A Itália E O Vaticano
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A Itália E O Vaticano - Claudionor Aparecido Ritondale
A ITÁLIA E O VATICANO
Volume IV: A cidade eterna e a sede do
Catolicismo
Claudionor Aparecido Ritondale
São Paulo
2020
A ITÁLIA E O VATICANO
Volume IV: A cidade eterna e a sede do
Catolicismo
Claudionor Aparecido Ritondale
Sumário
EXPLICAÇÃO INICIAL .................................................................................................. 13
NO VATICANO E EM SEUS MUSEUS. .......................................................................... 15
A CIDADE DO VATICANO ................................................................................................ 16
A BASÍLICA DE SÃO PEDRO ............................................................................................. 17
AS GRUTAS SAGRADAS .................................................................................................. 44
A subida para a cúpula ......................................................................................... 45
O Museu do Tesouro de São Pedro ....................................................................... 49
Sala da Coluna ...................................................................................................... 49
Sala da Cátedra .................................................................................................... 49
Capela dos Beneficiados ....................................................................................... 51
Sala de Sisto IV ..................................................................................................... 51
Sala do Relicário ................................................................................................... 52
Sala dos Candelabros ............................................................................................ 52
Sala do Anjo ......................................................................................................... 52
Galeria ................................................................................................................. 53
Sala de Junius Bassus ............................................................................................ 54
OS MUSEUS VATICANOS ................................................................................................ 55
Museu Pio Clementino .......................................................................................... 56
Museu Chiaramonti .............................................................................................. 60
Museu Gregoriano Etrusco ................................................................................... 61
Museu Gregoriano Egípcio .................................................................................... 62
Pinacoteca Vaticana ............................................................................................. 66
Museu Missionário-Etnológico .............................................................................. 69
Museu Gregoriano Profano e Museu Pio Cristão ................................................... 70
Coleção de Arte Religiosa Moderna e Contemporânea ......................................... 72
OUTROS ESPAÇOS IMPORTANTES...................................................................................... 72
Salas de Rafael ..................................................................................................... 72
CAPELA SISTINA ........................................................................................................... 74
Galeria dos Candelabros ....................................................................................... 75
Galeria dos Mapas................................................................................................ 76
Sala da Biga.......................................................................................................... 76
Nova entrada ....................................................................................................... 76
QUATRO OUTROS PONTOS DA JURISDIÇÃO DO VATICANO EM ROMA ..................... 78
CASTELO SANT'ANGELO ................................................................................................. 78
5
Igreja de Santa Maria Maggiore ........................................................................... 80
IGREJA DE SÃO PAULO EXTRAMUROS ................................................................................ 83
IGREJA DE SÃO JOÃO LATRÃO .......................................................................................... 84
DICAS GERAIS DA CIDADE DE ROMA, SEUS MONUMENTOS E A FACILIDADE DO ROMA
PASS ........................................................................................................................... 87
ROMA: UM ROTEIRO AMBICIOSO .............................................................................. 88
A FONTE MAIS FAMOSA DE ROMA .................................................................................... 90
UM PALCO COM ANTECEDENTES NOBRES ........................................................................... 91
GALERIA BORGHESE ...................................................................................................... 92
A CRIPTA DOS CAPUCHINHOS .......................................................................................... 97
IGREJA DE SANTA MARIA IN ARACOELI ..................................................................... 99
O CAPITÓLIO E OS MUSEUS CAPITOLINOS ............................................................... 100
A PIAZZA VENEZIA, O PALAZZO VENEZIA E O MONUMENTO A VITTORIO EMANUELLE
II ............................................................................................................................... 106
A AVENIDA DOS FÓRUNS IMPERIAIS, OS QUATRO FÓRUNS IMPERIAIS MAIS
IMPORTANTES E O FÓRUM ROMANO ..................................................................... 108
FÓRUM DE CÉSAR....................................................................................................... 109
FÓRUM DE AUGUSTO .................................................................................................. 110
FÓRUM DE NERVA ...................................................................................................... 111
FÓRUM DE TRAJANO ................................................................................................... 111
MERCADOS DE TRAJANO .............................................................................................. 112
O FÓRUM ROMANO ................................................................................................... 113
O COMPLEXO EM TORNO AO FORO ROMANO.................................................................... 114
O COLISEU ................................................................................................................ 115
O ARCO DE CONSTANTINO ...................................................................................... 129
O RESTAURANTE IL VERO ALFREDO, PONTO DE ENCONTRO DE BRASILEIROS EM
ROMA ...................................................................................................................... 130
O MAUSOLÉU DE AUGUSTO ..................................................................................... 132
ARA PACIS AUGUSTAE ............................................................................................. 135
BASÍLICA DE SANTA MARIA DOS ANJOS E DOS MÁRTIRES ...................................... 148
PIAZZA DELLA REPUBBLICA – MUSEU NAZIONALE ROMANO .................................. 160
IGREJA DE SAN CARLO ALLE QUATTRO FONTANE .................................................... 170
6
IGREJA DE SANT’ANDREA AL QUIRINALE ................................................................. 191
BASÍLICA DE SAN PIETRO IN VINCOLI (SÃO PEDRO ACORRENTADO) ....................... 198
MONTE PALATINO, MERCADOS DE TRAJANO .......................................................... 208
AS SETE COLINAS DE ROMA ........................................................................................... 208
OS MERCADOS DE TRAJANO .......................................................................................... 208
PANTHEON ............................................................................................................... 216
O PANTEÃO DE ADRIANO ............................................................................................. 219
A HISTÓRIA SUBSEQUENTE ............................................................................................ 229
IGREJA DE SANTA MARIA SOPRA MINERVA ............................................................ 237
OBELISCO DO ELEFANTE ........................................................................................... 243
PALÁCIO E GALERIA DORIA-PAMPHILI ..................................................................... 245
IGREJA DE SANTO INÁCIO DE LOIOLA ...................................................................... 253
IGREJA DE SANTA MARIA DELLA VITTORIA .............................................................. 261
GALERIA DE IMAGENS .................................................................................................. 263
IGREJA DE SANTA MARIA DEL POPOLO.................................................................... 271
ORIGENS .................................................................................................................. 271
DESCRIÇÃO ............................................................................................................... 273
PIAZZA DEL POPOLO ................................................................................................ 278
HISTÓRIA ................................................................................................................. 280
ARQUITETURA ........................................................................................................... 280
TERRAÇO DO PINCIO ................................................................................................ 286
CAMPO DEI FIORI ..................................................................................................... 287
HISTÓRIA ................................................................................................................. 288
PIAZZA FARNESE ...................................................................................................... 290
PALÁCIO FARNESE .................................................................................................... 291
HISTÓRIA ................................................................................................................. 291
DESCRIÇÃO ............................................................................................................... 292
RESTAURANTE CAMPONESCHI................................................................................. 294
PIAZZA NAVONA ...................................................................................................... 295
7
HISTÓRIA ................................................................................................................. 295
DESCRIÇÃO ............................................................................................................... 296
PIAZZA NAVONA .................................................................................................... 298
ER MORO DE PIAZZA NAVONA ...................................................................................... 299
O MOURO DA PIAZZA NAVONA ..................................................................................... 299
VIA ÁPIA ANTIGA ..................................................................................................... 301
HISTÓRIA ................................................................................................................. 301
DESCRIÇÃO ............................................................................................................... 302
Técnicas de construção ....................................................................................... 303
A Nova Via Ápia, o parque regional e o parque arqueológico.............................. 304
REDESCOBERTA .......................................................................................................... 304
MONUMENTOS E MARCOS AO LONGO DO CAMINHO ........................................................... 305
Noi trecho agora incluso nas fronteiras da Capital (Roma) (até a 9ª milha) ........ 305
No trecho desde Bovillae até Aricia (Ariccia) ....................................................... 307
Lazer público ...................................................................................................... 307
GALERIA DE IMAGENS .................................................................................................. 308
CATACUMBAS DE SÃO CALISTO ...................................................................................... 311
DESCRIÇÃO ............................................................................................................... 312
A Cripta dos Papas .............................................................................................. 313
O túmulo de Santa Cecília e os cubículos dos sacramentos ................................. 313
Outras áreas de interesse ................................................................................... 314
PAPAS ENTERRADOS NAS CATACUMBAS ........................................................................... 314
TÚMULO DE CECÍLIA METELLA ................................................................................. 315
O MAUSOLÉU ............................................................................................................ 315
O CÁSTRUM .............................................................................................................. 317
ILHA TIBERINA .......................................................................................................... 318
MONUMENTOS ......................................................................................................... 321
Templos .............................................................................................................. 321
Basílica de São Bartolomeu................................................................................. 321
Hospital Fatebenefratelli .................................................................................... 322
Hospital Israelense ............................................................................................. 322
CELEBRAÇÕES E EVENTOS ............................................................................................. 323
A Ilha do Cinema ................................................................................................ 323
PONTE CÉSTIO .......................................................................................................... 324
DESCRIÇÃO ............................................................................................................... 325
TRANSPORTE ............................................................................................................. 325
8
IMAGENS DE ÉPOCA .................................................................................................... 325
PONTE FABRÍCIO ...................................................................................................... 326
DESCRIÇÃO ............................................................................................................... 327
BOCA DA VERDADE .................................................................................................. 328
HISTÓRIA ................................................................................................................. 328
TEATRO DE MARCELO .............................................................................................. 330
Antiguidade ........................................................................................................ 330
Era Medieval ...................................................................................................... 331
DESCRIÇÃO ............................................................................................................... 332
Estrutura ............................................................................................................ 332
A fachada ........................................................................................................... 332
Os materiais e as técnicas construtivas ............................................................... 333
A Arquibancada .................................................................................................. 334
O palco ............................................................................................................... 334
IMPORTÂNCIA ARQUITETÔNICA ...................................................................................... 334
FONTE DAS TARTARUGAS ........................................................................................ 335
DESCRIÇÃO ............................................................................................................... 336
CRÔNICAS ................................................................................................................ 336
TORRE ARGENTINA .................................................................................................. 338
CENAS HISTÓRICAS ..................................................................................................... 338
Templo A: aedes Iuturnae (Templo de Juturna)? ................................................. 342
Templo B: aedes Fortunae (Templo de Fortuna) .................................................. 343
Templo C: aedes Feroniae (Templo de Ferônia)? ................................................. 344
Templo D: aedes Larum Permarinum [Templo dos Lares Permarinos] ................. 345
As mudanças na era imperial .............................................................................. 345
Outros restos ...................................................................................................... 345
OUTRAS IMAGENS ...................................................................................................... 346
VILA GIULIA E O MUSEU NACIONAL ETRUSCO ......................................................... 347
A HISTÓRIA............................................................................................................... 347
A VILA ..................................................................................................................... 348
MUSEU NACIONAL ETRUSCO DE VILLA GIULIA ................................................................... 350
COLEÇÃO.................................................................................................................. 350
O ANTIGO CAFÉ GREGO ........................................................................................... 352
9
HISTÓRIA ................................................................................................................. 353
LISTA DE CLIENTES FAMOSOS ......................................................................................... 354
GALERIA ALBERTO SORDI (LARGO CHIGI, 19 NA VIA DEL CORSO) .......................................... 357
HISTÓRIA ................................................................................................................. 357
LOJAS RINASCENTE .................................................................................................. 359
PIAZZA DE ESPANHA ................................................................................................ 362
A PRAÇA .................................................................................................................. 362
A ESCADARIA ............................................................................................................. 364
MONUMENTOS E LUGARES DE INTERESSE ......................................................................... 365
Palácios .............................................................................................................. 365
Monumentos e museus....................................................................................... 365
Escola ................................................................................................................. 370
Principais ruas da região .................................................................................... 371
Outros ................................................................................................................ 373
PIAZZA E IGREJA DE SANTA MARIA EM TRASTEVERE............................................... 374
HISTÓRIA ................................................................................................................. 375
DESCRIÇÃO ............................................................................................................... 376
ÓRGÃOS DE TUBOS ..................................................................................................... 377
A BASÍLICA NA LITERATURA ........................................................................................... 378
GALERIA DE IMAGENS .................................................................................................. 378
O RESTAURANTE DA MEO PATACCA A ROMA, NO TRASTEVERE ............................. 385
HISTÓRIA ................................................................................................................. 386
A COLINA DO GIANICOLO......................................................................................... 387
NA ANTIGUIDADE ....................................................................................................... 387
O GIANICOLO GARIBALDINO ......................................................................................... 387
O CANHÃO DO GIANICOLO ........................................................................................... 390
FAROL DO GIANICOLO ............................................................................................. 391
DESCRIÇÃO ............................................................................................................... 391
PROJETO .................................................................................................................. 392
LOCALIZAÇÃO ............................................................................................................ 392
HORTO BOTÂNICO DE ROMA ................................................................................... 393
HISTÓRIA ................................................................................................................. 393
A ATUAL ORGANIZAÇÃO E AS ESPÉCIES PRESENTES .............................................................. 394
10
GALERIA DE IMAGENS .................................................................................................. 395
FONTE DA ÁGUA PAULA .......................................................................................... 402
HISTÓRIA E DESCRIÇÃO ................................................................................................ 403
A FONTE NO CINEMA ................................................................................................... 405
AUDITÓRIO PARQUE DA MÚSICA [AUDITORIUM PARCO DELLA MUSICA] .............. 407
DESCRIÇÃO ............................................................................................................... 407
Academia Nacional de Santa Cecília ................................................................... 409
A Fundação de Música para Roma ...................................................................... 409
AS SALAS .................................................................................................................. 409
Sala Santa Cecília ............................................................................................... 409
Sala Sinopoli ....................................................................................................... 410
Sala Petrassi ....................................................................................................... 411
ELOGIOS E CENSURAS .................................................................................................. 411
O exterior ........................................................................................................... 411
A polêmica do órgão ........................................................................................... 412
As partes internas ............................................................................................... 412
O desempenho acústico ...................................................................................... 413
OUTROS ................................................................................................................... 413
PORTA PORTESE ...................................................................................................... 414
O PORTO DE RIPA GRANDE E O ARSENAL PAPAL ................................................................. 415
O MERCADO DE PORTA PORTESE ................................................................................... 416
À GUISA DE CONCLUSÃO ......................................................................................... 417
SE QUISEREM MAIS AINDA, VISITEM OS SEGUINTES ENDEREÇOS NA INTERNET: ...... 429
MONUMENTOS, MUSEUS, FONTES, PRAÇAS DE ROMA ........................................... 429
PÁGINA TURÍSTICA OFICIAL ..................................................................................... 429
11
12
EXPLICAÇÃO INICIAL
A última etapa de nossa viagem à Itália em 2011 foi uma rápida passagem por Roma e o
Vaticano. Para chegar até lá, em nosso roteiro organizado pela agência que nos atendeu, passamos
inicialmente pelas ruínas de Pompeia antiga, a cidade que foi assolada pela erupção do vulcão Vesúvio
no ano 79.
De Pompeia, que pertence à Grande Nápoles, fomos visitar Roma e o Vaticano.
Na cidade eterna, estivemos duas vezes, o roteiro vai contemplar os passeios que fizemos
nas duas ocasiões em que lá estivemos. Já no Vaticano, que visitamos com uma guia italiana em 2011,
falaremos dos principais museus.
Desejamos boa leitura a todos.
O autor.
13
14
NO VATICANO E EM SEUS MUSEUS.
No final do décimo segundo dia de viagem, fomos para Roma. Lá chegamos quase para o
jantar. Tivemos uma refeição ruim, com um risoto quase cru. Não soubemos avaliar o que ocorre em
certos lugares que não têm o bom atendimento e a melhor qualidade nos pratos e em toda a mordomia
de um hotel a serviço do cliente como prioridade. Não é só no Brasil que precariedades desse tipo
acontecem.
Ficamos no Grand Hotel Palatino, na Via Cavour, um lugar bem central em Roma, muito
próximo ao Coliseu e a igrejas importantes.
À noite, caímos no conto da guia, que nos ofereceu um passeio chamado Roma iluminada
,
que nada mais era do que uma caminhada por alguns pontos (nem todos com acesso) próximos ao
hotel. Foi uma roubada: 45 euros por pessoa para andarmos a pé! O que obtivemos foi uma parca
informação sobre pontos que poderíamos ter visitado sem precisarmos de guia nenhum. Tivemos que
engolir aquilo como aprendizado a um alto preço. Vimos (mal) as Termas de Caracala, a Fontana di
Trevi e a Piazza Navona, onde comemos um doce numa confeitaria (nós pagamos pelo doce, não
estava incluso nos 45 euros). Uma visita noturna ao Vaticano redundou em uma disputa por espaço
de ônibus. Fizemos uma foto com toda a turma da excursão, no dia seguinte, em frente ao Vaticano.
Figura 1: As pessoas da excursão da Polvani, de julho de 2011, em frente ao Vaticano. As senhoras da ponta são as
guias.
Não mantivemos mais contato com nenhuma delas, à exceção da guia à esquerda, que envia
algum material de viagem pelo Facebook às vezes. É uma guia profissional que mora em Bolonha, tem
um português com sotaque brasileiro muito compreensível e conhece bem o Vaticano. Chama-se
Flávia Pàstina (na extrema esquerda na figura 1). A outra guia chama-se Eulella Neri (na extrema
direita na figura 1). O nosso motorista oficial era o Salvatore Iovimo. Os demais, recordamos de
algumas passagens. Tentando relembrar, temos, da esquerda para a direita: Flávia (guia), Antônio
Cunha e Cristina Cunha (de Cuiabá), Elisabete, Eduardo, Regina e Sofia (de São Paulo), Cristina
Nascimento (de Santos), Luciana Ritondale e Claudionor Ritondale (de São Paulo – minha esposa e
eu), Bruno e Soraia (de São Paulo), Juliana e Camila (de Limeira, interior de São Paulo), Paula Oliveira
e Paulo Sérgio de Oliveira (de São Paulo), Eliane e Jô (do Rio Grande do Sul), e a guia Eulella.
15
Pedimos desculpas por algum eventual erro na identificação, porque já se passou um bom
tempo e a comunicação foi interrompida. Os muitos afazeres de todos impediram a continuidade dos
contatos.
Voltando ao roteiro, tínhamos uma programação para o décimo terceiro dia, que era iniciar
em Roma, por uma igreja distante do centro da cidade, mas a guia de Roma convenceu a guia geral a
iniciarmos pelo Vaticano em um horário que antecedia as visitas normais. Como tínhamos ingresso
já comprado pela companhia responsável pela excursão, não precisamos esperar nas longas filas. O
ingresso antecipado permitiu-nos ver os museus do Vaticano com calma, sem muita gente além do
pessoal da excursão – havia também pessoas de outras excursões que conseguiram o acesso
antecipado. Foi ótimo, porque, com muita gente, certamente a visitação seria prejudicada.
O ponto alto foi a Capela Sistina, sem dúvida, mas os museus do Vaticano, em número de
onze, são magníficos. Visitamos alguns, não seria possível em apenas três horas vermos tudo, mas o
que conseguimos ver, com visita orientada, foi suficiente para ficarmos deslumbrados.
A Cidade do Vaticano
Desde 1377, o Vaticano é a residência dos papas, com intervalos de estadas no Palazzo
Quirinale, hoje sede da Presidência da Itália, depois de ter sido o papado transferido para Avignon,
fato ocorrido entre 1309 e 1377. A sede do papado, anteriormente, era em Latrão, no prédio junto à
Basílica de São João Latrão em Roma. Hoje ainda, o complexo de Latrão é administrado pela Santa
Sé.
O Estado da Cidade do Vaticano é o território sobre a qual a Santa Sé tem soberania. A Santa
Sé, também chamada Sé Apostólica, distingue-se, pois, do território do Vaticano, porque ela é o sujeito
de direito internacional que representa o governo central da Igreja Católica no mundo. A Santa Sé
possui representações diplomáticas (Nunciaturas apostólicas) em quase todos os países do mundo
(exceções para a República Popular da China e a Coreia do Norte).
Em 756, Pepino, o Breve, rei dos francos, deu ao Papa um grande território no centro da
Itália. A existência destes Estados Pontifícios terminou quando, em 1870, as tropas do Rei Vítor
Emanuel II entraram em Roma e incorporaram no Reino de Itália esta parte do território. Em 13 de
março de 1871, Vítor Emanuel II ofereceu como compensação ao Papa Pio IX uma indenização e o
compromisso de mantê-lo como Chefe do Estado do Vaticano, um bairro de Roma onde ficava a sede
da Igreja. O Papa, porém, recusou-se a reconhecer a nova situação e considerou-se prisioneiro do
poder laico, dando início assim à Questão Romana.
Embora tenha negado inicialmente a proposta do governo italiano, a Igreja aceitou essas
condições em 11 de fevereiro de 1929, por meio do Tratado de São João de Latrão ou simplesmente
Tratado de Latrão, que criou um novo Estado, assinado por Benito Mussolini, então chefe do Governo
italiano, e o cardeal Pietro Gasparri, secretário de Estado da Santa Sé. Este Tratado formalizou a
existência do Estado do Vaticano (cidade do Vaticano), Estado soberano, neutro e inviolável, sob a
autoridade do papa, e os privilégios de extraterritorialidade do palácio de Castelgandolfo e das três
basílicas de São João de Latrão, Santa Maria Maior e São Paulo Extramuros. Por outro lado, a Santa
Sé renunciou aos territórios que havia possuído desde a Idade Média e reconheceu Roma como capital
da Itália.
O acordo também garantiu ao Vaticano o recebimento de uma indenização financeira pelas
perdas territoriais durante o movimento de unificação da Itália. O documento estabeleceu normas
para as relações entre a Santa Sé e a Itália, reconheceu o catolicismo como religião oficial desse país,
instituiu o ensino confessional obrigatório nas escolas italianas, conferiu efeitos civis ao casamento
religioso, aboliu o divórcio, proibiu a admissão em cargos públicos dos sacerdotes que abandonassem
a batina e concedeu numerosas vantagens ao clero.
O tratado foi incorporado à Constituição italiana em 1947, com a condição de que o papa
deveria jurar neutralidade eterna em termos políticos. O papa poderia atuar como mediador em
assuntos internacionais, mas só quando fosse solicitado.
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Em 1978, os termos desse acordo concordatário foram reformulados, e o catolicismo deixou
de ser a religião oficial da Itália, que se tornou um Estado laico. Nesse mesmo ano, as relações do
Vaticano com a Itália deterioram-se com a aprovação do divórcio naquele país.
Em fevereiro de 1984, um acordo firmado entre a Santa Sé e o governo italiano modificou
alguns termos do Tratado de Latrão. Aboliu a obrigatoriedade do ensino religioso, que passou a ser
oferecido somente a pedido dos pais dos alunos. O Vaticano permaneceu como estado soberano,
governado pelo papa e com sede em Roma, que, contudo, perdeu o título de cidade sagrada
.
Na Época do Império Romano, na colina Vaticana foi construído o grandioso Circo
Neroniano no qual, sobre o domínio de Nero, foi crucificado São Pedro, num ano impreciso entre 64
e 67. O seu corpo foi sepultado nas redondezas, e mais de 150 anos depois, Constantino ergueu sobre
o seu túmulo uma magnífica Basílica destinada a ser uma das maravilhas do mundo. Durante os 73
anos em que os Papas estiveram em Avignon, a Basílica, já antiga, deteriorou sem condição de
restauro. Nicolò V (papa de 1447 a 1455) decidiu reconstruí-la, entregando o projeto a Rossellino, mas
após a morte do Papa tudo foi suspenso. Apenas com Júlio II (1503 a 1524) se pôde iniciar a nova
Basílica, com projeto aos cuidados de Bramante. A empresa durou 176 anos. Neste período surgiram
outros projetos, desde o de Raffaello até o de Antônio Sangallo, o Jovem. Michelangelo, já quase com
70 anos, resolveu tomar conta do projeto; depois de sua morte, os trabalhos prosseguiram segundo
seus projetos, com apenas algumas modificações no século XVII.
Figura 2: Mapa do Vaticano.
A Basílica de São Pedro
A configuração atual da basílica em forma de cruz latina foi obra de Carlo Maderno, durante
o pontificado de Paulo V. Apesar dos vários pormenores ainda por arrematar, a basílica deu-se por
concluída em 1626 e foi solenemente consagrada pelo Papa Urbano VIII.
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Gian Lorenzo Bernini, a pedido de Alexandre VII, projetou a grande Praça de São Pedro,
assim como as colunatas que a rodeiam. Por todo o perímetro da praça podem ser vistas numerosas
estátuas de santos de várias épocas e diferentes regiões. Acima da fachada encontram-se as estátuas
dos apóstolos (exceto de São Pedro), incluindo São João Batista e, no centro, Cristo. Bernini foi
também responsável pela realização dos desenhos e plantas das torres sineiras que deveriam
completar a fachada projetada por Maderno. Porém, devido ao tamanho colossal das torres - seis vezes
mais pesadas do que as torres originais - e uma vez assentadas sobre terreno pantanoso, a primeira e
única torre concluída sob a direção de Bernini, entre 1638 e 1641, teve que ser demolida após evidentes
sinais de instabilidade da estrutura. Isto porque dois meses depois da entrega da primeira torre de
Bernini ao público, em julho de 1641, rachaduras começaram a aparecer espalhando-se pela fachada
principal da igreja. Em 1644, o papa Urbano VIII, amigo de Bernini e defensor das suas torres, morre.
A 23 de fevereiro de 1646, o Papa Inocêncio X toma a decisão de demolir a torre sul de Bernini. A
demolição durou 11 meses, com a obra entregue a Borromini. Em 1790, este problema foi sanado. As
bases das torres sineiras permaneceram. Visto que Giuseppe Valadier estava determinado a não
planear a construção de torres na fachada, após o insucesso de Bernini, os relógios que ocupam as
extremidades da fachada foram por ele incluídos em finais do século XVIII.
Bernini ocupou-se também da decoração interior do templo. Aqui, o seu maior trabalho foi
o espetacular baldaquino de bronze sólido acrescentado sobre o altar-mor. O bronze empregue na
construção do dossel foi extraído dos cofres da cúpula do Panteão de Agripa, em Roma, o que deu
origem à frase: Quod non fecerunt barbari, fecerunt Barberini
, expressão latina que significa "O que
não fizeram os bárbaros, fizeram os Barberini", referindo-se a Urbano VIII. O baldaquino é formado
por quatro colunas torsas decoradas por volutas com motivos florais, anjos e texturas simuladas num
fuste retorcido. Por todas elas estão representadas abelhas, símbolo heráldico dos Barberini a cuja
família pertencia o pontífice.
Bernini interveio também na decoração interior da abside, projetando a brilhante Glória
em trono de um óculo com a pomba representando o Espírito Santo. Abaixo, um relicário com a
Basílica de São Pedro, suportado por gigantes esculturas de bronze dos Padres da Igreja. A decoração
dos pilares da cúpula foi também desenvolvida por Bernini, que concebeu espécies de nichos para
acalentar as relíquias mais famosas da basílica. Sob a sua orientação, foram colocadas quatro
monumentais esculturas, representado Santa Helena, Santo André, Santa Verônica e São Longino,
tendo ele mesmo realizado esta última. O arquiteto foi definitivamente o favorito dos papas durante
o século XVII, e a sua marca está presente em todo o interior do templo. Além das obras citadas,
Bernini criou também a decoração da Capela do Santíssimo Sacramento, com um pavilhão ladeado
por anjos; o monumento funerário da condessa Matilde de Canossa, protetora do papado na Idade
Média; assim como os túmulos dos papas Urbano VIII e Alexandre VII, duas peças-chave da escultura
barroca. Muitos outros artistas trabalharam para a basílica ao longo dos séculos. Entre eles o escultor
Alessandro Algardi, autor do famoso relevo A Expulsão de Átila, obra prima barroca, e o mestre do
neoclassicismo Antonio Canova, que esculpiu um monumento ao papa Clemente XIII. Algumas obras
anteriores à própria construção da basílica servem atualmente como parte do seu ornamento. Entre
eles destacam-se o mosaico representando A tempestade do Lago de Tiberíades, mais conhecido por
La Navicella, uma obra de Giotto (retocada posteriormente) situada no sopé do templo, ou o
monumento funerário do Papa Inocêncio VIII, projetado por Antonio Pollaiuolo. Porém, a mais
famosa obra de arte presente no interior da Basílica é a Pietà de Michelangelo, uma de suas grandes
realizações, que é venerada na primeira capela à direita.
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Figura 3: Vista da Basílica de São Pedro.
A Basílica de São Pedro é um dos maiores edifícios católicos do mundo. Possui 218 metros
de comprimento58 e 136 m de altura (incluindo a cúpula) e apresenta uma área total de 23 000 m².
O edifício está ligado ao Palácio Apostólico por um corredor em direção à Scala Regia, construída por
Sangallo, junto da fachada da Praça de São Pedro, e dois corredores que o ligam com a sacristia a ele
adjacente. Esses viadutos foram projetados por Michelangelo, por forma a que a sua presença não
perturbe o perímetro da basílica, permitindo a existência de ramificações no templo. O exterior foi
construído com mármore travertino e caracteriza-se pelo uso da ordem colossal a partir do qual se
assenta o ático. Esta configuração foi idealizada por Michelangelo e manteve-se no corpo longitudinal
adicionado por Carlo Maderno.
O interior da Basílica abriga 45 capelas e 11 altares que abarcam obras de arte bastante
valiosas, entre as quais algumas da antiga basílica, como a estátua em bronze de São Pedro (nº 89),
atribuída a Arnolfo di Lapo.
A colunata ou o conjunto de colunas da Basílica de São Pedro é o mais bonito trabalho de
Bernini, solene entrada em São Pedro e no Vaticano. As duas grandes alas abertas em semicírculo
parecem os braços do Templo estendidos para colher num abraço universal toda a humanidade. Se
noutros trabalhos Bernini pôde parecer extravagante, com esta colunata pôs à prova todo o seu gênio.
Foi ele também o criador da estátua dos Santos que a adornam (exatamente 140) executadas com a
ajuda de alunos da sua Escola. O levantamento do Obelisco com uma altura superior a 25 metros
transportado para aqui do Circo Neroniano, já em ruínas, suscitou grande maravilha e entusiasmo do
povo. Tal operação, muito árdua, considerado o valor do obelisco e os meios à disposição, foi
executada por Domenico Fontana por ordem de Sisto V (1585-90). Das duas Fontes, a da direita foi
desenhada por Carlo Maderno em 1613 e a da esquerda por Bernini em 1675. Harmonizam-se
perfeitamente com a vasta praça.
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Figura 4: A fonte antiga.
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Figura 5: A fonte berniniana.
Figura 6: A Piazza com a vista das duas fontes
simétricas e o obelisco, além de algumas estátuas de santos.
A ampla fachada da Basílica deve-se a Carlo Maderno (1607-1614). Em enormes caracteres
está escrito o nome e o título de Paulo V Borghese. Da Varanda das Bênçãos, por cima da entrada
principal (no centro) é proclamado um novo Papa que desse lugar dá a sua primeira bênção "Urbi et
Orbi" (à cidade e ao mundo).
Dentro do pórtico, por cima da entrada principal, encontra-se o famoso mosaico designado
por Navicella, desenhado para a velha Basílica por Giotto durante o ano do primeiro Jubileu (1300),
fortemente restaurado.
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Figura 7: La Navicella
, mosaico de Giotto.
Sobre o pórtico abrem-se cinco portas correspondentes às naves da Basílica. A primeira
porta à esquerda é a Porta da Morte, de Manzù, que representou a morte de Jesus e a de Nossa
Senhora, a morte do Papa João XXIII e a morte no espaço (1952-1964).
Figura 8: A Porta da Morte.
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A Porta de Bronze, no centro, desenhada por Filarete no século XV, imita a de Ghiberti em
Florença na antiga Basílica Constantina.
Figura 9: Porta de Filarete.
A Porta Santa à extrema direita abre-se de 25 em 25 anos no início do Ano Santo. Na véspera
de Natal, o Papa, de acordo com um rito especial, dirige-se com uma solene procissão a essa porta e,
depois duma tríplice genuflexão e três batidas com um martelo, o muro é retirado, e o Papa é o
primeiro a entrar. No fim do ano do Jubileu, a porta é novamente fechada com solenidades especiais.
Os relevos modernos são de Vico Consorti.
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Figura 10: A Porta Santa.
Completam o pórtico outras duas portas de idade contemporânea: a Porta do Bem e do Mal,
de Minguzzi, e a Porta dos Sacramentos, de Crocetti.
Figura 11: A Porta do Bem e do Mal.
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Figura 12: A Porta dos Sacramentos.
Ao entrarmos no mais imponente santuário cristão, logo à entrada, somos arrebatados pela
sensação de grandiosidade que caracteriza a Basílica. Os números falam realmente uma linguagem
muito eloquente: o comprimento do interior da Basílica, como resulta de uma incisão no pavimento,
é de 186,36 metros (o comprimento externo, compreendido o pórtico, é de 211,5 metros). Seguem-se
outras incisões que nos indicam o comprimento das maiores igrejas do mundo. A abóbada tem 44
metros. A cúpula, no interior, tem uma altura de 119 metros; a lanterna, mais de 17 metros. O
perímetro de um dos quatro pilares que sustêm a cúpula é de 71 metros.
Temos ao fundo da imensa nave central o baldaquino em bronze que recobre o Altar-mor
que mede 29 metros, quatro metros a mais do que o obelisco. Enquanto nos dirigimos na sua direção,
paramos par admirar uma das mais significativas relíquias para ali transferidas da antiga Basílica de
Constantino. Trata-se do disco de pórfido
[pórfido é uma rocha vulcânica, muitas vezes de cor roxa],
colocado no início da nave sobre o qual Carlos Magno se ajoelhou na noite de Natal de 800 para ser
consagrado Imperador do Sacro Império Romano, por Leão III.
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Figura 13: O disco de pórfido.
Percorrendo a Nave central chega-se à celebérrima estátua de bronze de São Pedro, que
remonta ao século XIII. Encontra-se entre um dos quatro grandes pilares que sustêm a grandiosa
cúpula de Michelangelo. Nos nichos da base dos pilares estão quatro estátuas: São Longino, de
Bernini; Santa Helena Imperatriz, de Andrea Bolgi; Santa Verônica, de Francesco Mochi; e Santo
André, de François Dusquenoy.
Figura 14: A nave central da Basílica de São Pedro.
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Figura 15: A Cúpula de Michelangelo.
Figura 16: A parte mais alta da cúpula de Michelangelo.
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Figura 17: Estátua de São Longino.
Figura 18: Estátua de Santa Helena Imperatriz.
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Figura 19: Estátua de Santa Verônica.
Figura 20: Estátua de Santo André.
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O Altar-Mor, por debaixo da cúpula surge por cima do Túmulo de São Pedro,
definitivamente identificado depois das escavações dos anos 1950s. Em frente do túmulo ardem noite
e dia noventa e nove lâmpadas; em frente, temos o Confessionário de Maderno, rico em mármores.
Sobre o Altar eleva-se o fantástico Baldaquino, de Bernini, terminado em 1633, sustentado por quatro
colunas em espiral feitas com o bronze tirado do Panteão. A glorificação de Jesus é a majestosa Cúpula
lançada para o Céu. Na tribuna, quatro Doutores da Igreja (no primeiro plano, Santo Agostinho e
Santo Ambrósio, pela Igreja Latina; e, em segundo plano, Santo Atanásio e São João Crisóstomo, pela
Igreja Grega) sustêm a Cátedra de São Pedro, uma cenográfica obra em bronze de Bernini.
Figura 21: Cúpula da Basílica de São Pedro, por sobre o baldaquino de Bernini.
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Figura 22: Nave central da Basílica de São Pedro.
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Figura 23: A Pietà, de Michelangelo.
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Figura 24: Tumba de Leão XI.
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Figura 25: Relevo do Papa Leão I expulsando Átila.
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Figura 26: Tumba de Clemente X.
Figura 27: Presbitério da Basílica de São Pedro.
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Figura 28: O Altar Papal (Baldaquino de Bernini).
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Figura 29: O Altar Papal, visto sem o baldaquino.
Figura 30: Estátua sobre túmulo de um Papa, embaixo da Basílica de São Pedro (área dos túmulos dos papas)
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