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Antologia Poética
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E-book125 páginas40 minutos

Antologia Poética

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Sobre este e-book

Em um amontoado de poesias, o autor apresenta seu primeiro livro. Uma leitura de conteúdo autobiográfico, carregada de altos e baixos.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento16 de dez. de 2021
ISBN9781526019752
Antologia Poética
Autor

Eddie Horst

Eddie é escritor, ou imagina ser. O que importa é sonhar.Apaixonado por coisas que não se alcançam, começou a escrever poesias. Amante de Queens of the Stone Age e de bebidas, desde que contenham álcool.Eddie é mineiro, da cidade de Manhumirim, na região do Caparaó, ou seja, provavelmente você não conhece. Mas deveria.E de uma mesma forma, você não conhece Eddie Horst, mas deveria.

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    Antologia Poética - Eddie Horst

    Este pequeno livro não será dedicado a qualquer outra pessoa, a não ser a mim mesmo. Você acabou de cometer um erro. Amontoei minhas poucas poesias aqui, diante de você. Os escritos que lerá, serão amargos, em sua maioria, e não me importo com seu bom humor, que será arruinado em alguns momentos, ou em todos. Leia cada página enchendo a cara. Leia cada página entre tragos de cigarro. Pois foi assim que eu escrevi cada linha, de cada uma delas.

    O autor, Eddie.

    Uma escrita rápida

    Encaro o monitor

    Através da fumaça do cigarro

    Damien Rice cantando ao fundo

    Bebo um gole generoso de um vinho barato

    Dou um trago no cigarro

    E penso em quais palavras colocar primeiro

    Em como posicioná-las

    Já me esqueci do que estava pensando

    Tal como a fumaça do cigarro a desaparecer no ar

    Respiro fundo, desapontado

    Gosto amargo na minha boca

    Saúde, querida

    Ele dizia

    Era a história de um homem entristecido

    Por causa de um encontro

    Fracassado

    Talvez o mesmo encontro

    Que eu teria com minha escrita

    Que eu teria comigo mesmo

    O cigarro entre os dedos

    Sinto queimar meu polegar

    Chegou ao fim

    Como minha escrita de hoje

    (f) Utilidade

    Em um lugar cheio

    De pessoas vazias

    Esvazio um copo

    E encho a cara

    Fumo

    E esvazio os pulmões

    Meu coração

    Já estava vazio

    Mas senti

    Meu eu se esvair

    Deixei ali

    Aquela parte de mim

    Um qualquer

    Uma noite qualquer

    Sentei-me em um banco qualquer

    De uma rua qualquer

    De uma cidade qualquer

    Saquei minha caderneta e o lápis

    Comecei a rabiscar um papel

    Fiz isso uma, duas, três vezes

    Ainda insatisfeito

    Ao ver um homem passar, perguntei

    Amigo, o que sente?

    O escritor é você, o que sente?

    Devolveu-me

    A verdade é que eu estava vazio

    Não havia nada dentro de mim

    Naquele momento

    Guardei o lápis e a caderneta

    Mexi em um dos bolsos

    Encontrei um cigarro e o acendi

    Agora, sim, havia algo dentro de mim

    Assoprei

    Agora, sim, havia algo saindo de mim

    Então saquei a caderneta novamente

    E comecei

    "Uma noite qualquer...

    Eu não soube o que fazer com essas palavras

    Você me trouxe

    Prantos

    Aos prantos

    Aos cantos

    Desencantos

    Não sei quantos

    De tantos

    Enquantos

    Portantos

    Portandos

    Encantos

    Outros tantos

    Aos cantos

    Cantos

    Cantavam

    Soavam

    Bailavam

    Me pediram para improvisar sobre jantar, vinho, cigarro e amor

    São coisas que não se encaixam

    E se isso fosse um jantar

    Cheio de bagunça

    É o que tem pra engolir

    Um jantar solitário

    Com o vinho mais vagabundo

    E dois cigarros no bolso

    Coloco um na boca

    E puxo o ar através dele

    Sinto o gosto amargo

    Acendo

    Trago

    Assopro

    Como minha lembrança de você

    Uma coisa que respiro

    Expiro

    Pensando em onde andas

    Com quem está

    O que faz

    Depois passa

    Pra voltar novamente

    Em um momento qualquer

    Talvez mais solitário ainda

    Bebo mais uns goles

    O álcool sobe

    Adormeço

    Acordo

    Foi só um sonho?

    Fumando Piaf

    O gosto mais forte

    Do tabaco mais puro

    A cura para a solidão

    No meio de uma multidão

    Música alta

    E eu no meu mundo

    De Piaf

    Tabaco

    E eu

    Não

    De jeito nenhum

    Não me arrependo de nada

    Ela diz

    E eu

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