Um libreto e 100 sonetos
De Alec Silva
()
Sobre este e-book
O soneto (do italiano sonetto, pequena canção ou, literalmente, pequeno som) é um poema de forma fixa, composto por quatorze versos (linhas), divididos em quatro estrofes, sendo dois quartetos – com quatro versos – e dois tercetos – com três versos.
Os dois quartetos devem ter o mesmo par de rimas, podendo ser alternadas (abab/abab), emparelhadas (aabb/aabb) ou interpoladas (abba/abba). Nos tercetos há uma maior liberdade para as rimas variando conforme o soneto, exemplos: (cdc/ede), (ccd/dee), (cde/edc), (cdd/eec), (cdc/dcd). Normalmente, os sonetos são decassílabos ou dodecassílabos, versos com 10 sons e versos com 12 sons, respectivamente.
Relacionado a Um libreto e 100 sonetos
Ebooks relacionados
Sinfonia De Pardais Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSilêncio Nota: 0 de 5 estrelas0 notaspequenas palavras Grandes Sentimentos Nota: 5 de 5 estrelas5/5Reflexos De Universos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMaya Angelou - Poesia Completa Nota: 3 de 5 estrelas3/5Amar se aprende amando Nota: 0 de 5 estrelas0 notasLyra da Mocidade Primeiros Versos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTerra E Corpo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSuspiros Poéticos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSementes De Palavras Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPoesias Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPétalas De Sentimentos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPoética 1 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Amar É O Mar Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHomeomerias Nota: 0 de 5 estrelas0 notasBorboleta Cor De Areia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Cântaro Das Horas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAqui Deixei Meu Coração Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCantata dos ventos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCem Haicais Nota: 5 de 5 estrelas5/5O Cristal Do Ovalho Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAntologia poética - Manuel Bandeira Nota: 5 de 5 estrelas5/5Infortúnio Romântico Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTempo de Ti Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCanário e gaiola e outros poemas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDiversus Meus Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Tempo, Esse Carrasco Nota: 0 de 5 estrelas0 notasRéquiem Para Os Vinte Anos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCamaleão Incolor Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSonhos & Ilusões Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Poesia para você
Antologia Poética Nota: 5 de 5 estrelas5/5Melhores Poemas Cecília Meireles (Pocket) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEu tenho sérios poemas mentais Nota: 5 de 5 estrelas5/5Sede de me beber inteira: Poemas Nota: 4 de 5 estrelas4/5Acreditar em mim é a minha única possibilidade de existir Nota: 5 de 5 estrelas5/5Alguma poesia Nota: 5 de 5 estrelas5/5A Ansiedade Me Tirou De Mim E Eu Me Quero De Volta Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTodas as dores de que me libertei. E sobrevivi. Nota: 5 de 5 estrelas5/5Textos Para Serem Lidos Com O Coração Nota: 5 de 5 estrelas5/5Laços Nota: 5 de 5 estrelas5/5O amor vem depois Nota: 4 de 5 estrelas4/5meu corpo minha casa Nota: 5 de 5 estrelas5/5A DIVINA COMÉDIA - inferno Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPoeresia: Solidão Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEmily Dickinson: Poemas de Amor Nota: 5 de 5 estrelas5/5Para o amor que vai chegar Nota: 5 de 5 estrelas5/5Coisas que guardei pra mim Nota: 4 de 5 estrelas4/5Caos: poemas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPoemas Terapêuticos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEu e outras poesias Nota: 4 de 5 estrelas4/5Antologia Poética Nota: 5 de 5 estrelas5/5Bukowski essencial: poesia Nota: 5 de 5 estrelas5/5Os Lusíadas (Anotado): Edição Especial de 450 Anos de Publicação Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEla brilha no escuro Nota: 4 de 5 estrelas4/5Autoamor Cura Nota: 5 de 5 estrelas5/5Decretos E Conjurações Nota: 5 de 5 estrelas5/5Poemas de Alberto Caeiro Nota: 4 de 5 estrelas4/5Sextilhas Para O Amor Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNem Melhor, Nem Pior, Nem da Sua Conta Nota: 4 de 5 estrelas4/5Meus Amores, Minhas Dores Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Avaliações de Um libreto e 100 sonetos
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
Um libreto e 100 sonetos - Alec Silva
coletivo
Apresentação
A antologia Um libreto e cem sonetos é composta por 100 poemas em forma de soneto, com tema livre. Novos poetas brasileiros juntam-se a grandes nomes da literatura em uma antologia de sonetos.
O soneto (do italiano sonetto, pequena canção ou, literalmente, pequeno som) é um poema de forma fixa, composto por quatorze versos (linhas), divididos em quatro estrofes, sendo dois quartetos – com quatro versos – e dois tercetos – com três versos.
Os dois quartetos devem ter o mesmo par de rimas, podendo ser alternadas (abab/abab), emparelhadas (aabb/aabb) ou interpoladas (abba/abba). Nos tercetos há uma maior liberdade para as rimas variando conforme o soneto, exemplos: (cdc/ede), (ccd/dee), (cde/edc), (cdd/eec), (cdc/dcd). Normalmente, os sonetos são decassílabos ou dodecassílabos, versos com 10 sons e versos com 12 sons, respectivamente.
A feira de Scarborough I
Alec Silva
Vai à feira de Scarborough, senhor?
Leve um recado a alguém pra mim:
Salsa, sálvia, tomilho e alecrim,
Ela é meu verdadeiro amor.
Camisa de cambraia, por favor,
Sem linha e agulha, pois só assim,
Salsa, sálvia, tomilho e alecrim,
Será meu verdadeiro amor.
Deve-se lavar num poço vazio,
Onde água nele nunca caiu,
E num espinho nunca plantado
Ela deve colocar pra secar.
Nada mais se deve acrescentar,
Senhor, este é todo o recado.
A feira de Scarborough II
Alec Silva
Oh, que notícia boa traz o senhor,
E tudo é muito claro pra mim,
Salsa, sálvia, tomilho e alecrim,
Ele é meu verdadeiro amor.
Caso retorne a vê-lo, por favor,
Uma terra acre arranje enfim,
Salsa, sálvia, tomilho e alecrim,
Será meu verdadeiro amor.
Entre a areia e a água do mar,
Com chifre de carneiro deve arar.
Grão de pimenta será plantado,
Foice de couro para a colheita.
Sua camisa estará feita
E a vestirá comigo ao lado.
A flâmula flamejante
Leonardo Antonio Barnadas Angioletti
As margens do Ipiranga proclamou o imperador,
Independência ou morte para um povo opressor.
Em São Paulo um centenário se ergueu,
Jaz sob o monumento os ímpios do apogeu.
No horizonte resplandeceu o anjo do Brasil
Pelo estandarte em terras abençoadas germinou a força viril.
No lábaro estrelado remanescesse a esperança
E em seu berço nascesse o patriotismo desde criança.
Nossa flâmula flamejante que sofreste reivindicações,
Baniste o despeito da tirania em novas sanções.
Intrépido Dom Pedro, forjaste a liberdade em nossos grilhões.
Heroicas palavras ressoaram sobre a nação desalmada
E em ruínas fortificaste a muralha brasileira difamada.
Na bainha da justiça retirou a sua espada e tornou a sua pátria unificada.
A minha piedade
Florbela Espanca (1894 – 1930)
Tenho pena de tudo quanto lida
Neste mundo, de tudo quanto sente,
Daquele a quem mentiram, de quem mente,
Dos que andam pés descalços pela vida;
Da rocha altiva, sob o monte erguida,
Olhando os Céus ignotos frente a frente;
Dos que não são iguais a outra gente,
E dos que se ensanguentam na subida!
Tenho pena de mim… pena de ti…
De não beijar o riso de uma estrela…
Pena dessa má hora em que nasci…
De não ter asas para ir ver o Céu…
De não ter Esta… a Outra…