O Auto Da Barca Do Inferno Versao Atualizada

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CURSO DE MECNICO DE MONTAGEM DE PRODUTOS

O AUTO DA BARCA DO INFERNO

Trabalho Matheus

elaborado Loose,

pelos

alunos L ns,

Leonardo

Matheus Gar! a e "ran! s!o #e$erra para a d s! pl na de Co%un !a&'o, !o%o !r t(r o de nota par! al do per)odo nter%ed *r o+

Resende, 2010. O AUTO DA BARCA DO INFERNO

Apro,ado por-

....................... Pro/essor0a1 .......................

Nota

Resende, 2010.
AUTO DA BARCA DO INFERNO Gil Vicente O primeiro interlocutor um Fidalgo que chega com um Paj, que lhe leva um rabo muito comprido e uma cadeira de espadas. E comea o Arrais do inferno antes que o fidalgo venha DIA#O Olha a #ar!a, Olha a #ar!a+ 3ue te%os %ar( boa4 Ora ,enha o !arro a r( COMPAN5EIRO Pronto, Pronto4 #e% esta e Aperte be% a6uela Corda e despe7a be% a6uele ban!o para a 8ente 6ue , r*+ COMPAN5EIRO Olha a bar!a, Olha bar!a, hu9u4 Se% de%ora, 6ue se 6uer r+ Oh, 6ue te%po de part r, lou,ores a #er$ebu4 Ora seu4 O 6ue te% /e to: Despe7a todo esse le to4 COMPAN5EIRO E% boa hora4 "e to, "e to4 DIA#O "a&a o n; da6uela !orda da ,ela e lan!e a6uele !abo do pa, lh'o+ COMPAN5EIRO Oh9oh,!a&a4 Oh9oh, &a, &a4 DIA#O oh, 6ue !ara,ela bela+ P<e as bande ras para /esta =elas para o alto4 n!ora a p 6ue4 9 > poderoso do% Anr 6ue, a6u 6ue ,o!? ,e%:+++ 3ue !o sa ( esta: em o fidalgo e, chegando a barca infernal di!" "IDALGO Esta bar!a, para onde ,a , 6ue ass % est* aper!eb da: DIA#O =a para a lha perd da, e loro ra part r+ "IDALGO Para l* ,a @ senhora: DIA#O senhor, a ,osso ser, &o+ "IDALGO Isso %a s %e pare!e u% !ort &o+++ DIA#O A por esta ,endo ela de /ora "IDALGO Por(%, a 6ue terra passa s:

F DIA#O Para o n/erno, senhor+ "IDALGO Terra be% se% sabor essa+ DIA#O 3u?:+++ E ta%b(% a6u $o%ba s: "IDALGO E passa8e ro ,o!? a!ha para essa hab ta&'o: DIA#O Eu os ,e7o e% apar?n! a pelo nosso !a s+++ "IDALGO Pare!e9te a t ass %4+++ DIA#O E% 6ue esperas ter prote&'o: "IDALGO 3ue de Co na outra , da 3ue% re$e se%pre por % % DIA#O 3ue% re$e por t : 5,h,h,h,h,h,h4 E tu , ,este pelo seu pra$er !u dando a6u se sal,ar por 6ue re$a% l* por t : E%bar!a D ou e%bar!a 3ue ha,e s de r depo s4 Manda arru%ar a !ade ra, 6ue ass % passou ,osso pa + "IDALGO 3u?: 3u?: 3u?: Ass % lha ,a : DIA#O =a ou ,e%: E%bar!a lo8o4 Se8undo l* ,o!? es!olheu, ass % a8ora ,os !ontenta + Po s 6ue 7* pela %orte passastes, ha,e s de passar o r o+ "IDALGO N'o h* a6u outro na, o: DIA#O N'o, senhor, %as este /restates+ E pr %e ro 6ue eCp rastes E* %e deste u% s nal+ "IDALGO 3ue s nal /o esse tal: DIA#O Do 6ue ,o!? se !ontentou+ "IDALGO At( a outra bar!a %e ,ou+ 5ou da bar!a4 Para onde s: Ah, bar6ue ro4 N'o %e ou, s: Responde 9%e4 5oul*4 5ou4+++ 0por deus, %orto estou41+ 0Cantar sto ( 7* p or+++1+ 3ue 7er !on! ns, sal,ador4 Cu da% a6u 6ue s'o eu 8rou: ANEO O 3ue 3uer: "IDALGO 3ue ,o!? %e d 8a, Por 6ue part t'o se% a, so se a bar!a do para)so e esta e% 6ue na,e8a s ANEO S % ( esta- o 6uer !o% 8o:

G "IDALGO 3ue %e de Ce e%bar!ar Sou / dal8o de solar, ( be% 6ue pode %e re!olher+ ANEO N'o se e%bar!a t ran a nesta bar!a d , nal+ "IDALGO N'o se por 6ue ser* ru % a entrada de % nha senhor a+ ANEO Para sua /antas a %u to estre ta ( essa bar!a+ "IDALGO Para u% senhor de tanta %ar!a n'o h* %a s !ortes a: =enha a pran!ha e ata, o4 Le,a 9%e desta r be ra4 ANEO =o!? n'o ,e o de %ane ra para entrar nesse na, o+ O outro ,a %a s ,a$ oa !ade ra te ser, ra e o rabo !aber* e todo o seu senhor o+ L* ,o!? ra %a s espa&oso ,o!? ( sua senhor a !u dando da t ran a do pobre po,o 6ue Coso+ E po6ue, de 8eneroso, despre$a,a os pe6uenos a!ha,a9os tanto %enos 6uanto %a s /osse ,a doso+ DIA#O Olha a bar!a, olha a bar!a+ Oh4 3ue %ar( t'o de prata4 U% ,ento$ nho 6ue %ata e ,alentes re%adores4 #i! cantando" $s meveniredes a l% mano A l% nano me venereis "IDALGO Ao n/erno, !ontudo+ Oh tr ste4 En6uanto , , n'o !u de do 6ue %e ha, a , , u%a /antas a4 "ol8a,a ser adorado, !on/ e e% %eu estado e n'o , 6ue %e perd a =enha essa pran!ha4 =ere%os esta bar!a de tr ste$a DIA#O E%bar6ue do&ura

H 6ue a6u nos entendere%os ,ere%os !o%o ,o!? re%a, E, !he8ando ao nosso !a s, todos nos ser, re%os be%+ "IDALGO =ou esperar por a6u , tornare * outra , da ,er % nha da%a 6uer da 6ue 6uer se %atar por % %+ DIA#O 3ue 6uer se %atar por ,o!?: "IDALGO D sso estou !erto DIA#O > na%orado pateta, o %a or 6ue nun!a , 4 "IDALGO Co%o pode ser sso, Se %e es!re, a % l d as: DIA#O 3uantas %ent ras 6ue ,o!? l a, e ,o!?+++ Morto de pra$er4 "IDALGO Para 6ue ( sua $o%ba&'o, 6ue% n'o ha, a %a s no be%: DIA#O Ass % , ,e ,o!?, a%(%, !o%o t nha te 6uerer4 "IDALGO Isto 6uando ao 6ue eu !onhe&o+++ DIA#O Po s estando tu eCp rando, se esta,a ela re6uebrando !o% outro de %enos pre&o "IDALGO Me da l !en&a, te pe&o, 6ue eu ,* ,er % nha %ulher+ DIA#O E ela, por n'o te ,er, despenhar9se9* u% !abe&o4 3uando ela re$ou ho7e entre seus 8r tos e 8r tas /o dar 8ra&as n/ n tas a 6ue% a desasso%brou+ "IDALGO Cantar, ela be% !horou4 DIA#O N'o era u% !horo de ale8r a: "IDALGO E as last %as 6ue d $ a: DIA#O Sua %'e lhe ens nou+++ Entra %eu senhor, entra E l* na pran!a4 Pode por o p( "IDALGO Entre%os, 7* 6ue ( ass %+ DIA#O Ora, senhor, des!an!e passe e e susp re+ Lo8o , ra %a s 8ente+ "IDALGO > bar!a, !o%o ,o!? ( ardente+ Mald ta ( 6ue% ,a a ,o!?4

#i! o diabo ao &oo da cadeira" DIA#O N'o entra a6u 4 =a 9te De 4 A !ade ra ( a6u eC!ess ,aI !o sa 6ue este,e na 8re7a n'o ,a e%bar!ar a6u + C* lha dar'o de %ar/ , e%but da de Dolores, !o% ta s %odos de la,ores 6ue estar* /ora de s +++ Olha a bar!a, Olha a bar!a 8ente, 6ue 6uere%os dar * ,ela4 Che8ar ela4 Che8ar ela4 Mu tos de boa%ente4 Oh4 3ue bar!a t'o ,alente em o On!eneiro, e pergunta ao recebedor da barca do inferno, di!endo" ONJENEIRO Para onde a bar!a ,a : DIA#O Oh4 3ue %* hora ,o!? ,e o on$ene ro, %eu parente4 Co%o ,o!? !he8ou t'o tarde: ONJENEIRO Ma s eu 6uer a l* tarda+++ Na sa/ ra do apanhar %e deu saturno 6uebranto+ DIA#O Ora sso %u to %e espanta n'o se l ,rou do d nhe ro4+++ ONJENEIRO S; la%ente pelo ban6ue ro n'o %e de Cara% ne% tanto+ DIA#O Ora entra , entra a6u 4 ONJENEIRO N'o ,ou e%bar!ar4 DIA#O Oh4, 3ue 8ent l re!e o, e 6ue !o sa para % %4 ONJENEIRO A nda a8ora /ale! , De Ca9%e bus!ar batel DIA#O Pesar de Ea% P %entel4 Por 6ue n'o r*s a6u : ONJENEIRO E p?ra onde ( a , a8e%: DIA#O Para onde ,o!? h* de r ONJENEIRO =a%os part r lo8o : DIA#O N'o de %a s l n8ua8e%+ ONJENEIRO %as para onde ( a passa8e%: DIA#O Para a n/ernal !o%ar!a+ ONJENEIRO D C4 N'o ,ou nessa bar!a+

L Esta outra te% a ,anta8e% 'a barca do anjo di!" 5ou da bar!a4 5oul*4 5ou4 =a part r lo8o: ANEO E aonde ,o!? 6uer r: ONJENEIRO Eu para o para)so ,ou ANEO Po s eu %u to /ora estou de te le,ar para l*+ Essa outra te le,ar*I ,a para 6ue% te en8anou4 ONJENEIRO Por 6u?: ANEO Por 6ue esse bols'o to%ar* todo o na, o+ ONJENEIRO Euro a deus 6ue o le,o ,a$ o4 ANEO N'o 7* no teu !ora&'o ONJENEIRO L* %e / !a, de rond'o, % nha /a$enda e alhea+ ANEO > on$ena, !o%o ,o!? ( /e a+ e / lha de %ald &'o4 (orna o On!eneiro ) barca do inferno e di!" ONJENEIRO 5oul*4 5ou4 De%o bar6ue ro Sabe o 6ue %e te% no /undo: 3uero l* tornar ao %undo e tra$er o %eu d nhe ro+ 3ue a6uele outro %ar nhe ro, por6ue %e ,? , r se% nada, ne deu tanta borre8ada !o%o Arra s l* do barre ro+ DIA#O Entra, Entra, e re%ar*s4 N'o per!a %a s %ar(4 ONJENEIRO Toda, a+++ DIA#O Per /or&a (4 3ue te p(s, a6u entrar*s4 Ir* ser, r satan*s, ONJENEIRO Oh4 Tr ste, 6ue% %e !e8ou: DIA#O A!al%e9se, 6ue a6u !horar*s+ Entrando o On!eneiro no batel, onde achou fidalgo embarcado, di! tirando o barrete" ONJENEIRO Santa Eoana de =ald?s4 A6u ( ,ossa senhor a: "IDALGO D* ; de%o @ !ortes a4 DIA#O Ou, s: "ala ,;s !ort?s4

O =o!?, / dal8o, !u dare a!ha 6ue esta na ,ossa pousada: Dar e% ,o s tanta pan!ada !o% u% re%o 6ue rene8ou4 em *oane, o Parvo, e di! )s Arraias do +nferno" PAR=O 5e ,o!?4 DIA#O 3ue% (: PAR=O Sou eu+ A este o nosso bar!o: DIA#O De 6ue%: PAR=O Dos tolos+ DIA#O S %+ Entra4 PAR=O Pulando ou ,oando: PoCa, !o tado do %eu a,M4 Morr na hora errada e de Ce 9o s;+ DIA#O Morreu de 6ue: PAR=O De 6ue: Ca8ane ra+ DIA#O De 6ue: PAR=O De de/e!ar %erda+ DIA#O Entra4 P<e o p( a6u 4 PAR=O A ru % rapa$, ta %alu!o:4 DIA#O Entra ho%e% tolo, 6ue ,a%os pela %ar(+ PAR=O Cal%a, !al%a pM4 E para onde n;s ,a%os: DIA#O Para o porto do lN! /er+ PAR=O Ah ta+ DIA#O 3ue sa!o4 Entra lo8o4 PAR=O Entra lo8o: 5 4 5 4 #ar!a do !h /rudo+ Seu be &udo4 #unda de !arrapato4 5 4 5 4 Ca8a no sapato4 Sua %ulher ( /al da, e ,a par r u% sapo, enrolado nu% 8uardanapo+ ,hega o Parvo a barca do ajo e di!" PAR=O E da bar!a4 ANEO O 6ue 6uer: PAR=O Posso entrar: ANEO =o!? pode entrar se 6u ser,

PQ por6ue tudo 6ue ,o!? /e$ !o% !ons! ?n! a n'o errou+ em um sapateiro com seu avental e carregando v%rias formas e chega a barca do inferno, e di!" SAPATEIRO 5ou da bar!a4 DIA#O 3ue% ( ,o!?: Santo sapate ro honrado, Por6ue ,ens t'o !arre8ado: SAPATEIRO Me %andara% , % ass %+++ E para onde ( a , a8e%: DIA#O Para o la8o dos danados+ SAPATEIRO Os 6ue !on/essara% Antes da %orte ,'o pra onde: DIA#O N'o ,e% !o% !on,ersas+ Esta ( a sua bar!a4 DIA#O =o!? %orreu seu eC!o%un8ado+ N'o espera,a , ,er n(:4 SAPATEIRO Mas n'o 6uero r nessa+ DIA#O Entra lo8o4 SAPATEIRO E as % ssas 6ue eu /u n'o ,ale% de nada: DIA#O Ou, u as % ssas, %as roubou ent'o seu !a% nho ( esse+ SAPATEIRO E as o/ertas 6ue eu de : DIA#O "ora% de !ora&'o: SAPATEIRO N'o todas+ ai-se a barca do anjo e di!" 5e da bar!a, Posso r nessa: ANEO Seus roubos te !ondena%+ SAPATEIRO Mas Deus n'o pode %e perdoar: ANEO Ta ,endo a6uela bar!a l*: Ela ( para 6ue% rouba !o%o ,o!?+ SAPATEIRO Por /a,or, %e de Ca r, n'o te% nenhu% !ant nho a pra % %: ANEO Se t ,esse , , do !orreta%ente n'o r a pro n/erno+ SAPATEIRO Ent'o ,o!? ,a %e %andar pro n/erno: ANEO Ass % est* es!r to++ (orna-se a barca dos danados, e di!" SAPATEIRO =a%os e%bora, se% de%oras+ em um frade com uma moa pela m.o e uma espada na outra. (ambm levava um capacete debai/o do capu!, estava danando e di!endo" "RADE Eu ,ouI eu ,ouI

PP pra !asa a8ora eu ,ouI parara t % bu%I parara t % bu%I eu ,ouI eu ,ou+++ DIA#O O 6ue ( sso, padre:4 Pra onde ,a : "RADE Ol* tudo be%:4 DIA#O Ta%b(% sabe a dan&a da !orte: "RADE Se s %+ DIA#O Entra por6ue eu to!are , E /are%os u% ba l'o+ E essa %ulher ( sua: "RADE A s %+ DIA#O Mu to bon ta ela, %as n'o a !ensurou no seu RsantoS !on,ento: "RADE N'o+ DIA#O 3ue !o sa n'o:4 Entra a) Padre4 "RADE Para onde ,o!? ,a nos le,ar: DIA#O Para o n/erno, O 6ual n'o te,e %edo a sua , a toda+ "RADE Euro por Deus 6ue n'o te entendo, E a % nha bat na n'o ,ale de nada: DIA#O Gent l padre %undano, Ao n/erno te %ando+ "RADE Co%o pode Deus:4 Eu ,ou ser !ondenado: DIA#O Para de %e en!her o sa!o, Entra a) e ,a%os e%bora+ "RADE N'o ,ou %es%o4+ DIA#O S nto %u to, %as+ N'o tenho nada a /a$er+ "RADE A %eu Deus s; %e /alta,a essa+ S; por6ue eu tenho u%a %ulher, E os sal%os 6ue eu re$e :4 DIA#O At( pare!e 6ue ,o!? n'o sab a+ DIA#O Padre pe8ador o n/erno te espera+ #escobriu o Frade a cabea, tirando o capu!, e apareceu a careca, e di! o Frade" "RADE Deus %antenha a % nha honra4 Eu /u respe tado+ Eu era n,en!),el+ DIA#O Para de se 8abar+ ,omeou o Frade a dar li.o com a espada e o escudo, e disse assim" "RADE =o!? n'o ( nada seu r d)!ulo, a!abo !o% ,o!? a 6ual6uer hora, =enha br 8ar !o% 8o para ,o!? ,er

P2 se eu n'o arrebento ,o!?+ DIA#O =o!? ( %u to ho%e% n( "RADE N'o ,ou de Car ,o!? %e le,ar pro n/erno4 N'o ,ou 6ue %ar l*+ ,omeou o frade a cantar de novo e foi at o barco do anjo" Eu ,ou, eu ,ou, para !asa a8ora eu ,ou, parara9t %9bu%, parara9t %9bu%+++ "RADE Te% lu8ar a pra % %: PAR=O Onde ,o!? roubou est* espada padre: A6u n'o te% lu8ar para ,o!?+ "RADE =a%os pra onde %ere!e%os r+ N'o pode%os !ulpar Deus por sso+ DIA#O =a%os e%bora padre+ "RADE A n(, 6ue se !u%pra esta senten&a+ (anto que o Frade foi embarcado, veio uma cafetina, que chamava-se 0r1!ida a!, que chegou a barca do inferno e disse" #RTJIDA E da bar!a, ol*4 DIA#O 3ue% !ha%a: #RTJIDA #r)$ da =a$+ DIA#O Entra a e re%are%os+ #RTJIDA N'o 6uero entra+ DIA#O 3ue !o sa nteressante ,o!? n'o 6uerer entrar4 #RTJIDA N'o ( essa 6ue ,ou+ DIA#O E trouCe al8u%a !o sa: #RTJIDA O 6ue %e a8rada le,ar+ #RTJIDA Se s!entos %ens post &os e tr?s ar!as de /e t &os+ Tra8o ta%b(% al8uns /urtos, E; as para usar e %u tas %o&as 6ue ,end para ho%ens DIA#O Ent'o, !olo!a o p( a6u e+++ #RTJIDA Eu ,ou ( para o Para)so4

PB DIA#O E 6ue% te d sse sso: #RTJIDA L* 6ue ,ou nessa %ar(+ Apanhe e suporte tor%entos 6ue n n8u(% te,e 8ual+ Se eu /osse para bar!a do n/erno, ter a% 6ue r todo %undo+ Portanto, ,ou para outra bar!a, a do /undo+ Che8ando @ #ar!a da Gl;r a d sse ao An7oANEO- Eu n'o se 6ue% te trouCe+++ #RTJIDA Pe&o de 7oelhos4 Eu sou a6uela pre! osa 6ue !u da,a das %o&as e 6ue !r a,a elas+ Santa Ursula n'o !on,erteu Tantas %entes !o%o eu, todas sal,as e nenhu%a se perdeu+

ANEO Olha, ,o!? ,a e%bar!ar l*, n'o %e pertuba+ #RTJIDA Eu estou eCpl !ando o por6u? de ,o!? %e le,ar+ ANEO N'o entendeu a nda 6ue ,o!? n'o pode , r a6u :4 #RTJIDA Eu ser, r atoa, po s nada /o apro,e tado+ oltou a 0r1!ida a! ) barca do +nferno, di!endo" #RTJIDA E bar6ue ros Onde ( o %eu lu8ar a : E* te% te%po 6ue estou A6u /ora e estou !ansada+ DIA#O Ent'o entra % nha senhora E sere s be% re!eb da+ (anto que 0r1!ida a! se embarcou, veio um *udeu, com um bode )s costas2 e, ) barca dos danados di!endo" EUDEU DIA#O EUDEU 3ue% ,a a6u : Oh4 6ue %*9hora ,o!? ,e o4+++ 3ue bar!a ( esta:

PF DIA#O EUDEU+ DIA#O EUDEU DIA#O Esta bar!a ( do bar6ue ro+ =ou le,ar o %eu d nhe ro+ E o bode r* ta%b(%: O bode ta%b(% ,a + Ele n'o pode r4

EUDEU Co%o ,ou se% o bode: DIA#O A6u n'o ,a !abra+ EUDEU Pa8o 6uatro %oedas E %a s se pre! sar+ Pela , da dele, %e de Ce entrar+ DIA#O Ne% ,o!? ,a entrar a6u + EUDEU Por6ue u% 7udeu n'o r* onde ,a #r)s da =a$: EUDEU O 6ue %e d $ sobre as autor dades desse bar!o: Corre8edor, !oronel, Cast 8a esses tolos4 PAR=O Roubou esta !abra: Pare!e a % nha dVAl%e r %+ DIA#O =a l* por6ue ( %a s !on/ort*,el, E te de Car'o r+ PAR=O Ele % 7ou nos %ortos Na 8re7a de S'o Eo'o4 E !o% a a !arne de panela No d a de Nosso Senhor4 DIA#O =o!? 7udeu, r* atoa, Por6ue ( u%a pessoa ru %+ em um ,orregedor, carregado de feitos, e, chegando ) barca do +nferno, com sua vara na m.o, di!" CORREGEDOR E da bar!a4 DIA#O 3ue 6uer: CORREGEDOR O senhor 7u)$ est* a6u : DIA#O Oh a% 8o de perdedores+ DIA#O Ent'o, entra a + CORREGEDOR E para onde ,a a bar!a: DIA#O Olha, te de Care%os no n/erno+ CORREGEDOR Co%o: =o!?s ,'o Colo!ar u% !orre8edor na terra dos de%Mn os: DIA#O Santo des!orre8edor, Entra a , e re%are%os4

PG

CORREGEDOR =o!? n'o ( 7u)$4 DIA#O Ah4 Me d* a6u sua %'o+ Re%are%os u%a re%o destes+ "a$ de !onta 6ue nas!eu Para ser nosso !o%panhe ro+ CORREGEDOR Oh4 Rene8o a , a8e% e a pessoa 6ue ,a %e le,ar4 DIA#O N'o h* tal !ostu%a8e%+ CORREGEDOR N'o entendo esta bar!a+ DIA#O N'o h* te%po, ba!harel4 CORREGEDOR Se%pre / $ 7ust &a E trabalha,a %u to be%+ DIA#O E os 7udeus 6ue sua %ulher / !a,a: CORREGEDOR Isso por !ulpa sua+ N'o s'o %eus pe!ados+ DIA#O Mas ,o!? n'o te% a a Deus CORREGEDOR =o!?, de%Mn o, n'o sabe 6ue 6uando h* d nhe ro en,ol, do, o d re to e a 7ust &a n'o se /a$e% %a s ne!ess*r os:4 DIA#O A sso %es%o, portanto entra a + Ire%os para o la8o dos !'es+ E ,o!? en!ontrar* os es!r ,'es 3ue est'o be% pr;speros+ CORREGEDOR E l* na terra dos danados 6ue est'o os E,an8el stas: DIA#O Os %estres das /raudes est'o l* %o/ando+ Estando o ,orregedor neta pr%tica com a Arrais infernal chegou um Procurador, carregado de livros, e di! o ,orregedor ao Procurador" CORREGEDOR > senhor Pro!urador PROCURADOR #e 7o as suas %'os 7u $4 O 6ue d $ este a : DIA#O 3ue ser*s u% bo% re%ador entra a e ,a pe8ando u% re%o PROCURADOR Por 6ue ele nos $o%ba: E estas pessoas pra onde ,'o: DIA#OA Pro n/erno a% 8o PROCURADOR Eu ( 6ue n'o ,ou nesse bar!o a , te% outro al %u to %elhor+ DIA#O Tu ta en8anado, entra lo8o a6u +

PH CORREGEDOR =o!? se !on/essou: PROCURADOR N'o, e ,o!? !orre8edor: CORREGEDOR Eu 7* %e !on/esse %as n'o !on/esse sobre as !o sas rtoubadas por % %+ Por 6ue, se n'o as torna se, n'o r a% de absol,er e %u to %enos de,ol,er depo s 6ue as apanha se DIA#O Ent'o por 6ue n'o entra s: PROCURADOR Espero e% Deus+ DIA#O Entra lo8o no %eu bar!o, por 6ue espera %a s: .o-se ambos ao batel da 3l$ria, e, chegando, di! o ,orregedor ao Anjo" CORREGEDOR O an7o, de Ce9%e entrar e% seu bar!o: ANEO Oh suas pra8as !o% as al%as od osas4 Por 6ue , ndes a6u sendo t'o entend dos: CORREGEDOR De Ce nos entrar !o%o u% dos ,ossos4 PAR=O E ho%ens 6ue /a$e% a6u seus % 7<es, o lu8ar de ,o!?s n'o ( a6u 4 CORREGEDOR N'o se7a a nos !ontr*r os po s n'o te%os outro !a% nho+ PAR=O 0elequinis ubi unt4 Ego latinu marcairos ANEO A 7ust &a d , na ,os %anda re% e%bora por 6ue ,o!?s ,'o no bar!o n/ernal+ CORREGEDOR > n'o, n'o 6uere%os r+ PROCURADOR N'o, n'o 6uere%os %es%o+ Anda lo8o sa a% da6u seus !a8ados4 CORREGEDOR =enha ,a%os para L*, saber+ Deste se8redo+ PROCURADOR =a%os saber sobre essa terra+ DIA#O =enha a6u e ,o!?s saber'o+ E (anto que foram dentro no batel condenados, disse o ,orregedor a 0ri!ida a!, por que a conhecia" CORREGEDOR Esta s a6u ta%b(% senhora #r $ da =a$ #r)8 da E* n'o estou e% pa$ N'o %e de Cara% r l*+ Cada hora enten! adaWWEust &a 6ue %anda /a$er+++XX CORREGEDOR E nos+++ Torna%os a te!er a outra %etade+ #r)8 da Eu $ ,e% L* de L sboa: =a%os e%bora neste bar!o+

PK

em um homem que morreu Enforcado, e, chegando ao batel dos mal-aventurados, disse o Arrai, tanto que chegou. DIA#O ,e% pra C* en/or!ado4 O 6ue d $ Gar! a %on $: EN"ORCADO =ou te /alar o 6ue ele d $6ue eu /u be% a,enturado e% %orrer pendurado e por tudo o 6ue eu / $ 7* /u !anon $ado+ DIA#O Che8a %a s, tu 8o,ernaras ate as portas do n/erno+ EN"ORCADO N'o, n'o ( esse bar!o 6ue eu de,o entrar4 DIA#O Eu %ando e% ,o!?, e ,o!? , ra a6u + EN"ORCADO Oh, n'oI Gar! a %on $ %e d sse 6ue 6ue% %orre !o%o eu s'o l ,res de satan*s4 E d sse 6ue de Deus /o @ per% ss'o de 6ue eu /osse en/or!ado e 6ue Deus /osse lou,ado 6ue e% boa hora eu nas! e 6ue Deus %e es!olheu4 e no passado Ele %e d sse 6ue o lu8ar dos es!olh dos era a /or!a e o l %oe ro+ DIA#O Tu era !onsolado !o% sso, ou te da,a al8u% es/or&o+ EN"ORCADO Co% a !orda no pes!o&o, n'o da pra prestar %u ta aten&'o+ Mas entende D se o ser%'o+ DIA#O Entra lo8o no bar!o, 6ue pro n/erno tu ra !o% 8o+ EN"ORCADO O %on $ %ent u para % %: D sse9%e 6ue !o% s'o M 8uel !o%er a p'o e %el %es%o sendo en/or!ado a8ora 7* n'o se %a s nada ele n'o %e /alou e% nada %a s a n'o ser no para)so eu n'o se o 6ue eu a6u /a&o 6ue se ( desta 8l;r a 6ue eu %ere&o: DIA#O Ele te d sse al8o sobre o pur8at;r o: EN"ORCADO D sse 6ue eu esta,a sal,o pela 7ust &a dos ho%ens e ate % ssas re$ara% por % %4 DIA#O 3uero9te desen8anar se o 6ue ,o!? d sse e /e$ !erto 6ue ser*s sal,o+ N'o o 6u seste /a$er 9 Alto todos e% /rente Ru%o ao n/erno4

PL 5m quatro cavaleiros cantando, aos quais cada um a ,ru! de ,risto, pelo qual senhor e acrescentamento de 6ua santa f cat$lica morreram em poder do mouros. Absolvidos a culpa e pena por privilgio que o que assim morrem tem dos mistrios da Pai/.o daquele que por que padecem outorgados por todos os Presidentes 6umos Pont1fices de &adre 6anta +greja. E a cantiga que assim cantavam quanto ) palavra dela, a seguinte. CA=ALEIROS A bar!a, a bar!a, se8ura+ bar!a be% prote8 da @ bar!a, a bar!a da , da+ Todos 6ue trabalha s por esta , da le%bra de Deus A bar!a, a bar!a pessoas+ #ar!a be% prote8 da, a bar!a, a bar!a da , da+ = 8 a pe!adores 6ue depo s da %orte neste r o esta a es!olha da , da eterna ou da %orte DIA#O 5e ,o!?s passa% e n'o per8unta% aonde ,'o: PY CA=ALEIRO Satan*s por6ue per8untas: Olha l* !o% 6ue% /ala 2Y CA=ALEIRO =o!? 6ue nos per8unta: Se6uer nos !onhe!eMorre%os %u to lon8e e n'o nos per8unte %a s DIA#O =e% pra C*4 3ue sso, n'o entendo por 6ue d sto4 CA=ALEIRO 3ue% %orre por Eesus Cr sto n'o ,a nessa bar!a4 (ornaram a prosseguir, cantando, seu caminho direto ) barca da 3l$ria, e, tanto que chegam, di! o Anjo" ANEO > Ca,ale ros es!olh dos de Deus por ,o!?s estou esperando 6ue %orrestes lutando por nosso senhor, de todo %al+ So s l ,res %*rt res da santa 8re7a e %ere!e% pa$ eterna

E assim emba ca am.

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