O Adversario - Mark I. Bubeck
O Adversario - Mark I. Bubeck
O Adversario - Mark I. Bubeck
OUBSJ9APH Q
O flversero
MARK l. BUBECK
Agradecimentos
Sou especialmente devedor a inmeros amigos que me deram
permisso para usar como ilustraes incidentes de suas vidas.
Obrigado tambm Sr.a Rose Kammerling, que datilografou o
manuscrito como um ato de amizade e um trabalho de amor para o
seu Senhor.
NDICE
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Apresentao
Prefcio
Introduo
A Perspectiva Bblica do Conflito
O conflito com a Carne
O Conflito com o Mundo
A Espada do Esprito Continua Sendo a Palavra
Enfrentando o Reino de Satans
Entenda e No Tema
Ainda H Lugar para a Doutrina Objetiva
A Orao Agressiva Vence Novamente
talvez Haja Necessidade de um Confronto Audacioso
Desafiando os Impedimentos de Satans ao
Reavivamento
O Equipamento para o Conflito
O Conflito Atravs de Nossa Unio
Bibliografia
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APRESENTAO
Quando eu e Mark Bubeck estvamos para colar grau no Moody
Bible Institute, h vinte e cinco anos, parecia que quase ningum
no sofisticado mundo ocidental cria no diabo, com exceco dos
crculos catlicos mais fechados e dos fundamentalistas. cincia
que estava na moda, enquanto as sesses espritas eram relegadas
aos videntes excntricos considerados neurticos demais para enfrentarem a realidade. Endossar a crena em Satans era o
equivalente a crer em fadas e bruxas, no bicho-papo e nos anjos
da guarda. Os secularistas achavam que, quando a sociedade
pudesse contar com um nmero suficiente de psiquiatras que
eliminassem, de um lado, as depresses, e as alucinaes irracionais do outro, ficaria livre dos males que desequilibravam o
progresso do homem na direo de sua utopia auto-proclamada.
O homem tem necessidade de adorar. Voltando as costas para
Deus, ele continua com aquilo que alguns chamam de "o espao
vazio com a forma de Deus" dentro dele. E o diabo, que o homem
expulsou atravs da janela da mente, volta ento com estrondo
atravs da porta do seu corao. Hoje ele est em toda parte. E o
que ns considervamos ser monoplio especial dos povos primitivos como os brbaros pagos do Congo ou os selvagens das
jangais de Bornu mudou-se para os bairros elegantes. A
macumba, a cartomancia, a magia negra, a feitiaria, a comunicao com os espritos por meio de batidas, o espiritismo com
seus mdiuns, as clnicas de parapsicologia (que geralmente no
passam de sesses espritas onde os professores tomam o lugar dos
mdiuns) esto por toda parte. No se considera coisa autntica introduzir o cristianismo de maneira clara nos meios acadmicos,
mas o diabo para ele se estendeu um tapete vermelho! Cidados
endemoninhados parecem hoje em dia estar no auge da moda.
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PREFACIO
"Considera os meus inimigos, pois so muitos e me abominam
com dio cruel." (SI. 25:19.)
AQUELES QUE ESTO FAMILIARIZADOS com os salmos de
Davi perceberam quantas vezes ele comentou com Deus a respeito
de seus inimigos. s vezes tinha em mente aqueles inimigos tangveis do campo de batalha, mas com mais frequncia Davi parece
referir-se aos inimigos espirituais. O Salmo 25 revela que ele sabia
que tinha problemas espirituais. "Alivia-me as tribulaes do
corao" (v. 17). Os cristos da atualidade precisam desse tipo de
sensibilidade espiritual em relao aos seus inimigos.
A questo do agressivo conflito espiritual contra o mundo, a
carne e o diabo est se tornando cada vez mais importante. Muitas
pessoas esto se entregando a uma desenfreada indulgncia para
com os pecados da carne. O esplendor e a atrao do sistema mundano continuam incentivando ao conformismo. Satans e o seu
reino lutam incessantemente contra os crentes e contra todo o
programa de Deus. O propsito deste livro ajudar os crentes a
conhecerem as respostas bblicas para saberem como lidar com os
nossos inimigos.
A nfase primria deste livro est na instruo espiritual prtica
e no na exortao terica. Os cristos precisam saber como combater o bom combate. A nfase foi colocada sobre o uso da verdade
objetiva e absoluta da Palavra de Deus, e no nas experincias subjetivas. Atribui-se a Martinho Lutero esta quadrinha que expressa
bem a investida deste livro:
Sentimentos vm e vo
Mas s podem enganar;
Minha garantia a Palavra
Em nada mais posso acreditar
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INTRODUO
OS CRENTES esto sendo sacudidos e despertados para a
realidade de sua participao em um conflito espiritual. Este conflito promete intensificar-se conforme a volta de nosso Senhor for
se aproximando. O renovado interesse nas diversas formas do
ocultismo muito mais ameaador do que qualquer outra novidade passageira. Tudo, desde as vendas astronmicas das tbuas
medinicas at adorao descarada de Satans, evidencia o interesse crescente na explorao do sobrenatural. Mais depressa do
que a maioria de ns poderia perceber, as perguntas que as pessoas
fazem e as filosofias nas quais as pessoas crem esto mudando. Os
homens j no debatem, principalmente, o fato de algum ser ou
no supernaturalista. Atualmente o debate do homem centralizase em se voc um. "supernaturalista bblico", ou um "supernaturalista investigante" que deseja experimentar os fenmenos
ocultos nos diversos ramos da feitiaria e da bruxaria. Numerosas
universidades seculares esto atualmente oferecendo cursos srios
sobre o ocultismo.
Para enfrentar este envolvimento franco do mundo com o
ocultismo, nosso Senhor tem chamado numerosos escritores para
darem o alarme. Os cristos deveriam dar as boas vindas ao crescente numero de livros que esto sendo publicados por cristos
evanglicos e bblicos sobre o reino de Satans e como ele se
relaciona com os cristos. Muitos desses livros foram mencionados
na bibliografia deste livro e so recomendados para leitura e estudo. Os estudos bblicos sobre os mtodos e planos de Satans
devem ser acompanhados pelas oraes dos crentes que se preocupam com a sua responsabilidade de combater "o bom combate
da f" (I Tm. 6:12). A doutrina bblica sobre o mundo decado das
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A PERSPECTIVA BBLICA
DO CONFLITO
"Porque a nossa lota... ... contra os principados e potestades,
contra os dominadores deste mundo tenebroso." (Ef . 6:12.)
"O DIABO OBRIGOU-ME A FAZ-LO!" uma declarao que
ouvimos com frequncia hoje em dia. Comediantes, cartazes, parachoques e distintivos mantm o tema vivo. A maior parte das pessoas acha graa e sorri desta tentativa do homem de excusar-se assim de qualquer participao nos seus pecados. Corno o homem
gostaria de afastar por meio de brincadeiras o problema do pecado, da misria e do tormento que ele geralmente provoca!
Tal leviandade para com Satans e seu papel nos pecados do
homem uma sutil estratgia satnica contra ns. O prncipe deste
mundo encarrega-se de manter o mundo que controla rindo dele
com indiferente leviandade. Os cristos jamais deveriam participar
de brincadeiras sobre Satans ou o inferno. Embora os crentes
devam tomar o cuidado de no atribuir responsabilidade de
Satans todo o mal que fizerem, devemos, com viso bblica, tomar
conhecimento do espantoso poder que o reino de Satans tem para
nos influenciar.
Os maiores servos de Deus sempre tm concordado sobre o espantoso poder de Satans e seu reino e a completa vitria sobre o
reino de Satans que est disposio de todos os crentes atravs
da poderosa Pessoa e obra de nosso Senhor Jesus Cristo.
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Judas nos adverte contra os mestres apstatas que so "sonhadores alucinados" e que jmrticipam da loucura de rejeitar o
"governo, e difamam autoridades superiores" (Judas 8). Ele prossegue, dizendo que nem mesmo o arcanjo Miguel atreveu-se a
julgar Satans, mas pediu ao Senhor que o repreendesse (v. 9).
Um estudo cuidadoso das epstolas de Paulo revela logo a
profundeza de entendimento que o Esprito Santo concedeu aos
apstolos quanto necessidade de se enfrentarem com sabedoria o
conflito espiritual. O livro de Efsios o manual neotestamentrio
do conflito espiritual. Paulo termina esta epstola focalizando algo
que parece tornar a vitoriosa guerra espiritual, contra Satans, em
importante chave para a mensagem de toda a epstola. A capacidade do cristo, de desfrutar dos sublimes benefcios espirituais
apresentados nos primeiros cinco captulos e meio, depende de ele
estar forte no Senhor e no seu conflito em andamento contra
Satans e o seu reino.
Martinho Lutero tambm percebeu a necessidade de um conflito
agressivo e biblicamente sadio contra Satans e o seu reino. Aceitase tradicionalmente que Lutero realmente estava consciente da
presena de Satans na ocasio em que jogou sobre ele o seu tinteiro. No temos dificuldade em crer nessa tradio quando cantamos as palavras de seu grande hino:
Castelo forte nosso Deus,
Espada e bom escudo:
Com seu poder defende os seus
Em todo transe agudo.
Com fria pertinaz
Persegue Satans,
Com artimanhas tais
E astcias to cruis,
Que iguais no h na terra.
A nossa fora nada faz,
Estamos, sim, perdidos;
Mas nosso Deus socorro traz
E somos protegidos.
Sabeis quem ? Jesus,
O que venceu na cruz,
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to exige que o cristo se familiarize com essa lista para que possa
identificar sua tentao e aplicar o remdio bblico que Deus prescreveu. Se a nossa carne o nosso problema, melhor que a enfrentemos honestamente sem tentarmos culpar a Satans, o mundo
ou qualquer outro bode expiatrio. Se no compreendermos a fonte da tentao, no saberemos que remdio espiritual de Deus
devemos aplicar. A lista dos pecados carnais e das tentaes mencionada nas passagens acima parece que se destina a uma rpida
identificao do tipo de tentao que est operando contra ns.
Vamos examinar a lista que Gaiatas 5 nos apresenta. O texto
comea com a ousada declarao: "Ora, as obras da carne so
conhecidas, e so:" (v. 19). O apstolo, pela orientao do Esprito
Santo, faz uma lista de como a carne opera contra ns e luta contra
o esprito regenerado do homem. Os primeiros itens da lista especificam os pecados morais de natureza sensual e sexual e ento
partem para as reas que causam conflitos e problemas de natureza muito grave.
Adultrio (cf. Mt. 15:19; Mc. 9:21). Isto refere-se aos pensamentos ou atos de imoralidade depois do casamento. O adultrio brota
de um desejo egosta e carnal de gratificao fsica sem responsabilidade espiritual. O adultrio expressa rebeldia da carne contra
a lei divina da pureza e ataca a santidade do casamento (Hb. 13:4).
Fornicao (cf. Mc. 7:21). Este pecado da carne a violao da
lei moral de Deus antes do casamento. A fornicao provm do
desejo carnal de gratificar os apetites sexuais sem a responsabilidade do casamento e sem a aprovao divina. No h lugar ou
desculpa para a fornicao no plano de Deus (I Co. 6:13,18).
Impureza (cf. Mc. 7:21). Este pecado inclui uma extensa srie de
pecados morais. Pensamentos maus ou impuros, histrias sujas,
desejos concupiscentes, o gosto pela pornografia ou o desejo de
olhar figuras ou filmes impuros devem certamente ser includos. A
impureza resulta do desejo carnal de gratificar o apetite sexual!
atravs dos pensamentos e palavras em conflito com a santa natureza de Deus e o plano divino.
Lascvia (cf. Mc. 7:22). Representa a prtica de despertar desejos
libidinosos que no podem ser satisfeitos dentro dos limites da
aprovao divina. H quem seja lascivo quanto sua roupa, seu
modo de falar, seu modo de rir, seu sorriso, seus olhos, seus gestos
fsicos, sua modstia e assim por diante. Este pecado brota do
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bico me assaltam de um lado, a cobia e a malcia perturbam-me do outro; to depressa, 6 Senhor, as inclinaes da
carne quase suprimem a operao do Teu Esprito... Em nada
do que eu disse eu me deleito; mas estou perturbado, e isso
fere o anseio de meu homem interior que solua por causa de
minha corrupo e s repousa em Tua misericrdia, a qual eu
reivindico e a promessa que Tu fizeste a todos os pecadores
penitentes de cujo nmero eu professo ser um (1).
Assim, bem no fim de sua vida, John Knox, o grande homem de
Deus, ainda enfrentava o conflito com a sua carne. Nas palavras
acima ele tambm revela o arrependimento e a confiana que tem
no Senhor para continuar batalhando contra a sua carne na luta
espiritual. Ele era agressivo contra sua natureza decada.
Em perodo anterior de sua vida ele escreveu o "Tratado sobre a
Orao", no qual se refere aos seus dias de escravo sentenciado s
gals por causa da reforma que pregava. Ele disse:
Eu sei como a batalha entre a carne e o esprito difcil sob a
pesada cruz da aflio, quando no h nenhuma defesa temporal mas s a morte parece estar vista. Eu conheo os
queixumes rancorosos e os resmungos da carne. Eu conheo a
clera, a ira e a indignao que ela concebe contra Deus, pondo em dvida todas as Suas promessas, ficando a cada momento pronto a afastar-nos de Deus, contra o que s resta a f;
levando-nos a clamar ardentemente e a orar pela assistncia
do Esprito de Deus, no que, se persistirmos, Ele transformar
as nossas mais desesperadas calamidades em alegria e prosperidade(2).
claro que percebemos a sombra de Romanos 7 e 8 nas experincias de John Knox quando lutou contra a carne e experimentou a vitria do Esprito. Tal conflito extremo com a carne da experincia de todos os santos de Deus. Quanto mais algum cresce
na direo da maturidade espiritual e das ricas graas de Deus,
1. Bessie G. Olson, John Knox A Great Intercessor, Hall of Fame Series (Ds
Moines; Walfred, 1956), pgs. 45-46.
2. Ibid., pg. 12.
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harmonia com a posio das Escrituras e sua nfase dada responsabilidade do homem.
Esta observao bastante sbria, ento, indica que a indulgncia obstinada nos pecados da carne sem a reivindicao de nossa
posio de vitria no Senhor Jesus Cristo pode causar uma escravido para com Satans. Chega um momento em que a prtica
de um determinado pecado da carne pode levar de um pecado da
carne a outro pecado controlado e ditado pela atividade satnica e
demonaca. Isto significa que o desejo compulsivo, interior, da
velha natureza junta-se a um forte esprito dos poderes demonacos
que comea a governar um determinado setor do comportamento
do crente. Quando a iniquidade espiritual consegue um ponto de
apoio em uma determinada vida, procura avanar, desenvolvendo
toda uma hierarquia de poderes das trevas contra a vida da pessoa.
Discutiremos mais este fenmeno do conflito espiritual nos captulos seguintes, mas mencionamos aqui o suficiente para nos advertir da urgente necessidade da vitria sobre nossa carne. O
fracasso em reivindicar a vitria obtida por nosso Senhor leva a um
conflito mais profundo e mais srio e derrota.
Como eu veno a carne? A maioria dos cristos admite prontamente sua batalha com os pecados da carne conforme relacionados em Gaiatas 5. A indulgncia nos pecados da carne significa
grande misria tanto para o pecador como para o santo. O homem
do mundo que se entrega aos apetites de sua velha natureza
provavelmente experimentar a tragdia de algum ambiente
srdido. A entrega aos pecados da carne sempre leva o crente a se
afastar da vontade de Deus para a sua vida. A indulgncia para
com os pecados da carne pode levar algum a ficar to preocupado
com o orgulho da posio, a aquisio de posses, ou a busca do
prazer que sua vida passa a focalizar apenas as preocupaes do
ego. So trs os passos da vitria sobre a carne que foram apresentados em Gaiatas 5 e outras passagens do Novo Testamento que
falam deste inimigo.
O primeiro passo uma posio de honestidade (Mc. 7:21-23;
Gl. 5:17-21). Deveria ser bvio a todos ns que uma das razes
para se fazer uma lista desses pecados da carne ou pecados de nosso corao pecaminoso, conforme apresentada na Palavra, a importncia de sermos honestos conosco mesmos. Nem todos sofremos tentaes de cada um desses pecados em intensidade
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igual.Um pode ter poucos problemas com as tentaes da impureza, mas tem de travar verdadeira batalha com os cimes ou
com a ira. Outro talvez tenha poucos problemas com os cimes,
mas sofre terrveis derrotas quando se trata da tentao para a
bebedice e a glutonaria. Em algum lu^ar desta lista dos pecados da
carne, cada crente ver a si mesmo. E isto exatamente o que o Esprito Santo quer. Ele quer que sejamos honestos. Ele quer que
vejamos e admitamos nossa velha e depravada natureza carnal. Ele
quer que tenhamos conscincia diria de que o velho homem deve
morrer. Deus jamais se ocupou em reformar o homem natural.
Deus apenas nos regenera e nos torna novas criaturas. Alguns
crentes se ocupam em tentar reformar sua velha natureza. Ficam
perturbados porque continuam vendo to grande potencial de
maldade dentro deles. Contudo um dos mais absolutos requisitos
prvios para uma vida crist vitoriosa ver e conhecer a velha
natureza em seu fracasso depravado. Temos de desistir totalmente
de qualquer pensamento de algum dia reformar esta velha natureza depravada.
Assim, o primeiro e importanfe passo para a vitria sobre a
carne a capacidade de ser honesto. Temos de ver e admitir os
pecados da carne que constituem nossa peculiar tentao e
derrota. No tente atenu-los. No tente escond-los, nem tente
convencer a Deus que eles no existem. Antes, importante pedir
ao Esprito Santo que lhe mostre os pecados da carne em toda a
sua chocante feira. At que haja essa honestidade, voc prosseguir sendo vtima de sua carne e estar dando lugar a Satans.
Deus est muito convencido de nossa depravao e dos pecados de
nossa carne, e Ele quer que ns tambm nos convenamos disso.
Isto importante antes que estejamos dispostos a dar o passo
seguinte.
O segundo passo para alcanarmos a vitria sobre a carne a
sua mortificao (Rm. 6:1-13; Gl. 2:20; 5:24). "E os que so de
Jesus Cristo crucificaram a carne, com as suas paixes e concupiscncias." (Gl. 5:24.) "Assim tambm vs considerai-vos mortos para
o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus." (Rm. 6:11.)
Qualquer vitria no conflito espiritual se alcana atravs de um
fato objetivo e no atravs de sentimentos subjetivos. Este ponto
ser destacado com frequncia nestas pginas. A f sempre pro36
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algum possa ter recebido do Esprito Santo. Satans um imitador hbil e capaz da obra de Deus, e jamais ele engana mais do
que na rea dos sentimentos e experincias. Atravs da mirade de
seus seres espirituais, ele capaz de imitar e proporcionar sentimentos e experincias que podem ser muito parecidos com os sentimentos que acompanham a obra do Esprito Santo. Muitas pessoas que me tm procurado, encontrando-se sob a escravido de
algum negro poder de Satans, colocaram-se sob essa escravido
quando buscavam uma experincia com o Esprito Santo que elas
pudessem interpretar como sendo o batismo do Esprito Santo.
Passei por esse perigo em minha prpria vida numa experincia
muito vvida e pessoal, no comeo do meu ministrio. Numa
ocasio quando passava por um prolongado perodo de orao em
favor da transmisso de certa mensagem, senti que devia rogar a
Deus poder para minha vida e uno do Esprito Santo que me
capacitassem a transmitir a Sua Palavra com poder. Nessa ocasio
Deus me respondeu com uma maravilhosssima experincia. A
presena de Deus parecia fluir sobre mim como um hlito aconchegante e luminoso. As emoes fluam atravs de meu corpo
como uma descarga mansa e revivificante. Muitas pessoas que tm
buscado um contato mais profundo com Deus em orao tm testemunhado de experincias semelhantes s vezes. Depois dessa experincia com o Senhor, falei com poder e uno fora do comum
naquela ocasio.
Contudo, surgiu um problema em minha vida, quando descobri
que estava buscando com tal experincia uma evidncia da uno
de Deus quase sempre quando era convidado para falar. Posso me
lembrar de uma dessas ocasies quando os resultados depois das
emoes foram realmente desanimadores. A mensagem foi transmitida com grande dificuldade e total falta de liberdade. Comecei
a perguntar ao Senhor por qu. E foi-me revelado, depois de
meditar na Palavra, que eu estava comeando a funcionar na
dependncia de emoes e experincias e no dos fatos e da f.
Fiquei impressionado ao ver que, quando Satans se aproxima, as
reaes emocionais e sentimentais do corpo podem ser muito
parecidas com as que experimentamos na presena do Esprito
Santo. Elifaz, o amigo de J, testifica deste fato em J 4:15, dizendo: "Ento um esprito passou por diante de mim; fez-me arrepiar
os cabelos do meu corpo."
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oposto sua vocao. "Pois a nossa ptria est nos cus, de onde\
tambm aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo." (Fp. y
3:20.)
Como lidaremos com o mundo na qualidade de nosso inimigo?
Como reconheceremos o que o mundo ? O mundo est muito
claramente definido nas Escrituras como inimigo ativo dos cristos. E um inimigo que devemos enfrentar agressivamente em nosso conflito espiritual.^) Esprito Santo d aos crentes a ordem im- l '
periosa: "No ameis o mundo nem as coisas que h no mundo. Se
algum amar o mundo, o amor do Pai no est nele." (I Jo. 2:15.) O /
^Senhor Jesus lembrou aos seus discpulos: "Se vs fsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu: como, todavia, no sois do
mundo, pelo contrrio dele vos escolhi, por isso o mundo vos
odeia." (Jo. 15:19.))
So trs as palavras gregas que s vezes so traduzidas pela
palavra mundo. A palavra grega oikoumene geralmente usada
indicando o mundo habitado ou a terra onde vivemos. A palavra
aion , s vezes, traduzida por "mundo", mas com mais frequncia
por "sculo", dando a entender a era na qual vivemos (Rm. 12:2; II
Co. 4:4; Gl. 1:4). s vezes esta palavra descreve a filosofia
ou o sistema de ideias que caracteriza uma era em particular e nesse sentido um inimigo a ser derrotado. Em tais casos, aion
quase intercambivel com o significado de nossa prxima palavra,
kosmos.
A palavra mais usada no grego para descrever o nosso inimigo, o
mundo, a palavra kosmos. Esta palavra usada principalmente
para descrever a ordem ou o sistema que governa esta terra habitada. um sistema espiritual de coisas que se opem a Deus e ao
Senhor Jesus Cristo. A palavra kosmos muito complexa e difcil
de definirEm Joo 3:16 diz-se que Deus ama este mundo (kos- y
ms), mas em I Joo 2:15 os crentes recebem a ordem especfica de J
no amarem o mundo (kosmos). O contexto tem de nos dizer, em
tais casos, qual o sentido pretendido para a palavra mundo ou kosmos. s vezes pode indicar a terra ou o mundo fsico; em outras o
mundo ou os seres humanos, ou, mais comumente, todo o sistema
mundial sobre o qual reina Satans (Jo. 12:31; I Jo. 5:19). Sendo
nosso inimigo, o mundo todo um sistema organizado, formado de
variadas e mutantes filosofias sociais, econmicas, materialistas e
religiosas, que se expressam atravs das organizaes e perso46
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Nossa famlia est tentando amar e ajudar a uma linda e encantadora jovem de vinte e dois anos de idade. Contudo, ela tem um
problema chocante. Est viciada em drogas perigosas. Desde os
seus dezesseis anos est usando drogas em abundncia. Foi criada
em uma famlia abastada num dos bairros mais elegantes de
Chicago. Teve todas as vantagens que o mundo poderia lhe
oferecer. Seus talentos para a msica, artes e patinao no gelo
foram desenvolvidos a um grau de excelncia fora do comum. Ela
ainda toca piano com um sentimento e beleza raros. Mas, eis a, est viva aos vinte e dois anos de idade. Seu marido morreu no
ltimo ms de julho por causa de uma dose excessiva de drogas.
Ela j passou por muitos hospitais, fazendo tratamento devido a
doses excessivas e tentativas de desentoxicao, para livr-la do
vcio. At o presente momento, sempre tornou a voltar s drogas.
Naturalmente, ela no tem capacidade de cuidar de sua filhinha de
trs anos de idade. Seus grandes dotes e inteligncia so desperdiados pelas ruas da cidade em uma tentativa intil de obter mais
drogas a fim de aliviar a sua dor. Os pais sucumbidos j tentaram
de tudo, mas seus maiores esforos lhes tm custado milhares e
milhares de dlares sem qualquer resultado aparente. Qual o
problema? Qual a causa da dolorosa condio desta moa?
Certamente a carne tem o seu papel na situao, particularmente
no comeo da histria. Satans tambm deveria estar trabalhando
para aprisionar essa criatura por quem Cristo morreu. Contudo, o
inimigo principal que contribuiu mais para a sua agonia parece ser
o mundo. O sistema de valores do mundo deformou seus objetivos
e alvos. A spera msica do mundo corrompeu sua mente e
emoes. O sistema de justia do mundo permitiu que ela adquirisse as drogas livremente e vontade dos fornecedores. A indiferena descurada do mundo para com o tratamento das vtimas
de drogas deixou que o seu problema continuasse sem soluo. O
mtodo do mundo de tratar as vtimas de drogas nffo fornece valores
espirituais. O sistema do mundo, onde reinam a corrupo e o
suborno, que permite que o comrcio das drogas opere, faz dela
uma consumidora indispensvel. E assim continuam os problemas
que o mundo criou e fomenta.
Esta querida jovem s tem uma esperana. S a vitria que Deus
providenciou sobre o mundo, a carne, e o diabo poder libert-la.
Ela deu uma profisso de f e mesmo que o problema continue sem
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A ESPADA DO ESPIRITO
CONTINUA SENDO A PALAVRA
"Procura apresentar-te a Deus, aprovado, como obreiro que no
tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade." (D Tm. 2:15.)
A PALAVRA DE DEUS o nico manual inspirado que temos
para enfrentar o conflito espiritual. Outros livros s tm utilidade
quando esto em harmonia com a Palavra de Deus. So as Escrituras, devidamente consultadas e aplicadas, que nos garantem a
vitria. A guerra espiritual deve ser fundamentada e firmada sobre
o amplo uso da Bblia. Neste captulo vamos sugerir algumas vias
de acesso Bblia que deveriam constituir uma parte do conflito de
todos os crentes.
Primeiro, em importncia, deveria ficar um programa de memorizao das Escrituras e meditao sobre as mesmas. Depois de
partilhar conosco da importncia de reivindicarmos nosso descanso e nossa paz no Senhor, Hebreus 4:12 chama a nossa ateno para
a Palavra que no-lo garante: "Porque a palavra de Deus viva e
eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e
penetra at ao ponto de dividir alma e esprito, juntas e medulas, e
apta para discernir os pensamentos e propsitos do corao."
No se pode deixar de perceber o poder da Palavra de Deus de
operar dentro de ns. Ela introduz sua vida e o seu poder operante
em ns se lhe permitimos que penetre como uma espada. Ela opera
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ENFRENTANDO O REINO DE
SATANS
"Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar
firmes contra as ciladas do diabo." (Ef. 6:11.)
CENTENAS DE PESSOAS FAZEM FILA PARA VER "O
EXORCISTA". OS PSIQUIATRAS ADVERTEM DO PERIGO
DE ASSISTIR "O EXORCISTA". No consigo me lembrar de
qualquer filme que tenha tido uma tal cobertura nos jornais como
"O Exorcista" est recebendo. Este filme sensacionalista e amedrontador sobre Satans e a possesso demonaca provocou na
Amrica do Norte um impacto emocional atordoante.
"Pastor, o senhor tem de dizer alguma coisa do plpito sobre este filme, O Exorcista. Todos o comentam e muitos vo v-lo levados
pela curiosidade. As pessoas com as quais eu trabalho ficaram
completamente arrasadas depois de ver o filme."
"Pastor, poderamos realizar um seminrio para nossos filhos e
os jovens sobre os perigos de se envolverem com todo esse ocultismo? Meus filhos esto realmente confusos. Todos os colegas na escola esto falando sobre suas novas experincias com o mundo dos
espritos. Eu acho que devemos informar nossos filhos sobre o que
a Bblia diz a respeito dessas coisas."
"O senhor j viu o fluxo de comerciais na televiso fazendo a
propaganda desta nova revista sobre feitiaria? No poderamos
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fazer algo em nossa igreja para impedirmos esta promoo descarada do programa de Satans?"
As pessoas falam profundamente preocupadas sobre este novo
interesse pelo mundo do ocultismo. Esse interesse espalhou-se
como uma epidemia. Velhos e jovens esto procurando obter literatura sobre o ocultismo vendida nas livrarias. Este crescente interesse pelo reino de Satans est levando as comunidades crists a
sentirem o seu impacto alm do sistema do mundo.
Satans e o reino das trevas sobre o qual ele reina apresentam
desafio constante e uma ameaa eficincia e estabilidade dos
cristos. minha convico que se o nosso Senhor retirasse de ns
Sua proteo e defesa ainda que fosse por um momento, Satans
no hesitaria em nos matar. Ele no ganhou o ttulo de homicida
sem bons motivos. Nas provaes de J, o Senhor especificamente
impediu que Satans tirasse a vida de J, indicando que este servo
justo teria sido morto se o Senhor no tivesse restringido a ao de
Satans.
Quando os crentes consideram seu conflito com Satans, so
dois os extremos que devem ser cuidadosamente evitados. O
primeiro extremo a tendncia de ignorar este inimigo e tratar
com leviandade toda a questo da demonologia. Uma das astutas
estratgias de Satans manter-nos em ignorncia quanto ao seu
poder e operao. Um pastor amigo meu declarou-me certa vez a
sua convico de que se ele simplesmente se ocupasse do evangelho, da conquista de almas e da Pessoa do Senhor Jesus Cristo,
no teria de se preocupar muito com Satans. Tal ponto de vista
parece muito piedoso e espiritual, mas muito anti-bblico e
perigoso. Todo crente que determina ocupar-se com o evangelho, a
conquista dos perdidos e o conhecimento do Senhor Jesus Cristo
passar a ser um alvo certo de Satans. Ignorar as armas de nossa
guerra espiritual fornecidas pelo Senhor para serem usadas contra
Satans e o seu reino suicdio espiritual. Logo nos defrontaremos
com o desastre espiritual se pretendemos ignorar este inimigo.
O outro extremo a ser evitado a preocupao demasiada com
Satans e o seu reino. da estratgia de Satans tornar-nos mais
cnscios e atentos a Satans e o seu reino do que estamos para com
o nosso Pai celestial, o Senhor Jesus Cristo e o bendito Esprito
Santo. A grande nfase da Palavra de Deus est sobre a vitria
consumada que nossa para apropriao e reivindicao atravs
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ENTENDA E NO TEMA
"Porque Deus no nos tem dado esprito de covardia, mas de
poder, de amor e de moderao." (II Tm. 1:7.)
"REIVINDICANDO TODA A MINHA AUTORIDADE sobre
voc atravs de minha unio com o Senhor Jesus Cristo, eu lhe
ordeno que revele como voc foi capaz de obter o controle na vida
desta pessoa. Eu o coloco diante do sangue de Cristo e ordeno que
me diga."
"Ela est com medo. Ns a amedrontamos. Ela est cheia de
medo."
" isto que voc reivindica contra esta filha de Deus? Voc pode
atorment-la e fazer sua obra destrutiva nela por causa do medo?"
"Sim, ela tem medo o tempo todo, e ns podemos operar atravs
do medo."
Esta conversa foi reproduzida quase ao p da letra at onde posso me lembrar dela e segundo anotaes que fiz durante uma
agressiva confrontao com os poderes das trevas que atormentavam a vida de uma crist. Atravs de suas faculdades, a resposta
desses inimigos espirituais foi muito definida e forte. Reivindicando a vitria de nosso Senhor Jesus Cristo, ela foi libertada da praga
dessa sua atividade persistente.
O medo no vem de Deus. O Esprito Santo no nos amedronta;
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87
minha vitria sobre a carne, eu cedo terreno a Satans. Este inimigo est sempre tentando ter vantagens sobre ns, o que em essncia significa que com a nossa mente, vontade ou emoes, ou todas
as trs, rejeitamos a verdade divina e seguimos mentira de Satans. A mentira pode ser to sutil como se fosse uma coisa inconsciente. Isto como abrir a porta de sua vida, deixando que o ladro, que vai roubar e ferir voc, entre nela (Ef. 4:27). O emissrio de Satans tentar obter ajuda para fazer a mudana, e eles
procuraro impor a voc em determinadas reas o que deve sentir,
pensar ou agir. Eles at procuraro aumentar suas reas de controle atravs de mais mentiras e mais diminuio de sua prpria
vontade, substituindo-a pela deles. So seres espirituais verdadeiros que tm mente, vontade e emoes prprias. Eles querem
que voc sinta com as emoes deles, pense os pensamentos deles e
queira fazer o que eles querem. Eles so to astutos que quase
impossvel separar sua prpria mente, vontade e emoes das deles.
Ajudando as pessoas a se libertarem de profunda aflio demonaca, tenho visto algumas delas radicalmente mudadas quando
os poderes dominadores so enviados para o lugar para onde o
Senhor Jesus Cristo os envia. Os pensamentos que atormentam
suas mentes cessam, os sentimentos que agitam suas emoes
vo-se, e a vontade que controla sua vontade quebra-se. O crente,
assim libertado, desfruta de uma nova liberdade de submeter-se ao
controle e obra da plenitude do Esprito Santo.
A melhor maneira de descrever este problema a de reconheclo como sendo a forma mais intensiva de aflio demonaca que o
cristo pode enfrentar. A nica maneira pela qual este problema
intensivo pode ser resolvido dirigir as armas de nosso conflito espiritual diretamente contra esses intrusos e for-los a irem embora. s vezes o uso agressivo da orao, a aplicao das doutrinas
da Palavra de Deus, o louvor ao Senhor, e outros empregos ativos
de tudo o que temos em Cristo suficiente para interromper o controle e o domnio de qualquer aflio demonaca dessa natureza.
Noutras vezes, um desafio direto ou o exerccio da autoridade sobre
tais poderes intromissores se faz necessrio. Os mtodos da luta espiritual contra o reino das trevas ser discutido em captulos posteriores. E propsito deste nosso estudo mostrar que as foras
demonacas de Satans podem afligir o cristo to profundamente
que afetam seus corpos, orientam certas atitudes da sua mente,
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Eu respondi citando uma passagem das Escrituras e com algumas palavras assegurei-lhe que Deus o compreendia, que estava
pronto a perdoar e a nos ajudar quando o buscamos com sinceridade. Ento, com todo o cuidado e orando silenciosamente,
perguntei: "O senhor j considerou a possibilidade de esta escravido ser demonaca?"
Houve um silncio durante alguns minutos no outro extremo da
linha. Mais tarde ele me contou que, ao ouvir essa pergunta, foi
tomado de uma onda de furor que vinha e passava, mas no fundo
do seu ser nasceu a primeira centelha de esperana em muitos
anos.
"Mas eu sou cristo", ele protestou. "N"o podem ser demnios,
no mesmo?"
Eu lhe expliquei que no tinha certeza que fossem, mas que em
minha limitada experincia, sentia que podiam ser. Orei com ele,
amarrando todos os poderes satnicos que estavam tentando destru-lo, e embora ele se recusasse a me dar o seu nome, eu lhe
sugeri que me procurasse no dia seguinte. Ele o fez, e ns conversamos diversas vezes. O problema indicava muitos sintomas de
atividade demonaca. Nessa ocasio, eu no desejava ainda aceitar
o desafio e o enviei a um amigo meu que j experimentara vitrias
sobre tais controles demonacos. Quatro poderes malignos revelaram sua presena. Um deles tinha o nome idntico ao problema do homem. O nome de outro era suicdio. Esses poderes
receberam a ordem de sair e ir para o abismo, o que fizeram. Uma
libertao maravilhosa do problema foi o resultado e toda uma
vida nova abriu-se diante dele, a qual ele est atualmente desfrutando com sua esposa e famlia.
Temos vitria sobre todos os inimigos a enfrentar, em nosso
Senhor Jesus Cristo. Vamos reivindic-la e us-la.
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Uma das melhores maneiras de empregarmos as sadias doutrinas bblicas naquilo que gosto de chamar de orao doutrinria. A compreenso desta verdade tem continuado a crescer em
minha prpria vida at que grandes perodos do tempo que passo
em orao foram devotados reivindicao e aplicao das grandiosas doutrinas da Palavra de Deus. Desde que Deus abriu os
meus olhos para a importncia desse uso agressivo da doutrina na
minha vida de orao e jornada quotidiana, minha prpria vitria
em Cristo tem sido grandemente beneficiada e intensificada.
A orao doutrinria a prtica da orao ou a aplicao das
verdades objetivas e absolutas da Palavra de Deus como esperana
e fundamento para a resoluo de nossos pedidos de orao. Deus
se agrada quando oramos usando a Sua Palavra, reivindicando
Seus atributos, promessas e obra redentora como base de nossa f
em que Ele atender. E bvio, por exemplo, que muitas das
oraes do salmista fluram dos sentimentos subjetivos, fracassos e
necessidades emocionais daquele que orava. A esperana e a
soluo das oraes, entretanto, est sempre baseada sobre os absolutos objetivos dos atributos e do carter de Deus conforme
revelados em Sua Palavra (veja SI. 51; 86; 102). A esperana da
resoluo dos problemas e das necessidades subjetivos caber sempre aplicao da verdade objetiva de Deus para resoluo
daqueles problemas e necessidades.
Qualquer pessoa que lida com aqueles que esto perturbados
com profundas aflies demonacas conhece a importncia vital do
uso sbio da verdade divina contra os poderes demonacos. Recentemente eu me esforava em ajudar a um jovem a se libertar dos
poderes demonacos que tinham um domnio destruidor em sua
vida. Atravs de suas faculdades estive em confronto direto com
um demnio rabujento, cruel, grosseiro e vulgar que tinha o nome
igual ao sobrenome deste jovem. Este poder maligno era muito
comunicativo. Constantemente ameaava e insultava a mim, ao
jovem e a outra pessoa que trabalhava comigo na confrontao.
Depois de retomar o terreno que ele reivindicava do jovem, continuei ordenando-lhe que sasse e fosse para o lugar para onde o
Senhor Jesus Cristo o enviasse. Era muito obstinado em recusar-se
a ir. Eu continuei citando a verdade divina contra ele, mas mesmo
enfraquecendo, ele continuou recusando-se a ir. Estvamos perto
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porque eu estou assentado com Ele. Por causa de minha unio com
o meu Salvador, eu afirmo minha total autoridade e posio de
vitria sobre Satans e todo o seu reino de trevas.
Pela f eu me aproprio dos benefcios e bnos de minha unio
com Cristo em Sua glorificao. Eu me regozijo porque posso escolher obedecer a Ele que o meu Pastor. Eu Te peo que guies
pelos Teus caminhos no dia de hoje. Sendo o meu grande Sumo
Sacerdote, eu me aproprio de Sua obra sumo-sacerdotal em minha
vida no dia de hoje. Obrigado, Senhor Jesus Cristo, por intercederes por mim e por seres o meu advogado diante do Pai celestial.
Obrigado por me guardares e me orientares, para Satans no poder
tomar vantagens sobre mim. Garante-me sabedoria para discernir
todas as mentiras e tentaes do diabo.
Pela f convido a Pessoa do Esprito Santo a colocar a plenitude
de Sua Pessoa e a obra do meu Senhor em todas as reas do meu
ser. Peo ao Esprito Santo que encha a minha mente, minha vontade e minhas emoes com o Seu controle. Eu quero que Ele
coloque todas as partes do meu ser em unio e submisso ao Senhorio de Cristo. Entrego o meu corpo em todas as suas partes e
apetites ao controle e transformao do Esprito Santo. Eu quero
que Ele capacite o meu esprito a ficar em comunho com o Pai, o
Filho e o Esprito Santo atravs deste dia. Eu ofereo esta orao
ao Pai celestial no nome do Senhor Jesus Cristo, com ao de
graas. Amm.
Termino esta orao-modelo neste ponto, confiando que aquilo
que entendo por orao doutrinria comece a se tornar claro ao
leitor. Maior aplicao da doutrina na orao ser desenvolvida no
prximo captulo. Eu confio que voc ver a grande oportunidade
de adorao e louvor a Deus que tal orao concede, alm de entendimento sobre a sua importncia na vitria sobre Satans.
No comeo do meu ministrio, um conhecido meu morreu depois
de uma vida de infinita pobreza. Ele procurava comida, roupa
velha e outras coisas nas latas de lixo. Ele vivia em uma garagem
parte do tempo e tentava tirar vantagem do seu irmo o resto do
tempo. Um dia sofreu um sbito ataque de corao, e depois de um
perodo no hospital, morreu. Depois de sua morte, descobriram
que este homem tinha bem mais de cem mil dlares escondidos em
diversos lugares. Ele tinha muita riqueza a qual ele tinha liberdade
de usar porque era sua, mas deixou de us-la.
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A ORAO AGRESSIVA
VENCE NOVAMENTE
"Porque, embora andando na carne, no militamos segando a
carne. Porque as armas da nossa milcia no so carnais, e, sim,
poderosas em Deus, para destruir fortalezas; anulando sofismas e
toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, levando
cativo todo pensamento obedincia de Cristo." (n Co. 10:3-5.)
A PARFRASE DA Bbia Viva d a essas palavras a nova interpretao pitoresca da linguagem de hoje: " verdade que eu sou
um ser humano comum e fraco, porm no emprego planos e
mtodos humanos para ganhar minhas batalhas. Uso poderosas
armas de Deus e no as que so feitas por homens para
derrubar as fortalezas do diabo. Estas armas podem derrubar todo
argumento arrogante contra Deus e toda muralha que possa ser
erguida para impedir os homens de encontr-Lo. Com estas armas
posso capturar rebeldes e lev-los de volta a Deus, e transform-los
em homens cujo desejo do corao seja a obedincia a Cristo."
Um crente que consegue captar o tremendo poder de suas armas
espirituais atravs da compreenso de passagens como esta, descobrir uma nova alegria na orao. A orao o meio principal
atravs do qual nossa f se expressa. A orao o meio principal
atravs do qual nos apropriamos da vitria que nossa sobre todos
os principados e potestades e a empregamos contra eles. Os gran-
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bando as fortalezas e observando a obra do Esprito Santo enquanto os poderes das trevas que cegam so derrubados.
Este tipo de orao combativa e agressiva tem aplicaes quase
ilimitadas para derrotar o poder de Satans e para tornar "cativo
todo pensamento obedincia de Cristo" (H Co. 10:5). Aqui esto
diversas aplicaes prticas desta verdade.
Muitos pais cristos tm os coraes partidos por causa de filhos
rebeldes, de tal forma presos ao pecado que parecem prisioneiros
de Satans. Muitas oraes costumam ser feitas expressando o
desapontamento desses coraes partidos, mas geralmente muito
grande a falta de aplicao dos princpios da orao combativa. Eu
poderia contar muitas ilustraes de alegres resultados desse tipo
de orao.
Imagine um filho que rebelde e est longe de Deus. Ele est
viciado em drogas, vive na imoralidade e envolve-se em toda sorte
de depravao. Como voc faria para reivindicar II Corntios 10:35 aplicando-a a esta necessidade? Vou-lhe sugerir uma ilustrao
prtica de orao recomendada a pais cristos que viram um filho
aceitar Cristo em resultado de tal orao.
Humildemente me ajoelho diante do Pai celestial para interceder
por meu filho Joo. Eu o coloco diante de Ti em nome do Senhor
Jesus Cristo. Eu Te agradeo por teres amado o Joo com o amor
do Calvrio. Eu Te agradeo porque Tu no-lo deste para amarmos
e o criarmos em Cristo. Eu Te peo que nos perdoes todo o nosso
fracasso em orient-lo pelo caminho que deveria seguir. Eu Te
agradeo porque Tu s soberano e podes at mesmo usar as
profundezas do pecado nas quais ele est atualmente preso para
redundarem para a Tua glria. Eu te louvo por esta grande provao que torna o meu corao humilde diante de Ti.
Aceitando minha posio de ser "poderoso em Deus, para destruir fortalezas", eu coloco toda a obra do Senhor Jesus Cristo em
foco diretamente contra os poderes das trevas que cegaram e
amarraram o Joo. Eu proclamo a vitria da encarnao, crucificao, ressurreio ascenso e glorificao de nosso Senhor
diretamente contra todo o poder de Satans na vida de Joo. Eu
amarro todos os poderes das trevas soltos para destruir Joo, e eu o
liberto de sua cegueira em nome do Senhor Jesus Cristo. Eu convido o bendito Esprito Santo a operar no corao de ~oo para
convenc-lo do seu pecado, da justia e do juzo futuro. Em meu
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seus inimigos. Ela era uma aluna diligente e firme. Antes das aulas
todos os dias ela tentava repassar aquela orao combativa. No
comeo s conseguia ir at a metade, e isto requeria trinta minutos
de esforo. Normalmente, um bom leitor pode ler toda a orao em
oito minutos. Os assaltos dos poderes das trevas apontados contra
ela eram to intensos que mal conseguia ler a orao. Tonturas,
abstrao, manchas negras diante dos olhos e outros ataques
fsicos e emocionais evidenciavam-se constantemente. Este ataque
parecia torn-la apenas mais determinada a ser liberta e quanto
mais ela usava suas armas de guerra, mais fracos se tornavam os
ataques. Finalmente, ela conseguiu ler toda a orao com toda a
eficincia.
Estou contando este caso para mostrar como importante a
orao agressiva e combativa na vida espiritual das pessoas. E importante que sejamos ousados e diretos no uso das armas de nossa
luta para fortalecimento nosso e para a derrota do inimigo. O
apstolo Paulo nos diz que devemos orar sem cessar. Como isto
importante para resistir s intromisses dos assaltos e tentaes
demonacos!
Um crente me contou que tinha alguns pensamos homicidas
constantemente se intrometendo em sua mente. Sempre que via
uma faca na cozinha, na companhia de sua esposa e filhos, sentia
em seus pensamentos o impulso de agarrar a faca e enfi-la em
seus queridos. Conseqiientemente sentia grande culpa e medo.
"Que tipo de pessoa eu sou em ter pensamentos como estes? At
que ponto um homem pode ser vil e pecador? Certamente estou
perdendo o juzo." Que tormento terrvel o da pessoa que est
sendo tentada desse jeito! Depois que ficou conhecendo a orao
combativa, entretanto, a vitria completa foi o resultado. Transmito ao leitor o tipo de orao que lhe sugeri que usasse silenciosamente diante de Deus, sempre que tais pensamentos lhe viessem.
Pai Celestial, eu rejeito estes pensamentos de homicdio em
nome do Senhor Jesus Cristo. Eu reconheo que eles vm daquele
que Tu chamaste de homicida desde o princpio. Eu coloco a
minha unio com o Senhor Jesus Cristo e o Seu sangue derramado
diretamente em oposio ao poder de Satans que o autor desses
pensamentos. Eu lhe ordeno que saia da minha presena. Eu sub107
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Eu s aceitarei os relacionamentos estabelecidos por Ti e pelo bendito Esprito Santo. Eu peo ao Esprito Santo que me capacite a
relacionar-me com Maria de uma maneira que atenda s suas
necessidades. Eu Te submeto nossas conversas para que elas Te
sejam agradveis. Eu Te submeto nosso relacionamento fsico para
que ele possa desfrutar de Tuas bnos. Eu Te submeto o nosso
amor para que Tu possas faz-lo crescer e aumentar. Eu quero
conhecer e experimentar no casamento a plenitude de Tua vontade
perfeita. Abre os meus olhos para que veja todas as reas onde
tenho sido enganado. Abre os olhos de Maria para que ela perceba
todas as mentiras de Satans dirigidas contra ela. Faze que nossa
unio seja o relacionamento crstocntrco e bendito que Tu
idealizaste em Tua perfeita vontade. Eu Te peo isto em nome do
Senhor Jesus Cristo, com ao de graas. Amm.
H ocasies quando se torna importante que permaneamos em
orao agressiva intercedendo por outra pessoa. Isso o que a
orao intercessria realmente significa. Intercedemos em benefcio de outra pessoa. Que voc pode fazer por algum que esteja
grandemente escravizado e no tem percepo de suas necessidades ou demonstra pouco desejo ou capacidade de se libertar?
Empregar a orao de ofensiva em seu benefcio pode fazer muito
para quebrar as cadeias do inimigo em sua vida.
Esta forma de orao particularmente eficiente quando
exercida por algum que seja intimamente relacionado com a pessoa aflita. Os exemplos na Palavra so muitos onde os queridos de
algum vinham interceder com o Senhor em favor do afligido. O
Senhor atendeu ao aflito em resposta direta da intercesso (por
exemplo, Mt. 17:14-21).
Imagine que voc tenha um amigo com sintomas de possvel
posse demonaca, embora no demonstre nenhum desejo de
ajudar-se ou de que algum o ajude. Voc sente que o Senhor o
orienta a ajudar. O que voc tem a fazer? Lev-lo a Cristo, exatamente como o fizeram no tempo do ministrio terreno do Senhor
Jesus. Voc no pode traz-lo presena fsica do Senhor Jesus
Cristo, mas pode faz-lo em orao ofensiva intercessria diante do
Senhor. Correndo o risco de ser redundante, vou sugerir outro
exemplo de orao ofensiva em favor de um amigo ou parente.
Pai Celeste, apresento diante de Ti e o Senhor Jesus Cristo algum que nos querido, a mim e a Ti, o Jos Carlos. Eu descobri
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espero que Deus tambm convoque os cristos a que vejam a importncia do uso de sua autoridade em Cristo.
Quero me identificar muito pessoalmente com aqueles que possam estar enfrentando severos assaltos satnicos e demonacos,
falando dos resultados de uma confrontao com as trevas que
aconteceu em minha prpria famlia. Ao contar esta experincia,
espero que Deus elimine algo desse medo e acenda uma f expectante em muitos coraes.
Conforme j mencionei muitas vezes neste livro, todos ns enfrentamos lutas ntimas com os poderes das trevas (Ef. 6:10-18). s
vezes elas so muito ntimas e nunca so mais potentes do que
quando tocam em nossos filhos. Eu acho que muitos pais cristos
se recusam categoricamente a admitir que seus filhos possam ser
perturbados pelas foras das trevas. Eles interpretariam tal
afirmao como uma reverso aos negros temores do paganismo.
Eles no sabem exatamente como ou por qu, mas eles tm certeza
de que seus filhos esto absolutamente livres de qualquer intromisso dos demnios em suas vidas. Eu sei do que esto falando,
porque eu tambm fui parte desse grande segmento do mundo
evanglico. Seria mais fcil admitir que minha filha tinha cncer
ou que estivesse mentalmente doente do que admitir que ela estivesse perturbada por uma aflio demonaca. Louvo a Deus que
j no mais assim. Nossa famlia volta os olhos para aquela experincia que agora vou contar como um dos maiores acontecimentos da vida em nosso lar. Nosso crescimento na graa e
apreciao da vitria que nossa em nosso Senhor est experimentalmente enraizada em uma profundidade que no conhecamos
antes.
Durante diversos anos, nossa filha mais nova ficava periodicamente perturbada por temores confusos. Sintomas fsicos de
nusea e colite pareciam acompanhar esses ataques de medo. Ao
chegar idade de onze anos, esses ataques aumentaram e duravam
longos perodos de tempo. Um exame mdico completo no revelou
nenhum problema fsico que pudesse explicar a colite e as nuseas.
Gradualmente o problema comeou a seguir um padro. Todas as
noites, hora de deitar, os sintomas apareciam. Era tomada de
terror; sentia nuseas to pronunciadas que insistia em ter um vaso
ao lado da cama no caso de vomitar; os sintomas de colite perturbavam constantemente seus esforos de conciliar o sono. Seus
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DESAFIANDO OS IMPEDIMENTOS DE
SATANS AO
REAVIVAMENTO
"Restabelece-nos, Deus da nossa salvao, e retira de sobre
ns a tua Ira. Estars para sempre Irado contra ns? Prolongars a
tua ira por todas as geraes? Porventura no tornars a vivificarnos, para que em ti se regozige o teu povo?" (Salmo 85:4-6.)
DURANTE MUITOS ANOS o Senhor colocou em meu corao o
anseio por um reavivamento. Eu sei que muitos outros cristos
partilham desse anseio. Vemos com evidncias cada vez maiores
que a nica esperana para a nossa nao e o mundo o reavivamento.
Vemos, atualmente muitas evidncias da operao divina. Ele est nos estendendo o rico tesouro de Sua graa. Ele est abenoando
e honrando diversos movimentos universitrios com sua grande nfase sobre evangelismo pessoal e a vida cheia do Esprito. As grandes cruzadas nas cidades e em todo o pas esto alcanando muitas
pessoas. Igrejas locais que pregam a Bblia esto, com agressivos
programas de evangelismo, tambm desfrutando de bom crescimento no meio do mar da maldade que caracteriza nosso tempo.
Os seminrios que destacam os princpios bblicos de vida esto
desfrutando de crescimento fenomenal. Centenas de milhares esto
fazendo esses cursos sobre a famlia crist, o relacionamento conjugal e outras reas. O movimento carismtico, apesar de sua excessiva e potencialmente perigosa nfase sobre a experincia so-
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do livro um termo que est em harmonia completa com os descobrimentos de ambos, John Wesley e o Dr. Henson."(D
Este livro, War On The Saints, um/ clssico no estudo sobre a
guerra de Satans contra os crentes. E interessante observar que
foi escrito depois de um reavivamento ter comeado a se desvanecer e perder o seu impulso por causa da obra astuta de Satans.
Como se torna necessrio que ns, que desejamos um reavivamento, leiamos esse livro e estudemos a Palavra para conhecermos
como batalhar contra Satans quando o reavivamento vier.
Satans o grande imitador. Quando ele vem como anjo de luz,
muito difcil de reconhec-lo. O Senhor Jesus advertiu: "Porque
surgiro falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e
prodgios para enganar, se possvel, os prprios eleitos. Vede que
vo-lo tenho predito." (Mt. 24:24-25.) A tendncia do reavivamento
e qualquer movimento espiritual a de aceitar todas as manifestaes sobrenaturais como de autoria divina. Tal tendncia, de
acordo com estas advertncias de nosso Senhor, muito perigosa.
Eis por que a Palavra de Deus exorta os crentes a que experimentem (testem) os espritos para medir e avaliar com cuidado aquilo
que parea ser bom. Conforme j foi declarado antes, o Esprito
Santo no ficar ofendido com esta experimentao dos espritos.
Foi Ele quem no-lo mandou fazer. Eis uma das razes por que estou muito preocupado com alguns dos grupos do movimento carismtico, com sua grande nfase sobre o batismo do Esprito e a experincia do falar em lnguas. Raramente se ouve um esprito de
cautela entre os proponentes dos dons carismticos. Lucas 11:1113 e Mateus 7:9-11 so geralmente usados para provar que no h
perigo que os espritos malignos nos enganem se estivermos pedindo o Esprito Santo e boas ddivas de Deus. O que se esquece que
este mesmo Senhor Aquele que insistiu conosco a que examinemos os espritos e a que no creiamoem todos os espritos. Se eu
busco uma experincia que no tem um sadio fundamento bblico,
estou abrindo minha vida a algum esprito enganador para que
venha como um anjo de luz.
profunda a minha preocupao de que uma das srias
ameaas ao genuno reavivamento enviado pelo Esprito Santo seja a
1. Edio revista de War on the Saints de Jessie Penn-Lewis (Ft. Washington, Pa.,
Christian Literature Crusade, 1964), pg. VII.
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atravs da encarnao, da cruz, da ressurreio e da vinda do Esprito Santo, tudo derramado sobre ns em grande medida e inesperada visitao. Significa, ainda, que grandes reas de pessoas e
at mesmo naes comeam a se colocar sob a poderosa ao e
convico vindas de Deus. Deus se manifesta com Sua interveno
sobrenatural e impede o homem em sua derrocada.
O reavivamento deveria ser o grande clamor de cada crente
diante de Deus nesta hora atual. Alguns argumentam que estamos
perto demais da segunda vinda de Cristo para esperarmos um
reavivamento. O tempo da apostasia est s portas, dizem, e s
podemos esperar que as coisas fiquem cada vez piores enquanto
debilmente prosseguimos e suportamos at o fim. Tal ponto de vista deveria ser equilibrado pela promessa de nosso Senhor de
derramar o Seu Esprito sobre toda a carne nos ltimos dias. O
fruto do reavivamento est sempre dentro da vontade e plano
divinos durante esta dispensao da graa. Jamais foi da vontade
de Deus que Sua igreja fosse aptica e sem poder.
At mesmo a Igreja de Laodicia, em Apocalipse 3, recebeu a
oferta do reavivamento do Senhor. Depois de os repreender por
causa de sua mornido espiritual e seu estado de ignorncia em
saber que eram "infelizes, miserveis e pobres", Ele lhes oferece o
reavivamento. Nos versculos 18-20 lemos: "Aconselho-te que de
mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que no seja manifesta a
vergonha da tua nudez, e colrio para ungires os teus olhos, a fim
de que vejas. Eu repreendo e disciplino a quantos amo. S, pois,
zeloso, e arrepende-te. Eis que estou porta, e bato; se algum
ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei
com ele e ele comigo."
A luta pelo reavivamento envolve o uso agressivo de tudo o que
temos em Cristo. Isto significa que tenho de lutar seriamente contra a minha carne com as armas j esboadas anteriormente. Significa que tenho de vencer o mundo atravs de minha unio com
Cristo e o emprego total de minha f. Significa uso agressivo das
armas de nossa luta contra Satans e a reivindicao de nosso
poderio garantido por Deus para derrubarmos as fortalezas.
Novamente, gostaria de apresentar um padro para estudo e uso,
de um modelo de orao de luta por um reavivamento.
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.. Pai Celestial, eu Te louvo pela graa que recebi atravs do Senhor Jesus Cristo. Eu me regozijo na vitria que Tu me forneceste
para viver acima do pecado e do fracasso. Eu me apresento diante
de Ti em confisso e para implorar a Tua misericrdia sobre os
meus prprios pecados, os pecados de outros crentes e os pecados
de nossa nao. Nossa nao est diante de Ti, merecendo a Tua
ira e a Tua justia. Eu Te confesso o pecado da momido, apatia e
mundanismo da parte dos crentes. Eu reconheo diante de Ti a
perversidade de nossa sociedade e o seu merecimento de juzo. Eu
me coloco em posio de confisso da horrvel afronta feita a Ti
que est representada pela epidemia das drogas, do alcoolismo, da
podrido moral no campo dos entretenimentos, o aumento do
crime em nossa terra e a falta de carter moral na liderana nacional. Eu peo perdo e misericrdia para os pecados religiosos do
liberalismo e do criticismo to frequentemente spero e amrgo e o
esprito contencioso dofundamentalismo. Eu me entristeo contigo
diante do horrvel aumento do interesse pelo ocultismo e a descarada adorao de Satans por pessoas malignas e enganadas.
Que Tu no julgues esta nao com ira e fria como o fizeste com
Sodoma, mas que a julgues com um poderoso derramamento de
convico de pecado. Que os pecadores gemam sob o peso de sua
culpa at que as pessoas gritem como no Pentecoste: "Que faremos?"
Eu louvo o Teu santo nome porque tenho medida suficiente de
graa atravs da Pessoa e obra do Senhor Jesus Cristo para atender
a este grito. Eu coloco o sangue da cruz e o poder da ressurreio
contra os pecados deprimentes e a rebeldia dos coraes dos homens contra Deus. Eu confio no Esprito Santo para nos conduzir e
preparar e levar a todos ao reavivamento.
Eu reconheo que Satans, e o reino das trevas sobre o qual ele
reina, conspirou e armou planos contra o reavivamento com esforos incansveis. Satans edificou o seu reino cuidadosamente
para se opor a tudo o que santo e bom.
No nome do Senhor Jesus Cristo, eu esmago e derrubo todas as
fortalezas que Satans levantou para atrapalhar o reavivamento.
Eu coloco toda a poderosa vitria da cruz e da ressurreio do
Senhor Jesus Cristo diretamente contra os planos de Satans de
atrapalhar o reavivamento. Eu derrubo as fortalezas das lealdades
religiosas que cegam e amarram a tantos. Eu derrubo as fortalezas
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O EQUIPAMENTO PARA O CONFLITO
"Bem-aventurado o homem que suporta com perseverana a
provao; porque, depois de ter sido aprovado, receber a coroa da
vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam." (Tg. l: 12.)
DIVERSOS ANOS ATRS, um amigo meu deu-me um presente
inesperado que comprovou-se um dos presentes mais teis que eu
j recebi. Este homem me deu um grande caixa de carpinteiro
cheia at as bordas de chaves inglesas, martelos, serrotes, chaves de
parafuso, pregos, parafusos e muitas outras coisas que costumam
vir dentro de tais caixas. Foi um presente que sempre constituiu
um tesouro para mim porque eu gosto de fazer coisas com as
minhas prprias mos. No h nada mais frustrador do que desejar executar algum projeto dentro da casa e no ter as ferramentas necessrias. Agradeo ao meu amigo de todo o corao esse
presente cada vez que fao uso dele. As ferramentas trabalham
para mim capacitando-me a executar o servio.
Ns tambm precisamos de ferramentas em nosso conflito espiritual. Foi o propsito bsico deste livro fornecer informaes
prticas e teis e uma viso do desenrolar de uma batalha vitoriosa. O mundo, a carne e o diabo sero continuamente
derrotados se usarmos as armas prprias. O Senhor providenciou
todas as ferramentas de que precisamos. O Senhor Jesus Cristo
providenciou tudo para a nossa vitria. Ele usou as mesmas armas
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fiana e poder para a Sua glria (Jo. 1:12; I Co. 1:30; II Co. 9:8;
Gl. 2:20; Hb. 4:9; I Jo. 5:4; Judas 24).
Tendo confessado que Deus digno de todo louvor, que as Escrituras so o nico padro autorizado, que s Deus pode resolver
o problema do pecado e produzir uma vida de santidade, reconheo novamente minha total dependncia dEle e submisso a Ele.
Eu aceito a verdade que diz que a orao da f absolutamente
necessria para a realizao da vontade e graa de Deus em minha
vida diria (I Jo. 5:14-15; Tg. 2:6; 4:2-3; 5:16-18; Fp. 4:6-7; Hb.
4:1-13; 11:6, 24-28).
Reconhecendo que a f uma atitude para com Deus atravs da
qual nos apropriamos das provises dirias que o Senhor tem
providenciado nEle mesmo, tomo as seguintes decises da f:
1. Para o dia dehoje(lb. 3:6, 13,15; 4:7) tomo a deciso de me
submeter totalmente autoridade de Deus conforme Ele Se revelou nas Escrituras obedecer-Lhe. Eu confesso meu pecado,
reconhecendo a natureza pecadora de minha velha natureza, e
deliberadamente prefiro andar na luz, em cadncia com Cristo,
atravs das horas deste dia (Rm. 6:16-20; Fp. 2:12-13; I Jo. 1:7,9).
2. Para o dia de hoje tomo a deciso da f de me submeter inteiramente autoridade de Deus conforme revelada nas Escrituras
crer nEle. Aceito unicamente a Sua Palavra como autoridade
final. Creio agora que desde que confessei meu pecado, Ele me
perdoou e me purificou (I Jo. 1:9). Aceito no significado total a Sua
Promessa de ser a minha suficincia e o meu descanso, e vou me
condu/ir de acordo com isto (X. 33:1; I Co. 1:30; II Co. 9:8; Fp.
4:19).
3. Para o dia de hoje tomo a deciso da f de reconhecer que
Deus fez todas as provises para que eu possa cumprir a Sua vontade e vocao. Portanto, no procurarei justificar meu pecado e
meu fracasso (I Ts. 5:24).
4. Para o dia de hoje tomo a deciso da f de deliberadamente
aceitar de Deus aquela proviso que Ele fez para mim. Eu renuncio
todo o esforo prprio de viver a vida crist ou realizar algum
servio para Deus: renuncio toda a orao pecaminosa que pede a
Deus que mude as circunstncias e as pessoas para que eu possa
ser mais espiritual; renuncio toda fuga da obra do Esprito Santo
em mim e da vocao divina fora de mim; e renuncio toda moti136
Outra ferramenta doutrinria que em-se comprovado grandemente benfica para mim e muitos outros a "Orao de
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to do novo homem e permaneo dentro de toda a vitria da ressurreio e a proviso que Ele fez por mim ali para viver acima do
pecado. Portanto, neste dia, eu me desvencilho da velha natureza
com seu egosmo e me revisto da nova natureza com o seu amor. Eu
me desvencilho da velha natureza com seu medo e me revisto da
nova natureza com sua fora. Hoje me desvencilho da velha natureza com todas as suas enganosas concupiscncias e me revisto
da nova natureza com toda a sua justia e pureza.
Sob todos os aspectos eu me coloco na vitria da ascenso e
glorificao do Filho de Deus onde todos os principados e potestades lhe foram sujeitos, e eu reivindico o meu lugar em Cristo
vitorioso com Ele sobre todos os inimigos de minha alma. Bendito
Esprito Santo, eu Te peo que me enchas. Entra em minha vida,
derruba todos os dolos e expulsa todos os inimigos.
Sinto-me grato, Pai celestial, pela expresso da Tua vontade
para a minha vida diria conforme me mostraste na Tua Palavra.
Por isso reivindico toda a vontade de Deus para hoje. Sinto-me
grato por me teres abenoado com todas as bnos espirituais nos
lugares celestiais em Cristo Jesus. Sinto-me grato porque Tu me
criaste para uma esperana viva atravs da ressurreio de Jesus
Cristo dentre os mortos. Sinto-me grato porque Tu fizeste uma
proviso tal que hoje eu posso viver cheio do Esprito de Deus com
amor e alegria e autocontrole em minha vida. E eu reconheo que
esta a Tua vontade para mim e, por isso, rejeito e resisto a todas
as tentativas de Satans e seus demnios de me roubarem a vontade de Deus. Recuso-me, no dia de hoje, a crer em meus prprios
sentimentos, e levanto o escudo da f contra todas as acusaes e
todas as insinuaes que Satans venha a colocar em minha mente.
Eu reclamo a plenitude da vontade de Deus para o dia de hoje.
Em nome do Senhor Jesus Cristo, eu me submeto completamente a Ti, Pai celestial, como um sacrifcio vivo. Eu fao a escolha de
no me conformar com este mundo. Eu fao a escolha de ser transformado pela renovao de minha mente e peo que Tu me mostres
a Tua vontade e me capacites a andar em toda a plenitude da vontade de Deus para o dia de hoje.
Sinto-me grato, Pai celestial, porque as armas de nosso conflito
no so carnais, mas poderosas para, atravs de Deus, derrubar as
fortalezas, para desfazer as imaginaes e todas as coisas altivas
que se exaltaram contra o conhecimento de Deus, trazendo cativo
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Algumas pessoas fazem perguntas sobre como podem determinar se o seu problema tem sintomas de aflio demonaca.
Atravs da experincia e exemplos da Palavra, apresento alguns
sintomas que podero indicar grave aflio demonaca. No quer
dizer que sejam evidncias conclusivas de aflio demonaca mas
so simplesmente indicativas da obra do inimigo.
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Sensaes de choque.
Dores ambulantes que os mdicos no podem explicar.
Sensao de aperto na cabea ou nos olhos.
Tonturas, vertigens ou desmaios.
12. Sbitos acessos de clera violenta, ira incontrolvel ou sentimentos crescentes de hostilidade.
13. Dvidas aterradoras sobre a salvao mesmo quando a pessoa
j conhece a alegria dessa salvao.
Do exemplo do homem de Gadara, profundamente perturbado,
podemos extrair alguns indcios das operaes malignas da aflio
demonaca profunda. Em suas anotaes pessoais e inditas,
Ernest Rockstad chama a ateno para os seis sintomas do tormento demonaco desse homem:
a) Incapacidade para uma vida normal. No podia viver na sociedade. Ele tinha maior afinidade com a morte do que com
a vida.
b) Violncia e fora sobre-humana. Cadeias e correntes no podiam mante-lo preso.
c) Personalidade sombria e problemas de comportamento. "Ningum podia subjug-lo." A pessoa que pode ser agradvel e
delicada num minuto e amarga e odiosa no seguinte indica que
algo estranho controla sua vida.
d) Falta de sossego e insnia. Lucas 8:29 nos diz que esse homem
era impelido pelo demnio. No conseguia dormir noite. A insnia causada pelos demnios pode geralmente ser remediada
pela memorizao e meditao da Palavra de Deus enquanto o
sono no vem.
e) Uma terrvel angstia ntima. Este homem andava gritando.
To terrvel era a presso e os tormentos interiores que ele tinha
de gritar.
f) Auto-destruio. Ele se cortava com pedras. Uma das razes
disso talvez fosse que a dor fsica ajudava a aliviar a angstia e o
tormento ntimo.
O problema da transferncia exige ateno especial. J o mencionamos anteriormente, mas gostaria de me estender mais neste
importante assunto e sugerir alguns passos para acabar com este
problema. Por transferncia queremos nos referir passagem de
poderes demonacos de uma gerao para outra. Alguns de ns
ficamos perturbados sabendo que poderes malignos de Satans
podem afligir criancinhas. Exemplos disso encontramos nas Escrituras (por exjmplo, Mc. 9:14-29), na experincia dos campos
missionrios e de qualquer um que tenha experincia de trabalho
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OBSERVAO:
Nenhum de ns sabe quais as obras de Satans que lhe possam ter
sido transmitidas por seus antepassados. Portanto, bom que todo
filho de Deus faa a declarao de repdio e afirmao acima.
aconselhvel que seja lida em voz alta.
* * *
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Esta lista s deve ser vista por voc. Se pecou contra outra pessoa, necessrio que pea o perdo dessa pessoa para desfazer a
ofensa e purificar sua conscincia.
Depois de feita a lista, bom repass-la em orao, retomando
agressivamente o terreno cedido. Eis aqui uma sugesto:
Bendito Pai celestial, peo que me perdoes por ter-Te ofendido
cometendo este pecado de (cite a ofensa). Eu reclamo a purificao
que minha atravs do sangue do Senhor Jesus Cristo. Eu me
dirijo contra Satans e todo o seu reino. Retomo de voc e todos os
seus poderes das trevas qualquer terreno que voc esteja reivindicando contra mim quando eu pequei em (cite a ofensa). Eu
retomo esse terreno em nome do Senhor Jesus Cristo. Eu o cubro
com o sangue do Senhor Jesus Cristo e entrego todos os setores de
minha vida para o total controle do Esprito Santo.
bom manter o corao constantemente aberto ao Esprito
Santo, pedindo-lhe que traga nossa mente qualquer ofensa que
tenha dado ao inimigo posio firme contra ns. No importa o
que voc esteja fazendo ou onde esteja, se o Esprito Santo lhe
trouxer algo mente, imediatamente reivindique de volta o terreno
cedido em orao dentro dos moldes acima mencionados.
Algumas poucas palavras devem ser trocadas com aqueles que
esto sob ataque especial do inimigo. A servido opressiva de
Satans uma experincia muito dolorosa para os cristos. Um
dos maiores sofrimentos que eu j testemunhei foi o de uma
profunda aflio demonaca. Tal conflito exige total entrega ao
Senhor e um ataque agressivo com a inteno de libertar a pessoa.
Eis aqui uma lista para uso dirio por aqueles que esto assim
opressos:
1. Diariamente tome a resoluo de crer em Deus e lutar pela sua
libertao. A passividade e a falta de esperana derrota
mortal. So o oposto das trs grandes virtudes do cristianismo: f, esperana e amor.
2. Diariamente agradea a Deus pela sua luta e pelo que Ele est
lhe ensinando atravs dessa luta.
3. Quebre e derrube todo e qualquer relacionamento estabelecido
por Satans e os espritos malignos entre voc e outras pessoas.
Exatamente como Deus o autor de relacionamentos dentro
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O CONFLITO ATRAVS DE
NOSSA UNIO
"Tende o mesmo sentimento uns para com os outros; em lugar
de serdes orgulhosos, condescendei com o que humilde; no
sejais sbios aos vossos prprios olhos." (Rm. 12:16.)
ESTIVE TRABALHANDO no rascunho final deste livro assentado junto lareira. Tentei diligentemente manter o fogo aceso
usando uma combinao de carvo para lareira e um tipo de lenha.
Um dos problemas que enfrentei que a lenha tende a queimar
depressa demais. Contudo, descobri uma coisa que tem aplicao
neste assunto de conflito espiritual. Tomando um pedao de arame
e amarrando a lenha em um feixe bem apertado, descobri que ela
queima muito mais devagar, quase como um tronco. O fogo devorador fica muito mais limitado quando a lenha fica fortemente
amarrada em um feixe.
preciso dizer algo sobre a importncia vital da unio da ligao do corpo de Cristo nessa questo do conflito. J se destacou
muitas e muitas vezes nestas pginas que a vitria do crente est
em sua unio com o Senhor Jesus Cristo que o autor de nossa
vitria. Tambm importante ver que estando unidos a Cristo
tambm estamos unidos a todos os membros do corpo de Cristo.
"O corpo um, e tem muitos membros, e todos os membros, sendo
muitos, constituem um s corpo, assim tambm com respeito a
Cristo. Pois, em um s Esprito, todos ns fomos batizados em um
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Marcelahum
wm
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MARKI.BUBECK
O cristo acha-se envolvido numa batalha, batalha esta com Satans e
poderes demonacos. Em face do crescente apelo do espiritismo e do ocultismo em nossa terra, o cristo precisa estar muito bem informado acerca dessa luta e preparado para o combate.
Esse , portanto, o propsito deste livro: alertar os cristos acerca
da luta na qual se acham envolvidos e dar-lhes orientao especfica e efetiva em como tratar com o poder maligno e demonaco.
Mark Bubeck discute cuidadosamente acerca do conflito espiritual
do cristo. Estes so alguns dos assuntos abordados:
A Perspectiva Bblica do Conflito
O Conflito com a Carne
O Conflito com o Mundo
Enfrentando o Reino de Satans
Desafiando os Impedimentos de Satans ao Reavivamento
O Equipamento para o Conflito
Entenda e No Tema
A maneira de tratar estes assuntos neste livro torna-o indispensvel ao
cristo na sua luta com os poderes das trevas. Todo cristo precisa do auxlio
deste manual para o conflito contra o mundo, a carne e o diabo.
Mark I. Bubeck (Diplomado em teologia pelo Conservative Baptist
Seminary; formado pelo Moody Bible Institute) pastor da Judson Baptist
Church em Oak Park, Illinois. Antes de ir para Judson em 1968, pastoreou
as igrejas em Morrison e Wheat Ridge, Colorado, nos E. U. A.