Legislação Brasileira Sobre o MEIO AMBIENTE
Legislação Brasileira Sobre o MEIO AMBIENTE
Legislação Brasileira Sobre o MEIO AMBIENTE
Legislao
Cmara dos
Deputados
Braslia | 2010
Apresentao
Includa entre as mais modernas e mais avanadas
do mundo, a legislao brasileira sobre o meio
ambiente motivo de orgulho para a Cmara dos
Deputados. Isso devido ao esforo com que bus-
camos corresponder s expectativas da sociedade
quanto ao tema que , indubitavelmente, umas
das nossas grandes preocupaes.
Marco Maia
Presidente da Cmara
dos Deputados
Suplentes de Secretrio
Legislao Brasileira
sobre Meio Ambiente
3 edio
DIRETORIA LEGISLATIVA
Diretor Afrsio Vieira Lima Filho
CENTRO DE DOCUMENTAO E INFORMAO
Diretor Adolfo C. A. R. Furtado
COORDENAO EDIES CMARA
Diretora Maria Clara Bicudo Cesar
COORDENAO DE ESTUDOS LEGISLATIVOS
Diretora Lda Maria Louzada Melgao
CONSULTORIA LEGISLATIVA
Diretor Ricardo Jos Pereira Rodrigues
SRIE
Legislao
n. 58
Legislao brasileira sobre meio ambiente. 3. ed. Braslia : Cmara dos Deputados, Edies
Cmara, 2010.
576 p. (Srie legislao ; n. 58)
ISBN 978-85-736-5786-9
CDU 504(81)(094)
NORMAS CONSTITUCIONAIS
Constituio da Repblica Federativa do Brasil
[Dispositivos referentes ao meio ambiente] ................................................................ 13
- CONSTITUIO DA REPBLICA
FEDERATIVA DO BRASIL1 -
............................................................................................................
TTULO II
DOS DIREITOS E GARANTIAS
FUNDAMENTAIS
CAPTULO I
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
Art. 5 Todos so iguais perante a lei, sem distino de
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e
aos estrangeiros residentes no Pas a inviolabilida-
de do direito vida, liberdade, igualdade, se-
gurana e propriedade, nos termos seguintes:
.................................................................................
LXXIII qualquer cidado parte legtima para propor ao
popular que vise a anular ato lesivo ao patrimnio
pblico ou de entidade de que o Estado participe,
moralidade administrativa, ao meio ambiente e
ao patrimnio histrico e cultural, ficando o autor,
salvo comprovada m-f, isento de custas judiciais
e do nus da sucumbncia;
.............................................................................
1
Publicada no Dirio Oficial da Unio de 5 de outubro de 1988.
13
Srie Legislao
TTULO III
DA ORGANIZAO DO ESTADO
CAPTULO II
Da Unio
Art. 20. So bens da Unio:
.............................................................................
II as terras devolutas indispensveis defesa das fron-
teiras, das fortificaes e construes militares, das
vias federais de comunicao e preservao am-
biental, definidas em lei;
.................................................................................................
Art. 23. competncia comum da Unio, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municpios:
.............................................................................
VI proteger o meio ambiente e combater a poluio
em qualquer de suas formas;
VII preservar as florestas, a fauna e a flora;
.............................................................................
Art. 24. Compete Unio, aos Estados e ao Distrito Federal
legislar concorrentemente sobre:
.............................................................................
VI florestas, caa, pesca, fauna, conservao da nature-
za, defesa do solo e dos recursos naturais, proteo
do meio ambiente e controle da poluio;
14
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
.............................................................................
VIII responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao
consumidor, a bens e direitos de valor artstico, es-
ttico, histrico, turstico e paisagstico;
.............................................................................
TTULO IV
DA ORGANIZAO DOS PODERES
............................................................................................................
CAPTULO IV
Das Funes Essenciais Justia
Seo I
Do Ministrio Pblico
....................................................................................................
Art. 129. So funes institucionais do Ministrio Pblico:
.............................................................................
III promover o inqurito civil e a ao civil pblica,
para a proteo do patrimnio pblico e social,
do meio ambiente e de outros interesses difusos
e coletivos;
.............................................................................
15
Srie Legislao
TTULO VII
DA ORDEM ECONMICA E FINANCEIRA
CAPTULO I
Dos Princpios Gerais da Atividade Econmica
Art. 170. A ordem econmica, fundada na valorizao do traba-
lho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar
a todos existncia digna, conforme os ditames da justi-
a social, observados os seguintes princpios:
.............................................................................
2
VI defesa do meio ambiente, inclusive mediante trata-
mento diferenciado conforme o impacto ambiental
dos produtos e servios e de seus processos de ela-
borao e prestao;
....................................................................................................
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade eco-
nmica, o Estado exercer, na forma da lei, as funes
de fiscalizao, incentivo e planejamento, sendo este
determinante para o setor pblico e indicativo para o
setor privado.
...................................................................................
3 O Estado favorecer a organizao da atividade ga-
rimpeira em cooperativas, levando em conta a pro-
teo do meio ambiente e a promoo econmico-
social dos garimpeiros.
..................................................................................
2
Inciso com redao dada pela Emenda Constitucional n 42, de 19-12-2003.
16
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
TTULO VIII
DA ORDEM SOCIAL
............................................................................................................
CAPTULO III
Da Educao, da Cultura e do Desporto
............................................................................................................
Seo II
Da Cultura
Art. 216. Constituem patrimnio cultural brasileiro os bens de
natureza material e imaterial, tomados individualmente
ou em conjunto, portadores de referncia identidade,
ao, memria dos diferentes grupos formadores da
sociedade brasileira, nos quais se incluem:
.............................................................................
V os conjuntos urbanos e stios de valor histrico,
paisagstico, artstico, arqueolgico, paleontolgi-
co, ecolgico e cientfico.
.............................................................................
CAPTULO VI
Do Meio Ambiente
Art. 225. Todos tm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial
sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Pblico
17
Srie Legislao
3
Inciso regulamentado pela Lei n 9.985, de 18-7-2000.
4
Inciso regulamentado pelas Leis nos 9.985, de 18-7-2000, e 11.105, de 24-3-2005.
5
Inciso regulamentado pela Lei n 9.985, de 18-7-2000.
6
Inciso regulamentado pela Lei n 11.105, de 24-3-2005.
7
Idem.
18
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
8
Inciso regulamentado pelas Leis nos 9.985, de 18-7-2000, e 11.794, de 8-10-2008.
19
LEIS, DECRETOS-LEIS E
MEDIDAS PROVISRIAS
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
- LEI N 4.771,
DE 15 DE SETEMBRO DE 19659 -
O Presidente da Repblica
Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1 As florestas existentes no territrio nacional e as de-
mais formas de vegetao, reconhecidas de utilidade
s terras que revestem, so bens de interesse comum
a todos os habitantes do Pas, exercendo-se os direitos
de propriedade, com as limitaes que a legislao em
geral e especialmente esta lei estabelecem.
10
1 As aes ou omisses contrrias s disposies deste
cdigo na utilizao e explorao das florestas e demais
formas de vegetao so consideradas uso nocivo da
propriedade, aplicando-se, para o caso, o procedimen-
to sumrio previsto no art. 275, inciso II, do Cdigo
de Processo Civil.
11
2 Para os efeitos deste cdigo, entende-se por:
I pequena propriedade rural ou posse rural familiar:
aquela explorada mediante o trabalho pessoal do
proprietrio ou posseiro e de sua famlia, admitida
a ajuda eventual de terceiro e cuja renda bruta seja
proveniente, no mnimo, em oitenta por cento, de
9
Publicada no Dirio Oficial da Unio de 16 de setembro de 1965.
10
Pargrafo nico original com redao dada pela Medida Provisria n 2.166-67, de 24-8-2001.
11
Pargrafo acrescido pela Medida Provisria n 2.166-67, de 24-8-2001.
23
Srie Legislao
24
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
12
b) as obras essenciais de infraestrutura destinadas
aos servios pblicos de transporte, saneamento
e energia e aos servios de telecomunicaes e de
radiodifuso; e
c) demais obras, planos, atividades ou projetos pre-
vistos em resoluo do Conselho Nacional de
Meio Ambiente (Conama);
V interesse social:
a) as atividades imprescindveis proteo da integrida-
de da vegetao nativa, tais como: preveno, com-
bate e controle do fogo, controle da eroso, erradica-
o de invasoras e proteo de plantios com espcies
nativas, conforme resoluo do Conama;
b) as atividades de manejo agroflorestal sustentvel pra-
ticadas na pequena propriedade ou posse rural fami-
liar, que no descaracterizem a cobertura vegetal e
no prejudiquem a funo ambiental da rea; e
c) demais obras, planos, atividades ou projetos defi-
nidos em resoluo do Conama;
VI Amaznia Legal: os Estados do Acre, Par, Amazo-
nas, Roraima, Rondnia, Amap e Mato Grosso e
as regies situadas ao norte do paralelo 13 S, dos
Estados de Tocantins e Gois, e ao oeste do meri-
diano de 44 W, do Estado do Maranho.
Art. 2 Consideram-se de preservao permanente, pelo s
efeito desta lei, as florestas e demais formas de vegeta-
o natural situadas:
12
Alnea com redao dada pela Lei n 11.934, de 5-5-2009.
25
Srie Legislao
13
a) ao longo dos rios ou de qualquer curso dgua des-
de o seu nvel mais alto em faixa marginal cuja
largura mnima ser:
1 de 30 (trinta) metros para os cursos dgua de
menos de 10 (dez) metros de largura;
2 de 50 (cinquenta) metros para os cursos dgua
que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) me-
tros de largura;
3 de 100 (cem) metros para os cursos dgua
que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzen-
tos) metros de largura;
4 de 200 (duzentos) metros para os cursos
dgua que tenham de 200 (duzentos) a 600
(seiscentos) metros de largura;
5 de 500 (quinhentos) metros para os cursos
dgua que tenham largura superior a 600
(seiscentos) metros;
b) ao redor das lagoas, lagos ou reservatrios dgua
naturais ou artificiais;
14
c) nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chama-
dos olhos dgua, qualquer que seja a sua situao
topogrfica, num raio mnimo de 50 (cinquenta)
metros de largura;
d) no topo de morros, montes, montanhas e serras;
e) nas encostas ou partes destas, com declividade
superior a 45, equivalente a 100% na linha de
maior declive;
13
Alnea com redao dada pela Lei n 7.803, de 18-7-1989.
14
Idem.
26
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
15
Alnea com redao dada pela Lei n 7.803, de 18-7-1989.
16
Idem.
17
Pargrafo acrescido pela Lei n 7.803, de 18-7-1989.
27
Srie Legislao
18
Artigo acrescido pela Medida Provisria n 2.166-67, de 24-8-2001.
19
Artigo com redao dada pela Medida Provisria n 2.166-67, de 24-8-2001.
28
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
29
Srie Legislao
20
Artigo revogado pela Lei n 9.985, de 18-7-2000.
21
Idem.
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Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
22
Art. 12. Nas florestas plantadas, no consideradas de preserva-
o permanente, livre a extrao de lenha e demais
produtos florestais ou a fabricao de carvo. Nas de-
mais florestas depender de norma estabelecida em ato
do Poder Federal ou Estadual, em obedincia a pres-
cries ditadas pela tcnica e s peculiaridades locais.
Art. 13. O comrcio de plantas vivas, oriundas de florestas, de-
pender de licena da autoridade competente.
Art. 14. Alm dos preceitos gerais a que est sujeita a utilizao das
florestas, o Poder Pblico Federal ou Estadual poder:
a) prescrever outras normas que atendam s peculia-
ridades locais;
23
b) proibir ou limitar o corte das espcies vegetais raras,
endmicas, em perigo ou ameaadas de extino,
bem como as espcies necessrias subsistncia das
populaes extrativistas, delimitando as reas com-
preendidas no ato, fazendo depender de licena
prvia, nessas reas, o corte de outras espcies;
c) ampliar o registro de pessoas fsicas ou jurdicas
que se dediquem extrao, indstria e comrcio
de produtos ou subprodutos florestais.
24
Art. 15. Fica proibida a explorao sob forma emprica das flo-
restas primitivas da bacia amaznica que s podero ser
utilizadas em observncia a planos tcnicos de condu-
o e manejo a serem estabelecidos por ato do Poder
Pblico, a ser baixado dentro do prazo de um ano.
22
Parte final do artigo regulamentada pelo Decreto n 5.975, de 30-11-2006.
23
Alnea com redao dada pela Medida Provisria n 2.166-67, de 24-8-2001.
24
Artigo regulamentado pelo Decreto n 5.975, de 30-11-2006.
31
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25
Art. 16. As florestas e outras formas de vegetao nativa, ressal-
vadas as situadas em rea de preservao permanente,
assim como aquelas no sujeitas ao regime de utili-
zao limitada ou objeto de legislao especfica, so
suscetveis de supresso, desde que sejam mantidas, a
ttulo de reserva legal, no mnimo:
I oitenta por cento, na propriedade rural situada em
rea de floresta localizada na Amaznia Legal;
II trinta e cinco por cento, na propriedade rural si-
tuada em rea de cerrado localizada na Amaznia
Legal, sendo no mnimo vinte por cento na pro-
priedade e quinze por cento na forma de compen-
sao em outra rea, desde que esteja localizada na
mesma microbacia, e seja averbada nos termos do
7 deste artigo;
III vinte por cento, na propriedade rural situada em
rea de floresta ou outras formas de vegetao nati-
va localizada nas demais regies do Pas; e
IV vinte por cento, na propriedade rural em rea de cam-
pos gerais localizada em qualquer regio do Pas.
1 O percentual de reserva legal na propriedade situada
em rea de floresta e cerrado ser definido consideran-
do separadamente os ndices contidos nos incisos I e II
deste artigo.
2 A vegetao da reserva legal no pode ser suprimida,
podendo apenas ser utilizada sob regime de manejo
florestal sustentvel, de acordo com princpios e cri-
trios tcnicos e cientficos estabelecidos no regula-
25
Artigo com redao dada pela Medida Provisria n 2.166-67, de 24-8-2001, e regulamentado pelo
Decreto n 5.975, de 30-11-2006.
32
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
26
Os critrios para o Zoneamento Ecolgico-Econmico do Brasil foram estabelecidos pelo Decreto n 4.297,
de 10-7-2002.
33
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Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
35
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27
Artigo com redao dada pela Lei n 11.284, de 2-3-2006, e regulamentado pelo Decreto n 5.975, de
30-11-2006.
36
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
29
Art. 21. As empresas siderrgicas, de transporte e outras, base
de carvo vegetal, lenha ou outra matria-prima flo-
restal, so obrigadas a manter florestas prprias para
explorao racional ou a formar, diretamente ou por
intermdio de empreendimentos dos quais partici-
pem, florestas destinadas ao seu suprimento.
Pargrafo nico. A autoridade competente fixar para cada
empresa o prazo que lhe facultado para atender ao disposto
neste artigo, dentro dos limites de 5 a 10 anos.
28
Artigo regulamentado pelo Decreto n 5.975, de 30-11-2006.
29
Idem.
37
Srie Legislao
30
Art. 22. A Unio, diretamente, atravs do rgo executivo es-
pecfico, ou em convnio com os Estados e Munic-
pios, fiscalizar a aplicao das normas deste cdigo,
podendo, para tanto, criar os servios indispensveis.
Pargrafo nico. Nas reas urbanas, a que se refere o pargra-
fo nico do art. 2 desta lei, a fiscalizao da competncia
dos Municpios, atuando a Unio supletivamente.
30
Artigo com redao dada pela Lei n 7.803, de 18-7-1989.
38
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
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Srie Legislao
31
Alnea includa pela Lei n 5.870, de 26-3-1973.
32
Pargrafo regulamentado pelo Decreto n 2.661, de 8-7-1998.
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33
Artigo acrescido pela Medida Provisria n 2.166-67, de 24-8-2001.
43
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Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
Art. 42. Dois anos depois da promulgao desta lei, nenhuma au-
toridade poder permitir a adoo de livros escolares de
leitura que no contenham textos de educao florestal,
previamente aprovados pelo Conselho Federal de Educa-
o, ouvido o rgo florestal competente.
1 As estaes de rdio e televiso incluiro, obrigatoria-
mente, em suas programaes, textos e dispositivos de
interesse florestal, aprovados pelo rgo competente
no limite mnimo de cinco (5) minutos semanais, dis-
tribudos ou no em diferentes dias.
2 Nos mapas e cartas oficiais sero obrigatoriamente as-
sinalados os Parques e Florestas Pblicas.
3 A Unio e os Estados promovero a criao e o desen-
volvimento de escolas para o ensino florestal, em seus
diferentes nveis.
Art. 43. Fica instituda a Semana Florestal, em datas fixadas
para as diversas regies do Pas, do decreto federal. Ser
a mesma comemorada, obrigatoriamente, nas escolas e
estabelecimentos pblicos ou subvencionados, atravs
de programas objetivos em que se ressalte o valor das
florestas, face aos seus produtos e utilidades, bem como
sobre a forma correta de conduzi-las e perpetu-las.
Pargrafo nico. Para a Semana Florestal sero programadas
reunies, conferncias, jornadas de reflorestamento e outras
solenidades e festividades com o objetivo de identificar as flo-
restas como recurso natural renovvel, de elevado valor social
e econmico.
45
Srie Legislao
36
Art. 44. O proprietrio ou possuidor de imvel rural com rea
de floresta nativa, natural, primitiva ou regenerada ou
outra forma de vegetao nativa em extenso inferior
ao estabelecido nos incisos I, II, III e IV do art. 16,
ressalvado o disposto nos seus 5 e 6, deve adotar
as seguintes alternativas, isoladas ou conjuntamente:
I recompor a reserva legal de sua propriedade me-
diante o plantio, a cada trs anos, de no mnimo
1/10 da rea total necessria sua complementa-
o, com espcies nativas, de acordo com critrios
estabelecidos pelo rgo ambiental estadual com-
petente;
II conduzir a regenerao natural da reserva legal; e
III compensar a reserva legal por outra rea equivalen-
te em importncia ecolgica e extenso, desde que
pertena ao mesmo ecossistema e esteja localizada
na mesma microbacia, conforme critrios estabele-
cidos em regulamento.
1 Na recomposio de que trata o inciso I, o rgo am-
biental estadual competente deve apoiar tecnicamente
a pequena propriedade ou posse rural familiar.
2 A recomposio de que trata o inciso I pode ser realiza-
da mediante o plantio temporrio de espcies exticas
como pioneiras, visando a restaurao do ecossistema
original, de acordo com critrios tcnicos gerais esta-
belecidos pelo Conama.
3 A regenerao de que trata o inciso II ser autorizada,
pelo rgo ambiental estadual competente, quando
36
Artigo com redao dada pela Medida Provisria n 2.166-67, de 24-8-2001.
46
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
37
Pargrafo com redao dada pela Lei n 11.428, de 22-12-2006.
38
Artigo acrescido pela Medida Provisria n 2.166-67, de 24-8-2001.
47
Srie Legislao
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Art. 44-C. O proprietrio ou possuidor que, a partir da vigncia
da Medida Provisria n 1.736-31, de 14 de dezem-
bro de 1998, suprimiu, total ou parcialmente flores-
tas ou demais formas de vegetao nativa, situadas no
interior de sua propriedade ou posse, sem as devidas
autorizaes exigidas por lei, no pode fazer uso dos
benefcios previstos no inciso III do art. 44.
39
Artigo acrescido pela Medida Provisria n 2.166-67, de 24-8-2001.
40
Idem.
48
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
41
Art. 45. Ficam obrigados ao registro no Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis
(Ibama) os estabelecimentos comerciais responsveis
pela comercializao de motosserras, bem como aque-
les que adquirirem este equipamento.
1 A licena para o porte e uso de motosserras ser re-
novada a cada 2 (dois) anos perante o Instituto Bra-
sileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renovveis (Ibama).
2 Os fabricantes de motosserras ficam obrigados, a par-
tir de 180 (cento e oitenta) dias da publicao desta
lei, a imprimir, em local visvel deste equipamento,
numerao cuja sequncia ser encaminhada ao Ins-
tituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renovveis (Ibama) e constar das corres-
pondentes notas fiscais.
3 A comercializao ou utilizao de motosserras sem a
licena a que se refere este artigo constitui crime con-
tra o meio ambiente, sujeito pena de deteno de
1 (um) a 3 (trs) meses e multa de 1 (um) a 10 (dez)
salrios mnimos de referncia e a apreenso da motos-
serra, sem prejuzo da responsabilidade pela reparao
dos danos causados.
42
Art. 46. No caso de florestas plantadas, o Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov-
veis (Ibama) zelar para que seja preservada, em cada
Municpio, rea destinada produo de alimentos
bsicos e pastagens, visando ao abastecimento local.
41
Artigo acrescido pela Lei n 7.803, de 18-7-1989.
42
Idem.
49
Srie Legislao
43
Art. 47. O Poder Executivo promover, no prazo de 180 dias, a
reviso de todos os contratos, convnios, acordos e con-
cesses relacionados com a explorao florestal em geral,
a fim de ajust-las s normas adotadas por esta lei.
44
Art. 48. Fica mantido o Conselho Florestal Federal, com sede
em Braslia, como rgo consultivo e normativo da
poltica florestal brasileira.
Pargrafo nico. A composio e atribuies do Conselho
Florestal Federal, integrado, no mximo, por 12 (doze) mem-
bros, sero estabelecidas por decreto do Poder Executivo.
45
Art. 49. Poder Executivo regulamentar a presente lei, no que
for julgado necessrio sua execuo.
46
Art. 50. Esta lei entrar em vigor 120 (cento e vinte) dias aps a
data de sua publicao, revogados o Decreto n 23.793,
de 23 de janeiro de 1934 (Cdigo Florestal) e demais
disposies em contrrio.
43
Art. 45 renumerado para 47 pela Lei n 7.803, de 18-7-1989.
44
Art. 46 renumerado para 48 pela Lei n 7.803, de 18-7-1989.
45
Art. 47 renumerado para 49 pela Lei n 7.803, de 18-7-1989.
46
Art. 48 renumerado para 50 pela Lei n 7.803, de 18-7-1989.
50
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
- LEI N 5.197,
DE 3 DE JANEIRO DE 196747 -
O Presidente da Repblica
Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1 Os animais de quaisquer espcies, em qualquer fase do
seu desenvolvimento e que vivem naturalmente fora
do cativeiro, constituindo a fauna silvestre, bem como
seus ninhos, abrigos e criadouros naturais so proprie-
dades do Estado, sendo proibida a sua utilizao, per-
seguio, destruio, caa ou apanha.
1 Se peculiaridades regionais comportarem o exerccio
da caa, a permisso ser estabelecida em ato regula-
mentador do Poder Pblico Federal.
2 A utilizao, perseguio, caa ou apanha de espcies
da fauna silvestre em terras de domnio privado, mes-
mo quando permitidas na forma do pargrafo ante-
rior, podero ser igualmente proibidas pelos respecti-
vos proprietrios, assumindo estes a responsabilidade
da fiscalizao de seus domnios. Nestas reas, para a
prtica do ato de caa necessrio o consentimento
expresso ou tcito dos proprietrios, nos termos dos
arts. 594, 595, 596, 597 e 598 do Cdigo Civil.
Art. 2 proibido o exerccio da caa profissional.
47
Publicada no Dirio Oficial da Unio de 5 de janeiro de 1967.
51
Srie Legislao
48
Pargrafo acrescido pela Lei n 9.111, de 10-10-1995.
49
Artigo revogado pela Lei n 9.985, de 18-7-2000.
52
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
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Srie Legislao
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Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
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Srie Legislao
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Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
50
Artigo com redao dada pela Lei n 7.653, de 3-2-1988.
57
Srie Legislao
51
Pargrafo revogado pela Lei n 7.679, de 23-11-1988.
52
O veto incide sobre a expresso na forma do pargrafo nico do art. 81 do Decreto-lei n 941, de 18 de
outubro de 1969.
58
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
59
Srie Legislao
54
Art. 34. Os crimes previstos nesta lei so inafianveis e sero
apurados mediante processo sumrio, aplicando-se,
no que couber, as normas do ttulo II, captulo V, do
Cdigo de Processo Penal.
Art. 35. Dentro de dois anos a partir da promulgao desta
lei, nenhuma autoridade poder permitir a adoo de
livros escolares de leitura que no contenham textos
sobre a proteo da fauna, aprovados pelo Conselho
Federal de Educao.
1 Os programas de ensino de nvel primrio e mdio de-
vero contar pelo menos com duas aulas anuais sobre
a matria a que se refere o presente artigo.
2 Igualmente os programas de rdio e televiso devero in-
cluir textos e dispositivos aprovados pelo rgo pblico
federal competente, no limite mnimo de cinco minutos
semanais, distribudos ou no, em diferentes dias.
53
Artigo com redao dada pela Lei n 7.653, de 3-2-1988.
54
Idem.
60
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
61
Srie Legislao
- LEI N 6.225,
DE 14 DE JULHO DE 197555 -
O Presidente da Repblica
Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Art 1 O Ministrio da Agricultura, dentro do prazo de 180
(cento e oitenta) dias, discriminar regies cujas terras
somente podero ser cultivadas, ou por qualquer forma
exploradas economicamente, mediante prvia execuo
de planos de proteo ao solo e de combate eroso.
Pargrafo nico. A discriminao de terras de que trata este
artigo poder ser renovada anualmente.
55
Publicada no Dirio Oficial da Unio, Seo 1, de 15 de julho de 1975 e regulamentada pelo Decreto
n 77.775, de 8-6-1976.
62
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
56
O veto incide sobre a expresso no pargrafo anterior.
57
O veto incide sobre a expresso de delegao.
63
Srie Legislao
64
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
- DECRETO-lei N 1.413,
DE 14 DE AGOSTO DE 197558 -
Dispe sobre o controle da poluio do meio ambiente
provocada por atividades industriais.
58
Publicado no Dirio Oficial da Unio de 14 de agosto de 1975. Texto aprovado pelo Decreto Legislativo
n 80, de 23-9-1975.
59
As medidas de preveno e controle da poluio industrial de que trata este decreto-lei esto definidas no
Decreto n 76.389, de 3-10-1975.
65
Srie Legislao
66
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
- LEI N 6.803,
DE 2 DE JULHO DE 198060 -
Dispe sobre as diretrizes bsicas para o zoneamento indus-
trial nas reas crticas de poluio, e d outras providncias.
O Presidente da Repblica
Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1 Nas reas crticas de poluio a que se refere o art. 4
do Decreto-lei n 1.413, de 14 de agosto de 1975, as
zonas destinadas instalao de indstrias sero defi-
nidas em esquema de zoneamento urbano, aprovado
por lei, que compatibilize as atividades industriais com
a proteo ambiental.
1 As zonas de que trata este artigo sero classificadas nas
seguinte categorias:
a) zonas de uso estritamente industrial;
b) zonas de uso predominantemente industrial;
c) zonas de uso diversificado.
2 As categorias de zonas referidas no pargrafo anterior
podero ser divididas em subcategorias, observadas as
peculiaridades das reas crticas a que pertenam e a
natureza das indstrias nelas instaladas.
3 As indstrias ou grupos de indstrias j existentes, que
no resultarem confinadas nas zonas industriais defini-
das de acordo com esta lei, sero submetidas instala-
o de equipamentos especiais de controle e, nos casos
mais graves, relocalizao.
60
Publicada no Dirio Oficial da Unio de 3 de julho de 1980 e retificada em 8 de julho de 1980.
67
Srie Legislao
68
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
61
A Lei n 7.804, de 18-7-1989, determinou a substituio, onde couber nos dispositivos desta lei, da
expresso Secretaria Especial do Meio Ambiente (Sema) por Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
Recursos Naturais Renovveis (Ibama).
69
Srie Legislao
70
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
71
Srie Legislao
72
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
73
Srie Legislao
- LEI N 6.902,
DE 27 DE ABRIL DE 198162 -
O Presidente da Repblica
Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1 Estaes Ecolgicas so reas representativas de ecossiste-
mas brasileiros, destinadas realizao de pesquisas bsi-
cas e aplicadas de Ecologia, proteo do ambiente natu-
ral e ao desenvolvimento da educao conservacionista.
1 90% (noventa por cento) ou mais da rea de cada Esta-
o Ecolgica ser destinada, em carter permanente,
e definida em ato do Poder Executivo, preservao
integral da biota.
2 Na rea restante, desde que haja um plano de zoneamen-
to aprovado, segundo se dispuser em regulamento, pode-
r ser autorizada a realizao de pesquisas ecolgicas que
venham a acarretar modificaes no ambiente natural.
3 As pesquisas cientficas e outras atividades realizadas
nas Estaes Ecolgicas levaro sempre em conta a
necessidade de no colocar em perigo a sobrevivncia
das populaes das espcies ali existentes.
Art. 2 As Estaes Ecolgicas sero criadas pela Unio, Es-
tados e Municpios, em terras de seus domnios, de-
62
Publicada no Dirio Oficial da Unio de 28 de abril de 1981 e regulamentada pelo Decreto n 99.274,
de 6-6-1990.
74
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
63
A Lei n 7.804, de 18-7-1989, determinou a substituio, onde couber nos dispositivos desta lei, da
expresso Secretaria Especial do Meio Ambiente (Sema) por Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
Recursos Naturais Renovveis (Ibama).
75
Srie Legislao
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Srie Legislao
78
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
- LEI N 6.938,
DE 31 DE AGOSTO DE 198164 -
O Presidente da Repblica
Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
65
Art 1 Esta lei, com fundamento nos incisos VI e VII do art. 23
e no art. 23566 da Constituio, estabelece a Poltica
Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos
de formulao e aplicao, constitui o Sistema Na-
cional do Meio Ambiente (Sisnama) e institui o Ca-
dastro de Defesa Ambiental.
64
Publicada no Dirio Oficial da Unio de 2 de setembro de 1981 e regulamentada pelo Decreto n 99.274,
de 6-6-1990.
65
Artigo com redao dada pela Lei n 8.028, de 12-4-1990.
66
O art. 235 foi equivocadamente citado. no art. 225 que a Constituio dispe sobre o meio ambiente.
79
Srie Legislao
67
Inciso regulamentado pelo Decreto n 97.632, de 10-4-1989.
80
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81
Srie Legislao
69
Inciso regulamentado pelo Decreto n 5.975, de 30-11-2006.
82
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
70
Inciso com redao dada pela Lei n 8.028, de 12-4-1990.
71
Idem.
72
Idem.
83
Srie Legislao
73
Inciso com redao dada pela Lei n 8.028, de 12-4-1990.
74
Inciso com redao dada pela Lei n 7.804, de 18-7-1989.
75
Inciso acrescido pela Lei n 7.804, de 18-7-1989.
84
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
76
A Lei n 7.804, de 18-7-1989, determinou a substituio, onde couber nos dispositivos desta lei, da
expresso Secretaria Especial do Meio Ambiente (Sema) por Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
Recursos Naturais Renovveis (Ibama).
77
Artigo revogado pela Lei n 8.028, de 12-4-1990.
78
Caput com redao dada pela Lei n 8.028, de 12-4-1990.
79
Inciso com redao dada pela Lei n 8.028, de 12-4-1990.
85
Srie Legislao
80
O veto incide sobre a expresso quando se constatarem danos a terceiros, a homologao s poder ser
feita mediante prova de indenizao aos lesados.
81
Pargrafo acrescido pela Lei n 8.028, de 12-4-1990.
86
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
DOS INSTRUMENTOS DA
POLTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
Art. 9 So Instrumentos da Poltica Nacional do Meio Ambiente:
I o estabelecimento de padres de qualidade ambiental;
82
II o zoneamento ambiental;
III a avaliao de impactos ambientais;
IV o licenciamento e a reviso de atividades efetiva ou
potencialmente poluidoras;
V os incentivos produo e instalao de equipa-
mentos e a criao ou absoro de tecnologia, vol-
tados para a melhoria da qualidade ambiental;
83
VI a criao de espaos territoriais especialmente pro-
tegidos pelo Poder Pblico federal, estadual e mu-
nicipal, tais como reas de proteo ambiental, de
relevante interesse ecolgico e reservas extrativistas;
VII o sistema nacional de informaes sobre o meio
ambiente;
VIII o Cadastro Tcnico Federal de Atividades e Instru-
mento de Defesa Ambiental;
IX as penalidades disciplinares ou compensatrias no
cumprimento das medidas necessrias preserva-
o ou correo da degradao ambiental;
84
X a instituio do Relatrio de Qualidade do Meio
Ambiente, a ser divulgado anualmente pelo Instituto
82
Inciso regulamentado pelo Decreto n 4.297, de 10-7-2002.
83
Inciso com redao dada pela Lei n 7.804, de 18-7-1989.
84
Inciso acrescido pela Lei n 7.804, de 18-7-1989.
87
Srie Legislao
85
Inciso acrescido pela Lei n 7.804, de 18-7-1989.
86
Idem.
87
Inciso acrescido pela Lei n 11.284, de 2-3-2006.
88
Idem.
88
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
89
Caput com redao dada pela Lei n 7.804, de 18-7-1989.
89
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90
Pargrafo com redao dada pela Lei n 7.804, de 18-7-1989.
90
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91
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91
Pargrafo revogado pela Lei n 9.966, de 28-4-2000.
92
Pargrafo acrescido pela Lei n 11.284, de 2-3-2006.
93
Artigo com redao dada pela Lei n 7.804, de 18-7-1989.
92
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
94
Artigo revogado pela Lei n 7.804, de 18-7-1989.
95
Artigo com redao dada pela Lei n 7.804, de 18-7-1989.
93
Srie Legislao
96
Artigo acrescido pela Lei n 9.960, de 28-1-2000.
97
Artigo acrescido pela Lei n 9.960, de 28-1-2000, e com redao dada pela Lei n 10.165, de 27-12-2000.
98
Idem.
94
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
99
Artigo acrescido pela Lei n 9.960, de 28-1-2000, e com redao dada pela Lei n 10.165, de 27-12-2000.
95
Srie Legislao
100
Art. 17-E. o Ibama autorizado a cancelar dbitos de valores in-
feriores a R$ 40,00 (quarenta reais), existentes at 31
de dezembro de 1999.
101
Art. 17-F. So isentas do pagamento da TCFA as entidades p-
blicas federais, distritais, estaduais e municipais, as
entidades filantrpicas, aqueles que praticam agricul-
tura de subsistncia e as populaes tradicionais.
102
Art. 17-G. A TCFA ser devida no ltimo dia til de cada trimestre
do ano civil, nos valores fixados no anexo IX desta lei, e o
recolhimento ser efetuado em conta bancria vinculada
ao Ibama, por intermdio de documento prprio de ar-
recadao, at o quinto dia til do ms subsequente.
103
1 (Revogado.)
104
2 Os recursos arrecadados com a TCFA tero utilizao res-
trita em atividades de controle e fiscalizao ambiental.
Art. 17-H. A TCFA no recolhida nos prazos e nas condies es-
105
100
Artigo acrescido pela Lei n 9.960, de 28-1-2000.
101
Artigo acrescido pela Lei n 9.960, de 28-1-2000, e com redao dada pela Lei n 10.165, de 27-12-2000.
102
Idem.
103
Pargrafo nico revogado pela lei n 10.165, de 27-12-2000, e renumerado para 1 em conformidade
com a Lei n 11.284, de 2-3-2006.
104
Pargrafo acrescido pela Lei n 11.284, de 2-3-2006.
105
Artigo acrescido pela Lei n 9.960, de 28-1-2000, e com redao dada pela Lei n 10.165, de 27-12-2000.
96
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
107
Art. 17-J. (Revogado.)
106
Artigo acrescido pela Lei n 9.960, de 28-1-2000, e com redao dada pela Lei n 10.165, de 27-12-2000.
107
Artigo acrescido pela Lei n 9.960, de 28-1-2000, e revogado pela Lei n 10.165, de 27-12-2000.
97
Srie Legislao
108
Art. 17-L. As aes de licenciamento, registro, autorizaes, conces-
ses e permisses relacionadas fauna, flora, e ao con-
trole ambiental so de competncia exclusiva dos rgos
integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente.
Art. 17-M. Os preos dos servios administrativos prestados pelo
109
108
Artigo acrescido pela Lei n 9.960, de 28-1-2000.
109
Idem.
110
Idem.
111
Artigo acrescido pela Lei n 9.960, de 28-1-2000, e com redao dada pela Lei n 10.165, de 27-12-2000.
98
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112
Artigo acrescido pela Lei n 10.165, de 27-12-2000.
99
Srie Legislao
113
Artigo acrescido pela Lei n 10.165, de 27-12-2000.
114
Artigo revogado pela Lei n 9.985, de 18-7-2000.
115
Artigo acrescido pela Lei n 7.804, de 18-7-1989 (o art. 19 original foi vetado).
100
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
Anexo VIII116
Atividades Potencialmente Poluidoras e Utilizadoras
de Recursos Ambientais
Cdigo Categoria Descrio Pp/gu
01 Extrao e pesquisa mineral com guia de utili- Alto
Tratamento zao; lavra a cu aberto, inclusive de
de Minerais aluvio, com ou sem beneficiamento;
lavra subterrnea com ou sem benefi-
ciamento, lavra garimpeira, perfurao
de poos e produo de petrleo e gs
natural.
02 Indstria de beneficiamento de minerais no Mdio
Produtos Mi- metlicos, no associados a extrao;
nerais No fabricao e elaborao de produtos
Metlicos minerais no metlicos tais como pro-
duo de material cermico, cimento,
gesso, amianto, vidro e similares.
03 Indstria fabricao de ao e de produtos side- Alto
Metalrgica rrgicos, produo de fundidos de ferro
e ao, forjados, arames, relaminados
com ou sem tratamento; de superfcie,
inclusive galvanoplastia, metalurgia
dos metais no ferrosos, em formas
primrias e secundrias, inclusive ouro;
produo de laminados, ligas, artefatos
de metais no ferrosos com ou sem
tratamento de superfcie, inclusive gal-
vanoplastia; relaminao de metais no
ferrosos, inclusive ligas, produo de
soldas e anodos; metalurgia de metais
preciosos; metalurgia do p, inclusive
peas moldadas; fabricao de
116
Anexo acrescido pela Lei n 10.165, de 27-12-2000. Esta lei possui outros anexos que no foram consi-
derados relevantes publicao.
101
Srie Legislao
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Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
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Srie Legislao
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Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
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Srie Legislao
20 Uso de 116
silvicultura; explorao econmica Mdio
Recursos da madeira ou lenha e subprodutos
Naturais florestais; importao ou exportao
da fauna e flora nativas brasileiras;
atividade de criao e explorao
econmica de fauna extica e de fauna
silvestre; utilizao do patrimnio ge-
ntico natural; explorao de recursos
aquticos vivos; introduo de espcies
exticas, exceto para melhoramento
gentico vegetal e uso na agricultura;
introduo de espcies geneticamente
modificadas previamente identificadas
pela CTNBio como potencialmente
causadoras de significativa degradao
do meio ambiente; uso da diversida-
de biolgica pela biotecnologia em
atividades previamente identificadas
pela CTNBio como potencialmente
causadoras de significativa degradao
do meio ambiente.
21 (Vetado.) x x
22 (Vetado.) x x
117
Descrio com nova redao dada pela lei n 11.105, de 24-3-2005.
106
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
- LEI N 7.365,
DE 13 DE SETEMBRO DE 1985118 -
O Presidente da Repblica
Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1 As empresas industriais do setor de detergentes so-
mente podero produzir detergentes no poluidores
(biodegradveis).
Art. 2 A partir da vigncia desta lei, fica proibida a importa-
o de detergentes no biodegradveis.
Art. 3 Esta lei entra em vigor na data de sua publicao.
Art. 4 Revogam-se as disposies em contrrio.
118
Publicada no Dirio Oficial da Unio de 16 de setembro de 1985.
107
Srie Legislao
- LEI N 7.643,
DE 18 DE DEZEMBRO DE 1987119 -
O Presidente da Repblica
Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1 Fica proibida a pesca, ou qualquer forma de moles-
tamento intencional, de toda espcie de cetceo nas
guas jurisdicionais brasileiras.
Art. 2 A infrao ao disposto nesta lei ser punida com a
pena de 2 (dois) a 5 (cinco) anos de recluso e multa
de 50 (cinquenta) a 100 (cem) Obrigaes do Tesouro
Nacional (OTN), com perda da embarcao em favor
da Unio, em caso de reincidncia.
Art. 3 O Poder Executivo regulamentar esta lei no prazo de
60 (sessenta) dias, contados de sua publicao.
Art. 4 Esta lei entra em vigor na data de sua publicao.
Art. 5 Revogam-se as disposies em contrrio.
119
Publicada no Dirio Oficial da Unio de 21 de dezembro de 1987.
108
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
- LEI N 7.661,
DE 16 DE MAIO DE 1988120 -
O Presidente da Repblica
Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1 Como parte integrante da Poltica Nacional para os
Recursos do Mar (PNRM) e Poltica Nacional do
Meio Ambiente (PNMA), fica institudo o Plano Na-
cional de Gerenciamento Costeiro (PNGC).
Art. 2 Subordinando-se aos princpios e tendo em vista os
objetivos genricos da PNMA, fixados respectivamen-
te nos arts. 2 e 4 da Lei n 6.938, de 31 de agosto
de 1981, o PNGC visar especificamente a orientar a
utilizao nacional dos recursos na Zona Costeira, de
forma a contribuir para elevar a qualidade da vida de
sua populao, e a proteo do seu patrimnio natu-
ral, histrico, tnico e cultural.
Pargrafo nico. Para os efeitos desta lei, considera-se Zona
Costeira o espao geogrfico de interao do ar, do mar e da ter-
ra, incluindo seus recursos renovveis ou no, abrangendo uma
faixa martima e outra terrestre, que sero definida pelo Plano.
120
Publicada no Dirio Oficial da Unio de 18 de maio de 1988 e regulamentada pelo Decreto n 5.300,
de 7-12-2004.
109
Srie Legislao
110
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
111
Srie Legislao
121
O veto incide sobre a expresso ou extrajudiciais.
112
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
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- LEI N 7.735,
DE 22 DE FEVEREIRO DE 1989122 -
114
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
124
Artigo com redao dada pela Lei n 7.957, de 20-12-1989.
115
Srie Legislao
116
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
- LEI N 7.754,
DE 14 DE ABRIL DE 1989125 -
O Presidente da Repblica
Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1 So consideradas de preservao permanente, na for-
ma da Lei n 4.771, de 15 de setembro de 1965, as flo-
restas e demais formas de vegetao natural existentes
nas nascentes dos rios.
Art. 2 Para os fins do disposto no artigo anterior, ser cons-
tituda, nas nascentes dos rios, uma rea em forma de
paralelograma, denominada Paralelograma de Cober-
tura Florestal, na qual so vedadas a derrubada de r-
vores e qualquer forma de desmatamento.
1 Na hiptese em que, antes da vigncia desta lei, tenha
havido derrubada de rvores e desmatamento na rea
integrada no Paralelograma de Cobertura Florestal,
dever ser imediatamente efetuado o reflorestamento,
com espcies vegetais nativas da regio.
2 (Vetado.)
Art. 3 As dimenses dos Paralelogramas de Cobertura Flo-
restal sero fixadas em regulamento, levando-se em
considerao o comprimento e a largura dos rios cujas
nascentes sero protegidas.
125
Publicada no Dirio Oficial da Unio de 18 de abril de 1989.
117
Srie Legislao
Art. 5 (Vetado.)
Art. 6 Esta lei entra em vigor na data de sua publicao.
Art. 7 Revogam-se as disposies em contrrio.
118
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
- LEI N 7.797,
DE 10 DE JULHO DE 1989126 -
O Presidente da Repblica
Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1 Fica institudo o Fundo Nacional de Meio Ambiente,
com o objetivo de desenvolver os projetos que visem
ao uso racional e sustentvel de recursos naturais, in-
cluindo a manuteno, melhoria ou recuperao da
qualidade ambiental no sentido de elevar a qualidade
de vida da populao brasileira.
Art. 2 Constituiro recursos do Fundo Nacional de Meio
Ambiente de que trata o art. 1 desta lei:
I dotaes oramentrias da Unio;
II recursos resultantes de doaes, contribuies em
dinheiro, valores, bens mveis e imveis, que venha
a receber de pessoas fsicas e jurdicas;
III rendimentos de qualquer natureza, que venha a au-
ferir como remunerao decorrente de aplicaes
do seu patrimnio;
IV outros, destinados por lei.
126
Publicada no Dirio Oficial da Unio de 11 de julho de 1989 e regulamentada pelo Decreto n 3.524,
de 26-6-2000.
119
Srie Legislao
127
Pargrafo nico. (Revogado.)
127
Pargrafo revogado pela Lei n 8.134, de 27-12-1990.
128
Artigo com redao dada pela Lei n 8.024, de 12-4-1990.
120
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
121
Srie Legislao
- LEI N 7.802,
DE 11 DE JULHO DE 1989129 -
O Presidente da Repblica
Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1 A pesquisa, a experimentao, a produo, a embala-
gem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a
comercializao, a propaganda comercial, a utilizao,
a importao, a exportao, o destino final dos resdu-
os e embalagens, o registro, a classificao, o controle,
a inspeo e a fiscalizao de agrotxicos, seus compo-
nentes e afins, sero regidos por esta lei.
Art. 2 Para os efeitos desta lei, consideram-se:
I agrotxicos e afins:
a) os produtos e os agentes de processos fsicos, qumi-
cos ou biolgicos, destinados ao uso nos setores de
produo, no armazenamento e beneficiamento de
produtos agrcolas, nas pastagens, na proteo de
florestas, nativas ou implantadas, e de outros ecos-
129
Publicada no Dirio Oficial da Unio de 12 de julho de 1989 e regulamentada pelo Decreto n 4.074,
de 4-1-2002.
122
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
123
Srie Legislao
124
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
125
Srie Legislao
130
Inciso com redao dada pela Lei n 9.974, de 6-6-2000.
131
Pargrafo acrescido pela Lei n 9.974, de 6-6-2000.
126
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
127
Srie Legislao
136
Pargrafo acrescido pela Lei n 9.974, de 6-6-2000.
137
Caput com redao dada pela Lei n 9.974, de 6-6-2000.
128
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
138
Alnea com redao dada pela Lei n 9.974, de 6-6-2000.
129
Srie Legislao
130
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
131
Srie Legislao
139
Artigo acrescido pela Lei n 9.974, de 6-6-2000.
132
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
140
Caput com redao dada pela Lei n 9.974, de 6-6-2000.
141
Alnea com redao dada pela Lei n 9.974, de 6-6-2000.
142
Idem.
133
Srie Legislao
143
Alnea com redao dada pela Lei n 9.974, de 6-6-2000.
144
Artigo com redao dada pela Lei n 9.974, de 6-6-2000.
134
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
135
Srie Legislao
145
Pargrafo acrescido pela Lei n 9.974, de 6-6-2000.
136
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
- LEI N 8.723,
DE 28 DE OUTUBRO DE 1993146 -
O Presidente da Repblica
Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1 Como parte integrante da Poltica Nacional de Meio
Ambiente, os fabricantes de motores e veculos auto-
motores e os fabricantes de combustveis ficam obri-
gados a tomar as providncias necessrias para reduzir
os nveis de emisso de monxido de carbono, xido
de nitrognio, hidrocarbonetos, lcoois, aldedos, fuli-
gem, material particulado e outros compostos poluen-
tes nos veculos comercializados no Pas, enquadran-
do-se aos limites fixados nesta lei e respeitando, ainda,
os prazos nela estabelecidos.
Art. 2 So os seguintes os limites e prazos a que se refere o
artigo anterior:
I (vetado);
II para os veculos leves fabricados a partir de 1 de
janeiro de 1997, os limites para nveis de emisso
de gases de escapamento so:
a) 2,0 g/km de monxido de carbono (CO);
b) 0,3 g/km de hidrocarbonetos (HC);
146
Publicada no Dirio Oficial da Unio de 29 de outubro de 1993.
137
Srie Legislao
138
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
139
Srie Legislao
140
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
Art. 8 (Vetado.)
141
Srie Legislao
147
Art. 9 fixado em vinte e dois por cento o percentual obri-
gatrio de adio de lcool etlico anidro combustvel
gasolina em todo o territrio nacional.
1 O Poder Executivo poder elevar o referido percentual
148
147
Artigo com redao dada pela Lei n 10.203, de 22-2-2001.
148
Pargrafo com redao dada pela Lei n 10.696, de 2-7-2003.
149
Artigo com redao dada pela Lei n 10.203, de 22-2-2001.
142
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
143
Srie Legislao
144
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
- LEI N 9.433,
DE 8 DE JANEIRO DE 1997150 -
O Presidente da Repblica
Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
TTULO I
DA POLTICA NACIONAL
DE RECURSOS HDRICOS
CAPTULO I
Dos Fundamentos
Art. 1 A Poltica Nacional de Recursos Hdricos baseia-se nos
seguintes fundamentos:
I a gua um bem de domnio pblico;
II a gua um recurso natural limitado, dotado de
valor econmico;
150
Publicada no Dirio Oficial da Unio de 9 de janeiro de 1997.
145
Srie Legislao
CAPTULO II
Dos Objetivos
Art. 2 So objetivos da Poltica Nacional de Recursos Hdricos:
I assegurar atual e s futuras geraes a necessria
disponibilidade de gua, em padres de qualidade
adequados aos respectivos usos;
II a utilizao racional e integrada dos recursos hdri-
cos, incluindo o transporte aquavirio, com vistas
ao desenvolvimento sustentvel;
III a preveno e a defesa contra eventos hidrolgicos
crticos de origem natural ou decorrentes do uso
inadequado dos recursos naturais.
146
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
CAPTULO III
Das Diretrizes Gerais de Ao
Art. 3 Constituem diretrizes gerais de ao para implementa-
o da Poltica Nacional de Recursos Hdricos:
I a gesto sistemtica dos recursos hdricos, sem dis-
sociao dos aspectos de quantidade e qualidade;
II a adequao da gesto de recursos hdricos s diver-
sidades fsicas, biticas, demogrficas, econmicas,
sociais e culturais das diversas regies do Pas;
III a integrao da gesto de recursos hdricos com a
gesto ambiental;
IV a articulao do planejamento de recursos hdricos
com o dos setores usurios e com os planejamentos
regional, estadual e nacional;
V a articulao da gesto de recursos hdricos com a
do uso do solo;
VI a integrao da gesto das bacias hidrogrficas com
a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras.
Art. 4 A Unio articular-se- com os Estados tendo em vista o
gerenciamento dos recursos hdricos de interesse comum.
CAPTULO IV
Dos Instrumentos
Art. 5 So instrumentos da Poltica Nacional de Recursos
Hdricos:
I os Planos de Recursos Hdricos;
147
Srie Legislao
Seo I
Dos Planos de Recursos Hdricos
Art. 6 Os Planos de Recursos Hdricos so planos diretores
que visam a fundamentar e orientar a implementao
da Poltica Nacional de Recursos Hdricos e o geren-
ciamento dos recursos hdricos.
Art. 7 Os Planos de Recursos Hdricos so planos de lon-
go prazo, com horizonte de planejamento compatvel
com o perodo de implantao de seus programas e
projetos e tero o seguinte contedo mnimo:
I diagnstico da situao atual dos recursos hdricos;
II anlise de alternativas de crescimento demogrfico,
de evoluo de atividades produtivas e de modifi-
caes dos padres de ocupao do solo;
III balano entre disponibilidades e demandas futuras
dos recursos hdricos, em quantidade e qualidade,
com identificao de conflitos potenciais;
IV metas de racionalizao de uso, aumento da quan-
tidade e melhoria da qualidade dos recursos hdri-
cos disponveis;
148
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
Seo II
Do Enquadramento dos Corpos de gua em Classes,
segundo os Usos Preponderantes da gua
Art. 9 O enquadramento dos corpos de gua em classes, se-
gundo os usos preponderantes da gua, visa a:
I assegurar s guas qualidade compatvel com os
usos mais exigentes a que forem destinadas;
II diminuir os custos de combate poluio das
guas, mediante aes preventivas permanentes.
Art. 10. As classes de corpos de gua sero estabelecidas pela
legislao ambiental.
149
Srie Legislao
Seo III
Da Outorga de Direitos de Uso de Recursos Hdricos
Art. 11. O regime de outorga de direitos de uso de recursos
hdricos tem como objetivos assegurar o controle
quantitativo e qualitativo dos usos da gua e o efetivo
exerccio dos direitos de acesso gua.
Art. 12. Esto sujeitos a outorga pelo Poder Pblico os direitos
dos seguintes usos de recursos hdricos:
I derivao ou captao de parcela da gua exis-
tente em um corpo de gua para consumo final,
inclusive abastecimento pblico, ou insumo de
processo produtivo;
II extrao de gua de aqufero subterrneo para con-
sumo final ou insumo de processo produtivo;
III lanamento em corpo de gua de esgotos e demais
resduos lquidos ou gasosos, tratados ou no, com o
fim de sua diluio, transporte ou disposio final;
IV aproveitamento dos potenciais hidreltricos;
V outros usos que alterem o regime, a quantidade ou a
qualidade da gua existente em um corpo de gua.
1 Independem de outorga pelo Poder Pblico, confor-
me definido em regulamento:
I o uso de recursos hdricos para a satisfao das ne-
cessidades de pequenos ncleos populacionais, dis-
tribudos no meio rural;
II as derivaes, captaes e lanamentos considera-
dos insignificantes;
150
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
151
Srie Legislao
Seo IV
Da Cobrana do Uso de Recursos Hdricos
Art. 19. A cobrana pelo uso de recursos hdricos objetiva:
I reconhecer a gua como bem econmico e dar ao
usurio uma indicao de seu real valor;
II incentivar a racionalizao do uso da gua;
III obter recursos financeiros para o financiamento dos
programas e intervenes contemplados nos planos
de recursos hdricos.
Art. 20. Sero cobrados os usos de recursos hdricos sujeitos a
outorga, nos termos do art. 12 desta lei.
152
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
Art. 21. Na fixao dos valores a serem cobrados pelo uso dos re-
cursos hdricos devem ser observados, dentre outros:
I nas derivaes, captaes e extraes de gua, o vo-
lume retirado e seu regime de variao;
II nos lanamentos de esgotos e demais resduos l-
quidos ou gasosos, o volume lanado e seu regime
de variao e as caractersticas fsico-qumicas, bio-
lgicas e de toxidade do afluente.
Art. 22. Os valores arrecadados com a cobrana pelo uso de recur-
sos hdricos sero aplicados prioritariamente na bacia
hidrogrfica em que foram gerados e sero utilizados:
I no financiamento de estudos, programas, projetos e
obras includos nos Planos de Recursos Hdricos;
II no pagamento de despesas de implantao e custeio
administrativo dos rgos e entidades integrantes
do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recur-
sos Hdricos.
1 A aplicao nas despesas previstas no inciso II deste artigo
limitada a sete e meio por cento do total arrecadado.
2 Os valores previstos no caput deste artigo podero ser
aplicados a fundo perdido em projetos e obras que al-
terem, de modo considerado benfico coletividade,
a qualidade, a quantidade e o regime de vazo de um
corpo de gua.
3 (Vetado.)
Art. 23. (Vetado.)
153
Srie Legislao
Seo V
Da Compensao a Municpios
Art. 24. (Vetado.)
Seo VI
Do Sistema de Informaes sobre Recursos Hdricos
Art. 25. O Sistema de Informaes sobre Recursos Hdricos
um sistema de coleta, tratamento, armazenamento e
recuperao de informaes sobre recursos hdricos e
fatores intervenientes em sua gesto.
Pargrafo nico. Os dados gerados pelos rgos integrantes
do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hdricos
sero incorporados ao Sistema Nacional de Informaes sobre
Recursos Hdricos.
154
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
CAPTULO V
Do Rateio de Custos das Obras de Uso Mltiplo,
de Interesse Comum ou Coletivo
Art. 28. (Vetado.)
CAPTULO VI
Da Ao do Poder Pblico
Art. 29. Na implementao da Poltica Nacional de Recursos
Hdricos, compete ao Poder Executivo Federal:
I tomar as providncias necessrias implementao
e ao funcionamento do Sistema Nacional de Ge-
renciamento de Recursos Hdricos;
II outorgar os direitos de uso de recursos hdricos,
e regulamentar e fiscalizar os usos, na sua esfera
de competncia;
III implantar e gerir o Sistema de Informaes sobre
Recursos Hdricos, em mbito nacional;
IV promover a integrao da gesto de recursos hdri-
cos com a gesto ambiental.
155
Srie Legislao
156
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
TTULO II
DO SISTEMA NACIONAL DE
GERENCIAMENTO DE RECURSOS
HDRICOS
CAPTULO I
Dos Objetivos e da Composio
Art. 32. Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de
Recursos Hdricos, com os seguintes objetivos:
I coordenar a gesto integrada das guas;
II arbitrar administrativamente os conflitos relacio-
nados com os recursos hdricos;
III implementar a Poltica Nacional de Recursos Hdricos;
IV planejar, regular e controlar o uso, a preservao e
a recuperao dos recursos hdricos;
V promover a cobrana pelo uso de recursos hdricos.
151
Art. 33. Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de
Recursos Hdricos:
I o Conselho Nacional de Recursos Hdricos;
I-A a Agncia Nacional de guas;
II os Conselhos de Recursos Hdricos dos Estados e
do Distrito Federal;
III os Comits de Bacia Hidrogrfica;
151
Artigo com redao dada pela Lei n 9.984, de 17-7-2000.
157
Srie Legislao
CAPTULO II
Do Conselho Nacional de Recursos Hdricos152
Art. 34. O Conselho Nacional de Recursos Hdricos com-
posto por:
I representantes dos Ministrios e Secretarias da Pre-
sidncia da Repblica com atuao no gerencia-
mento ou no uso de recursos hdricos;
II representantes indicados pelos Conselhos Estadu-
ais de Recursos Hdricos;
III representantes dos usurios dos recursos hdricos;
IV representantes das organizaes civis de recursos
hdricos.
Pargrafo nico. O nmero de representantes do Poder Exe-
cutivo Federal no poder exceder metade mais um do total
dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hdricos.
152
Conselho regulamentado pelo Decreto n 4.613, de 11-3-2003.
158
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
159
Srie Legislao
CAPTULO III
Dos Comits de Bacia Hidrogrfica
Art. 37. Os Comits de Bacia Hidrogrfica tero como rea
de atuao:
I a totalidade de uma bacia hidrogrfica;
II sub-bacia hidrogrfica de tributrio do curso de
gua principal da bacia, ou de tributrio desse tri-
butrio; ou
III grupo de bacias ou sub-bacias hidrogrficas contguas.
Pargrafo nico. A instituio de Comits de Bacia Hidro-
grfica em rios de domnio da Unio ser efetivada por ato do
Presidente da Repblica.
160
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
161
Srie Legislao
162
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
CAPTULO IV
Das Agncias de gua
Art. 41. As Agncias de gua exercero a funo de secretaria
executiva do respectivo ou respectivos Comits de Ba-
cia Hidrogrfica.
Art. 42. As Agncias de gua tero a mesma rea de atuao de
um ou mais Comits de Bacia Hidrogrfica.
Pargrafo nico. A criao das Agncias de gua ser autori-
zada pelo Conselho Nacional de Recursos Hdricos ou pelos
Conselhos Estaduais de Recursos Hdricos mediante solicita-
o de um ou mais Comits de Bacia Hidrogrfica.
163
Srie Legislao
164
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
CAPTULO V
Da Secretaria Executiva do Conselho Nacional
de Recursos Hdricos
Art. 45. A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Re-
cursos Hdricos ser exercida pelo rgo integrante da
estrutura do Ministrio do Meio Ambiente, dos Re-
cursos Hdricos e da Amaznia Legal, responsvel pela
gesto dos recursos hdricos.
154
Art. 46. Compete Secretaria Executiva do Conselho Nacio-
nal de Recursos Hdricos:
I prestar apoio administrativo, tcnico e financeiro
ao Conselho Nacional de Recursos Hdricos;
II (revogado);
III instruir os expedientes provenientes dos Conselhos
Estaduais de Recursos Hdricos e dos Comits de
Bacia Hidrogrfica;
IV (revogado);
V elaborar seu programa de trabalho e respectiva pro-
posta oramentria anual e submet-los aprova-
o do Conselho Nacional de Recursos Hdricos.
CAPTULO VI
Das Organizaes Civis de Recursos Hdricos
Art. 47. So consideradas, para os efeitos desta lei, organiza-
es civis de recursos hdricos:
154
Artigo com redao dada pela Lei n 9.984, de 17-7-2000.
165
Srie Legislao
TTULO III
DAS INFRAES E PENALIDADES
Art. 49. Constitui infrao das normas de utilizao de recur-
sos hdricos superficiais ou subterrneos:
I derivar ou utilizar recursos hdricos para qualquer fi-
nalidade, sem a respectiva outorga de direito de uso;
II iniciar a implantao ou implantar empreendi-
mento relacionado com a derivao ou a utilizao
de recursos hdricos, superficiais ou subterrneos,
que implique alteraes no regime, quantidade ou
qualidade dos mesmos, sem autorizao dos rgos
ou entidades competentes;
III (vetado);
166
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
167
Srie Legislao
TTULO IV
DAS DISPOSIES GERAIS E
TRANSITRIAS
155
Art. 51. O Conselho Nacional de Recursos Hdricos e os Con-
selhos Estaduais de Recursos Hdricos podero dele-
gar a organizaes sem fins lucrativos relacionadas no
art. 47 desta lei, por prazo determinado, o exerccio
155
Artigo com redao dada pela Lei n 10.881, de 9-6-2004.
168
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
169
Srie Legislao
170
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
- LEI N 9.605,
DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998156 -
Dispe sobre as sanes penais e administrativas deriva-
das de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e
d outras providncias.
O Presidente da Repblica
Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
CAPTULO I
Disposies Gerais
Art. 1 (Vetado.)
Art. 2 Quem, de qualquer forma, concorre para a prtica dos
crimes previstos nesta lei, incide nas penas a estes co-
minadas, na medida da sua culpabilidade, bem como
o diretor, o administrador, o membro de conselho e
de rgo tcnico, o auditor, o gerente, o preposto ou
mandatrio de pessoa jurdica, que, sabendo da con-
duta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua
prtica, quando podia agir para evit-la.
Art. 3 As pessoas jurdicas sero responsabilizadas administra-
tiva, civil e penalmente conforme o disposto nesta lei,
nos casos em que a infrao seja cometida por deciso
de seu representante legal ou contratual, ou de seu rgo
colegiado, no interesse ou benefcio da sua entidade.
Pargrafo nico. A responsabilidade das pessoas jurdicas no
exclui a das pessoas fsicas, autoras, coautoras ou partcipes do
mesmo fato.
156
Publicada no Dirio Oficial da Unio de 13 de fevereiro de 1998.
171
Srie Legislao
CAPTULO II
Da Aplicao da Pena
Art. 6 Para imposio e gradao da penalidade, a autoridade
competente observar:
I a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da
infrao e suas consequncias para a sade pblica
e para o meio ambiente;
II os antecedentes do infrator quanto ao cumprimen-
to da legislao de interesse ambiental;
III a situao econmica do infrator, no caso de multa.
Art. 7 As penas restritivas de direitos so autnomas e substi-
tuem as privativas de liberdade quando:
I tratar-se de crime culposo ou for aplicada a pena
privativa de liberdade inferior a quatro anos;
II a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a
personalidade do condenado, bem como os motivos e
as circunstncias do crime indicarem que a substitui-
o seja suficiente para efeitos de reprovao e preven-
o do crime.
Pargrafo nico. As penas restritivas de direitos a que se re-
fere este artigo tero a mesma durao da pena privativa de
liberdade substituda.
172
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
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Srie Legislao
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175
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Srie Legislao
CAPTULO III
Da Apreenso do Produto e do Instrumento de Infrao
Administrativa ou de Crime
Art. 25. Verificada a infrao, sero apreendidos seus produtos
e instrumentos, lavrando-se os respectivos autos.
1 Os animais sero libertados em seu hbitat ou entre-
gues a jardins zoolgicos, fundaes ou entidades asse-
melhadas, desde que fiquem sob a responsabilidade de
tcnicos habilitados.
2 Tratando-se de produtos perecveis ou madeiras, sero
estes avaliados e doados a instituies cientficas, hos-
pitalares, penais e outras com fins beneficentes.
3 Os produtos e subprodutos da fauna no perecveis
sero destrudos ou doados a instituies cientficas,
culturais ou educacionais.
4 Os instrumentos utilizados na prtica da infrao se-
ro vendidos, garantida a sua descaracterizao por
meio da reciclagem.
CAPTULO IV
Da Ao e do Processo Penal
Art. 26. Nas infraes penais previstas nesta lei, a ao penal
pblica incondicionada.
Pargrafo nico. (Vetado.)
Art. 27. Nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo,
a proposta de aplicao imediata de pena restritiva de
direitos ou multa, prevista no art. 76 da Lei n 9.099,
de 26 de setembro de 1995, somente poder ser for-
mulada desde que tenha havido a prvia composio
178
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
179
Srie Legislao
CAPTULO V
Dos Crimes contra o Meio Ambiente
Seo I
Dos Crimes contra a Fauna
Art. 29. Matar, perseguir, caar, apanhar, utilizar espcimes da
fauna silvestre, nativos ou em rota migratria, sem a
devida permisso, licena ou autorizao da autorida-
de competente, ou em desacordo com a obtida:
Pena deteno, de seis meses a um ano, e multa.
1 Incorre nas mesmas penas:
I quem impede a procriao da fauna, sem licena,
autorizao ou em desacordo com a obtida;
II quem modifica, danifica ou destri ninho, abrigo
ou criadouro natural;
III quem vende, expe venda, exporta ou adquire,
guarda, tem em cativeiro ou depsito, utiliza ou
transporta ovos, larvas ou espcimes da fauna silves-
tre, nativa ou em rota migratria, bem como pro-
dutos e objetos dela oriundos, provenientes de cria-
douros no autorizados ou sem a devida permisso,
licena ou autorizao da autoridade competente.
2 No caso de guarda domstica de espcie silvestre no
considerada ameaada de extino, pode o Juiz, consi-
derando as circunstncias, deixar de aplicar a pena.
3 So espcimes da fauna silvestre todos aqueles perten-
centes s espcies nativas, migratrias e quaisquer ou-
tras, aquticas ou terrestres, que tenham todo ou parte
de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do
territrio brasileiro, ou guas jurisdicionais brasileiras.
180
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
181
Srie Legislao
182
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
183
Srie Legislao
Seo II
Dos Crimes contra a Flora
Art. 38. Destruir ou danificar floresta considerada de preserva-
o permanente, mesmo que em formao, ou utiliz-
la com infringncia das normas de proteo:
Pena deteno, de um a trs anos, ou multa, ou ambas
as penas cumulativamente.
Pargrafo nico. Se o crime for culposo, a pena ser reduzida
metade.
157
Art. 38-A. Destruir ou danificar vegetao primria ou secund-
ria, em estgio avanado ou mdio de regenerao, do
Bioma Mata Atlntica, ou utiliz-la com infringncia
das normas de proteo:
Pena deteno, de 1 (um) a 3 (trs) anos, ou multa, ou
ambas as penas cumulativamente.
Pargrafo nico. Se o crime for culposo, a pena ser reduzida
metade.
157
Artigo acrescido pela Lei n 11.428, de 22-12-2006.
184
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
158
1 Entende-se por Unidades de Conservao de Proteo
Integral as Estaes Ecolgicas, as Reservas Biolgicas,
os Parques Nacionais, os Monumentos Naturais e os
Refgios de Vida Silvestre.
159
2 A ocorrncia de dano afetando espcies ameaadas de
extino no interior das Unidades de Conservao de
Proteo Integral ser considerada circunstncia agra-
vante para a fixao da pena.
3 Se o crime for culposo, a pena ser reduzida metade.
Art. 40-A. (Vetado.)
160
158
Pargrafo com redao dada pela Lei n 9.985, de 18-7-2000.
159
Idem.
160
Artigo acrescido pela Lei n 9.985, de 18-7-2000.
185
Srie Legislao
186
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
161
Artigo acrescido pela Lei n 11.284, de 2-3-2006.
187
Srie Legislao
Seo III
Da Poluio e Outros Crimes Ambientais
Art. 54. Causar poluio de qualquer natureza em nveis tais
que resultem ou possam resultar em danos sade hu-
mana, ou que provoquem a mortandade de animais
ou a destruio significativa da flora:
188
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
189
Srie Legislao
162
Pargrafo com redao dada pela Lei n 12.305, de 2-8-2010.
190
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
Seo IV
Dos Crimes contra o Ordenamento Urbano e o
Patrimnio Cultural
191
Srie Legislao
192
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
Seo V
Dos Crimes contra a Administrao Ambiental
Art. 66. Fazer o funcionrio pblico afirmao falsa ou enga-
nosa, omitir a verdade, sonegar informaes ou dados
tcnico-cientficos em procedimentos de autorizao
ou de licenciamento ambiental:
Pena recluso, de um a trs anos, e multa.
Art. 67. Conceder o funcionrio pblico licena, autorizao
ou permisso em desacordo com as normas ambien-
tais, para as atividades, obras ou servios cuja realiza-
o depende de ato autorizativo do Poder Pblico:
Pena deteno, de um a trs anos, e multa.
Pargrafo nico. Se o crime culposo, a pena de trs meses
a um ano de deteno, sem prejuzo da multa.
163
Artigo acrescido pela Lei n 11.284, de 2-3-2006.
193
Srie Legislao
164
Captulo regulamentado pelo Decreto n 6.514, de 22-7-2008, que dispe sobre as infraes e sanes
administrativas relacionadas ao meio ambiente e estabelece o processo administrativo federal para apu-
rao dessas infraes.
194
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
195
Srie Legislao
196
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
197
Srie Legislao
CAPTULO VII
Da Cooperao Internacional para a Preservao
do Meio Ambiente
Art. 77. Resguardados a soberania nacional, a ordem pblica e
os bons costumes, o governo brasileiro prestar, no que
concerne ao meio ambiente, a necessria cooperao a
outro Pas, sem qualquer nus, quando solicitado para:
I produo de prova;
II exame de objetos e lugares;
III informaes sobre pessoas e coisas;
IV presena temporria da pessoa presa, cujas declaraes
tenham relevncia para a deciso de uma causa;
V outras formas de assistncia permitidas pela legislao
em vigor ou pelos tratados de que o Brasil seja parte.
1 A solicitao de que trata este artigo ser dirigida ao Mi-
nistrio da Justia, que a remeter, quando necessrio,
ao rgo judicirio competente para decidir a seu respei-
to, ou a encaminhar autoridade capaz de atend-la.
2 A solicitao dever conter:
I o nome e a qualificao da autoridade solicitante;
198
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
CAPTULO VIII
Disposies Finais
Art. 79. Aplicam-se subsidiariamente a esta lei as disposies
do Cdigo Penal e do Cdigo de Processo Penal.
165
Art. 79-A. Para o cumprimento do disposto nesta lei, os rgos
ambientais integrantes do Sisnama, responsveis pela
execuo de programas e projetos e pelo controle e
fiscalizao dos estabelecimentos e das atividades sus-
cetveis de degradarem a qualidade ambiental, ficam
autorizados a celebrar, com fora de ttulo executivo
extrajudicial, termo de compromisso com pessoas fsi-
cas ou jurdicas responsveis pela construo, instala-
o, ampliao e funcionamento de estabelecimentos
e atividades utilizadores de recursos ambientais, consi-
derados efetiva ou potencialmente poluidores.
165
Artigo acrescido pela Medida Provisria n 2.163-41, de 23-8-2001.
199
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Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
- LEI N 9.795,
DE 27 DE ABRIL DE 1999166 -
O Presidente da Repblica
Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
CAPTULO I
Da Educao Ambiental
Art. 1 Entendem-se por educao ambiental os processos por
meio dos quais o indivduo e a coletividade constroem
valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes
e competncias voltadas para a conservao do meio
ambiente, bem de uso comum do povo, essencial
sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.
Art. 2 A educao ambiental um componente essencial e per-
manente da educao nacional, devendo estar presente,
de forma articulada, em todos os nveis e modalidades
do processo educativo, em carter formal e no formal.
Art. 3 Como parte do processo educativo mais amplo, todos
tm direito educao ambiental, incumbindo:
I ao Poder Pblico, nos termos dos arts. 205 e 225
da Constituio Federal, definir polticas pblicas
que incorporem a dimenso ambiental, promover
166
Publicada no Dirio Oficial da Unio de 28 de abril de 1999 e regulamentada pelo Decreto n 4.281,
de 25-6-2002.
203
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Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
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Srie Legislao
CAPTULO II
Da Poltica Nacional de Educao Ambiental
Seo I
Disposies Gerais
Art. 6 instituda a Poltica Nacional de Educao Ambiental.
Art. 7 A Poltica Nacional de Educao Ambiental envolve
em sua esfera de ao, alm dos rgos e entidades
integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente
(Sisnama), instituies educacionais pblicas e pri-
vadas dos sistemas de ensino, os rgos pblicos da
Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Munic-
pios, e organizaes no governamentais com atuao
em educao ambiental.
206
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
207
Srie Legislao
Seo II
Da Educao Ambiental no Ensino Formal
Art. 9 Entende-se por educao ambiental na educao esco-
lar a desenvolvida no mbito dos currculos das insti-
tuies de ensino pblicas e privadas, englobando:
I educao bsica:
a) educao infantil;
b) ensino fundamental e
c) ensino mdio;
208
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
II educao superior;
III educao especial;
IV educao profissional;
V educao de jovens e adultos.
Art. 10. A educao ambiental ser desenvolvida como uma
prtica educativa integrada, contnua e permanente
em todos os nveis e modalidades do ensino formal.
1 A educao ambiental no deve ser implantada como
disciplina especfica no currculo de ensino.
2 Nos cursos de ps-graduao, extenso e nas reas vol-
tadas ao aspecto metodolgico da educao ambiental,
quando se fizer necessrio, facultada a criao de dis-
ciplina especfica.
3 Nos cursos de formao e especializao tcnico-pro-
fissional, em todos os nveis, deve ser incorporado
contedo que trate da tica ambiental das atividades
profissionais a serem desenvolvidas.
Art. 11. A dimenso ambiental deve constar dos currculos de
formao de professores, em todos os nveis e em todas
as disciplinas.
Pargrafo nico. Os professores em atividade devem receber
formao complementar em suas reas de atuao, com o pro-
psito de atender adequadamente ao cumprimento dos princ-
pios e objetivos da Poltica Nacional de Educao Ambiental.
209
Srie Legislao
Seo III
Da Educao Ambiental No Formal
Art. 13. Entendem-se por educao ambiental no formal as
aes e prticas educativas voltadas sensibilizao
da coletividade sobre as questes ambientais e sua
organizao e participao na defesa da qualidade do
meio ambiente.
Pargrafo nico. O Poder Pblico, em nveis federal, estadual
e municipal, incentivar:
210
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
CAPTULO III
Da Execuo da Poltica Nacional de Educao Ambiental
Art. 14. A coordenao da Poltica Nacional de Educao Am-
biental ficar a cargo de um rgo gestor, na forma
definida pela regulamentao desta lei.
Art. 15. So atribuies do rgo gestor:
I de diretrizes para implementao em mbito nacional;
II articulao, coordenao e superviso de planos,
programas e projetos na rea de educao ambien-
tal, em mbito nacional;
III participao na negociao de financiamentos a
planos, programas e projetos na rea de educa-
o ambiental.
Art. 16. Os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, na es-
fera de sua competncia e nas reas de sua jurisdio,
definiro diretrizes, normas e critrios para a educao
ambiental, respeitados os princpios e objetivos da Po-
ltica Nacional de Educao Ambiental.
Art. 17. A eleio de planos e programas, para fins de alocao
de recursos pblicos vinculados Poltica Nacional de
Educao Ambiental, deve ser realizada levando-se em
conta os seguintes critrios:
I conformidade com os princpios, objetivos e diretri-
zes da Poltica Nacional de Educao Ambiental;
II prioridade dos rgos integrantes do Sisnama e do
Sistema Nacional de Educao;
III economicidade, medida pela relao entre a mag-
nitude dos recursos a alocar e o retorno social pro-
piciado pelo plano ou programa proposto.
211
Srie Legislao
CAPTULO IV
Disposies Finais
Art. 20. O Poder Executivo regulamentar esta lei no prazo de
noventa dias de sua publicao, ouvidos o Conselho
Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional
de Educao.
Art. 21. Esta lei entra em vigor na data de sua publicao.
212
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
- LEI N 9.966,
DE 28 DE ABRIL DE 2000167 -
O Presidente da Repblica
Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1 Esta lei estabelece os princpios bsicos a serem obe-
decidos na movimentao de leo e outras substncias
nocivas ou perigosas em portos organizados, instala-
es porturias, plataformas e navios em guas sob ju-
risdio nacional.
Pargrafo nico. Esta lei aplicar-se-:
167
Publicada no Dirio Oficial da Unio de 29 de abril de 2000 (edio extra).
168
A especificao das sanes aplicveis s infraes s regras de preveno, controle e fiscalizao da po-
luio causada por lanamento de leo e outras substncias nocivas ou perigosas em guas sob jurisdio
nacional est disposta no Decreto n 4.136, de 20-2-2002.
213
Srie Legislao
CAPTULO I
Das Definies e Classificaes
Art. 2 Para os efeitos desta lei so estabelecidas as seguin-
tes definies:
I Marpol 73/78: Conveno Internacional para a
Preveno da Poluio Causada por Navios, con-
cluda em Londres, em 2 de novembro de 1973,
alterada pelo Protocolo de 1978, concludo em
Londres, em 17 de fevereiro de 1978, e emendas
posteriores, ratificadas pelo Brasil;
II CLC/69: Conveno Internacional sobre Respon-
sabilidade Civil em Danos Causados por Poluio
por leo, de 1969, ratificada pelo Brasil;
III OPRC/90: Conveno Internacional sobre Prepa-
ro, Resposta e Cooperao em Caso de Poluio
por leo, de 1990, ratificada pelo Brasil;
IV reas ecologicamente sensveis: regies das guas ma-
rtimas ou interiores, definidas por ato do Poder P-
blico, onde a preveno, o controle da poluio e a
manuteno do equilbrio ecolgico exigem medidas
especiais para a proteo e a preservao do meio am-
biente, com relao passagem de navios;
214
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
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Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
CAPTULO II
Dos Sistemas de Preveno, Controle
e Combate da Poluio
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Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
221
Srie Legislao
CAPTULO III
Do Transporte de leo e Substncias Nocivas ou Perigosas
Art. 10. As plataformas e os navios com arqueao bruta su-
perior a cinquenta que transportem leo, ou o utili-
zem para sua movimentao ou operao, portaro a
bordo, obrigatoriamente, um livro de registro de leo,
aprovado nos termos da Marpol 73/78, que poder
ser requisitado pela autoridade martima, pelo rgo
ambiental competente e pelo rgo regulador da in-
dstria do petrleo, e no qual sero feitas anotaes
relativas a todas as movimentaes de leo, lastro e
misturas oleosas, inclusive as entregas efetuadas s ins-
talaes de recebimento e tratamento de resduos.
Art. 11. Todo navio que transportar substncia nociva ou pe-
rigosa a granel dever ter a bordo um livro de registro
de carga, nos termos da Marpol 73/78, que poder ser
requisitado pela autoridade martima, pelo rgo am-
biental competente e pelo rgo regulador da indstria
do petrleo, e no qual sero feitas anotaes relativas s
seguintes operaes:
222
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
I carregamento;
II descarregamento;
III transferncias de carga, resduos ou misturas para
tanques de resduos;
IV limpeza dos tanques de carga;
V transferncias provenientes de tanques de resduos;
VI lastreamento de tanques de carga;
VII transferncias de guas de lastro sujo para o
meio aqutico;
VIII descargas nas guas, em geral.
Art. 12. Todo navio que transportar substncia nociva ou pe-
rigosa de forma fracionada, conforme estabelecido no
anexo III da Marpol 73/78, dever possuir e manter
a bordo documento que a especifique e fornea sua
localizao no navio, devendo o agente ou responsvel
conservar cpia do documento at que a substncia
seja desembarcada.
1 As embalagens das substncias nocivas ou perigosas de-
vem conter a respectiva identificao e advertncia quan-
to aos riscos, utilizando a simbologia prevista na legisla-
o e normas nacionais e internacionais em vigor.
2 As embalagens contendo substncias nocivas ou pe-
rigosas devem ser devidamente estivadas e amarra-
das, alm de posicionadas de acordo com critrios de
compatibilidade com outras cargas existentes a bordo,
atendidos os requisitos de segurana do navio e de seus
tripulantes, de forma a evitar acidentes.
223
Srie Legislao
CAPTULO IV
Da Descarga de leo, Substncias Nocivas
ou Perigosas e Lixo
Art. 15. proibida a descarga, em guas sob jurisdio nacio-
nal, de substncias nocivas ou perigosas classificadas
na categoria A, definida no art. 4 desta lei, inclusive
aquelas provisoriamente classificadas como tal, alm
de gua de lastro, resduos de lavagem de tanques ou
outras misturas que contenham tais substncias.
1 A gua subsequentemente adicionada ao tanque lava-
do em quantidade superior a cinco por cento do seu
volume total s poder ser descarregada se atendidas
cumulativamente as seguintes condies:
I a situao em que ocorrer o lanamento enquadre-
se nos casos permitidos pela Marpol 73/78;
II o navio no se encontre dentro dos limites de rea
ecologicamente sensvel;
III os procedimentos para descarga sejam devidamen-
te aprovados pelo rgo ambiental competente.
224
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
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Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
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CAPTULO V
Das Infraes e das Sanes
Art. 25. So infraes, punidas na forma desta lei:
I descumprir o disposto nos arts. 5, 6 e 7:
Pena multa diria;
II descumprir o disposto nos arts. 9 e 22:
Pena multa;
III descumprir o disposto nos arts. 10, 11 e 12:
Pena multa e reteno do navio at que a situao
seja regularizada;
IV descumprir o disposto no art. 24:
228
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
229
Srie Legislao
CAPTULO VI
Disposies Finais e Complementares
Art. 27. So responsveis pelo cumprimento desta lei:
I a autoridade martima, por intermdio de suas orga-
nizaes competentes, com as seguintes atribuies:
a) fiscalizar navios, plataformas e suas instalaes de
apoio, e as cargas embarcadas, de natureza nociva
ou perigosa, autuando os infratores na esfera de
sua competncia;
b) levantar dados e informaes e apurar responsabili-
dades sobre os incidentes com navios, plataformas
e suas instalaes de apoio que tenham provocado
danos ambientais;
c) encaminhar os dados, informaes e resultados de
apurao de responsabilidades ao rgo federal de
meio ambiente, para avaliao dos danos ambien-
tais e incio das medidas judiciais cabveis;
d) comunicar ao rgo regulador da indstria do pe-
trleo irregularidades encontradas durante a fisca-
lizao de navios, plataformas e suas instalaes de
apoio, quando atinentes indstria do petrleo;
II o rgo federal de meio ambiente, com as seguin-
tes atribuies:
a) realizar o controle ambiental e a fiscalizao dos por-
tos organizados, das instalaes porturias, das car-
gas movimentadas, de natureza nociva ou perigosa,
230
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
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Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
- LEI N 9.984,
DE 17 DE JULHO DE 2000169 -
CAPTULO I
Dos Objetivos
Art. 1 Esta lei cria a Agncia Nacional de guas (ANA), en-
tidade federal de implementao da Poltica Nacional
de Recursos Hdricos, integrante do Sistema Nacional
de Gerenciamento de Recursos Hdricos, estabelecen-
do regras para a sua atuao, sua estrutura administra-
tiva e suas fontes de recursos.
CAPTULO II
Da Criao, Natureza Jurdica e Competncias da
Agncia Nacional de guas (ANA)
Art. 2 Compete ao Conselho Nacional de Recursos H-
dricos170 promover a articulao dos planejamentos
169
Publicada no Dirio Oficial da Unio de 18 de julho de 2000.
170
Conselho regulamentado pelo Decreto n 4.613, de 11-3-2003.
235
Srie Legislao
236
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
237
Srie Legislao
171
Inciso acrescido pela Medida Provisria n 2.216-37, de 31-8-2001.
172
Inciso acrescido pela Lei n 12.058, de 13-10-2009.
238
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
239
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173
Pargrafo acrescido dada pela Lei n 12.058, de 13-10-2009.
240
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
241
Srie Legislao
CAPTULO III
Da Estrutura Orgnica da Agncia
Nacional de guas (ANA)
Art. 9 A ANA ser dirigida por uma Diretoria Colegiada,
composta por cinco membros, nomeados pelo Presi-
dente da Repblica, com mandatos no coincidentes
de quatro anos, admitida uma nica reconduo con-
secutiva, e contar com uma Procuradoria.
1 O Diretor-Presidente da ANA ser escolhido pelo Pre-
sidente da Repblica entre os membros da Diretoria
242
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
243
Srie Legislao
244
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
245
Srie Legislao
CAPTULO IV
Dos Servidores da ANA
174
Pargrafo revogado pela Lei n 10.871, de 20-5-2004.
175
Idem.
246
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
Art. 17. Revogado.)
176
Art. 18. (Revogado.)
177
Art. 18-A. Ficam criados, para exerccio exclusivo na ANA:
178
CAPTULO V
Do Patrimnio e das Receitas
Art. 19. Constituem patrimnio da ANA os bens e direitos de
sua propriedade, os que lhe forem conferidos ou que
venha a adquirir ou incorporar.
Art. 20. Constituem receitas da ANA:
I os recursos que lhe forem transferidos em decorrn-
cia de dotaes consignadas no Oramento-Geral
da Unio, crditos especiais, crditos adicionais e
transferncias e repasses que lhe forem conferidos;
176
Artigo revogado pela Medida Provisria n 2.216-37, de 31-8-2001.
177
Idem.
178
Artigo acrescido pela Medida Provisria n 2.216-37, de 31-8-2001.
247
Srie Legislao
248
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
CAPTULO VI
Disposies Finais e Transitrias
Art. 22. Na primeira gesto da ANA, um diretor ter mandato
de trs anos, dois diretores tero mandatos de quatro
anos e dois diretores tero mandatos de cinco anos, para
implementar o sistema de mandatos no coincidentes.
Art. 23. Fica o Poder Executivo autorizado a:
I transferir para a ANA o acervo tcnico e patri-
monial, direitos e receitas do Ministrio do Meio
249
Srie Legislao
179
Estrutura regimental estabelecida pelo Decreto n 3.692, de 19-12-2000.
250
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
251
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252
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
180
As alteraes determinadas nos arts. 30 a 32 foram inseridas na respectiva lei, constante nesta publicao.
253
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- LEI N 9.985,
DE 18 DE JULHO DE 2000181 -
CAPTULO I
Das Disposies Preliminares
Art. 1 Esta lei institui o Sistema Nacional de Unidades de
Conservao da Natureza (SNUC), estabelece crit-
rios e normas para a criao, implantao e gesto das
unidades de conservao.
Art. 2 Para os fins previstos nesta lei, entende-se por:
I unidade de conservao: espao territorial e seus
recursos ambientais, incluindo as guas jurisdicio-
nais, com caractersticas naturais relevantes, legal-
mente institudo pelo Poder Pblico, com objeti-
vos de conservao e limites definidos, sob regime
especial de administrao, ao qual se aplicam ga-
rantias adequadas de proteo;
II conservao da natureza: o manejo do uso huma-
no da natureza, compreendendo a preservao, a
181
Publicada no Dirio Oficial da Unio de 19 de julho de 2000.
254
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
255
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256
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
CAPTULO II
Do Sistema Nacional de Unidades de Conservao
da Natureza (SNUC)
257
Srie Legislao
258
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
259
Srie Legislao
260
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
CAPTULO III
Das Categorias de Unidades de Conservao
Art. 7 As unidades de conservao integrantes do SNUC divi-
dem-se em dois grupos, com caractersticas especficas:
I Unidades de Proteo Integral;
II Unidades de Uso Sustentvel.
182
Inciso com redao dada pela Lei n 11.516, de 28-8-2007.
261
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263
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265
Srie Legislao
266
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
183
O Decreto n 4.340, de 22-8-2002, regulamenta os conselhos das unidades de conservao.
267
Srie Legislao
184
O Decreto n 4.340, de 22-8-2002, regulamenta os conselhos das unidades de conservao.
268
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
185
O Decreto n 4.340, de 22-8-2002, regulamenta os conselhos das unidades de conservao.
269
Srie Legislao
270
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
186
O Decreto n 4.340, de 22-8-2002, regulamenta os conselhos das unidades de conservao.
271
Srie Legislao
187
Artigo regulamentado pelo Decreto n 5.746, de 4-4-2006.
272
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
CAPTULO IV
Da Criao, Implantao e Gesto das Unidades
de Conservao
188
Art. 22. As unidades de conservao so criadas por ato do Po-
der Pblico.
1 (Vetado.)
2 A criao de uma unidade de conservao deve ser
precedida de estudos tcnicos e de consulta pblica
que permitam identificar a localizao, a dimenso e
os limites mais adequados para a unidade, conforme se
dispuser em regulamento.
3 No processo de consulta de que trata o 2, o Po-
der Pblico obrigado a fornecer informaes ade-
quadas e inteligveis populao local e a outras
partes interessadas.
4 Na criao de Estao Ecolgica ou Reserva Biolgica no
obrigatria a consulta de que trata o 2 deste artigo.
5 As unidades de conservao do grupo de Uso Sustent-
vel podem ser transformadas total ou parcialmente em
unidades do grupo de Proteo Integral, por instrumen-
to normativo do mesmo nvel hierrquico do que criou
a unidade, desde que obedecidos os procedimentos de
consulta estabelecidos no 2 deste artigo.
6 A ampliao dos limites de uma unidade de conserva-
o, sem modificao dos seus limites originais, exceto
pelo acrscimo proposto, pode ser feita por instrumen-
to normativo do mesmo nvel hierrquico do que criou
188
Artigo regulamentado pelo Decreto n 4.340, de 22-8-2002.
273
Srie Legislao
189
Artigo acrescido pela Lei n 11.132, de 4-7-2005.
274
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
190
Artigo regulamentado pelo Decreto n 4.340, de 22-8-2002.
191
Idem.
192
Idem.
275
Srie Legislao
193
Art. 27. As unidades de conservao devem dispor de um Pla-
no de Manejo.
1 O Plano de Manejo deve abranger a rea da unidade
de conservao, sua zona de amortecimento e os cor-
redores ecolgicos, incluindo medidas com o fim de
promover sua integrao vida econmica e social das
comunidades vizinhas.
2 Na elaborao, atualizao e implementao do Plano
de Manejo das Reservas Extrativistas, das Reservas de
Desenvolvimento Sustentvel, das reas de Proteo
Ambiental e, quando couber, das Florestas Nacionais
e das reas de Relevante Interesse Ecolgico, ser asse-
gurada a ampla participao da populao residente.
3 O Plano de Manejo de uma unidade de conservao
deve ser elaborado no prazo de cinco anos a partir da
data de sua criao.
194
4 O Plano de Manejo poder dispor sobre as atividades
de liberao planejada e cultivo de organismos geneti-
camente modificados nas reas de Proteo Ambiental
193
Artigo regulamentado pelo Decreto n 4.340, de 22-8-2002.
194
Pargrafo com redao dada pela Lei n 11.460, de 21-3-2007.
276
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
195
Art. 29. Cada unidade de conservao do grupo de Proteo
Integral dispor de um Conselho Consultivo, presi-
dido pelo rgo responsvel por sua administrao e
constitudo por representantes de rgos pblicos, de
195
Artigo regulamentado pelo Decreto n 4.340, de 22-8-2002.
277
Srie Legislao
196
Artigo regulamentado pelo Decreto n 4.340, de 22-8-2002.
278
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
197
Artigo regulamentado pelo Decreto n 4.340, de 22-8-2002.
279
Srie Legislao
198
Artigo regulamentado pelo Decreto n 4.340, de 22-8-2002.
199
Expresso declarada inconstituicional pela Adin n 3.378-6, de 9-4-2008.
280
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
CAPTULO V
Dos Incentivos, Isenes e Penalidades
Art. 37. (Vetado.)
Art. 38. A ao ou omisso das pessoas fsicas ou jurdicas que
importem inobservncia aos preceitos desta lei e a seus
regulamentos ou resultem em dano flora, fauna
e aos demais atributos naturais das unidades de con-
servao, bem como s suas instalaes e s zonas de
amortecimento e corredores ecolgicos, sujeitam os
infratores s sanes previstas em lei.
CAPTULO VI
Das Reservas da Biosfera
200
Art. 41. A Reserva da Biosfera um modelo, adotado internacio-
nalmente, de gesto integrada, participativa e sustentvel
200
Artigo regulamentado pelo Decreto n 4.340, de 22-8-2002.
281
Srie Legislao
282
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
CAPTULO VII
Das Disposies Gerais e Transitrias
201
Art. 42. As populaes tradicionais residentes em unidades de
conservao nas quais sua permanncia no seja per-
mitida sero indenizadas ou compensadas pelas benfei-
torias existentes e devidamente realocadas pelo Poder
Pblico, em local e condies acordados entre as partes.
1 O Poder Pblico, por meio do rgo competente,
priorizar o reassentamento das populaes tradicio-
nais a serem realocadas.
2 At que seja possvel efetuar o reassentamento de que
trata este artigo, sero estabelecidas normas e aes
especficas destinadas a compatibilizar a presena das
populaes tradicionais residentes com os objetivos da
unidade, sem prejuzo dos modos de vida, das fontes
de subsistncia e dos locais de moradia destas popula-
es, assegurando-se a sua participao na elaborao
das referidas normas e aes.
3 Na hiptese prevista no 2, as normas regulando o
prazo de permanncia e suas condies sero estabele-
cidas em regulamento.
Art. 43. O Poder Pblico far o levantamento nacional das ter-
ras devolutas, com o objetivo de definir reas destina-
das conservao da natureza, no prazo de cinco anos
aps a publicao desta lei.
Art. 44. As ilhas ocenicas e costeiras destinam-se prioritaria-
mente proteo da natureza e sua destinao para
fins diversos deve ser precedida de autorizao do r-
go ambiental competente.
201
Artigo regulamentado pelo Decreto n 4.340, de 22-8-2002.
283
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284
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202
Art. 47. O rgo ou empresa, pblico ou privado, responsvel
pelo abastecimento de gua ou que faa uso de recur-
sos hdricos, beneficirio da proteo proporcionada por
uma unidade de conservao, deve contribuir financeira-
mente para a proteo e implementao da unidade, de
acordo com o disposto em regulamentao especfica.
203
Art. 48. O rgo ou empresa, pblico ou privado, respons-
vel pela gerao e distribuio de energia eltrica, be-
neficirio da proteo oferecida por uma unidade de
conservao, deve contribuir financeiramente para a
proteo e implementao da unidade, de acordo com
o disposto em regulamentao especfica.
Art. 49. A rea de uma unidade de conservao do Grupo de
Proteo Integral considerada zona rural, para os
efeitos legais.
Pargrafo nico. A zona de amortecimento das unidades de
conservao de que trata este artigo, uma vez definida formal-
mente, no pode ser transformada em zona urbana.
202
Artigo regulamentado pelo Decreto n 4.340, de 22-8-2002.
203
Idem.
285
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204
Artigo regulamentado pelo Decreto n 4.340, de 22-8-2002.
286
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
205
Artigo acrescido pela Lei n 11.460, de 21-3-2007, e regulamentado pelo Decreto n 5.950, de 31-10-2006.
287
Srie Legislao
CAPTULO I
Das Disposies Gerais
Art. 1 Esta medida provisria dispe sobre os bens, os direi-
tos e as obrigaes relativos:
I ao acesso a componente do patrimnio gentico
existente no territrio nacional, na plataforma con-
tinental e na zona econmica exclusiva para fins de
pesquisa cientfica, desenvolvimento tecnolgico
ou bioprospeco;
II ao acesso ao conhecimento tradicional associado ao
patrimnio gentico, relevante conservao da di-
versidade biolgica, integridade do patrimnio ge-
ntico do Pas e utilizao de seus componentes;
206
Publicada no Dirio Oficial da Unio de 24 de agosto de 2001.
288
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
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CAPTULO II
Das Definies
Art. 7 Alm dos conceitos e das definies constantes da
Conveno sobre Diversidade Biolgica, considera-se
para os fins desta medida provisria:
I patrimnio gentico: informao de origem gen-
tica, contida em amostras do todo ou de parte de
espcime vegetal, fngico, microbiano ou animal,
na forma de molculas e substncias provenientes
do metabolismo destes seres vivos e de extratos
obtidos destes organismos vivos ou mortos, en-
contrados em condies in situ, inclusive domes-
ticados, ou mantidos em colees ex situ, desde
que coletados em condies in situ no territrio
nacional, na plataforma continental ou na zona
econmica exclusiva;
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Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
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CAPTULO III
Da Proteo ao Conhecimento Tradicional Associado
Art. 8 Fica protegido por esta medida provisria o conheci-
mento tradicional das comunidades indgenas e das
comunidades locais, associado ao patrimnio gentico,
contra a utilizao e explorao ilcita e outras aes le-
sivas ou no autorizadas pelo Conselho de Gesto de
que trata o art. 10, ou por instituio credenciada.
1 O Estado reconhece o direito das comunidades ind-
genas e das comunidades locais para decidir sobre o
uso de seus conhecimentos tradicionais associados ao
patrimnio gentico do Pas, nos termos desta medida
provisria e do seu regulamento.
2 O conhecimento tradicional associado ao patrimnio
gentico de que trata esta medida provisria integra o
patrimnio cultural brasileiro e poder ser objeto de
cadastro, conforme dispuser o Conselho de Gesto ou
legislao especfica.
3 A proteo outorgada por esta medida provisria no
poder ser interpretada de modo a obstar a preservao,
a utilizao e o desenvolvimento de conhecimento tradi-
cional de comunidade indgena ou comunidade local.
4 A proteo ora instituda no afetar, prejudicar ou
limitar direitos relativos propriedade intelectual.
293
Srie Legislao
CAPTULO IV
Das Competncias e Atribuies Institucionais
Art. 10. Fica criado, no mbito do Ministrio do Meio Am-
biente, o Conselho de Gesto do Patrimnio Gentico,
de carter deliberativo e normativo, composto de re-
presentantes de rgos e de entidades da administrao
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CAPTULO V
Do Acesso e da Remessa
Art. 16. O acesso a componente do patrimnio gentico exis-
tente em condies in situ no territrio nacional, na
plataforma continental e na zona econmica exclusi-
va, e ao conhecimento tradicional associado far-se-
mediante a coleta de amostra e de informao, res-
pectivamente, e somente ser autorizado a instituio
nacional, pblica ou privada, que exera atividades
de pesquisa e desenvolvimento nas reas biolgicas e
afins, mediante prvia autorizao, na forma desta me-
dida provisria.
1 O responsvel pela expedio de coleta dever, ao trmi-
no de suas atividades em cada rea acessada, assinar com
o seu titular ou representante declarao contendo lista-
gem do material acessado, na forma do regulamento.
2 Excepcionalmente, nos casos em que o titular da rea
ou seu representante no for identificado ou localizado
por ocasio da expedio de coleta, a declarao con-
tendo listagem do material acessado dever ser assina-
da pelo responsvel pela expedio e encaminhada ao
Conselho de Gesto.
3 Subamostra representativa de cada populao com-
ponente do patrimnio gentico acessada deve ser
depositada em condio ex situ em instituio cre-
denciada como fiel depositria, de que trata a al-
nea f do inciso IV do art. 11 desta medida provis-
ria, na forma do regulamento.
4 Quando houver perspectiva de uso comercial, o acesso a
amostra de componente do patrimnio gentico, em con-
dies in situ, e ao conhecimento tradicional associado s
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CAPTULO VI
Do Acesso Tecnologia e Transferncia de Tecnologia
Art. 21. A instituio que receber amostra de componente do pa-
trimnio gentico ou conhecimento tradicional associa-
do facilitar o acesso tecnologia e transferncia de tec-
nologia para a conservao e utilizao desse patrimnio
ou desse conhecimento instituio nacional respons-
vel pelo acesso e remessa da amostra e da informao
sobre o conhecimento, ou instituio por ela indicada.
Art. 22. O acesso tecnologia e transferncia de tecnologia en-
tre instituio nacional de pesquisa e desenvolvimento,
pblica ou privada, e instituio sediada no exterior,
poder realizar-se, dentre outras atividades, mediante:
I pesquisa cientfica e desenvolvimento tecnolgico;
II formao e capacitao de recursos humanos;
III intercmbio de informaes;
IV intercmbio entre instituio nacional de pesquisa
e instituio de pesquisa sediada no exterior;
V consolidao de infraestrutura de pesquisa cientfi-
ca e de desenvolvimento tecnolgico;
VI explorao econmica, em parceria, de processo e
produto derivado do uso de componente do patri-
mnio gentico; e
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Srie Legislao
CAPTULO VII
Da Repartio de Benefcios
Art. 24. Os benefcios resultantes da explorao econmica de
produto ou processo desenvolvido a partir de amostra
de componente do patrimnio gentico e de conheci-
mento tradicional associado, obtidos por instituio
nacional ou instituio sediada no exterior, sero re-
partidos, de forma justa e equitativa, entre as partes
contratantes, conforme dispuser o regulamento e a le-
gislao pertinente.
Pargrafo nico. Unio, quando no for parte no Con-
trato de Utilizao do Patrimnio Gentico e de Repartio
de Benefcios, ser assegurada, no que couber, a participao
nos benefcios a que se refere o caput deste artigo, na forma
do regulamento.
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Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
CAPTULO VIII
Das Sanes Administrativas
207
Art. 30. Considera-se infrao administrativa contra o patrim-
nio gentico ou ao conhecimento tradicional associado
toda ao ou omisso que viole as normas desta medida
provisria e demais disposies legais pertinentes.
1 As infraes administrativas sero punidas na forma
estabelecida no regulamento desta medida provisria,
com as seguintes sanes:
I advertncia;
II multa;
III apreenso das amostras de componentes do patri-
mnio gentico e dos instrumentos utilizados na co-
leta ou no processamento ou dos produtos obtidos
a partir de informao sobre conhecimento tradicio-
nal associado;
IV apreenso dos produtos derivados de amostra de
componente do patrimnio gentico ou do conhe-
cimento tradicional associado;
V suspenso da venda do produto derivado de amostra
de componente do patrimnio gentico ou do co-
nhecimento tradicional associado e sua apreenso;
VI embargo da atividade;
VII interdio parcial ou total do estabelecimento, ati-
vidade ou empreendimento;
VIII suspenso de registro, patente, licena ou autorizao;
207
Artigo regulamentado pelo Decreto n 5.459, de 7-6-2005.
311
Srie Legislao
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Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
CAPTULO IX
Das Disposies Finais
Art. 31. A concesso de direito de propriedade industrial pelos
rgos competentes, sobre processo ou produto obtido
a partir de amostra de componente do patrimnio ge-
ntico, fica condicionada observncia desta medida
provisria, devendo o requerente informar a origem
do material gentico e do conhecimento tradicional
associado, quando for o caso.
Art. 32. Os rgos federais competentes exercero a fiscaliza-
o, a interceptao e a apreenso de amostra de com-
ponente do patrimnio gentico ou de produto obtido
a partir de informao sobre conhecimento tradicional
associado, acessados em desacordo com as disposies
desta medida provisria, podendo, ainda, tais ativida-
des serem descentralizadas, mediante convnios, de
acordo com o regulamento.
Art. 33. A parcela dos lucros e dos royalties devidos Unio,
resultantes da explorao econmica de processo ou
produto desenvolvido a partir de amostra de com-
ponente do patrimnio gentico, bem como o valor
das multas e indenizaes de que trata esta medida
provisria sero destinados ao Fundo Nacional do
Meio Ambiente, criado pela Lei n 7.797, de 10 de
julho de 1989, ao Fundo Naval, criado pelo Decreto
n 20.923, de 8 de janeiro de 1932, e ao Fundo Na-
cional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico,
criado pelo Decreto-lei n 719, de 31 de julho de
1969, e restabelecido pela Lei n 8.172, de 18 de ja-
neiro de 1991, na forma do regulamento.
Pargrafo nico. Os recursos de que trata este artigo se-
ro utilizados exclusivamente na conservao da diversidade
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Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
- LEI N 10.650,
DE 16 DE ABRIL DE 2003208 -
O Presidente da Repblica
Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1 Esta lei dispe sobre o acesso pblico aos dados e in-
formaes ambientais existentes nos rgos e entida-
des integrantes do Sistema Nacional do Meio Am-
biente (Sisnama), institudo pela Lei n 6.938, de 31
de agosto de 1981.
209
Art. 2 Os rgos e entidades da administrao pblica, direta,
indireta e fundacional, integrantes do Sisnama, ficam
obrigados a permitir o acesso pblico aos documentos,
expedientes e processos administrativos que tratem de
matria ambiental e a fornecer todas as informaes am-
bientais que estejam sob sua guarda, em meio escrito, vi-
sual, sonoro ou eletrnico, especialmente as relativas a:
I qualidade do meio ambiente;
II polticas, planos e programas potencialmente cau-
sadores de impacto ambiental;
III resultados de monitoramento e auditoria nos sis-
temas de controle de poluio e de atividades
208
Publicada no Dirio Oficial da Unio de 17 de abril de 2003 e retificada em 22-4-2003.
209
Artigo regulamentado pelo Decreto n 5.975, de 30-11-2006.
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Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
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- LEI N 10.881,
DE 9 DE JUNHO DE 2004210 -
O Presidente da Repblica
Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1 A Agncia Nacional de guas (ANA) poder firmar
contratos de gesto, por prazo determinado, com en-
tidades sem fins lucrativos que se enquadrem no dis-
posto pelo art. 47 da Lei n 9.433, de 8 de janeiro de
1997, que receberem delegao do Conselho Nacional
de Recursos Hdricos (CNRH) para exercer funes
de competncia das Agncias de gua, previstas nos
arts. 41 e 44 da mesma lei, relativas a recursos hdricos
de domnio da Unio.
1 Para a delegao a que se refere o caput deste artigo,
o CNRH observar as mesmas condies estabele-
cidas pelos arts. 42 e 43 da Lei n 9.433, de 8 de
janeiro de 1997.
2 Instituda uma Agncia de gua, esta assumir as compe-
tncias estabelecidas pelos arts. 41 e 44 da Lei n 9.433,
de 8 de janeiro de 1997, encerrando-se, em consequn-
cia, o contrato de gesto referente sua rea de atuao.
210
Publicada no Dirio Oficial da Unio de 11 de junho de 2004.
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Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
- LEI N 11.105,
DE 24 DE MARO DE 2005211 -
O Presidente da Repblica
Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
CAPTULO I
Disposies Preliminares e Gerais
Art. 1 Esta lei estabelece normas de segurana e mecanismos
de fiscalizao sobre a construo, o cultivo, a pro-
duo, a manipulao, o transporte, a transferncia,
a importao, a exportao, o armazenamento, a pes-
quisa, a comercializao, o consumo, a liberao no
meio ambiente e o descarte de organismos genetica-
mente modificados (OGM) e seus derivados, tendo
como diretrizes o estmulo ao avano cientfico na
211
Publicada no Dirio Oficial da Unio de 28 de maro de 2005. O Decreto n 5.591, de 22-11-2005,
regulamenta dispositivos desta lei.
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Art. 7 So obrigatrias:
I a investigao de acidentes ocorridos no curso de
pesquisas e projetos na rea de engenharia gentica
e o envio de relatrio respectivo autoridade com-
petente no prazo mximo de 5 (cinco) dias a contar
da data do evento;
II a notificao imediata CTNBio e s autoridades
da sade pblica, da defesa agropecuria e do meio
331
Srie Legislao
CAPTULO II
Do Conselho Nacional de Biossegurana (CNBS)
332
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
IV (vetado).
2 (Vetado.)
3 Sempre que o CNBS deliberar favoravelmente rea-
lizao da atividade analisada, encaminhar sua mani-
festao aos rgos e entidades de registro e fiscaliza-
o referidos no art. 16 desta lei.
4 Sempre que o CNBS deliberar contrariamente ati-
vidade analisada, encaminhar sua manifestao
CTNBio para informao ao requerente.
Art. 9 O CNBS composto pelos seguintes membros:
I Ministro de Estado Chefe da Casa Civil da Presi-
dncia da Repblica, que o presidir;
II Ministro de Estado da Cincia e Tecnologia;
III Ministro de Estado do Desenvolvimento Agrrio;
IV Ministro de Estado da Agricultura, Pecuria e
Abastecimento;
V Ministro de Estado da Justia;
VI Ministro de Estado da Sade;
VII Ministro de Estado do Meio Ambiente;
VIII Ministro de Estado do Desenvolvimento, Indstria
e Comrcio Exterior;
IX Ministro de Estado das Relaes Exteriores;
X Ministro de Estado da Defesa;
XI Secretrio Especial de Aquicultura e Pesca da Presi-
dncia da Repblica.
333
Srie Legislao
CAPTULO III
Da Comisso Tcnica Nacional de Biossegurana (CTNBio)
Art. 10. A CTNBio, integrante do Ministrio da Cincia e Tec-
nologia, instncia colegiada multidisciplinar de car-
ter consultivo e deliberativo, para prestar apoio tcnico
e de assessoramento ao governo federal na formulao,
atualizao e implementao da PNB de OGM e seus
derivados, bem como no estabelecimento de normas
tcnicas de segurana e de pareceres tcnicos referentes
autorizao para atividades que envolvam pesquisa e
uso comercial de OGM e seus derivados, com base na
avaliao de seu risco zoofitossanitrio, sade huma-
na e ao meio ambiente.
Pargrafo nico. A CTNBio dever acompanhar o desenvol-
vimento e o progresso tcnico e cientfico nas reas de bios-
segurana, biotecnologia, biotica e afins, com o objetivo de
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Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
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Pargrafo acrescido pela Lei n 11.460, de 21-3-2007.
337
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CAPTULO IV
Dos rgos e Entidades de Registro e Fiscalizao
Art. 16. Caber aos rgos e entidades de registro e fiscaliza-
o do Ministrio da Sade, do Ministrio da Agri-
cultura, Pecuria e Abastecimento e do Ministrio
do Meio Ambiente, e da Secretaria Especial de Aqui-
cultura e Pesca da Presidncia da Repblica entre
outras atribuies, no campo de suas competncias,
342
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
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Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
CAPTULO V
Da Comisso Interna de Biossegurana (CIBio)
Art. 17. Toda instituio que utilizar tcnicas e mtodos de
engenharia gentica ou realizar pesquisas com OGM
e seus derivados dever criar uma Comisso Interna
de Biossegurana (CIBio), alm de indicar um tcnico
principal responsvel para cada projeto especfico.
Art. 18. Compete CIBio, no mbito da instituio onde
constituda:
I manter informados os trabalhadores e demais
membros da coletividade, quando suscetveis de
serem afetados pela atividade, sobre as questes
relacionadas com a sade e a segurana, bem como
sobre os procedimentos em caso de acidentes;
345
Srie Legislao
CAPTULO VI
Do Sistema de Informaes em Biossegurana (SIB)
Art. 19. Fica criado, no mbito do Ministrio da Cincia e Tec-
nologia, o Sistema de Informaes em Biossegurana
(SIB), destinado gesto das informaes decorrentes
das atividades de anlise, autorizao, registro, moni-
toramento e acompanhamento das atividades que en-
volvam OGM e seus derivados.
346
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
CAPTULO VII
Da Responsabilidade Civil e Administrativa
Art. 20. Sem prejuzo da aplicao das penas previstas nesta
lei, os responsveis pelos danos ao meio ambiente e
a terceiros respondero, solidariamente, por sua inde-
nizao ou reparao integral, independentemente da
existncia de culpa.
Art. 21. Considera-se infrao administrativa toda ao ou
omisso que viole as normas previstas nesta lei e de-
mais disposies legais pertinentes.
Pargrafo nico. As infraes administrativas sero punidas
na forma estabelecida no regulamento desta lei, independen-
temente das medidas cautelares de apreenso de produtos, sus-
penso de venda de produto e embargos de atividades, com as
seguintes sanes:
I advertncia;
II multa;
III apreenso de OGM e seus derivados;
347
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CAPTULO VIII
Dos Crimes e das Penas
349
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Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
CAPTULO IX
Disposies Finais e Transitrias
351
Srie Legislao
213
.........................................................................................................
Art. 38. (Vetado.)
Art. 39. No se aplica aos OGM e seus derivados o disposto na
Lei n 7.802, de 11 de julho de 1989, e suas alteraes,
exceto para os casos em que eles sejam desenvolvidos para
servir de matria-prima para a produo de agrotxicos.
Art. 40. Os alimentos e ingredientes alimentares destinados ao
consumo humano ou animal que contenham ou se-
jam produzidos a partir de OGM ou derivados deve-
ro conter informao nesse sentido em seus rtulos,
conforme regulamento.
Art. 41. Esta lei entra em vigor na data de sua publicao.
213
As alteraes determinadas no art. 37 foram inseridas na respectiva lei, constante nesta publicao.
352
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
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- LEI N 11.284,
DE 2 DE MARO DE 2006214 -
Dispe sobre a gesto de florestas pblicas para a pro-
duo sustentvel; institui, na estrutura do Ministrio do
Meio Ambiente, o Servio Florestal Brasileiro (SFB); cria
o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal (FNDF);
altera as Leis nos 10.683, de 28 de maio de 2003, 5.868,
de 12 de dezembro de 1972, 9.605, de 12 de fevereiro de
1998, 4.771, de 15 de setembro de 1965, 6.938, de 31 de
agosto de 1981, e 6.015, de 31 de dezembro de 1973; e
d outras providncias.
O Presidente da Repblica
Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
TTULO I
DISPOSIES PRELIMINARES
CAPTULO NICO
Dos Princpios e Definies
Art. 1 Esta lei dispe sobre a gesto de florestas pblicas para
produo sustentvel, institui o Servio Florestal Bra-
sileiro (SFB), na estrutura do Ministrio do Meio Am-
biente, e cria o Fundo Nacional de Desenvolvimento
Florestal (FNDF).
214
Publicada no Dirio Oficial da Unio de 3 de maro de 2006. O Decreto n 6.063, de 20-3-2007, regu-
lamenta, no mbito federal, dispositivos desta lei.
354
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TTULO II
DA GESTO DE FLORESTAS PBLICAS
PARA PRODUO SUSTENTVEL
CAPTULO I
Disposies Gerais
358
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
CAPTULO II
Da Gesto Direta
Art. 5 O Poder Pblico poder exercer diretamente a gesto
de florestas nacionais, estaduais e municipais criadas
nos termos do art. 17 da Lei n 9.985, de 18 de julho
de 2000, sendo-lhe facultado, para execuo de ativi-
dades subsidirias, firmar convnios, termos de parce-
ria, contratos ou instrumentos similares com terceiros,
observados os procedimentos licitatrios e demais exi-
gncias legais pertinentes.
1 A durao dos contratos e instrumentos similares a
que se refere o caput deste artigo fica limitada a 120
(cento e vinte) meses.
2 Nas licitaes para as contrataes de que trata este ar-
tigo, alm do preo, poder ser considerado o critrio
da melhor tcnica previsto no inciso II do caput do
art. 26 desta lei.
CAPTULO III
Da Destinao s Comunidades Locais
Art. 6 Antes da realizao das concesses florestais, as flores-
tas pblicas ocupadas ou utilizadas por comunidades
locais sero identificadas para a destinao, pelos r-
gos competentes, por meio de:
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Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
CAPTULO IV
Das Concesses Florestais
Seo I
Disposies Gerais
Art. 7 A concesso florestal ser autorizada em ato do poder
concedente e formalizada mediante contrato, que de-
ver observar os termos desta lei, das normas pertinen-
tes e do edital de licitao.
Pargrafo nico. Os relatrios ambientais preliminares, li-
cenas ambientais, relatrios de impacto ambiental, contratos,
relatrios de fiscalizao e de auditorias e outros documentos
relevantes do processo de concesso florestal sero disponibi-
lizados por meio da Rede Mundial de Computadores, sem
prejuzo do disposto no art. 25 desta lei.
Seo II
Do Plano Anual de Outorga Florestal
Art. 10. O Plano Anual de Outorga Florestal (Paof ), proposto
pelo rgo gestor e definido pelo poder concedente,
conter a descrio de todas as florestas pblicas a
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Seo III
Do Processo de Outorga
363
Srie Legislao
Seo IV
Do Objeto da Concesso
Art. 14. A concesso florestal ter como objeto a explorao de
produtos e servios florestais, contratualmente espe-
cificados, em unidade de manejo de floresta pblica,
com permetro georreferenciado, registrada no respec-
tivo cadastro de florestas pblicas e includa no lote de
concesso florestal.
Pargrafo nico. Fica institudo o Cadastro Nacional de Flo-
restas Pblicas, interligado ao Sistema Nacional de Cadastro
Rural e integrado:
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Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
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Srie Legislao
Seo V
Do Licenciamento Ambiental
Art. 18. A licena prvia para uso sustentvel da unidade de
manejo ser requerida pelo rgo gestor, mediante a
apresentao de relatrio ambiental preliminar ao r-
go ambiental competente integrante do Sistema Na-
cional do Meio Ambiente (Sisnama).
1 Nos casos potencialmente causadores de significativa
degradao do meio ambiente, assim considerados, en-
tre outros aspectos, em funo da escala e da intensi-
dade do manejo florestal e da peculiaridade dos recur-
sos ambientais, ser exigido estudo prvio de impacto
ambiental (EIA) para a concesso da licena prvia.
2 O rgo ambiental licenciador poder optar pela realiza-
o de relatrio ambiental preliminar e EIA que abran-
jam diferentes unidades de manejo integrantes de um
mesmo lote de concesso florestal, desde que as unidades
se situem no mesmo ecossistema e no mesmo Estado.
3 Os custos do relatrio ambiental preliminar e do EIA
sero ressarcidos pelo concessionrio ganhador da lici-
tao, na forma do art. 24 desta lei.
4 A licena prvia autoriza a elaborao do PMFS e, no
caso de unidade de manejo inserida no Paof, a licita-
o para a concesso florestal.
5 O incio das atividades florestais na unidade de mane-
jo somente poder ser efetivado com a aprovao do
respectivo PMFS pelo rgo competente do Sisnama
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Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
Seo VI
Da Habilitao
Art. 19. Alm de outros requisitos previstos na Lei n 8.666,
de 21 de junho de 1993, exige-se para habilitao
nas licitaes de concesso florestal a comprovao
de ausncia de:
I dbitos inscritos na dvida ativa relativos a infra-
o ambiental nos rgos competentes integran-
tes do Sisnama;
II decises condenatrias, com trnsito em julgado,
em aes penais relativas a crime contra o meio
ambiente ou a ordem tributria ou a crime previ-
dencirio, observada a reabilitao de que trata o
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Seo VII
Do Edital de Licitao
Art. 20. O edital de licitao ser elaborado pelo poder con-
cedente, observados os critrios e as normas gerais
da Lei n 8.666, de 21 de junho de 1993, e conte-
r, especialmente:
I o objeto, com a descrio dos produtos e dos servi-
os a serem explorados;
II a delimitao da unidade de manejo, com localizao
e topografia, alm de mapas e imagens de satlite e das
informaes pblicas disponveis sobre a unidade;
III os resultados do inventrio amostral;
IV o prazo da concesso e as condies de prorrogao;
V a descrio da infraestrutura disponvel;
VI as condies e datas para a realizao de visitas de
reconhecimento das unidades de manejo e levanta-
mento de dados adicionais;
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Seo VIII
Dos Critrios de Seleo
Art. 26. No julgamento da licitao, a melhor proposta ser consi-
derada em razo da combinao dos seguintes critrios:
I o maior preo ofertado como pagamento ao poder
concedente pela outorga da concesso florestal;
II a melhor tcnica, considerando:
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Seo IX
Do Contrato de Concesso
Art. 27. Para cada unidade de manejo licitada, ser assinado um
contrato de concesso exclusivo com um nico con-
cessionrio, que ser responsvel por todas as obriga-
es nele previstas, alm de responder pelos prejuzos
causados ao poder concedente, ao meio ambiente ou
a terceiros, sem que a fiscalizao exercida pelos rgos
competentes exclua ou atenue essa responsabilidade.
1 Sem prejuzo da responsabilidade a que se refere o caput
deste artigo, o concessionrio poder contratar tercei-
ros para o desenvolvimento de atividades inerentes ou
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Seo X
Dos Preos Florestais
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Alnea com redao dada pela Lei n 11.516, de 28-8-2007.
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Seo XI
Do Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal
Art. 41. Fica criado o Fundo Nacional de Desenvolvimento
Florestal (FNDF), de natureza contbil, gerido pelo
rgo gestor federal, destinado a fomentar o desenvol-
vimento de atividades sustentveis de base florestal no
Brasil e a promover a inovao tecnolgica do setor.
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Seo XII
Das Auditorias Florestais
Art. 42. Sem prejuzo das aes de fiscalizao ordinrias, as
concesses sero submetidas a auditorias florestais,
de carter independente, em prazos no superiores a
3 (trs) anos, cujos custos sero de responsabilidade
do concessionrio.
1 Em casos excepcionais, previstos no edital de licitao,
nos quais a escala da atividade florestal torne invivel
o pagamento dos custos das auditorias florestais pelo
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Seo XIII
Da Extino da Concesso
Art. 44. Extingue-se a concesso florestal por qualquer das se-
guintes causas:
I esgotamento do prazo contratual;
II resciso;
III anulao;
IV falncia ou extino do concessionrio e fale-
cimento ou incapacidade do titular, no caso de
empresa individual;
V desistncia e devoluo, por opo do concession-
rio, do objeto da concesso.
1 Extinta a concesso, retornam ao titular da floresta
pblica todos os bens reversveis, direitos e privilgios
transferidos ao concessionrio, conforme previsto no
edital e estabelecido em contrato.
2 A extino da concesso autoriza, independentemente
de notificao prvia, a ocupao das instalaes e a
utilizao, pelo titular da floresta pblica, de todos os
bens reversveis.
3 A extino da concesso pelas causas previstas nos in-
cisos II, IV e V do caput deste artigo autoriza o poder
concedente a executar as garantias contratuais, sem pre-
juzo da responsabilidade civil por danos ambientais
prevista na Lei n 6.938, de 31 de agosto de 1981.
4 A devoluo de reas no implicar nus para o poder
concedente, nem conferir ao concessionrio qualquer
direito de indenizao pelos bens reversveis, os quais
passaro propriedade do poder concedente.
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Seo XIV
Das Florestas Nacionais, Estaduais e Municipais
Art. 48. As concesses em florestas nacionais, estaduais e mu-
nicipais devem observar o disposto nesta lei, na Lei
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Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
TTULO III
DOS RGOS RESPONSVEIS PELA
GESTO E FISCALIZAO
CAPTULO I
Do Poder Concedente
Art. 49. Cabe ao poder concedente, no mbito de sua competn-
cia, formular as estratgias, polticas, planos e programas
para a gesto de florestas pblicas e, especialmente:
I definir o Paof;
393
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CAPTULO II
Dos rgos do Sisnama Responsveis pelo Controle
e Fiscalizao Ambiental
Art. 50. Caber aos rgos do Sisnama responsveis pelo con-
trole e fiscalizao ambiental das atividades florestais
em suas respectivas jurisdies:
I fiscalizar e garantir a proteo das florestas pblicas;
394
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
CAPTULO III
Do rgo Consultivo
Art. 51. Sem prejuzo das atribuies do Conselho Nacional
do Meio Ambiente (Conama), fica instituda a Co-
misso de Gesto de Florestas Pblicas216, no mbito
216
A composio e o funcionamento dessa comisso esto dispostos no Decreto n 5.795, de 5-6-2006.
395
Srie Legislao
CAPTULO IV
Do rgo Gestor
Art. 53. Caber aos rgos gestores federal, estaduais e munici-
pais, no mbito de suas competncias:
I elaborar proposta de Paof, a ser submetida ao po-
der concedente;
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TTULO IV
DO SERVIO FLORESTAL BRASILEIRO
CAPTULO I
Da Criao do Servio Florestal Brasileiro
Art. 54. Fica criado, na estrutura bsica do Ministrio do Meio
Ambiente, o Servio Florestal Brasileiro (SFB).
Art. 55. O SFB atua exclusivamente na gesto das florestas p-
blicas e tem por competncia:
I exercer a funo de rgo gestor prevista no art. 53
desta lei, no mbito federal, bem como de rgo
gestor do FNDF;
II apoiar a criao e gesto de programas de treina-
mento, capacitao, pesquisa e assistncia tcnica
para a implementao de atividades florestais, in-
cluindo manejo florestal, processamento de produ-
tos florestais e explorao de servios florestais;
III estimular e fomentar a prtica de atividades florestais
sustentveis madeireira, no madeireira e de servios;
IV promover estudos de mercado para produtos e ser-
vios gerados pelas florestas;
V propor planos de produo florestal sustentvel de
forma compatvel com as demandas da sociedade;
VI criar e manter o Sistema Nacional de Informaes
Florestais integrado ao Sistema Nacional de Infor-
maes sobre o Meio Ambiente;
VII gerenciar o Cadastro Nacional de Florestas Pbli-
cas, exercendo as seguintes funes:
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Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
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CAPTULO II
Da Estrutura Organizacional e Gesto do
Servio Florestal Brasileiro
Seo I
Do Conselho Diretor
Art. 56. O Poder Executivo dispor sobre a estrutura organiza-
cional e funcionamento do SFB, observado o disposto
neste artigo.
1 O SFB ser dirigido por um Conselho Diretor, com-
posto por um Diretor-Geral e 4 (quatro) diretores, em
regime de colegiado, ao qual caber:
I exercer a administrao do SFB;
II examinar, decidir e executar aes necessrias ao
cumprimento das competncias do SFB;
III editar normas sobre matrias de competncia do SFB;
IV aprovar o regimento interno do SFB, a organizao, a
estrutura e o mbito decisrio de cada diretoria;
V elaborar e divulgar relatrios sobre as atividades do SFB;
VI conhecer e julgar pedidos de reconsiderao de de-
cises de componentes das diretorias do SFB.
2 As decises relativas s atribuies do SFB so tomadas
pelo Conselho Diretor, por maioria absoluta de votos.
Art. 57. O SFB ter, em sua estrutura, unidade de assessora-
mento jurdico, observada a legislao pertinente.
Art. 58. O Diretor-Geral e os demais membros do Conselho
Diretor do SFB sero brasileiros, de reputao ilibada,
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Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
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Seo II
Da Ouvidoria
Art. 62. O SFB contar com uma Ouvidoria, qual competir:
I receber pedidos de informao e esclarecimento,
acompanhar o processo interno de apurao das de-
nncias e reclamaes afetas ao SFB e responder di-
retamente aos interessados, que sero cientificados,
em at 30 (trinta) dias, das providncias tomadas;
II zelar pela qualidade dos servios prestados pelo
SFB e acompanhar o processo interno de apu-
rao das denncias e reclamaes dos usurios,
seja contra a atuao do SFB, seja contra a atua-
o dos concessionrios;
III produzir, semestralmente e quando julgar oportuno:
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Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
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Seo III
Do Conselho Gestor
Seo IV
Dos Servidores do SFB
Art. 64. O SFB constituir quadro de pessoal, por meio da re-
alizao de concurso pblico de provas, ou de provas
e ttulos, ou da redistribuio de servidores de rgos
e entidades da administrao federal direta, autrquica
ou fundacional.
Art. 65. O SFB poder requisitar, independentemente da de-
signao para cargo em comisso ou funo de con-
fiana, e sem prejuzo dos vencimentos e vantagens a
que faam jus no rgo de origem, servidores de r-
gos e entidades integrantes da administrao pblica
federal direta, autrquica e fundacional, observado o
quantitativo mximo estabelecido em ato conjunto
dos Ministros de Estado do Planejamento, Oramen-
to e Gesto e do Meio Ambiente.
Pargrafo nico. No caso de requisio ao Ibama, ela dever
ser precedida de autorizao do rgo.
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Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
Seo V
Da Autonomia Administrativa do SFB
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Seo VI
Da Receita e do Acervo do Servio Florestal Brasileiro
Art. 68. Constituem receitas do SFB:
I recursos oriundos da cobrana dos preos de con-
cesso florestal, conforme destinao prevista na
alnea a do inciso I do caput e no inciso I do 1,
ambos do art. 39 desta lei, alm de outros referen-
tes ao contrato de concesso, incluindo os relativos
aos custos do edital de licitao e os recursos advin-
dos de aplicao de penalidades contratuais;
II recursos ordinrios do Tesouro Nacional, consig-
nados no Oramento Fiscal da Unio e em seus
crditos adicionais, transferncias e repasses que
lhe forem conferidos;
III produto da venda de publicaes, material tcnico,
dados e informaes, inclusive para fins de licitao
pblica, e de emolumentos administrativos;
IV recursos provenientes de convnios ou acordos
celebrados com entidades, organismos ou em-
presas pblicas, ou contratos celebrados com
empresas privadas;
V doaes, legados, subvenes e outros recursos que
lhe forem destinados.
TTULO V
DISPOSIES TRANSITRIAS E FINAIS
Art. 69. Sem prejuzo do disposto nos incisos VI e VII do art. 23
da Constituio Federal, a execuo das atividades rela-
cionadas s concesses florestais poder ser delegada pe-
los Estados, Distrito Federal e Municpios Unio, bem
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...................................................................................................................
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As alteraes determinadas nos arts. 82 a 84 foram inseridas nas respectivas leis, constantes desta publicao.
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- LEI N 11.428,
DE 22 DE DEZEMBRO DE 2006218 -
O Presidente da Repblica
Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
TTULO I
DAS DEFINIES, OBJETIVOS E
PRINCPIOS DO REGIME JURDICO
DO BIOMA MATA ATLNTICA
Art. 1 A conservao, a proteo, a regenerao e a utilizao
do Bioma Mata Atlntica, patrimnio nacional, ob-
servaro o que estabelece esta lei, bem como a legisla-
o ambiental vigente, em especial a Lei n 4.771, de
15 de setembro de 1965.
CAPTULO I
Das Definies
Art. 2 Para os efeitos desta lei, consideram-se integrantes do
Bioma Mata Atlntica as seguintes formaes florestais
nativas e ecossistemas associados, com as respectivas
218
Publicada no Dirio Oficial da Unio de 26 de dezembro de 2006, retificada em 9-1-2007 e regulamen-
tada pelo Decreto n 6.660, de 21-11-2008.
415
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VII sub-bosque;
VIII diversidade e dominncia de espcies;
IX espcies vegetais indicadoras.
Art. 5 A vegetao primria ou a vegetao secundria em
qualquer estgio de regenerao do Bioma Mata Atln-
tica no perdero esta classificao nos casos de incn-
dio, desmatamento ou qualquer outro tipo de interven-
o no autorizada ou no licenciada.
CAPTULO II
Dos Objetivos e Princpios do Regime Jurdico
do Bioma Mata Atlntica
Art. 6 A proteo e a utilizao do Bioma Mata Atlntica tm
por objetivo geral o desenvolvimento sustentvel e, por
objetivos especficos, a salvaguarda da biodiversidade,
da sade humana, dos valores paisagsticos, estticos e
tursticos, do regime hdrico e da estabilidade social.
Pargrafo nico. Na proteo e na utilizao do Bioma Mata
Atlntica, sero observados os princpios da funo socioam-
biental da propriedade, da equidade intergeracional, da pre-
veno, da precauo, do usurio-pagador, da transparncia
das informaes e atos, da gesto democrtica, da celerida-
de procedimental, da gratuidade dos servios administrativos
prestados ao pequeno produtor rural e s populaes tradicio-
nais e do respeito ao direito de propriedade.
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Srie Legislao
TTULO II
DO REGIME JURDICO GERAL DO BIOMA
MATA ATLNTICA
Art. 8 O corte, a supresso e a explorao da vegetao do Bioma
Mata Atlntica far-se-o de maneira diferenciada, confor-
me se trate de vegetao primria ou secundria, nesta l-
tima levando-se em conta o estgio de regenerao.
Art. 9 A explorao eventual, sem propsito comercial direto
ou indireto, de espcies da flora nativa, para consumo
nas propriedades ou posses das populaes tradicionais
ou de pequenos produtores rurais, independe de autori-
zao dos rgos competentes, conforme regulamento.
Pargrafo nico. Os rgos competentes, sem prejuzo do
disposto no caput deste artigo, devero assistir as populaes
tradicionais e os pequenos produtores no manejo e explorao
sustentveis das espcies da flora nativa.
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TTULO III
DO REGIME JURDICO ESPECIAL DO
BIOMA MATA ATLNTICA
CAPTULO I
Da Proteo da Vegetao Primria
Art. 20. O corte e a supresso da vegetao primria do Bioma
Mata Atlntica somente sero autorizados em carter
excepcional, quando necessrios realizao de obras,
projetos ou atividades de utilidade pblica, pesquisas
cientficas e prticas preservacionistas.
Pargrafo nico. O corte e a supresso de vegetao, no caso
de utilidade pblica, obedecero ao disposto no art. 14 desta
lei, alm da realizao de Estudo Prvio de Impacto Ambien-
tal/Relatrio de Impacto Ambiental (EIA/Rima).
425
Srie Legislao
CAPTULO II
Da Proteo da Vegetao Secundria em Estgio
Avanado de Regenerao
Art. 21. O corte, a supresso e a explorao da vegetao se-
cundria em estgio avanado de regenerao do Bio-
ma Mata Atlntica somente sero autorizados:
I em carter excepcional, quando necessrios execu-
o de obras, atividades ou projetos de utilidade p-
blica, pesquisa cientfica e prticas preservacionistas;
II (vetado);
III nos casos previstos no inciso I do art. 30 desta lei.
Art. 22. O corte e a supresso previstos no inciso I do art. 21
desta lei no caso de utilidade pblica sero realizados
na forma do art. 14 desta lei, alm da realizao de
Estudo Prvio de Impacto Ambiental, bem como na
forma do art. 19 desta lei para os casos de prticas pre-
servacionistas e pesquisas cientficas.
CAPTULO III
Da Proteo da Vegetao Secundria em
Estgio Mdio de Regenerao
Art. 23. O corte, a supresso e a explorao da vegetao se-
cundria em estgio mdio de regenerao do Bioma
Mata Atlntica somente sero autorizados:
I em carter excepcional, quando necessrios exe-
cuo de obras, atividades ou projetos de utilidade
pblica ou de interesse social, pesquisa cientfica e
prticas preservacionistas;
426
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
II (vetado);
III quando necessrios ao pequeno produtor rural e po-
pulaes tradicionais para o exerccio de atividades
ou usos agrcolas, pecurios ou silviculturais impres-
cindveis sua subsistncia e de sua famlia, ressal-
vadas as reas de preservao permanente e, quando
for o caso, aps averbao da reserva legal, nos ter-
mos da Lei n 4.771, de 15 de setembro de 1965;
IV nos casos previstos nos 1 e 2 do art. 31 desta lei.
Art. 24. O corte e a supresso da vegetao em estgio mdio
de regenerao, de que trata o inciso I do art. 23 desta
lei, nos casos de utilidade pblica ou interesse social,
obedecero ao disposto no art. 14 desta lei.
Pargrafo nico. Na hiptese do inciso III do art. 23 desta lei,
a autorizao de competncia do rgo estadual competente,
informando-se ao Ibama, na forma da regulamentao desta lei.
CAPTULO IV
Da Proteo da Vegetao Secundria em Estgio
Inicial de Regenerao
Art. 25. O corte, a supresso e a explorao da vegetao
secundria em estgio inicial de regenerao do
Bioma Mata Atlntica sero autorizados pelo rgo
estadual competente.
Pargrafo nico. O corte, a supresso e a explorao de que
trata este artigo, nos Estados em que a vegetao primria e
secundria remanescente do Bioma Mata Atlntica for infe-
rior a 5% (cinco por cento) da rea original, submeter-se-o
ao regime jurdico aplicvel vegetao secundria em estgio
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Srie Legislao
CAPTULO V
Da Explorao Seletiva de Vegetao Secundria
em Estgios Avanado, Mdio e Inicial de Regenerao
Art. 27. (Vetado.)
Art. 28. O corte, a supresso e o manejo de espcies arbreas
pioneiras nativas em fragmentos florestais em estgio
mdio de regenerao, em que sua presena for supe-
rior a 60% (sessenta por cento) em relao s demais
espcies, podero ser autorizados pelo rgo estadual
competente, observado o disposto na Lei n 4.771, de
15 de setembro de 1965.
Art. 29. (Vetado.)
CAPTULO VI
Da Proteo do Bioma Mata Atlntica nas
reas Urbanas e Regies Metropolitanas
Art. 30. vedada a supresso de vegetao primria do Bioma
Mata Atlntica, para fins de loteamento ou edificao,
nas regies metropolitanas e reas urbanas considera-
das como tal em lei especfica, aplicando-se supres-
so da vegetao secundria em estgio avanado de
regenerao as seguintes restries:
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Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
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Srie Legislao
CAPTULO VII
Das Atividades Minerrias em reas de Vegetao Secundria
em Estgio Avanado e Mdio de Regenerao
Art. 32. A supresso de vegetao secundria em estgio avan-
ado e mdio de regenerao para fins de atividades
minerrias somente ser admitida mediante:
I licenciamento ambiental, condicionado apresen-
tao de Estudo Prvio de Impacto Ambiental/Re-
latrio de Impacto Ambiental (EIA/Rima), pelo
empreendedor, e desde que demonstrada a inexis-
tncia de alternativa tcnica e locacional ao empre-
endimento proposto;
II adoo de medida compensatria que inclua a re-
cuperao de rea equivalente rea do empreen-
dimento, com as mesmas caractersticas ecolgicas,
na mesma bacia hidrogrfica e sempre que possvel
na mesma microbacia hidrogrfica, independente-
mente do disposto no art. 36 da Lei n 9.985, de
18 de julho de 2000.
430
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
TTULO IV
DOS INCENTIVOS ECONMICOS
Art. 33. O poder pblico, sem prejuzo das obrigaes dos pro-
prietrios e posseiros estabelecidas na legislao ambien-
tal, estimular, com incentivos econmicos, a proteo
e o uso sustentvel do Bioma Mata Atlntica.
1 Na regulamentao dos incentivos econmicos am-
bientais, sero observadas as seguintes caractersticas
da rea beneficiada:
I a importncia e representatividade ambientais do
ecossistema e da gleba;
II a existncia de espcies da fauna e flora ameaadas
de extino;
III a relevncia dos recursos hdricos;
IV o valor paisagstico, esttico e turstico;
V o respeito s obrigaes impostas pela legislao
ambiental;
VI a capacidade de uso real e sua produtividade atual.
2 Os incentivos de que trata este ttulo no excluem ou
restringem outros benefcios, abatimentos e dedues
em vigor, em especial as doaes a entidades de utilida-
de pblica efetuadas por pessoas fsicas ou jurdicas.
Art. 34. As infraes dos dispositivos que regem os benefcios
econmicos ambientais, sem prejuzo das sanes pe-
nais e administrativas cabveis, sujeitaro os responsveis
a multa civil de 3 (trs) vezes o valor atualizado recebi-
do, ou do imposto devido em relao a cada exerccio
431
Srie Legislao
CAPTULO I
Do Fundo de Restaurao do Bioma Mata Atlntica
Art. 36. Fica institudo o Fundo de Restaurao do Bioma
Mata Atlntica destinado ao financiamento de proje-
tos de restaurao ambiental e de pesquisa cientfica.
1 (Vetado.)
2 (Vetado.)
3 (Vetado.)
432
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
433
Srie Legislao
CAPTULO II
Da Servido Ambiental
Art. 39. (Vetado.)
Art. 40. (Vetado.)
CAPTULO III
Dos Incentivos Creditcios
Art. 41. O proprietrio ou posseiro que tenha vegetao prim-
ria ou secundria em estgios avanado e mdio de rege-
nerao do Bioma Mata Atlntica receber das institui-
es financeiras benefcios creditcios, entre os quais:
I prioridade na concesso de crdito agrcola, para os pe-
quenos produtores rurais e populaes tradicionais;
II (vetado);
III (vetado).
Pargrafo nico. Os critrios, condies e mecanismos de
controle dos benefcios referidos neste artigo sero definidos,
anualmente, sob pena de responsabilidade, pelo rgo compe-
tente do Poder Executivo, aps anuncia do rgo competente
do Ministrio da Fazenda.
TTULO V
DAS PENALIDADES
Art. 42. A ao ou omisso das pessoas fsicas ou jurdicas que
importem inobservncia aos preceitos desta lei e a seus
regulamentos ou resultem em dano flora, fauna e
aos demais atributos naturais sujeitam os infratores s
sanes previstas em lei, em especial as dispostas na
Lei n 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, e seus decre-
tos regulamentadores.
434
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
219
.........................................................................................................
Art. 44. (Vetado.)
TTULO VI
DISPOSIES FINAIS
Art. 45. (Vetado.)
Art. 46. Os rgos competentes adotaro as providncias ne-
cessrias para o rigoroso e fiel cumprimento desta lei,
e estimularo estudos tcnicos e cientficos visando
conservao e ao manejo racional do Bioma Mata
Atlntica e de sua biodiversidade.
Art. 47. Para os efeitos do inciso I do caput do art. 3 desta
lei, somente sero consideradas as propriedades rurais
com rea de at 50 (cinquenta) hectares, registradas
em cartrio at a data de incio de vigncia desta lei,
ressalvados os casos de fracionamento por transmisso
causa mortis.
Art. 48. O art. 10 da Lei n 9.393, de 19 de dezembro de 1996,
passa a vigorar com a seguinte redao:
Art. 10. .........................................................................
1 .........................................................................
.........................................................................
II .........................................................................
d) sob regime de servido florestal ou ambiental;
e) cobertas por florestas nativas, primrias ou secund-
rias em estgio mdio ou avanado de regenerao;
IV .........................................................................
b) de que tratam as alneas do inciso II deste pargrafo;
219
As alteraes determinadas no art. 43 foram inseridas na respectiva lei, constante nesta publicao.
435
Srie Legislao
.................................................................(NR)
220
.........................................................................................................
Art. 50. (Vetado.)
Art. 51. Esta lei entra em vigor na data de sua publicao.
220
As alteraes determinadas no art. 49 foram inseridas na respectiva lei, constante nesta publicao.
436
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
- LEI N 11.460,
DE 21 DE MARO DE 2007221 -
Dispe sobre o plantio de organismos geneticamente modi-
ficados em unidades de conservao; acrescenta dispositivos
Lei n 9.985, de 18 de julho de 2000, e Lei n 11.105, de
24 de maro de 2005; revoga dispositivo da Lei n 10.814,
de 15 de dezembro de 2003; e d outras providncias.
O Presidente da Repblica
Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1 Ficam vedados a pesquisa e o cultivo de organismos
geneticamente modificados nas terras indgenas e reas
de unidades de conservao, exceto nas reas de Pro-
teo Ambiental.
222
.........................................................................................................
Art. 4 (Vetado.)
Art. 5 O prazo previsto no art. 26 da Lei n 11.265, de 3
de janeiro de 2006, relativamente ao que dispem o
inciso III do caput do art. 2 e os arts. 10, 11, 13, 14 e
15, fica prorrogado por 6 (seis) meses, a partir de 3 de
janeiro de 2007.
Art. 6 Esta lei entra em vigor na data de sua publicao.
Art. 7 Fica revogado o art. 11 da Lei n 10.814, de 15 de
dezembro de 2003.
Braslia, 21 de maro de 2007; 186 da Independncia e 119 da Repblica.
LUIZ INCIO LULA DA SILVA
Tarso Genro
Luiz Carlos Guedes Pinto
Srgio Machado Rezende
Marina Silva
Guilherme Cassel
221
Publicada no Dirio Oficial da Unio de 22 de maro de 2007.
222
As alteraes determinadas nos arts. 2o e 3o foram inseridas na respectiva lei, constante nesta publicao.
437
Srie Legislao
- LEI N 11.516,
DE 28 DE AGOSTO DE 2007223 -
O Presidente da Repblica
Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
438
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
439
Srie Legislao
224
As alteraes determinadas nos arts. 5o a 7o foram inseridas na respectiva lei, constante nesta publicao.
440
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
441
Srie Legislao
442
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
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Srie Legislao
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Srie Legislao
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Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
447
Srie Legislao
- LEI N 11.794,
DE 8 DE OUTUBRO DE 2008225 -
O Presidente da Repblica
Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
CAPTULO I
Das Disposies Preliminares
Art. 1 A criao e a utilizao de animais em atividades de
ensino e pesquisa cientfica, em todo o territrio na-
cional, obedece aos critrios estabelecidos nesta lei.
1 A utilizao de animais em atividades educacionais
fica restrita a:
I estabelecimentos de ensino superior;
II estabelecimentos de educao profissional tcnica
de nvel mdio da rea biomdica.
2 So consideradas como atividades de pesquisa cientfica
todas aquelas relacionadas com cincia bsica, cin-
cia aplicada, desenvolvimento tecnolgico, produo
e controle da qualidade de drogas, medicamentos,
225
Publicada no Dirio Oficial da Unio de 9 de outubro de 2008.
448
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
449
Srie Legislao
CAPTULO II
Do Conselho Nacional de Controle de
Experimentao Animal (Concea)
Art. 4 Fica criado o Conselho Nacional de Controle de Ex-
perimentao Animal (Concea).
Art. 5 Compete ao Concea:
I formular e zelar pelo cumprimento das normas
relativas utilizao humanitria de animais com
finalidade de ensino e pesquisa cientfica;
II credenciar instituies para criao ou utilizao de
animais em ensino e pesquisa cientfica;
III monitorar e avaliar a introduo de tcnicas alter-
nativas que substituam a utilizao de animais em
ensino e pesquisa;
IV estabelecer e rever, periodicamente, as normas para
uso e cuidados com animais para ensino e pesquisa,
em consonncia com as convenes internacionais
das quais o Brasil seja signatrio;
V estabelecer e rever, periodicamente, normas tcni-
cas para instalao e funcionamento de centros de
criao, de biotrios e de laboratrios de experi-
mentao animal, bem como sobre as condies de
trabalho em tais instalaes;
450
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
451
Srie Legislao
452
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
CAPTULO III
Das Comisses de tica no Uso de Animais (CEUAs)
Art. 8 condio indispensvel para o credenciamento das
instituies com atividades de ensino ou pesquisa com
animais a constituio prvia de Comisses de tica
no Uso de Animais (CEUAs).
Art. 9 As CEUAs so integradas por:
I mdicos veterinrios e bilogos;
II docentes e pesquisadores na rea especfica;
III 1 (um) representante de sociedades protetoras de
animais legalmente estabelecidas no Pas, na forma
do Regulamento.
Art. 10. Compete s CEUAs:
I cumprir e fazer cumprir, no mbito de suas atri-
buies, o disposto nesta lei e nas demais normas
aplicveis utilizao de animais para ensino e pes-
quisa, especialmente nas resolues do Concea;
II examinar previamente os procedimentos de ensino
e pesquisa a serem realizados na instituio qual
esteja vinculada, para determinar sua compatibili-
dade com a legislao aplicvel;
III manter cadastro atualizado dos procedimentos de
ensino e pesquisa realizados, ou em andamento, na
instituio, enviando cpia ao Concea;
453
Srie Legislao
454
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
CAPTULO IV
Das Condies de Criao e Uso de Animais para
Ensino e Pesquisa Cientfica
Art. 11. Compete ao Ministrio da Cincia e Tecnologia licen-
ciar as atividades destinadas criao de animais, ao
ensino e pesquisa cientfica de que trata esta lei.
1 (Vetado.)
2 (Vetado.)
3 (Vetado.)
Art. 12. A criao ou a utilizao de animais para pesquisa fi-
cam restritas, exclusivamente, s instituies creden-
ciadas no Concea.
Art. 13. Qualquer instituio legalmente estabelecida em territ-
rio nacional que crie ou utilize animais para ensino e pes-
quisa dever requerer credenciamento no Concea, para
uso de animais, desde que, previamente, crie a CEUA.
1 A critrio da instituio e mediante autorizao do
Concea, admitida a criao de mais de uma CEUA
por instituio.
2 Na hiptese prevista no 1 deste artigo, cada CEUA
definir os laboratrios de experimentao animal,
biotrios e centros de criao sob seu controle.
Art. 14. O animal s poder ser submetido s intervenes reco-
mendadas nos protocolos dos experimentos que consti-
tuem a pesquisa ou programa de aprendizado quando,
antes, durante e aps o experimento, receber cuidados
especiais, conforme estabelecido pelo Concea.
455
Srie Legislao
456
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
CAPTULO V
Das Penalidades
Art. 17. As instituies que executem atividades reguladas por
esta lei esto sujeitas, em caso de transgresso s suas
457
Srie Legislao
458
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
CAPTULO VI
Disposies Gerais e Transitrias
Art. 22. As instituies que criem ou utilizem animais para en-
sino ou pesquisa existentes no Pas antes da data de
vigncia desta lei devero:
I criar a CEUA, no prazo mximo de 90 (noventa) dias,
aps a regulamentao referida no art. 25 desta lei;
II compatibilizar suas instalaes fsicas, no prazo
mximo de 5 (cinco) anos, a partir da entrada em
vigor das normas estabelecidas pelo Concea, com
base no inciso V do caput do art. 5 desta lei.
Art. 23. O Concea, mediante resoluo, recomendar s agncias
de amparo e fomento pesquisa cientfica o indeferi-
mento de projetos por qualquer dos seguintes motivos:
I que estejam sendo realizados sem a aprovao da
CEUA;
II cuja realizao tenha sido suspensa pela CEUA.
459
Srie Legislao
460
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
- LEI N 11.828,
DE 20 DE NOVEMBRO DE 2008226 -
O Presidente da Repblica
Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1 No caso de doaes em espcie recebidas por institui-
es financeiras pblicas controladas pela Unio e desti-
nadas a aes de preveno, monitoramento e combate
ao desmatamento, inclusive programas de remunerao
por servios ambientais, e de promoo da conservao
e do uso sustentvel dos biomas brasileiros, na forma
estabelecida em regulamento, fica suspensa a incidncia
da Contribuio para o PIS/Pasep e da Contribuio
para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).
1 Para efeito do disposto no caput deste artigo, a desti-
nao das doaes deve ser efetivada no prazo mximo
de 2 (dois) anos contado do ms seguinte ao de recebi-
mento da doao.
2 As doaes de que trata o caput deste artigo tambm
podero ser destinadas ao desenvolvimento de aes de
preveno, monitoramento e combate ao desmatamento
226
Publicada no Dirio Oficial da Unio de 21 de novembro de 2008 e regulamentada pelo Decreto n 6.565,
de 15-9-2008.
461
Srie Legislao
462
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
- LEI N 11.959,
DE 29 DE JUNHO DE 2009227 -
O Presidente da Repblica
Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
CAPTULO I
Normas Gerais da Poltica Nacional de Desenvolvimento
Sustentvel da Aquicultura e da Pesca
Art. 1 Esta lei dispe sobre a Poltica Nacional de Desen-
volvimento Sustentvel da Aquicultura e da Pesca,
formulada, coordenada e executada com o objetivo
de promover:
I o desenvolvimento sustentvel da pesca e da aqui-
cultura como fonte de alimentao, emprego,
renda e lazer, garantindo-se o uso sustentvel dos
recursos pesqueiros, bem como a otimizao dos
benefcios econmicos decorrentes, em harmonia
227
Publicada no Dirio Oficial da Unio, Seo 1, de 30 de junho de 2009 e retificada no Dirio Oficial da
Unio, Seo 1, de 9 de julho de 2009.
463
Srie Legislao
CAPTULO II
Definies
Art. 2 Para os efeitos desta lei, consideram-se:
I recursos pesqueiros: os animais e os vegetais hidr-
bios passveis de explorao, estudo ou pesquisa
pela pesca amadora, de subsistncia, cientfica, co-
mercial e pela aquicultura;
II aquicultura: a atividade de cultivo de organismos cujo
ciclo de vida em condies naturais se d total ou par-
cialmente em meio aqutico, implicando a proprieda-
de do estoque sob cultivo, equiparada atividade agro-
pecuria e classificada nos termos do art. 20 desta lei;
III pesca: toda operao, ao ou ato tendente a ex-
trair, colher, apanhar, apreender ou capturar recur-
sos pesqueiros;
IV aquicultor: a pessoa fsica ou jurdica que, regis-
trada e licenciada pelas autoridades competentes,
exerce a aquicultura com fins comerciais;
464
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
465
Srie Legislao
466
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
467
Srie Legislao
CAPTULO III
Da Sustentabilidade do Uso dos Recursos Pesqueiros e da
Atividade de Pesca
Seo I
Da Sustentabilidade do Uso dos Recursos Pesqueiros
Art. 3 Compete ao poder pblico a regulamentao da Po-
ltica Nacional de Desenvolvimento Sustentvel da
Atividade Pesqueira, conciliando o equilbrio entre o
princpio da sustentabilidade dos recursos pesqueiros
e a obteno de melhores resultados econmicos e so-
ciais, calculando, autorizando ou estabelecendo, em
cada caso:
I os regimes de acesso;
II a captura total permissvel;
III o esforo de pesca sustentvel;
IV os perodos de defeso;
V as temporadas de pesca;
VI os tamanhos de captura;
VII as reas interditadas ou de reservas;
VIII as artes, os aparelhos, os mtodos e os sistemas de
pesca e cultivo;
IX a capacidade de suporte dos ambientes;
X as necessrias aes de monitoramento, controle e
fiscalizao da atividade;
468
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
Seo II
Da Atividade Pesqueira
Art. 4 A atividade pesqueira compreende todos os processos
de pesca, explotao e explorao, cultivo, conserva-
o, processamento, transporte, comercializao e pes-
quisa dos recursos pesqueiros.
Pargrafo nico. Consideram-se atividade pesqueira artesa-
nal, para os efeitos desta lei, os trabalhos de confeco e de
reparos de artes e petrechos de pesca, os reparos realizados em
embarcaes de pequeno porte e o processamento do produto
da pesca artesanal.
469
Srie Legislao
470
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
471
Srie Legislao
CAPTULO IV
Da Pesca
Seo I
Da Natureza da Pesca
Art. 8 Pesca, para os efeitos desta lei, classifica-se como:
I comercial:
a) artesanal: quando praticada diretamente por pes-
cador profissional, de forma autnoma ou em
regime de economia familiar, com meios de pro-
duo prprios ou mediante contrato de parceria,
desembarcado, podendo utilizar embarcaes de
pequeno porte;
b) industrial: quando praticada por pessoa fsica ou
jurdica e envolver pescadores profissionais, em-
pregados ou em regime de parceria por cotas-par-
tes, utilizando embarcaes de pequeno, mdio ou
grande porte, com finalidade comercial;
II no comercial:
a) cientfica: quando praticada por pessoa fsica ou
jurdica, com a finalidade de pesquisa cientfica;
b) amadora: quando praticada por brasileiro ou es-
trangeiro, com equipamentos ou petrechos previs-
tos em legislao especfica, tendo por finalidade o
lazer ou o desporto;
472
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
Seo II
Das Embarcaes de Pesca
Art. 9 Podem exercer a atividade pesqueira em reas sob ju-
risdio brasileira:
I as embarcaes brasileiras de pesca;
II as embarcaes estrangeiras de pesca cobertas por
acordos ou tratados internacionais firmados pelo
Brasil, nas condies neles estabelecidas e na legis-
lao especfica;
III as embarcaes estrangeiras de pesca arrendadas
por empresas, armadores e cooperativas brasileiras
de produo de pesca, nos termos e condies esta-
belecidos em legislao especfica.
1 Para os efeitos desta lei, consideram-se equiparadas
s embarcaes brasileiras de pesca as embarcaes
estrangeiras de pesca arrendadas por pessoa fsica ou
jurdica brasileira.
2 A pesca amadora ou esportiva somente poder utilizar
embarcaes classificadas pela autoridade martima na
categoria de esporte e recreio.
Art. 10. Embarcao de pesca, para os fins desta lei, aquela
que, permissionada e registrada perante as autorida-
des competentes, na forma da legislao especfica,
473
Srie Legislao
474
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
475
Srie Legislao
Seo III
Dos Pescadores
Art. 14. (Vetado.)
Art. 15. (Vetado.)
476
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
CAPTULO V
Da Aquicultura
Art. 18. O aquicultor poder coletar, capturar e transportar or-
ganismos aquticos silvestres, com finalidade tcnico-
cientfica ou comercial, desde que previamente autori-
zado pelo rgo competente, nos seguintes casos:
I reposio de plantel de reprodutores;
II cultivo de moluscos aquticos e de macroalgas dis-
ciplinado em legislao especfica.
Art. 19. A aquicultura classificada como:
I comercial: quando praticada com finalidade eco-
nmica, por pessoa fsica ou jurdica;
II cientfica ou demonstrativa: quando praticada uni-
camente com fins de pesquisa, estudos ou demons-
trao por pessoa jurdica legalmente habilitada
para essas finalidades;
III recomposio ambiental: quando praticada sem
finalidade econmica, com o objetivo de repo-
voamento, por pessoa fsica ou jurdica legal-
mente habilitada;
IV familiar: quando praticada por unidade unifami-
liar, nos termos da Lei n 11.326, de 24 de julho
de 2006;
477
Srie Legislao
478
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
CAPTULO VI
Do Acesso aos Recursos Pesqueiros
Art. 24. Toda pessoa, fsica ou jurdica, que exera atividade
pesqueira bem como a embarcao de pesca devem ser
previamente inscritas no Registro Geral da Atividade
Pesqueira (RGP), bem como no Cadastro Tcnico Fe-
deral (CTF) na forma da legislao especfica.
Pargrafo nico. Os critrios para a efetivao do Registro
Geral da Atividade Pesqueira sero estabelecidos no regula-
mento desta lei.
479
Srie Legislao
480
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
CAPTULO VII
Do Estmulo Atividade Pesqueira
Art. 27. So considerados produtores rurais e beneficirios da
poltica agrcola de que trata o art. 187 da Constituio
Federal as pessoas fsicas e jurdicas que desenvolvam
atividade pesqueira de captura e criao de pescado
nos termos desta lei.
1 Podem ser beneficirios do crdito rural de comerciali-
zao os agentes que desenvolvem atividades de trans-
formao, processamento e industrializao de pesca-
do, desde que atendido o disposto no 1 do art. 49
da Lei n 8.171, de 17 de janeiro de 1991.
2 Fica o Poder Executivo autorizado a criar sistema na-
cional de informaes sobre a pesca e a aquicultura,
com o objetivo de coletar, agregar, intercambiar e dis-
seminar informaes sobre o setor pesqueiro e aquco-
la nacional.
Art. 28. As colnias de pescadores podero organizar a comer-
cializao dos produtos pesqueiros de seus associados,
diretamente ou por intermdio de cooperativas ou
outras entidades constitudas especificamente para
esse fim.
Art. 29. A capacitao da mo de obra ser orientada para o
desenvolvimento sustentvel da atividade pesqueira.
Pargrafo nico. Cabe ao poder pblico e iniciativa privada
a promoo e o incentivo da pesquisa e capacitao da mo de
obra pesqueira.
481
Srie Legislao
CAPTULO VIII
Da Fiscalizao e das Sanes
Art. 31. A fiscalizao da atividade pesqueira abranger as fases
de pesca, cultivo, desembarque, conservao, transpor-
te, processamento, armazenamento e comercializao
dos recursos pesqueiros, bem como o monitoramento
ambiental dos ecossistemas aquticos.
Pargrafo nico. A fiscalizao prevista no caput deste arti-
go de competncia do poder pblico federal, observadas as
competncias estadual, distrital e municipal pertinentes.
482
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
CAPITULO IX
Disposies Gerais
Art. 34. O rgo responsvel pela gesto do uso dos recursos
pesqueiros poder solicitar amostra de material bio-
lgico oriundo da atividade pesqueira, sem nus para
o solicitante, com a finalidade de gerao de dados e
informaes cientficas, podendo ceder o material a
instituies de pesquisa.
Art. 35. A autoridade competente, nos termos da legislao es-
pecfica e sem comprometer os aspectos relacionados
segurana da navegao, salvaguarda da vida hu-
mana e s condies de habitabilidade da embarcao,
poder determinar que os proprietrios, armadores ou
arrendatrios das embarcaes pesqueiras mantenham
a bordo da embarcao, sem nus para a referida auto-
ridade, acomodaes e alimentao para servir a:
I observador de bordo, que proceder coleta de
dados, material para pesquisa e informaes de in-
teresse do setor pesqueiro, assim como ao monito-
ramento ambiental;
II cientista brasileiro que esteja realizando pesquisa
de interesse do Sistema Nacional de Informaes
da Pesca e Aquicultura.
Art. 36. A atividade de processamento do produto resultante
da pesca e da aquicultura ser exercida de acordo com
483
Srie Legislao
Art. 37. Esta lei entra em vigor aps decorridos sessenta dias de
sua publicao oficial.
Art. 38. Ficam revogados a Lei n 7.679, de 23 de novembro
de 1988, e os arts. 1 a 5, 7 a 18, 20 a 28, 30 a 50,
53 a 92 e 94 a 99 do Decreto-lei n 221, de 28 de
fevereiro de 1967.
484
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
- LEI N 12.305,
DE 2 DE AGOSTO DE 2010 -
O Presidente da Repblica
Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
TTULO I
DISPOSIES GERAIS
CAPTULO I
Do Objeto e do Campo de Aplicao
Art. 1 Esta lei institui a Poltica Nacional de Resduos Sli-
dos, dispondo sobre seus princpios, objetivos e ins-
trumentos, bem como sobre as diretrizes relativas
gesto integrada e ao gerenciamento de resduos s-
lidos, includos os perigosos, s responsabilidades dos
geradores e do poder pblico e aos instrumentos eco-
nmicos aplicveis.
1 Esto sujeitas observncia desta lei as pessoas fsicas
ou jurdicas, de direito pblico ou privado, respons-
veis, direta ou indiretamente, pela gerao de resduos
slidos e as que desenvolvam aes relacionadas ges-
to integrada ou ao gerenciamento de resduos slidos.
485
Srie Legislao
CAPTULO II
Definies
Art. 3 Para os efeitos desta lei, entende-se por:
I acordo setorial: ato de natureza contratual firmado
entre o poder pblico e fabricantes, importadores,
distribuidores ou comerciantes, tendo em vista a
implantao da responsabilidade compartilhada
pelo ciclo de vida do produto;
II rea contaminada: local onde h contaminao
causada pela disposio, regular ou irregular, de
quaisquer substncias ou resduos;
III rea rf contaminada: rea contaminada cujos res-
ponsveis pela disposio no sejam identificveis
ou individualizveis;
IV ciclo de vida do produto: srie de etapas que envol-
vem o desenvolvimento do produto, a obteno de
matrias-primas e insumos, o processo produtivo,
o consumo e a disposio final;
486
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
487
Srie Legislao
488
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
489
Srie Legislao
TTULO II
DA POLTICA NACIONAL DE RESDUOS SLIDOS
CAPTULO I
Disposies Gerais
Art. 4 A Poltica Nacional de Resduos Slidos rene o con-
junto de princpios, objetivos, instrumentos, diretri-
zes, metas e aes adotados pelo governo federal, iso-
ladamente ou em regime de cooperao com estados,
Distrito Federal, municpios ou particulares, com vis-
tas gesto integrada e ao gerenciamento ambiental-
mente adequado dos resduos slidos.
Art. 5 A Poltica Nacional de Resduos Slidos integra a Po-
ltica Nacional do Meio Ambiente e articula-se com
a Poltica Nacional de Educao Ambiental, regulada
pela Lei no 9.795, de 27 de abril de 1999, com a Polti-
ca Federal de Saneamento Bsico, regulada pela Lei n
11.445, de 2007, e com a Lei no 11.107, de 6 de abril
de 2005.
CAPTULO II
Dos Princpios e Objetivos
Art. 6 So princpios da Poltica Nacional de Resduos Slidos:
I a preveno e a precauo;
II o poluidor-pagador e o protetor-recebedor;
III a viso sistmica, na gesto dos resduos slidos,
que considere as variveis ambiental, social, cultu-
ral, econmica, tecnolgica e de sade pblica;
490
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
IV o desenvolvimento sustentvel;
V a ecoeficincia, mediante a compatibilizao entre
o fornecimento, a preos competitivos, de bens e
servios qualificados que satisfaam as necessidades
humanas e tragam qualidade de vida e a reduo
do impacto ambiental e do consumo de recursos
naturais a um nvel, no mnimo, equivalente ca-
pacidade de sustentao estimada do planeta;
VI a cooperao entre as diferentes esferas do poder
pblico, o setor empresarial e demais segmentos da
sociedade;
VII a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de
vida dos produtos;
VIII o reconhecimento do resduo slido reutilizvel
e reciclvel como um bem econmico e de valor
social, gerador de trabalho e renda e promotor de
cidadania;
IX o respeito s diversidades locais e regionais;
X o direito da sociedade informao e ao contro-
le social;
XI a razoabilidade e a proporcionalidade.
Art. 7 So objetivos da Poltica Nacional de Resduos Slidos:
I proteo da sade pblica e da qualidade ambiental;
II no gerao, reduo, reutilizao, reciclagem e
tratamento dos resduos slidos, bem como dispo-
sio final ambientalmente adequada dos rejeitos;
III estmulo adoo de padres sustentveis de pro-
duo e consumo de bens e servios;
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CAPTULO III
Dos Instrumentos
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TTULO III
DAS DIRETRIZES APLICVEIS
AOS RESDUOS SLIDOS
CAPTULO I
Disposies Preliminares
Art. 9 Na gesto e gerenciamento de resduos slidos, deve
ser observada a seguinte ordem de prioridade: no ge-
rao, reduo, reutilizao, reciclagem, tratamento
dos resduos slidos e disposio final ambientalmente
adequada dos rejeitos.
1 Podero ser utilizadas tecnologias visando recupe-
rao energtica dos resduos slidos urbanos, desde
que tenha sido comprovada sua viabilidade tcnica e
ambiental e com a implantao de programa de moni-
toramento de emisso de gases txicos aprovado pelo
rgo ambiental.
2 A Poltica Nacional de Resduos Slidos e as Polticas
de Resduos Slidos dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municpios sero compatveis com o disposto no
caput e no 1 deste artigo e com as demais diretrizes
estabelecidas nesta lei.
Art. 10. Incumbe ao Distrito Federal e aos municpios a gesto
integrada dos resduos slidos gerados nos respectivos
territrios, sem prejuzo das competncias de controle
e fiscalizao dos rgos federais e estaduais do Sis-
nama, do SNVS e do Suasa, bem como da responsa-
bilidade do gerador pelo gerenciamento de resduos,
consoante o estabelecido nesta lei.
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CAPTULO II
Dos Planos de Resduos Slidos
Seo I
Disposies Gerais
Art. 14. So planos de resduos slidos:
I o Plano Nacional de Resduos Slidos;
II os planos estaduais de resduos slidos;
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Seo II
Do Plano Nacional de Resduos Slidos
Art. 15. A Unio elaborar, sob a coordenao do Ministrio
do Meio Ambiente, o Plano Nacional de Resduos
Slidos, com vigncia por prazo indeterminado e ho-
rizonte de vinte anos, a ser atualizado a cada quatro
anos, tendo como contedo mnimo:
I diagnstico da situao atual dos resduos slidos;
II proposio de cenrios, incluindo tendncias inter-
nacionais e macroeconmicas;
III metas de reduo, reutilizao, reciclagem, entre
outras, com vistas a reduzir a quantidade de res-
duos e rejeitos encaminhados para disposio final
ambientalmente adequada;
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Seo III
Dos Planos Estaduais de Resduos Slidos
Art. 16. A elaborao de plano estadual de resduos slidos,
nos termos previstos por esta Lei, condio para os
Estados terem acesso a recursos da Unio, ou por ela
controlados, destinados a empreendimentos e servios
relacionados gesto de resduos slidos, ou para serem
beneficiados por incentivos ou financiamentos de enti-
dades federais de crdito ou fomento para tal finalidade.
1 Sero priorizados no acesso aos recursos da Unio
referidos no caput os estados que institurem micror-
regies, consoante o 3o do art. 25 da Constituio
Federal, para integrar a organizao, o planejamento e
a execuo das aes a cargo de municpios limtrofes
na gesto dos resduos slidos.
2 Sero estabelecidas em regulamento normas comple-
mentares sobre o acesso aos recursos da Unio na for-
ma deste artigo.
3 Respeitada a responsabilidade dos geradores nos ter-
mos desta lei, as microrregies institudas conforme
previsto no 1 abrangem atividades de coleta seleti-
va, recuperao e reciclagem, tratamento e destinao
final dos resduos slidos urbanos, a gesto de resduos
de construo civil, de servios de transporte, de servi-
os de sade, agrossilvopastoris ou outros resduos, de
acordo com as peculiaridades microrregionais.
Art. 17. O plano estadual de resduos slidos ser elaborado
para vigncia por prazo indeterminado, abrangendo
todo o territrio do estado, com horizonte de atuao
de vinte anos e revises a cada quatro anos, e tendo
como contedo mnimo:
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Seo IV
Dos Planos Municipais de Gesto Integrada de Resduos Slidos
Art. 18. A elaborao de plano municipal de gesto integra-
da de resduos slidos, nos termos previstos por esta
lei, condio para o Distrito Federal e os municpios
terem acesso a recursos da Unio, ou por ela contro-
lados, destinados a empreendimentos e servios rela-
cionados limpeza urbana e ao manejo de resduos
slidos, ou para serem beneficiados por incentivos ou
financiamentos de entidades federais de crdito ou fo-
mento para tal finalidade.
1 Sero priorizados no acesso aos recursos da Unio re-
feridos no caput os municpios que:
I optarem por solues consorciadas intermunicipais
para a gesto dos resduos slidos, includa a ela-
borao e implementao de plano intermunicipal,
ou que se inserirem de forma voluntria nos planos
microrregionais de resduos slidos referidos no
1 do art. 16;
II implantarem a coleta seletiva com a participao
de cooperativas ou outras formas de associao de
catadores de materiais reutilizveis e reciclveis for-
madas por pessoas fsicas de baixa renda.
2 Sero estabelecidas em regulamento normas comple-
mentares sobre o acesso aos recursos da Unio na for-
ma deste artigo.
Art. 19. O plano municipal de gesto integrada de resduos s-
lidos tem o seguinte contedo mnimo:
I diagnstico da situao dos resduos slidos gera-
dos no respectivo territrio, contendo a origem,
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Seo V
Do Plano de Gerenciamento de Resduos Slidos
Art. 20. Esto sujeitos elaborao de plano de gerenciamento
de resduos slidos:
I os geradores de resduos slidos previstos nas alne-
as e, f, g e k do inciso I do art. 13;
II os estabelecimentos comerciais e de prestao de
servios que:
a) gerem resduos perigosos;
b) gerem resduos que, mesmo caracterizados como
no perigosos, por sua natureza, composio ou
volume, no sejam equiparados aos resduos do-
miciliares pelo poder pblico municipal;
III as empresas de construo civil, nos termos do re-
gulamento ou de normas estabelecidas pelos rgos
do Sisnama;
IV os responsveis pelos terminais e outras instalaes
referidas na alnea j do inciso I do art. 13 e, nos
termos do regulamento ou de normas estabelecidas
pelos rgos do Sisnama e, se couber, do SNVS, as
empresas de transporte;
V os responsveis por atividades agrossilvopastoris,
se exigido pelo rgo competente do Sisnama, do
SNVS ou do Suasa.
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CAPTULO III
Das Responsabilidades dos Geradores e do Poder Pblico
Seo I
Disposies Gerais
Art. 25. O poder pblico, o setor empresarial e a coletivida-
de so responsveis pela efetividade das aes voltadas
para assegurar a observncia da Poltica Nacional de
Resduos Slidos e das diretrizes e demais determina-
es estabelecidas nesta lei e em seu regulamento.
Art. 26. O titular dos servios pblicos de limpeza urbana e
de manejo de resduos slidos responsvel pela orga-
nizao e prestao direta ou indireta desses servios,
observados o respectivo plano municipal de gesto in-
tegrada de resduos slidos, a Lei n 11.445, de 2007,
e as disposies desta Lei e seu regulamento.
Art. 27. As pessoas fsicas ou jurdicas referidas no art. 20 so
responsveis pela implementao e operacionalizao
integral do plano de gerenciamento de resduos slidos
aprovado pelo rgo competente na forma do art. 24.
1 A contratao de servios de coleta, armazenamento,
transporte, transbordo, tratamento ou destinao final
de resduos slidos, ou de disposio final de rejeitos,
no isenta as pessoas fsicas ou jurdicas referidas no
art. 20 da responsabilidade por danos que vierem a ser
provocados pelo gerenciamento inadequado dos res-
pectivos resduos ou rejeitos.
2 Nos casos abrangidos pelo art. 20, as etapas sob res-
ponsabilidade do gerador que forem realizadas pelo
poder pblico sero devidamente remuneradas pelas
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Seo II
Da Responsabilidade Compartilhada
Art. 30. instituda a responsabilidade compartilhada pelo ci-
clo de vida dos produtos, a ser implementada de forma
individualizada e encadeada, abrangendo os fabricantes,
importadores, distribuidores e comerciantes, os consu-
midores e os titulares dos servios pblicos de limpeza
urbana e de manejo de resduos slidos, consoante as
atribuies e procedimentos previstos nesta seo.
Pargrafo nico. A responsabilidade compartilhada pelo ci-
clo de vida dos produtos tem por objetivo:
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CAPTULO IV
Dos Resduos Perigosos
Art. 37. A instalao e o funcionamento de empreendimento
ou atividade que gere ou opere com resduos perigosos
somente podem ser autorizados ou licenciados pelas
autoridades competentes se o responsvel comprovar,
no mnimo, capacidade tcnica e econmica, alm de
condies para prover os cuidados necessrios ao ge-
renciamento desses resduos.
Art. 38. As pessoas jurdicas que operam com resduos perigo-
sos, em qualquer fase do seu gerenciamento, so obri-
gadas a se cadastrar no Cadastro Nacional de Opera-
dores de Resduos Perigosos.
1 O cadastro previsto no caput ser coordenado pelo
rgo federal competente do Sisnama e implantado
de forma conjunta pelas autoridades federais, estadu-
ais e municipais.
2 Para o cadastramento, as pessoas jurdicas referidas
no caput necessitam contar com responsvel tcni-
co pelo gerenciamento dos resduos perigosos, de
seu prprio quadro de funcionrios ou contratado,
devidamente habilitado, cujos dados sero mantidos
atualizados no cadastro.
3 O cadastro a que se refere o caput parte integrante do
Cadastro Tcnico Federal de Atividades Potencialmen-
te Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais
e do Sistema de Informaes previsto no art. 12.
Art. 39. As pessoas jurdicas referidas no art. 38 so obrigadas
a elaborar plano de gerenciamento de resduos perigo-
sos e submet-lo ao rgo competente do Sisnama e,
se couber, do SNVS, observado o contedo mnimo
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CAPTULO V
Dos Instrumentos Econmicos
Art. 42. O poder pblico poder instituir medidas indutoras e
linhas de financiamento para atender, prioritariamen-
te, s iniciativas de:
I preveno e reduo da gerao de resduos slidos
no processo produtivo;
II desenvolvimento de produtos com menores im-
pactos sade humana e qualidade ambiental em
seu ciclo de vida;
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CAPTULO VI
Das Proibies
Art. 47. So proibidas as seguintes formas de destinao ou
disposio final de resduos slidos ou rejeitos:
I lanamento em praias, no mar ou em quaisquer
corpos hdricos;
II lanamento in natura a cu aberto, excetuados os
resduos de minerao;
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TTULO IV
DISPOSIES TRANSITRIAS E FINAIS
Art. 50. A inexistncia do regulamento previsto no 3 do
art. 21 no obsta a atuao, nos termos desta lei, das
cooperativas ou outras formas de associao de cata-
dores de materiais reutilizveis e reciclveis.
Art. 51. Sem prejuzo da obrigao de, independentemente da
existncia de culpa, reparar os danos causados, a ao
ou omisso das pessoas fsicas ou jurdicas que importe
inobservncia aos preceitos desta lei ou de seu regu-
lamento sujeita os infratores s sanes previstas em
lei, em especial s fixadas na Lei no 9.605, de 12 de
fevereiro de 1998, que dispe sobre as sanes penais
e administrativas derivadas de condutas e atividades
lesivas ao meio ambiente, e d outras providncias, e
em seu regulamento.
Art. 52. A observncia do disposto no caput do art. 23 e no 2 do
art. 39 desta lei considerada obrigao de relevante inte-
resse ambiental para efeitos do art. 68 da Lei n 9.605, de
1998, sem prejuzo da aplicao de outras sanes cabveis
nas esferas penal e administrativa.
228
...................................................................................................................
228
A alterao determinada no art. 53 foi inserida na respectiva lei, constante nesta publicao.
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LIsta de outras
normas correlatas
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LEIS E DECRETOS-leiS
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Decretos Legislativos
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Decretos
229
Este decreto foi formalmente revogado pelo Decreto n 11, de 18-1-1991. Entretanto, alguns juristas en-
tendem que tal norma permanece em vigor, visto que, por ter sido editada num perodo de fechamento
o Congresso Nacional, tem fora de lei e, por isso, no poderia ser revogada por decreto.
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DECRETO DE 30-9-1997
Cria o Parque Nacional de Ilha Grande, nos Estados do
Paran e Mato Grosso do Sul, e d outras providncias.
DECRETO DE 29-4-1998
Cria o Parque Nacional do Virua, no Estado de Roraima, e
d outras providncias.
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Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
DECRETO DE 29-4-1998
Cria o Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, no Esta-
do do Rio de Janeiro, e d outras providncias.
DECRETO DE 29-4-1998
Cria o Parque Nacional Serra da Mocidade, no Estado de
Roraima, e d outras providncias.
DECRETO DE 2-10-1998
Cria o Parque Nacional da Serra das Confuses, nos Muni-
cpios de Caracol, Guaribas, Santa Luz e Cristino Castro,
no Estado do Piau, e d outras providncias.
DECRETO DE 20-4-1999
Cria o Parque Nacional do Descobrimento, no Municpio
de Prado, no Estado da Bahia, e d outras providncias.
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Srie Legislao
DECRETO DE 20-4-1999
Cria o Parque Nacional do Pau Brasil, no Municpio de
Porto Seguro, no Estado da Bahia, e d outras providncias.
DECRETO DE 21-9-1999
Cria o Parque Nacional Cavernas do Peruau, no Estado de
Minas Gerais, e d outras providncias.
DECRETO DE 21-9-2000
Cria o Parque Nacional da Serra da Bodoquena, no Estado
de Mato Grosso do Sul, e d outras providncias.
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Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
DECRETO DE 1-8-2001
Cria o Parque Nacional Serra da Cutia, no Municpio de Gua-
jar-Mirim, Estado de Rondnia, e d outras providncias.
561
Srie Legislao
DECRETO DE 16-7-2002
Cria o Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaba,
nos Estados do Piau, Maranho, Bahia e Tocantins, e d
outras providncias.
DECRETO DE 22-8-2002
Cria o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, no
Estado do Amap, e d outras providncias.
562
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
DECRETO DE 13-12-2002
Cria o Parque Nacional das Sempre-Vivas, nos Municpios
de Olhos Dgua, Bocaiva, Buenpolis e Diamantina, no
Estado de Minas Gerais, e d outras providncias.
DECRETO DE 13-12-2002
Cria o Parque Nacional do Catimbau, nos Municpios de Ibi-
rimirim, Tupanatinga e Buque, no Estado de Pernambuco, e
d outras providncias.
DECRETO DE 19-12-2002
Cria o Parque Nacional dos Pontes Capixabas, nos Munic-
pios de Pancas e guia Branca, no Estado do Esprito Santo,
e d outras providncias.
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Srie Legislao
DECRETO DE 4-6-2004
Cria o Parque Nacional da Serra do Itaja, nos Municpios
de Ascurra, Apina, Blumenau, Botuvera, Gaspar, Guabi-
ruba, Indaial, Presidente Nereu e Vidal Ramos, no Estado
de Santa Catarina, e d outras providncias.
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Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
DECRETO DE 17-2-2005
Cria o Parque Nacional da Serra do Pardo, localizado nos
Municpios de Altamira e So Flix do Xingu, Estado do
Par, e d outras providncias.
DECRETO DE 15-6-2005
Cria o Parque Nacional da Serra de Itabaiana, localizado
nos Municpios de Areia Branca, Itabaiana, Laranjeiras,
Itaporanga DAjuda e Campo do Brito, no Estado de Ser-
gipe, e d outras providncias.
DECRETO DE 19-10-2005
Cria o Parque Nacional das Araucrias, nos Municpios de
Ponte Serrada e Passos Maia, no Estado de Santa Catarina,
e d outras providncias.
565
Srie Legislao
DECRETO DE 12-12-2005
Cria o Parque Nacional da Chapada das Mesas, nos Muni-
cpios de Carolina, Riacho e Estreito, no Estado do Mara-
nho, e d outras providncias.
DECRETO DE 13-2-2006
Cria o Parque Nacional do Jamanxim, localizado nos Mu-
nicpios de Itaituba e Trairo, no Estado do Par, e d ou-
tras providncias.
566
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
DECRETO DE 13-2-2006
Cria o Parque Nacional do Rio Novo, localizado nos Mu-
nicpios de Itaituba e Novo Progresso, no Estado do Par, e
d outras providncias.
DECRETO DE 23-3-2006
Cria o Parque Nacional dos Campos Gerais, no Estado do
Paran, e d outras providncias.
DECRETO DE 5-6-2006
Cria o Parque Nacional do Juruena, nos Estados de Mato
Grosso e Amazonas, e d outras providncias.
567
Srie Legislao
DECRETO DE 21-6-2006
Cria o Parque Nacional dos Campos Amaznicos, nos Es-
tados do Amazonas, Rondnia e Mato Grosso.
DECRETO DE 11-9-2006
Dispe sobre a criao da Reserva Extrativista Lago do Ce-
dro, localizada no Municpio de Aruan, Estado de Gois,
e d outras providncias.
DECRETO DE 11-9-2006
Dispe sobre a criao da Reserva Extrativista de Recan-
to das Araras de Terra Ronca, nos Municpios de Gua-
rani de Gois e So Domingos, Estado de Gois, e d
outras providncias.
DECRETO DE 30-11-2006
Dispe sobre a criao da Reserva Extrativista Gurup-
Melgao, nos Municpios de Gurup e Melgao, no Estado
do Par, e d outras providncias.
568
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
DECRETO DE 26-9-2007
Cria a Reserva Extrativista Chapada Limpa, localizada no
Municpio de Chapadinha, Estado do Maranho, e d ou-
tras providncias.
569
Srie Legislao
DECRETO DE 26-9-2007
Institui Grupo de Trabalho Interministerial com o objetivo
de avaliar o modelo de classificao e valorao das defici-
ncias utilizado no Brasil e definir a elaborao e adoo de
um modelo nico para todo o Pas.
DECRETO DE 11-10-2007
Cria a Floresta Nacional de Negreiros, no Municpio de
Serrita, Estado de Pernambuco, com os limites que especi-
fica, e d outras providncias.
DECRETO DE 12-12-2007
Institui o Dia do Bioma Pampa.
DECRETO DE 21-12-2007
Cria o Refgio de Vida Silvestre do Rio dos Frades, no
Municpio de Porto Seguro, Estado da Bahia, e d ou-
tras providncias.
570
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
DECRETO DE 21-12-2007
Cria o Refgio de Vida Silvestre de Una, no Municpio de
Una, no Estado da Bahia, e d outras providncias.
DECRETO DE 21-12-2007
Dispe sobre a ampliao dos limites da Estao Ecolgica
de Cuni, localizada nos Municpios de Porto Velho e Ca-
nutama, nos Estados de Rondnia e Amazonas.
DECRETO DE 21-12-2007
Amplia a Reserva Biolgica de Una, no Municpio de Una,
Estado da Bahia, e d outras providncias.
571
Srie Legislao
DECRETO DE 8-5-2008
Dispe sobre a criao da Reserva Extrativista do Mdio
Purs, localizada nos Municpios de Lbrea, Pauin e Ta-
pau, no Estado do Amazonas, e d outras providncias.
DECRETO DE 8-5-2008
Dispe sobre a criao do Parque Nacional Nascentes do
Lago Jari, nos Municpios de Tapau e Beruri, no Estado
do Amazonas, e d outras providncias.
DECRETO DE 8-5-2008
Dispe sobre a ampliao dos limites da Floresta Nacional
de Balata-Tufari, no Municpio de Canutama, no Estado
do Amazonas, e d outras providncias.
DECRETO DE 8-5-2008
Dispe sobre a criao da Floresta Nacional do Iquiri,
no Municpio de Lbrea, no Estado do Amazonas, e d
outras providncias.
572
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
DECRETO DE 30-5-2008
Institui a Comisso Gestora do Plano Amaznia Sustent-
vel (CGPAS).
DECRETO DE 5-6-2008
Dispe sobre a criao da Reserva Extrativista Ituxi, loca-
lizada no Municpio de Lbrea, no Estado do Amazonas, e
d outras providncias.
DECRETO DE 5-6-2008
Cria a Reserva Extrativista Rio Xingu, no Municpio de
Altamira, Estado do Par, e d outras providncias.
DECRETO DE 5-6-2008
Dispe sobre a criao do Parque Nacional Mapingua-
ri, nos Municpios de Canutama e Lbrea, no Estado do
Amazonas, e d outras providncias.
DECRETO DE 5-6-2008
Institui Grupo de Trabalho Interministerial com a finalidade
de apresentar propostas para criao do Fundo Amaznia.
573
Srie Legislao
DECRETO DE 21-7-2008
Cria a Comisso Nacional de Combate Desertificao
(CNCD) e d outras providncias.
574
Legislao Brasileira sobre Meio Ambiente 3 edio
575
Srie Legislao
576
2010
Legislao
Cmara dos
Deputados
Braslia | 2010