Velhos Sim, Assexuados Jamais! A Sexualidade no Envelhecimento
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Sobre este e-book
Enganam-se os que pensam que essas páginas encontrarão as "10 melhores maneiras de fazer sexo na velhice". Não é nada disso. O livro aborda a vida como ela é, fala de uma geração que transformou o mundo nas décadas de 50, 60 e 70 do século XX, e que agora envelhece tendo suas experiências de prazer.
Embora apresente conceitos freudianos sobre o que é a sexualidade, uma autora teve o cuidado de escrever com singeleza e simplicidade, de forma suavemente erótica e poética, exemplificando cada capítulo com casos reais, poemas, letra de música e filmes conquistados de vários países. O resultado foi um desenrolar de capítulos que primam pela leveza e pelo prazer da leitura, buscando a compreensão da vivência da sexualidade humana após os 65 anos de idade.
É um livro que tem vocação de conhecimento às pessoas que trabalham ou que convivem com idosos e, também, tem a coragem de falar sobre os mitos e tabus que se entrelaçam na experiência de vida velha, outrora jovens rebeldes, que hoje se veem frente ao envelhecimento.
Uma narrativa que pode ser lida por reconhecer que reconhecerão em várias páginas um pouco de seus avós, por adultos que imaginar suas vidas daqui a alguns anos, e, sobretudo, pode e deve ser lida pelos idosos idosos que são responsáveis ??pelo belo protagonismo em cada capítulo aqui descrito.
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Velhos Sim, Assexuados Jamais! A Sexualidade no Envelhecimento - Rita Francis Gonzalez y Rodrigues Branco
A todos os velhos e velhas que ainda mantêm um brilho erótico no olhar e um desejo no coração.
Agradecimentos
Meus agradecimentos a todos que, de alguma forma ao passarem por minha vida, deixaram-me escutar histórias de envelhecimento e suas implicações com a sexualidade.
Agradeço especificamente a oportunidade que tive de criar a unidade de Sexualidade Humana no curso de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), onde, ao exercer a docência, pude aprofundar-me no tema da sexualidade.
Meu muito obrigada à Dr.ª Gabriela Cantarelli, ex-aluna do curso de Medicina dessa instituição, ex-monitora da unidade de Sexualidade Humana, atualmente geriatra e professora do referido curso, com quem aprendi muito sobre o envelhecimento.
Por fim, meus sinceros agradecimentos ao psicanalista Marcos Antônio Ribeiro Moraes, atual professor da unidade de Sexualidade Humana do curso de Medicina da PUC Goiás, pelo incentivo para que eu escrevesse e publicasse algo sobre o tema.
Tengo los años en que el amor,
as veces es uma loca llamarada,
ansiosa de consumirse en
el fuego de una pasión
deseada...
Y otras... es um remanso de
paz, como el atardecer en
la playa...
(fragmento do poema Sobre la Vejez
de José Saramago)
Prefácio
O exercício da sexualidade ainda é um tabu em diferentes lugares e formas de laços sociais, especialmente no campo da saúde e da educação. Isso continua assim, apesar de tudo o que se produziu nos últimos séculos acerca do conhecimento a respeito da sexualidade. Mas não podemos dizer que esse tabu tenha determinado o trabalho de Rita Francis Branco, ao longo de sua bela carreira como médica e na docência, carreira essa que culminou no seu atual exercício na clínica em psicanálise. A prova disso é a sua jovial coragem de escrever, em tempos tão difíceis de liberdade de expressão, um livro sobre a vivência da sexualidade no envelhecimento. Nesse sentido, logo de início, a autora nos conduz à compreensão de que se trata de um tema que incomoda tanto quanto a afirmação freudiana de que a sexualidade está presente na vida das crianças. Sim, é preciso ter coragem para tanto. Ao lermos este livro, capítulo por capítulo, vamos percebendo que a autora nos demostra o quanto esse tema carece de respeito e espaço para ser discutido e considerado. Pois se a sexualidade como um todo é passiva de tabus, o que constatamos é que a sexualidade no envelhecimento é ainda mais negada e duplamente recalcada por grande parte de nossa população.
Quando digo que este livro foi escrito em tempos difíceis, refiro-me também ao fato de que ele foi gestado durante a quarentena que nos foi imposta pela pandemia do Coronavírus! Rita Francis tem vivido essa quarentena de forma exemplar, no que se refere às recomendações sanitárias de restrições de contato social. Mas o que vem me chamando a atenção, pois a acompanho em suas postagens de mídias sociais, é a sua alegria e prazer com a vida, mesmo nessa condição de confinamento. Entendo que isso seja sinal de uma sexualidade fluindo de forma bacana, no prazer de comer, nos sorrisos largos e matreiros que aparecem em suas selfies, na abertura para o contato virtual com as pessoas que ama, na escuta da boa música, na sustentação do atendimento online dos seus pacientes, entre tantos outros exemplos.
O que a autora testemunha, nesses tempos difíceis, tanto com sua vida como no que nos brinda neste livro, me faz lembrar o que diz Lacan no seu Seminário 11 - Os quatro conceitos da psicanálise: a primeira coisa que diz Freud da pulsão é... que ela não tem dia nem noite, não tem primavera nem outono, que ela não tem subida nem descida. É uma força constante
¹. Rita Francis ilustra esse pensamento freudiano, demonstrando também que a pulsão não tem idade e não entra em quarentena. Esse é o caráter expressivamente inerente à força pulsional e que também alude à sua dimensão perversa polimorfa. É justamente esse o tema axial deste livro, tema polêmico, muitas vezes negado ou interpretado de forma equivocada por muitos leitores e praticantes da clínica, incluído muitos que se encontram na prática da psicanálise. Neste trabalho, a autora faz uma interessante ponte entre a dimensão polimorfa da sexualidade na infância e a possibilidade de que ela seja exercida pelo sujeito no contexto de seu envelhecimento. Ao traçar esse ponto de continuidade entre o início e o final da vida, fica impossível negar que em todos os ciclos da vida a sexualidade dos seres falantes é marcada por uma posição ou traço perverso polimorfo.
De forma descomplicada e numa linguagem acessível, Rita Francis nos convida a pensar esse conceito polêmico de perversão. Sabemos da tendência de concebê-lo como uma conduta patológica caracterizada por uma série de desvios em relação àquilo que é esperado e considerado normal
e aceitável. De tal forma, quando o conceito de perversão acaba assim reduzido, usado como sinônimo de depravação, maldade, crueldade, é o entendimento da sexualidade enquanto tal que perde, vencendo mais uma vez os diferentes mitos e tabus. Mas perde também a sociedade, quando se organiza em torno de discursos focados no retorno do recalcado e com posturas que acentuam formas diversas de sofrimentos, não somente das pessoas idosas.
Nesse sentido, para além da rica contribuição sobre o tema da sexualidade no envelhecimento, este livro nos auxilia no difícil estabelecimento do diagnóstico acerca da perversão. Diagnóstico esse que muitas vezes se apoia nos consensos imaginários que convocam aquilo que é veiculado socialmente a respeito dos sujeitos considerados como perversos. Ao se tratar da clínica no envelhecimento, isso tende a se acentuar ainda mais, considerando a nossa tendência em rememorar e, ao mesmo tempo, negar os nossos afetos, que sempre comparecem entrelaçados com nossas fantasias infantis. Em diferentes temas aqui abordados somos provocados a pensar que, se não caminhamos advertidos por um bom entendimento sobre a sexualidade humana, essas nossas fantasias de infância
que povoam o nosso imaginário, poderão nos tornar resistentes e limitados no acolhimento do sujeito que se encontra no exercício da sua sexualidade, sobretudo daqueles que a vivenciam no percurso do seu envelhecimento. Dificuldade essa