Cartilha Do Pedreiro
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A fim de satisfazer s necessidades didticas do programa APRENDENDO E CONSTRUINDO, elaboramos esta cartilha com o objetivo de permitir aos alunos do curso de pedreiro o acompanhamento das aulas tericas e prticas, desenvolvidas no decorrer do mesmo, no sentido de auxiliar o aluno na aprendizagem dos conhecimentos, das tcnicas e atitudes do oficio de pedreiro.
Os autores
CARTILHA DO PEDREIRO
Sumrio
1. Introduo .......................................................................... 05 2. Noes Bsicas ................................................................... 06 3. Leitura e Interpretao de Projetos ................................ 12 4. Materiais de Construo ................................................... 18 5. Ferramentas........................................................................ 24 6. Locao da Obra ................................................................ 30 7. Escavao da Obra ............................................................ 36 8. Fundao ............................................................................ 38 9. Parede ................................................................................. 46 10. Acabamento ....................................................................... 54 11. Bibliografia ......................................................................... 66
CARTILHA DO PEDREIRO
1. Introduo
O pedreiro o profissional da obra que atua na construo das etapas de fundao, paredes e acabamento. Ele deve ter conhecimento sobre o emprego de materiais, sobre ferramentas e equipamentos, sobre as tcnicas utilizadas na construo, entre outros. Deve saber construir vigas e pilares, levante de parede, revestimento de piso e paredes, etc. e como funciona um canteiro de obras e suas instalaes. Ter noes sobre instalaes de gua, esgoto e instalaes eltricas, saber ler e interpretar projetos e ter conhecimento sobre clculos de rea e volume so conhecimentos essenciais que completa a formao do pedreiro.
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2. Noes Bsicas
2.1. Nivelamento
Operao que consiste em transportar uma referncia de nvel marcada em uma determinada altura para outro local, estabelecendo assim um plano horizontal. Numa obra a referncia de nvel (marca) estabelecida a 1,0 metro do nvel do piso e transportada para as paredes dos outros cmodos. atravs do nivelamento que marcamos as alturas da alvenaria, dos vos de janelas e portas, do p direito das alturas do piso e contrapiso na pavimentao. A ferramenta utilizada para realizar o nivelamento a mangueira de nvel e no caso de vos pequenos o nvel de madeira.
2.2. Alinhamento
Operao que consiste em posicionar numa mesma direo, atravs de uma linha, os elementos de uma construo. Para se utilizar a tcnica do alinhamento necessrio que esteja estabelecido o ponto inicial e final do mesmo e a partir da fixar uma linha (linha de pedreiro) entre estes ponto. Numa obra utilizamos este procedimento no levante de parede construindo as fiadas de blocos cermicos, no assentamento das mestras intermedirias dos revestimentos de parede e piso, etc..
Operao de alinhamento utilizado na construo da segunda fiada de uma alvenaria de bloco cermico:
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2.3. Esquadro
Operao que consiste em marcar os vos de uma obra a um ngulo de 90 (noventa graus). utilizado no locao da obra, na marcao das alvenarias e nos revestimentos de paredes, etc. A ferramenta empregada nesta operao o esquadro, porm limita-se aos vos pequenos. No caso das locaes da obra utilizamos a relao do tringulo retngulo que so medidas marcadas em alinhamento nas propores de 3:4:5.
1cm
Volume
Metro cbico (m ) Litro (l)
3
Massa
1cm3
Kg
Clculo da rea:
O clculo da rea obtido pelo produto (multiplicao) de duas dimenses (comprimento x largura). Ex.: Para calcularmos a rea de um quarto com as dimenses de 4 metros de comprimento e 3 metros de largura fazemos:
2.4. Prumada
Operao que consiste em posicionar numa direo vertical os elementos de uma construo. utilizada na construo da fiada de blocos levante de parede aprumando os blocos iniciais e finais de cada fiada, na marcao das mestras superiores do reboco de uma parede, na obteno de eixos de elementos estruturais de uma fundao, etc. As ferramentas utilizadas para obter a prumada so: prumo de face e o prumo de centro.
Clculo do Volume:
O clculo do volume obtido pelo produto (multiplicao) de trs dimenses (comprimento x largura x altura). Ex.: Para calcularmos o volume de uma lata com as dimenses de 0,21 metros de comprimento, 0.21 metros de largura e 0,41 metros de altura fazemos: V (m) Volume = 0,21m (comprimento) x 0,21m (largura) x 0,41m (altura). V = 0,018m
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1cm
Comprimento
rea
2.6. A Argamassa
a mistura de cimento, areia e gua com ou sem outros elementos como arenoso, saibro e a cal. utilizada nas alvenarias, nas fundaes de pedra, nos revestimentos de paredes, etc. A resistncia, a facilidade de trabalho, a qualidade das argamassas dependem da qualidade dos materiais empregados, de suas propores (traos) e da quantidade de gua na mistura. Na pavimentao (pisos e contrapisos), no assentamento de piso cermico e azulejos, etc. devemos sempre preparar a quantidade de argamassa necessria para que no ocorra o endurecimento da mesma antes de secar a aplicao. Devemos tambm utilizar as argamassas retiradas ou cadas das alvenarias ou revestimento se removidos sem sujeiras.
O preparo do concreto pode ser manual ou mecnico. Para preparar o concreto manual necessrio que se tenha uma rea pavimentada com um piso cimentado ou com um lastro de madeira sobre o cho. O preparo mecnico realizado por um equipamento chamado betoneira que uma caamba acionada por um motor eltrico ou a combustvel, que gira misturando os componentes do concreto.
2.8. Traos
Chama-se de trao a relao ( em volume ou peso) entre as quantidades de materiais dos concretos e das argamassas. representado por um nmero que indica a proporo de cada material que o constitui. Ex.: trao 1:2:4 de cimento, areia e brita.
2.7. O Concreto
O concreto a mistura de cimento, areia, brita e gua. utilizado em elementos estruturais como vigas e pilares, em lajes, etc.
Areia
Cimento
Brita
A resistncia do concreto aumenta com o aumento da quantidade de cimento que o constitui e diminui com o aumento da quantidade de gua na mistura. A qualidade e resistncia do concreto dependem da dosagem dos materiais, da qualidade dos mesmos e tambm do preparo. Devemos utilizar areia e brita de boa qualidade ( ver assunto de materiais de construo), adicionar apenas a gua necessria a tornar o concreto mole e fcil de ser trabalhado, mistur-lo de forma a obter um material uniforme com partes iguais em toda a sua composio.
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3.2. Corte
Outro projeto tambm utilizado na construo da obra o corte. um projeto representado num plano vertical com a direo (para frente ou para o fundo) indicado na planta. V-se somente o lado cuja direo foi feito o corte.
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4. Materiais de Construo
Materiais de construo so todos os materiais utilizados nas obras (construo de casas, prdios, etc.), podendo ser obtido da natureza ou atravs da interveno do homem para produzi-los. Os materiais de construo devem satisfazer as condies de acordo com a funo que desempenham: Facilidade de aplicao do material na obra; Resistncia ao do tempo ( durabilidade) Preservao das condies de higiene como o isolamento do calor, do som e de infiltraes de gua. Esttica que resulta dos aspectos dos materiais, de cujo emprego pode tirar proveito para a beleza da construo.
Arenoso- Material de origem mineral sob a forma de gros finos. um agregado mido. Fazem parte das argamassas e na sua composio encontra-se a argila, um tipo de solo que da liga (cola) quando misturado com gua. Tem a aparncia de barro. A unidade de medida do arenoso o m (metro cbico).
Brita- Componente dos concretos. um agregado grado. So materiais que resultam da quebra de pedaos pequenos de rochas atravs do britamento de pedras nas pedreiras. A brita utilizada na construo deve ser limpa sem presena de terra ou barro e sem p de pedra. A unidade de medida da brita o m (metro cbico). Os tipos de brita so classificadas segundo suas dimenses: Brita 0 menor que 1,0 cm (Gravilho) Brita 1 entre 1,0 e 2,5 cm Brita 2 de 2,5 a 5,0 cm Pedra de Mo de 10,0 a 30,0 cm
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4.1.2. Aglomerantes
So os materiais que unidos aos agregados formam os concretos ou as argamassas. Tambm chamados de ligantes pois so componentes que do liga ou seja tm a propriedade de colar os agregados. Ex: Cal, cimento e gesso. Cimento- Material que d liga (cola) aos componentes das argamassas e dos concretos. Quando em contato com a gua, ocorrem reaes qumicas e endurece. Com o passar do tempo torna-se mais resistente atingindo maior resistncia aos 28 dias. O cimento vendido em sacos de 50 quilos.
4.1.3. Outros:
Ao- Usado nas ferragens de concreto armado, vendido em quilos sob a forma de varas ou rolos. So utilizados nos concretos de lajes, vigas, pilares e vergas. gua- Utilizada nas argamassas e nos concretos. Deve ser limpa cristalina isenta de leos e graxas e que possa ser utilizada para o consumo humano (potvel). A unidade de medida da gua o litro. Azulejo- Material cermico impermevel gua com uma das faces lisas e vidradas e outra rstica ou porosa. Destina-se ao revestimento de paredes que devam ser lavveis. A unidade de medida o metro quadrado (m).
Resistncia por cm
Ladrilho de Cimento- So placas de material feito a base de cimento, resistente a umidade. Usado em revestimento de pisos lavveis (banheiro, cozinha, copa, etc.) A unidade de medida o metro quadrado (m). Ladrilho Cermico- So placas de materiais cermicos impermeveis gua com uma das faces lisas e vidradas e outra rstica ou porosa. Destina-se aos revestimentos de pisos lavveis dos banheiros, cozinhas, reas de servios, copas, varandas, etc. Existem com diversos tipos e dimenses. A unidade de medida o metro quadrado (m). Mrmore e Granito- Material usado em revestimento de pisos e paredes sob forma de placas ou cacos. A unidade de medida o metro quadrado (m). Saibro- Material usado como componente das argamassas. rico em argila e tem a aparncia de barro. Porcelana- Usada principalmente na aparelhagem sanitria como vasos sanitrios, bids, lavatrios, lavanderias, etc. Existem em cores brancas ou coloridas e so vendidos em unidades ou o jogo completo de aparelhos.
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Madeira- Usado na construo do madeiramento das coberturas e nas esquadrias de madeira. Deve estar seca e livre de brocas e fendas. No telhado: Massaranduba, ip, sucupira, etc.; forro: cedro, peroba, etc.; Nas portas e janelas: cedro, peroba, sucupira, imbuia, etc. Formas de concreto: pinho-do-paran A unidade de medida o metro linear (m). Vidro- Material utilizado principalmente nas esquadrias de portas e janelas. Deve ser bem plano, sem bolhas, rachaduras, manchas, estrias e espessura regular. Apresenta-se nos seguintes tipos: Vidro liso e vidro fantasia (martelado, canelado, etc.) Quanto cor: Vidro incolor, colorido e leitoso A unidade de medida o metro quadrado (m) Impermeabilizantes- Usados geralmente em revestimentos para proteger contra a infiltrao de gua. So adicionados aos concretos e argamassas de lajes, terraos, reservatrio, etc. A unidade de medida o litro. Telha- Material utilizado nas coberturas. Existem diversos tipos sendo os mais comuns: Telha de barro Telha de fibrocimento Telha de alumnio Telha de ferro zincado Metais- Materiais utilizados como esquadrias (portas, janelas e basculantes), grades, portes, torneiras e registros, etc. Tijolos- So materiais componentes das alvenarias assentados com argamassas utilizados na construo de paredes e da fundao.
Tipos de Tijolos:
Tijolo macio- Muito usado em paredes estreitas de armrios, em caixas d'gua, caixas de esgoto ou em paredes comuns; Dimenses: 5 x 9 x 19cm, etc.
Tijolo furado- Mais leve que o tijolo macio, barato e no sobrecarregam as estruturas; Dimenses: 9 x 14 x 19cm, 9 x 14 x 19cm, etc.
Tijolos vazados- Mais leve que o tijolo furado. Usado particularmente nas paredes divisrias sobre estrutura de concreto armado. o tijolo mais leve e tem furos quadrados. Dimenses: 9 x 14 x 19cm, 9 x 17 x 25cm, etc.
Tijolo de concreto- Tambm chamado bloco de concreto, tem maior resistncia do que o de barro e pode ser utilizado sem revestimento. Dimenses: 9 x 19 x 39cm, 14 x 19 x 39cm, etc.
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5. Ferramentas
A utilizao das ferramentas apropriadas para cada etapa de servio importante para o bom desempenho das atividades. Algumas ferramentas tm uso especifico, outras podem ser utilizadas em varias etapas da construo. As ferramentas devem estar sempre em boas condies de uso e ser guardadas em locais adequados ao final de cada jornada de trabalho.
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6. Locao da Obra
Locar ou marcar a obra uma das etapas de maior importncia na construo. Ela consiste em medir e assinalar no terreno a posio dos furos ou valas de fundaes, paredes, colunas e outros detalhes, tudo de acordo com o projeto. Se a locao de uma obra for feita com erros de medidas, esquadro, etc. a mesma ter prejuzos em funo do aumento de materiais empregados (pois as dimenses do projeto so alteradas, aumentando assim o desperdcio de materiais), e do tempo gasto para construir novamente ou seja refazer o que j foi construdo. Trata-se ento de uma das etapas mais importantes de uma obra e que merece ateno especial quando se est realizando. A locao de pequenas construes necessita das seguintes ferramentas e materiais: Trena metlica ou de fibra Escala Mangueira de nvel Esquadro Prumo de centro Linha de pedreiro Martelo Marreta Faco Barbante Piquetes ou estacas de madeira Ripes Pregos Plantas
Para iniciar a locao necessrio que o terreno esteja limpo sem a presena de lixo, raizes ou entulhos, materiais de construo, etc.. Devem ser identificadas as estacas ou outros marcos do terreno, que sejam at mesmo de uma construo vizinha, uma rua, etc. para que se tenha uma referncia do lote e se estabelea um alinhamento (lado do terreno).
Fixa-se uma linha nas estacas desse alinhamento (que o primeiro levantado em campo) e se obtm o alinhamento fixo. Loca-se o segundo alinhamento do terreno (alinhamento mvel) utilizando o procedimento do esquadro: amarra-se um pedao de barbante no alinhamento fixo a 60cm a partir do cruzamento com o mvel, amarra-se tambm no alinhamento mvel um pedao de barbante a 80cm do mesmo modo (a partir do cruzamento das linhas). Estica-se uma trena ou escala com o zero da mesma partindo do ponto onde est o barbante do alinhamento fixo at o comprimento de 1 metro (100 centmetro) e movimenta-se o ponto do alinhamento mvel at coincidir com a medida de 1 metro da trena. Cravase uma estaca e estabelece-se assim o segundo alinhamento (segundo lado do terreno). Os demais lados ou seja os outros dois restantes so obtidos das mesma forma sendo que o alinhamento mvel anterior passa a ser o alinhamento fixo.
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Gabarito Contnuo
Esquadro
Depois de marcados todos os lados do terreno deve-se medir os lado opostos do terreno e comparlos. Se as medidas no forem iguais existe erro de esquadro em algum alinhamento. necessrio ento verificar as operaes em todos os alinhamentos. Obtida a marcao dos alinhamentos do terreno, inicia-se a montagem do gabarito que pode ser em tbua corrida (contnuo) ou em cavaletes. Em funo da leitura da planta baixa, obtmse as medidas dos recuos ou afastamentos dos limites do lote at as paredes externas. Marcam-se os pontos desses recuos nos alinhamentos do terreno fixando para isto pedaos de barbantes. Estendem-se linhas passando pelos pontos marcados e cravam-se estacas aprumadas afastadas de 50cm dessas linhas. Estabelece-se assim o primeiro lado do gabarito.
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Armao do Gabarito
Gabarito Completo
Fixa-se um ripo nas estacas do lado estabelecido nivelando-o a no mnimo 20cm do ponto mais alto do terreno. As estacas intermedirias devem estar alinhadas com as das extremidades. Repete-se o mesmo procedimento para a armao dos outros lados fechando-se o gabarito.
Sobre os ripes do gabarito pronto, faz-se a marcao das faces das paredes: Estendem-se as linhas de marcao dos recuos passando pelos seus pontos (linha de marcao de uma parede externa) marcados nos alinhamentos do terreno. Transporta-se para o ripo do gabarito (atravs do prumo de centro).
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7. Escavao da Obra
A escavao da obra consiste nos servios de abertura de furos ou valas no terreno na posio onde ser construda a fundao. Para realizar a escavao necessrio que o gabarito esteja pronto com a marcao das paredes e com o nvel estabelecido. Atravs das linhas de marcao do gabarito (linha de eixo de paredes, linha de face das paredes e da fundao) marca-se no terreno a rea ou os furos onde ser escavado, utilizando-se para isto um cavador reto, observando-se nesta operao, a sua verticalidade ou o prumo de centro, no caso da escavao de furos. Com a referncia de nvel estabelecida (linha de nvel) marca-se a profundidade da escavao. A abertura das valas ou furos feita com a utilizao de picaretas, cavadores e trados, a remoo do material com os ps e enxadas e a regularizao das faces das valas ou furos com o cavador reto. Com o prumo de face encostado na linha de marcao das valas obtm-se a verticalizao das faces (bordas). Na escavao dos furos, faz-se na medida que se escava, a verificao da prumada do trado para que o mesmo esteja em direo vertical. Com a utilizao de uma escala medindo a altura da linha de eixo de parede (que tambm a linha de nvel pois o gabarito est nivelado) at a base da vala ou furo, obtm-se o nivelamento da base conforme indicado na figura abaixo. O material escavado deve ser depositado a uma distncia mnima de 50 cm da borda da vala, permanecendo neste local at ser utilizado como aterro ou ser removido da construo caso no tenha utilidade.
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8. Fundao
A fundao a base de sustentao de toda a construo, tem a importante funo de transmitir ao terreno todo o seu peso. Existem vrios tipos de fundao: sapatas soldadas ou corridas, alvenaria de pedra, blocos de concreto, estacas metlicas e de concreto armado, etc.. A escolha do tipo de fundao depende de estudos iniciais da resistncia do solo no local da construo e das cargas (peso) da construo.
A escavao feita com a utilizao de um trado (ver assunto de escavao) iniciada na parte mais baixa do terreno. A profundidade da primeira estaca determinada medindo-se a altura entre a linha de nvel (que a mesma do eixo das paredes) at a marcao da estaca no cho, acrescentando-se a altura da estaca. Esta profundidade a altura entre a linha de nvel e o fundo da estaca e ser a mesma para todas as outras estacas. Ou seja, se uma estaca tiver a profundidade de 2m, e se a distncia da linha de nvel ao terreno for 35cm, a profundidade de todas as valas ser de 2,35m, a partir da linha de nvel. Realizadas a escavao das estacas, prepara-se o concreto com trao 1:3,5:4 de cimento, areia e brita e lana-se um pouco no fundo das mesmas at a altura de 4 cm. Coloca-se a ferragem das estacas do incio e do fim de uma parede com espaadores e aprumam-se as ferragens em relao ao cruzamento das linhas de eixo. Alinham-se as estacas intermedirias de acordo com as das extremidades, lana-se concreto nos furos e vibra (soca) com um pedao de vergalho at chegar ao nvel da estaca.
Locao de estacas
O eixo das estacas transportado para o terreno atravs do prumo de centro obtendo-se a marcao do local onde a mesma ser construda.
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Conferido o nvel no fundo da vala, cravamse piquetes ao longo da mesma com altura de 5 cm e espaamento mximo de 2.00 metros (comprimento da rgua). A altura que devemos cravar os piquetes, igual a distncia entre a linha de nvel ao fundo da vala menos 5 cm, ou seja, se a distncia for de 52 cm o piquete ser cravado at 47 cm. Prepara-se o concreto magro no trao 1:5:5 de cimento, areia e brita e lana-se nas valas at a altura dos piquetes. Espalha-se o concreto com a colher de pedreiro e nivela-o com a rgua de alumnio sarrafeando-o na altura do piquete. Com um soquete, apiloa-se (soca) o concreto para que a camada se torne firme ao cho da vala.
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Quando a alvenaria estiver fora da vala, devem-se utilizar pedras que tenham pelo menos uma face regularizada para alinhar a fundao. A construo feita em camadas e alcanando-se a altura da fundao, nivela-se a ltima camada.
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9. Parede
9.1. Alvenaria de Bloco Cermico
Uma alvenaria em geral constituda por blocos cermicos mas tambm pode ser feita com outros elementos como blocos de concreto, blocos de vidro, tijolos macios, etc.. A alvenaria tem a funo de separar ou isolar as reas dos cmodos (quartos, sala, cozinha, etc. bem como separar a rea externa que est em sua volta (ruas, outras construes, etc.) alm de ser a estrutura principal da parede. construda em cima da fundao e em camadas de blocos cermicos tambm chamadas de fiadas todas com o mesmo alinhamento. Estas fiadas so assentadas em uma nica direo vertical (prumada) e devem ter a mesma altura do incio ao fim de cada fiada ( nivelamento). Com dimenses padronizadas, (veja assunto de materiais de construo) os blocos so assentados lado a lado com elementos de ligao que so chamados de juntas e so feitas de argamassa. As fiadas de cima amarram as fiadas de baixo com o assentamento do bloco na junta vertical da fiada de baixo. A altura das juntas de 1,5 a 2,0cm
No incio da construo da alvenaria da parede, tambm chamado de levante de parede, deve-se fazer a limpeza da superfcie da fundao e polvilhar com cimento esta superfcie, apenas a rea em que sero assentados os blocos. Deve-se ter ateno na construo da primeira fiada pois se trata da fiada que ir marcar todas as paredes (fiada de marcao). Os primeiros blocos a serem assentados so os das extremidades (incio e fim da fiada) de duas paredes que se encontrem. A direo dessas fiadas obtida com a marcao no gabarito da face interna da parede (descontando da linha da parede a medida do reboco=2.5cm) ou com o eixo da fundao.
Obtida a direo das duas primeiras fiadas, estica-se uma linha nessa direo em cada fiada e assentam-se os blocos das extremidades das duas paredes: Coloca-se argamassa na superfcie polvilhada, fixam-se os blocos nesta argamassa, apruma-os batendo com a lmina da colher na parte de cima do bloco, nivela-os e esquadrejam-se os blocos que so de encontro das fiadas.
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Feita a marcao das duas primeiras paredes, procede-se a marcao das paredes opostas s duas primeiras.
Nas fiadas em que h marcao dos vos de portas, devemos marcar um comprimento, a partir do bloco da boneca, da largura da porta mais a folga do contra marco e deix-lo livre sem assentamento de bloco. Esta abertura na fiada serve para a colocao dos contra marcos ou aduelas das portas. A boneca um pedao de parede que varia de 10 a 20 cm construdo entre a marca do contra marco e a face do bloco da fiada lateral.
Repete-se o mesmo procedimento para o bloco da outra extremidade com o mesmo comprimento lido em planta e marca-se a terceira parede. A quarta parede fecha um vo da casa e obtida da mesma forma que foi marcada a terceira parede. Com os blocos das extremidades de todas as paredes j marcadas, iniciamos o fechamento das fiadas. Obtemos o alinhamento da fiada com duas linhas fixadas uma em cima e outra em baixo da face dos blocos das extremidades de uma mesma fiada. Com estas linhas fixas, posicionamos os blocos intermedirios j com argamassa no lado dos furos (frente) em cima da argamassa da base e apertamos em direo aos furos do bloco anterior.
Quando observamos na planta baixa as paredes, vemos que h pontos em que as mesmas formam cantos, encontros ou cruzamentos. Estes pontos devem ser identificados e analisados cada um para que haja amarrao de uma fiada com a outra. O exemplo a seguir mostra as paredes de uma planta baixa e define o esquema de amarraes que existir na fase do levante de blocos cermicos.
Alinhamento da Fiada
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As amarraes de canto de parede ocorrem quando uma fiada encontra outra nas suas extremidades (incio ou fim).
As amarraes de encontro de parede ocorrem quando uma fiada encontra apenas o incio ou fim de outra. Pode ser na junta ou em toda a face do bloco.
No decorrer do levante de blocos cermicos, quando atingir o nvel de 1 metro do piso pronto, geralmente entre a quinta e a stima fiadas (a depender da dimenso da altura do bloco) devemos ter paredes com janelas. A marcao das janelas na alvenaria realizada utilizando-se a medida da posio da mesma, obtida na planta baixa com relao parede lateral e com a medida do vo que ficar aberto para o encaixe da janela na parede. Janelas prontas com contramarco medem a largura da janela acrescentando 2.0 cm de cada lado correspondendo a folga do contramarco. Quando a construo estiver a mais ou menos 1,20 m de altura devemos bater o nvel, ou seja, marcar referncia de nvel em todos os comodos da mesma (cantos, encontros, vos de portas e janelas, etc.). Esta referncia deve ser tirada na porta de entrada a 1 m do piso pronto, mas como no execultamos o piso nem o contrapiso vamos dar uma foga 5 cm marcando 1,05 m a partir da fundao que corresponde 1 m do piso pronto. Para construir as fiadas acima dos vos de portas, janelas, vos livres, etc. necessrio a construo de vergas para apoiar as mesmas. As vergas so peas de concreto armado com comprimento igual a largura do vo mais 20cm de cada lado transpassando a alvenaria da parede. A altura da verga obtida utilizando-se a altura da janela, acrescentandose a folga do contramarco conforme indicado na figura anterior. A verga nivelada a partir da referncia de nvel da alvenaria que 1.0 metro do piso pronto.
As amarraes de cruzamento de paredes ocorrem quando uma fiada encontra outra sem ambas estarem nas suas extremidades.
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Da mesma forma, as vergas de portas, basculantes, etc. so marcadas e niveladas. Quando a alvenaria passa do nvel das vergas de portas, janelas, etc. est prxima da altura do p direito. O p direito a altura compreendida entre o piso pronto e o teto ou nvel das peas da cobertura. Para marc-lo nas fiadas do levante, obtm-se a altura na planta e a partir da referncia de nvel utiliza-se a medida desta altura descontando 1m do piso.
Com a alvenaria construda at a altura do p direito, inicia-se a construo de outra fase do levante que so as empenas. As empenas so alvenarias de formato triangular com a mesma inclinao da cobertura, utilizadas para apoiar a estrutura de madeira da mesma. Atravs do projeto (corte) identificamos as paredes em que sero construdas as empenas e obtemos a medida da altura que cada uma ter em relao ao piso pronto. Com esta medida marcamos a empena. Para executamos a alvenaria da empena fixamos dois barrotes um em cada extremidade da parede e marcamos nele a altura de cada lado da empena, esticamos uma linha ligando as duas alturas e apartir da construimos a empena.
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10. Acabamentos
10. 1. Revestimento
O revestimento de uma parede pode ser feito em uma ou mais camadas de argamassa tornando a mesma mais resistente e com uma superfcie plana, nivelada de aspecto liso. As camadas de revestimento da parede so construdas sobre a alvenaria e cada uma tem uma funo:
Reboco
Camada de argamassa assentada sobre a superfcie da alvenaria j chapiscada (massa nica) ou sobre o emboo, com a finalidade de unir-se alvenaria da parede tornando-a lisa e bem nivelada. Sua largura varia entre 1,5 a 2,5cm e deve ser construda com no mnimo 7 dias aps a aplicao do emboo, com os marcos, aduelas, peitoris, caixa de luz, etc., colocados. O reboco deve apresentar-se perfeitamente desempenado, aprumado, alinhado e nivelado.
Chapisco
Camada irregular sem nenhum aspecto de acabamento feito de argamassa forte aplicada sobre a superfcie de alvenaria. Sua funo melhorar a unio entre a superfcie da alvenaria e a camada do revestimento. O chapisco deve ser lanado fortemente sobre a alvenaria com a colher de pedreiro. A camada aplicada deve cobrir toda a alvenaria no ultrapassando 0,5cm de largura.
Emboo
Camada de argamassa mais fraca assentada sobre a superfcie da alvenaria j chapiscada. utilizada para cobrir buracos das juntas dos blocos e eventuais falhas da alvenaria, proporcionando uma superfcie regularizada. Deve apresentar acabamento no liso (sem estar desempolado) para facilitar a unio com o reboco. Sua largura varia entre 1,0cm a 2,5cm devendo ser aplicado com no mnimo 24 horas aps a aplicao do chapisco.
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Quando toda a rea da alvenaria j est chapiscada, iniciamos a construo do revestimento com a marcao do mesmo atravs das mestras. As mestras so pedaos de madeira ou cermica (bloco ou piso cermico) com dimenses em torno de 25cm x 5cm x 0,5cm (comprimento, largura e altura ) que servem para marcar a distncia entre a face da alvenaria at a superfcie do reboco. A quantidade de mestras necessrias depende do comprimento da rgua. Com uma rgua de 2,0metros e a altura da parede de 2,6metros sero necessrias 3 (trs) mestras na direo vertical da parede o mesmo raciocnio utilizado para as mestras horizontais (na direo do comprimento da parede). A rgua deve ser apoiada sobre a mestra com uma folga de pelo menos 10cm de sua ponta.
O assentamento das mestras feito com colocao de argamassa na rea em que ser fixada a mestra, pressionando a mesma com a colher de pedreiro at a medida do reboco (1,.5 a 2,0cm).
Iniciamos a marcao das mestras, tambm chamadas de pontos do reboco, primeiramente na direo do comprimento da parede (mestras de baixo) a uma altura em torno de 50cm da base da alvenaria esquartejando as mestras de duas paredes que se encontram (amarraes) de preferncia a que tem porta.
Da mesma forma assentamos a mestra da outra extremidade. As mestras intermedirias so obtidas atravs da fixao de uma linha entre as mestras das extremidades (incio e fim da alvenaria) sendo assentada a uma distncia em que possa ser apoiada a rgua.
CARTILHA DO PEDREIRO
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A marcao das mestras opostas s duas primeiras paredes feita assentando a mestra com a distncia indicada na planta das dimenses entre as paredes. Com as mestras da base j fixadas nas paredes, atravs da operao de prumada, marcamos as mestras das extremidades da parte de cima da parede.
As mestras intermedirias de direo vertical, sero assentadas com o auxlio de duas linhas de nivelamento fixadas nas mestras das extremidades.
Feita a marcao com todas as mestras necessrias assentadas na alvenaria, comeamos o revestimento da parede enchendo de argamassa (chapando a parede com a colher de pedreiro) a faixa formada pelas mestras verticais. Com a rgua apoiada nas mestras, em movimentos de vai e vem cortamos a massa no nvel da mestra.
CARTILHA DO PEDREIRO
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Com a faixa j nivelada ou seja cortada pela rgua na marca da mestra, enchemos as reas entre as mesmas, seguindo as zonas ou as de baixo ou as de cima, sendo que as de cima necessitam da montagem de andaimes para alcanar a parte mais alta da parede. Nivelamos a argamassa contida nas reas entre as mestras apoiando a rgua na faixa das mesmas:
10.2. Arestameto
Nos revestimentos onde o reboco interrompido ou finalizado devido ao encontro de uma esquadria (porta, janela, etc.), nos encontros das paredes externas (fachadas), encontros entre o madeiramento do telhado e a parede, etc. h necessidade de fazer o acabamento moldando esses elementos. Este acabamento chamamos de arestamento. Os arestamentos das esquadrias (portas, janelas, basculantes, etc.) so construdos at a junta do contramarco. Para isso necessrio que a argamassa do reboco passe da junta e quando a mesma estiver puxado, seja dado um corte com a colher de pedreiro apoiada em uma rgua aprumada e posicionada na mesma direo da junta. Aps o corte retira-se a rgua e desempola-se a aresta com uma desempoladeira de aresta. Nas arestas dos vo livres (onde no h contra marcos) necessrio o apoio de duas rguas (uma em cada lado da parede) ambas aprumadas e esquadrejadas fixadas com atracadores ou presilhas (gancho de ferro de1/4") - ver ferramentas. Aps encher de argamassa o espao entre as rguas, espera-se a argamassa endurecer (puxar) corta-se e desempolase a argamassa contida entre as rguas. Em seguida retiram-se as rguas e faz-se o acabamento desempolando as laterais onde estavam as rguas. Nas arestas das fachadas, apoia-se a rgua na parede lateral a que esta sendo rebocada, enche-se de argamassa e espera-se a mesma puxar. Retira-se a rgua e corta-se com a mesma o excesso que passa da parede lateral, em seguida desempolam-se as duas paredes. As paredes no concludas no mesmo dia, devem ter os bordos das massas escorrificados (com pequenos cortes) completamente para que haja perfeita unio nas emendas e permita-se a continuidade da superfcie na mesma direo.
Com toda a alvenaria revestida de argamassa e nivelada com a rgua, iniciamos o desenpolamento da superfcie do revestimento utilizando a desempoladeira. Comeamos pela primeira zona que foi revestida de argamassa pois a mesma j est "puxando" endurecendo a mais tempo. Pressionamos a desempoladeira em movimentos circulares sobre a argamassa molhando-a com o trincho dando acabamento liso ao revestimento. Utilizamos uma esponja no revestimento desempolado para torn-lo mais liso. Desempolamos toda a superfcie do revestimento at completar toda a parede.
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10.3. Pavimentao
A pavimentao na construo de uma casa realizada em duas camadas: A primeira camada chamada de contrapiso tem a funo de regularizar a rea a ser pavimentada tornando-a plana, resistente e nivelada. O contrapiso construdo em camada de solo cimento, concreto magro, etc. A Segunda camada chamada de piso tem a funo de resistir ao peso de pessoas, mveis, etc. como tambm dar aspecto de beleza ao pavimento. A camada do piso construda sobre o contrapiso e pode ser feita com argamassa de cimento e areia (cimentado), com cermica, pedras, etc.
Como no revestimento das paredes, assentamos as mestras com colocao de argamassa na rea em que ser fixada a mestra, pressionando a mesma com a colher de pedreiro at a medida com a trena da altura do nvel a mestra do contrapiso. Assentamos a mestra da outra extremidade da mesma forma . As mestras intermedirias so obtidas atravs da fixao de duas linhas entre as mestras das extremidades (incio e fim dos lados) sendo assentada a uma distncia em que possa ser apoiada a rgua. Nas mestras intermedirias de direo oposta (em direo ao pedao de madeira da mestra) utilizamos apenas uma linha.
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Feita a marcao das mestras do contrapiso, comeamos a construo do mesmo, enchendo ( em pelo menos 2 camadas at passar da altura da mestra) de argamassa de solo cimento trao de 1:15 a faixa formada pelas mestras dos lados da rea a ser pavimentada. A cada camada devemos compactar (socar) atravs do soquete (ver assunto de ferramentas) para dar resistncia ao contrapiso. Com a rgua apoiada nas mestras, em movimentos de vai e vem, cortamos a argamassa de solo cimento que passa do nvel da mestra. Com as faixas j nivelada ou seja cortada pela rgua, enchemos em pelo menos 2 camadas at passar da altura da faixa, com solo cimento as reas entre as mesmas socando cada camadas. Nivelamos a argamassa de solo cimento contida nas reas entre as mestras que passam do nvel da faixa apoiando a rgua nas mesmas concluindo a camada de contrapiso do pavimento.
Piso cimentado
A construo do piso cimentado feita sobre o contrapiso. Procedemos da mesma forma para obter a marcao das mestras, fixando as linhas entre as mestras das extremidades (incio e fim dos lados) para obter as mestras intermedirias, enchendo de argamassa de cimento e areia no trao de 1:5 a faixa formada pelas mestras espalhando-a com a colher de pedreiro. Antes de lanar a argamassa na superfcie do contrapiso, polvilha-se cimento para melhorar a unio entre as camadas. A altura da camada do piso est em torno de 3 cm. Como no contrapiso, obtemos a altura do nvel at a mestra do piso subtraindo os 3 cm (altura da camada) da altura do nvel at o contrapiso. Nivelamos a argamassa contida entre as mestras apoiando a rgua nas mesmas, cortando a argamassa que passa do nvel das mestras. Formadas as faixas entre as mestras lana-se e espalha-se (com a colher de pedreiro) argamassa entre as mesmas como no contrapiso. Nivela-se com a rgua, retirando a argamassa acima do nvel das faixas. Em seguida, iniciamos o desempolamento da superfcie do cimentado utilizando a desempoladeira. Pressionamos a desempoladeira em movimentos circulares sobre a argamassa molhando-a com o trincho dando acabamento liso ao pavimento. Desempolamos toda a superfcie coberta de argamassa at completar todo o pavimento.
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11. Bibliografia
Associao Brasileira de Cimento Portland Mos Obra Orientao para construo ou reforma de sua casa
Chaves, Roberto Como construir uma casa: Concreto, Alvenaria, Pintura, Telhado e Instalaes 12a ed. Rio de Janeiro: ediouro 1997
AUTORIA: Esta cartilha foi elaborada por Adilson Brito de Arruda Filho, Sandro Luiz da Silva e Warley Pitanga Sousa, licenciados em construo civil, com superviso tcnica de Lcia Edna Zelley Matos Andrade e Rubens Jos Ferreira Barros, integrantes do Programa de Tecnologias da Habitao - THABA
DIAGRAMAO E ILUSTRAO: Vera Lcia Santos Quadros Jonathas Sousa de Medeiros Jos Carlos Baio Ferreira fren Ferreira
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