Soldagem Subaquática

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SOLDAGEM SUBAQUTICA - UWW

Prof. Alexandre Queiroz Bracarense, PhD Universidade Federal de Minas Gerais Grupo de Robtica, Soldagem e Simulao

INTRODUO

A soldagem e o corte subaquticos so processos nicos, por serem realizados em ambiente submerso. Recentemente, tem havido um interesse crescente nos processos de soldagem subaqutica, devido aos requerimentos de construo e reparo associados com a explorao, perfurao e recuperao de leo e gs natural. Os procedimentos de soldagem e corte subaquticos existem para praticamente qualquer tarefa requerida. Enquanto algumas tcnicas atualmente utilizadas so complexas e custosas de serem implementadas, a capacidade de se obter juntas soldadas com as propriedades mecnicas apropriadas e a realizao de operaes de corte submerso, no local de trabalho, oferece aos engenheiros ocenicos uma ferramenta de extrema importncia. As restries passadas associadas ao corte e a soldagem subaqutica, relacionadas principalmente com a baixa qualidade das juntas soldadas e a repetibilidade questionvel, tem sido superadas devido ao grande interesse existente em trabalhos no mar por parte da indstria do petrleo. Atualmente, a capacidade de se obter juntas soldadas com as caractersticas desejadas bem como a disponibilidade de mtodos e tcnicas de inspeo apropriadas, tornam as operaes de unio e soldagem subaqutica opes v iveis. Exemplos de trabalhos de recuperao em estruturas offshore podem ser vistos na Figura 1 (a) e (b).

(a) (b) Figura 1 Soldagem subaqutica mida para reparos em componentes de estruturas offshore. Estrutura danificada (a) e estrutura aps o reparo (b).

CLASSES DE SOLDAGEM SUBAQUTICA

Ao mesmo tempo em que novas aplicaes para a soldagem subaqutica so descobertas, novos processos so desenvolvidos e os processos existentes so adaptados, de forma a atender a necessidades especficas. No possvel fornecer uma descrio exaustiva de todos os processos em uso. Entretanto, os processos de soldagem subaqutica podem ser divididos nas seguintes classes genricas: 2.1 Soldagem mida

Neste processo, tanto a pea de trabalho como o soldador esto localizados na gua, no sendo realizada nenhuma preparao para separar os materiais a serem soldados da gua. O soldador/mergulhador utiliza eletrodos com recobrimentos a prova dgua e porta eletrodos, pistolas e tochas especialmente projetadas ou modificadas para serem utilizados na soldagem subaqutica. Para a obteno de juntas soldadas de alta qualidade, pode ser necessria a utilizao de compartimentos cheios de gs para proteger os eletrodos ou fluxo quanto a absoro de gua antes de sua utilizao. 2.2 Soldagem Seca Localizada

O volume contendo o arco e a regio a ser soldada, no todo ou em parte, separado da gua por meio de um pequeno envoltrio cheio de gs, a presso ambiente, com aberturas para permitir o acesso. Esta cmara proporciona uma regio protegida entre a pea de trabalho e o ambiente mido e possui espao suficiente para o eletrodo ou a tocha de soldagem. 2.3 Soldagem em Caixa Seca

A soldagem realizada em uma cmara preenchida com um gs, grande o bastante para acomodar a rea de trabalho e a cabea e aparte superior do corpo do soldador/mergulhador, vestido em um traje de mergulho completo. Esta montagem remove a gua de uma regio bem maior que no caso anterior. 2.4 Cmara de Soldagem

A soldagem realizada em uma cmara, a presso de 1 atm, que montada ao redor do local onde devem der realizados os trabalhos. Nestas condies a soldagem praticamente no afetada pelas propriedades da gua ou pelos efeitos da profundidade. 2.5 Soldagem em Habitat

A gua deslocada de uma grande cmara, por meio da injeo de um gs em seu interior. A rea de solda completamente isolada da gua, mas se encontra na presso do local correspondente a altura da coluna de gua. Os soldadores

no utilizam trajes de mergulho nesta cmara e existe espao suficiente para a realizao dos preparativos para a soldagem e posicionamento de equipamentos. Embora estas classificaes representem as maiores aproximaes de soldagem subaqutica, elas no so definitivas. Entretanto, elas podem ilustrar a capacidade presente em se variar a interao do soldador/mergulhador e a solda, desde a completa imerso durante a soldagem mida at o total isolamento do ambiente durante os processos de cmara. Virtualmente todos os processos de soldagem tem sido experimentados submersos em laboratrio ou em condies naturais.. Consequentemente, a tecnologia de soldagem submersa tem sido beneficiada com a desenvolvimento de tcnicas. A maior parte destes desenvolvimentos consistem de modificaes nos procedimentos familiares que auxiliam a isolar o processo de soldagem da gua circundante. Entretanto, a maior parte das aplicaes de soldagem submersa so feitas com procedimentos convencionais que so otimizados pela cuidadosa escolha do eletrodo e tem como objetivo reduzir os efeitos adversos do ambiente. A soldagem submersa em ambiente seco, tal como o proporcionado por um habitat ou uma cmara de soldagem, usualmente feita utilizando-se os processos GMAW, GTAW e PAW. Os processos GMAW e FCAW so os mais comumente utilizados para a soldagem em caixa seca ou localizada seca. A soldagem mida normalmente realizada com o processo de eletrodo revestido (SMAW). A seleo de eletrodos apropriados para o metal base e a proteo dos eletrodos com relao a absoro de gua antes e durante a soldagem so elementos fundamentais para o sucesso da solda. Todas as posies e soldagem multipasses podem ser feitas com todos estes processos se adaptaes apropriadas forem realizadas para trabalhos submersos. 3 SOLDAGEM HIPERBRICA A SECO

A soldagem subaqutica em ambiente seco possvel pelo envolvimento da rea a ser soldada com uma barreira fsica, denominada cmara de soldagem, que possibilita a retirada da gua do seu interior. A cmara de soldagem projetada para ser montada junto aos elementos estruturais que se deseja soldar, conforme mostrado na Figura 2 (a) e (b).

(a) (b) Figura 2 Cmara de soldagem para reparos estruturais em membros estruturais que se interceptam (a) e para reparos em tubulaes (b). A cmara normalmente construda em ao mas qualquer outro material adequado pode ser utilizado. O tamanho e a configurao da cmara determinado pelas dimenses e pela geometria da rea que deve ser envolvida para a soldagem, bem como pelo nmero de soldadores que devem trabalhar ao mesmo tempo. A gua deslocada do interior da cmara pela injeo de ar ou de uma mistura de gases adequada, dependendo da profundidade da gua e da presso no local de trabalho. A flutuao da cmara compensada com a utilizao de lastros, conexes mecnicas na estrutura ou ambos. As variveis essenciais que so inerentes a soldagem subaqutica hiperbrica a seco resultam do ambiente, profundidade e presso. O ambiente de trabalho dentro da cmara de soldagem restringe os movimentos do soldador e algumas vezes mantm o soldador na melhor posio para visualizar a junta soldada e realizar a soldagem. Alm disto, o soldador est sempre prximo da fonte de calor e do equipamento para tratamento trmico. As condies de ambiente e profundidade afetam adversamente a logstica a as comunicaes e aumentam os riscos com a segurana. Uma cmara tpica pode ser observada na Figura 3.

Figura 3 Cmara Hiperbrica Seca Os problemas ambientais dos mergulhadores podem ser minimizados com a utilizao de bons equipamentos, planejamento adequado e suporte para mergulho. A presso hiperbrica a varivel essencial predominante e afeta adversamente a soldagem subaqutica de duas formas: afetando a estabilidade do arco e a transferncia de metal e afetando a composio do metal de solda depositado. Sob condies hiperbricas, o aumento na condutividade trmica dos gases provoca uma constrio no arco e uma elevao da queda de potencial atravs da coluna do arco. A constrio do arco eltrico e o conseqente aumento na densidade de energia promovem mudanas substanciais no comportamento do anodo e catodo, que acentua a instabilidade do arco. Com o aumento na presso, o silcio e o mangans depositados no metal de solda so substancialmente reduzidos. Comparaes entre soldas realizadas em profundidades de 305 m e com soldas realizadas na superfcie mostram que, naquelas profundidades, o contedo de mangans decresce em cerca de 30% e o teor de carbono praticamente triplica. Para o mesmo metal de solda, o teor de oxignio aumenta de 300 ppm para 750 ppm. Para soldas realizadas a 76 m, o teor de silcio decresce cerca de 10% comparando-se com soldas realizadas na superfcie. As variaes so mostradas na Figura 4.

Figura 4 Resultados da anlise qumica da solda em funo da profundidade da coluna dgua para um eletrodo de baixo hidrognio.

Outro fato observado em soldas hiperbricas secas realizadas desde a superfcie at uma profundidade de 300 m, alm das mudanas na composio qumica do metal de solda, uma reduo na tenacidade, determinada a partir de ensaios Charpy realizados a 10 C, conforme mostra a Figura 5.

Figura 5 Reduo na tenacidade em funo da profundidade. A diminuio na tenacidade tem sido relacionada ao aumento do teor de oxignio no metal de solda. As variaes de carbono e mangans podem causar mudanas significativas na temperabilidade do metal de solda.

3.1

Tratamento trmico

Devido aos nveis extremamente altos de umidade nas cmaras de soldagem subaqutica, todos os procedimentos de soldagem devem incluir um praquecimento e a manuteno de temperaturas entre passes apropriadas. As faixas de temperaturas so determinadas pela composio e espessura do metal base, a energia do arco (heat input) e o potencial de hidrognio do processo de soldagem. Fontes de energia para tratamento trmico, o isolamento e a instrumentao, utilizados para a soldagem subaqutica seca, so essencialmente os mesmos que os utilizados para a soldagem na superfcie.

3.2

Processos de soldagem a seco

Os processos de soldagem mais comumente utilizados para a soldagem subaqutica a seco so: GTAW, SMAW e FCAW. O processo GMAW normalmente utilizado para os passes de raiz, devido a estabilidade do arco sob condies hiperbricas e a facilidade de manuseio. Adicionalmente, o controle independente sobre a fonte de calor e a taxa de alimentao do arame de adio torna o processo ideal para o enchimento de aberturas de tamanhos variveis na raiz. Os outros processos so normalmente utilizados para o enchimento de soldas com chanfro ou para soldas de filete, devido as altas taxas de deposio. 3.2.1 Processo de Soldagem com Eletrodo Revestido O processo de soldagem com eletrodo revestido o mais utilizado para reparos estruturais e geralmente usado para o enchimento e o passe de cobertura de soldas em dutos, aps a utilizao do processo GTAW para o passe na raiz. Os eletrodos comercialmente disponveis so comumente utilizados at profundidades de cerca de 90 m. Eletrodos com formulao especial tem sido utilizados para maiores profundidades. Este processo oferece como vantagens: a necessidade de um equipamento relativamente simples; a maior parte dos soldadores so experientes na utilizao deste processo. As desvantagens deste processo incluem as precaues necessrias para manter os eletrodos secos durante o percurso para a cmara de soldagem e o fato de que a cmara deve ser equipada com um forno para eletrodos. A estabilidade do arco e a fluidez do metal de solda so afetados adversamente pelo aumento da presso e uma fluidez excessiva torna difcil a deposio em passes de raiz, em juntas de raiz aberta. Por esta razo, o processo GTAW geralmente utilizado para o passe de raiz e o processo SMAW para o enchimento e passe de cobertura. 3.2.2 Processo GTAW Comparado aos processos de eletrodo revestido e arame tubular, o processo GTAW o menos sensvel as condies de presso e profundidade. Os requisitos de equipamento so pouco maiores do que para o processo de eletrodo revestido, com a composio e as taxas de fluxo do gs de proteo exercendo um importante papel na estabilidade do arco. O processo GTAW especialmente

adequado para a realizao remota de solda por pontos sem a utilizao de metal de adio. 3.2.3 Processo de Soldagem por Arame Tubular O processo FCAW requer consideravelmente mais equipamentos do que os processos por eletrodo revestido e GTAW. Arames comercialmente disponveis tem sido utilizados com bons resultados em reparos estruturais, em profundidades de at de 61 m. Arames com formulao especial tem estendido a utilizao deste processo para profundidades de at 305 m. Uma das vantagens do processo, principalmente para o reparo estrutural em aos de alta resistncia espessos, a alta taxa de deposio e o alto aporte trmico. O arame armazenado em uma unidade de alimentao com compensao de presso para evitar o efeito da umidade do ambiente da cmara de soldagem e a soldagem contnua.

SOLDAGEM MIDA

A soldagem subaqutica mida realizada por um soldador/mergulhador no existindo nenhuma barreira entre a gua e a regio de solda, conforme pode ser observado na Figura 6.

Figura 6 Reparo em estruturas offshore utilizando a soldagem subaqutica mida.

O arco e o metal de solda so isolados do ambiente aqutico por um envoltrio gasoso ou por bolhas compostas de gases produzidos pela decomposio do revestimento do eletrodo ou pelo fluxo do eletrodo tubular, mais o oxignio e o hidrognio dissociados da gua. O soldador utiliza um traje de mergulho adequado com fornecimento de ar autnomo ou fornecimento da superfcie. O traje pode ainda incluir dispositivos de 8

aquecimento ou refrigerao, em funo das condies de temperatura existentes no local de trabalho. O capacete utilizado incorpora lentes para soldagem e o soldador /mergulhador utiliza luvas de borracha para evitar o choque eltrico.

4.1

Variveis Essenciais

As variveis da soldagem subaqutica mida devem ser consideradas em adio s variveis essenciais associadas com a soldagem com eletrodo revestido e eletrodo tubular acima da gua. Os fatores que afetam adversamente a soldagem subaqutica mida incluem: a) A presso hiperbrica acentua a instabilidade do arco pela constrio do arco e aumento na densidade de energia; b) A possibilidade do sopro magntico aumentada; c) O aumento na presso provoca perda de mangans e silcio e um aumento nas quantidades de carbono e oxignio no metal de solda; d) A dissociao da gua promove a absoro de hidrognio pelo metal de solda; e) O ambiente, ou seja, o grande volume de gua ao redor da regio de solda promove uma elevada taxa de resfriamento no material. Outra varivel existente na soldagem subaqutica mida, est relacionada com a bolha gasosa que desloca a gua da regio do arco e da solda. O volume da bolha de proteo e a densidade dos gases variam substancialmente com a profundidade e presso. Em pequenas profundidades o volume de gases gerado pela decomposio do revestimento do eletrodo Com os eletrodos normalmente utilizados na soldagem mida, a flutuao no volume da bolha torna-se muito rpida em guas rasas, em profundidades menores do que 3 metros e, especialmente na soldagem sobrecabea, afeta adversamente o processo de soldagem. Dois fenmenos contribuem para as mudanas no volume dos gases gerados pelo processo de soldagem em diferentes profundidades. Como exemplo, da profundidade de 10 metros para a superfcie, o volume de gases gerado pela decomposio do revestimento do eletrodo dobra de acordo com a lei de Boyle. Alm disto, o volume de vapor dgua na bolha aumenta, porque a temperatura de ebulio da gua prximo a superfcie de 100 C, enquanto que a 10 metros de profundidade de 121 C. Desta forma, a quantidade excessiva de gases acelera a flutuao no tamanho da bolha. Do mesmo modo, bolhas com quantidades excessivas de gases criam turbulncia na regio de solda. Estes fatores associados tornam difcil a realizao da soldagem mida na posio sobrecabea a profundidades menores do que 3 metros. A soluo para a soldagem a baixas profundidades envolve a reformulao dos revestimentos para a soldagem subaqutica e alteraes no projeto das juntas e 9

sees. Para maiores profundidades, o aumento na presso provoca uma diminuio no tamanho da bolha, diminuindo a capacidade de proteo do arco e da regio de solda. A soluo ideal para resolver este problema pode ser a utilizao de eletrodos com revestimentos formulados para serem utilizados em diferentes faixas de profundidade. Por um lado o aumento na presso hidrosttica exerce efeitos adversos na soldagem subaqutica mida, por outro lado existe um outro efeito. A temperatura de ebulio da gua aumenta com o aumento da presso e, se esta gua superaquecida fisicamente confinada na regio de soldagem, ela pode ser utilizada para ajudar a manter a temperatura entre passes. O ponto de ebulio da gua para diferentes profundidades apresentado na tabela I. Tabela I - Ponto de ebulio da gua para diferentes profundidades gua do mar. Profundidade Temperatura de Ebulio ft m F C 0 0 212 100 33 10 250 121 165 50 320 160 330 100 370 188 1000 305 460 238 Das vrias variveis essenciais associadas com a soldagem mida de aos carbono e de baixa liga, o fator predominante a rpida taxa de resfriamento. Soldas midas feitas com eletrodos de baixo carbono em materiais com carbono equivalente (CE) maior do que 0,40, esto sujeitos a trincas induzidas pelo hidrognio na ZAC. A restrio durante a soldagem tambm parece ser um fator determinante para a formao de trincas induzidas pelo hidrognio. Soldas de componentes de ao inoxidvel austentico realizadas utilizando-se eletrodos de ao inoxidvel austentico apresentam caractersticas similares s realizadas ao ar, devido a no formao de martensita. Entretanto deve-se tomar cuidado com o resfriamento, para que no ocorra a sensitizao na ZAC, que o principal fator para a ocorrncia de trincas intergranulares de corroso sob tenso em componentes de centrais nucleares. Bons resultados tambm so conseguidos utilizando-se eletrodos contendo nquel na soldagem mida de aos inoxidveis austenticos a pequenas profundidades. Soldas midas realizadas com metais de enchimento com alto teor de nquel em materiais com carbono equivalente at 0,696 no apresentaram trincas na ZAC e apresentaram a dutilidade e a resistncia ao impacto melhores do que soldas midas executadas em ao carbono com metal de enchimento ferrtico ou de ao inoxidvel. Um problema apresentado na utilizao destes materiais que o nquel apresenta uma alta sensibilidade profundidade, fazendo com que procedimentos de soldagem para soldas midas classe A, em chanfro ou filete, em todas as posies, tenham sido qualificados para profundidades de somente at 10 m.

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4.2

Processos de Soldagem Subaqutica

4.2.1 Eletrodo Revestido A versatilidade e a eficincia do processo de soldagem por eletrodo revestido torna este processo, na maioria das vezes, prefervel em relao aos outros processos utilizados na soldagem subaqutica mida. A simplicidade do processo torna possvel ao soldador se deslocar rapidamente para o local de trabalho para um reparo de emergncia levando apenas os eletrodos de soldagem, porta eletrodos e o conjunto/suporte de lentes para soldagem.. No local de trabalho, o soldador/mergulhador pode utilizar um traje de mergulho convencional e qualquer fonte de fora de soldagem DC. Adicionalmente, o sucesso na qualificao de soldadores e de procedimentos de soldagem com este processo, tem contribudo para a qualidade das juntas soldadas obtidas, critrio chave na seleo do processo. A maior parte das empresas que realizam servios de soldagem subaqutica utiliza eletrodos de soldagem comercialmente disponveis. Desde 1970, entretanto, algumas destas empresas utilizam eletrodos com formulao prpria. Independentemente do eletrodo utilizado em soldagem subaqutica, ele deve ser feito a prova dgua. A maneira como os eletrodos so transportados da superfcie da gua ao local de trabalho e o tempo que eles permanecem no local sem serem utilizados so variveis essenciais dos procedimentos de soldagem subaqutica. Propriamente processados e transportados, os eletrodos utilizados para qualificar procedimentos de soldagem mida a profundidades de at 100 m permanecem livres de umidade por mais de 24 horas. Os eletrodos utilizados mais freqentemente para a soldagem subaqutica so classificados pela AWS como E6013 e E7014. Os eletrodos E6013 possuem um revestimento com alto teor de titnio e potssio e tendem a apresentar melhor soldabilidade e uma melhor aparncia do cordo. Os eletrodos E 7014, com revestimento de p de ferro e titnio tem uma alta taxa de deposio. A soldagem subaqutica com eletrodos revestidos realizada em maior escala do que fora dgua. A amperagem, velocidade de soldagem e ngulo do eletrodo dependem da posio de soldagem, se o cordo de solda est sendo depositado na raiz, para enchimento ou para cobertura. Normalmente utilizada corrente contnua com polaridade direta (eletrodo negativo). Entretanto a polaridade reversa produz melhores resultados (menos porosidade) em determinadas situaes, como em alguns locais especficos. Existem regies, como o mar do norte, onde o uso da polaridade reversa (eletrodo positivo) apresenta resultados significativamente melhores do que com a utilizao de polaridade direta. Em adio a grande quantidade de eletrodos ferrticos consumidos durante a soldagem mida de estruturas submersas, uma significativa quantidade de trabalhos tem sido realizada em ao inoxidvel, em centrais nucleares, onde eletrodos de ao inoxidvel foram utilizados para o reparo de componentes do circuito primrio. Os eletrodos utilizados incluem E308, E308L, E309 e E316. As soldas midas realizadas com eletrodos de ao inoxidvel em ao inoxidvel tem sido qualificadas de acordo com os requerimentos de ANSI/AWS D3.6-93 Classe O/ASME Seo IX. 11

Uma variao do processo convencional de soldagem por eletrodo revestido a soldagem subaqutica molhada por contato com eletrodo revestido (SSMCER). Neste processo, o consumvel posicionado ao longo do chanfro ou filete, revestido com um material isolante e mantido na posio por meio de um material pesado com a forma adequada. O contato eltrico realizado atravs de um porta eletrodo fixado a uma das extremidades do eletrodo. O arco eltrico iniciado por um curto circuito na extremidade oposta e desloca-se automaticamente at que o eletrodo seja completamente consumido. O processo apresentado na Figura 7.

Figura 7 Processo de soldagem por contato com eletrodo revestido.

A soldagem por contato pode ser utilizada em locais de difcil acesso, onde a soldagem por eletrodo revestido convencional no possa ser utilizada, no necessitando de uma grande habilidade do operador que, praticamente, atua no posicionamento do eletrodo, para iniciar o arco e retirada da escria. Alguns exemplos de soldas obtidas por este processo se encontram na Figura 8.

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Figura 8 Exemplos de soldas obtidas pelo processo SSMCER. 4.2.2 Soldagem com Eletrodo Tubular A soldagem com arame tubular e outros processos automticos de soldagem tem sido investigados nos Estados Unidos e regies do Mar do Norte como processos com potencial para a soldagem subaqutica molhada. Entretanto, este processo no compete com o processo por eletrodo revestido, devido a excessiva porosidade, deficincia para atingir os padres de aceitao visuais e problemas com os dispositivos de alimentao de arame. Desenvolvimentos recentes em materiais de fluxo contendo nquel tem proporcionado uma melhoria na soldabilidade mida e fluxos com formulao livre de halogneos, especificamente preparados para soldagem mida. A presena de halogneos afeta de maneira adversa a resistncia corroso de aos inoxidveis, promovendo o aparecimento de trincas originrias de processos de corroso. 5 5.1 COMPARAO ENTRE OS PROCESSOS SECO E MIDO Vantagens do Processo a Seco

a) Com procedimentos e soldadores qualificados, a soldagem hiperbrica a seco pode ser utilizada para unir materiais atravs dos processos SMAW, GMAW, FCAW ou GTAW. b) Equipamentos e processos de tratamento trmico podem ser usados para pr-aquecer, manter temperatura entre passes e ps-aquecer. c) A gua excluda da rea de solda de forma que a taxa de resfriamento no maior do que para as soldas realizadas na superfcie, exceto quando o He02 utilizado como gs de enchimento da cmara de soldagem. d) O soldador/mergulhador e o gs de proteo da solda no so afetados pela presena de correntes martimas e ondas.

5.2

Desvantagens do Processo a Seco

a) Duas situaes impedem a instalao de uma cmara ou habitao para soldagem a seco: O nmero, geometria e tamanho dos membros estruturais adjacentes a rea de trabalho; Ocasies em que a instalao de uma cmara de soldagem seca pode comprometer a integridade da estrutura.

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b) O tempo e o custo para realizar um reparo utilizando-se uma cmara seca significativamente maior do que utilizando-se o processo mido. Fabricao, instalao, transporte, remoo. c) Segurana dos soldadores quando trabalhando em condies hiperbricas. 5.3 Vantagens do Processo mido

a) A soldagem mida pode ser feita em locais onde seria fisicamente impossvel evacuar a gua da rea a ser soldada. b) Para situaes de emergncia pessoal, equipamento, ferramentas e consumveis esto sempre em estoque e podem ser mobilizados sem atraso; c) No h a necessidade da utilizao de equipamentos maiores ou mais pesados do que uma fonte de fora. d) Projetos utilizando soldagem mida so completados em um tempo menor e a um custo menor do que se fossem realizados a seco.

5.4

Desvantagens do Processo mido

a) Algumas das propriedades das soldas midas so inferiores s das soldas realizadas em ambiente seco; porosidade acentuada, menor dutilidade, maior dureza na ZAC, causados pela alta taxa de resfriamento induzida pelo meio aquoso existente ao redor da regio soldada; b) Aos com alto carbono equivalente so sujeitos a trincas induzidas pelo hidrognio e a um endurecimento da ZAC; c) Correntes existentes nos mares tornam difcil o trabalho dos soldadores/mergulhadores e tem efeitos adversos nas bolhas gasosas que protegem a regio do arco e a solda; d) A falta de visibilidade, principalmente em rios, dificulta a realizao dos trabalhos. 6 6.1 EQUIPAMENTO BSICO Soldagem Seca Cmara de Soldagem Seca/Habitat Equipamentos e ferramentas para a instalao da cmara na estrutura Sistema de transferncia de eletrodos de soldagem Compartimento seco para armazenamento de eletrodos Forno para armazenamento de eletrodos de soldagem Eletrodos de soldagem Isolantes trmicos

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Cabos flexveis para suporte de vida e comunicaes Roupas e luvas protetoras a prova de fogo Mscara de soldagem ou suporte com as lentes de soldagem Analisadores de gs Equipamento de pr-aquecimento com termopares Iluminao para o soldador/mergulhador Cmera de televiso

6.2

Soldagem mida Porta eletrodo Sistema de transferncia de eletrodos de soldagem Suporte com as lentes de soldagem Eletrodos de soldagem a prova dgua

6.3

Soldagem Seca e mida Fonte de energia para a soldagem 300 a 600 A CC Chave de faca unipolar 400 A Medidores de tenso e corrente Cabos de soldagem, 2/0 a 4/0 com grampo de terra Ferramentas para trabalhos submersos Ferramentas e componentes para manuteno e reparo de equipamentos, cabos, etc.

7 7.1

SEGURANA Soldagem Hiperbrica Seca

A soldagem hiperbrica seca realizada em uma cmara que limita os movimentos do soldador e o mantm muito prximo do local de solda e dos equipamentos para tratamento trmico. As precaues na realizao da soldagem subaqutica seca compreendem todas aquelas referentes a soldagem acima da superfcie, realizada em locais midos e com espao restrito, mais os cuidados adicionais em funo dos perigos associados ao mergulho, alta presso, dificuldades de acesso cmara e a logstica envolvida.

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A presso parcial do oxignio no gs utilizado para expulsar e manter a gua fora do espao da cmara de extrema importncia para o soldador. O ar pode ser utilizado at uma profundidade de 27 m. Abaixo disto o gs deve ser adequado ao suporte de vida (respirao) e no deve ser capaz de possibilitar a combusto rpida de materiais inflamveis. Normalmente so utilizadas misturas de hlio e oxignio (HeO2 ) com a monitorao da presso parcial de O2. Os principais cuidados a serem tomados nos trabalhos em cmara seca so: Monitorar e controlar os nveis de oxignio no interior da cmara. Materiais que possam desprender fumos txicos ou irritantes no podem ser introduzidos na cmara (tintas, solventes). Quando o ar o gs utilizado no interior da cmara, esta deve ser continuamente ventilada para evitar o acmulo de gases e fumos oriundos da soldagem. uso de equipamentos alimentados por fontes CA devem ser mantidos no mnimo necessrio. Utilizao de trajes apropriados para evitar choques e o calor excessivo originrio da soldagem.

7.2

Soldagem mida

Durante a utilizao de fontes CC na soldagem subaqutica, as seguintes precaues e procedimentos devem ser seguidos para minimizar a possibilidade de ocorrncia de choque eltrico e facilitar o trabalho do soldador: traje de mergulho deve estar em boas condies. As luvas devem ser de borracha e no devem apresentar furos ou rachaduras. Em instalaes nucleares a roupa deve ser completamente estanque, de forma a prevenir contaminao com materiais radioativos. traje deve ser equipado com um suporte para as lentes de soldagem, de forma a proporcionar uma viso clara da regio de trabalho e, ao mesmo tempo, proteger convenientemente os olhos durante a soldagem. Deve haver uma comunicao sem problemas entre o soldador/mergulhador e o pessoal de superfcie responsvel por acionar a corrente eltrica para a soldagem.

Por outro lado, os processos eltricos de corte e de soldagem produzem misturas explosivas de oxignio e hidrognio. a mistura gasosa de oxignio e hidrognio produzida durante o processo de soldagem inflamvel. Sob condies de presso suficientes, bolhas destas misturas quando acumuladas em quantidades maiores, podem se tornar explosivas. O combustvel (hidrognio) e o oxignio esto presentes e, para ignio, centelhas podem ser cond uzidas para regies com acmulo desta mistura e provocar acidentes. Os seguintes cuidados devem ser tomados:

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Caso a soldagem esteja sendo feita em um espao confinado, ou em componentes estruturais com formato que facilite o confinamento das bolhas, deve-se utilizar alguma forma/dispositivo para evitar o acmulo de gs, especialmente para profundidades maiores do que 20 m. Quando a soldagem mida estiver sendo feita em uma instalao hiperbrica, as bolhas de gs devem ser constantemente eliminadas, de fo rma a impedir o seu acmulo.

LIMITAES DE PROFUNDIDADE

A profundidade em que os processos de corte e soldagem subaqutica podem ser utilizados uma preocupao constante. Muitos processos tem sido testados em laboratrio e em aplicaes de campo com sucesso varivel. Destes, um largo nmero disponvel, que possibilita as operaes de soldagem e de corte subaquticos em virtualmente qualquer profundidade que mergulhadores possam atingir. Os procedimentos de soldagem e corte subaqutico que envolvem gases so limitados pela liquefao e pela decomposio causada pela alta presso e baixas temperaturas. Os processos a arco so limitados pela energia requerida para produzir arcos de comprimento substancial. Entretanto, algumas formas de soldagem e corte submerso podem ser utilizados com sucesso em todas as profundidades atualmente atingidas por mergulhadores. A mxima profundidade em que procedimentos de soldagem mida foram qualificados de acordo com os requerimentos da especificao AWS D3.6-93 para soldas classe B de 100 m. O material base foi o ao ASTM A 36 com um carbono equivalente de 0,347, com eletrodos de soldagem E6013 recobertos. 9 EFEITOS AMBIENTAIS EM SOLDAS SUBAQUTICAS

Um dos mais importantes efeitos encontrados durante a realizao de soldagem subaqutica o aumento na taxa de resfriamento experimentada quando a pea de trabalho exposta ao ambiente aquoso. Embora seja uma prtica comum considerar soldas realizadas ao ar como estruturas fundidas, quando na considerao de suas propriedades, soldas subaquticas expostas possuem propriedades similares a materiais temperados e fundidos. Durante a soldagem, martensita altamente tensionada pode ser formada devido ao contato direto com a gua. O resfriamento rpido s vezes leva a formao de porosidade e de incluses de escria. Estas descontinuidades resultam do limitado tempo disponvel para as bolhas de gs e partculas de escria atingirem a superfcie da solda, antes que a solidificao esteja completa.

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O hidrognio est geralmente presente na soldagem subaqutica como um produto da dissociao da gua no arco eltrico. A gua pode vir de exposio direta, como na soldagem aberta ou mida, ou dos efeitos da umidade em todos os outros processos. A combinao de martensita altamente tensionada e hidrognio pode levar a formao de trincas no cordo de solda. Aos de mdia e alta dureza so mais suscetveis fragilizao por hidrognio, embora regies martensticas em aos de baixo carbono soldados por este processo tambm possam ser afetadas adversamente. Outra imperfeies relacionadas ao hidrognio incluem o aparecimento de pequenas fissuras (flakes) na superfcie de fratura que so paralelas direo da tenso mxima. Trincas retardadas tambm podem ocorrer. A quantidade de hidrognio absorvida necessria para causar danos srios ao material difcil de ser determinada. H um acordo na literatura de que no existe uma correlao simples. A fragilizao por hidrognio funo do tipo de ao, tratamento trmico, propriedades fsicas e das condies de soldagem existentes. Entretanto, condies de resfriamento rpido ou concentraes de hidrognio potencialmente altas devem ser evitadas, ao se selecionar um procedimento para soldagem aberta. Se os cuidados adequados so tomados, a soldagem aberta ou qualquer outro tipo de soldagem subaqutica podem ser usados para produzir soldas de qualidade. Processos que envolvem a utilizao de cmaras de proteo parcial ou total tambm requerem consideraes especiais com relao s condies de processo, tais como a eliminao de gases gerados pelo revestimento ou outros, umidade e mudanas no processo de solidificao devido aos efeitos hiperbricos. Portanto, as propriedades fsicas e mecnicas das soldas subaquticas so afetadas pela capacidade de resfriamento do meio, composio qumica da gua, efeitos da presso e o potencial para absoro de gases a partir do gs de proteo. 10 EFEITOS DO SUBAQUTICA AMBIENTE NOS PROCESSOS DE SODLAGME

Os processos de soldagem subaquticos so afetados pelo ambiente aquoso de duas maneiras significantes. Primeiro, os processos a arco tendem a apresentar arcos mais suaves na gua do mar do que em gua fresca. Isto atribudo influncia estabilizadora dos ons dos sais na gua do mar, que so produzidos pela dissociao da gua no arco. Estes portadores de carga extras, proporcionam uma estabilidade no arco maior do que quando os mesmos arcos so operados em gua fresca. Entretanto, esta a menor conseqncia da soldagem em gua do mar e nenhum processo de soldagem afetado drasticamente pela diferena na operao em gua do mar ou gua fresca. Em segundo lugar, a profundidade ou a presso tem um efeito significativo nos processos de soldagem subaqutica. Toda a soldagem subaqutica realizada usando arcos, que so constritos pela presso hidrosttica e pela tremenda capacidade de resfriamento de grandes volumes de gua. Isto resulta em temperaturas do arco maiores do que as alcanadas na superfcie, um aumento 18

na penetrao e uma transferncia de metal mais rpida. Isto tambm resulta em um aumento nos requerimentos da corrente para trabalhos subaquticos. Entretanto h um desacordo na literatura no valor do incremento em tenso ou corrente requeridos para sustentar um dado processo de soldagem. O efeito da presso tambm pode levar decomposio de alguns gases e a liquefao de outros.

11 ESPECIFICAES PARA SOLDAGME SUBAQUTICA ANSI/AWS D3.6 Specification for Underwater Welding A especificao ANSI/AWS D3.6 Specification for Underwater Welding, define quatro tipos de soldas: Soldas subaquticas do tipo A - para aplicaes estruturais, feitas de acordo com um procedimento de soldagem qualificado. Soldas subaquticas do tipo B - para aplicaes estruturais limitadas, realizadas com um procedimento de soldagem qualificado. Soldas subaquticas do tipo C - para aplicaes em servios onde a qualidade estrutural no crtica. Devem ser livres de trincas e feitas de acordo com um procedimento de soldagem qualificado. Soldas subaquticas do tipo O

12 INSPEES SUBAQUTICAS As estruturas e componentes subaquticos esto sujeitos a influncia de esforos como trao, compresso, toro e flexo, originrios da prpria estrutura, ondas, mars e tempestades e aos fenmenos de corroso associados ao ambiente marinho. Os mtodos e tcnicas de ensaios no destrutivos utilizados para inspeo subaqutica so derivados dos mtodos convencionais de END, com as devidas adaptaes para serem utilizados em inspees subaquticas.

12.1 Mtodos de Inspeo Os mtodos e tcnicas de ensaios no destrutivos utilizados, com as adaptaes necessrias, so basicamente: Radiografia Partculas Magnticas Ultra-Som

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Lquido Penetrante Correntes Parasitas Fuga Emisso Acstica Visual

As inspees subaquticas so normalmente divididas em: Inspees de Fabricao: os componentes so normalmente fabricados em terra e as inspees so realizadas utilizando-se os mtodos convencionais de END, sem a necessidade de adaptaes. Aps a montagem no local de trabalho, as inspees so realizadas com as devidas adaptaes, necessrias para a realizao dos ensaios. Inspees em Servio: os componentes so inspecionados periodicamente, de forma a possibilitar a deteco e o dimensionamento de descontinuidades que possam comprometer a sua integridade, originrias das condies de servio destas estruturas/componentes, como as tenses de trabalho e o ambiente quimicamente agressivo.

12.2 Qualificao de Pessoal Da mesma maneira que para as inspees realizadas na superfcie, as inspees por meio de END devem ser realizadas por pessoal qualificado, de acordo com as recomendaes/ requerimentos da ASNT (American Society for Nondestructive Testing), sendo definidos os nveis I, II e III para qualificao de pessoal de acordo com o escopo das atividades.

12.3 Inspeo subaqutica Remota So as inspees realizadas com o auxlio de dispositivos robotizados. Os mtodos de END utilizados permanecem basicamente os mesmos utilizados em inspees manuais. As alteraes necessrias so exclusivamente para permitir o manuseio/posicionamento dos sensores/transdutores utilizados nos ensaios pelos dispositivos robotizados. Embora a inspeo seja realizada remotamente, os resultados dos END devem ser interpretados e avaliados por um inspetor de END qualificado e certificado.

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13 APLICAES 13.1 Reparo de Estruturas Offshore Reparo de danos provocados pela corroso e fadiga, substituio de componentes estruturais danificados durante a instalao ou por acidentes como a coliso de barcos.

13.2 Tubulaes Submersas Reparo e/ou substituio de sees de tubulaes submersas.

13.3 Reparos em Instalaes Porturias Reparo de danos originrios de corroso, coliso, substituio de componentes estruturais.

13.4 Usinas Nucleares Reparos em componentes do circuito primrio do reator. 13.5 Usinas Hidroeltricas Reparos e substituio de componentes em comportas.

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

AMERICAN WELDING SOCIETY ANSI/AWS D3.6-89 - Specification for Underwater Welding 1989. AMERICAN WELDING SOCIETY. Welding Handbook Applications, Part 1, Eighth Edition, V. 3, p.487-489, 1996. Materials and

AMERICAN SOCIETY FOR METALS. Welding, Brazing and Soldering Underwater Welding and Cutting, V. 6, p.921-924, 1996. G.M., RICARDO, G.M., IVAN, Soldagem Subaqutica Molhada por Contato com Eletrodo Revestido, Soldagem e Inspeo, Ano 5, n 5, p10-16, 1999.

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