RESUMO E QUESTÕES DE VESTIBULARES COM GABARITO SOBRE A REVOLUÇÃO CIENTÍFICA E ILUMINISMO Prof. Marco Aurélio Gondim (WWW - Mgondim.blogspot - Com)
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RESUMO E QUESTÕES DE VESTIBULARES
A Revolução Científica do século XVII e o Iluminismo setecentista
1. Introdução:
. A ciência: Pode-se dizer que a Ciência como ela mais ou menos é hoje surgiu na
Europa do século XVII, principalmente com os trabalhos de Galileu, Descartes e
Newton. Trata-se de uma forma de pensar nova, baseada na relação de conhecimento
entre sujeito e objeto e tem como primado central o uso da razão.
3. A Ilustração:
. Quadro geral: O Iluminismo pode ser considerado uma visão específica da burguesia
sobre a realidade, ou melhor, trata-se de uma ideologia burguesa. Das obras dos autores
da Ilustração, importantes são os escritos sobre política: falam do quadro político
daquele período e sobre a forma ideal de governo. O que se pregava para a França da
época era a revolução para que se findasse o absolutismo no país como ele acabou na
Inglaterra. Alguns filósofos ganharam grande destaque nesse período.
. Locke e a Revolução Gloriosa: John Locke, que pode ser considerado um precursor da
Ilustração dos setecentos, foi um pensador inglês do século XVII que escreveu seu
principal livro, o Tratado do Governo Civil, logo após a Revolução Gloriosa na
Inglaterra de 1688, legitimando-a. Ele dizia que todo povo tinha direito de escolher seu
governante sendo a revolução seria legítima em casos de mau governo, dizia também
que as principais funções do Estado deveriam ser a defesa da propriedade privada e das
liberdades individuais. Este é o liberalismo político que influenciou bastante os
iluministas franceses.
. Voltaire: Escreveu as Cartas Inglesas, obra que não pode ser chamada de um estudo
teórico, mas um panfleto contra o absolutismo francês. Era profundamente anticlerical e
anti-absolutista.
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. Montesquieu: Para este filósofo, cada povo tem o governo que lhe cabe, isto está claro
em sua obra O Espírito das Leis. Dizia que o absolutismo na França não condizia com o
anseio do povo francês, que queria um regime constitucional. Defendia, baseando-se em
Locke, o Estado em três esferas: Executivo, Legislativo e Judiciário, cada poder
limitaria o outro para que assim não houvesse tirania de um desses poderes.
. Adam Smith e os liberais: Adam Smith é um iluminista, mas é também o pai fundador
do liberalismo na economia. O liberalismo econômico será uma doutrina hegemônica
no XIX. Assim como os fisiocratas, ele era crítico do mercantilismo e favorável à não-
intervenção estatal na economia nacional. Todo a riqueza, para Smith vinha do trabalho
e não do ouro e prata ou da agricultura. Dizia que os homens em um ímpeto
individualista produziam para a sociedade e essa produção se auto-regulava pela mão
invisível da economia, a lei a oferta e da demanda. Assim, a liberdade econômica
geraria a prosperidade.
1. Aspectos gerais:
. Conceituação: Foi a prática política de alguns reis da periferia européia na segunda
metade do século XVIII de utilizar em seus governos idéias e ideais iluministas, com o
objetivo de dinamizar e modernizar a estrutura do Estado além de dar uma imagem mais
progressista ao reino.
. Objetivos: O objetivo dessa prática é que estes países se tornassem tão desenvolvidos
quanto as potências européias do período: Inglaterra e França. Pretendia fomentar a
burguesia nacional e reafirmar o poder monárquico. Apesar de esclarecido, o
absolutismo persiste e os objetivos, em geral, não foram atingidos.
. Como: O método para se atingir esse fim era o reforço do mercantilismo. Assim,
fiscalismo, balança favorável, metalismo, fomento do comércio são características das
práticas dos déspotas esclarecidos.
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pública, os conflitos com a Igreja Católica – no caso da Rússia com a Igreja ortodoxa –,
a modernização do exército, o fomento da economia através de práticas mercantilistas e
o aumento das liberdades individuais, com muitos limites.
2. Casos particulares:
. A importância dos casos particulares: É importante conhecer os casos isolados, pois
estas reformas trouxeram grandes mudanças a estes países e às suas colônias. Por
exemplo, as reformas bourbônicas na Espanha vão ser importantíssimas para o processo
de independência das colônias hispano-americanas e as reformas pombalinas em
Portugal vão transformar a colonização na América portuguesa.
. Áustria: José II (1780-90) impôs uma forte centralização administrativa, acabou com a
servidão em seu país, deu liberdade religiosa e igualdade jurídica aos cidadãos,
expulsando ainda os jesuítas do território austríaco. O resultado disto tudo foi um
enorme aumento do poder real. Novamente, as reformas eram revogáveis e não uma
conquista perpétua da população, mas um simples exercício provisório do poder real.
. Rússia: Pedro, o Grande na primeira metade do século XVIII já pode ser considerado
um monarca absoluto ilustrado por suas reformas modernizantes, mas é Catarina II
(1762-94) quem empreende as maiores reformas iluministas bem à maneira particular
russa. Ao contrário de José II, ela não acaba com a servidão, mas a reafirma, nacionaliza
e doa as terras da Igreja ortodoxa russa aos nobres e incentiva-os a manter o trabalho
servil, sobretaxa os servos e camponeses livres e expande territorialmente o Império
Russo. Isso tudo vai criar o enorme e arcaico Império servil que chega a ir da Polônia ao
Alasca. A servidão se manterá até 1861.
. Espanha: No reinado de Carlos III (1759-1788), o ministro Aranda teve grande peso
no que ficaram conhecidas como as reformas bourbônicas. Assim como Portugal, o
grande foco das reformas foi a colonização na América, esta foi completamente
reformulada. Os jesuítas foram expulsos da Espanha e da América espanhola. Novas
medidas fiscalistas conseguiram diminuir bastante o contrabando, que era gigantesco
antes das reformas. Isso atrapalhou a vida dos colonos que tinham vantagens em
comerciar ilegalmente com os britânicos e outras medidas endureceram a colonização,
desagradando as elites criollas no Novo mundo. Isso vai levar a um caráter de revolta
dessas elites, que começam a formular as independências.
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1755. Assim como a Espanha, ele vai reformular a colonização portuguesa no ultramar.
A capital do Brasil muda em 1763 de Salvador para o Rio de Janeiro, mais próximo das
minas de ouro. Os jesuítas são expulsos da metrópole e da colônia em 1759. O
fiscalismo aumenta de modo absurdo, instituindo-se a derrama, que vai ser o motivo
maior para a Inconfidência mineira.
Assim, os primeiros projetos de independência na colônia vão surgir após esse
enrijecimento do colonialismo.
EXERCÍCIOS
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(UFG/GO) Questão 5:
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(UFPE) Questão 8: O estilo barroco que nos séculos XVII e XVIII, se destacou com a
arte, de Diogo Velázquez, Rubens, Caravaggio, entre outros pode ser considerado
como:
A - resultado de uma arte que desafiava os padrões clássicos.
B - expressão do respeito aos princípios da arte clássica greco-romana.
C - imitação dos pintores renascentistas florentinos.
D - reflexo das concepções estéticas do Antigo Oriente.
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(UFF/RJ) Questão 11: A Revolução Francesa foi obra coletiva com a participação de
todos os setores da sociedade francesa, de nobres a camponeses, passando por burgueses
e operários. Essa dimensão coletiva também esteve presente nas idéias que deram base à
revolução, como o Iluminismo, sistema de pensamento oriundo das reflexões dos
intelectuais franceses. Esses dois aspectos estão presentes numa obra que junta todos os
conhecimentos novos, práticos e teóricos.
Assinale a alternativa que indica a obra que denota o caráter renovador da Revolução
Francesa.
A - A Enciclopédia dirigida por Voltaire e Rousseau, que estabelecia as regras de
organização da nova sociedade francesa, com destaque especial para o elogio aos modos
de vida da nobreza, no que diz respeito à educação e aos costumes refinados.
B - A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que anunciava a possibilidade
da revolução resultar de um acordo entre os filósofos das Luzes e o Antigo Regime,
com o intuito de manter a ordem nos campos e nas cidades.
C - A Declaração Civil do Clero, que cortava radicalmente as ligações com o
feudalismo e introduzia um novo estatuto para os trabalhadores rurais, garantindo-lhes a
propriedade das terras da nobreza.
D - A Enciclopédia dirigida por Diderot e D'Alembert, que condensava todas as novas
visões sobre o mundo, o homem e a sociedade. Servia de guia para a oposição aos
valores do Antigo Regime.
E - A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que preconizava a manutenção
da autoridade da nobreza sobre todas as terras da França e dos burgueses sobre as
cidades, dividindo o território em duas grandes partes para manter os ideais da
Revolução.
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(UFPR) Questão 12: “A justiça sem a força é impotente; a força sem a justiça é tirânica.
A justiça sem a força será contestada, porque há sempre maus; a força sem a justiça será
acusada. É preciso reunir a justiça e a força; e dessa forma, fazer com que o justo seja
forte, e o que é forte seja justo.”
Pascal. Pensamentos V, 298. Apud. Barros, Alberto Ribeiro de. A teoria da soberania de
Jean Bodin. São Paulo: UNIMARCO, 2001.
Essa passagem dos Pensamentos do filósofo e matemático Blaise Pascal (1623-1662)
remete à relação de equilíbrio que deve existir entre o poder político e a justiça. A
respeito dessa questão central para a filosofia e a ciência política desde o século XVII,
assinale a alternativa correta:
A - John Locke (1632-1704) defendia que ninguém podia isentar-se das leis que regem
a sociedade civil, criticando enfaticamente as teorias absolutistas, que consideravam
uma prerrogativa do poder monárquico não se submeter às leis que regulavam a vida
dos súditos.
B - Nos séculos XVII e XVIII, as monarquias absolutistas foram controladas pelos
parlamentos em toda a Europa, prevalecendo as teorias políticas constitucionais sobre a
teoria do direito divino dos reis.
C - Ao escrever sobre as formas de governo, Montesquieu (1689-1755) aproximou-se
do pensamento político de John Locke, tornando-se um opositor da monarquia e
defensor do regime republicano democrático.
D - Os pensadores políticos dos séculos XVI e XVII que defenderam a causa política da
monarquia eram seguidores dos princípios políticos pragmáticos enunciados por
Maquiavel no começo do século XVI, mesmo que para tanto tivessem que renunciar à
moral e à religião.
E - Thomas Hobbes (1588-1679) foi um defensor do equilíbrio entre executivo e
legislativo, pregando a necessidade de um parlamento forte que moderasse a monarquia.
(UFMG) Questão 13: Com base em conhecimentos sobre o assunto, é correto afirmar
que o pensamento iluminista:
A - levou seus principais ideólogos a tomar parte ativa nos acontecimentos da
Revolução Inglesa e a se constituírem na principal liderança desse evento;
B - considerava a desigualdade um fenômeno natural e positivo, além de um importante
elemento para garantia da estabilidade social e da paz;
C - favoreceu o envolvimento de todos os seus mentores em campanhas anticlericais,
em que manifestavam um ateísmo militante e radical;
D - deu origem a projetos distintos, mas que tinham em comum reformas baseadas no
princípio da tolerância e na busca da felicidade.
(UFSCAR/SP) Questão 14: Os deputados do povo não são, nem podem ser, seus
representantes; não passam de seus comissários, nada podendo concluir definitivamente.
É nula toda lei que o povo diretamente não ratificar e, em absoluto, não é lei. O povo
inglês pensa ser livre e muito se engana, pois o é somente durante a eleição dos
membros do parlamento; logo que estes são eleitos, ele é escravo, não é nada. Durante
os breves momentos de sua liberdade, o uso que dela faz mostra que bem merece perdê-
la.
Sobre as idéias e o autor do texto, é correto afirmar que são:
A - discussões filosóficas renascentistas de Bodin, em defesa do absolutismo
monárquico e contra a representatividade do povo no parlamento;
B - reflexões sobre a legitimidade de representação do povo inglês no parlamento, feitas
por Locke, durante a fase mais radical da Revolução Francesa;
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(UESC/BA) Questão 17: Um dos fatores ideológicos que influíram na crise do Antigo
Sistema Colonial mercantil foi:
A - a condenação da Igreja Católica à escravidão indígena;
B - a defesa do tráfico de escravos africanos pela burguesia inglesa;
C - a presença de experiências de despotismo esclarecido nas áreas coloniais;
D - a crítica aos monopólios e à escravidão, contida no pensamento econômico
iluminista;
E - o fortalecimento do estado absolutista a partir da difusão das idéias de Montesquieu.
(UEL/PR) Questão 19: "A natureza não faz nada verdadeiramente supérfluo e não é
perdulária no uso dos meios para atingir seus fins. Tendo dado ao homem a razão e a
liberdade da vontade que nela se funda, a natureza forneceu um claro indício de seu
propósito quanto à maneira de dotá-lo. Ele não deveria ser guiado pelo instinto, ou se
provido e ensinado pelo conhecimento inato, ele deveria, antes, tirar tudo de si mesmo."
(KANT, Immanuel. Idéia de uma história universal de um ponto de vista cosmopolita.
São Paulo: Brasiliense, 1986. p. 12.)
O texto do filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804) é representativo do
Iluminismo, movimento inspirador das revoluções burguesas dos séculos XVIII e XIX.
Baseado nele, é correto afirmar que o Iluminismo tinha como um de seus fundamentos:
A - A crença na superioridade e na providência divina, que regula todos os
acontecimentos no mundo dos homens.
B - A luta pela implantação de regimes democráticos baseados no ideário da Contra-
Reforma católica.
C - O reconhecimento da desigualdade natural dos homens, que legitimava a escravidão
no período em que viveu o filósofo.
D - A confiança na racionalidade e a convicção do papel dos homens como sujeitos
autônomos, estimulando movimentos por mudanças em todas as esferas sociais.
E - A certeza da incapacidade dos homens de se autogovernarem, exigindo a reprodução
do modelo da tutela do Estado Monárquico.
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(UPE) Questão 21: Com relação às mudanças na arte e na ciência, no início da idade
Moderna, analise as afirmativas abaixo.
I. As idéias de Copérnico abalaram as concepções de mundo da sua época, ao
estabelecer as bases científicas do heliocentrismo.
II. As censuras e as perseguições da Inquisição inibiram descobertas científicas e
condenaram sábios, como Giordano Bruno.
III. As famosas leis formuladas por Isaac Newton serviram de base para o crescimento
da ciência moderna, destacando-se também suas noções de espaço e tempo absolutos.
IV. As mudanças na produção do conhecimento, nos séculos XVI e XVIII, foram
acompanhadas por renovações expressivas na arte e na música com Rembrandt,
Velázquez, Vivaldi entre outros.
V. A filosofia de Descartes trouxe renovação importante na forma de pensar o mundo.
Depois da análise, conclui-se que estão corretas:
A - todas as afirmativas
B - apenas as afirmativas I e III
C - apenas as afirmativas I, II e III
D - apenas as afirmativas II e IV
E - apenas as afirmativas I, III e IV
(UFF/RJ) Questão 22: O Iluminismo do século XVIII abrigava, dentre seus valores, o
racionalismo. Tal perspectiva confrontava-se com as visões religiosas do século
anterior. Esse confronto anunciava que o homem das luzes encarava o mundo e tudo
nele contido: o homem e a natureza. O iluminismo era claro, com relação ao homem:
um indivíduo capaz de realizar intervenções e mudanças na natureza para que essa lhe
proporcionasse conforto e prazer.
Seguindo esse raciocínio, pode-se dizer que, para o Homem das Luzes, a natureza era:
A - misteriosa e incalculável, sendo a base da religiosidade do período, o lugar onde os
homens reconheciam a presença física de Deus e sua obra de criação;
B - infinita e inesgotável, constituindo-se um campo privilegiado da ação do homem,
dando em troca condição de sobrevivência, principalmente no que se refere ao seu
sustento econômico;
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(UFSC/SC) Questão 23: Em 1776, Adam Smith propugnava que “Todo homem,
enquanto não viole as leis da justiça, permanece em perfeita liberdade de buscar seu
interesse a seu modo, e de fazer competir seu capital e produtos com os de qualquer
outro homem ou grupo de homens”. Nesta tese, Smith defendia o Liberalismo
econômico que:
A - surgiu com a finalidade de legitimar a ascensão da burguesia enquanto se exauria a
capacidade da nobreza em manter-se no poder.
B - criticava a forte interferência do Estado na economia e compactuava com a
concessão de monopólios à aristocracia.
C - argumentava ter a economia suas próprias leis (da oferta e procura) e que a
interferência do Estado poderia ser benéfica.
D - envolvia dois planos: um regional e outro nacional, com o privilegiamento do plano
regional por parte da burguesia.
E - pregava as idéias de livre-cambismo, fim das barreiras alfandegárias e das tarifas
protecionistas; porém tal plano só poderia ser viável em Portugal, devido ao seu Império
Colonial.
(USP) Questão 24: Adam Smith, autor de A Riqueza das Nações (1776), referindo-se à
produção e à aquisição de riquezas, observou: "Não é com o ouro ou a prata, mas com o
trabalho que toda a riqueza do mundo foi provida na origem, e seu valor, para aqueles
que a possuem e desejam trocá-la por novos produtos, é precisamente igual à quantidade
de trabalho que permite alguém adquirir ou dominar." Os pontos de vista de Adam
Smith opõe-se às concepções:
A - mecantilistas, que foram aplicadas pelos diversos estados absolutistas europeus;
B - monetaristas, que acompanharam historicamente as economias globalizadas;
C - socialistas, que criticaram a submissão dos trabalhadores aos donos do capital;
D - industrialistas, que consideraram as máquinas o fator de criação de riquezas;
E - liberais, que minimizaram a importância da mão-deobra na produção de bens.
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(UERJ) Questão 27: Não se vêem, porventura (...) povos pobres em terras vastíssimas,
potencialmente férteis, em climas dos mais benéficos? E, inversamente, não se encontra,
por vezes, uma população numerosa vivendo na abundância em um território exíguo, até
algumas vezes em terras penosamente conquistadas ao oceano, ou em territórios que
não são favorecidos por dons naturais? Ora, se essa é a realidade, é por existir uma
causa sem a qual os recursos naturais (...) nada são (...). Uma causa geral e comum de
riqueza, causa que, atuando de modo desigual e vário entre os diferentes povos, explica
as desigualdades de riqueza de cada um deles (...)
(SMITH, Adam. Apud HUGON, Paul. História das doutrinas econômicas. São Paulo:
Atlas, 1973.)
O texto acima evidencia a preocupação, por parte de pensadores do século XVIII, com a
fonte geradora de riqueza. As "escolas" econômicas do período – Fisiocracia e
Liberalismo – apresentavam, contudo, discordâncias quanto a essa fonte.
Os elementos geradores de riqueza para a Fisiocracia e para o Liberalismo eram,
respectivamente:
A - terra e trabalho;
B - agricultura e capital;
C - indústria e comércio;
D - metal precioso e tecnologia.
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IV. Fundamentaram a base dos valores ateístas dos filósofos promotores da Revolução
Científica do Século XVII.
Assinale:
A - se somente as afirmativas I e IV estão corretas;
B - se somente as afirmativas I, II e III estão corretas;
C - se somente as afirmativas II e IV estão corretas;
D - se somente a afirmativa III está correta;
E - se todas as afirmativas estão corretas.
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(UFRGS) Questão 35: "O dia mais feliz da minha vida será aquele em que o último rei
for enforcado nas tripas do último padre".
Essa frase, atribuída ao filósofo francês Voltaire, diz respeito:
A - à frase da Revolução Francesa conhecida como Terror, de outubro de 1793 a julho
de 1796;
B - à Declaração dos Direitos do Homem, em agosto de 1789, cuja principal ênfase era
o anticlericalismo;
C - à execução de Luís XVI, em janeiro de 1793, tendo sido o principal argumento para
a sua condenação à pena capital;
D - ao clima intelectual de profundas críticas ao Antigo Regime, que caracterizava o
Iluminismo;
E - à instalação do Diretório, em setembro de 1795, o qual se caracterizaria pela
radicalização do processo revolucionário.
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(UFF/RJ) Questão 38: O iluminismo do século XVIII foi responsável por novas idéias e
possibilidades de leitura do mundo e da sociedade. Considere desdobramentos da
afirmativa acima e numere a coluna inferior de acordo com a superior.
(1) Obra de relevante importância dentre as produzidas pelos filósofos das luzes.
(2) Empreendimento literário-científico que pretendeu sistematizar todo o conhecimento
da época.
(3) Lema central das idéias de oposição ao Antigo Regime, presente na propaganda da
Revolução Francesa.
(4) Principal idéia das teorias iluministas acerca do desenvolvimento da história
humana.
(5) Síntese do pensamento jacobino na etapa final da Revolução Francesa.
( ) O Contrato Social de J. J. Rousseau
( ) A Enciclopédia orientada por Diderot e D’Alembert
( ) Progresso
( ) Liberdade, Igualdade e Fraternidade
Assinale a opção que apresenta a seqüência correta da numeração.
A - 1, 2, 4, 3
B - 2, 1, 3, 4
C - 2, 3, 4, 5
D - 4, 3, 2, 5
E - 5, 2, 1, 3
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D - "Não conheço nada tão indecente, quanto essas vagas declamações dos teólogos
contra a razão. Ao ouvi-los, é de supor-se que os homens não poderiam entrar para o
seio da cristandade a não ser como um rebanho bovino entrando em um estábulo." (D.
Diderot)
E - "[...] Confiemos em nós mesmos, vejamos tudo com nossos próprios olhos, que
sejam estes nossos oráculos, nossas trípodes e nossos deuses." (Voltaire)
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