Aprenda a criar Games
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Aprenda a criar Games - Ricardo Garay
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Obra baseada nos cursos criados por Ricardo Garay
Capa e Ilustrações
Ricardo Garay
Direitos autorais do texto original, ilustrações e capa © 2014 Ricardo Garay
Todos os direitos reservados
Meus Cursos
http://www.buzzero.com/autores/rgaray
Meu Blog
http://blogdogaray.blogspot.com
Índice
Introdução
Objetivos
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Recursos
Dicas
Síntese
Introdução
img1.pngDesde que era criança eu criava jogos, usando cartolina, cola, madeira, etc. Quando a internet nasceu criei jogos em javascript e em 1996 fui o criador do primeiro RPG para ser jogado via internet da web brasileira, o Gaffen (baseado em meus personagens de tiras em quadrinhos, publicados entre 1994 e 1997). Em 2000 propus a adoção do conceito de RPG para cursos em e-learning da UVB (Universidade Virtual Brasileira).
Anos mais tarde acabei me envolvendo com mobilidade e criei e projetei quase duzentos jogos para o sistema PalmOS (todos os exemplos deste curso são de games criados por mim). Jogos sempre foram algo que me fascinaram e motivaram.
O que pude entender, antever e avaliar foi como os jogos poderiam ser ferramentas de aprendizado, diversão e lazer, mas acima de tudo, de que havia e há um entendimento errado sobre criação de games. Muitos acreditam que criar jogos é programar jogos e este grave engano, leva muita gente a pensar que bastará programar para ser um criador de games. Existe outro engano, o de que desenvolvimento de games é programação de jogos e não é. Aprender a criar games é antes de mais nada, arte, portanto criação.
Pensando nisto é que elaborei este curso. Nele você vai entender como poderá criar qualquer tipo de jogo, do mais simples ao mais complexo. Vai saber como criar um game independente de plataforma, sistema ou linguagem de programação. Vai saber como estruturar um projeto de game, obter as informações necessárias para a escolha da ou das plataformas e quais linguagens de programação que deseja utilizar na criação de seus jogos. Entenderá o mercado de games e como pode gerar receitas com suas criações (sem que precise ser um programador). Mas a partir deste curso poderá também, através das ferramentas gratuitas oferecidas, optar por ser o programador de seus games, afinal, o principal você já terá aprendido. Mas o mais importante aprenderá que este curso é um curso para a criação e não produção de games, porque apesar de existir muita confusão, programar não é criar um game.
Objetivos
img2.pngOs objetivos gerais deste curso são:
História e lições;
Funções;
Conceitos;
Habilidades;
O que é um game;
Projeto de game;
Objetivos para a criação;
Criação de games;
A lógica da criação;
Planejamento de um game;
Desenvolvimento de um game;
Opções de plataformas;
Mercado de Games;
Monetização de games;
Recursos;
Ferramentas;
Opções de programação de games
Capítulo 1
O começo de tudo
Games, aportuguesando, jogos (hoje se pensa no Brasil de duas formas - jogos são os de tabuleiro, de caixa; games são os jogos eletrônicos), são desde que o homem surgiu no planeta, um objetivo buscado geralmente, para distração ou diversão, curiosamente associada, a formas de estimular o raciocínio. Ou seja, os jogos em sua grande maioria sempre visaram e visam desafiar a mente. Primitivos usavam paus e pedras para criar jogos, índios, já criavam seus jogos usando elementos de sua cultura. Os egípcios desenvolveram jogos e praticamente todas as culturas produziram jogos. Vários jogos criados por tribos africanas como o Awele acabaram sendo levados para a Europa. Assim como vários jogos chineses e japoneses acabaram sendo conhecidos na Europa. No Brasil tribos indígenas criaram seus próprios jogos, como o Cercar a Onça. Em comum o tabuleiro, que nas tribos era o próprio chão.
De modo geral os jogos sempre foram associados a um modelo, o tabuleiro, então a estratégia fazia parte intrínseca de cada criação. Os séculos foram se sucedendo e o homem seguiu criando jogos que acabaram sendo adotados por outras culturas, alguns se popularizaram porque foram descobertos depois, outros porque sua adoção foi gradual e se espalhou por continentes. De modo geral os mais conhecidos jogos são os de tabuleiro, como xadrez, damas e gamão, mas existem muitos outros como Go, Xadrez chinês, Moinho, e uma infinidade de outros. A exemplo do gamão, alguns jogos surgiram com recursos complementares, como os dados. Os dados foram e ainda são utilizados como um dos mais usados. Curiosamente eles são um jogo, ou seja, historicamente eles nasceram como um jogo, depois é que além de gerarem vários jogos, passaram a ser usados como peças de outros jogos. Quando se olha para o passado é que se descobre que muitos jogos populares hoje, são fruto da criação individual ou coletiva de décadas e mesmo séculos atrás.
img3.pngAwele (está é minha versão chamada HandAwe)
Os videogames
img4.pngOs videogames nasceram na década de 70, do século XX. Para muitos foi o nascimento de uma indústria, da verdadeira indústria de games.
Porém, a indústria de jogos já existia e mesmo a de jogos eletrônicos também já existia. Os primeiros jogos eletrônicos datam da década de 20 do século XX. Mas então, o que a suposta indústria de games que estava nascendo foi? Foi ponto de partida para a verdadeira popularização dos jogos eletrônicos.
Esta indústria que quebrou, no inicio da década de 80 do século XX (graças a multiplicação de consoles e a baixíssima qualidade dos games), ressurgiu mais poderosa na década seguinte e hoje já é maior do que a indústria do cinema e para o futuro a base para toda a indústria de entretenimento.
Então você pode se perguntar: Mas no que isto pode me ajudar?
É importante entender como esta indústria nasceu e como ela após quebrar, ressurgiu, para considerar que independente dos modismos e mesmo tendências, existem variáveis que tem de ser consideradas no momento de criar um game. Estas variáveis são algumas das determinantes para o sucesso ou fracasso de um game.
Criação conceitual e game design
img5.pngEstes dois conceitos e funções são distintos em grandes produtoras de games, apesar de que algumas definem criação conceitual como conceptual design, de fato o rótulo para a função não tem importância. Nas pequenas produtoras, com estruturas mais enxutas, um criador pode ser um game designer. Na prática é até melhor, porque aquele profissional que criou tem o game todo na cabeça, quando se pensa nas telas, nas imagens, enfim.
Eu sou este tipo de profissional e recomendo que quem deseje criar games, também seja um game designer e vice versa. Muitos game designers se especializaram em criar telas e imagens, para games que não são sua criações, se valem de briefings e esboços do criador. É uma prática de mercado, mas pessoalmente acho importante se poder ter controle sobre a criação. Não nego