O Processo Político-Partidário Na Primeira República

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Nome: Mariana G.

Lopes RA: 103386


Prof.Dr.: Valeriano Costa
Texto: O processo político-partidário na primeira república
Autora: Maria do Carmo Campello de Souza

Fichamento 2

O texto trata de como no decorrer da Primeira República, o federalismo, presidencialismo e a


ampliação do regime representativo se desenvolveram e tornaram a base para a mesma, e
totalmente definida pelo poder dos grandes oligárquicos.
A opção pela federação veio para suprir a necessidade dos pólos cafeeiros do centro-sul, assim
todas as economias seriam dinamizadas e iria fortalecer as exportações já que a centralização
monárquica atrapalhava a ligação direta com o mercado internacional.
Como primeiro presidente temos Deodoro da Fonseca, que foi responsável pelo golpe e pelo
governo provisório. A tomada por golpe militar mostrou sua eficácia e a fragilidade das outras
tentativas menos.
O caráter da política brasileira pode ser explicado pelo país ser periférico economicamente o
que o fez viver numa inconstância entre o liberalismo e a manutenção das oligarquias.
Após a primeira eleição presidencial, os Estados foram organizados legalmente, Deodoro da
Fonseca foi eleito e por pressões estaduais de uma possível revolta renunciou em 23 de
novembro de 1891. Esse incidente representa a primeira desavença entre civis e militares
cobrando do governo federal apoio para as suas reivindicações.
Floriano Peixoto, foi eleito como nosso segundo presidente, como primeiro ato ele destituiu o
Congresso.
No Sul do país vemos revoltas acontecerem no sentido de restauração da Monarquia e são
elas: Revolução Federalista, Revolta da Armada enquanto que o presidente ficou conhecido
como Consolidador da República.
O terceiro presidente foi Prudente de Moraes, que rapidamente iniciou uma divergência com o
P.R.F que desejava que as mudanças feitas por Floriano se mantivessem inalteradas enquanto
que o presidente gostaria de modificar muitas coisas já consolidadas. Em oposição ao
florianismo, Prudente fora identificado como um presidente com simpatia pela monarquia,
devido a suas tentativas de mudar o que fora feito por Floriano e pela dificuldade de terminar
com a revolta de Canudos.
O P.R.F foi dividido entre ‘florianistas’ e ‘prudentistas’. Minas Gerais e São Paulo como Estados
mais fortes que eram conseguiram indicar para a presidência o ‘prudentista’ Campos Sales,
vendo a derrota iminente os Estados oposicionistas apoiaram o presidente após a sua eleição.
Os Estados nacionais comandavam a política da nação dotados de formas legais que
legitimavam sua dominação e o Brasil caminhou desse jeito até a Revolução de 30.
Explicando resumidamente o poder dos Estados que provinham da dominação do poder
judiciário, militar e policial que garantiam sua posição como Estados fortes, destacamos Minas
Gerais e São Paulo que sempre indicavam os presidentes segundo os seus interesses, o
coronelismo que permitia tal poder podemos afirmar que surgiu com o regime federativo, tais
coronéis controlavam a massa eleitoral incapacitada para participar do processo político e
assim formando a força do Estado em nome da oligarquia estadual.Também vale destacar que
o poder dos Estados de forma legal e legitimados pela constituição que afirmava o controle do
poder pelos Estados com maior peso econômico e demográfico já que esses tinham maior
eleitorado e maior representação na Câmara. Todos os presidentes eleitos após Floriano
Peixoto foram eleitos por causa da aliança Minas-São Paulo que usavam dos artifícios
apontados acima.
Voltando a descrição dos nossos presidentes, em 1907 chega ao poder Afonso Pena,
presidente eleito por estar mais perto dos interesses paulistas e que havia aceitado executar
políticas de valorização do café.
Afonso Pena desestabilizou o quadro político apoiando na sua sucessão um candidato não-
natural, ou seja não indicou um candidato mineiro, mas Pena morreu precocemente o que
abalou a coesão de forças que eram mantidas por ele para tentar indicar o seu
candidato.Devido a aceitação de todos em defesa a políticas de valorização do café, para São
Paulo não compensava sacrificar a sua aliança com Minas e apoiar Davi Campista o candidato
de Afonso Pena, mas Minas Gerais se uniu ao Rio Grande do Sul e lançou a candidatura do Mal.
Hermes da Fonseca, já que aceitar a indicação de Campista iria reafirmar a marginalização da
política Rio-Grandense, entretanto São Paulo não via vantagens em partilhar da vitoria dos
dois Estados com a candidatura militar então passou a apoiar Davi Campista.
Hermes da Fonseca acabou ganhando com o fracasso de São Paulo em buscar um candidato
que atendesse a todos os interesses. Por não possuir um grande partido atrás de si e pela
fragilidade da junta que o apoiava que possuíam diversos interesses.
O presidente iniciou um movimento de intervenções estaduais, as ‘salvações’, mas tais
políticas não surtiram efeito em Minas e São Paulo que possuíam poderio ibelico maior do que
o federal , mas o governo era inteiramente riograndense, no final do quadriênio Minas Gerais
e São Paulo voltam a cena para voltar recuperar seus poderes.
O candidato natural seria Pinheiro Machado, do grupo das salvações e bem aceito entre os
militares, mas os grandes estados se mantiveram na oposição e lançaram a candidatura de
Wenceslau Brás o atual vice-presidente. Voltando assim a política do café com leite iniciada no
governo Floriano.
Com Wenceslau Brás começou a política dos governadores, que permitia ao presidente
dominar o Legislativo tudo sob consentimento dos grandes Estados e assim se manteve até o
governo de Washington Luís, onde o presidente podia dominar os estados.
A gestão de Epitácio Pessoa parecia que poderia acabar com a hegemonia de Minas-São Paulo,
por ele ser de outro Estado, mas este governou na política desses dois Estados.
O próximo presidente eleito foi Artur Bernardes, pode ser caracterizado pelas desavenças
entre civis e militares, com um escândalo logo na campanha sucessória onde cartas falsas
contra o exército foram atribuídas a ele.No seu governo teve varias revoltas militares em 24,
ele governou em estado de sitio boa parte do que quadriênio e interveio muitas vezes nos
Estados para garantir o equilíbrio., tudo fez com que desencadeasse um movimento de
oposição na sucessão para Washington Luís.
Na constituição de 1926, o artigo 6 foi mudado dando ao governo federal maior poder e
direito para intervir nos Estados então Washington Luís seguindo a política dos governadores
interveio em Minas Gerais o que acabou com o equilíbrio entre os dois Estados. Minas Gerais
ousou a iniciar uma revolução acaso o governante paulista continuasse a interferência.
Já na sucessão, Minas Gerais sabia que não conseguiria impor a ordem anterior e lançar seu
candidato ou aceitar a indicação de Washington Luís, se aproximou do Rio Grande do Sul.Eleito
Júlio Prestes candidato paulista, Minas Gerais dessa vez não oficializou a eleição e junto com
outros Estados oposicionistas usaram da força e a Revolução de 30 pode acontecer.
O ponto importante que podemos destacar sobre a revolução de 30 é a centralização do poder
para a união que criou a idéia de líder que temos no presidente, isso também ajudou a acabar
com a estrutura monolítica e haver diferenciação partidária dentro de cada Estado.
A autora termina o texto retomando tudo que fora dito anteriormente, tocando mais
precisamente na parte econômica e explicando a atribuição da Era Vargas com a
industrialização em oposição a República Velha. Toda a República Velha tirando a período de
Floriano Peixoto e Hermes da Fonseca, o latifúndio comandou, nesse pequeno período de
governo militar poderia ser considerado como a classe media no poder, nos outros momentos
a federação foi usada como uma forma de manter as políticas de valorização do café de uma
forma para fortalecer o mercado interno.

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