MCIDADES 2010 PAC Urbanizacao de Favelas

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 92

Brasil - 2010

Copyright 2010, Ministrio das Cidades / Secretaria Nacional de Habitao Impresso no Brasil/Printed in Brazil Os conceitos e opinies emitidas em trabalhos assinados so de inteira responsabilidade de seus autores. Permite-se a reproduo desta publicao, em parte ou no todo, sem alterao do contedo, desde que citada a fonte e sem fins comerciais. www.cidades.gov.br

Brasil. Ministrio das Cidades. Secretaria Nacional de Habitao

Urbanizao de Favelas: a experincia do PAC Ministrio das Cidades, Secretaria Nacional de Habitao. Braslia, 2010. 88 p. 1. Habitao - Brasil. 2. Poltica Habitacional Brasil. 3. Poltica Urbana Brasil. I. Ttulo.
2

Urbanizao de Favelas

MANGUINHOS RIO DE JANEIRO/RJ

Urbanizao de Favelas ARQUIVO: RODRIGO NUNES, 2009

Presidente da Repblica Luiz Incio Lula da Silva Ministro de Estado das Cidades Marcio Fortes de Almeida Secretria Nacional de Habitao Ins Magalhes Diretora de Urbanizao de Assentamentos Precrios Mirna Quinder Belmino Chaves Diretora de Desenvolvimento Institucional e Cooperao Tcnica Jnia Santa Rosa Diretora de Produo Habitacional em exerccio Marta Garske Crditos da Publicao Coordenao-Geral Mirna Quinder Belmino Chaves e Alessandra dAvila Vieira Projeto Grfico Kaco - Grfica & Editora Diagramao e Arte Final Rodrigo Souza Reviso editorial Alessandra dAvila Vieira, Andra dos Santos Moitinho, Anglia Amlia Soares Faddoul, Caio Manoel de Oliveira Fabiano, Cid Blanco Jnior, Jos de Arajo Silva, Consuelo Franco Marra, Gabriela Pereira Albuquerque, Maria do Carmo Avesani, Mirna Quinder Belmino Chaves, Rodrigo Dalvi Santana, Tatiane Leonel de Almeida Silvares e Yuri Holanda Cruz. Fotos As imagens das obras foram cedidas pelos executores - Prefeituras, Governos de Estado e DF

Urbanizao de Favelas

DEPARTAMENTO DE URBANIZAO DE ASSENTAMENTOS PRECRIOS/ SNH Diretora Mirna Quinder Belmino Chaves Gerentes Ambrosino de Serpa Coutinho, Antonio Pereira de Melo e Maria do Carmo Avesani. Equipe Tcnica Alessandra Davila Vieira, Alexandre de Sousa Fontenelle, Andr Peixoto San Martin, Andra dos Santos Moitinho, Andra Ramy Mansur, Anglia Amlia Soares Faddoul, Antonio Rafael Leite da Silva, Antnio Vladimir Moura Lima, Caio Ccero Madrid Magalhes, Caio Manoel de Oliveira Fabiano, Claudia Lucia Soares de Oliveira, Consuelo Franco Marra, Elzira Marques Leo, Eugenio Figueiredo de Albuquerque, Fabiano Meirelles Belm, Felix Roberto Perez Soares, Fernanda Scalzavara, Flavia Ribeiro Cavalcanti, Gabriela Pereira Albuquerque, Geraldo Garcia, Giordano Bruno Zani, Helio Alves da Paz, Hermann Duarte Castelo Branco Diniz, Joel Herbert Prado Tapia, Jos de Arajo Silva, Ktia de Oliveira, Li Chong Lee Bacelar de Castro, Limber Ocampo, Marcio Batista Ferreira Martins, Marcos Furiati, Maria Ester Lemos de Andrade, Maria Natercia Negromonte Vasconcelos, Maria Sueli Raiol Alencar, Rafael Rubim Magro, Raimundo Gonzaga Moura dos Santos, Ricardo Fiuza Lima, Roberta Pereira da Silva, Rodrigo Dalvi Santana, Rui Pires da Silva, Tatiane Leonel de Almeida Silvares, Waldivino Joo Pereira Junior e Yuri Holanda Cruz Apoio Administrativo Iris Gouva Marques, Jonas Farias Conceio, Karla Souza Abdel Hamid e Lucilene Silva.

GERNCIA FINANCEIRA/ SNH Gerente Marcos Chagas Gomes Equipe tcnica Adilon Srio Silva Moreira, Adriana de Sousa Regis, Cssia Aparecida Viana, Denise Estela Rezende Oliveira, Edson Guimares Passos, Elane Fonseca de Oliveira, Fbio Hiroyuki Tanno, Gustavo Assumpo Ribeiro, Jlio Csar Buani dos Santos, Leandro Lombardi, Maria Lucia Coelho Wanderley, Paulo Csar Guedes, Raphael de Sousa Brando e Rosanilde Fernandes Lira. Apoio Administrativo Elayne Ramalho Sousa, Gabriela Caixeta Lins, Jaqueline Malta Castro. DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO E COOPERAO TCNICA/ SNSA Diretor Manoel Renato Machado Filho Gerente Czar Eduardo Scherer Equipe tcnica Giselle Chalub Martins, Rafael Morgado Soares Braga, Ronald Teixeira Garcia. Apoio Administrativo Marta Silva Brasil e Ftima Soares de Lima.

Urbanizao de Favelas

Urbanizao de Favelas

SUMRIO
APRESENTAO INTRODUO ASSENTAMENTOS PRECRIOS CONCEITO DAS INTERVENES Integrao urbana Moradia digna Regularidade fundiria Incluso social Componente ambiental TERRITORIALIZAO DOS INVESTIMENTOS Critrios de prioridade para seleo de reas de interveno PRINCIPAIS ATORES Impulso do PAC na reestruturao do setor habitacional IMPLEMENTAO Processo de seleo e contratao dos projetos Monitoramento da execuo INVESTIMENTOS TIPOLOGIA DAS INTERVENES ALGUMAS EXPERINCIAS EM CURSO Obras de grande porte, envolvendo eliminao de risco e deficincias de infraestrutura urbana Obras com articulao e integrao no territrio Obras para recuperao de reas ambientalmente degradadas Obras de apoio a expanso de infraestrutura logstica do pas Obras em patrimnio da Unio Complementao de obras j iniciadas 8 9 10 12 13 14 16 18 20 22 23 26 27 28 29 30 32 34 36 38 62 65 76 79 81

Urbanizao de Favelas

APRESENTAO
Os assentamentos precrios so uma das manifestaes mais evidentes da grande desigualdade social existente no pas. Por isso, a construo de uma poltica habitacional com foco na urbanizao de assentamentos precrios, especialmente na garantia do acesso ao saneamento ambiental, regularizao fundiria, moradia adequada e incluso social foi uma das principais misses do Ministrio das Cidades a partir da sua criao em 2003. Com a aprovao em 2005 do Sistema e do Fundo Nacional de Habitao de Interesse Social - SNHIS/FNHIS, foi possvel dar o primeiro passo no enfrentamento do problema com recursos de maior monta. Em 2006, o FNHIS recebeu R$ 1 bilho para iniciar a sua operao, do qual foi alocada a maior parte para implementao de projetos de urbanizao de assentamentos precrios, representando a prioridade conferida pelo Governo Federal. J em 2007, com a incluso do tema em um dos eixos do Programa de Acelerao do Crescimento PAC, a urbanizao de assentamentos precrios ganha nova projeo, garantindo um ciclo de investimentos no setor pelos prximos 4 anos. Como resultado maior, espera-se consolidar uma nova perspectiva de polticas pblicas de urbanizao dos assentamentos precrios, reforando o reconhecimento do direito cidade e moradia digna, especialmente da populao de baixa renda.

Maro 2010. Marcio Fortes de Almeida Ministro de Estado das Cidades

Urbanizao de Favelas

INTRODUO
Historicamente, o excessivo custo da terra urbanizada nas cidades brasileiras, somado baixa capacidade de pagamento das famlias e falta de alternativas habitacionais acessveis no mercado formal ou insuficincia das polticas habitacionais para as famlias de mais baixa renda, so fatores que tm levado um significativo contingente da populao a viver em assentamentos precrios e informais. Tais assentamentos, em geral, foram produzidos de maneira informal, por meio da autoconstruo de moradias, em reas ocupadas de forma desordenada, muitas vezes sujeitas risco de eroso, desmoronamentos, alagamentos ou enchentes e, notadamente, caracterizando-se pela precariedade habitacional e urbana. Embora esse fenmeno no seja novo, durante muito tempo o poder pblico no enfrentou essa questo por meio de polticas pblicas que garantissem o direito moradia s famlias em favelas e outros tipos de assentamentos precrios. a partir da dcada de 1980 que se destacam algumas experincias, sobretudo municipais, de programas e iniciativas de urbanizao de favelas. Nos dias de hoje, os assentamentos precrios no se colocam mais como exceo em nossas cidades, dado o enorme percentual de moradias precrias que no atendem a um padro mnimo de habitabilidade, comprometendo tanto a qualidade de vida dos que ali vivem, como tambm a qualidade urbana e ambiental do conjunto das grandes cidades. No mbito do Governo Federal, em 2007, foi anunciado o Plano de Acelerao do Crescimento 2007 2010 (PAC), e a criao do eixo da Infraestrutura Social e Urbana, contando com expressivos investimentos destinados execuo de aes integradas em habitao, saneamento e incluso social. A partir de ento, passou a ser possvel vislumbrar o tratamento adequado de favelas de maior porte e complexidade, situadas nas principais cidades e Regies Metropolitanas do pas. O desafio estava lanado: executar uma poltica nacional de urbanizao de favelas, fortalecendo-se a articulao federativa com a participao fundamental dos estados e municpios e o trabalho social nas reas de interveno, buscando-se resolver o problema da habitao em assentamentos precrios de forma integrada e com qualidade. Essa publicao traz um registro das intervenes de urbanizao de favelas em execuo com recursos do PAC. Com esse registro, espera-se disseminar a metodologia de interveno adotada pelo Governo Brasileiro, que vem contribuindo para a consolidao da urbanizao de favelas como uma poltica de Estado, fundamental para o enfrentamento do problema habitacional existente em nossas cidades.

Ins Magalhes Secretria Nacional de Habitao

Urbanizao de Favelas

ASSENTAMENTOS PRECRIOS

OCUPAO DE REAS DE PROTEO AMBIENTAL MANAUS/AM

10

Urbanizao de Favelas

A precariedade da moradia popular tem alta visibilidade material e simblica na sociedade brasileira, ocupa os espaos das cidades e da mdia, no existindo, contudo, informaes precisas quanto a sua quantificao, caracterizao ou localizao. Essa precariedade caracteriza-se por vrios aspectos: pela irregularidade fundiria e/ou urbanstica; pela deficincia da infraestrutura; pela ocupao de reas sujeitas a alagamentos, deslizamentos ou outros tipos de risco; pelos altos nveis de densidade dos assentamentos e das edificaes combinados precariedade construtiva das unidades habitacionais; pelas enormes distncias percorridas entre a moradia e o trabalho associadas a sistemas de transportes insuficientes, caros e com alto nvel de desconforto e insegurana; alm da insuficincia dos servios pblicos em geral, principalmente os de saneamento, educao e sade. A esse conjunto de carncias soma-se um conjunto de questes sociais que configuram, muitas vezes, situaes de extrema vulnerabilidade, tambm sujeitas, e de forma cada vez mais significativa, ao domnio pela violncia. Procurando aprofundar-se no conhecimento das favelas do pas, o Ministrio das Cidades encomendou ao Centro de Estudo das Metrpoles do Centro Brasileiro de Anlise e Planejamento CEM/CEBRAP um estudo para melhor quantificar, caracterizar e localizar o problema. A partir disso, foi possvel obter um conjunto de informaes gerais, no apenas organizadas em nvel nacional, mas tambm de forma desagregada, a fim de servir de base para o processo decisrio de alocao dos recursos. As informaes dizem respeito quantificao e localizao dos moradores e domiclios, alm de indicadores que permitem comparar os aspectos sociais das populaes que habitam as vrias situaes existentes. O estudo se apia nas informaes dos setores subnormais, identificados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE, e constri, utilizando tcnicas quantitativas, uma representao da presena dos setores precrios que permite delimitar outros setores como similares aos classificados na condio de subnormal. Este insumo indica os municpios que concentram mais de 90% do fenmeno de domiclios precrios no Brasil, por isso foi utilizada como parmetro para alocao de recursos do PAC Habitao e ser, ainda, instrumento para aperfeioamento do prximo censo.

Urbanizao de Favelas

11

CONCEITO DAS INTERVENES

ARQUIVO: RODRIGO NUNES, 2009

12

Urbanizao de Favelas

A melhoria das condies de habitabilidade das famlias moradoras de assentamentos precrios no pode ser vista como uma questo setorial, mas como um componente que interage fortemente com os demais condicionantes do desenvolvimento urbano, social e ambiental. Uma habitao digna compreende, alm da edificao propriamente dita, a qualidade ambiental do meio e a insero e integrao com a cidade atravs da disponibilidade de infraestrutura urbana e de acessibilidade ao mercado de trabalho e aos equipamentos pblicos. Assim, os projetos de urbanizao de assentamentos precrios inseridos no PAC contemplaram aes, obras e servios visando proporcionar a superao das condies de precariedade dos assentamentos escolhidos, incorporando-os cidade formal, com abordagem das questes urbana, habitacional, fundiria, social e ambiental.

Integrao urbana As intervenes urbanas nos assentamentos precrios abrangem o conjunto de aes suficientes para fazer frente a todas as carncias diagnosticadas na rea de interveno e necessrias elevao dos patamares de qualidade urbanstica. Desse modo, os projetos devem prever a implantao de infraestrutura bsica - incluindo rede eltrica, iluminao pblica, sistemas de abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, drenagem pluvial, condies adequadas de coleta de lixo -, conteno e estabilizao do solo para eliminao de riscos, construo de equipamentos pblicos, alm da adequao do sistema virio e do parcelamento da rea. As adequaes no parcelamento e sistema virio so feitas de forma a possibilitar acesso a servios pblicos e atendimentos emergenciais, melhorando as relaes funcionais da rea de interveno com o tecido urbano no qual ela se insere.
Urbanizao de Favelas

RESIDENCIAL CAMBOA SO LUS/MA

13

Moradia digna Uma vez que os assentamentos precrios foram produzidos, na sua maioria, por auto-promoo da prpria populao, que disps as moradias de forma desordenada, contando com elevados nveis de densidade populacional, inmeras so as situaes em que se faz imprescindvel promover o desadensamento e o reordenamento da ocupao, implicando no remanejamento reconstruo da unidade habitacional no mesmo permetro da rea que est sendo urbanizada ou no reassentamento de famlias para outras reas, alterando seu local atual de moradia. O remanejamento/reassentamento de uma populao no pode ser considerado isoladamente, como um mero projeto de obras, uma vez que afeta no somente a vida das famlias envolvidas e a rea objeto de interveno, mas todo o entorno social e urbanstico. Portanto, devem ser estudadas todas as alternativas que minimizem

a necessidade destes, tornando-os admissveis somente quando as mesmas estiverem expostas a riscos de incndio, inundao, desabamento, deslizamento, tremores de terra, sob fios de alta tenso, prximas a reas insalubres, em reas de preservao ambiental ou em reas imprescindveis regularizao urbanstica, para implantao de infraestrutura ou sistema virio, ou, ainda, em reas no passveis de regularizao. necessrio que as famlias a serem remanejadas/ reassentadas participem de todo o processo de elaborao e aprovao da proposta e que as regras tenham sido pactuadas com os envolvidos. O local de reassentamento dever ser, sempre que possvel, prximo rea original, em respeito aos laos de vizinhana e trabalho j estabelecidos. Dever, ainda, ser servida de infraestrutura bsica e equipamentos comunitrios, que atendam demanda da comunidade reassentada.

FONTE: RODRIGO NUNES, 2010

CONJUNTO HABITACIONAL NO BAIRRO VARADOURO OLINDA/PE

14

Urbanizao de Favelas

COMPLEXO DO ALEMO RIO DE JANEIRO/RJ

Nos casos de remanejamento/reassentamento devese atentar para provveis custos de compensao ou indenizao s famlias afetadas ou para a necessidade de produzir unidades habitacionais de uso misto residncia e comrcio para que no haja diminuio das condies de sobrevivncia das famlias. Alternativamente produo de unidades habitacionais novas, uma soluo que pode ser adotada a aquisio de imveis usados para recuperao ou modificao de uso. Quanto s famlias que permanecem em sua moradia, podero ser contempladas com recuperao ou melhorias habitacionais, vinculadas a razes de insalubridade e insegurana, inexistncia do padro mnimo de edificao e habitabilidade, definido pelas posturas municipais, ou inadequao do nmero de integrantes da famlia quantidade de cmodos passveis de serem

utilizados como dormitrios. Dentre as melhorias habitacionais mais urgentes, encontra-se a construo de instalaes hidrulicosanitrias domiciliares, que devem ser compostas por vaso sanitrio, lavatrio, chuveiro, tanque de lavar roupa e reservatrio. As ligaes intradomiciliares de abastecimento de gua e de esgotamento sanitrio devem estar sempre previstas nos investimentos de forma a assegurar sua execuo. As melhorias habitacionais so uma forma interessante de atuao por aproveitarem os investimentos j feitos pelas famlias em suas residncias, portanto possibilitam uma condio adequada de moradia a menor custo para o poder pblico, possibilitando o aumento de sua escala de atuao. Alm de respeitarem a configurao e transformaes j feitas pelas famlias.
Urbanizao de Favelas

ARQUIVO: RODRIGO NUNES, 2009

15

Regularidade fundiria A questo fundiria impacta as intervenes de duas maneiras e em dois momentos distintos. A primeira diz respeito identificao e comprovao da titularidade da rea objeto da interveno para efeitos de viabilizao do incio das obras; e a segunda a como ser garantida a posse ou propriedade dos lotes ou unidades habitacionais gerados a partir da interveno aos beneficirios finais.

Sobre o primeiro aspecto, importante relembrar que os assentamentos esto implantados, em sua maioria, em reas de propriedade alheia pblica ou privada, cuja identificao dos proprietrios nos cartrios de registro de imveis e a obteno dos documentos comprobatrios dificilmente so tarefa simples. Desse modo, como se trata de passo obrigatrio para o incio da execuo das intervenes, vrios foram os mecanismos encontrados para viabilizar a comprovao do exerccio pleno dos poderes inerentes propriedade

do imvel, alternativamente certido emitida pelo cartrio de registro de imveis. Nesse sentido, por interesse pblico ou social, passou a ser admissvel, por exemplo, iniciar intervenes em: (i) reas cujo processo de desapropriao encabeado por entes pblicos ainda se encontrasse com registro da titularidade do imvel em trmite; (ii) reas devolutas; (iii)
16
Urbanizao de Favelas

reas recebidas em doao por entes pblicos, pessoas fsicas ou jurdicas, nesse caso, com apresentao de promessa formal de doao irretratvel e irrevogvel; (iv) reas que, independentemente da sua dominialidade, estejam inseridas em Zona Especial de Interesse Social ZEIS; (v) reas objeto de sentena favorvel aos ocupantes, transitada em julgado, proferida em ao judicial

de usucapio ou concesso de uso especial para fins de moradia; entre outros. Sobre o segundo aspecto, que diz respeito regularizao fundiria em favor das famlias moradoras do assentamento precrio, importante registrar a sua obrigatoriedade. O objetivo final da regularizao , nesse caso, fazer com que as unidades habitacionais ou lotes, decorrentes da interveno, reflitam compromisso de constituio de direito real sobre o imvel em favor das famlias beneficiadas, podendo ser utilizados, alternativamente transferncia de propriedade, os seguintes instrumentos: Cesso de Uso; Concesso de Direito Real de Uso; Concesso de Uso Especial para Fins de Moradia; Usucapio Especial Urbano; Aforamento; Direito de Superfcie; Doao ou Alienao; Legitimao da Posse (inserido pelo advento da Lei Federal n. 11.977/2009). Importante registrar, ainda, que a regularizao fundiria inclui duas dimenses importantes. A primeira a regularizao patrimonial, que diz respeito segurana jurdica da propriedade ou da posse, concretizada por meio do ttulo devidamente registrado no Cartrio de Registro de Imveis (CRI). A segunda dimenso a regularizao urbanstica, ou seja, a adequao do assentamento legislao urbana e ambiental que, em muitos casos, condio para o registro da rea do assentamento no CRI. A regularizao urbanstica poder exigir a incluso do assentamento em ZEIS, por lei municipal, sendo fundamental para a plena integrao da rea cidade e para a manuteno, por parte do municpio, das obras de urbanizao implantadas. Nos projetos integrados de urbanizao de assentamentos precrios a regularizao jurdico-fundiria das famlias que integram as comunidades beneficiadas ao indispensvel e deve ocorrer em paralelo execuo das obras habitacionais e de infraestrutura. Este processo perpassa a regularizao urbanstica dos territrios envolvidos

na interveno, tanto das reas que sero consolidadas, quanto daquelas que sero ocupadas por famlias retiradas de reas de risco, de reas necessrias adequao do sistema virio ou de reas a serem recuperadas e protegidas ambientalmente. Devido complexidade inerente s aes de regularizao fundiria em assentamentos precrios, os empreendimentos do PAC para esta componente dependem de uma organizada articulao com o trabalho social, com o ritmo das obras de engenharia e com os rgos licenciadores envolvidos. Nesse sentido, recomendvel que a regularizao fundiria ocorra com base em um plano especfico no qual estejam organizadas, em um cronograma fsico, todas as atividades jurdicas e administrativas necessrias. O investimento em regularizao fundiria composto pelo custo do conjunto de atividades necessrias ao alcance desse objetivo, dentre as quais: a identificao da situao fundiria, por meio de pesquisa junto ao Cartrio de Registro de Imveis, ao Judicirio e demais entidades pblicas; a elaborao ou atualizao de levantamento topogrfico, preferencialmente georreferenciado, bem como compra de fotos areas ou imagens de satlite, desde que no disponveis no banco de imagens do Ministrio das Cidades para doao; a elaborao de projetos voltados regularizao fundiria, envolvendo plantas, memorial descritivo da poligonal do assentamento e cadastro fsico de lotes e domiclios; atividades de mobilizao comunitria voltadas regularizao fundiria; a elaborao de cadastro socioeconmico dos beneficirios contendo as informaes necessrias instruo dos processos de regularizao fundiria; a coleta de documentos pessoais dos moradores, necessrios instruo dos processos de regularizao fundiria; medidas administrativas e legais necessrias para a aplicao dos instrumentos de regularizao fundiria tais como, desafetao, criao e regulamentao de ZEIS, regulamentao de outros instrumentos de reUrbanizao de Favelas

17

gularizao fundiria, conforme o caso; a elaborao de ttulos de posse ou de propriedade. Um recente avano para a regularizao fundiria de assentamentos informais urbanos encontra-se regulamentado pela Lei n 11.977, de 7 de julho de 2009, que, em seu Captulo III, cria novos instrumentos, flexibiliza parmetros de interveno, estabelece procedimentos e competncias, com o objetivo de conferir maior agilidade e efetividade aos processos de regularizao, sobretudo nos quais esteja configurado o interesse social. A lei estabelece dois tipos distintos de regularizao fundiria urbana: regularizao fundiria de interesse social, compreendendo assentamentos precrios ocupados predominantemente por populao de baixa renda, nos casos em que estejam preenchidos os requisitos para usucapio especial urbano ou concesso de uso especial para fins de moradia; de imveis situados em ZEIS ou de reas pblicas declaradas de interesse para implantao de projetos de regularizao fundiria de interesse social; e regularizao fundiria de interesse especfico, compreendendo os casos no enquadrados nos termos acima. Com relao s competncias dos entes federados, a Lei n 11.977, de 2009, confere maior autonomia s prefeituras municipais, que podem disciplinar, em norma prpria, os procedimentos para regularizao fundiria em seus territrios, e, nos casos de regularizao fundiria de interesse social, ser responsveis pelo licenciamento urbanstico e ambiental, reunidos agora num mesmo ato, desde que possuam conselho de meio ambiente e rgo ambiental capacitado. No aspecto ambiental, uma inovao fundamental foi a possibilidade de se admitir, por deciso motivada, a regularizao fundiria de interesse social em reas de Preservao Permanente - APP ocupadas at 31 de de, zembro de 2007 e inseridas em rea urbana consolidada, vinculada comprovao em estudo tcnico realizado por profissional legalmente habilitado de que a interveno implica em melhoria da condio ambiental anteriormente existente. Ressalte-se que este dispositivo vlido, de maneira indita, para qualquer modalidade de APP .
18

Por fim, destacam-se os novos instrumentos da demarcao urbanstica e da legitimao de posse, que foram acrescidos e passaram a compor o rol de instrumentos da Lei n 10.257, de 2001 Estatuto da Cidade. Tratam ambos, de promover, por ato do Poder Pblico, o reconhecimento de situaes de fato: dos assentamentos informais, por meio da lavratura de auto de demarcao urbanstica correspondente ao permetro da ocupao; e da posse da populao moradora nas reas objeto de interveno, por meio da emisso de ttulos de legitimao de posse, com vistas aquisio de propriedade pelos beneficirios, transcorrido o prazo de cinco anos e demais requisitos legais. Essencialmente, o que esses instrumentos propem a simplificao de procedimentos e a operacionalizao da regularizao fundiria pela via extrajudicial, com a participao, execuo e responsabilidade compartilhada pelas comunidades, prefeituras municipais e cartrios de registros de imveis, aos quais compete garantir a segurana jurdica do processo. Com esse novo marco jurdico, o comprometimento e os esforos coordenados de todos os entes federados e demais atores envolvidos nos processos de regularizao fundiria de interesse social, o Brasil rene os elementos necessrios para avanar definitivamente na melhoria integral e sustentvel, sob os aspectos jurdico, social, urbanstico e ambiental, dos assentamentos informais urbanos, assegurando nveis adequados de habitabilidade e cidadania populao beneficiria de programas habitacionais. Incluso social O trabalho social realizado nas intervenes, assim como a regularizao fundiria, tambm inclui duas dimenses. Por um lado, estabelecendo as mediaes sociais necessrias para a viabilizao das intervenes, por meio de mecanismos que assegurem a participao das famlias nas decises de projeto e no acompanhamento das obras, contribuindo ao mesmo tempo para a organizao da populao beneficiada e formao de lideranas. Por outro lado, fomentando o desenvolvimento socioeconmico das comunidades, por meio de aes educativas

Urbanizao de Favelas

e de enfrentamento das vulnerabilidades diagnosticadas, bem como mediante a promoo e/ou articulao com programas de qualificao profissional, de apoio ao cooperativismo e de gerao de trabalho e renda, a partir da anlise das demandas e potencialidades locais. A integrao das intervenes fsicas com o trabalho social e a efetivao da regularizao fundiria so condies essenciais para a sustentabilidade das intervenes de urbanizao dos assentamentos precrios, compreendendo a conservao das infraestruturas e equipamentos implantados, a permanncia das famlias nas reas beneficiadas, e a incluso de tais reas nas rotinas de manuteno da cidade e de proviso dos servios pblicos. Item obrigatrio nos projetos habitacionais geridos pelo Ministrio das Cidades, visa promover a autonomia, o protagonismo social e o desenvolvimento da populao beneficiria, por meio de aes de participao, mobilizao e organizao comunitria, educao sanitria e ambiental e atividades ou aes de gerao de trabalho e renda destinadas populao diretamente beneficiada. A execuo do trabalho social dever ter suas atividades iniciadas aps a assinatura do contrato de repasse, estendendo-se aps a concluso das obras e servios, por um perodo de seis a doze meses, com o objetivo de acompanhar as famlias e consolidar os trabalhos. Ressalta-se que os casos de reassentamento, muito frequentes nos projetos de urbanizao de assentamentos precrios, requerem a anlise do contexto social e urbanstico, bem como dos aspectos socioeconmicos e culturais que caracterizam as famlias envolvidas. Desse modo, o plano de reassentamento, construdo sob a perspectiva do territrio, mostra-se fundamental para a minimizao desses impactos, buscando o reconhecimento das diferenas e da identidade, alm do empoderamento da populao diante da nova realidade. Outra ao importante atrelada ao trabalho social o financiamento construo de equipamentos comunitrios, por meio da aquisio ou edificao de equipamentos pblicos voltados ao atendimento das necessidades identificadas pela populao beneficiada. Tais equipamentos podem ser voltados a atender questes como, por exemplo, sade, educao, segurana, desporto, lazer, comrcio local, assistncia social, convivncia comunitria, ateno infncia, ao idoso, ao portador de deficincia e mulher responsvel pelo domiclio e gerao de trabalho e renda das famlias beneficiadas, observando-se as carncias do local e entorno e, principalmente, os equipamentos j existentes na vizinhana.
RECICLAGEM - SO PEDRO PORTO ALEGRE/RS

VILA ESPERANA CUBATO/SP

ASSEMBLIA DE MORADORES PORTO VELHO/RO

Urbanizao de Favelas

19

A articulao com outros programas do governo federal tem sido de relevante valor para o fomento do repertrio oferecido aos executores. Desta maneira, os programas habitacionais dialogam com aes governamentais, tais como: os Telecentros de Incluso Digital e o Programa Mais Cultura, que financia construo, requalificao e equipagem de espaos culturais multiuso.

Componente ambiental Os projetos de urbanizao de assentamentos precrios inseridos no PAC seguem a diretriz de atendimento populao de baixa renda com habitaes adequadas ao perfil da famlia e suas peculiaridades (idosos, deficientes e mulheres chefes de famlia) associadas plena funcionalidade, ou seja, providas de saneamento bsico redes coletoras e de tratamento de esgotos, drenagem de guas pluviais, coleta e destinao adequada de resduos slidos e abastecimento de gua alm de rede de energia eltrica, iluminao pblica, equipamentos comunitrios e tratamentos paisagsticos. A mensurao do impacto positivo realizado por essa forma de atuao na rea de habitao toma propores de grande relevncia para as cidades de uma forma geral, quando observados os resultados de mitigao de impactos ambientais, tomando como exemplo a destinao adequada de 60 milhes de metros cbicos de esgotamento sanitrio por ano, deixados de serem jogados in natura em cursos hdricos. Outra diretriz seguida pelos projetos refere-se necessidade de realocao das famlias que vivem em zonas de risco ou reas ambientalmente frgeis e protegidas. Nesses casos, a realocao feita, preferencialmente, em lotes prximos, para que se mantenham as relaes afetivas e sociais, alm dos vnculos laborais. Grande parte dos projetos atualmente em execuo contempla famlias que residem em reas com alto risco: alto declive (morros e encostas), reas sujeitas a alagamentos e inundaes por serem prximas a cursos hdricos e ao mar, dentre outros. Visando evitar novas ocupaes nas reas de onde as famlias so retiradas, a diretriz que estas sejam recuperadas com destinao adequada ao perfil topogrfico natural e s caractersticas urbana e social da localidade. Para tanto, so financiadas aes de recuperao de reas degradadas, quais sejam: conteno ou recuperao de encostas, limpeza de cursos hdricos, plantio de espcies arbreas e implantao de parques de uso mltiplo.

COMPLEXO DESPORTIVO DA ROCINHA RIO DE JANEIRO/RJ

20

Urbanizao de Favelas

Todos os projetos em execuo no mbito do PAC tm obrigatoriamente a vertente do trabalho social que, alm das abordagens dos temas de mobilizao e organizao comunitria e da gerao de trabalho e renda, contemplam a educao ambiental. Dentro dos programas de educao ambiental so ministrados cursos e palestras tanto sobre questes de sade e higiene, quanto sobre questes ambientais referentes, por exemplo, s reas de Preservao Permanente (APP) topo de morros, encostas ngremes, manguezais, dunas e margens de cursos hdricos e aos riscos de sua ocupao. So abordados ainda temas referentes necessidade de preservao e reposio da vegetao e, aos prejuzos e consequncias para a natureza e para a comunidade da disposio inadequada de resduos (lixo e esgoto). Deve ser ressaltada, ainda, a importncia que o MCIDADES d participao efetiva dos rgos de controle ambiental no alcance dos resultados de melhoria das condies de habitabilidade dos assentamentos precrios. exigida, de todos os proponentes, a apresentao de licenas ou autorizaes ambientais vlidas ou manifestaes de dispensa, condio que autoriza o incio de obra. So observadas e monitoradas suas condicionantes, restries ou exigncias para que sejam tempestiva e corretamente cumpridas visando mitigar ou reduzir os impactos negativos que as intervenes provocam no meio ambiente natural e na comunidade.
RECOMPOSIO DE MARGEM DE CRREGO BILLINGS/GUARAPIRANGA - SO PAULO/SP

RECUPERAO DO RIO BEBERIBE RECIFE/PE

REA DE EXPANSO URBANA SOBRE A FLORESTA AMAZNICA MANAUS/AM Urbanizao de Favelas

21

TERRITORIALIZAO DOS INVESTIMENTOS


Para a seleo dos principais territrios em que seriam alocados os recursos do PAC Urbanizao de Assentamentos Precrios, o Governo Federal, baseado nos estudos fornecidos pelo CEM/CEBRAP e outros indicadores de precariedade urbana e social, definiu o conjunto de cidades prioritrias para atuao: municpios integrantes das Regies Metropolitanas de Belm/PA, Fortaleza/CE, Recife/PE, Salvador/BA, Rio de Janeiro/RJ, Belo Horizonte/MG, So Paulo/SP Cam, pinas/SP Baixada Santista/SP Curitiba/PR e Porto Ale, , gre/RS; municpios da Regio Integrada do Entorno do Distrito Federal RIDE/DF; capitais de estados que no integram as regies metropolitanas supracitadas e o Distrito Federal; e outros municpios de grande porte, cuja populao total seja superior a 150 mil habitantes ou que, por sua atividade econmica ou infraestrutura logstica, possuam raio de influncia regional. A distribuio de recursos tambm seguiu a proporo da dimenso da precariedade habitacional em cada regio.

60

45

30

15 CENTRO-OESTE

SUL

NORTE NORDESTE SUDESTE

% RECURSOS ALOCADOS % DOMICILIOS PRECARIOS

22

Urbanizao de Favelas

Critrios de prioridade para seleo de reas de interveno A seleo de projetos que hoje compem o PAC Urbanizao de Assentamentos Precrios foi realizada de duas formas e momentos distintos: a primeira, no incio de 2007, voltada aos grandes complexos de favelas; e a segunda, anual, voltada seleo dos assentamentos de menor porte, por meio de seleo pblica. Isso implicou em duas estratgias e critrios distintos. Num primeiro momento foram selecionados, por meio de pactuao federativa, os projetos prioritrios de investimentos com foco em grandes assentamentos, como j dito, que exigem maior volume de recursos e com grande complexidade de execuo. Foi nesse momento que se decidiu enfrentar desafios como o Complexo do Alemo, no Rio de Janeiro, a ocupao na Represa Billings e Guarapiranga, em So Paulo, e a ocupao no Macio Morro da Cruz, em Santa Catarina. Essas intervenes visam, dentre outros objetivos, erradicar definitivamente palafitas, despoluir mananciais e equacionar reas de risco iminente nas principais cidades do pas. Para tanto, foram adotados os seguintes critrios: grande porte, assim consideradas aquelas intervenes que envolvem investimentos superiores a R$ 10 milhes; articulao e integrao no territrio, cujas reas

de abrangncia e execuo envolvam mais de um agente institucional estado e municpio ou mais de um municpio; mitigao de danos ao meio ambiente, causados por assentamentos irregulares em reas de mananciais, de preservao ambiental e/ou de preservao permanente; eliminao de gargalos na infraestrutura logstica do pas, tais como aquelas que impedem ou prejudicam o funcionamento de rodovias, hidrovias, ferrovias, portos, aeroportos, energia, gua tratada e esgoto; mitigao de impacto decorrente de grandes instalaes de infraestrutura nacional, que polarizam e dinamizam atividades socioeconmicas na rea de influncia do empreendimento; aproveitamento do patrimnio da Unio; e complementao de obras j iniciadas.

Para as selees anuais, os recursos foram direcionados ao atendimento de assentamentos de menor porte, desde que a rea de interveno fosse ocupada por, pelo menos, 60% (sessenta por cento) das famlias com renda at 3 salrios mnimos, ocupada h mais de cinco anos; ou que estivesse localizada em situao que configure risco, insalubridade ou fosse objeto de legislao que proibisse sua utilizao para fins habitacionais. Esses projetos foram selecionados por meio de chamada pblica para apresentao de propostas enviadas ao MCIDADES em formulrio eletrnico.

Urbanizao de Favelas

23

Investimento por unidade da federao e municpios beneficiados


R$ milhes 1.132,94 441,05

Centro-Oeste DF GO Braslia guas Lindas de Gois, Anpolis, Aparecida de Goinia, Cidade Ocidental, Formosa, Goinia, Luzinia, Novo Gama, Planaltina, Santo Antnio do Descoberto, Senador Canedo, Trindade e Valparaso de Gois Amamba, Anastcio, Bela Vista, Bodoquena, Bonito, Campo Grande, Corumb, Dourados, Maracaju, Navira, Paranaba, Ponta Por, Ribas do Rio Pardo eTrs Lagoas Barra do Garas, Cceres, Canarana, Cuiab, Pocon, Rondonpolis, Tangar da Serra e Vrzea Grande

281,35

MS

264,74

MT

145,80 1.737,25

Sul PR Araucria, Campo Magro, Colombo, Curitiba, Fazenda Rio Grande, Foz do Iguau, Londrina, Maring, Paranagu, Pinhais, Piraquara, Ponta Grossa, So Jorge do Patrocnio, So Jos dos Pinhais, Toledo e Umuarama Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Caxias do Sul, Cruz Alta, Erechim, Esteio, Gravata, Montenegro, Novo Hamburgo, Parob, Pelotas, Porto Alegre, Rio Grande, Rolante, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Santa Rosa, Santiago, Santo ngelo, So Leopoldo, Sapiranga, Taquara, Venncio Aires, Viamo e Vista Alegre Balnerio Cambori, Blumenau, Cambori, Chapec, Florianpolis, Itaja, Joinville, Palhoa, Rio Negrinho, So Bento do Sul e So Jos

595,74

RS

762,81

SC

378,70 2.145,93 170,56 413,22 70,19

Norte AC AM AP PA Rio Branco e Sena Madureira Coari, Humait, Manacapuru, Manaus, Parintins e Tabatinga Macap Abaetetuba, Ananindeua, Belm, Bragana, Castanhal, Marab, Santa Isabel do Par e Santarm Ariquemes, Cacoal, Ji-Paran e Porto Velho Boa Vista e Mucaja Angico, Araguana, Araguatins, Lizarda, Palmas, Porto Nacional e So Miguel do Tocantins

1.042,67 236,48 113,99 98,82

RO RR TO

24

Urbanizao de Favelas

Nordeste AL BA Arapiraca, Delmiro Gouveia, Macei, Taquarana e Teotnio Vilela Barreiras, Camaari, Candeias, Cruz das Almas, Feira de Santana, Ilhus, Itaberaba, Itabuna, Itaparica, Jacobina, Jequi, Juazeiro, Lauro de Freitas, Lus Eduardo Magalhes, Nova Viosa, Porto Seguro, Salvador, Santo Amaro, Santo Antnio de Jesus, Simes Filho, Teixeira de Freitas, Valena e Vitria da Conquista Camocim, Caucaia, Chor, Fortaleza, Iguatu, Juazeiro do Norte, Limoeiro do Norte, Maracana, Maranguape, Novo Oriente, Sobral e Vrzea Alegre Arame, Caxias, Chapadinha, Cod, Graja, Imperatriz, Pedreiras, Raposa, Santa Luzia, So Domingos do Maranho, , , So Lus, Timon, Viana e Vila Nova dos Martrios Campina Grande, Joo Pessoa, Mamanguape, Patos e Solnea Abreu e Lima, Arcoverde, Bom Jardim, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Goiana, Ipojuca, Jaboato dos Guararapes, Moreno, Olinda, Paulista, Petrolina, Recife, Salgueiro e Serra Talhada Esperantina, Floriano, Parnaba, Piripiri e Teresina Canguaretama, Flornia, Natal, Parelhas e Parnamirim Aracaju, Barra dos Coqueiros, Itabaiana e Nossa Senhora do Socorro

R$ milhes 4.544,60 227,81

726,39

CE

903,96

MA

517,23 210,27

PB PE

1.438,44 174,82 123,14 222,54 11.909,30 385,13

PI RN SE Sudeste ES MG

Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Maratazes, Serra, Viana, Vila Velha e Vitria Alfenas, Barbacena, Belo Horizonte, Betim, Congonhas, Contagem, Coronel Fabriciano, Divinpolis, Governador Valadares, Ibirit, Ipatinga, Juiz de Fora, Montes Claros, Nova Lima, Ouro Preto, Patos de Minas, Pedro Leopoldo, Ponte Nova, Ribeiro das Neves, Sabar, Santa Luzia, Santana do Paraso, Sete Lagoas, Uberaba, Uberlndia, Varginha e Vespasiano Angra dos Reis, Barra Mansa, Belford Roxo, Campos dos Goytacazes, Duque de Caxias, Guapimirim, Itabora, Japeri, Maca, Mag, Maric, Mesquita, Nilpolis, Niteri, Nova Friburgo, Nova Iguau, Paracambi, Petrpolis, Pira, Porto Real, Quatis, Queimados, Quissam, Resende, Rio de Janeiro, So Francisco de Itabapoana, So Gonalo, So Joo de Meriti, Tangu, Terespolis e Volta Redonda Americana, Amparo, Araraquara, Atibaia, Bertioga, Campinas, Carapicuba, Cubato, Diadema, Embu, Embu-Guau, Ferraz de Vasconcelos, Francisco Morato, Guaruj, Guarulhos, Hortolndia, Itanham, Itapecerica da Serra, Itapevi, Itaquaquecetuba, Itu, Jandira, Ja, Jundia, Lins, Luclia, Mairinque, Mau, Mogi das Cruzes, Osasco, Penpolis, Perube, Piracicaba, Praia Grande, Ribeiro Preto, Santa Brbara d'Oeste, Santo Andr, Santos, So Bernardo do Campo, So Carlos, So Paulo So Roque, So Sebastio, So Vicente, Sorocaba, Sumar, Taboo da Serra, Tanabi, Vrzea Paulista e Votorantim

2.409,19

RJ

3.593,47

SP

5.521,51

Brasil

21.470,02

Urbanizao de Favelas

25

PRINCIPAIS ATORES
Dentre os principais atores envolvidos na operacionalizao do Programa destacam-se: a Casa Civil e a Secretaria de Relaes Institucionais da Presidncia da Repblica, como Coordenador central; o Ministrio das Cidades MCIDADES, na qualidade de Gestor; a Caixa Econmica Federal CAIXA e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social BNDES, na qualidade de agente operador e financeiro; a Administrao Pblica dos estados, do Distrito Federal ou dos municpios, na qualidade de proponentes e agentes executores; e as famlias atendidas, na qualidade de beneficirios finais. Cada um desses entes exerce papis distintos e significativos na cadeia de processos que envolve a execuo de um programa federal de financiamento ou repasse de recursos fiscais para entes subnacionais. A Presidncia da Repblica, por intermdio da Secretaria de Articulao e Monitoramento da Casa Civil SAM/ CC, possui o papel de acompanhar, em nvel estratgico e com base nas informaes fornecidas pelos rgos setoriais, a evoluo dos projetos, alm de auxiliar na busca de solues para superar dificuldades e fomentar o aperfeioamento dos instrumentos de gesto, regras e normas. deste ente ainda a prerrogativa de estabelecer diretrizes gerais e validar a seleo dos projetos; prestar contas sociedade; e auxiliar no monitoramento e na articulao com estados, Distrito Federal e municpios para identificao de problemas e busca de solues. O MCIDADES o responsvel pela poltica de habitao e pela gesto, coordenao geral, gerncia, acompanhamento e avaliao da execuo e dos resultados do programa, define as normas e critrios tcnicos para a seleo dos projetos e execuo dos empreendimentos, assim como realizar o processo de seleo das propostas apresentadas pelos Proponentes/Agentes Executores.
26
Urbanizao de Favelas

Os agentes operadores/financeiros, CAIXA e BNDES, atuam como mandatria da Unio no repasse dos recursos do Oramento Geral da Unio - OGU (somente CAIXA) e como agente operador e financeiro nas operaes de crdito, operacionalizando os programas. Estes possuem a atribuio de celebrar com os proponentes e agentes executores os instrumentos de transferncia de recursos promovendo sua execuo oramentrio-financeira. Para tanto, fazem a anlise a viabilidade tcnica, jurdica e institucional dos projetos selecionados, alm de acompanhar e atestar a execuo do objeto das contrataes efetuadas, procedendo anlise de prestao de contas final dos recursos utilizados. As administraes pblicas dos estados, do Distrito Federal ou dos municpios so os executores dos projetos, responsveis por identificar rea prioritria para realizao da interveno, preparando e encaminhando projetos para fins de seleo. Executam os trabalhos necessrios consecuo da interveno, observando critrios de qualidade tcnica, prazos e custos, cadastram e selecionam as famlias a serem beneficiadas e, por fim, prestam contas dos recursos transferidos pela Unio. Aps a interveno, devem manter e operar adequadamente o patrimnio pblico gerado pelos investimentos. Importante destacar o protagonismo que as famlias atendidas exercem, por meio da participao, de forma individual ou associada, em todas as etapas do projeto, no controle da gesto dos recursos financeiros da Unio destinados ao programa, bem como na manuteno do patrimnio gerado por estes investimentos. Aps a interveno, e com o trabalho social desenvolvido, espera-se que se apropriem corretamente dos bens e servios colocados sua disposio.

Impulso do PAC na reestruturao do setor habitacional Associada a outras iniciativas do Governo Federal no setor habitacional, a incluso da urbanizao de assentamentos precrios em um dos eixos do PAC trouxe importantes avanos na consolidao de uma estratgia nacional para garantir moradia digna para famlias de baixa renda. A co-responsabilizao federativa pelos empreendimentos, alm da perspectiva de recursos expressivos continuados, fez com que Governos estaduais, municipais, do Distrito Federal e o prprio Governo Federal precisassem reestruturar seu setor habitacional para dar conta do novo cenrio. Prova disso

que em 2004, apenas 42% dos municpios brasileiros possuam rgo especfico para trato da habitao, j em 2008, 70% dos municpios passaram a possuir tal rgo, segundo dados da Pesquisa do Perfil dos Municpios Brasileiros - MUNIC, realizada pelo IBGE. O MCIDADES tambm ampliou sua estrutura, a Secretaria Nacional de Habitao, a partir de 2007, por meio de concurso pblico, passou a contar com corpo tcnico de engenheiros, arquitetos, assistentes sociais, especialistas ambientais, triplicando seu quadro de servidores, com isso tem sido possvel desempenhar melhor a gesto dos programas. Igualmente, a CAIXA ampliou seu quadro de engenheiros para acompanhamento da execuo das obras.

Urbanizao de Favelas

27

IMPLEMENTAO

COMPLEXO DA ROCINHA RIO DE JANEIRO/RJ

28

Urbanizao de Favelas

Processo de seleo e contratao de projetos A seleo dos projetos prioritrios de investimento e a alocao dos recursos foram definidas de forma conjunta com representantes dos governos dos 26 estados da federao, do Distrito Federal, dos municpios de 12 Regies Metropolitanas1, das capitais e dos municpios com mais de 150 mil habitantes, com o objetivo de definir as prioridades de atendimento. Governadores e prefeitos foram convidados a participar de dois ciclos de reunies, que se estenderam por dois meses, para a definio dos projetos a serem beneficiados com recursos do PAC. Dessa forma, buscava-se promover a articulao federativa necessria para, por meio de parcerias entre Governo Federal, estadual e municipal, potencializar a capacidade de investimento pblico. Alm desse procedimento, para seleo dos projetos de menor envergadura, foi utilizado o processo de chamada pblica para apresentao de propostas ao MCIDADES, por meio de formulrio eletrnico disponvel no stio eletrnico. Governos locais inscrevem suas propostas registrando dados bsicos das intervenes que pretendem executar e para as quais esto pleiteando apoio financeiro da Unio. A partir da anlise dessas informaes o MCIDADES em conjunto com a Presidncia da Repblica seleciona as propostas que sero atendidas. Aps a seleo das propostas, por ambos os processos, governos estaduais, municipais e do Distrito Federal apresentam CAIXA ou BNDES, conforme o caso, documentao tcnica, institucional e jurdica para fins de formalizao das operaes. Nessa fase, o MCIDADES monitora a apresentao e anlise dos documentos comprobatrios de titularidade da rea de interveno e dos projetos de engenharia, do trabalho social e da regularizao fundiria; a obteno do licenciamento ambiental; e a formalizao e concluso do processo licitatrio de contratao das empresas construtoras e prestadoras de servios. Em seguida aprovao de todos os requisitos formais, autorizado o incio da execuo das intervenes, que so acom1 Baixada Santista, Belm, Belo Horizonte, Campinas, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, So Paulo e, RIDE Distrito Federal e Entorno.
Urbanizao de Favelas

29

panhadas, atestadas e pagas pela CAIXA ou BNDES, conforme o caso. Nessa etapa, so monitorados os avanos fsicos obtidos, bem como os gargalos que porventura apaream ao longo da implantao das obras e servios. A CAIXA possui estrutura de anlise de projetos e acompanhamento da execuo descentralizada, todos os Monitoramento da execuo

estados da federao contam com uma ou mais Gerncias de Desenvolvimento Urbano GIDUR ou Regionais de Desenvolvimento Urbano REDUR, essas unidades possuem estrutura de pessoal tcnico multidisciplinar capaz de tratar as mltiplas facetas das intervenes em assentamentos precrios.

Com o objetivo de assegurar o cumprimento de prazos e resultados; de gerenciar riscos, mediante identificao e soluo de possveis entraves na execuo das intervenes; e de coordenar e articular aes do Governo Federal, dos governos municipais e estaduais e demais atores envolvidos, o Governo Federal criou estrutura especial para monitorar as intervenes inseridas no PAC, conforme diagrama a seguir:

Presidente da Repblica Comit Gestor de Ministros - CGPAC


MP MF CC Ministrio Setorial

Acompanhamento e Deciso Acompanhamento e Deciso

Grupo Executivo - GEPAC


MP - MF - CC Coordenao SAM

Sistema de Monitoramento

MP MF CC Ministrio Setorial Coord : SAM


Medidas Institucionais Rodovias Portos e Hidrovias Ferrovias Aeroportos Recursos Hdricos

Salas de Situao

Gesto e Informaes
Metrs Energia Petrleo, Gs e Combustveis

SNH

Habitao

Saneamento

Comit Gestor do PAC nos Ministrios

Presidncia da Repblica, por intermdio da Secretaria de Articulao e Monitoramento da Casa Civil, como inequvoca demonstrao do grau de Urbanizao de Favelas 30 importncia que a execuo das intervenes representa para o Governo Federal.

da peridicas para acompanhar Articulao Nas Salas de SituaoSituaoreunies peridicas Nas Salas de ocorrem ocorrem reunies Repblica, por intermdio da Secretaria deo e identificar problemas e buscar para andamento andamento do com com o objetivo de Monitoramento da Casa Civil, como inequvoca demonsacompanhar o do PAC, PAC, o objetivo trao do de identificar problemas e buscar alternativas de soluo. alternativas de soluo. Essas reunies so grau de importncia que a execuo das intercoordenadas pela prpria venes representa para o Governo Federal. Essas reunies so coordenadas pela prpria Presidncia

Ao mesmo tempo, um dos mais importantes objetivos desse monitoramento diferenciado a prestao de contas sociedade dos recursos que esto sendo aplicados, por esse motivo, quadrimestralmente, so apresentados balanos de todas as aes inseridas no PAC. importante lembrar que as intervenes do PAC Urbanizao de Assentamentos Precrios so planejadas e executadas pelos governos locais, cabendo esfera federal o estabelecimento de diretrizes, bem como o apoio oramentrio e financeiro com o correspondente acompanhamento e monitoramento. Ressalte-se, ainda, a grandiosidade do territrio brasileiro e a diversidade de realidades locais, que muitas vezes impede a padronizao de solues e encaminhamentos. Desse modo, o monitoramento das intervenes, realizado no mbito federal, pode ser descrito por dois mecanismos bsicos: O monitoramento remoto anlise das informaes contidas em bases de dados, disponibilizadas pela CAIXA e BNDES, nas quais podem ser observadas a evoluo das pendncias apuradas em videoconferncias, a execuo fsica das obras e o seu desembolso; realizao de videoconferncias bimestrais, reunindo os tcnicos CAIXA e dos governos estaduais, do Distrito Federal e municipais, para aferir o estgio de cada interveno e a evoluo das providncias, porventura necessrias, ocasio em que analisado detalhadamente cada uma das intervenes, verificando-se o estgio de anlise tcnica dos projetos de engenharia e do projeto do trabalho social, as providncias adotadas para obter o licenciamento ambiental e a regularizao da titularidade do terreno onde sero edificados os empreendimentos, e, por fim, as medidas adotadas para preparao e realizao do processo licitatrio. Para cada caso, so pactuados prazos para resoluo das pendncias identificadas. Na medida em que as operaes entram em execuo, as videoconferncias contemplam somente as obras com ritmo de execuo lento, paralisadas ou

problemticas; e convocao dos governos estaduais, do Distrito Federal e municipais, para tratar os entraves mais graves, de difcil soluo, no mbito mais estratgico do Governo Federal, normalmente com participao da Presidncia da Repblica. O monitoramento in loco visitas locais eventuais, quando se tem a oportunidade de conhecer as obras e a real dimenso da interveno que est sendo executada, alm dos impactos externos que esto sendo produzidos, informaes que no so capturadas por meio do monitoramento remoto; e participao no Gabinete de Gesto Integrada GGI, reunies realizadas quinzenalmente nas unidades locais da CAIXA, com a participao dos entes federados, para acompanhamento de pendncias. Embora o monitoramento realizado pelo Governo Federal seja distanciado da execuo diria de cada interveno, importante lembrar que a CAIXA, mandatria da Unio, possui estrutura descentralizada que conta com a expertise de um corpo funcional multidisciplinar, assegurando a execuo das intervenes sobre um arcabouo de normas e procedimentos tcnicos que garantem que os recursos investidos alcancem seus verdadeiros objetivos. Dessa forma, possvel realizar o acompanhamento das obras contratadas in loco, viabilizando a liberao dos recursos financeiros por parcela de obras/servios executados. Esse modelo conta com a aprovao dos rgos de controle interno e externo, Controladoria-Geral da Unio (CGU) e Tribunal de Contas da Unio (TCU), respectivamente. Sobre a atuao desses rgos, importante relatar sua atuao na verificao da legalidade dos processos, inibindo ou impedindo eventuais desvios de finalidade dos recursos alocados. As intervenes inseridas no PAC passam por auditorias regulares que, ao identificarem impropriedades, acionam os atores envolvidos para correo ou esclarecimento das questes identificadas considerando suas correspondentes esferas de atribuio.
Urbanizao de Favelas

31

INVESTIMENTOS

COMPLEXO DO ALEMO RIO DE JANEIRO/RJ

32

Urbanizao de Favelas

Os recursos destinados pelo PAC Urbanizao de Assentamentos Precrios dividem-se em dois grandes grupos: recursos fiscais, consignados no Oramento Geral da Unio OGU, repassados aos estados, Distrito Federal e municpios, com carter no oneroso, sob forma de transferncia obrigatria da Unio, mediante assinatura de Termos de Compromisso firmados com a CAIXA, como mandatria da Unio; incluem-se a, recursos do Fundo Nacional de Habitao de Interesse Social FNHIS; recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Servio FGTS ou do Fundo de Amparo ao Trabalhador FAT, repassados aos estados, Distrito Federal e municpios com carter oneroso, sob forma de financiamentos, mediante assinatura de contratos de emprstimo firmados com a CAIXA ou BNDES, como agentes financeiros. Somados aos recursos da Unio, compem os investimentos as contrapartidas dos estados, Distrito Federal e municpios, que podem se apresentar sob a forma de recursos financeiros, bens ou servios economicamente mensurveis. Atualmente encontram-se alocados R$ 21,4 bilhes em intervenes em favelas com recursos do PAC em 785 contratos, sendo R$ 15,5 bilhes do OGU e R$ 5,9 bilhes do FGTS e FAT. Esses recursos iro proporcionar a melhoria das condies de habitabilidade de mais de 1,8 milho de famlias com aes integradas de construo e melhoria de habitaes, saneamento, infraestrutura, equipamentos pblicos, trabalho social, regularizao fundiria e recuperao de rea degradada. Para retratar a diversidade de aes envolvidas nessas intervenes, apresenta-se a distribuio percentual dos recursos investidos.

Investimento por categoria

4% 4% 12%

ARQUIVO: FERNANDA ALMEIDA, 2009

23%

4%

29% 9%

15%

Infraestrutura Saneamento Produo habitacional - reassentamento Produo habitacional - remanejamento Melhorias habitacionais Aes complementares Equipamentos pblicos e recuperao ambiental Trabalho social e regularizao fundiria

Urbanizao de Favelas

33

TIPOLOGIAS DAS INTERVENES


Embora haja uma grande diversidade de tipologias de intervenes de urbanizao de assentamentos precrios dentre aqueles que esto sendo executados com recursos do PAC, possvel identificar trs grandes grupos: 1. assentamentos que esto sendo regularizados e consolidados com manuteno de todas as famlias beneficirias na prpria rea de interveno; 2. assentamentos que esto regularizados e consolidados com reassentamento de parte das famlias beneficirias; e 3. assentamentos no passveis de regularizao e consolidao com reassentamento total das famlias beneficirias. O primeiro grupo representa 67% dos investimentos do PAC Urbanizao de Assentamentos Precrios, o segundo grupo representa 28% e o terceiro 5%. Importante verificar, portanto, que a maior parte dos investimentos mantm a populao no local em que j habitava, como claro respeito aos laos de vizinhana e trabalho j
Urbanizacao com remanejamento

estabelecidos, bem como forte reconhecimento do direito cidade e funo social da propriedade. Para retratar a diversidade de aes envolvidas por tipologia de interveno, apresenta-se a distribuio percentual dos recursos investidos por tipo de ao executada: Urbanizao sem reassentamento ocorre naquelas situaes em que possvel regularizar e consolidar toda a rea sem que haja necessidade de transferir famlias. Nesses casos, os investimentos em produo ou melhoria habitacional so de menor monta e ocorrem somente dentro do prprio assentamento, sendo que a produo ocorre nos casos de remanejamento das famlias dentro da prpria rea em funo da abertura do sistema virio, implantao das redes de infraestrutura e equipamentos comunitrios. 30% do investimento para produo habitacional 45% em saneamento e infraestrutura

4% 4% 12% 5% 26% Infraestrutura Saneamento Produo habitacional - remanejamento Melhorias habitacionais Aes complementares Equipamentos pblicos e recuperao ambiental Trabalho social e regularizao fundiria

30%

19%

34

Urbanizao de Favelas

Urbanizao com reassentamento parcial - ocorre naquelas situaes em que a implantao das obras e servios necessrios para regularizar e consolidar a rea de interveno exige o remanejamento de parte da populao para outras reas. Nesses casos, os investimentos em produo habitacional ocorrem dentro e fora do assentamento que est sendo urbanizado. 55% do investimento para produo habitacional 21% para produo habitacional em rea de reassentamento 25% em saneamento e infraestrutura
Urbanizacao com reassentamento

4%3% 11% 2% 8% 17% Infraestrutura Saneamento Produo habitacional - reassentamento Produo habitacional - remanejamento Melhorias habitacionais Aes complementares Equipamentos pblicos e recuperao ambiental Trabalho social e regularizao fundiria

33% 21%

Urbanizao com reassentamento total ocorre naquelas situao em que o assentamento precrio est localizado em reas no passveis de ocupao. Nessas intervenes a maior parte dos investimentos destinada produo habitacional, sendo que a rea original recebe o tratamento necessrio para que no seja mais objeto de novas ocupaes irregulares. 83% do investimento para produo habitacional
Reassentamento total

3%4% 10% 18% Infraestrutura Saneamento Produo habitacional - reassentamento Aes complementares Equipamentos pblicos e recuperao ambiental Trabalho social e regularizao fundiria

9%

56%

Urbanizao de Favelas

35

ALGUMAS EXPERINCIAS EM CURSO

MARGEM ESQUERDA DO RIO ANIL SO LUS/MA

36

Urbanizao de Favelas

Urbanizao de Favelas

37

Obras de grande porte, envolvendo eliminao de risco e deficincias de infraestrutura urbana


COMPLEXO DO ALEMO Rio de Janeiro/RJ Investimento2: R$ 833,2 milhes Fonte: OGU Proponente: Governo do Estado do Rio de Janeiro e Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro Famlias beneficiadas: 30.266 Principais servios: Produo de 920 unidades habitacionais; Aquisio de 1.155 unidades habitacionais; Infraestrutura compreendendo abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, rede de energia eltrica, iluminao pblica, pavimentao, obras virias e drenagem pluvial; Recuperao de reas degradadas; Proteo, conteno e estabilizao de solo; Instalao de recipientes para coleta de resduos slidos; Construo de telefrico com 07 estaes; Equipamentos comunitrios: Centro de referencia da juventude, centro de gerao de renda, escola de ensino mdio de referncia, biblioteca, centro de integrao de ateno sade, centro de servios, 02 creches, 02 centros comerciais e 02 postos de sade da famlia. O Complexo do Alemo um bairro-favela da Zona Norte do Rio de Janeiro, oficializado como bairro em 1993 e constitudo por um conjunto de 12 favelas, sendo seu ncleo principal o Morro do Alemo. O bairro desenvolveuse sobre a serra da Misericrdia, uma formao geolgica de morros e nascentes naturais, quase toda destruda pela construo do Complexo. Restam poucas reas verdes na regio e alguns pontos de nascentes de rios que so usados como fonte de gua pela populao. Todavia, logo aps a nascente, os rios j se tornam vales de esgoto. Boa parte da serra foi destruda devido s pedreiras, muito comuns na segunda metade do sculo XX.
Os investimentos consideram alm de fontes federais OGU, FGTS e FAT as contrapartidas locais.
2

A interveno do Complexo do Alemo que, desenvolvida sob a parceria das trs esferas do poder pblico, prev a construo de uma enorme rede de transpor tes e infraestrutura visando tornar o bairro e seus arredores livres do estigma da favelizao e da violncia. Infraestrutura focada na integrao fsica e social das diversas comunidades, entre elas, e com os bairros do entorno, com implantao de redes de gua, esgoto e drenagem, contenes de encostas e pavimentao de vias.

38

Urbanizao de Favelas

Contempla a melhoria e construo de moradias distribudas em cinco reas de concentrao, utilizando projetos diversificados com proposies de novos padres construtivos que fogem dos usualmente utilizados, bem como a edificao de diversos equipamentos: Centro de Referncia da Juventude Esporte e Lazer, Centro de Apoio Jurdico, Centro de Servios, Escola de Ensino Mdio de Referncia, Centro Comercial, Creche e Posto de Sade da Famlia, UPA Unidade de Pronto Atendimento Sade, Biblioteca, Esporte e Lazer.

J para a acessibilidade e mobilidade da comunidade, a interveno engloba a implantao de sistema telefrico, com as estaes de Fazendinha, Itarar, Alemo, Baiana, Adeus e Bonsucesso, proporcionando uma reduo do tempo de deslocamento entre a primeira e a ltima parada de 50 para 16 minutos, conectando todo o complexo internamente e ao restante da cidade, favorecendo a todos os moradores, principalmente idosos, gestantes e portadores de necessidades especiais.

Urbanizao de Favelas

39

PARAISPOLIS So Paulo/SP Investimento: R$ 318,8 milhes Fonte: OGU Proponente: Governo do Estado de So Paulo e Prefeitura Municipal de So Paulo Famlias beneficiadas: 20.832 Principais servios: Produo de 1.952 unidades habitacionais; Melhoria de 684 unidades habitacionais; Infraestrutura compreendendo abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, drenagem pluvial, pavimentao e obras virias; Construo de Via Perimetral; Equipamentos comunitrios de sade e educao. Situada na regio sul do municpio de So Paulo, a interveno urbanstica no Complexo de Paraispolis beneficiar mais de 20.832 famlias e busca melhorar as condies de habitabilidade, preveno e eliminao de riscos de acidentes causados por fatores geotcnicos e por inundaes, alm de ampliar e for talecer a organizao comunitria e melhorar as condies ambientais, urbanas e de seu entorno. Alm destas aes, destacam-se as atividades sociais promovidas atravs do Programa Mais Cultura - Espaos Sociais Paraispolis, onde sero disponibilizados espaos de dana, estdio musical, pontos de leitura e cinema ao ar livre.

40

Urbanizao de Favelas

ROCINHA Rio de Janeiro/RJ

Investimento: R$ 231,2 milhes Fonte: OGU Proponente: Governo do Estado do Rio de Janeiro Famlias beneficiadas: 30.000 Principais servios: roduo de 144 unidades habitacionais; P quisio de 603 unidades habitacionais; A elhoria de 2.661 unidades habitacionais; M nfraestrutura compreendendo abastecimento de I gua, esgotamento sanitrio, drenagem pluvial, iluminao pblica, pavimentao e obras virias; roteo, conteno e estabilizao de encostas; P ecuperao de reas degradadas; R onstruo do Planos Inclinados I com 03 estaC es e do Plano Inclinado II com 02 estaes;

quipamentos comunitrios: Creche, centro de E integrao, centro integrado de ateno sade CIAS, centro de convivncia, cultura e cidadania C4, centro de jud e mercado pblico.

A Rocinha um bairro localizado na cidade do Rio de Janeiro, entre os bairros de classe alta da Gvea e de So Conrado, destacando-se por ser uma das maiores favelas do pas, contando com cerca de 56 mil habitantes. A comunidade teve origem na diviso em chcaras da antiga Fazenda Quebra-Cangalha, produtora de caf. Adquiridas por imigrantes portugueses e espanhis, tornaram-se, por volta da dcada de 1930, o centro fornecedor de hortalias, que abastecia a Zona Sul da cidade. Aos moradores mais curiosos sobre a origem dos produtos, os vendedores informavam que provinham de uma rocinha instalada no Alto da Gvea. Da a origem de seu nome. A interveno prev a urbanizao da favela com aes de infraestrutura, mobilidade, melhorias habitacionais, alm de equipamentos comunitrios.

Urbanizao de Favelas

41

HELIPOLIS So Paulo/SP Investimento: R$ 203,1 milhes Fonte: OGU Proponente: Prefeitura Municipal de So Paulo Famlias beneficiadas: 15.600 Principais servios: Produo de 1.813 unidades habitacionais; Melhoria de 1.343 unidades habitacionais; Infraestrutura compreendendo abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, drenagem pluvial, pavimentao e obras virias; Recuperao de reas degradadas.

A interveno ir beneficiar 15.600 famlias residentes na regio sudeste da cidade de So Paulo em rea caracterizada por alta densidade demogrfica, com habitaes so de baixa qualidade e construdas sem obedincia a nenhuma postura municipal urbana, sujeitando a populao a riscos sanitrios. Sero implantadas solues de drenagem pluvial, consolidaes geotcnicas, redes coletoras de esgotos e de distribuio de gua, recuperao de reas degradadas, pavimentao, canalizao de crrego, construo e readequao de unidades habitacionais, trabalho social e regularizao fundiria.
EM O XECU E

42

Urbanizao de Favelas

JARDIM SO FRANCISCO So Paulo/SP Investimento: R$ 159,4 milhes Fonte: OGU Proponente: Prefeitura Municipal de So Paulo Famlias beneficiadas: 7.913 Principais servios: Produo de 876 unidades habitacionais; Infraestrutura compreendendo abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, drenagem pluvial, pavimentao e obras virias; Recuperao de reas degradadas. Localizado na zona leste de So Paulo, prximo divisa com o municpio de Mau, o Jardim So Francisco possui grande parte de sua rea destinada a habitaes de interesse social com a existncia de conjuntos habitacionais e ocupaes espontneas, totalizando no bairro 3.541 famlias cadastradas e 12.405 habitantes. Ao longo do tempo, foi objeto de vrias intervenes pontuais tais como a implantao de alojamentos provisrios, de um loteamento por grileiros e de diversas ocupaes espontneas por famlias de baixa renda. O projeto agora elaborado prev solues para a rea de forma integral, principalmente no que se refere a drenagem pluvial, rede coletora de esgotos e abastecimento de gua, remoes de moradias de reas de risco, provises habitacionais, consolidaes geotcnicas e pavimentaes.

Urbanizao de Favelas

43

VILA SO JOS Belo Horizonte/MG Investimento: R$ 155,3 milhes Fonte: OGU Proponente: Prefeitura Municipal de Belo Horizonte Famlias beneficiadas: 12.500 Principais servios: Produo de 1.616 unidades habitacionais; Recuperao de reas degradadas; Infraestrutura compreendendo: abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, drenagem pluvial, pavimentao e obras virias.

44

Urbanizao de Favelas

DIVERSOS BAIRROS Nova Iguau/RJ Investimento: R$ 150 milhes Fonte: FGTS Proponente: Prefeitura Municipal de Nova Iguau Famlias beneficiadas: 9.450 Principais servios: Produo de 629 unidades habitacionais; Urbanizao de 145.059,90 m de reas pblicas; Pavimentao e obras virias de 223.382,30 m; Redes de drenagem pluvial.

A interveno tem por objetivo a consolidao de reas centrais de bairros da cidade com o aumento da oferta de infraestrutura, promoo da acessibilidade universal, melhoria da qualidade de vida e das condies scioambientais da populao. Esto sendo executadas redes de drenagem pluvial, construo e/ou alargamento de caladas, implantao de abrigos para pontos de nibus, implantao de ciclovia, requalificao do sistema virio, reforo na sinalizao horizontal e vertical, implantao de travessias para pedestres, construo de 629 unidades habitacionais com regularizao fundiria e urbanizao do terreno, sendo 9.450 famlias beneficiadas, no total.

Urbanizao de Favelas

45

CONJUNTO HABITACIONAL JACINTA ANDRADE Teresina PI Investimento: R$ 147 milhes Fonte: FGTS Proponente: Governo do Estado do Piau Famlias beneficiadas: 4.300 Principais servios: Produo de 4.000 unidades habitacionais concentradas; Produo de 300 unidades habitacionais pulverizadas; Equipamentos comunitrios: Creche, delegacia, escola de ensino fundamental, mercado, quadra poliesportiva, unidades de sade, centro cultural e de produo, universidade aberta, usina de tratamento de resduos slidos e centro de educao ambiental. A interveno compreende a construo de 4.300 unidades habitacionais para famlias de baixa renda, inclusive pertencentes a segmentos vulnerveis, que vivem em condies precrias, em reas irregulares, de alto risco ambiental e sujeitas ao alagamento. A rea onde est sendo implantado este grande conjunto habitacional fica na localidade de Santa Maria da Codipi, zona norte de Teresina, prevendo em seu agenciamento a reserva para zonas institucionais de uso pblico e destinao de grandes bolses verdes para preservao e implantao de parques.

EM O XECU E

ARQUIVO: PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA IGUAU

46

Urbanizao de Favelas

BAIRROS ALICANTE, BARCELONA, CIDADE NEVIANA, JARDIM COLONIAL, SO LUIZ E ROSANEVES Ribeiro das Neves/MG Investimento: R$ 141,3 milhes Fonte: OGU Proponente: Prefeitura Municipal de Ribeiro das Neves Famlias beneficiadas: 14.627 Principais servios: Produo de 234 unidades habitacionais; Infraestrutura compreendendo: abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, drenagem pluvial, pavimentao e obras virias.
EM O XECU E

BACIA CADENA E VACACA MIRIM Santa Maria/RS Investimento: R$ 100,3 milhes Fonte: OGU Proponente: Prefeitura Municipal de Santa Maria Famlias beneficiadas: 8.400 Principais servios:

Produo de 1.763 unidades habitacionais; Melhoria de 1.024 unidades habitacionais; Infraestrutura compreendendo abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, drenagem pluvial, rede de energia eltrica, pavimentao e obras virias; Recuperao de reas degradadas.
Urbanizao de Favelas

47

EM O XECU E

VALE DO REGINALDO Macei AL Investimento: R$ 133,5 milhes Fonte: OGU Proponente: Governo do Estado de Alagoas Famlias beneficiadas: 7.000 Principais servios: Produo de 1.512 unidades habitacionais; Melhoria de 700 unidades habitacionais; Infraestrutura urbana compreendendo: abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, redes de energia eltrica, drenagem, pavimentao e obras virias. qualidade de vida da populao residente em favelas situada s margens do riacho Reginaldo, em reas de risco e/ ou proteo ambiental. O empreendimento prev a remoo de palafitas localizadas em reas de risco, sujeitas a alagamento, com a construo de 1.512 novas unidades habitacionais. A interveno beneficiar, ao todo, 7.000 famlias.

Urbanizao integrada de favelas do Vale do Reginaldo visa promover, de maneira sustentvel, a melhoria da
48
Urbanizao de Favelas

EM O XECU E

NOSSA SENHORA DA APRESENTAO Natal/RN Investimento: R$ 108,3 milhes Fonte: OGU e FGTS Proponente: Prefeitura Municipal de Natal Famlias beneficiadas: 22.000 Principais servios: Produo de 32 unidades habitacionais; Melhorias em 23 unidades habitacionais; Infraestrutura compreendendo drenagem pluvial, pavimentao e obras virias; Equipamentos comunitrios: 05 Escolas e quadra de esportes. Batizado com o nome da padroeira da cidade de Natal, o bairro Nossa Senhora da Apresentao est localizado em uma regio composta por micro bacias fechadas com depresses interiores, apresentando afloramento do lenol fretico nos locais mais baixos. Nos perodos de grandes precipitaes, formam-se grandes lagoas que, sem possibilidade de infiltrao imediata, transbordam alagando os imveis da localidade. A ocupao desses imveis se deu de forma irregular, por populao de baixa renda, e de modo bastante acelerado. A ao de urbanizao Integrada nesta localidade envolve, alm da produo e melhoria de unidades habitacionais, construo de equipamentos de esporte e de educao, esgotamento sanitrio, drenagem incluindo lagoas de conteno, pavimentao e regularizao fundiria, beneficiando de forma direta 22.000 famlias.
Urbanizao de Favelas

49

FALHA GEOLGICA 1 E 2 ETAPA Salvador/BA Investimento: R$ 99,6 milhes Fonte: OGU e FGTS Proponente: Governo do Estado da Bahia Famlias beneficiadas: 11.200 Principais servios: Produo de 220 unidades habitacionais; Melhoria de 520 unidades habitacionais; Recuperao de 05 casares destinados s famlias que ocupam o frontispcio, sendo 70 apartamentos de 1 e 2 quartos e 102 unidades habitacionais caracterizadas por casares espalhados, pontualmente, buscando manter os vnculos sociais; Reassentamento de 100 famlias localizadas na via porturia; Recuperao e conteno de encosta e de muralhas degradadas; Equipamentos comunitrios: Centro comunitrio, praa e horto; Aes de gerao de renda atravs da qualificao de mo de obra para atuar na restaurao do patrimnio histrico; Requalificao urbanstica de 19 hectares ocupados por 5.075 moradores em 1.015 domiclios; Obras de infraestrutura compreendendo a implantao de macrodrenagem, reforma de pavimentos e recuperao de nascente de gua natural de forte significado para a populao. Ao que visa solucionar diversos pontos de fragilidade social no municpio de Salvador, tendo como principal caracterstica ocupaes irregulares na encosta criada pela falha geolgica, que divide a cidade em Alta e Baixa, envolvendo as localidades de Alto do bom Viver, Baixa do Cacau, Costa Azul, Alto de Ondina, Rocinha, gua Brusca, Lapinha, Pilar e Santo Antnio. Ela engloba a recuperao e a requalificao de imveis degradados e/ou em estado de runas, alm dos ocupados coletivamente (cortios), que esto situados no centro antigo - Centro Histrico, integrando-se ao seu constante processo de revitalizao. Este projeto contempla ainda intervenes na via porturia parte de sistema virio estruturante de Salvador - e reas de complementao de investimentos pblicos.
50
Urbanizao de Favelas
EXEC EM UO

VILA ESTRUTURAL Braslia/DF Investimento: R$ 73 milhes Fonte: OGU Proponente: Governo do Distrito Federal Famlias beneficiadas: 9.450 Principais servios: Produo de 1.889 unidades habitacionais; Infraestrutura compreendendo abastecimento de gua e esgotamento sanitrio; Equipamentos comunitrios: Escola infantil, escola de nvel mdio, escola de nvel fundamental e posto policial. A interveno beneficia 9.450 famlias que residem em rea de lixes, sujeitas a fatores de risco, insalubridade e degradao ambiental, gerando lanamento de esgotos domsticos na via pblica ou no sistema de drenagem.

EXEC

EM UO

Urbanizao de Favelas

51

COMPLEXO DO CANTAGALO PAVO PAVOZINHO Rio de Janeiro/RJ Investimento: R$ 63,6 milhes Fonte: OGU Proponente: Governo do Estado do Rio de Janeiro Famlias beneficiadas: 4.882 Principais servios: Produo de 227 unidades habitacionais; Infraestrutura compreendendo abastecimento de gua, incluindo reservatrio com capacidade para 670 mil litros, esgotamento sanitrio incluindo uma estao elevatria, drenagem pluvial, rede de energia eltrica, iluminao pblica, pavimentao e obras virias; Proteo, conteno e estabilizao de encostas; Equipamentos comunitrios: 02 Praas. O complexo de morros do Cantagalo-Pavo-Pavozinho est cravado no centro da Zona Sul carioca, nos bairros de Copacabana e Ipanema, com uma das vistas mais privilegiadas do Rio: a Lagoa Rodrigo de Freitas e o mar. A obra de urbanizao e infraestrutura do complexo abrange uma rea de 173.000 m, atendendo a uma populao de 19.528 habitantes e beneficiando diretamente 4.882 famlias. Essa interveno garante: condies de acessibilidade e transporte da populao, ligaes de gua potvel e esgotamento sanitrio em todas as unidades localizadas na rea de interveno, drenagem objetivando diminuir os riscos ambientais, pavimentao dos becos garantindo a circulao da populao em condies de ergonomia e segurana, reassentamento das famlias cujas residncias foram remanejadas para implantao do projeto, ou em condies criticas de insalubridade. Estas famlias recebero regularizao fundiria e as unidades habitacionais apresentam um sistema construtivo moderno e com bom padro de acabamento. Propiciando, dessa forma, uma melhor qualidade de vida e contribuindo para a reduo da violncia local.

52

Urbanizao de Favelas

Urbanizao de Favelas

53

FAVELAS DO CENTRO EXPANDIDO Guarulhos/SP Investimento: R$ 44,3 milhes Fonte: OGU Proponente: Prefeitura Municipal de Guarulhos Famlias beneficiadas: 3.449 Principais servios: Produo de 861 unidades habitacionais; Produo de 978 lotes urbanizados; Infraestrutura compreendendo abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, drenagem pluvial, pavimentao e obras virias; Recuperao de reas degradadas; Equipamento comunitrio: Centro comunitrio com quadra poliesportiva. A interveno no Centro Expandido prope a construo de unidades habitacionais na prpria rea, ou nas proximidades, buscando o melhor aproveitamento do terreno e permitindo que as relaes sociais estabelecidas, tais como os vnculos existentes de trabalho, a escola e a vida comunitria, sejam preservados. O programa engloba ainda a urbanizao integrada, o trabalho social, a regularizao fundiria, alm da melhoria da infraestrutura urbana local, atravs de obras virias com abertura de ruas e construo de equipamento comunitrio.

54

Urbanizao de Favelas

MORRO DO PREVENTRIO Niteri/RJ Investimento: R$ 37,2 milhes Fonte: OGU Proponente: Governo do Estado do Rio de Janeiro Famlias beneficiadas: 1.772 Principais servios: Produo de 248 unidades habitacionais; Infraestrutura compreendendo drenagem pluvial, pavimentao e obras virias; Recuperao de reas degradadas; Obras de conteno. A interveno beneficia 1.772 famlias residentes em rea que possui configurao topogrfica em aclive, bastante acidentada, com a eliminao de situaes de risco de deslizamentos atravs da execuo de obras de conteno e estabilizao de encostas, alm da implantao de infraestrutura bsica, com a construo de unidades habitacionais, equipamentos comunitrios, sistema de coleta de guas pluviais, obras virias e recuperao de reas degradadas, atravs de reflorestamento. Para o reassentamento das famlias que se encontram em reas de Preservao Permanente APPs, sero construdas 248 unidades habitacionais e, atravs das atividades da equipe social, sero implementadas aes de organizao comunitria, educao sanitria e ambiental e programas de gerao de trabalho e renda. A situao fundiria ser regularizada com a titulao definitiva dos lotes aos moradores.

Urbanizao de Favelas

55

BAIRROS SO MATEUS, PAULA II, CRISTO REI, MAPIM, GUA LIMPA, COSTA VERDE NOVA FRONTEIRA E 23 DE SETEMBRO Vrzea Grande/MT Investimento: R$ 34,5 milhes Fonte: FAT Proponente: Prefeitura Municipal de Vrzea Grande Famlias beneficiadas: 12.500 Principais servios: Produo de 530 unidades habitacionais; Melhoria de 95 unidades habitacionais; Implantao infraestrutura compreendendo reservatrio de gua, esgotamento sanitrio, drenagem, pavimentao e obras virias; Equipamentos comunitrios: 03 unidades de sade, policlnica, 04 escolas e restaurante popular; Recuperao de reas degradadas e implantao de parque urbano.

EXEC

EM UO

56

Urbanizao de Favelas

VILA MUCAJ Macap/AP Investimento: R$ 28,3 milhes Fonte: OGU Proponente: Prefeitura Municipal de Macap Famlias beneficiadas: 1.097 Principais servios: Produo de 592 unidades habitacionais; Infraestrutura compreendendo abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, rede de energia eltrica, iluminao pblica, pavimentao, obras virias e drenagem pluvial; Construo de creche. A interveno tem por objetivo a melhoria das condies de habitabilidade para 1.097 famlias que residem em encostas, com risco de desmoronamento, ou em reas parcialmente alagadas e insalubres para moradia. SANTA FELICIDADE Maring/PR Investimento: R$ 25,3 milhes Fonte: OGU Proponente: Prefeitura Municipal de Maring Famlias beneficiadas: 943 Principais servios: Produo de 665 unidades habitacionais; Melhoria de 278 unidades habitacionais; Infraestrutura compreendendo abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, drenagem pluvial, rede de energia eltrica, iluminao pblica, pavimentao e obras virias; Recuperao de reas degradadas; Equipamentos comunitrios: Centro de referncia de assistncia social - CRAS, centro de convivncia, centro cooperativo para triagem de reciclveis, centro de ateno psicossocial, praa e centro cooperativo de gerao de emprego e renda.

EXEC

EM UO

A interveno beneficia 943 famlias e compreende o redimensionamento dos lotes do Conjunto Santa Felicidade objetivando a readequao das redes coletoras de esgoto e do sistema virio local. Alm disso, produo de 665 unidades habitacionais, e melhorias em outras 278, em diversos bairros.
Urbanizao de Favelas

57

PROJETO QUEBRADEIRAS DE COCO So Miguel do Tocantins/TO Investimento: R$ 22,3 milhes Fonte: OGU Proponente: Governo do Estado do Tocantins Famlias beneficiadas: 884 Principais servios: Produo de 884 unidades habitacionais; Sistema de esgotamento sanitrio por meio de fossa-sumidouro.

NOVA THERESINA Teresina/PI Investimento: R$ 15 milhes Fonte: OGU Proponente: Governo do Estado do Piau Famlias beneficiadas: 871 Principais servios: Produo de 527 unidades habitacionais; Infraestrutura urbana compreendendo: abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, redes de energia eltrica, iluminao pblica, drenagem, pavimentao e obras virias; Equipamentos comunitrios: Campo de futebol e portal de entrada. Interveno em favelas no bairro Pedra Mole com a construo de 527 unidades habitacionais. O conjunto habitacional denominado Residencial Nova Theresina, distante 16 Km do Centro da capital. As famlias beneficiadas residem em situaes de precariedade tais como: reas de risco, reas irregulares e reas agregadas em imveis cedidos ou alugados. Todas as famlias beneficiadas possuem renda inferior a 01 salrio mnimo.

As famlias beneficiadas com a interveno trabalham como quebradeiras de coco. Elas residem em rea cujas moradias foram construdas com materiais inadequados, tais como taipa, adobe e palha, estando assim, expostas aos vetores transmissores de doenas. A infraestrutura compreende apenas a implantao de sistema de esgotamento sanitrio, por meio de fossa-sumidouro, uma vez que a rea j possui redes de abastecimento de gua e energia eltrica. Tambm ser realizada regularizao fundiria para toda a rea objeto da interveno.

58

Urbanizao de Favelas

EXEC

EM UO

MIRANTE SANTA MARIA DA CODIPI Teresina PI Investimento: R$ 15 milhes Fonte: OGU Proponente: Governo do Estado do Piau Famlias beneficiadas: 648 Principais servios: Produo de 556 unidades habitacionais; Aquisio de 92 unidades habitacionais; Infraestrutura urbana compreendendo: abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, redes de energia eltrica, iluminao pblica, drenagem, pavimentao e obras virias.

TERRA SANTA E LAGUNA Curitiba/PR Investimento: R$ 20,1 milhes Fonte: OGU Proponente: Prefeitura Municipal de Curitiba Famlias beneficiadas: 1.077 Principais servios: Produo de 171 unidades habitacionais; Melhoria de 906 unidades habitacionais; Infraestrutura compreendendo abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, drenagem pluvial, iluminao pblica, pavimentao e obras virias; Recuperao de reas degradadas; Equipamentos comunitrios: Centro comunitrio e creche.

Urbanizao de Assentamentos Precrios, com construo de 556 unidades habitacionais, e aquisio de outras 92, no bairro Santa Maria da Codipi. O conjunto habitacional chamado Mirante Santa Maria da Codipi, distante 16 Km do Centro de Teresina, e adjacente ao Residencial Jacinta Andrade, beneficiando 648 famlias. A populao beneficiada constituda por famlias de baixa renda, provenientes de diversos bairros da capital e/ou outros municpios que residem em imveis alugados, ou agregados, com familiares e segmentos sociais mais vulnerveis.

A interveno beneficiar um total de 1.077 famlias, sendo 598 na Vila Terra Santa e 479 no Moradias Laguna. Na Vila Terra Santa, 171 famlias recebero unidades novas e as demais sero beneficiadas com melhorias habitacionais e instalaes hidrulico-sanitrias. No Moradias Laguna, esto sendo reassentadas 479 famlias que encontravam-se em reas de risco.

EXEC

EM UO

Urbanizao de Favelas

59

PROJETO VILA BAIRRO 2 E 3 ETAPAS Teresina/PI Investimento: R$ 55,7 milhes Fonte: OGU e FAT Proponente: Prefeitura Municipal de Teresina Famlias beneficiadas: 1.858 Principais servios: Produo de 1.858 unidades habitacionais; Infraestrutura urbana compreendendo: abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, redes de energia eltrica, iluminao pblica, drenagem, pavimentao e obras virias; Equipamentos comunitrios: Escola e 02 praas. A interveno tem por objetivo o reassentamento de 1.858 famlias que se encontram em reas sujeitas a alagamento e/ou desmoronamentos, e sero assentadas em terrenos nas regies Norte, Leste e Sul, dotados de infraestrutura mnima necessria, alm de equipamentos comunitrios. GRANDE CAFETEIRA E RIACHO BACURI Imperatriz/MA Investimento: R$ 50,2 milhes Fonte: OGU Proponente: Prefeitura Municipal de Imperatriz Famlias beneficiadas: 3.130 Principais servios: Produo de 1.259 unidades habitacionais; Infraestrutura urbana compreendendo: abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, drenagem, pavimentao e obras virias; Equipamentos comunitrios: Centro comunitrio, escola, posto de sade e posto policial. O projeto resgatar a cidadania de uma grande parcela da populao de Imperatriz, uma vez que lhe proporcionar moradia digna, em rea urbanizada, em imvel prprio com titularidade. As intervenes na Favela Grande Cafeteira e Bacuri canalizaro o trecho superior do riacho solucionando o problema de inundaes e seus males. Sero remanejadas 841 famlias proporcionando moradia urbana digna. O empreendimento solucionar o drama do suprimento de gua potvel e resolver o problema do esgo60
Urbanizao de Favelas

tamento sanitrio. Da mesma forma, sero reassentadas 400 famlias que habitam em condies indignas na foz do Rio Bacuri, para uma rea urbanizada, ser canalizado trecho inferior do riacho e efetuada urbanizao das suas margens, impedindo, de forma definitiva, a ocupao irregular desse espao. COMUNIDADE PRATINHA Belm/PA Investimento: R$ 28,9 milhes Fonte: OGU Proponente: Governo do Estado do Par Famlias beneficiadas: 1.645 Principais servios: Produo de 350 unidades habitacionais; Melhoria de 305 unidades habitacionais; Infraestrutura compreendendo abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, rede de energia eltrica, iluminao pblica, pavimentao, obras virias e drenagem pluvial; Equipamentos comunitrios: Centro comunitrio, praas e quadras de esportes. Este empreendimento envolve a urbanizao e melhoria das condies de habitabilidade de assentamentos precariamente instalados prximos expanso de equipamentos pblicos, ou em reas entre corredores virios principais, beneficiando 1.645 famlias. SANTA LUZIA E SENADOR HLIO CAMPOS Boa Vista/RR Investimento: R$ 23,3 milhes Fonte: OGU Proponente: Prefeitura Municipal de Boa Vista Famlias beneficiadas: 2.930 Principais servios: Melhoria de 1.343 unidades habitacionais; Infraestrutura compreendendo esgotamento sanitrio com implantao de duas estaes elevatrias, pavimentao, obras virias e drenagem pluvial. A interveno beneficia 2.930 famlias que esto em

rea de expanso urbana, desprovida de infraestrutura bsica, e prxima lagoa que surge no perodo chuvoso causando transtornos e instabilidade s moradias. COMUNIDADE F EM DEUS Belm/PA Investimento: R$ 19,8 milhes Fonte: OGU Proponente: Governo do Estado do Par Famlias beneficiadas: 1.689 Principais servios: Produo de 200 unidades habitacionais; Melhoria de 132 unidades habitacionais; Infraestrutura compreendendo abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, rede de energia eltrica,

iluminao pblica, pavimentao, obras virias e drenagem pluvial; Construo de 04 Praas pblicas. BAIRRO MONTE CASTELO Patos/PB Investimento: R$ 11 milhes Fonte: FNHIS Proponente: Prefeitura Municipal de Patos Famlias beneficiadas: 2.952 Principais servios: Produo de 221 unidades habitacionais; Infraestrutura compreendendo esgotamento sanitrio, drenagem pluvial, pavimentao e obras virias.

EXEC

EM UO

Urbanizao de Favelas

61

Obras com articulao e integrao no territrio


RIBEIRO ARRUDAS Belo Horizonte e Contagem/MG Investimento: R$ 241,2 milhes Fonte: OGU Proponente: Governo do Estado de Minas Gerais Famlias beneficiadas: 16.600 Principais servios: Produo de 672 unidades habitacionais; Aquisio de 285 unidades habitacionais; Infraestrutura compreendendo: abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, drenagem pluvial, pavimentao e obras virias. Urbanizao integrada em trechos do vale do Ribeiro Arrudas, nos municpios de Belo Horizonte e Contagem, com a ampliao da avenida Teresa Cristina em aproximadamente 2,7 km, incluindo nesse trecho a implantao de viadutos e pontes. Alm a obra viria, sero executadas obras de infraestrutura aliadas a produo e aquisio de unidades habitacionais beneficiando 16.600 famlias.

62

Urbanizao de Favelas

BACIA DO MARANGUAPINHO Fortaleza/CE Investimento: R$ 229,3 milhes Fonte: OGU Proponente: Governo do Estado do Cear Famlias beneficiadas: 4.763 Principais servios: Produo de 4.763 unidades habitacionais; Construo de lago para controle de cheias; Recuperao de reas degradadas ao longo da bacia do rio Maranguapinho.

EXEC

EM UO

O rio Maranguapinho nasce na Serra de Maranguape e desemboca no rio Cear, a 26km, no sudoeste da cidade de Fortaleza. A rea da bacia do rio Maranguapinho tem cerca de 6.571,53 hectares e abrange, alm do municpio de Maranguape, os municpios de Maracana, Caucaia e Fortaleza. Neste ltimo, a bacia hidrogrfica do rio Maranguapinho sofre com a poluio. Principalmente devido ocupao de suas margens por populaes de baixa renda, que ali despejam seus resduos. O projeto objetiva a remoo de 4.763 famlias para conjuntos habitacionais dotados de infra-estrutura e servios pblicos, a construo de um lago para controle de cheias, recuperao ambiental desta faixa da bacia do Maranguapinho, urbanizao das reas ao longo das margens deste trecho do rio, realizao de trabalho tcnico social e regularizao fundiria em benefcio das famlias removidas.

QUILOMBOLAS E FAMLIAS DOS MUNICPIOS DE LIZARDA, MATEIROS, SO FLIX E PONTE ALTA Lizarda Mateiros So Flix Ponte Alta/TO Investimento: R$ 22,3 milhes Fonte: OGU Proponente: Governo do Estado do Tocantins Famlias beneficiadas: 347 Principais servios: Produo de 347 unidades habitacionais.

A interveno tem por objetivo o reassentamento de famlias localizadas em reas de preservao permanente, em lotes irregulares com ocupaes imprprias, em situaes insalubres e em unidades construdas de forma inadequada. Sero construdas 347 unidades habitacionais, pulverizadas em quatro municpios, na rea denominada Jalapo.

EXEC

EM UO

Urbanizao de Favelas

63

BAIRRO FLORESTA Rio Acre/AC Investimento: R$ 15,4 milhes Fonte: OGU Proponente: Governo do Estado do Acre Famlias beneficiadas: 500 Principais servios: Produo de 500 unidades habitacionais; Infraestrutura compreendendo abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, drenagem pluvial, rede de energia eltrica, iluminao pblica, pavimentao e obras virias; Equipamentos comunitrios: 06 Praas com quadras de areia e parque infantil.

BAIRROS VILA VERDE, VILA MINEIRA, PARQUE SO JORGE, JARDIM IPANEMA, CIDADE ALTA, CIDADE NATAL E NCLEO DE HAB PARTICIPAO Rondonpolis/MT Investimento: R$ 6,1 milhes Fonte: FAT Proponente: Prefeitura Municipal de Rondonpolis Famlias beneficiadas: 3.262 Principais servios: Equipamentos comunitrios: 02 Escolas, 03 creches, construo, reforma e ampliao de complexo esportivo, e 04 quadras poliesportivas cobertas; Pavimentao e obras virias em 5.034 m.

A interveno tem por objetivo a reduo do dficit habitacional de Rio Branco e a remoo de famlias em situao de risco. Sero produzidas 500 unidades habitacionais, dentre as quais 175 visando a reduo do dficit habitacional e 325 para reassentamento das famlias que vivem em situao de risco.
EM UO

EXEC

64

Urbanizao de Favelas

Obras para recuperao de reas ambientalmente degradadas

Obras para recuperao de reas ambientalmente frgeis


VIA MANGUE Recife PE Investimento: R$ 173,4 milhes Fonte: OGU e FAT Proponente: Prefeitura Municipal de Recife Famlias beneficiadas: 15.400 Principais servios: Produo de 992 unidades habitacionais; Infraestrutura compreendendo: abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, drenagem pluvial, pavimentao e obras virias. A interveno beneficiar 15.400 famlias com a implantao do primeiro trecho da Via Mangue, cuja extenso aproximada de 3 km. Para tanto, ser necessrio o reassentamento de 992 famlias que residem em reas de palafitas, localizadas onde a via ser construda. Esto tambm previstos investimentos em mobilidade urbana, incluso social, regularizao fundiria, recuperao de reas degradadas, construo, ampliao e substituio de redes coletoras de esgoto, ligaes domiciliares de esgoto, estaes elevatrias e ampliao da estao de tratamento de esgoto.
EM UO

EXEC

Urbanizao de Favelas

65

BILLINGS GUARAPIRANGA So Paulo/SP Investimento: R$ 874,3 milhes Fonte: OGU Proponente: Governo do Estado de So Paulo Famlias beneficiadas: 44.343 Principais servios: Produo de 5.340 unidades habitacionais; Melhoria de 1.840 unidades habitacionais; Infraestrutura compreendendo abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, drenagem pluvial, pavimentao e obras virias. A urbanizao integrada de favelas no entorno das represas Billings e Guarapiranga, localizadas na regio sul do municpio de So Paulo, atender 45 reas atravs da recuperao de reas degradadas no entorno dos mananciais, com a implantao de sistema de esgotamento sanitrio, redes elevatrias e coletores tronco beneficiando 44.343 famlias. Alm disso, sero construdas 5.340 unidades habitacionais. As famlias beneficiadas encontramse em reas sujeitas a fatores de risco e insalubridade, tais como: a inexistncia de rampas ou escadas adequadas para utilizao de pedestres, ausncia de um sistema de abastecimento de gua, esgoto e coleta de resduo que atenda a 100% da populao e a degradao ambiental.

66

Urbanizao de Favelas

EM O XECU E

Urbanizao de Favelas

67

BACIA DO BEBERIBE Recife e Olinda/PE Investimento: R$ 527,5 milhes Fonte: OGU e FGTS Proponente: Governo do Estado de Pernambuco, Prefeitura Municipal de Recife e Prefeitura Municipal de Olinda Famlias beneficiadas: 55.177 Principais servios: Produo de 5.123 unidades habitacionais; Melhoria de 1.038 unidades habitacionais; Infraestrutura compreendendo: abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, drenagem pluvial, pavimentao e obras virias; Recuperao de reas degradadas: 163.730,91 m; Equipamentos comunitrios; Dragagem de parte do rio Beberibe: 732.048 m. A interveno atende s famlias que vivem em situao precria, de saneamento e habitao, s margens do rio Rio Beberibe. Elas sero contempladas com obras estruturadoras de saneamento integrado, que contemplam execuo de redes de abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, recuperao de reas degradadas, pavimentao, drenagem, construo de 5.123 moradias, equipamentos comunitrios, melhorias habitacionais, educao ambiental, revitalizao e desassoreamento do Rio Beberibe, totalizando 55.177 famlias beneficiadas.

68

Urbanizao de Favelas

MACIO MORRO DA CRUZ Florianpolis/SC Investimento: R$ 70,7 milhes Fonte: OGU Proponente: Prefeitura Municipal de Florianpolis Famlias beneficiadas: 5.677 Principais servios: Produo de 438 unidades habitacionais; Melhoria de 414 unidades habitacionais; Pavimentao e obras virias em 54.333 m; Infraestrutura compreendendo abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, drenagem pluvial, rede de energia eltrica, iluminao pblica, pavimentao e obras virias; Proteo, conteno e estabilizao de solos em 14.097 m; Recuperao de reas degradadas; Implantao de coleta e destinao final de resduos slidos para as comunidades; Equipamentos comunitrios: Construo de parque, galpo comunitrio para triagem de reciclveis e quadras esportivas.

A urbanizao integrada do Macio do Morro da Cruz envolve 16 comunidades beneficiando 5.677 famlias e compreender o reassentamento de 438 famlias que vivem em reas de risco, 414 melhorias habitacionais, conteno de encostas, redes de gua e esgoto, a implantao de um parque e a recuperao de reas degradadas. Para promover uma melhor acessibilidade dos moradores, ser implantado o transporte vertical e remodelada a infraestrutura viria.

EXEC

EM UO

Urbanizao de Favelas

69

RESIDENCIAL BUENA VISTA E ORLANDO MORAIS Goinia/GO Investimento: R$ 60,7 milhes Fonte: OGU Proponente: Prefeitura Municipal de Goinia Famlias beneficiadas: 2.058 Principais servios: Produo de 2.058 unidades habitacionais; Equipamentos comunitrios: Creche, escola e posto de sade; Infraestrutura urbana compreendendo: abastecimento de gua, sistema de esgotamento sanitrio, pavimentao e obras virias. A interveno visa melhoria das condies de habitabilidade para 2.058 famlias que residem, de forma irregular e desordenada, em reas pblicas localizadas s margens de crregos, em fundos de vale, e em reas de preservao permanente, estando sujeitas a fatores de risco, insalubridade e degradao ambiental. IGARAP TABOQUINHA Belm PA Investimento: R$ 57,2 milhes Fonte: OGU Proponente: Governo do Estado do Par Famlias beneficiadas: 1.862 Principais servios: Produo de 978 unidades habitacionais; Melhoria de 100 unidades habitacionais; Pavimentao e obras virias em 62.264 m; Infraestrutura urbana compreendendo: drenagem pluvial, abastecimento de gua, esgotamento sanitrio,

EXEC

EM UO

redes de energia eltrica e iluminao pblica; Equipamentos comunitrios: Centro comunitrio, praas e quadras de esporte. A interveno promover a remoo das famlias residentes na rea de preservao permanente que est em estado de degradao, e com risco de alagamento, no entorno do Igarap Taboquinha. Sero construdas 978 unidades habitacionais, infraestrutura compreendendo redes de esgoto sanitrio, abastecimento de gua, energia eltrica, sistema virio, drenagem pluvial e implantao de equipamentos de apoio social e de lazer, beneficiando 1.862 famlias.

EXEC

EM UO

70

Urbanizao de Favelas

SURURU DO CAPOTE Macei/AL Investimento: R$ 35,8 milhes Fonte: OGU Proponente: Governo do Estado de Alagoas Famlias beneficiadas: 1.181 Principais servios: Produo de 1.181 unidades habitacionais; Infraestrutura urbana compreendendo: abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, drenagem, pavimentao e obras virias.

BACIA DOS CRREGOS CABAA E SEGREDO Campo Grande/MS Investimento: R$ 33,3 milhes Fonte: OGU Proponente: Prefeitura Municipal de Campo Grande Famlias beneficiadas: 1.518 Principais servios: Produo de 574 unidades habitacionais; Infraestrutura urbana compreendendo drenagem pluvial, rede de energia eltrica, iluminao pblica, pavimentao e obras virias; Equipamentos comunitrios: Parque linear, quadras de esporte, centro de triagem de reciclveis, viveiro de mudas e centro de educao ambiental.

O empreendimento consiste na erradicao da favela do Sururu do Capote, localizada na orla lagunar, e urbanizao desta com reassentamento das famlias em reas contguas identificadas como Vila So Pedro I, II, III, IV e V e rea de reassentamento do Santa Maria. O projeto prev a realocao dos moradores da favela em unidades habitacionais verticalizadas na Vila So Pedro, e unidades horizontais na rea de Santa Maria, perfazendo um total de 1.181. As famlias a serem beneficiadas esto em reas sujeitas a grande insalubridade e impe a orla lagunar sua degradao ambiental, face ao lanamento de esgotos domsticos, acmulo de resduos slidos e assoreamento da lagoa.

EXEC

EM UO

Urbanizao de Favelas

71

VILA DO MAR Fortaleza/CE Investimento: R$ 90,8 milhes Fonte: OGU Proponente: Prefeitura Municipal de Fortaleza Famlias beneficiadas: 5.034 Principais servios: Produo de 1.434 unidades habitacionais; Melhoria de 790 unidades habitacionais; Pavimentao e obras virias em 5.034 m; Urbanizao da orla; Equipamentos comunitrios.

A interveno prev a produo de 346 unidades habitacionais e lotes urbanizados com infraestrutura compreendida por macro-drenagem, esgotamento sanitrio, abastecimento de gua, rede de energia eltrica, iluminao pblica e implantao de sistema virio. Sero objeto de remoo as casas localizadas sobre a faixa de domnio da rodovia RS122, da rua Mrio Lopes e sobre o canal de esgoto Valo do Bragas, onde as famlias esto sujeitas a constantes alagamentos e expostas a contnua situao de insalubridade e risco. Total de 2.546 famlias beneficiadas. IGARAPS: TANQUES, PENA, TANCREDO NEVES E PANTANAL Porto Velho/RO Investimento: R$ 37,8 milhes Fonte: OGU Proponente: Prefeitura Municipal de Porto Velho Famlias beneficiadas: 2.668 Principais servios: Produo de 368 unidades habitacionais; Infraestrutura urbana compreendendo: drenagem pluvial, pavimentao, obras virias e construo de parque infantil. Construo de 368 novas unidades habitacionais e urbanizao beneficiando 2.668 famlias que residem em reas de risco, prximas s margens de vrios igaraps, consideradas reas de preservao permanente, sem infraestrutura bsica.

Um dos principais investimentos em benefcio do municpio de Fortaleza o projeto Vila do Mar. A interveno abrange as reas Barra do Cear, Cristo Redentor e Pirambu. Esto sendo construdas 1.434 unidades habitacionais para o reassentamento das famlias que vivem em rea de risco. Tambm sero recuperadas reas de preservao irregularmente ocupadas na costa oeste de Fortaleza. Alm disso, ser realizada construo de equipamentos comunitrios, urbanizao da orla, pavimentao com obras virias e regularizao fundiria para 5.034 unidades. A ao est permitindo a promoo do ordenamento territorial da rea, elevando os padres de habitabilidade e de qualidade de vida das famlias beneficiadas. FTIMA BAIXO Caxias do Sul/RS Investimento: R$ 41 milhes Fonte: OGU Proponente: Prefeitura Municipal de Caxias do Sul Famlias beneficiadas: 2.546 Principais servios: Produo de 346 unidades habitacionais; Infraestrutura urbana compreendendo: abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, redes de energia eltrica, drenagem pluvial, pavimentao e obras virias; Equipamentos comunitrios.
Urbanizao de Favelas

72

SANTA BRBARA Porto Velho/RO Investimento: R$ 36,5 milhes Fonte: OGU Proponente: Prefeitura Municipal de Porto Velho Famlias beneficiadas: 2.056 Principais servios: Produo de 528 unidades habitacionais; Construo de parque infantil.

BACIA DO SO RAIMUNDO Manaus/AM Investimento: R$ 10,9 milhes Fonte: OGU Proponente: Prefeitura Municipal de Manaus Famlias beneficiadas: 991 Principais servios: Produo de 140 unidades habitacionais; Infraestrutura urbana compreendendo drenagem pluvial e recuperao de reas degradadas.

A ao promover a remoo de famlias que ocupam reas de preservao permanente, s margens do Igarap Santa Brbara, tambm caracterizadas como de risco para moradia, e desprovidas de infraestrutura bsica. Sero construdas 384 novas unidades habitacionais e ser recuperada a rea degradada, beneficiando 2.056 famlias. ARROIO KRUSE So Leopoldo/RS Investimento: R$ 31,7 milhes Fonte: OGU Proponente: Prefeitura Municipal de So Leopoldo Famlias beneficiadas: 1.378 Principais servios: Produo de 594 unidades habitacionais; Infraestrutura compreendendo abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, drenagem pluvial, rede de energia eltrica, iluminao pblica, pavimentao e obras virias; Recuperao de reas degradadas; Equipamentos comunitrios: Centros comunitrios, praas e quadras poliesportivas. A interveno tem por objetivo recuperar o Arroio Kruse e garantir moradia digna para as famlias que atualmente ocupam, de forma irregular, e com risco, as suas margens. Sero construdas 594 unidades habitacionais e ser implantada infraestrutura bsica, incluindo abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, energia eltrica, pavimentao, drenagem pluvial e recuperao das reas degradadas da bacia do arroio Kruse, beneficiando 1.378 famlias.

A populao beneficiria vive em rea de proteo permanente do Igarap do Mind, desprovida de infraestrutura, morando em palafitas situadas em ocupaes imprprias e insalubres. A rea de reassentamento localizada na Zona Norte da cidade, onde sero produzidas 140 Unidades Habitacionais em bairros j urbanizados e povoados, com execuo de melhorias no sistema virio, nas redes de instalao eltrica, nas redes de abastecimento de gua e na recuperao ambiental do local, beneficiando 991 famlias. IGARAP DA LIBERDADE Manacapuru/AM Investimento: R$ 10,9 milhes Fonte: OGU Proponente: Prefeitura Municipal de Manacapuru Famlias beneficiadas: 980 Principais servios: Produo de 160 unidades habitacionais; Infraestrutura urbana compreendendo: drenagem pluvial, abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, redes de energia eltrica, pavimentao, obras virias e recuperao de reas degradadas.

Ao de urbanizao na rea do Canal da Liberdade, que sofre influncia direta da cheia de rios, melhorando as condies de moradias para habitantes de palafitas e beneficiando 980 famlias. O empreendimento contar com a construo de 05 blocos, totalizando 160 unidades habitacionais, obras de urbanizao envolvendo a recuperao ambiental de reas degradadas e implantao de infraestrutura.
Urbanizao de Favelas

73

GUARITUBA Piraquara/PR Investimento: R$ 98,1 milhes Fonte: OGU Proponente: Prefeitura Municipal de Piraquara Famlias beneficiadas: 8.890 Principais servios: Produo de 803 unidades habitacionais; Infraestrutura compreendendo drenagem pluvial, rede de energia eltrica, iluminao pblica, pavimentao e obras virias; Recuperao de reas degradadas; Equipamentos comunitrios. rea de manancial do sistema de abastecimento de gua de Curitiba e Regio Metropolitana, com ocupao inadequada de onde sero realocadas 803 famlias que se encontram em reas de risco, reas sujeitas a alagamento e ambientalmente frgeis ou protegidas. As demais famlias que se encontram em reas com deficincia de infraestrutura sero beneficiadas por aes integradas de urbanizao, que incluem: rede de drenagem pluvial, rede de energia eltrica, pavimentao das vias principais e secundrias, alm de equipamentos comunitrios.

EXEC

EM UO

74

Urbanizao de Favelas

ARROIO BARNAB Gravata/RS Investimento: R$ 38,1 milhes Fonte: OGU Proponente: Prefeitura Municipal de Gravata Famlias beneficiadas: 2.601 Principais servios: Produo de 496 unidades habitacionais; Infraestrutura urbana compreendendo: abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, redes de energia eltrica, drenagem pluvial, pavimentao e obras virias; Recuperao de reas degradadas; Equipamentos comunitrios: Construo de praas e posto de sade.
Urbanizao de Favelas

75

Obras de apoio a expanso de infraestrutura logstica do pas


SANTA MARIA Aracaju/SE Investimento: R$ 68,8 milhes Fonte: OGU e FGTS Proponente: Prefeitura Municipal de Aracaju Famlias beneficiadas: 7.508 Principais servios: Produo de 1.404 unidades habitacionais; Infraestrutura urbana compreendendo: abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, drenagem incluindo micro e macro drenagem de conjuntos habitacionais, pavimentao e obras virias. A interveno tem por objetivo a requalificao urbanstica e ambiental de rea precria, com o reassentamento das famlias ocupantes da faixa do canal Santa Maria, de domnio do gasoduto da Petrobrs, e encostas do Morro do Avio.

EXEC

EM UO

76

Urbanizao de Favelas

VILA DIQUE E VILA NAZAR Porto Alegre/RS Investimento: R$ 90,5 milhes Fonte: OGU e FGTS Proponente: Prefeitura Municipal de Porto Alegre Famlias beneficiadas: 2.676 Principais servios: Produo de 2.676 unidades habitacionais; Infraestrutura compreendendo abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, drenagem pluvial, rede de energia eltrica, iluminao pblica, pavimentao e obras virias; Centro comunitrio. A interveno tem por objetivo a construo de 2.676 unidades habitacionais e obras de infraestrutura que atendero as famlias a serem removidas das proximidades do Aeroporto Internacional Salgado Filho, possibilitando assim, a ampliao da pista de pouso e decolagem.

Urbanizao de Favelas

77

LINHA FRREA ARAX Campina Grande/PB Investimento: R$ 31,2 milhes Fonte: OGU Proponente: Prefeitura Municipal de Campina Grande Famlias beneficiadas: 2.473 Principais servios: Produo de 460 unidades habitacionais; Infraestrutura urbana compreendendo: abastecimento de gua, esgotamento sanitrio e drenagem pluvial; Pavimentao e obras virias em 15.175 m; Equipamentos comunitrios: Campo de futebol, quadra de areia, centro comercial e escola; Obras de conteno em 2.019 m. A interveno beneficia 2.473 famlias que habitam s margens da Linha Frrea, dentro da faixa de domnio da Unio, e que sero reassentadas com a produo de 460 unidades habitacionais aliadas a obras de infraestrutura e equipamentos comunitrios.

78

Urbanizao de Favelas

Obras em patrimnio da Unio


MARGEM ESQUERDA DO RIO ANIL So Luiz/MA Investimento: R$ 288,8 milhes Fonte: OGU Proponente: Governo do Estado do Maranho Famlias beneficiadas: 10.220 Principais servios: Produo de 2.720 unidades habitacionais; Melhoria de 7.500 unidades habitacionais; Infraestrutura urbana compreendendo: drenagem, pavimentao e obras virias; Construo de via margeando toda a rea de interveno; Recuperao de reas degradadas. Projeto com proposta de resgate de vida da comunidade Ribeirinha, localizada Margem esquerda do Rio Anil. Trata-se de grande obra de incluso social, implantada em 15 bairros, de Camboa a Alemanha, cuja rea de interveno encontra-se prxima ao centro histrico, comercial e administrativo da capital Maranhense. As reas so sujeitas a inundao peridica pelas mars e tem sido gradativamente ocupadas pelas populaes carentes, na forma de palafitas e outras sub-moradias. A maioria proveniente de reas quilombolas de Alcntara e dos municpios da Baixada Maranhense, que caracteriza, segundo o IBGE, o maior quilombo urbano da Amrica Latina com uma renda familiar inferior a um salrio mnimo. Compem o escopo do projeto a necessidade de desapropriao/indenizao de benfeitorias de imveis, regularizao fundiria e realizao de trabalho tcnico-social em toda rea de interveno.

Urbanizao de Favelas

79

COLNIA JULIANO MOREIRA Rio de Janeiro/RJ Investimento: R$ 142 milhes Fonte: OGU e FGTS Proponente: Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro Famlias beneficiadas: 6.200 Principais servios: Produo de 480 unidades habitacionais; Aquisio assistida de 287 unidades habitacionais; Construo de 21 equipamentos comunitrios; Infraestrutura urbana compreendendo: abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, drenagem pluvial incluindo retificao de rios, pavimentao e obras virias; Recuperao de 41k m de reas degradadas. A Colnia Juliano Moreira uma rea ocupada por prdios histricos, institucionais, favelas, edificaes residenciais e reas de preservao. A interveno prev a urbanizao de todas as favelas existentes, pavimentao de vias estruturais, canalizao de rios, construo de vila para idosos, restaurao de parte do conjunto histrico, implantao de museu, execuo da regularizao fundiria, realizao de projeto social em toda a rea e construo de 600 unidades habitacionais. No total, sero beneficiadas 6.200 famlias. A concluso da infraestrutura do projeto permitir que, no futuro, as demais reas, no habitadas atualmente, sirvam para reduzir o dficit habitacional com a implantao de novos projetos.

Complementao de obras j iniciadas


AGLOMERADO MORRO DAS PEDRAS E PEDREIRA PRADO LOPES Belo Horizonte/MG Investimento: R$ 162,3 milhes Fonte: FGTS e FAT Proponente: Prefeitura Municipal de Belo Horizonte Famlias beneficiadas: 7.000 Principais servios: Produo de 1.117 unidades habitacionais; Infraestrutura compreendendo: abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, drenagem pluvial, pavimentao e obras virias.

A interveno contempla a urbanizao em duas reas distintas, quais sejam: Aglomerado Morro das Pedras: Localizado na regio oeste da cidade, cujo tempo mdio de ocupao de 80 anos, beneficiar 5.100 famlias, com implantao de sistemas de abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, drenagem pluvial, obras virias, pavimentao, praas e produo de 736 unidades habitacionais. Pedreira Prado Lopes: Localizada na regio noroeste da cidade, cujo tempo mdio de ocupao de mais de 100 anos, beneficiar 1.900 famlias, com implantao de sistemas de abastecimento de gua e esgotamento sanitrio, obras virias, pavimentao, praas e produo 381 unidades habitacionais.

EXEC

EM UO

80

Urbanizao de Favelas

VILA DA BARCA 3 ETAPA Belm/PA Investimento: R$ 51,1 milhes Fonte: OGU Proponente: Prefeitura Municipal de Belm Famlias beneficiadas: 5.574 Principais servios: Produo de 406 unidades habitacionais; Pavimentao e obras virias em 31.250,11 m; Infraestrutura urbana compreendendo: drenagem pluvial, abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, redes de energia eltrica e iluminao pblica; Equipamentos comunitrios: Centro comunitrio, praas e quadras de esporte. A comunidade de Vila da Barca est localizada nas margens do Rio Guam, no bairro do Telgrafo, entre a Baa do Guajar e Avenida Pedro lvares Cabral, com predominncia de moradias construdas originalmente em madeira, e constitui-se na maior concentrao de palafitas do municpio de Belm. A interveno uma continuao de duas etapas anteriores, estando contemplada nesta remoo de mais um grupo de palafitas e moradias localizadas em reas de risco de alagamento com construo de novas unidades habitacionais, beneficiando 5.574 famlias, bem com a continuidade da infraestrutura pblica, de forma a mitigar os passivos e problemas ambientais, de sade pblica e opes de gerao de renda para a comunidade.

EM O XECU E

Urbanizao de Favelas

81

FAVELA MARAVILHA Fortaleza/CE Investimento: R$ 32,4 milhes Fonte: OGU Proponente: Prefeitura Municipal de Fortaleza Famlias beneficiadas: 606 Principais servios: Produo de 606 unidades habitacionais; Infraestrutura urbana compreendendo: esgotamento sanitrio, pavimentao e obras virias; Equipamentos comunitrios. A interveno da favela Maravilha composta por 606 novas moradias destinadas aos moradores da beira do rio Tauape, alm do benefcio para toda a comunidade atravs de equipamentos esportivos e de lazer, urbanizao do Canal do Tauape, infraestrutura com abastecimento da gua, esgotamento sanitrio, drenagem, passarela de acesso ao outro lado da BR-116, pavimentao, regularizao fundiria e recuperao de reas degradadas.

VILA PEL II Santos/SP


82

Investimento: R$ 22 milhes Fonte: OGU Proponente: Prefeitura Municipal de Santos Famlias beneficiadas: 685 Principais servios: Produo de 480 unidades habitacionais; Melhoria de 185 unidades habitacionais; Infraestrutura urbana compreendendo:
Urbanizao de Favelas

abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, redes de energia eltrica, drenagem, pavimentao e obras virias. A interveno visa a retirada das famlias moradoras do canal da Vila Gilda, em reas de risco, com o reassentamento de 480 famlias em novas unidades, consolidao de 185 famlias com a implantao de infraestrutura compreendendo redes de abastecimento de gua, esgotamento sanitrio; pavimentao e obras virias, drenagem, recuperao de reas degradadas e trabalho social.

VILA R, SOSSEGO E AREIO Guaruj/SP Investimento: R$ 15 milhes Fonte: OGU Proponente: Prefeitura Municipal de Guaruj Famlias beneficiadas: 809 Principais servios: Produo de 305 unidades habitacionais; Infraestrutura urbana compreendendo: abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, drenagem, pavimentao e obras virias. Trata-se da urbanizao das reas situadas no Parque Enseada, compreendendo obras de infraestrutura, habitao, aes de regularizao fundiria e trabalho de participao comunitria. A interveno bastante complexa em funo do alto grau de adensamento, com as habitaes distribudas de forma desordenada, em condies insalubres e em reas sujeitas inundaes. Em alguns trechos so formados bolses internos praticamente impenetrveis, privando a populao local de servios urbanos essenciais. Haver remoo de famlias para abertura do sistema virio, sendo estas realocadas dentro do prprio ncleo, evitando-se desta forma quebrar os vnculos de vizinhana e emprego. Outra caracterstica importante

o forte trabalho de participao comunitria, envolvendo toda a comunidade em todas as fases das obras, e com aes de educao ambiental e sanitria, alm de trabalho de gerao de renda, beneficiando ao total 809 famlias. JQUEI E BAIRRO CIDADO So Vicente/SP Investimento: R$ 19,2 milhes Fonte: OGU Proponente: Prefeitura Municipal de So Vicente Famlias beneficiadas: 982 Principais servios: Produo de 368 unidades habitacionais; Infraestrutura urbana compreendendo: abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, drenagem, pavimentao e obras virias.

Reassentamento de 368 famlias que hoje moram em rea de risco, prximo a aterro sanitrio, e urbanizao para 614 famlias que recebero implantao de redes de abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, pavimentao e obras virias, drenagem, recuperao de reas degradadas e trabalho social.

EXEC

EM UO

Urbanizao de Favelas

83

BAIRRO NOVO HORIZONTE Serra/ES Investimento: R$ 13,2 milhes Fonte: OGU Proponente: Prefeitura Municipal de Serra Famlias beneficiadas: 324 Principais servios: Produo de 324 unidades habitacionais; Construo de Centro de educao infantil; Construo de muro divisrio com rea total de 3.726 m; Infraestrutura compreendendo: esgotamento sanitrio, drenagem pluvial, pavimentao e obras virias; Plantio de 15.730 rvores objetivando a recuperao de reas degradadas. O Projeto Novo Horizonte II a segunda etapa da interveno iniciada com o Programa Habitar Brasil BID no bair-

ro de mesmo nome. O projeto visa dar qualidade de vida s famlias, atravs de aes integradas de urbanizao, de trabalho social e recuperao das reas degradadas, solucionando quatro situaes de extrema precariedade habitacional e social: o cortio UNAED, as ocupaes na rea de preservao do Valo do Jacar, as ocupaes nas franjas do Tabuleiro e ruas prximas ao crrego Manguinhos. Alm disso, promover a retirada das famlias, transferindo-as para um conjunto habitacional dotado de infraestrutura e equipamentos urbanos. Os ttulos dos imveis sero entregues aos beneficirios e o trabalho social objetiva a incluso social e a elevao do patamar de cidadania, atravs de mobilizao e organizao comunitrias, educao sanitria e ambiental e gerao de trabalho e renda. As reas de risco sero urbanizadas e protegidas, assim como haver aes de recuperao das reas degradadas, visando dar qualidade de vida s famlias que permanecero no local.

EXEC

EM UO

84

Urbanizao de Favelas

FRICA 1 E 2 ETAPAS Natal/RN Investimento: R$ 12,8 milhes Fonte: OGU Proponente: Prefeitura Municipal de Natal Famlias beneficiadas: 1.108 Principais servios: Produo de 199 unidades habitacionais; Melhoria de 353 unidades habitacionais; Infraestrutura urbana compreendendo: abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, drenagem, pavimentao e obras virias; Equipamentos comunitrios: Centro comunitrio, posto de sade, creche , escola, 02 quadras poliesportivas e 03 centros de atividades econmicas. A rea objeto da interveno est localizada s margens do rio Doce. Uma frao dessa rea, habitada irregularmente, classificada como rea de preservao ambiental. As famlias inseridas nessa rea sero reassentadas em rea adjacente, e as demais sero beneficiadas com obras de urbanizao. A rea ocupada por 1.045 famlias, das quais 71% est abaixo da linha de pobreza.

DOM JOO BATISTA POLIGONAL II Vila Velha/ES Investimento: R$ 8,1 milhes Fonte: OGU Proponente: Prefeitura Municipal de Vila Velha Famlias beneficiadas: 430 Principais servios: Produo de 145 unidades habitacionais; Conteno, enrocamentos e estabilizao de solos em 4.472 m; Infraestrutura compreendendo: esgotamento sanitrio, drenagem pluvial, pavimentao e obras virias. sendo ocupado por habitaes irregulares. Tal situao s comeou a ser modificada a partir dos Projetos de Urbanizao Integrada, primeiro com o Projeto Habitar BID, 1 etapa da interveno, e agora com os Projetos Prioritrios de Investimento do PAC, 2 etapa da interveno. O bairro ainda apresenta problemas de enchentes e deslizamentos resultantes da sua localizao geogrfica contgua plancie litornea, com extensos manguezais, onde tambm se encontra a Reserva Biolgica do Parque Municipal da Manteigueira, que tem sofrido os impactos da ocupao irregular no entorno. Tais problemas sero sanados na 2 etapa do empreendimento, atendendo 430 famlias no total.
Urbanizao de Favelas

O bairro D. Joo Batista e adjacncias, situado s margens do rio Aribiri, est em uma regio sujeita a alagamentos devido a baixa altitude, e em trechos de encostas,

85

86

Urbanizao de Favelas

Urbanizao de Favelas

87

Você também pode gostar