Mistagogia hoje: O resgate da experiência mistagógica dos primeiros séculos da Igreja para a evangelização e catequese atuais
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Mistagogia hoje - Rosemary Fernandes da Costa
SIGLAS
TEB Bíblia de Tradução Ecumênica
CM Catequeses Mistagógicas de Cirilo de Jerusalém
Documentos Conciliares e da Santa Sé
AG Ad Gentes (Atividade Missionária da Igreja, 1965)
CIC Catecismo da Igreja Católica (1993)
CT Catechesi Tradendae (Catequese Hoje, João Paulo II, 1978)
DCG Diretório Catequético Geral (Sagrada Congregação, 1971)
DGC Diretório Geral para a Catequese (Sagrada Congregação, 1997)
DM Dives in Misericordia (Sobre a Misericórdia Divina, 1980)
DV Dei Verbum (Revelação Divina, 1965)
EN Evangelii Nuntiandi (Anúncio Evangélico, Paulo VI, 1975)
GS Gaudium et Spes (A Igreja no mundo atual, 1965)
LG Lumen Gentium (Igreja, 1965)
RICA Rito da Iniciação Cristã de Adultos (Ritual Romano, 1973)
RM Redemptoris Missio (Sobre a Missão, João Paulo II, 1990)
SC Sacrosanctum Concilium (Sagrada Liturgia, 1965)
VD Verbum Domini (Sobre a Palavra de Deus, 2010)
Documentos da Igreja no Brasil e na América Latina
CELAM Conselho Episcopal Latino-Americano
CNBB Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
DA Documento de Aparecida (V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, 2007)
DGAE Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (1999-2002)
Medellín Conclusões de Medellín (II Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, 1968)
Puebla Documento de Puebla (III Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, 1979)
SD Documento de Santo Domingo (IV Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, 1992)
PREFÁCIO
Este livro é do interesse daqueles que se dedicam ao despertar da fé, bem como com sua alimentação e aprofundamento. Percebemos que todos – mesmo os jovens e crianças das periferias - estamos mergulhados na cultura moderna. Rosemary Fernandes da Costa faz-nos percorrer um caminho
que passa por entre a evangelização e a modernidade, depois vai às fontes patrísticas da catequese e, finalmente, retorna ao hoje das possibilidades e do imperativo de fazer mistagogia.
Como nos diz a própria autora, a compreensão de mistagogia adotada (e desenvolvida) em seu trabalho tem sua origem em uma (breve) referência a Karl Rahner ao tratar da evangelização, segundo ele, o primeiro e sempre renovado anúncio de Jesus Cristo, em vista do vir a ser e do permanente tornar-se cristão. A intuição do grande teólogo foi uma fagulha...
Um alerta: Rose – como é chamada pelos amigos – não focaliza apenas a mistagogia que se realiza na própria celebração da fé ou feita a partir dos ritos da liturgia e, de modo particular, dos sacramentos. Extremamente necessária hoje, temos muito que aprender com os Pais e Mães da Igreja. É neles também que Rose vai buscar os fundamentos da mistagogia como pedagogia da fé
. Tal mistagogia (não litúrgica, digamos), que em boa parte já se faz presente em muitas práticas evangelizadoras, precisamos continuar fazendo com mais consciência, fundamento e entusiasmo.
Este trabalho teológico-pastoral dá uma boa contribuição... Após sua leitura, percebi quanto o tema e a sensibilidade que transparece nele tem a ver com sua autora. Por isso, procurei ouvir dela um pouco de sua história, que agora partilho com os leitores.
Aos quinze anos, participando intensamente de um grupo jovem, já atuava na pastoral da crisma e começava a se envolver com os círculos bíblicos, que foram pelo Brasil afora – e no Rio de Janeiro também – sementes das comunidades eclesiais de base, nas favelas e nos bairros em geral.
Aos dezenove anos teve contato com as Irmãzinhas de Jesus – que viviam em um barraco, eram contemplativas e ganhavam a vida como faxineiras –, e também padre Alfredinho – andarilho que pernoitava sob marquises –, e com o servita Clodovis Boff, que havia defendido na Europa uma tese sobre o método da teologia da libertação. Gente significativa.
Conheceu de perto ainda a pastoral das favelas, promovida pela Arquidiocese local, que impedia a remoção dos moradores da cidade para as novas periferias. E lá, nas novas periferias, apoiava os movimentos sociais nos conjuntos habitacionais, loteamentos clandestinos e novas ocupações urbanas. Foi a época das associações de moradores e federações. Já formada, optou por ser professora de filosofia no ensino público e de religião em escolas católicas.
Mais gente significativa passou pelos caminhos da futura estudante de teologia, agora jovem madura: o franciscano Leonardo Boff, o carmelita Carlos Mesters, o bispo do Araguaia, Pedro Casaldáliga, o bispo de Olinda e Recife, Hélder Câmara, assim como Darcy Ribeiro, sociólogo, e Betinho, da Campanha Contra a Fome, retornado do exílio. Tempos brasileiros e latino-americanos de utopia e mística. Há muito a busca pela pedagogia da fé havia começado.
Quem lida com a professora que cruza diariamente a cidade para falar de Deus e falar da vida, com adolescentes e jovens pobres e ricos, percebe logo sua afinidade igualmente com a arte. Aprendeu a pintar, desenhar, a fazer serigrafia e aquarela. Fez artesanato como complemento de renda. A poesia é uma paixão sua. Pelo blog
partilha experiências de salas de aula, escutas, diálogos, descobertas, encontros
, e torna público o que pensa, de forma menos acadêmica
. No samba, no jongo e na percussão vibra sua raiz mestiça. Participar de uma rede social com Rose é ficar mais perto da diversidade cultural da cidade.
Suas duas filhas, Miriam e Helena, são os dons maiores de Deus, sempre parceiras, amigas
, compartilham a mesma fé da mãe e a mesma sensibilidade para com a humanidade. Que coisa boa! Não foi fácil afastar-se delas para pesquisar a tal da mistagogia em Roma, com poucos recursos, aproveitando uma bolsa sanduíche
no doutorado. As bibliotecas são excelentes, incansáveis, a pesquisa ainda pode continuar
, disse-me uma vez. Além de se reunir para celebrar o dia do Senhor com brasileiros, fez a experiência do migrante, muitas e muitas vezes discriminado. Foi acompanhada de perto pelo Pe. Felix Pastor, orientador de muitos dos nossos doutores. Na Galícia teve oportunidade de ficar uma semana com o Pe. Queiruga, dialogando sobre o tema que ele também pesquisava. "Ele caminha – disse-me ela – pela dinâmica da maiêutica, princípio filosófico em que a verdade já está no discípulo, e o mestre é o condutor, o parteiro do saber".
Conheci Rose há mais de dez anos, depois de seu mestrado. Eu estava com Ir. Francisco pintando camisetas para uma procissão mariana. A gente vinha tentando implantar o estilo catecumenal de catequese, com jovens e adultos, em mais uma paróquia de nossa diocese caxiense. E ela chegou como se já fosse da casa: tomamos café, comemos alguma coisa, conversamos sobre tudo um pouco, depois fomos cantar o ofício da tarde. Ela voltou outras vezes, foi conhecendo os leigos da comunidade e foi ficando. Assim ela conta: A espiritualidade monástica, a convivência fraterna, a vivência da Palavra, a integração da fé com a vida, me fizeram encontrar uma comunidade que há muitos anos procurava e ali estava e não havia mais porque buscar...
. Na Casa de Oração acompanhou os que estavam prosseguindo a iniciação cristã, com o veterano Simões, um misto de introdutor e catequista. Paro por aqui.
Nos percursos da vida de cada um de nós, em nosso falar do mistério de Deus e da vida fecundada por ele, de ajudar as pessoas a experimentá-lo, reconhecemos o agir do Espírito Santo, nosso Mistagogo. Obrigado, Rose, por seu ministério, por sua dedicação intensa a ele e por esta sua colaboração.
Pe. Domingos Ormonde
INTRODUÇÃO
Em tempos de crise da subjetividade moderna e de mudanças paradigmáticas na sociedade, percebemos um processo de revisão e de avaliação nas instituições que se dedicam à evangelização, sejam escolas, paróquias, pastorais ou cursos de formação. Esse processo passa por inúmeras questões, dentre elas a pergunta pela identidade da evangelização, seu lugar social em cada tempo e a busca de um planejamento e de uma metodologia que respondam a essa demanda.
O tema dos desafios que a evangelização vem enfrentando suscitou, nas últimas décadas, muitas análises e interpretações no campo da teologia.¹ Em consonância com a exortação do Santo Padre João Paulo II, começou-se também a falar de nova evangelização
, com novo ardor, novos métodos e novas expressões
. Essa linguagem penetrou a reflexão pastoral e teológica, assim como as experiências comunitárias a serviço da evangelização, indicando uma sensibilidade e uma consciência pastoral novas (RM, 44; SD, 28; DGAE, 61; DA, 100).
Em função desse processo de revisão e discernimento, muitos esforços se realizam com a finalidade de renovar a ação pastoral e reavivar a missão evangelizadora da Igreja. Algumas experiências consolidam um novo dinamismo ao processo de evangelização. Outras desenvolvem um trabalho de busca, com resultados nem sempre promissores, mas que, ainda assim, apontam para a preocupação de evangelizar.
Esta pesquisa nasce da confluência destes fatores: as mudanças provenientes do processo de modernidade e sua influência na transmissão da fé, o impulso que o Magistério da Igreja vem implementando na direção da missão de evangelizar e de algumas experiências pastorais e pedagógicas presentes em nossa realidade.
Contudo, não analisaremos a complexidade e abrangência de fatores tão amplos e determinantes para o processo de evangelização nos limites deste trabalho. Uma tentativa de percorrer tão vasto caminho seria necessariamente parcial e limitada.
Diante de tantas interpelações à missão de evangelizar, também não seria suficiente buscarmos métodos mais eficazes ou melhores estruturas de transmissão da fé. Estaríamos apenas no campo da forma no que diz respeito à transmissão, o que poderia resultar em uma análise superficial ou marcada pela particularidade e provisoriedade.
Buscamos uma pedagogia que seja fonte, referencial e horizonte na missão de evangelizar. Haveria uma pedagogia que orientasse a evangelização para sua identidade primeira? Qual seria a pedagogia capaz de gestar homens e mulheres abertos à dinâmica da Revelação de Deus em suas vidas? Seria possível encontrarmos uma pedagogia inspirada na pedagogia divina? Haveria na caminhada da Igreja primitiva uma pedagogia que servisse de referência para nossa realidade?
A tentativa de responder a essas questões nos conduziu à experiência de evangelização dos primeiros séculos da Igreja nascente, de forma específica à iniciação cristã do terceiro e quarto séculos. O encontro com uma experiência fontal vivida pela Igreja dos primórdios – a catequese mistagógica – orientará nossa pesquisa e reflexão.
Nesse período da história da Igreja, início do processo de formação e de estruturação do catecumenato, a pedagogia que inspira a orientação dos Padres da Igreja é a mistagogia, ou seja, a pedagogia do Mistério.
Na experiência da catequese mistagógica, vivida na Igreja nos séculos III e IV, encontra-se uma fonte fecunda da Igreja que é paradigmática para a ação evangelizadora de todos os tempos.
É uma experiência que comporta a dimensão teológica própria da dinâmica da Revelação e da fé e, por isso mesmo, apresenta elementos fundamentais para que a missão de evangelizar encontre respostas para as interpelações que a crise da modernidade vem apresentando para os meios e agentes de evangelização. Nela, a fé é experimentada como um caminho, no qual somos iniciados por Deus, que é mistério, o verdadeiro mistagogo ou orientador de nossa vida cristã.
A proximidade com as fontes do catecumenato primitivo nos levará às origens do cristianismo, tendo o sentido de refazermos o caminho da experiência do Deus Revelado. É revisitando o caminho feito pelos que nos precederam na história da fé e do seu pensamento reflexivo que é possível buscar motivos e sinais capazes de impulsionar a vida para a frente.
²
Os Padres da Igreja dos séculos III e IV são testemunhas qualificadas da Igreja, por sua experiência teológica, constituída pelos dois polos intimamente conexos da Sagrada Escritura e da Igreja. São eles os transmissores privilegiados daquilo que viveram e testemunharam as comunidades cristãs da ‘primeira hora’.
³
Nesta obra buscaremos resgatar a experiência mistagógica dos séculos III e IV como fonte e orientação para a evangelização atual, sem a pretensão de esgotar o quadro do catecumenato primitivo no que concerne às orientações dos Santos Padres. Percorreremos um itinerário de parceria entre as duas realidades: a evangelização na Igreja dos primórdios e a evangelização hoje.
Na primeira parte da obra, lançaremos um breve olhar para a evangelização atual, estabelecendo um diálogo entre a dinâmica da evangelização e a chamada modernidade, suas características e interpelações. Sabedores das muitas possibilidades de análise que este tema sugere, como também das diversas tendências que vêm se delineando nos últimos anos, nos deteremos em alguns desafios que o momento atual apresenta para o processo de transmissão da fé cristã.
Como critério para a apresentação de tais desafios contaremos com as orientações do Magistério da Igreja e com a teologia que fundamenta a dinâmica da Revelação e da fé.
Iniciaremos abordando a ação evangelizadora como o núcleo mais fundamental da fé cristã. Anunciar o kerigma, falar ao mundo sobre a novidade que Jesus de Nazaré traz à humanidade, como Senhor e Mestre, inaugurando um novo jeito de viver e anunciando o evento salvífico que a todos reúne e orienta para a realização plena da Criação é o coração mesmo do que conhecemos como evangelização: anunciar o Evangelho, a Boa-nova. A evangelização não é uma tarefa da Igreja, e sim a tarefa da Igreja, a serviço da evangelização. Evangelizar é serviço, é apostolado voltado para o anúncio do kerigma e para a orientação da experiência de fé desde sua iniciação, de forma a configurar na pessoa humana o sentido profundo e verdadeiro para a vida.
Prosseguiremos estabelecendo um diálogo com alguns dos pensadores do fenômeno da modernidade, no campo da filosofia e da teologia. Em seguida, analisaremos a construção de uma nova subjetividade e procuraremos discernir quais as características que estão em harmonia com os traços originais do Evangelho e quais as questões que comprometem a realização plena da pessoa humana em consonância com o projeto cristão.
Para melhor nos situarmos diante da complexidade que a modernidade nos apresenta e partirmos de critérios que nos permitam avaliar essa realidade, trabalharemos com o pressuposto teológico da antropologia judaico-cristã, que considera o ser humano como pessoa, enquanto corpo animado pelo Espírito divino. Essa visão resulta da experiência dialógica na relação entre Deus e o ser humano, relação vivida de maneira plena em Jesus Cristo, em sua vida de abertura-disponibilidade ao Pai e no amor-serviço aos irmãos.⁴
Ainda nesse campo de reflexão, veremos o primado da experiência tanto na modernidade como na dinâmica da fé cristã, inseparável das fontes da Revelação bíblica, incluindo as origens da Tradição. Iniciaremos com uma breve exposição da experiência cristã de um Deus uno e trino, a experiência mistagógica por excelência.
Inspirados na dinâmica da alteridade do Deus uno e trino, refletiremos brevemente sobre a parceria entre a teologia e a evangelização, as dimensões do ministério e do magistério em diálogo profícuo e necessário, unidas pelo mesmo empenho missionário. Concluiremos essa etapa buscando responder à questão sobre o encontro de uma pedagogia e de mediações próprias para a transmissão da fé.
Passaremos, então, ao coração de nossa pesquisa: a experiência catecumenal da Igreja, especialmente nos séculos III e IV, quando, inspirada pelo Espírito Santo, institui a formação dos iniciantes com uma estrutura firme e com uma pedagogia própria, designada como mistagogia, a pedagogia do Mistério.
Inicialmente, veremos algumas constantes presentes na evangelização de todos os tempos, indicadoras da presença da pedagogia de Deus na dinâmica da Revelação e que sempre orientaram a Igreja no processo de evangelização. Vamos nos deter na atitude evangelizadora do próprio Jesus, primeiro mistagogo e sentido último da evangelização apostólica, momento primeiro e fundante do cristianismo, caracterizado fortemente pela obra do Espírito Santo, que suscita e vivifica a comunidade nascente, age nela e por ela.
Seguindo os passos da evangelização apostólica, faremos uma breve contextualização dos séculos III e IV, a fim de melhor compreendermos a formação do catecumenato primitivo. Procuraremos, então, apresentar as linhas gerais deste catecumenato, seu processo de formação e de estruturação, os princípios teológicos e pedagógicos que o embasavam, reveladores da mistagogia que o fundamentava.
Ao final desta análise, que procurará resgatar o processo do catecumenato primitivo especialmente nos séculos III e IV, iniciaremos a terceira parte desta pesquisa, apresentando os grandes referenciais da experiência mistagógica como fonte fecunda e renovadora para a atual ação evangelizadora.
Assim procedendo, veremos que o resgate desta experiência fontal já se faz presente na evangelização atual, como orientação do Magistério e como dinâmica que responde à Revelação de Deus, a qual nos conduz, internamente, pelo dom do Espírito, pelos caminhos do Mistério. A partir dessa reflexão, apresentaremos algumas contribuições que a experiência mistagógica traz para a evangelização atual.
As considerações desta etapa desejam sugerir pistas para impulsionar respostas pastorais-pedagógicas e renovar o serviço da evangelização.
Propõem-se, modestamente, ajudar às comunidades e agentes de evangelização a não apenas tomar conhecimento da realidade, condição indispensável para qualquer tipo de atuação sobre ela, mas também colocar em relevo seus aspectos mais importantes e observar a contribuição imprescindível da experiência mistagógica.
Na verdade, o que este trabalho de pesquisa e reflexão propõe não é nada mais do que retomar o princípio que sempre orientou a evangelização, se atenta e aberta à dinâmica da Revelação. O testemunho da Igreja dos primeiros séculos é Tradição viva, lugar onde habita o fogo do Espírito de Deus, a memória viva e eficaz da Palavra que vem a nós e gera filhos e filhas à sua imagem e semelhança. Acreditamos, portanto, que a fé das primeiras comunidades e dos Padres da Igreja torna-se atualidade e força crítica e libertadora para o presente.
Finalmente, nossa intenção primeira e que nos fez caminhar através desta pesquisa é principiar em nós a atitude mistagógica, de colocar o cuidado com a evangelização nas mãos de Deus, de acolhimento da graça de Deus que não