Fuselagem Aeroespacial
Fuselagem Aeroespacial
ndice
1 INTRODUO
a)
b)
c)
d)
e)
f)
6 CONCLUSO .............................................................................................41
7 REFERNCIAS...........................................................................................42
1 INTRODUO
a) Introduo Histrica
Os primeiros estudos cientficos do voo foram feitos por Leonardo da
Vinci, por volta de 1500 e culminou nos planadores de Otto Lilienthal, o qual
realizou mais de 2000 voos.
Por volta de 1900,experimentos de construir um planador motorizado, ou
seja, um avio,so constados ao redor de todo o mundo. Os mais importantes
foram creditados aos irmos americanos Orville e Wilbur Wright e ao brasileiro
radicado na Frana, Alberto Santos-Dumont.
No dia 7 de janeiro de 1910 em Osasco, So Paulo Dimitri Sensaud de
Lavaud realizou o primeiro voo registrado do Brasil e da Amrica Latina com
um avio projetado e construdo inteiramente no Brasil.
A tecnologia dos avies avanou bastante durante a Primeira Guerra
Mundial (1914-1918). Apesar de ainda serem construdos de madeira e lona,
com alguma parte metlica, os avies de guerra , bombardeiros e caas, eram
dotados de motores mais potentes, capazes de levar o piloto e mais um outro
passageiro.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a fuselagem dos avies encontravase em fase de transio, ou seja, ainda existiam avies com partes da estrutura
em madeira e lona, e outros totalmente metlicos feitos de alumnio que eram
usados para voos em grandes altitudes.
b) Definio e Caractersticas
Dos principais componentes de uma aeronave pode-se citar a fuselagem. A
fuselagem
aeroespacial
camada
de
proteo
exterior
dos
c) Funcionamento
Como j foi citado, a fuselagem deve ser resistente e aerodinmica, uma vez
que deve suportar as foras que so criadas durante o voo e sustentar o peso da
aeronave. As foras que atuam sobre uma aeronave so quatro: arrasto, trao,
peso e sustentao. Cada uma tem a sua respectiva funo:
sustentao se igualam.
Trao a fora que permite que o avio se desloque e atinja velocidade
suficiente para gerar sustentao. Essa fora criada pelo motor do avio.
Arrasto a fora que se ope ao avano da aeronave, ou seja, atrapalha o
deslocamento da aeronave. Existe o arrasto parasita e o arrasto induzido.
Para isso que existe os winglets, que diminuem o arrasto. Os winglets uma
dobra na ponta da asa.
Esssas foras por sua vez geram cinco tipos de estresses estruturais na
aeronave em voo:
Tenso
Origina-se no momento em que o motor puxa a aeronave para frente,
porm, a resistncia do ar tenta traz-la de volta. O resultado a tenso, que
tende a esticar a aeronave.
Compresso
o oposto da tenso.Exemplo: presso externa do ar sobre a estrutura
da aeronave.Os suportes do trem de pouso tambm esto sujeitos
compresso na hora da aterrissagem.
Flexo
Combina tenso e compresso. Os apoios da asa so submetidos
flexo, enquanto a aeronave est em voo. O lado inferior da longarina
submetido a tenso, enquanto que o lado superior submetido a
compresso.
Cisalhamento
o esforo que executado especialmente nos parafusos e rebites
que ligam as partes da fuselagem uma nas outras.
Toro
o esforo produzido pelo motor da aeronave,pois exerce uma fora
de toro no eixo de manivela ou eixo da turbina. Enquanto a aeronave se
move para frente, o motor tambm tende a torc-la para um dos lados,
assim,a fuselagem deve ser projetada com fora suficiente para resistir a
esses torques.
d) Tipos de Estrutura
Basicamente, existem dois tipos de estruturas: estrutura viga armada
(treliada) e monocoque
Estrutura Monocoque
Na fuselagem monocoque ou do tipo casco,o casco essencialmente uma
fina parede tubular que suporta todos os esforos.ou seja o formato aerodinmico do
avio dado por cavernas e coberto com revestimento. O casco usualmente
construdo de alumnio.H duas variantes: Monocoque e Semi-monocoque.
I)
Monocoque
II)
Semi-monocoque
e) Importncia
A indstria aeroespacial considerada uma indstria de grande interesse
estratgico para as naes , pois desenvolvem um conjunto de sistemas que
promovem o desenvolvimento socioeconmico, resultado dos efeitos econmicos
diretos e pelo fato do sector aeronutico agregar um conjunto de tecnologias que
promovem o conhecimento e inovao para a criao de novos produtos, neste e
em outros setores industriais.
Ela dividida em trs setores:
Aeronutico
Setor que faz uso dos avies, aeronaves, jatos comerciais,avies de
Defesa
Setor que faz uso dos msseis, radares, sistemas de defesa area,
artilharia etc.
Espacial
Setor que faz uso dos satlites, nibus espaciais, pesquisas espaciais
etc.
f) Mercado
A indstria aeroespacial cresceu muito nos ltimos anos e hoje movimenta
uma boa parcela da economia de alguns pases. Este setor da indstria
comandado por empresas internacionais que comercializam produtos de
elevado valor acrescentado a uma escala reduzida, em comparao com
outras indstrias, como por exemplo a automvel.
A estrutura mundial aeroespacial caracterizada pela concentrao em
poucos pases . No perodo 2007-2008, os cinco principais pases exportadores
responderam por cerca de 90% do mercado mundial. um setor que est em
constante mutao, j que depende muito dos contextos geopolticos globais.
defesa);
Embravant (desenvolve e produz veculos areos no-tripulados);
Star One(maior empresa que gerencia satlites da Amrica Latina);
Embraer (conglomerado brasileiro fabricante de avies comerciais,
executivos, agrcolas e militares)
constantes
contingenciamentos
de
recursos
falta
de
Ligas de Alumnio;
Titnio;
Fibra de Vidro;
Fibra de Carbono;
Ligas Metlicas em Geral;
Materiais Compsitos;
Fabricao e Montagem
Primeiramente, so confeccionadas as ligas que sero usadas como matria
prima.No caso das ligas de alumnio, por exemplo,fundem-se quantidades
adequadas dos componentes da liga, a fim de que estes se misturem perfeitamente
no estado lquido. A massa fundida, homognea, resfriada lentamente em frmas
apropriadas.
Aps passar pelo processo de fundio, os tarugos fundidos so laminados
em formas de chapas. As chapas por sua vez,so conformadas de acordo com a
curvatura da fuselagem.
Os painis so ajustados s suas dimenses e formas finais por uma
mquina computadorizada de controle numrico (CNC) de cinco eixos.
Depois da fabricao dos painis de revestimento da fuselagem, realizado
um processo de tratamento superficial anticorroso base de cromato de zinco cuja
funo de formar um filme protetor que exclua o contato do oxignio e da umidade
com o metal.
Os painis so unidos s cavernas e reforados , principalmente por meio de
rebitagem, dando origem a um segmento de fuselagem.
3 CRITRIOS DE SELEO
Fadiga
Nas aeronaves ocorrem repetitivas cargas cclicas, so cargas que
II)
Resistncia a Oxidao
Os avies esto frequentemente em contato com a atmosfera, por isso
III)
requisitos, h uma busca de materiais com maior resistncia com menor peso, na
indstria aeronutica estes dois requisitos so muito importantes.
necessrio escolher materiais resistentes para construo dos avies, pois
eles passam por diversos esforos durante a utilizao, ao mesmo tempo h uma
necessidade de materiais leves para reduzir o consumo. A partir da dcada de 30,
com o desenvolvimento das chapas de alumnio, o metal tornou-se componente
obrigatrio do revestimento dos avies.
Alumnio
zinco
magnsio.
sendo
vantajoso
seu
emprego
em
trocadores
de
calor,
eletrnicas);
No txico e portanto, largamente empregado em embalagens.
A resistncia mecnica do alumnio puro baixa (~90Mpa), entretanto, so
trmico;
LIGAS TRATVEIS TERMICAMENTE So endurecidas por meio de
tratamentos trmicos.
T
abela 5 - Caractersticas do elementos de liga do Alumnio
instvel.
Gradualmente, as fases constituintes precipitam-se de uma maneira
extremamente fina (sobre lacunas e discordncias, somente visvel por
potentes microscpios), alcanando o mximo efeito de endurecimento
(envelhecimento).
precipitao acelerada).
As chapas so normalmente tratadas num banho de sal fundido, que possui
alta taxa de transmisso de calor e fornece suporte ao metal, prevenindo
possveis deformaes em altas temperaturas. Fornos com circulao de ar
forado so geralmente utilizados para perfis extrudados, tubos, forjados e
peas fundidas.
Entre os efeitos de um tratamento trmico completo, esto um aumento
substancial nos limites de escoamento e de resistncia trao e uma
reduo da ductilidade. Normalmente, o tratamento trmico precedido de
uma operao de conformao severa, se for necessria.
As ligas de alumnio da srie 2XXX so ligas com cobre 1,9-6,8% e muitas vezes
contm adies de mangans, magnsio e zinco.Seu endurecimento por
solubilizao tem sido amplamente estudado.Elas so usadas para aplicaes tais
como, forjamento, extruso e tanques de armazenamento de gs liquefeito de
transporte civil e aeronaves supersnicas.
So ligas tratveis termicamente, podendo,aps os tratamentos, atingir-se a
resistncia de ao baixo carbono (450 MPa). A resistncia corroso das ligas da
srie 2xxx inferior a de outras ligas de alumnio. Sob certas condies estas pode
apresentar corroso intergranular. As ligas desta srie apresentam boa usinabilidade
e caractersticas de soldagem limitadas (exceto a liga 2219).
Os dois ltimos dgitos no possuem significado numrico, apenas identificam
diferentes ligas do mesmo grupo (nmero seqencial) O segundo dgito indica
modificaes no limite de impurezas ou a adio de elementos de liga. Essas ligas
tm menores taxas de crescimento de trinca e, portanto,tm melhor desempenho em
fadiga do que as ligas da srie 7XXX.
Portanto, estas so utilizadas nas asas e na parte inferior da fuselagem. As ligas
utilizadas so 2224, 2324 e 2524 (ambas as verses modificadas de 2224). Estas
ligas so geralmente compostas por 99,34% de alumnio puro para maior resistncia
corroso.
Limite de
Escoamento
Limite de Resistncia
Condutividade
Trmica
Alongamento
Mdulo de
Elasticidade
Dureza Brinell
Usinabilidade
Estabilidade
Dimensional
Polibilidade
Soldabilidade
7xxx
260 470 MPa
2xxx
290 MPa
430 Mpa
121w/mC
2%a 6%
72.000 MPa
11%
73.100 MPa
104 161 HB
Boa
tima
120 HB
Boa
Boa
No Indicado
Possvel P/Reparos
No Indicado
Possvel P/Reparos
Aplicaes
II)
Titnio
Fuso
HCP
BCC
E = 14,9 x 10 6 PSI
Mdulo de elasticidade
(compresso)
G = 6,5 x 10 6 PSI
Razo de Poisson
0,34
Dureza
Formas Cristalogrficas
O titnio existe em duas formas cristalogrficas. Em temperatura ambiente,
no ligado (comercialmente puro) titnio tem estrutura cristalina hexagonal compacta
(HC) e estrutura cristalina denominada fase alfa (). A 883 C , ocorre a transio de
hexagonal compacta (HC) para estrutura cbica de corpo centrado (CCC),
conhecida como fase beta (). A microestrutura do titnio no ligado recozido e alfa
acicular, a presena desta microestrutura indica que o material foi aquecido a
temperatura acima de beta.
Fig.11: Representaes de clula unitria HC: (a) posies atmicas; (b) arranjo atmico; (c) tomos dentro da
clula unitria.
Ligas de Titnio
As ligas de titnio podem ser dividas em categorias baseadas nas fases
presentes em suas microestruturas, os tipos de liga so: , + e . Essas
categorias esto definidas em funo da quantidade de estabilizador presente na
composio da liga.
Os elementos de liga empregados na obteno de ligas de titnio podem ser
classificados em a - estabilizadores, -estabilizadores e neutros, adicionando
elementos definidos como -estabilizadores resultam no aumento da temperatura de
transformao alotrpica enquanto os -estabilizadores resultam na diminuio da
temperatura, se nenhuma mudana significativa na temperatura de transformao
alotrpica observada, o elemento de liga descrito como um elemento neutro.
Caractersticas e Vantagens
Vantagens:
Para aplicaes biomdicas as ligas do tipo , principalmente Ti-Nb-Ta e TiNb-Ta-Zr so menos txicas que as ligas do tipo +, principalmente Ti-6Al-
feito
pelo
tratamento
trmico
de
precipitao/envelhecimento.
Aplicaes:
Indstrias
aeronutica,
automobilstica
marinha;
em
carcaas
de
III)
Materiais Compsitos
Duas folhas externas mais resistentes separadas por uma camada de metal
menos denso.
Folhas externas: madeira compensada, alumnio e ligas, plsticos + fibras,
titnio ao.
Recheio interno: Polmeros com espuma, borrachas sintticas, colmeias.
IV)
LI 900: Em boa parte a cobertura feita com blocos de LI-900, que feito de
fibras de quartzo fundido (slica com pureza 99,9%), sendo 94% do volume em ar.
Cada bloco deve ser feito para se encaixar perfeitamente em uma determinada parte
da superfcie, como em um quebra-cabeas gigante.
LI-900 um tipo de revestimentode superfcie reusvel da isolao
desenvolvida e manufaturada perto Lockheed Msseis e Espao Companhia em
Sunnyvale, Califrnia. Foi projetado para o uso do nibus espacial na parte do seu
sistema de proteo trmico para minimizar a condutividade trmica fornecendo ao
mximo resistncia trmica.
As telhas brancas (conhecidas como LRSI) so usadas principalmente na
superfcie superior. Tm um refletividade trmica mais elevada. Estas so apontadas
consequentemente para o sol a fim minimizar o ganho solar.
As telhas pretas (conhecidas como HRSI) perdem calor mais rapidamente
que as telhas brancas. Esta propriedade requerida a fim maximizar a perda de
calor durante a reentrada.
H tipicamente 20.000 telhas de HRSI LI-900 em um Shuttle de espao, e 725
telhas de LRSI LI-900.
Reutilizvel -
do peso do veculo.
Frgil A nica tecnologia conhecida no incio de 1970 com as caractersticas
requeridas era tambm frgil, devido densidade muito baixa que poderia ser
facilmente esmagada com pouco esforo.
6 - CONCLUSO
7 - REFERNCIAS
http://pt.scribd.com/doc/27845112/Materiais-para-aviao. Acesso em
31/05/2012.
http://aluminium.matter.org.uk/content/html/eng/default.asp?
catid=154&pageid=2144416890. Acesso em 31/05/2012.
http://pt.scribd.com/edemarb/d/59838344-Aplicacoes-do-Titanio-e-suas-ligas.
Acesso em 31/05/2012.
ftp://ftp.demec.ufpr.br/disciplinas/EngMec_NOTURNO/TM349/Material
%20Fundi%E7%E3o/Fundi%E7%E3o/aluminio%20fundi%E7%E3o.pdf.
Acesso em 30/05/2012.
http://www.feg.unesp.br/~orbital/sputnik/Capitulo-1.pdf . Acesso em
24/05/2012.
http://www.allstar.fiu.edu/aero/flight11.htm. Acesso em 25/05/2012.
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAmrIAB/01-estrutura-aeronaves .
Acesso em 25/05/2012.