Espírito organizacional: entenda as forças que levam as organizações rumo à excelência
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Sobre este e-book
Ao mesmo tempo, suas realizações, uma ordem objetiva. Um sistema, seus propósitos, e o ser humano como elemento chave.
Entrelaçados, seres e organizações em busca de uma missão, uma energia vital com personalidade, um espírito.
Ambas, organizações e existências, complexas e regidas pelas ondas cíclicas de criatividade e desenvolvimento introdução crescimento maturidade sustentabilidade ou declínio mutação.
Conhecer as determinantes e condicionantes de cada estágio e suas respectivas transições é libertador.
A obra, com sua abordagem profunda e linguagem poética, nos convida a sair do ponto cego dessa imersão para ver essas
ondas em perspectiva, com consciência para promover uma evolução e revolução positiva constantes, a fim de que indivíduos e organizações, de mãos dadas, atinjam seus objetivos.
Nosso culto ao tecnicismo e ao ego, por vezes, nos torna míopes ao contato com a essência do que somos e fazemos, bem como ao valor das nossas virtudes enquanto humanos. Neste livro, você tem a oportunidade de ver além; as sutilezas que permeiam o universo corporativo e a mente humana.
E pode aprender a influenciar, com sensibilidade, pessoas, e a conduzir negócios assertivamente ao sucesso, de modo autêntico e sustentável.
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Avaliações de Espírito organizacional
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- Nota: 5 de 5 estrelas5/5Ótimo livro que te leva ao um crescimento espiritual e identificação no ambiente corporativo.
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Espírito organizacional - Gustavo Velasquez da Veiga
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prefácio
O universo é um sistema. Nele paira uma profunda conexão entre todos os seus elementos, ainda ocultos aos olhos míopes da humanidade. As partes do grande complexo universal, por sua vez, representam outros sistemas, com seus componentes interconectados entre si, e assim sucessivamente até o nível micro. Integradas à grande matéria e energia se encontram as organizações, e nelas, existências absolutamente integradas, buscando retroalimentar uma experiência de elevação e contemplação. Organizações e existências, complexos que transitam de mãos dadas em sintonia ou dessintonia em uma dinâmica de busca constante, sendo assim, sistemas que fluem como ondas no movimento de criatividade e desenvolvimento – introdução – crescimento – maturidade – declínio ou sustentabilidade – mutação, os sete poderes da transformação. Alguns em crescimento insustentável transitam para a crise; outros concebem o desenvolvimento e transitam à maturidade. Sistemas maduros não se encontram em posição estática, mas sim dinâmica. Deparam-se com a mesma encruzilhada. Entre a inércia dos vícios, o caminho do declínio, uma zona, sim, composta pela dor, e sobretudo pela magia de oportunizar uma transformação e reciclagem que alocam os sistemas em patamares mais elevados. Entre virtudes, forjam ou se adaptam às evoluções e revoluções rumo à esossustentabilidade e à exossustentabilidade. Organizações, entidades de carne, osso, mente e espírito, constituídas de personalidades, de consciências e de energia vital.
Tornar conscientes as determinantes e condicionantes que movimentam esse ciclo representa o grande estado de liberdade e a capacidade de direcionar a existência ao rumo da essência genuína, e a capacidade de transcender a inércia dos vícios que sabotam os indivíduos, estado pelo qual esses passam a reduzir o entorno. Qualquer organização, setor ou existência se encontra posicionado em alguma das sete fases do ciclo sistêmico. O desenvolvimento da consciência permite nos dissociar dessa onda e observá-la em perspectiva, posição na qual se obtém o estado de autenticidade e identificação com a própria essência individual, e logo universal, sobrepondo o ego. Crescer está longe de ser o fim. Crescer às custas de quais impactos humanos e ambientais? No mundo das aparências, a identificação com a forma aprisiona uma legião de indivíduos no estado civilizacional da busca por aceitação ante julgamentos alheios, tampouco distorcidos e impuros que, em última análise, distancia as pessoas da identificação consigo mesmas, gerando um coletivo reativo e dissociado.
Um novo ciclo de harmonia e desenvolvimento se faz possível em uma nova era cultural, à medida que os seres sobrepõem esse estado civilizacional e buscam identificar-se com os significados e com a essência universal, assim atingindo a plenitude espiritual, a fronteira mais elevada da experiência humana que potencialmente aloca as organizações em um nível de sustentabilidade sem precedentes. Cultura, liderança e geração de valor contemplam os três elementos-chaves que determinam a transição desse processo evolutivo, que conduzem à sustentabilidade ou transformação. Nesse sentido, a obra flui como uma espiral que se expande no sentido de uma nova consciência, onde o universo e as organizações evoluem de personagens para caráteres e essências, à imagem e semelhança de seus indivíduos.
Estamos evoluindo enquanto humanidade? Há uma grande confusão ao se atribuir um encaminhamento positivo dessa questão quando reduzida à dimensão tecnológica. A cultura vigente vem fragmentando os homens, uma vez que um forte culto ao mundo material e tecnicista nos faz abdicar da mente e do espírito, sem os quais não se formam seres inteiros. Essa completude e equilíbrio se fazem necessários para reverter a humanidade a um novo ciclo de harmonia e sustentabilidade. Mais do que em tempo, a ascensão de uma nova cultura depende do poder da edificação de uma nova consciência coletiva, como uma árvore a ser semeada, regada, ramificada e contemplada para que a identificação com a tecnocracia e a forma seja abordada de maneira íntegra e equilibrada com a dos seres consigo e entre si, seu empoderamento original, e com uma visão integrada da realidade.
Desse modo, a espiral da evolução deveras se desenvolve em completude via seres doadores de alta frequência existencial e energia vital. Por evidente, desse modo brindamos o estado de liberdade e a felicidade genuína. Cultura, liderança e geração de valor, as bases integradas para o desenvolvimento organizacional perene e com impactos positivos, seja da janela para dentro, seja para fora. Organizações e existências são amplas, sistêmicas e multidimensionais. Queremos mais. Todos somos agentes da evolução, da revolução, dos sete poderes da transformação.
CRIATIVIDADE E DESENVOLVIMENTO: A LUZ E O FOGO DO SOL
01
1.1. O INTRÉPIDO CRIATIVO
Muitas crenças se divagam acerca da origem do universo, se regida por poderes naturais ou sobrenaturais. Improvável, um grande mistério, uma grande beleza que instiga o mais profundo imaginário e sentido da existência. Qual que seja o poder da criação, maior ainda seu poder criativo. A partir de nós humanos, o que deveras existe representa a força da transformação: da realidade, da matéria, da forma, potencialmente vislumbrando o aumento do nosso bem-estar. Nem sempre é bem assim. Concebeu-se a forma original, seja por meio de um ser onipotente ou não; o fato é que ela se encontra em constante movimento de mudança, e esta dinâmica está sob gestão do homem. Se houve um grande poder da criação, ele não foi apenas o criador, mas também o criativo, pois nos concedeu o empoderamento para transformar pelo livre-arbítrio original. Nada tão permanente quanto a mudança. O poder da criação nos brindou a liberdade, logo, a responsabilidade que grande parte dos indivíduos a nega, apoiando-se em dogmas e crenças distorcidas que devolvem ao criador a capitania de suas vidas. Nesse estado, o que ocorre, o que somos, é fantasiosamente atribuído ao desejo de uma entidade, transformando a liberdade original em reatividade frente ao poder da criação. Ser livre é uma dádiva, porém, pela distorção do conceito dogmático e a capacidade humana limitada para ser independente e interdependente, logo, autônomo e responsável, esse dom se converte em angústia para muitos. Está na hora de desfrutarmos do maior presente que a existência nos possibilita: a emancipação. Para tal, devemos buscar o desenvolvimento da consciência e, logo, da autenticidade.
O que a cultura nos impõe, em termos de crenças, padrões, julgamentos e moral, muitas vezes contrasta com as necessidades genuínas do nosso ser, e um certo nível de subversão à cultura se faz necessário para termos energia vital. O excesso de subversão se chama rebeldia; de acatamento, se considera submissão. Ambos causam um tremendo mal-estar e desidentificação com a vida, muito embora a rebeldia possua seus precedentes quando se faz necessária a ação para que indivíduos e grupos em condição de opressão conquistem um estado de maior liberdade. Submissão e rebeldia constituem dois polos nos quais a virtude se encontra em seu ponto de equilíbrio, a autenticidade.
Ela é a mãe da energia prana em nosso espírito. Dessa forma, conseguimos evoluir com o propósito de aumentar nosso bem-estar na vida e contribuir em nosso meio como doadores de alta frequência.
Desconstruir e realizar a engenharia reversa da cultura significa subverter a neoinquisição, ou seja, os julgamentos moralizadores que nos enquadram no convencional, e inibem a autenticidade, que precede a criatividade. Transcender a neoinquisição é construir a neolibertação, fortalecendo uma nova era onde os homens são autônomos e responsáveis, agentes da transformação cultural do universo. Acima de tudo, transcender a motivação soberana do intrépido criativo se trata de um quesito existencialista, da consciência de nossa finitude, que projeta a vida a um estado de plena coragem para realizar o que realmente queremos, sob plena autenticidade e impermeabilidade aos condicionamentos e julgamentos culturais limitantes.
O processo e a virtude da criatividade delimitam as fronteiras entre o possível e o impossível. Não basta apenas se gerar ideias e protótipos, elas devem ser aplicáveis, úteis e viáveis. O limite do impossível se demarca por carência de expertise nos agentes responsáveis por desenvolver a execução das ideias, ou por de fato tal execução se dispor além dos limites técnico-científicos, ambientais ou econômicos correntes. Sob essa ótica, soluções de simples implementação possuem menor nível de dependência de expertise para serem postas em prática, sendo esse o motivo pelo qual é de suma relevância uma organização conceder voz ativa para ideias e soluções a todas as suas camadas, bem como o diálogo e proximidade das lideranças com elas. Outrossim, ideias que demandam maior complexidade em concepção e aplicação exigem proporcionalmente maior nível de expertise dos agentes para sua materialização. Geralmente se encontram em um âmbito técnico ou estratégico mais elevado, demandando a combinação das competências criativo-estratégicas ou criativo-tecnicistas. Por exemplo, podemos ter uma ideia brilhante de um automóvel que anda sozinho, sem a necessidade de motorista; ou de um drone que acoplamos em nosso corpo, assim nos permitindo voar longas distâncias; ou até mesmo construir um refúgio em Marte. Entretanto, alguém já se encontra apto a colocar em prática? Nesse sentido, a criatividade consiste na motriz humana de capacidade de superação dos limites em prol do maior bem-estar e melhores experiências aos indivíduos.
Podemos afirmar que criatividade sim é um talento. Mas também é uma habilidade, portanto, todos os indivíduos possuem alto potencial a apresentar novas ideias, soluções e abordagens, simplesmente pelo dom da imaginação inerente a todos os seres humanos. Somos cercados no dia a dia de produtos, serviços e processos que funcionam mal, ou menos que a plenitude, portanto, vivemos em um terreno fértil de oportunidades para melhorar o que nos circunda, logo, nosso bem-estar individual e coletivo. Inovação não se restringe ao ineditismo, criar algo que não há, mas também consiste na capacidade de se melhorar aquilo que já existe.
A oportunidade e o espaço para inovar se encontram em praticamente tudo que fazemos, sendo que a inovação pode ocorrer de duas formas: inovação esotérica ou exotérica. Inovação esotérica se refere à melhoria de processos voltados ao interno da organização, geralmente com limitado nível de impacto direto na competitividade e no público externo. Inovação exotérica vem a ser aqueles fatores que possuem impacto direto ao público externo da organização, ao que se visa geralmente os clientes, sendo que as dimensões para esse tipo de transformação podem estar em produtos, serviços, custos, acesso a mercado, comunicação, promoção e conveniência, sendo assim, com alto potencial de impacto competitivo e exposição, logo, demandantes de maior nível de ousadia. O empoderamento do potencial criativo individual visa gerar impactos positivos seja em projeção local ou global, porém, para atingir tal escala, se fazem necessários esforços e mobilização coletiva, em que a possibilidade de elevação de tais ações dependem da capacidade de ativismo das lideranças.
A cultura do faça você mesmo
, tipicamente norte-americana, representa uma forte origem da confiança inventiva. No século XVIII, os Estados Unidos se viam diante de uma polaridade político-ideológica: os conservadores aristocratas do Sul e os progressistas industrialistas e comerciantes do Norte. Após o fim da guerra civil, com a vitória nórdica, o então presidente Abraham Lincoln revolveu a divisão e fomento aos meios de produção à população gerando uma explosão no empreendedorismo, com a população desenvolvendo com suas próprias mãos e mentes a excelência na manufatura, infraestrutura e capacidade mercantil. A vitória progressista e da cultura de autonomia e proatividade do povo garantiu o destino dos Estados Unidos como a maior economia do mundo e grande influenciador cultural do ocidente, o sonho americano um dia foi concebido por diversos indivíduos visionários e revolucionários. Essa cognição invoca os atores a não serem espectadores passivos, identificados com a posição de vitimismo, mas sim a viver com voz ativa e responsabilidade.
O estado constante de questionamento e desafio ao status quo leva ao ímpeto da criação sempre centrada no elemento humano por meio da busca de profunda empatia, que consiste em compreender por que as pessoas fazem o que fazem, pelo qual necessitamos desmontar nossas verdades preconcebidas. Como seria bom poder de fato vestir os sapatos do cliente, mas o melhor que podemos fazer é conseguir acompanhá-lo até dentro da sua cozinha para conhecê-lo com maior profundidade. Portanto, empatia é um dos fatores-chaves na gestão da criatividade. Os outros elementos-chaves são: idealização e experimentação, explorar novas possibilidades; viabilidade, ou seja, fazer sentido; e a implementação. A cultura da originalidade envolve senso de humor, pois alegria é estado de poder; minimizar hierarquias, pois, se todos possuem pleno potencial de gerar soluções e ideias, restringir isso somente ao topo do organograma não faz sentido; desenvolvimento da confiança e energia mútua em equipes que devem contar com a riqueza da diversidade abdicando de julgamentos tóxicos.
Palavras mágicas, as que transformam, misturam dois ingredientes: humor e confiança criativa.
— Me conte de sua experiência!
— Eu era caçador de mamutes!
— Mas mamutes não existem mais!
— Pois é...
— Contratado!
Ao certo de que o ponto crucial para a fluência e pujança do intrépido criativo consiste na construção de um ambiente de segurança psicológica aos indivíduos. Se a angústia e insegurança do homem primitivo estava na sobrevivência enquanto presa dentro da cadeia alimentar, hoje ela se encontra no receio frente ao espelho cultural, ávido a realizar julgamentos. Nossa segurança busca o sentimento de pertencimento e aprovação frente aos grupos que convivemos. O pleno potencial humano se encontra no estado onde a sensação de medo e ameaça dissipa a menor quantidade de energia possível, restando o nosso foco somente aos propósitos genuínos. Em estado infante, somos inibidos de nos expressar. Na atmosfera de segurança psicológica paira a liberdade, onde se ausenta o receio de ser julgado e até mesmo humilhado ao expressar ideias novas e diferentes. Ademais, no grupo, uma sensação de confiança de que os demais membros não possuem intensões perversas conosco, como serpentes prontificadas a um bote sabotador diante das nossas naturais e inerentes vulnerabilidades; e, por fim, um objetivo e visão clara compartilhada. Qualquer manifestação de impureza que minimiza a segurança psicológica deve ser identificada e intervinda. Desse modo, o estado de flow converge com a felicidade proveniente de interações de alta qualidade, elevando a vida.
O pensamento analítico deve migrar ao raciocínio por design, no qual entremeia técnica, intuição e imaginação, com foco na solução de problemas com pensamento sistêmico. Um sistema se define como um conjunto de elementos inter-relacionados e organizados em prol de um funcionamento ou objetivo. O pensamento sistêmico consiste em que todos os elementos, desde o cosmo até um átomo, estão interconectados, portanto são interdependentes. A interdependência nos passa muitas vezes despercebida pela incapacidade humana de percebê-la devido à cultura reducionista. Porém é fundamental para que possamos elevar as inter-relações departamentais, organizacionais, setoriais e das nações ao estado de interdependência, e obtermos a harmonia coletiva. A abordagem mecanicista vem sendo muito importante no progresso tecnológico da humanidade, porém, a sistêmica representa o nosso novo passo evolutivo, inclusive necessário para resolver grandes questões da humanidade, como saneamento, fome, inflação, saúde psicossomática, paz entre nações e pseudoideologias, os quais demandam, entre outros, uma abordagem holística da realidade e uma comunicação autêntica. Se faz necessária uma progressão educacional, logo cultural, nesse sentido, bem como um equilíbrio entre a abordagem científica com a ética, moral e espiritual.
Diante de um mundo multiacelerado e conectado, nosso tempo é sugado em questões urgentes e importantes; e urgentes e não importantes, no qual investimos executando tarefas e dando suporte aos elos, ocasionando a procrastinação criativa. O processo criativo exige tempo e mente livre para pensar, dentro de um espaço importante e não urgente, onde inclusive reside o ócio criativo. Quem negligencia esse espaço acaba atuando prevalentemente de forma burocrática e em automatismo, sem pensar no que estamos fazendo e como aprimorar. Permitir-se dispor do espaço importante e não urgente é fundamental principalmente para as funções estratégicas e criativas. Vivemos em uma cultura onde cada vez mais se concebe produtividade com o fazer, e não com o pensar, muitas vezes taxado como perda de tempo pelos burocratas. A capacidade de pensar e a disposição do espaço inventivo é um ativo de vantagem competitiva nas organizações, pois enquanto os automatismos apenas reproduzem, os pensadores se dedicam a elevar a estaca competitiva, pressionando os executores e a manada do mercado a seguirem se quiserem sobreviver.
Criatividade é um exercício de aprendizado onde não se obtém o melhor resultado de imediato, se fazendo necessário o comprometimento com a melhoria rápida e contínua. É como musculação, na qual dia após dia estamos mais fortes. Nesse sentido, geramos uma espiral positiva de inércia, definida por Isaac Newton: um corpo em repouso tende a ficar em repouso; um corpo em movimento tende a ficar em movimento
. Nesse sentido, quando estamos posicionados fora da zona de conforto, a inteligência criativa é potencializada pela necessidade, e encontramos a zona da magia, expandindo nossos paradigmas visando adaptação, que é a virtude mais notável de quem goza da perenidade. Esse fenômeno é típico em conjunturas de redução de orçamentos, escassez de recursos e pressão competitiva. Analogamente, plantas tendem a dispor de sua energia a frutificar e dar os frutos mais doces quando o ambiente apresenta escassez ou desconforto: desbalanço hídrico ou seca, solos salinos, extremos ou desbalanços de temperatura; do contrário, tendem a somente vegetar. A natureza é sábia.
Quem se diz não criativo está dominado pelo medo de ser julgado. O convencional frequentemente nos passa mensagens subliminares de que sonhar é muito arriscado, e desse modo corremos o risco de o ímpeto inovador ser sutilmente dissuadido. Somando-se a isso, para se sobrepor o medo da falha, logo de julgamentos, é fundamental a virtude da resiliência. Cicatrizes criativas são marcas de batalha no corpo e mente do grande ser inovador. Para uma grande ideia ser desenvolvida, julgamentos devem passar longe, ou, pelo menos, a equipe deve ser impermeável aos mesmos. Com confiança criativa, a palavra-chave não é tentar, é fazer. A humildade, resiliência e a coragem nascem da percepção de que os erros são necessariamente trampolins para o aprendizado e crescimento, e, uma vez que vão sendo corrigidos, o processo passa do medo ao prazer e à alegria. Ademais, dispor do erro como alavanca do processo de aperfeiçoamento realça a automarca no sentido da confiança, integridade e naturalidade. A humildade significa esvaziar e abrir a mente ao olhar a realidade, e encarnar a programação mental de um viajante iniciante, permitindo assim se observar inúmeros valiosos detalhes que passam despercebidos por nossos filtros mentais. Tal virtude permite a polinização cruzada de ideias provindas de diferentes culturas, polos e tipos de organizações, gerando ideias com vigor híbrido. Existem pessoas identificadas com julgamentos e comparações, porém estão mais focadas com autopromoção do que com a realização e a missão. Uma das formas de hibridizar ideias é a cocriação de protótipos, que conta com metodologias muito eficazes de design thinking e design sprint para conduzir a expansão da consciência ao processo criativo e soluções visando a inovação. É altamente recomendável que qualquer organização que não teve contato com essas técnicas, que o faça.
Durante a década de 1970, as autoridades de Nova York se viam encurraladas pelo poder e violência da máfia, cuja um dos chefões era Paul Castellano. O FBI se deparava com a necessidade de obter autorização judicial para adentrar às residências dos suspeitos. Eis que surge um plano. Para transpor o caminho burocrático e adentrar o domicílio de Paul Castellano, forjaram uma interferência no seu televisor. Logo, um detetive disfarçado de técnico se apresenta no aposento alegando se dispor a solucionar o problema. Para não gerar desconfiança, ele simula uma ligação à central de manutenção
, e alega que precisa realizar