Lesões de Joelho
Lesões de Joelho
Lesões de Joelho
ANATOMIA DO JOELHO
O joelho é formado pelo femur distal, tibia proximal e patela. Eles são mantidos pelos
ligamentos e pela cápsula articular. Os meniscos provêm estabilidade à articulação.
2. Ligamentos
O exame físico deve ser completo e cuidadoso, especialmente na fase aguda, devido a dor.
Alguns testes especiais devem ser realizados: Teste de Lachmann, Gaveta Anterior, Gaveta
Posterior, Losee, Estresses em varo e valgo, Teste de McMurray, entre outros.
4. Exames Complementares
Alguns exames complementares podem ser realizados para uma completa avaliação destes
pacientes. Inclui-se radiografias de frente e perfil, axial de patela e oblíquas se houver
necessidade.
As lesões podem ser tratadas, com auxílio de instrumentos próprios, remoção de corpos
livres e reconstrução dos ligamentos cruzados anterior e posterior, quando indicado.
Referências Bibliográficas:
LESÃO MENISCAL
Tratamento:
Surgery of the knee, John Insall, W. Norman Scott, 3a. edição, 2001.
LESÃO LIGAMENTAR
O ligamento colateral medial tem uma porção superficial e outra profunda (capsular). A
porção superficial provê a principal resistência ao estresse em valgo. A porção profunda esta
fixada ao menisco medial e fornece adicional estabilidade ao estresse em valgo.
A lesão do colateral medial é a lesão ligamentar mais comum do joelho. Nas lesões isoladas
deste ligamento o paciente apresentará edema localizado, dor ao estresse em valgo e
ausência de hemartrose.
Lesões deste ligamento são menos comuns que o medial e geralmente são mais graves e
raramente são lesões isoladas, pois os ligaments cruzados e o complexo posterolateral é
freqüentemente lesionado.
O tratamento destas lesões é difícil. Em lesões combinadas, o complexo posterolateral,
incluindo o ligamento colateral lateral deve ser reparado e os ligamentos cruzados
reconstruídos.
As lesões do ligamento cruzado anterior são mais comuns em esportes em que o pé está fixo
ao solo e a perna é rodada com o corpo (Como no futebol, basquetebol, esqui). Com a
rotação no joelho, o paciente pode ouvir um “pop” quando a lesão ocorrer e não consegue
prosseguir a atividade. A incidência desta lesão é maior durante a terceira década de vida.
Hemartrose aguda ocorre comumente com poucas horas da lesão. O exame do joelho deve
ser repetido em poucas semanas, após a hemartrose e a sensibilidade tiveram diminuído,
para que o exame possa ser melhor realizado. Em crianças, a lesão é comumente
acompanhada de arrancamento ósseo da inserção na tíbia.
Nas lesões agudas, o exame é difícil devido a dor e ao espasmo muscular. A presença de
hemartrose leva à grande suspeita de lesão do ligamento cruzado. O teste de Lachman ou a
Gaveta Anterior positivos confirmam o diagnóstico. O teste de pivot shift de preferência não
deve ser realizado na lesão aguda, devido a dor.
O joelho deve ser avaliado quanto a lesões meniscais.
Os pacientes podem ter tido uma lesão do joelho e não procuraram atendimento médico
imediato, ou o diagnóstico não foi realizado, ou o tratamento conservador de uma lesão não
teve sucesso. O aumento da instabilidade, uma lesão meniscal ou a fraqueza muscular
contribuir para a procura de atendimento médico. A instabilidade é freqüentemente óbvia no
exame e o pivôt shift é positivo.
3.3 Tratamento
Lesão aguda. O reparo primário da lesão do ligamento cruzado anterior não tem bom
resultado. A reconstrução é o melhor tratamento. O terço médico do tendão patelar com um
bloco ósseo nas extremidades pode ser utilizado como enxerto. Ele é passado através de
túneis através da tíbia e do fêmur, simulando a posição anatômica do ligamento.
Reconstrução adequada é seguida de imediata reabilitação pós-operatória.
Complicações mais comuns são dor na região anterior do joelho e disfunção patelofemural.
Pode ocorrer ainda ruptura do tendão patelar ou fratura da patela, porém são infrequentes.
Os tendões dos músculos grácil e semitendíneo podem ser utilizados como enxerto.
Estudos de seguimento a longo prazo demonstraram resultados estatisticamente parecidos.
Lesão Crônica. Os pacientes com instabilidade crônica podem ser melhor tratados com inicial
fortalecimento dos músculos quadríceps e ísquiotibiais. Uma órtese e modificação da
atividade é provavelmente o melhor tratamento. Na falha deste tratamento a reconstrução
pode ser indicada.
3.5 Prognóstico
4.2 Tratamento
Na sua reconstrução, o enxerto deve ser mais largo que o freqüentemente utilizado na
reconstrução do cruzado anterior.
Referências Bibliográficas:
LUXAÇÃO DA PATELA
1. Achados Clínicos
A patela sempre se desloca lateralmente. O paciente pode informar que a patela moveu-se
lateralmente ou que o resto do joelho moveu-se medialmente. Geralmente a redução ocorre
logo a seguir da injúria, quando o joelho é estendido.
2. Tratamento e Prognóstico
Existe uma grande variedade de tratamento que podem ser recomendados para o tratamento
de luxações
As rupturas freqüentemente ocorrem em pacientes acima dos 40 anos e a biópsia dos locais
de ruptura demonstram alterações degenerativas. Raramente ocorre bilateralmente e nesse
caso deve-se pensar em alguma doença sistêmica.
Ruptura aguda completa do tendão deve ser reparada cirurgicamente. Se não tratada,
ocorrerá migração proximal e encurtamento do quadríceps. O reparo produz excelentes
resultados. Após o reparo imobiliza-se o joelho em extensão. O ideal é utilizar uma máquina
de mobilização passiva no pós-operatório imediato, evitando-se aderências.
A ruptura deste tendão ocorre mais freqüentemente em pacientes abaixo dos 40 anos. O
paciente não pode estender ativamente o joelho, a patela encontra-se em uma posição mais
alta e o defeito é palpável abaixo da patela. O reparo cirúrgico é o tratamento de escolha.
Referências Bibliográficas:
DOR NO JOELHO
Dor no joelho é muito comum em atletas. Se não houver história de lesão aguda, então o
“overuse” comumente é a causa. O paciente geralmente é capaz de apontar a área de dor. A
história da atividade de ver ser obtida bem como a avaliação das extremidades.
Dor patelar geralmente ocorre quando subindo ou descendo escadas ou após levantar-se
após ficar longo tempo sentado e pode ser acompanhada de sensação de instabilidade
quando caminha, corre ou pratica outras atividades esportivas. Pode ocorrer edema local.
1.2 Tratamento
A dor lateral não localizada na interlinha articular pode ser resultado da síndrome da banda
ílio-tibial. Esta é causada pela fricção da banda ílio-tibia no epicôndilo lateral. Sensibilidade
aumentada sobre o epicôndilo lateral com 30º de flexão quando o joelho está sendo
estendido é indicativo do diagnóstico. Corredores e ciclistas são comumente afetados.
O tratamento envolve o decréscimo nas atividades do atleta, aplicação de gelo, alongamento
do tracto ílio-tibial e o uso de órtese lateral em pacientes com varo do tornozelo.
Em corredores, a corrida em terreno plano ou alterações na marcha podem ser úteis.
Em ciclistas, alterar a altura do assento para evitar a total extensão do joelho e ajustar os
pedais para evitar a rotação interna são procedimentos que ajudam. Infiltrações devem ser
evitadas e o tratamento cirúrgico é raramente indicado.
Referências Bibliográficas:
FONTE: http://www.medicinadoesporte.com/Almanaque.htm