas como o papiro egípcio era caro e escasso, foi necessário buscar outras alternativas, como tecidos e couro, assim o registro escrito ganhou um novo aspecto: o volume.
É possível considerar o livro como o primeiro produto gráfico fabricado, porém, somente na Idade Média a atividade de produção de livros tornou-se um pouco mais organizada. Os escritórios medievais utilizados para a reprodução dos textos podem ser considerados o início da atividade gráfica em série. O trabalho era realizado por monges que reproduziam os textos manualmente e, ao longo de quase toda a Idade Média, esse processo de produção de livros era artesanal.
Como era a produção de um livro na Idade Média
Os textos do livro eram redigidos sobre cadernos de pergaminho com 4 páginas, em letras manuscritas com penas, e as páginas eram ornadas e continham iluminuras que as adornavam.
Livro produzido na Idade MédiaFigura 1.1: Livro produzido na Idade Média
Quando todos os cadernos de um livro fossem redigidos, iniciava-se o processo de junção deles, no qual eram costurados uns aos outros pela sua dobra, com fios de nervos de carneiro. As folhas de pergaminho eram sensíveis o bastante para se deformarem e, para que isso não ocorresse, os monges amarravam o miolo entre tábuas de madeira, mantendo o pergaminho sob pressão.
Após algum tempo usando esse processo, as tábuas começaram a ser unidas por um dos lados com uma tira de couro, onde o miolo do livro era costurado. Para fechar o livro, usavam fivelas presas por pontas de couro. As capas – o revestimento que pressionava o pergaminho – eram feitas de madeira e, com o passar do tempo, foram sendo revestidas de metais nobres e pedras preciosas.
Bíblia de Roslin (1262 d.C)Figura 1.2: Bíblia de Roslin (1262 d.C)
Com o passar do tempo, por conta do surgimento das universidades, de mais pessoas alfabetizadas e pela demanda por livros crescer, outras técnicas começaram a ser utilizadas para a sua produção, como a xilogravura.
Mas a demanda continuou crescendo e as técnicas artesanais não estavam dando conta de atendê-la; foi assim que, quase 5 mil anos depois do papiro (em 1.445 d.C.), Johannes Gutenberg criou a prensa e imprimiu a Bíblia Sagrada. Com a popularização da escrita e a possibilidade de imprimir várias cópias na prensa, o conteúdo começou a ser colocado em folhas e foi ganhando ainda mais forma e força.
Bíblia de GutenbergFigura 1.3: Bíblia de Gutenberg
Ao longo dos séculos XV e XVI, a indústria gráfica teve uma expansão muito rápida, e existem registros de que em 1560 d.C. existiu uma tipografia em solo americano, na Cidade do México. Aqui no Brasil, a indústria gráfica era proibida, e esse quadro só mudou quando a corte portuguesa chegou, acontecendo a fundação da Impressão Régia, a primeira editora brasileira.
Pouca coisa mudou ao longo dos séculos XVII e XVIII, foram apenas algumas melhorias nos equipamentos, mas com a mesma maneira de trabalhar. A mudança mais expressiva foi a divisão de tarefas entre impressores e encadernadores.
No ano de 1760, Alois Senefelder inventou a litografia, desenvolvendo então o segundo grande processo de impressão. Utilizando matrizes de pedra e imagens desenhadas, fez com que a litografia ganhasse espaço, pois ela proporcionava melhor qualidade à imagem impressa.
LitografiaFigura 1.4: Litografia
A indústria gráfica que conhecemos hoje formou-se no século XIX, em que ocorreram inovações tecnológicas importantes e novidades gráficas como a fotografia. Também, jornais e revistas chegaram ao mercado.
Repare que, com toda essa evolução, as histórias nunca deixaram de ser contadas e passaram de geração para geração. A evolução tornou o conteúdo melhor e possibilitou que ele chegasse a um número maior de pessoas.
1.2 John Deere e o marketing de conteúdo
No ano de 1895, a fabricante mundial de tratores, John Deere, percebeu que se entregasse aos seus consumidores informações que lhes proporcionassem mais produtividade, aumento nas vendas e consequentemente maior renda e possibilidade de ampliar o negócio, ela venderia mais tratores e outras máquinas a seus clientes.
Foi a partir desse pensamento que a John Deere desenvolveu uma revista exclusiva, com o melhor conteúdo que podiam produzir. Como resultado, obtiveram o crescimento das vendas e do número de clientes.
Analisando a síntese desse caso da John Deere, podemos observar que alguns pontos importantes foram considerados antes de produzir a revista:
A empresa conhecia o público;
Tinha um objetivo/meta em mente;
Sabia as necessidades dos consumidores;
Possuía o conhecimento necessário para produzir o conteúdo ideal.
Esse é o exemplo de uso do marketing de conteúdo mais próximo do que utilizamos atualmente. E não foi só a John Deere que utilizou o conteúdo para alavancar seu negócio, temos vários outros casos ao longo dos anos provando que o conteúdo certo para o público certo traz resultados.
1.3 O guia de restaurantes que vendia pneus
Para que um produto seja consumido, é preciso que haja algum tipo de gatilho. Por exemplo, para comprar alimento, você precisa ter vontade de comer e, para andar de carro, necessita que ele tenha pneus.
A empresa de alimentos só vende se você tem fome, e a de pneus só vende se você tiver um carro e usá-lo bastante. E com esse pensamento, a fabricante francesa de pneus chamada Michelin criou o famoso Guia Michelin.
Entendendo que, para vender mais pneus, precisavam fazer com que as pessoas utilizassem seus carros, a Michelin aproveitou a oportunidade de ter vários pontos turísticos e restaurantes atraentes em diversas cidades francesas e juntou essas informações em um guia de 400 páginas, que foi disponibilizado ao público.
Com esse guia em mãos, as pessoas começaram a sair mais para passear e ir a restaurantes. Como consequência, havia o gasto dos pneus e a Michelin aumentava o seu volume de vendas.
Moral da história: o conteúdo do Guia Michelin fez com que as vendas aumentassem e os clientes continuassem a comprar com frequência. A Michelin entregou muito mais do que conteúdo; ela entregou valor e qualidade de vida e, em troca, recebeu mais clientes, que trouxeram mais receita.
1.4 A experiência chamada conteúdo
Os anos se passaram e, com a chegada e a popularização da internet, o conteúdo ganhou ainda mais importância. Ele se tornou a peça-chave da comunicação entre empresas, prestadores de serviço e consumidores.
Antes, para encontrar uma informação sobre algum serviço, as pessoas recorriam às páginas amarelas da lista telefônica, ou aos classificados dos jornais, buscando por empresas próximas. Só era possível encontrar informações de contato, mas nenhum tipo de referência, serviços prestados, muito menos avaliações de clientes.
Anúncio nas páginas amarelasFigura 1.5: Anúncio nas páginas amarelas
Hoje, o cenário é outro. A primeira coisa que se faz quando surge a necessidade de contratar uma empresa ou prestador de serviço, ou comprar algum produto, é acessar a internet – na maioria das vezes, pelo celular – e pesquisar.
Mas não era assim que funcionava antes da criação da internet. As pessoas precisavam se comunicar diretamente para conseguir essas informações e várias outras.
A evolução da comunicação com a chegada da internet
A criação da internet no final da década de 60 trouxe várias mudanças na forma como as pessoas se comunicavam. Durante uma década, a comunicação usando a internet era bem restrita, pois ainda não tínhamos computadores pessoais. Mesmo assim, criaram o e-mail (1971), os emoticons (1979) e até o vírus (1971).
Os computadores pessoais chegaram na década de 80, com o