Aula13 - Funções Algébricas
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Aula13 - Funções Algébricas
Sistemas Discretos I
Prof. Aline Brum Loreto
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Estruturas Algébricas
As estruturas algébricas a serem estudadas são: Grupóides, Semigrupos, Monóides,
Grupos e Homomorfismos.
1. Operações Binárias
O termo operação (pequena) é sinônimo de função parcial.
Tipos de operações:
- operações binárias: cujo domínio é um conjunto resultante de um produto cartesiano;
- operações internas a um conjunto A, ou seja, cujo domínio e contradomínio são
definidos sobre A;
- operações fechadas, sou seja, total.
c) Uma Operação Fechada é uma operação total (ou seja, é uma função).
Exemplos: Operação
a) Divisão nos reais. A operação div:R2→R, definida como abaixo (suponha
<x,y> ∈ RxR), é uma operação binária interna a R:
div<x,y>=x/y
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quadrado<n> = n2
c) União. Seja A um conjunto qualquer. A operação ∪: P(A) x P(A)→P(A) é uma
operação binária interna e fechada.
Exemplos:
a) Propriedades da União. Seja A um conjunto. A operação de união
∪: P(A) x P(A)→P(A) satisfaz as propriedades comutativa, associativa e de elemento
neutro (conjunto vazio);
b) Propriedades da Adição.
b.1) A operação de adição nos naturais +:N2→N satisfaz as propriedades comutativa,
associativa e de elemento neutro (zero);
Existe uma hierarquia entre esses tipos de álgebras, conforme esquema abaixo:
Grupóides (fechada)
Semigrupos (fechada+associativa)
Monóides (fechada+associativa+neutro)
Grupos
(fechada+associativa+neutro+inverso)
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b) Semigrupo, se <A,⊕> é um grupóide e, adicionalmente, a operação ⊕:A2→A é
associativa;
c) Monóide, se <A,⊕> é um semigrupo e, adicionalmente, a operação ⊕:A2→A satisfaz a
propriedade de elemento neutro. Neste caso, com o objetivo de destacar o elemento
neutro, o monóide é denotado por <A,⊕, e>;
a qual é fechada, associativa e possui elemento neutro (a palavra vazia ε). Portanto, a álgebra
interna <Σ*, conc> é simultaneamente grupóide, semigrupo e monóide.
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4.Importantes Propriedades dos Monóides e Grupos
O seguinte teorema mostra que o elemento neutro em um monóide (e, consequentemente,
em um grupo) é único. De fato, o teorema, com a correspondente prova, é uma generalização
do seguinte resultado apresentado quando do estudo das Técnicas de Demonstração (prova
por absurdo):
0 é o único elemento neutro da adição em N.
• Portanto, pela transitividade da igualdade em (1) e (2), tem-se que e = e, o que é uma
contradição, pois foi suposto que e ≠ e.
Assim, é absurdo supor que o elemento neutro do monóide <A,⊕, e> não é único. Logo, o
elemento neutro de qualquer monóide é único.
O seguinte Teorema apresenta uma importante propriedade para os grupos, a qual generaliza a
intuição sobre operações como a adição nos reais (bem como nos inteiros ou racionais). Por
exemplo, sabe-se que, para a seguinte equação nos reais:
x+3=y+3
Prova:
Suponha <A,⊕, e> um grupo. Para quaisquer a ∈A, x∈A e y∈A, vale:
a) Cancelamento à direita. Suponha que x⊕a = y⊕a. Então:
x= elemento neutro
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x⊕e= elemento inverso
x ⊕(a⊕a)= associatividade
(x⊕a)⊕a = hipótese
(y⊕a)⊕a = associatividade
y⊕(a⊕a) = elemento inverso
y⊕e = elemento neutro
y
Portanto, x=y.
* -1 0 1
-1 1 0 -1
0 0 0 0
1 -1 0 1
15 1 3 5 15
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Propriedades:
Vejamos como se pode estudar as propriedades de uma operação ⊕ sobre
A = {a1, a2, ..., an}, quando * é dada por meio de uma tábua.
c) Elemento Neutro: uma operação ⊕ tem elemento neutro desde que exista um elemento
cuja linha e coluna são respectivamente iguais à linha e coluna fundamentais.
⊕ a b c d ⊕ a b c d
a c d a b a c a d b
b d c b a b a b c d
c a b c d c b c d a
d b a d c d d d a c
5.Homomorfismos
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O conceito de isomorfismo, baseado na existência de um morfismo inverso, pode ser
estendido para as estruturas algébricas em geral.
Duas estruturas algébricas são ditas isomorfas se existe um isomorfismo entre tais estruturas.
Nesse caso, as estruturas são consideradas basicamente a mesma, ou seja, iguais a menos de
isomorfismo e, obrigatoriamente, possuem as mesmas propriedades.
homomorfismo
<A,⊕>
a1 b1 <B,⊕>
a2 b2
a3=a1⊕a2 b3=b1⊕b2
A notação h: <A,⊕>→ <B, ⊗> destaca o fato de que se trata de um morfismo entre álgebras.
Alguns homomorfismos de grupóides são óbvios, por exemplo:
- identidade;
- inclusão.
Exemplo a seguir, ilustra um caso em que, ao ser considerado apenas o conjunto suporte, a
função identidade induz um morfismo o qual não é um homomorfismo de grupóides.
Considere, por exemplo, A={a,b}, sendo que P(A)={∅,{a}, {b}, {a,b}}. Em particular
Por exemplo:
f*<abc> =
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f<a> f*<bc> =
f<a> f<b> f*<c> =
f<a> f<b> f<c> f*<ε> =
r r s ε = r r s.
g ° h = id<A,⊕> e h ° g = id<B,⊕>
uma função tal que h<a> = 1. Então h:Σ→N induz o homomorfismo de grupóides:
h*:<Σ*,conc> → <N,+>
definido indutivamente como segue:
h*<ε> = 0
h*<a> = h<a>
se w ∈Σ*, então h*<aw> = h<a> + h*<w>.
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Homomorfismo de Monóides
Em se tratando de mapeamento de monóides, preservar a operação, não necessariamente
implica preservar o elemento neutro. Assim, um homomorfismo de monóides é uma função
entre os conjuntos suportes tal que, simultaneamente
- preserva a operação (como um homomorfismo de grupóides/semigrupos)
- preserva o elemento neutro.
é um homomorfismo de semigrupos (ou de grupóides) h: <A,⊕>→ <B, ⊗> tal que preserva o
elemento neutro, ou seja:
h<eA> = eB.
h: <P(A), ∪,∅>→<P(B),∪,∅>
tal que:
h<∅> = ∅
h<{a}> = {x,y}
h<{b}> = {y,z}
h<{a,b}> = {x,y,z}.
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Então, h é um homomorfismo de monóides. De fato, além de preservar o elemento neutro,
preserva a operação.
Para exemplificar a preservação da operação, considere o seguinte:
h<{a}∪{b}> = h<{a,b}> = {x,y,z} = {x,y} ∪ {y,z} = h<{a}> ∪ h<{b}>
e portanto, h<{a}∪{b}> = h<{a}> ∪ h<{b}>.
Homomorfismo de Grupos
Um homomorfismo de grupos é como um homomorfismo de grupóides, no sentido em
que basta preservar a operação.
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