Resumos de TPSI

1. Caracterizao Sistmica sob o Ponto de Vista das TIC

1.1. Uma definio
Um sistema um modelo holstico de um objeto de estudo. Sendo propriedades do Sistema, no se
manifestam em nenhuma das componentes em que o sistema possa vir a ser decomposto. Aquelas
propriedades e comportamento emergem precisamente da combinao e interao das componentes.
Segundo La Moigne:

Alguma coisa (o Objeto de interesse);

Que em alguma coisa (o Ambiente);
Para Alguma coisa(a Finalidade);
Faz Alguma coisa(a Atividade);
Atravs de alguma coisa(rgos);
Que se transforma com o tempo(evoluo);

1.2. Abordagens Sistmicas

As abordagens sistmicas constituem um meio de estudar fenmenos, situaes e objetos complexos de
um sistema, ajudando a compreender o desempenho de uma situao, as respostas aos estmulos, os
rgos necessrios execuo daquelas atividades e a lidar com um fenmeno complexo.

Os SI devem ser independentes da estrutura Orgnica e devem depender das competncias

organizacionais. Devem tambm ser pensados como um sistema de gesto de informao.

Comentado [TFNR(1]: 1. Que defende uma viso integ

ral e um entendimento geral dos fenmenos.
2. Relativo a holismo.

1.3. Criar um Sistema Vivel

Executa as transformaes que esperado fazer e capaz de sobreviver s alteraes no ambiente. Tem
que responder a eventos comuns (tais como pedidos dos clientes), mas tambm capaz de reagir a eventos
inesperados no ambiente (como novos produtos ou mudanas), adaptando-se automaticamente.

Modelo de Sistema Vivel de Stafford Beer

Identifica os componentes necessrios e suficientes (subsistemas) de estrutura de um sistema vivel. Um
sistema vivel tem uma estrutura recursiva, isto , contm outros sistemas viveis que, por sua vez,
contm sistemas viveis. assim possvel identificar 5 subsistemas:
1. Implementao: Implementar as transformaes (produtos/servios) implcita misso da
organizao.
2. Coordenao: tomada de deciso, atividades que visem a coordenao de recursos e sequncia
de trabalho entre os subsistemas.
3. Controle: captura e anlise das informaes.
4. Inteligncia: captura e anlise de informaes sobre o ambiente.
5. Poltica: deciso atividades relacionadas com a formulao de polticas.
Todos estes subsistemas esto ligados por canais de comunicao. Outro aspeto importante que a
informao das aplicaes (sistemas mais operacionais) deve ser resumida antes de serem comunicados
administrao.

1.4. Computer Based Information Systems (CBIS)

TPS - Transaction Processing System: Recebe inputs que correspondem s descries dos
eventos que ocorrem e criam e guardam os registos dessas ocorrncias.
DPS - Data Processing System: analisam registos e processam-nos para produzir o output
necessrio para atingir as transformaes que uma organizao suposto produzir para os seus
clientes.
MIS - Management Information Systems: Acessa os registos dos eventos ou estados e processaos de modo a calcular o valor das variveis que so importantes e uteis para os gestores que
necessitam de informao para a tomada de deciso.
DSS - Decision Support Systems: Ajudam os processos de tomada de deciso atravs de
mecanismos de anlise de data, simular diferentes cenrios, etc.
WMS - Workflow Management Systems: Recebe inputs que correspondem a solicitaes dos
consumidores e monitores e coordenam as sequncias necessrias para atingir esses requisitos.
DMS - Data Mining Systems: Executam anlise automtica sobre grandes quantidades de
registos, usando estatsticas e mecanismos de inferncia para detetar as correlaes entre os
registos.
ESS - Enviromental Scanning Systems: Oferece mecanismos para pesquisar e retirar informao
de bases externas organizao.
EIS - Executive Information Systems: Podem ser descritos como uma potente interface para o
MIS, ESS e ou DSS; tambm inclui mecanismos para anlise de data online.

Estes sistemas podem se dizer que complementam uns aos outros:

TPS recolhem registos de eventos.

Os DPS processam.
Os DMS analisam automaticamente.
Os MIS filtram.
Os DSS usam os resultados dessa filtragem para ajudar a tomada de deciso.
Os WMS coordenam tarefas que usam TPS, DPS, e outors tipos de CIBS
Os ESS recolhem dados a eventos no exterior da organizao.

2. Caracterizao Sistmica
necessria para entender a realidade da empresa. S com informao certa que os gestores
podem tomar decises correctas que permitam a evoluo da empresa. necessrio ter acesso a todos
os acontecimentos e a todas as caractersticas que possam afectar a organizao. Atravs de uma
caracterizao sistmica possvel dividir a organizao, percebendo os seus pontos fracos e fracos,
partes a serem melhoradas e maximizadas.
D-nos todos os dados sobre uma empresa, tornando a sua anlise plausvel e mais simples.
Sem uma boa anlise sistmica as decises tomadas podero ter fins negativos, visto que se baseiam em
informaes erradas ou incompletas.

2.1. Finalidade
Pode ser expressa numa frase que d resposta a questes tais como:

Qual a razo de ser da organizao?

Para que serve a organizao?

A finalidade dever ajudar a perceber e justificar quais as principais atividades nucleares da

organizao. Permitir assim enquadrar a organizao em estudo num determinado setor de atividades
econmicas.
Permite tambm identificar quais os principais competidores.

2.2. Ambiente
Quais as principais entidades externas organizao que interagem com ela?

Clientes - Entidades que reconhecem valor ao que organizao produz e pagam por isso.
Fornecedores - Entidades a quem a organizao adquire tudo aquilo que precisa para produzir.
Reguladores - Entidades que tm um papel ativo na regulao do funcionamento da
organizao.

Um termo usado para descrever este tipo de entidades stakeholders - aqueles que tm interesse no
funcionamento da organizao.

2.3. Atividades
Quais as principais atividades (macro-atividades) executadas na organizao?
Para alm das atividades operacionais nucleares que derivam da finalidade devem ser consideradas
outras categorias, tais como:

Atividades operacionais complementares/suporte

Atividades de Coordenao de Recursos
Atividades de Direo
Atividades de Organizao
Atividades de Prestao de contas

Para classificar este tipo de atividades podemos ter por base certos modelos sendo que o estudado foi o
APQC.
Estas atividades podem ser apresentadas sobre o modelo da Cadeia de Valor de Porter como
apresentamos na figura a seguir:

Figura 1 - Cadeia de Porter (exemplo)

2.4. Modelo de Negcio

Descrio dos principais fluxos de bens/servios e fluxos monetrios, entre os pricipais stakeholders da
organizao e as principais unidades produtivas e de gesto da organizao.
Para a representao de um modelo de negcio sugere-se a notao de Weill e Vitale:

Figura 2 - Representao do Modelo de Negcio atravs da Notao Weill e Vitale

Comentado [TFNR(2]: A APQC um processo de

normalizao e universalizao do que so as
actividades organizacionais, para que deste modo,
todas as empresas possam ser avaliadas da mesma
maneira e assim regulamentadas. Faz parte da
Caracterizao Sistmica. um gnero de avaliao
standard que facilita a comparao entre empresas de
diferentes tipos de actividade. Apoia as empresas na sua
organizao e optimizao de actividades, ajudando na
evoluo da mesma. Ajuda as empresas a se adaptarem
a ambientes em rpida mudana, a construrem
melhores maneiras de trabalhar e a terem sucesso num
mercado competitivo.
Serve para identificar algumas deficincias e limitaes
das ferramentas analticas existentes, visando o
levantamento de alguns dos requisitos do sistema;

2.5. Orgos
So entidades que executam as atividades organizacionais. Para alm da sua identificao ser til
identificar tambm as suas interligaes, nomeadamente do que se refere dependncia hierrquica de
responsabilidade na execuo das atividades. Podero corresponder a:

Unidades Orgnicas - departamentos/divises/seces da organizao definidos de acordo com

um qualquer critrio de agrupamento de competncias/funes. Uma representao comum
ser o organigrama como ilustramos a seguir.

Figura 3 - Exemplo de Organigrama

Pessoas - num nvel mais geral a caracterizao das pessoas enquanto rgos corresponde em
identificar as competncias profissionais necessrias na organizao.
Mquinas - corresponde a uma descrio geral do tipo de mquinas necessrios ou passiveis de
utilizao.
o importante referir que esto associadas com o manuseamento de informao logo
deve-se ter em conta:
Porteflio de Aplicaes informticas;
Plataformas Informticas de Suporte;
Arquitetura Informtica;

2.6. Conceitos do Negcio

Mapa da informao tradicional do negcio: Principais conceitos relacionados com o ambiente,

as transaes (intra e interorganizacionais), os objetos manuseados (e em especial os objetos
transacionados), e os agentes e papeis organizacionais.
Mapa de Informao de Gesto de Negcio: Principais indicadores de estado e de desempenho
em uso. Sugere-se que na elaborao sejam seguidos os princpios do BSC - Balanced Score
Card.

Figura 4 - Exemplo de um BSC

3. Analise Estruturada
Algumas definies de SI:
..., a anlise de sistemas mais interessante do que tudo o que conheo, exceptuando, talvez, sexo e
certos tipos de vinhos da Austrlia. Ela , sem dvida, mais interessante que a programao de
computadores (...) por envolver o estudo das interaces entre as pessoas, entre grupos diferentes de
pessoas e entre computadores e organizaes [Yourdon 1992].
"Um SI uma entidade sociotcnica que recolhe, guarda, processa e dissemina informao relevante
para uma organizao (ou para a sociedade), de modo a torn-la acessvel e til para aqueles que a
queiram (e possam) utilizar "[Buckingham et al. 1987].
Um sistema muito mais do que TI, envolve perceber a Organizao, as Pessoas, as TI, os
Procedimentos, os Dados, etc.

3.1. Evoluo da Anlise de Sistemas

Finais dos Anos 70 (DeMarco, Gane e Sarson, Weinber, Yourdon)
Eram normalmente narrativas, bastante extensos, redundantes, ambiguos e no recurriam a uma
metodologia especifica, tornando a sua manuteno impossivel.
Foi neste perodo que surgiu um novo conjunto de ideias que prometia melhorias, tanto na organizao
como codificao, teste e manuteno de software: programao/projetos estruturados.
No entanto surgia ainda o problema de comunicao, uma vez que os tcnicos construiam solues para
os problemas errados.
Assim a analise de sistemas, passou a ser:

Grfica (DFD, DER,DCVE,DTE,);

Particionadas.
De redundncia mnima.

3.2. Conceitos de Anlise de Sistemas

Anlise Estruturada (Segundo a Abordagem Clssica):

o primeiro passo tcnico do DSI;

Uma atividade de construo de modelos.
No existe um mtodo aplicado uniformemente pro todos.

um processo de descoberta, refinamento, modelao e especificao. Est baseado na intensa

comunicao entre o cliente e a equipa de desenvolvimento. Este processo resulta num conjunto de
modelos que representam a mesma percepo do sistema, acordada entre os intervenientes do
processo.

Comentado [TFNR(3]: Exemplo Stor: Como se

poderia comer um elefante?
Poderia comer-se um elefante se o partssemos aos
bocadinhos. O que iriamos verificar era que atravs
dessas pequenas partes iriamos estar a observar
realidades diferentes compreendendo no s o todo
mas cada parte em especfico.
Comentado [TFNR(4]: A anlise estruturada uma
atividade de construo de modelos. Utiliza uma
notao que prpria ao mtodo de anlise
estruturada para com a finalidade de retratar o fluxo e o
contedo das informaes utilizadas pelo sistema,
dividir o sistema em parties funcionais e
comportamentais e descrever a essncia daquilo que
ser construdo. (Acho que esta definio ainda a
melhor que encontrei)

Principios Operacionais da Anlise:

Todos os mtodos de anlsie esto relacionados por um conjunto de principios operacionais:

Modelo Funcional: as funes que o sistema tem de realizar so definidas.

Modelo de Dados: o dominio da informao do problema que o sistema ir processar tem de
ser compreendido e processado.
Modelo Comportamental: comportamento do sistema (devido a eventos externos).

Os modelos que descrevem a informao, funcionamento e comportamento, tm que poder ser

divididos de modo a esconder detalhes de forma hierrquica.

3.3. Modelo de Anlise

Representa os requisitos do sistema sobre trs perspectivas complementares, aumentando a
probabilidade da descrio do sistema estar completa, serem identificados erros.
Serve de base para as fases subsequentes do DSI.

Figura 5 - Os analistas fazem a ponto entre os clientes e os engenheiros que desenvolvem o software.

Assim o modelo de anlise tem 3 objetivos:

1. Descrever o que o cliente pretende;
2. Estabelecer a base para a construo do Sistema;
3. Definir um conjunto de requisitos que podem ser validados posteriormente.
Na prtica o modelo da analise consiste em:

Modelo Funcional
Modelo de Dados
Modelo Comportamental
Dicionario de Dados

Comentado [TFNR(5]: As funes realizadas por um

sistema tem que ser definidas . Descreve como funciona um
sistema de informao. Descreve como circulam os dados
(fluxos de dados) e transformados (processos) pelo sistema,
desde a entrada (input) at sada (output). Indica os dados
que fluem pelo sistema. Identifica funes que transformam
objectos de dados. Representa produtores e consumidores
de dados - diagrama de fluxos de dados (DFD), dicionrio de
dados (DD), especificao de processos (MINISPEC).

Principais Modelos de Anlise:

DFD - Diagrama de Fluxos de Dados - Fornece uma indicao de como os dados so

transformados medida que se movimentam no sistema.
DER - Diagrama Entidades - Relacionamento - Descreve os objetos de dados e os seus
relacionamentos.
DTE - Diagrama de Transio de Estados - Indica como o sistema se comporta em consequncia
de eventos externos. Representa os vrios estados do sistema e porque ocorrem as trasies de
estado para estado.
Dicionrio de dados - um repositrio que contm as descries de todos os objetos dos
diagramas.

Estes diagramas tm como objetivo melhorar o rigor da especificao. Adicionalmente, uma

representao melhorar a compreeso por parte de todos os intervenientes (ver imagem acima).

3.4. Concluso
De um analista espera-se:

Capacidade para compreender conceitos abstratos, reorganizar esses conceitos e sintetizar

"solues".
Capacidade de reconhecer factos pertinentes e a partir de fontes confusas.
Capacidade de comunicar bem.
Capacidade de distinguir o fundamental do acessrio.

Dificuldades de Anlise:

Figura 6 - Dificuldas na Anlsie de um Sistemas

Estes modelos devem ser fceis de entender, rever, corrigir, completar e de verificar a sua consistncia.
Captam a essncia daquilo que tem de ser construdo. O modelo da anlise consiste na prtica num
conjunto de modelos (modelo funcional, modelos de dados, modelo comportamental, dicionrio de
dados).

4.Modelao Funcional
4.1 Diagrama de Fluxo de Dados (DFD)
So especificaes orientadas aos processos, em que se identificam graficamento processos, entidades
externas, fluxos de informao e repositorio de dados. So assim dos principais diagramas utilizados na
modelao de processos. Estes diagramas podem ser construidos em vrios niveis, uma vez que existe a
possibilidade de especificar um processo atravs de um diagrama de maior detalhe. O diagrama de
primeiro nivel pode ser chamado de diagrama de contexto.

Figura 7 - Exemplo de DFD

Dicionario de dados
So repositrios de definies de todos os elementos presentes nos diversos modelos e incluem, entre
outros, fluxos de dados, repositrios e entidades.

Caracteristicas de um DFD

Um DFD identifica e descreve o funcionamento de um sistema e como a informao flui;

um diagrama de alto nvel que no define como o processamento efetuado.
um modelo top-down, dado que promove uma viso do sistema do geral para o particular,
acomodando a complexidade em diversos nveis hierrquicos.
Um DFD no procedimental: no procura suportar estruturas de controle ou condicionais.
Apenas mostra os fluxos de dados.
Deve ser de fcil compreenso.

Um DFD recorre a um pequeno nmero de smbolos (4), o que facilita a compreenso mais
simples.
Em sistemas de maior complexidade, os DFDs so estruturados em diversos nveis hierrquicos.

Finalidades
Tem por objectivo defenir:

O ambiente do sistema. Em termos do mbito da modelao funcional e das suas fronteiras.

As entidades externas que fornecem dados (inputs) e recebem dados (outputs).
Os fluxos de dados que transferem esses dados dentro e fora do sistema.
Os repositrios de dados.
Os processos que operam sobre os dados e fazem com que estes fluam e sejam armazenados.

4.2. Componentes
Um DFD constitudo por 4 elementos:

Entidades Externas - Utilizado para representar cada entidade que interage com o sistema,
atravs de trocas de dados.
Processos - uma parte do sistema, que transforma entradas de dados (inputs) em sadas de
dados (outputs)Fluxos de Dados - Um fluxo de dados representa trocas de dados entre componentes de um
sistema.
Repositrio de Dados - Representa o armazenamento de dados no sistema.

Figura 8 - Notao SSADM dos elementos de um DFD

Entidade Externa
Representa cada entidade que interage com o sistema, atravs de trocas de dados. Estas entidades
encontram-se fora das fronteiras do sistema.
Designadas por um substantivo significativo, normalmente originam os dados e podem estar repetidas
para evitar cruzamento de fluxos. Ex: Clientes, Departamentos for a do sistema.

Comentado [TR6]: Processos;

Fluxos de Dados;
Repositrios;
Entidades.

Processos
uma parte do sistema, que transforma entradas de dados em sada de dados. Os dados precisam de
ser transformados para se cumprirem as finalidades do sistema.
Tm sempre um identificador no canto superior esquerdo, uma designao (que uma ao) e um
indicador de exploso (opcional) no canto inferior direito.

Fluxos de Dados
Representa uma troca de dados entre componentes de um sistema. So utilizados para representar
movimentos dados entre os diversos componentes do DFD.
A designao de um fluxo deve ser um substantivo e deve ser unica.

Repositrio de Dados
Representa dados armazenados que so usados pelo sistema. Geralmente a designao o plural da
designao dos fluxos que armazena. Poder ser um depsito, base de dados, por exemplo.
O seu identificador D + (um numero de identificao).
Como nas entidades os repositrios podero aparecer repetidos nos diagramas.

4.3. Normas

Escolher nomes com grande significado para todos os elementos.

Numerar os processos.
Apresentar o DFD final, limpo e claro.
Evitar DFDs demasiado complexos (com demasiados elementos).
Certificar que os DFDs so internamente consistentes, para alm de serem consistentes com
outros DFDs. Evitar:
o "Buracos Negros" - processos s com entradas;
o "Processos de gerao instantnea" - s com sadas;
o Cuidado com repositrios com apenas entradas ou sadas.
Comentado [TFNR(7]: Os Fluxos Externos semelhana
dos fluxos so representados por setas, s que neste caso
so a tracejado.

Figura 9 - Normas de fluxos entre elementos

4.4. Hierarquizar um DFD

Um DFD deve ser simples e de fcil leitura.Um diagrama de grande dimenso e complexidade iria
comprometer o sucesso na comunicao.
Assim faz-se uma hierarquia de DFD onde cada nvel oferece mais detalhe sobre cada um dos processos.
Decomposio funcional
Processo iterativo de diviso da represntao de um sistema partindo do geral para os detalhes
particulares, criando assim um conjunto de diagramas nos quais um ou mais processos presentes num
determinado nivel, so detalhados noutros diagramas de mais baixo nivel.

Diagrama de Contexto - o diagrama de mais alto nvel, tem apenas um proesso que contempla
todo o sistema de uma forma muito simples, os fluxos mostram as interfaces entre o sistema e
as entidades externas.
DFD 0 - Representa a viso de mais alto nvel das principais funes do sistema, permite j a
compreenso do funcionamento global do sistema.
DFD n - Detalha o processo N.

Figura 10 - Consideraes finais do DFD.

5.Planeamento de SI
O Planeamento de Sistemas de Informao (PSI) a actividade da organizao onde se define o futuro
desejado para o seu Sistema de Informao, para o modo como este dever ser suportado pelas
Tecnologias da Informao e para a forma de concretizar esse suporte (Amaral 2007).
Desafios dos sistemas de informao:

Servir o negcio (criao de valor, aumentar a eficcia e a eficincia, reduzir custos)

Servir a estratgia (garantir o futuro)
Potenciar o uso dos recursos existentes (criao de valor, aumentar a eficcia e a eficincia,
reduzir custos)
Tirar proveito (criao de valor, aumentar a agilidade, a eficcia e a eficincia, reduzir custos,
garantir o futuro)
Adaptar mudana (aumentar a agilidade, reduzir custos, garantir o futuro)
Inovar (criao de valor, aumentar a agilidade, a eficcia e a eficincia, garantir o futuro)

A actividade de planeamento estratgico pode ser dividida em 2 partes:

Identificao dos objetivos da empresa;

Conceo de sistemas especficos concebidos para orientar as atividades empresariais em
funo destes objetivos.

Esta ultima implica pensar e escolher a melhor forma para implementar com sucesso, estes sistemas em
toda a organizao.
Ward propes que as abordagens ao PSI sejam classificadas quanto inteno e diferenciadas de duas
formas distintas: impacto e alinhamento.

Por um lado, PSI ajuda a organizao a encontrar maneiras inovadoras para enfrentar a
concorrncias, alterar a sua base e gerar novos produtos. Desta forma o PSI promove a inovao
e a criatividade.
Por outro lado, PSI um processo de identificao de um portflio de aplicaes informticas
que tm por objetivo ajudar a organizao na execuo dos seus planos empresariais e,
portanto, perceber os seus atuais objetivos de negcio.

Figura 11 - Abordagens PSI de acordo com o Tipo

Apesar do output do processo de PSI poder variar caso a caso expectvel que este se traduza numa
Arquitectura de Sistemas de Informao (Arquitectura de Informao + Arquitectura Tecnolgica +
Arquitectura de Negcio) onde a Arquitectura Tecnolgica derivada da Arquitectura de Sistemas de
Informao
Para Amaral este output , normalmente, traduzido na descrio dos seguintes componentes:

Viso,
Objectivos,
Polticas,
Arquitectura de Informao,
Plano de Implementao,
Oramento,
Arquitectura Tecnolgica
Funo Gesto de SI

5.1. Etapas

Figura 12 - Vrias etapas no processo de planeamento

6.Arquiteturas de SI
Existem diferentes tipos de arquiteturas:

Arquitetura do Negcio - Que processos so necessrios ao negcio?

Arquitetura de Informao - Que informao necessria execuo do Negcio?
Arquitetura de Processos - Identificao dos Processos: O que tenho que fazer? Que processos
devo ter?
Arquitetura de Aplicaes - Que Aplicaes asseguram simultaneamente (i) uma gesto eficaz
da informao e (ii) o suporte eficaz dos Processos de Negcio ?
Arquitetura de Tecnologias - Que Tecnologias so necessrias para o suporte das Aplicaes e
da Informao ?

6.1. Alinhamento da Tecnologia com Negcio

Foco na automao das atividades

Foco na gesto das rplicas de informao residentes nos vrios SI
Foco na coerncia dos conceitos de Negcio

6.2. Arquitetura do Negcio

Workflows: apenas por macro processos/ competncias organizacionais

Sem uma modelao sistmica difcil definir objetivos e alinhar uma estratgia.
Os objetivos no so para negociar, mas sim para definir em colaborao. As metas que
devem ser negociadas.

6.3. Arquitetura de Processos

DFD Diagrama de fluxos de dados

BPMN - Business Process Modeling Notation

6.4. Arquitetura de Informao

a arquitetura das entidades informacionais necessrias persecuo dos processos de negcio da
Organizao e tem como objetivo:

Constituir um dicionrio de conceitos do negcio.

Facilitar a comunicao entre as pessoas do negcio e entre estas e as pessoas do IT.
Rastrear a informao necessria ao negcio
Clarificar o ciclo de vida associada a cada informao

6.4.1. Entidades Informacionais

Qualquer pessoa, lugar ou coisa que tenha significado no contexto do negcio e sobre o qual seja
possvel e relevante guardar informao.
Caracteriza-se por ter um nome (substantivo simples), um identificador nico, pelo qual as suas
ocorrncias so reconhecidas na organizao e um objetivo que defina a sua importncia no contexto do
negcio.
As entidades so a informao da empresa.

6.4.2. Entidades Informacionais vs Modelao de dados

A modelao lgica de dados faz parte da construo das Arquiteturas Tecnolgicas - IT Application
Resultar do alinhamento entre Arquitetura de Informao e Arquitetura de Aplicaes.
Modelo Relacional:

Conceptual:
o Entidades Informacionais - traduz o dicionrio de conceitos do negcio - ontologia de
conceitos do negcio
Lgico:
o Entidades lgicas - arquitectura de dados - aplicao tcnica de normalizao de dados.
Fsico:
o Tabelas - implementao de bases de dados - depende do SGBD

6.4.3. A Matriz de "CRUD" (Create, Read, Update e Delete)

Descreve a ao dos processos de negcio sobre as entidades informacionais.

Figura 13 Exemplo de uma Matriz de CRUD

6.5. Arquitetura de Sistema de Informao (ASI)

A no confundir com a Arquitetura de Informao. Identifica as aplicaes que fazem sentido ter,
nascendo da relao entre os processos e as entidades informacionais.

6.6. Arquitetura de Aplicaes

Tem como objetivo identificar as aplicaes que devem suportar o negcio, como devero interagir,
caracterizando cada uma delas:

Misso
Entidades Informacionais que gere
Processos suporta/automatiza
Interfaces que disponibiliza
Tecnologias adequadas implementao da aplicao

Figura 14 Exemplo de uma Arquitetura de Aplicaes

6.7. Sistema Aplicacional (SA):

orientado para a agregao de requisitos associados s mesmas classes de dados, no tendo como
intuito a imposio de uma arquitectura aplicacional.
O objectivo a independncia da arquitectura aplicacional.
Divide-se em:

Macro Processos (lista de macro processos de negcio que o SA ir suportar)

Descrio (Requisitos mais genricos que explicam as funcionalidades do SA)
Requisitos Diferenciadores (requisitos essenciais organizao)
Interface com o outro SA (ligaes lgicas a outros SA. Existe integrao)

6.8. Arquitetura Tecnolgica

So necessrias 3 sub-arquitecturas:

IT application - Componentes Tecnolgicos das aplicaes

IT Platform - plataformas computacionais (OS, TPC/IP, Drivers, etc)
IT infrastructure - Redes e Infra-Estrutura
o Ns Computacionais (Servidores, PCs, Dispositivos)
o Ns no computacionais (Impressoras, Redes, etc)