9.5 - Interação Dos Raios X Com A Matéria
9.5 - Interação Dos Raios X Com A Matéria
9.5 - Interação Dos Raios X Com A Matéria
ORIGEM:
Efeito Fotoelétrico
e Efeito Compton
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Efeito Fotoelétrico
Esse efeito ocorre quando um fóton interage com um elétron orbital
transferindo para ele toda sua energia. Para isso, o fóton precisa ter
energia suficiente para deslocar o elétron e ainda para lhe fornecer
energia cinética suficiente para o ejetar da órbita.
Nessa interação o fóton desaparece e o átomo é ionizado.
fotoelétron ejetado
íon positivo
Kmáx= e.V0 - φ
Efeito Fotoelétrico
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Efeito Compton
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Efeito da Energia dos RX
Quando o efeito predominante na interação dos raios X
é o efeito fotoelétrico e não o efeito Compton, uma
elevação no kVp reduziria significativamente o contraste
da imagem.
O efeito fotoelétrico predomina quando o número
atômico do objeto é alto e quando a energia dos fótons
é baixa.
• Queda da probabilidade de absorção segundo 1/E3
• Aumento da probabilidade de absorção segundo Z 3
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Imagem Radiográfica e Contraste
Contraste
Um objeto dentro do corpo será visível se e somente se
ele tiver contraste físico suficiente em relação aos
tecidos circunvizinhos. Por isto, imagens com contraste
muito baixo, em geral, não têm utilidade.
O contraste que aparece na imagem final é determinado
por fatores, como:
diferença adequada na densidade;
diferença na composição química do objeto;
diferença no número atômico do objeto;
objeto suficientemente espesso.
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Radiografia do Tórax
Radiografia do Tórax
mostrando diversos
graus de densidade
óptica.
Contraste Virtual
Os materiais que tem contraste alto em relação aos
tecidos moles do corpo na imagem diferem deles em
densidade e número atômico.
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Contraste Virtual
O contraste virtual é produzido devido ao fato que
a penetração dos raios X através de um objeto e a
penetração através do tecido de fundo, é diferente.
Para objetos que atenuam mais a radiação que o
tecido adjacente, o contraste é inversamente
proporcional à penetração do objeto (quanto maior a
penetração, menor o contraste).
A quantidade de contraste virtual produzida é deter-
minada pelas características do contraste físico do
objeto (número atômico, densidade e espessura) e
também pelas características de penetração (espectro
de energia do fótons) do feixe de raios X.
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Contraste Máximo
O contraste máximo (100%) ocorre quando
nenhuma radiação X passa através do objeto.
Objetos de metal, são um exemplo (prótese de metal,
pinos, etc).
O contraste é reduzindo conforme aumenta a penetra-
ção dos raios X através do objeto.
Quando a penetração através do objeto é próxima da
penetração através da espessura do material
circundante, o contraste tende a desaparecer.
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Fatores que influem no Contraste
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Contraste entre áreas de interesse
No caso de um único objeto envolto por um só tipo
de tecido, um aumento no contraste geralmente
aumenta a visibilidade do objeto. Entretanto, em
muitas aplicações clínicas, as imagens contêm várias
estruturas anatômicas ou objetos.
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Diferença entre densidades
Devido à grande diferença nas densidades entre
áreas dos tecidos do pulmão e do mediastino, o
contraste entre as áreas correspondentes na
imagem é muito grande.
Em uma radiografia típica, a área da imagem que
corresponde ao mediastino aparece muito clara (ou
baixa densidade), e a área do pulmão, muito mais
escura.
Qualquer objeto dentro do mediastino tem sua ima-
gem formada em um fundo clara, e qualquer objeto
dentro da área do pulmão, tem sua imagem formada
em um fundo escuro.
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Filme Radiográfico
A capacidade de um filme radiográfico de representar
o contraste do objeto é menor em áreas da imagem
que são ou claras demais (mediastino) ou muito
escuras (pulmão). Se há um contraste muito alto
entre áreas dentro de uma imagem, então o
contraste dos objetos que aparecem nessas áreas
pode ser comprometido devido à limitações do filme.
Três atitudes podem ser tomadas para minimizar
esses efeitos:
a) utilizar-se filmes de latitudes diferentes
nessas áreas de interesse;
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Atitudes para minimizar efeitos do Contraste
Radiografias de Tórax
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Grades e Controle da Radiação Espalhada
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Redução do Contraste Devida à Radiação
Espalhada
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Redução do Contraste
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Colimação
A quantidade de radiação espalhada é proporcional à
massa total do tecido abrangido pelo feixe de raios X
primário, ou seja, é determinada pela espessura do
paciente, e pela área ou tamanho de campo que está
sendo exposta.
Aumentando o tamanho de campo, aumenta-se a
quantidade de radiação espalhada e, por isso, o valor
dos fatores de contraste relacionados ao espalha-
mento.
Uma maneira de se reduzir a radiação espalhada e
aumentar o contraste, é diminuir o tamanho de
campo com colimadores de feixe de raios X, cones ou
outros dispositivos limitadores de campo.
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Campo Campo
grande pequeno
Paciente
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Técnica “air-gap”
A qualidade de radiação espalhada em qualquer
feixe de raios X que atinge um receptor pode ser
reduzida aumentando a distância entre o paciente e
a superfície do receptor de imagens
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GRADES
Em muitos exames, a maneira mais prática e eficaz
de reduzir a radiação espalhada é através do uso de
grades.
A grade é colocada entre o corpo do paciente e o
receptor como mostrado na figura. A grade é feita
de tiras de materiais bons absorvedores de raios X,
como chumbo.
Na maioria das grades, as tiras são anguladas e alinhadas com o
feixe de raios X, e por isso são chamadas de grades focadas.
Os espaços entre as tiras são preenchidos com materiais não
absorvedores de raios X, tais como fibra, carbono ou alumínio,
com a finalidade de dar suporte estrutural à grade.
Uso de Grades
É conveniente que o
ponto focal da grade
coincida com o ponto
focal do tubo de raios
X, que é a fonte de
radiação primária
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Taxa da Grade
Grade ideal
Uma grade ideal deveria absorver toda a radiação espalhada
e permitir que os raios X primários atingissem o receptor.
Infelizmente não existe grade ideal, pois todos os tipos de
grades absorvem uma pequena parcela da radiação primária
assim como deixam passar alguma radiação espalhada.
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Grades - Propriedades
• A razão da grade é definida como a razão entre espessura
da barra (h) ao longo da diração do feixe e a distância (D
entre as barras de chumbo (h/D). Varia de 4 a 16.
• A densidade de linhas é 1/(D+d) linhas por unidade de
comprimento, onde d é a espessura da barra. Varia de 25 a
60 linhas por centímetro.
• Grades focalizadas tem barras divergentes e precisam ser
utilizadas a distâncias focais específicas.
• As grades movem-se durante a exposição, espalhando a
imagem das linhas sobre o filme e fazendo-as portanto
"invisíveis".
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Característica
•
das Grades
• Grades estacionárias com baixas razões (6:1) e 45 linhas/cm
são utilizadas em raios-x portáteis pois toleram melhor
desalinhamentos do feixe.
• Grades são usualmente utilizadas para partes do corpo com
mais de 12 cm de espessura e técnicas acima de 70 kVp.
• Grades não são geralmente utilizadas para radiografias
das extremidades nas quais o espalhamento é desprezível.
Geração de artefatos característica comuns das grades
utilizadas em radiologia
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Performance de uma Grade
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Fatores que contribuem para o aparecimento
de artefatos (linhas) na imagem
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