FA Texto Dramático Piratas

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Portugus 6 ano

Nome: Matilde

Data: ____-____-____

1. PARTE
L o texto A, de Manuel Antnio Pina.
Texto A
Cena quatro
Espao do quarto na penumbra como na Cena 2.
O resto do palco est invisvel.
Continua a ouvir-se a gritaria dos piratas e o barulho das espadas e da tempestade no mar.

CAPITO Apanhem-nos! Apanhem-nos!


Manuel surge, descendo em correria as escadas. Traz ainda o leno vermelho atado
cabea.

MANUEL (Corre precipitadamente para a porta do quarto gritando) Me, me! Foge!
Manuel tenta abrir a porta do quarto, mas no consegue.
Bate desesperadamente com os punhos fechados na porta.

MANUEL Me, me! Os piratas! Depressa, depressa!


CAPITO (Voz vinda do sto) Para a terra! Remem, remem, suas bestas!
Rudo de objetos que tombam do lado de l da porta, dentro de casa.
Passos em correria e gritaria abafada.

MANUEL Meu Deus! J c esto em casa! Estamos perdidos!


Manuel atira-se para cima da cama, tapando os ouvidos com as mos.

MANUEL um sonho, tem de ser um sonho! Tenho de acordar, tenho de acordar! Se


no acordo eles levam a minha me!
Manuel senta-se na cama, sacudindo-se desesperadamente.

MANUEL Tenho de acordar, tem de ser um sonho, tem de ser um sonho!


Abre-se ento a porta do quarto e a Me, assustada, entra e acende a luz.
O quarto ilumina-se. Desaparece subitamente o barulho dos piratas.
Mesmo o vento e o mar s se ouvem agora muito ao longe.

ME (Correndo para a cama) O que foi, o que foi? (Abraando Manuel) Tiveste um
pesadelo, no foi?
Manuel abraa com fora a Me.

MANUEL (Olhando em volta e escutando, ainda assustado) Foi um pesadelo, me,


deve ter sido um pesadelo
ME (Abraada a Manuel) Eu tambm tive pesadelos esta noite. Um pesadelo horrvel,
com homens com espadas a entrarem pela casa dentro! (Aperta Manuel com mais fora)
Deve ter sido por causa do naufrgio, ficmos os dois muito impressionados
MANUEL Deve ter sido, me
ME E por causa do temporal Havias de ver a casa! Quando acordei com os teus
gritos, a porta estava aberta e o bengaleiro no cho Parece que andou o diabo c em
casa! Deve ter sido o vento O corredor est cheio de areia e tudo fora do stio (Afasta
docemente Manuel de si) E tu? (Observando-o) Ests todo molhado (D de repente
conta do leno que Manuel tem ainda atado volta da cabea) E o que isso que tens

na cabea? (Rindo) Oh, Manuel, que engraado que ests! Pareces um pirata Onde
que arranjaste isso?
MANUEL Depois conto-te, me, depois conto-te.
A me tira o leno da cabea de Manuel e pousa-o na cama. Depois fora-o
ternamente a deitar-se.
ME V, dorme Vira-te para o outro lado e dorme, que j muito tarde
(Aconchegando-o) Amanh no vais escola, eu vou falar com o Sr. Professor e peo-lhe

para te mandar os deveres de casa por um colega.


Manuel deita-se na cama e a me aconchega-lhe os cobertores.
ME Dorme Eu tambm vou deitar-me, que estou muito cansada
(Pausa) Sabes que a esta hora, na Amrica, est a comear a anoitecer? O teu pai

tambm deve estar agora a deitar-se Vamos dormir como se estivssemos todos juntos
em casa, est bem?
MANUEL Est bem, me
A me beija Manuel e afasta-se.

ME At amanh, se Deus quiser.


MANUEL At amanh, me.
A me fecha a luz do quarto e sai.
O quarto fica de novo na penumbra.
Manuel tapa a cabea com os cobertores.
As luzes de cena apagam-se lentamente.
L fora, a tempestade amainou.
Manuel Antnio Pina, Os piratas, Edies Afrontamento, 2008

Responde ao que te pedido sobre o texto dramtico que acabaste de ler,


seguindo as orientaes que te so dadas.
1. Assinala com X a opo que permite completar cada afirmao de acordo com o
sentido do texto.
1.1. O texto que leste consiste num dilogo entre as personagens
Capito, Manuel e Me.
Manuel e Me.
Capito, piratas e Manuel.
Me, Manuel e piratas.

1.2. A frase Espao do quarto na penumbra como na Cena 2. significa que


a ao decorre no quarto, sem luz alguma.
a ao decorre no quarto, com muita luz.
a ao decorre no quarto, com luz indireta.
a ao decorre no quarto, com pouca luz.

1.3. No incio da cena no h qualquer rudo.


ouve-se o barulho de Manuel a descer as escadas.
ouvem-se os sons da luta entre os piratas e o rudo da tempestade.
ouvem-se os gritos do capito.

1.4. Manuel quer acordar a todo o custo porque

tem medo de ser apanhado pelo capito.


tem medo dos piratas.
tem medo de que os piratas raptem a me.
tem medo da tempestade.

2. A partir do momento em que a me abre a porta do quarto, alguns elementos do


espao cnico alteram-se. Indica dois elementos que traduzam essa mudana.
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3. Descreve o estado de esprito da me de Manuel. Justifica a tua resposta com dois
exemplos do texto.
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4. Transcreve uma expresso do texto que traduza o estado de esprito predominante de
Manuel.
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5. Distingue no excerto abaixo as partes que correspondem fala da personagem e as
partes que correspondem s indicaes cnicas.
O corredor est cheio de areia e tudo fora do stio (Afasta docemente Manuel
de si) E tu? (Observando-o) Ests todo molhado (D de repente conta do
leno que Manuel tem ainda atado volta da cabea)
a) Fala da personagem
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b) Indicaes cnicas
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6. Rel as informaes contidas nas indicaes cnicas do texto. Transcreve para a
respectiva coluna dois exemplos de cada.
Movimento das

Estado de esprito das

personagens

personagens

Elementos do cenrio

7. Justifica o uso das frases exclamativas na fala seguinte:


Me, me! Foge!
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8. Nas ltimas indicaes cnicas, h diversas referncias aos efeitos de luz.


Que sensao podero provocar esses efeitos luminosos nesse momento da ao?
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2.a Parte
Vais agora escrever um texto.
Imagina a continuao da pea que acabaste de ler, Os Piratas, construindo uma nova cena.
Escreve um texto com o mnimo de 120 e o mximo de 180 palavras*.
No texto deves incluir:
uma indicao cnica inicial que permita localizar a ao no espao;
a personagem Manuel e outra(s) tua escolha;
indicaes cnicas nas falas das personagens.

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