Programa de Curso - Interseccionalidade e Marcadores Sociais Da Diferença - Maria Elvira Diaz-Benitez
Programa de Curso - Interseccionalidade e Marcadores Sociais Da Diferença - Maria Elvira Diaz-Benitez
Programa de Curso - Interseccionalidade e Marcadores Sociais Da Diferença - Maria Elvira Diaz-Benitez
2
etnografias realizadas na antropologia na dcada de 1980, tornando-se cada
vez mais presente em pesquisas contemporneas, vrias das quais sero
lidas no curso. Finalizaremos com leituras diversas de carter histrico e
etnogrfico que abordam diferentes temticas, experincias e contextos a
partir de um olhar interseccional.
Se acreditarmos nas palavras da antroploga Mara Viveros, isto ,
que sexismo, racismo, classismo e heterossexismo possuem alguns
dispositivos comuns de funcionamento (a naturalizao, a racializao do
outro e o uso da dupla natureza/cultura), nossa proposta examinar como
essas caractersticas sociais se constroem e afetam mutuamente nas
experincias alm de perceber que corpos so aqueles que se produzem na
articulao das diferenas. Mas, tambm importante sofisticar as
ferramentas metodolgicas para ponderar que interseccionalidade entre
gnero, raa, classe e sexualidade no se traduz automaticamente em
somatria de ordens de dominao ou em duplas (ou triplas ou qudruplas)
desigualdades de modo per se. Melhor, estaramos fazendo aluso a
diversos modos de relao que em cada caso e a cada pesquisa precisam ser
especificados e at mesmo separados de modo contingente.
Como construir polticas abrangentes da diversidade de marcadores
sociais da diferena? Interessa-nos tambm discutir.
I Unidade: Visitando os feminismos
I Sesso: Apresentao do curso. 11/03/2015
II Sesso: Descentrando a teoria: o feminismo ps-colonial / transnacional.
18/03/2015
ABU-LUGHOD, Lila. Feminism longings and Postcolonial conditions In
Remaking women: Feminism and Modernity in the Middle East. Lila AbuLughod (editora). Princeton: Princeton Univertity Press. 1998. pg: 3-32.
McCLINTOCK, Anne. Ps-colonialismo e o anjo do progresso. Em
Couro Imperial: raa, gnero e sexualidade no embate colonial. Campinas:
Editora Unicamp. 2010. pg: 15-42.
III Sesso: Descentrando a teoria: outros feminismos, outras agncias.
25/03/2015
4
HILL COLLINS, Patricia. 2012. Rasgos distintivos del pensamiento
feminista negro. En Mercedes Jabardo (editora). Feminismos negros: uma
antologia. Madrid: Traficante de sueos. pg. 99-134.
LORDE, Audre. Age, race, class and sex: women redefining difference.
In Sister outsider: Essays and speeches. Freedom, CA. Press. 1984. pg:
114-123.
VI Sesso: Feminismos negros: Classe, raa, e gnero. 15/03/2015
DAVIS, Angela. El legado de la esclavitud: modelos para una nueva
feminidad e Racismo, control de la natalidad y derechos reproductivos.
En Angela Davis: Mujeres, raza y clase. Madrid: Akal. 2005. pg: 11-37 e
203-219.
bell, hooks. Women at work e Race and gender. In Feminism is for
everybody: passionate politics. London: Pluto Press. 2000. pg: 48-60.
_______. Homeplace [a site for resistance]. In Yearning: Race, Gender
and Cultural Politics. Boston: South end Press. 1990. pg: 45-53.
Leitura adicional:
bell hooks. Black Women: Shaping Feminist Theory, Feminist Theory
from Margin to Centre, South End Press, 1984.
5
BLACKWELL, Maylei. Las hijas de Cuauhtmoc: Feminismo Chicano y
Prensa Cultural 1968-1973. In Liliana Surez Navaz y Rosalva Ada
Hernndez Castillo (editoras). Descolonizando el Feminismo: Teoras y
Prcticas desde los Mrgenes. Madrid: Ctedra. 2008. pg. 350-403.
VIII Sesso: a decolonialidade do gnero. 29/04/2015
MIGNOLO, Walter. El pensamento descolonial: desprendimento y
apertura. Um manifiesto. En Santiago Castro-Gmez y Ramn
Grosfonguel (editores), El giro descolonial. Reflexiones para una
diversidad epistmica ms all del capitalismo global. Bogot: Siglo del
Hombre Editores. 2007.
LUGONES, Maria. Colonialidad y gnero. En Tabula Rasa. Bogot, n9.
2008. pg: 73-101.
_______________. Hacia um feminismo descolonial. Em La manzana de
la discrdia, vol 6 n 2, 2011. pg: 105-119.
BIDASECA, Karina. Los peregrinajes de los feminismos de color en el pensamiento
de
Mara
Lugones.
En
Revista
de
Estudos
Feministas, vol.22,
n3. Florianpolis . 2014. pg: 953-964.
Leitura adicional:
QUIJANO, Anbal. Colonialidad del Poder, Eurocentrsismo y Amrica
latina. En La Colonialidad del Saber: Eurocentrismo y Ciencias Sociales.
E. Lander (Compilador). CLACSO. UNESCO. 2000.
II Unidade: Outros Queers
IX Sesso: Queer chicano: ainda sobre borderlands. 06/05/2015
ALMAGUER, Toms. Hombres chicanos: una cartografa de la identidad y del
comportamiento homosexual. In Differences, A journal of feminist cultural studies, 32, 1991.
6
CANTU, Lionel. Sexuality, migration and identity. In The sexuality of
migration: border crossing and Mexican Inmigrant Men. New York: New
York University Press. 2009. pg: 21-37.
X Sesso: Teoria Crip: Diversidade e discapacidade. 13/05/2015.
FACCHINI,
Regina.
Entrecruzando
diferenas:
mulheres
e
(homo)sexualidades na cidade de So Paulo. Em Maria Elvira DazBentez e Carlos Fgari (editores). Prazeres dissidentes. Rio de Janeiro:
Garamond. 2009.
FRANCA, Isadora. Na ponta do p: o boteco do Ca, um samba GLS.
Em Consumindo lugares, consumindo nos lugares: homossexualidade,
consumo e subjetividade na cidade de So Paulo. Rio de Janeiro: Editora
UERJ. 2012.
SIMOES, Jlio; FRANA, Isadora Lins; MACEDO, Marcio. Jeitos de
corpo: cor/raa, gnero, sexualidade e sociabilidade juvenil no centro de
So Paulo. Em Cadernos Pagu, n 35. Unicamp. 2010. pg: 37-78.
ALMEIDA, Guilherme; HEILBORN, Maria Luiza. No somos mulheres
gays: identidade lsbica na viso de ativistas brasileiras. Em Gnero (9),
Rio de Janeiro, UFF. 2008. pg: 225-249.
Leituras adicionais:
FACCHINI, Regina. No faz mal pensar que no se est s: estilo,
produo cultural e feminismo entre as minas do rock em So Paulo. Em
Cadernos Pagu, n 36, Campinas-SP, Ncleo de Estudos de
GneroPagu/Unicamp, 2011, pp.117-153.
MOUTINHO, LAURA. Negociando com a adversidade: reflexes sobre
raa, (homos)sexualidade e desigualdade social no Rio de Janeiro.
Revista Estudos Feministas, Florianpolis, UFSC, vol. 14. 2006.
XV Sesso: 17/06/2015
Textos a escolher de acordo aos interesses de pesquisa dos alunos. Os
temas em princpio sero os seguintes:
Interseccionalidade em prticas de sade
Corpos, raa, esteretipos e prticas sexuais
Marcadores sociais da diferena em contextos de precariedade social e violncia
Marcadores sociais da diferena e emoes
Interseccionalidade na formulao de polticas pblicas
_____________________________________________________
10
LOPEZ, Laura Ceclia. A mobilizao poltica das mulheres negras no
Uruguai: consideraes sobre interseccionalidade de raa, gnero e
sexualidade. En Sexualidad, Salud y Sociedad, vol.14. Rio de Janeiro:
CLAM. 2013. pg.40-65.
MELLO, Luiz e GONCALVES, Eliana. Diferena e interseccionalidade:
notas para pensar prticas de sade. Em Revista do Programa de Psgraduao em Cincias Sociais da UFRN, vol 11, n 2. 2010. pg: 163-173.
DEMAJ, Ada. 2014. Touching race through play: sadomasochism,
phenomenology, and the intertwining of race and sexuality. In Annual
Review of Critical Psychology 11, pp.97-111.
DAVIS, Angela. Violacin, racismo y el mito del violador negro. En Angela Davis: Mujeres, raza y
clase. Madrid: Akal. 2005. pg: 175-202.
MERCER, Kobena. Los mil falos de Mapplethorpe. (Traduccin de Flora Botton-Burl). In Kobena
Mercer. In Emily Apter & William Petz (eds.). Fetishism as cultural discourse. London. 1998.
11
MUOZ-LAVOY, Miguel, GARCIA, J., PERRY, A. Social network
factors associated with sexually transmitted infections among formerly
incarcerated Latino men. International Journal of Sexual Health, 25 (2):
163-168. 2012.