Codigo de Praticas N 01 - ALVENARIA
Codigo de Praticas N 01 - ALVENARIA
Codigo de Praticas N 01 - ALVENARIA
DE PRÁTICAS
No 01
ALVENARIA
DE VEDAÇÃO EM
BLOCOS CERÂMICOS
CÓDIGO DE PRÁTICAS Nº 01
Ercio Thomaz
Cláudio Vicente Mitidieri Filho
Fabiana da Rocha Cleto
Francisco Ferreira Cardoso
2009
Agradecimentos
Agradecemos a participação dos diversos representantes do setor da construção civil, relaciona-
dos abaixo, na discussão e elaboração deste Código de Práticas piloto para alvenaria de vedação
em blocos cerâmicos:
ACERTAR – Associação das Cerâmicas de Tatuí e Região (Vanderlei Lopes, Francisco G. Malavasi);
ANICER – Associação Nacional da Indústria Cerâmica (Carlos André F. Lanna; Luis Carlos Barbosa Lima);
CAIXA – Caixa Econômica Federal (Luiz Guilherme de Mattos Zigmantas, Marcel Minami Borges,
Orlando Silva Filho);
PAULA VIANNA Consultoria em Projetos S/C Ltda. (Paula Pinheiro de Toledo Vianna);
SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial na Construção Civil (Marcelo Duarte da Silva);
1 . IN T RO D U ÇÃ O .................................................................... 1
1. 1 DOS CÓDIGOS DE PRÁTICAS ................................................................................ 1
1.2 DAS ALVENARIAS DE VEDAÇÃO .............................................................................. 2
1.3 OBJETIVO ......................................................................................................... 3
1.4 CAMPO DE APLICAÇÃO ........................................................................................ 3
1.5 LIMITAÇÕES DE USO ........................................................................................... 4
1.6 TERMINOLOGIA .................................................................................................. 4
1.6.1 ALVENARIA DE VEDAÇÃO .................................................................................. 4
1.6.2 BISNAGA DE ASSENTAR .................................................................................... 4
1.6.3 BLOCO CERÂMICO DE VEDAÇÃO .......................................................................... 4
1.6.4 BLOCO CERÂMICO ESTRUTURAL .......................................................................... 4
1.6.5 BLOCO CERÂMICO VAZADO ................................................................................ 4
1.6.6 BLOCO COMPENSADOR...................................................................................... 5
1.6.7 BLOCO DE AMARRAÇÃO..................................................................................... 5
1.6.8 “BONECA” .................................................................................................... 5
1.6.9 CANALETA J .................................................................................................. 5
1.6.10 CANALETA U ............................................................................................... 5
1.6.11 CINTA DE AMARRAÇÃO ................................................................................... 5
1.6.12 COMPONENTES COMPLEMENTARES.................................................................... 5
1.6.13 CONTRAVERGA ............................................................................................. 5
1.6.14 ESCANTILHÃO .............................................................................................. 6
1.6.15 ESCANTILHÃO COM TRIPÉ ............................................................................... 6
1.6.16 ESCANTILHÃO TELESCÓPICO ............................................................................ 6
1.6.17 ESTICADOR DE LINHA..................................................................................... 6
1.6.18 FINCA-PINOS ............................................................................................... 6
1.6.19 FIO TRAÇANTE ............................................................................................. 6
1.6.20 GRAUTE ...................................................................................................... 7
1.6.21 JUNTA A PRUMO ........................................................................................... 7
1.6.22 JUNTA DE CONTROLE ..................................................................................... 7
1.6.23 JUNTA EM AMARRAÇÃO .................................................................................. 7
1.6.24 JUNTA SECA ................................................................................................ 7
1.6.25 MEIA-CANA ................................................................................................. 7
1.6.26 MÓDULO (M) .............................................................................................. 7
1.6.27 PALETE ...................................................................................................... 8
1.6.28 “PALHETA”, MEIA-DESEMPENADEIRA OU RÉGUA DE ASSENTAR ............................... 8
1.6.29 TIJOLO CERÂMICO MACIÇO .............................................................................. 8
1.6.30 VÃO “EM OSSO” ........................................................................................... 8
1.6.31 VERGA ........................................................................................................ 8
1.6.32 VIDA ÚTIL (VU) .......................................................................................... 8
1.6.33 VIDA ÚTIL DE PROJETO (VUP) ....................................................................... 8
3 . ETA PA D E P RO JE TO ........................................................ 14
3.1 REQUISITOS E CRITÉRIOS DE DESEMPENHO ............................................................ 14
3.2 EXIGÊNCIAS E RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS DE PROJETO DE ALVENARIAS DE VEDAÇÃO .... 18
3.2.1 COORDENAÇÃO MODULAR HORIZONTAL E VERTICAL ............................................... 19
3.2.1.1 Disposição das paredes em relação aos pilares ........................................ 20
3.2.1.2 Disposição das paredes em relação com conjunto laje-piso ...................... 20
3.2.1.3 Coordenação dimensional com esquadrias ............................................... 20
3.2.2 ESTABILIDADE E RESISTÊNCIA DAS PAREDES DE VEDAÇÃO...................................... 21
3.2.3 COMPATIBILIZAÇÃO COM PROJETOS DE ESTRUTURAS E DE FUNDAÇÕES ...................... 22
3.2.4 COMPATIBILIZAÇÃO COM PROJETOS DE SISTEMAS PREDIAIS .................................... 23
3.2.5 COMPATIBILIZAÇÃO COM PROJETO DE IMPERMEABILIZAÇÃO.................................... 23
3.2.6 JUNTAS DE ASSENTAMENTO E JUNTAS DE CONTROLE ............................................. 24
3.2.7 LIGAÇÕES ENTRE PAREDES ............................................................................. 26
3.2.8 LIGAÇÕES ENTRE ALVENARIAS E PILARES ........................................................... 27
3.2.9 FIXAÇÕES (“ENCUNHAMENTOS”) .................................................................... 31
3.2.10 REFORÇOS METÁLICOS, VERGAS, CONTRAVERGAS E CINTAS DE AMARRAÇÃO ............. 33
3.2.11 FIXAÇÃO DE MARCOS DE PORTAS E JANELAS ..................................................... 35
3.2.12 ALVENARIAS DO ÚLTIMO PAVIMENTO ............................................................... 35
3.2.13 RECEBIMENTO / ACEITAÇÃO DO PROJETO DAS ALVENARIAS DE VEDAÇÃO .................. 37
ALVENARIA DE VEDAÇÃO EM BLOCOS CERÂMICOS
4 . E TA PA D E E X E C U ÇÃ O ..................................................... 39
4.1 ESTOCAGEM DOS MATERIAIS E COMPONENTES ........................................................ 39
4.1.1 BLOCOS CERÂMICOS ...................................................................................... 39
4.1.2 AÇO ........................................................................................................... 40
4.1.3 CIMENTO, CAL E ARGAMASSA INDUSTRIALIZADA ................................................... 40
4.1.4 AREIA ........................................................................................................ 40
4.2 PREPARO DAS ARGAMASSAS DE ASSENTAMENTO E CHAPISCOS.................................... 40
4.3 FIADA DE MARCAÇÃO (1ª FIADA) ........................................................................ 42
4.3.1 EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS ..................................................................... 44
4.4 ELEVAÇÃO DAS ALVENARIAS ............................................................................... 45
4.5 FIXAÇÕES (“ENCUNHAMENTOS”) ....................................................................... 49
4.6 COLOCAÇÃO DE ESQUADRIAS............................................................................... 51
4.7 EMBUTIMENTO DE TUBULAÇÕES .......................................................................... 53
6 . E TA PA D E U S O E MANUTENÇÃO ...................................... 60
8 . B IB L IO G R A F IA S D E REFERÊNCIA .................................... 62
1 I NTRO DU ÇÀ O
1 ANICER – Associação Nacional da Indústria Cerâmica; Sindicercon – Sindicato da Indústria da Cerâmica para Construção do Estado de SP; ACERTAR – Associação das Cerâmicas de Tatuí e
Região; ACERVIR – Associação das Cerâmicas Vermelhas de Itu e Região; SECOVI-SP – Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Adm. de Imóveis Residenciais e Comerciais de
SP; CDHU – Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo; Sinduscon-SP – Sindicato da Indústria da Construção Civil de Grandes Estruturas no Estado de SP;
AsBEA – Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura; CAIXA – Caixa Econômica Federal; IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo; EPUSP – Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo; UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina; UEL – Universidade Estadual de Londrina; SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Construção Civil).
1
ALVENARIA DE VEDAÇÃO EM BLOCOS CERÂMICOS
2
de forma mais ampla, considerando-se aspectos do desempenho termo-acústico, resistência
à ação do fogo, produtividade e outros. Sob o ponto de vista da isolação térmica ou da inércia
térmica das fachadas, por exemplo, as paredes influenciam a necessidade ou não de condicio-
namento artificial dos ambientes internos, com repercussão no consumo de energia ao longo de
toda a vida útil do edifício.
Diante das novas opções arquitetônicas e estruturais, dos novos modelos de construção, dos
novos tipos de blocos vazados desenvolvidos pela indústria cerâmica e até mesmo das novas
exigências econômicas e ambientais, justifica-se a elaboração do presente Código de Práticas,
alicerçado na efetiva experiência construtiva e na normalização técnica brasileira.
1.3 OBJETIVO
O objetivo desse documento é recomendar e unificar práticas construtivas bem sucedidas, e
consensualizadas junto ao setor produtivo, para alvenaria de vedação em blocos cerâmicos, com-
plementando a normalização técnica e balizando o uso dessa técnica construtiva no Brasil, mesmo
considerando-se as especificidades regionais.
Com a aplicação desse documento, que consolida o estado-da-arte de elementos ou técnicas
construtivas já consagradas pelo uso, pretende-se otimizar a produtividade e a qualidade das
edificações, alem de melhor balizar as relações contratuais entre os diferentes agentes da ca-
deia produtiva, envolvendo empreendedores, fabricantes de materiais e componentes, projetistas,
construtoras, agentes promotores, agentes financeiros e responsáveis pela operação e manuten-
ção dos edifícios.
3
ALVENARIA DE VEDAÇÃO EM BLOCOS CERÂMICOS
1.6 TERMINOLOGIA
4
1.6.6 BLOCO COMPENSADOR
Componente com medidas equivalentes a sub-módulo do comprimento do bloco padrão
(exemplo 1/4 M e 1/8 M), utilizado para complementar vãos que não sejam múltiplos inteiros
do módulo.
1.6.8 “BONECA”
Pequeno trecho saliente de alvenaria destinado ao alojamento de tubulações ou à fixação de
marcos de portas e janelas.
1.6.9 CANALETA J
Componente cerâmico com seção em forma de J, sem paredes transversais, que permite o
apoio de lajes sem que se quebre a modulação vertical das fiadas nas paredes de fachada.
1.6.10 CANALETA U
Componete cerâmico com seção em forma de U, sem paredes transversais, que permite a
construção de cintas de amarração, vergas e contravergas. Aplicada no topo de paredes internas,
permite o apoio de laje sem que se quebre a modulação vertical das fiadas.
1.6.13 CONTRAVERGA
Reforço de material resistente à tração e ao cisalhamento, introduzida e solidarizada às al-
venarias, localizada na parte inferior de vãos, como os de janelas, com a finalidade de absorver
essas tensões.
5
ALVENARIA DE VEDAÇÃO EM BLOCOS CERÂMICOS
1.6.14 ESCANTILHÃO
Régua graduada, com subdivisão correspondente à altura de cada fiada, utilizada para obedi-
ência à modulação vertical da alvenaria e também para orientar o prumo das paredes.
1.6.18 FINCA-PINOS
Ferramenta semelhante a uma pistola, destinada a cravar pinos de aço no concreto, na
alvenaria ou em outros materiais, funcionando à base de explosivos; a ferramenta deve ser
operada por profissionais habilitados, devendo apresentar regulagem de pressão (diferentes
para os diferentes tipos de base) e sistema de comando que evite a deflagração acidental do
projétil (pino de aço).
6
1.6.20 GRAUTE
Micro-concreto ou argamassa auto-adensável, isto é, material que se acomoda no interior
do molde sem a necessidade de ser socado ou vibrado, com a função de solidarizar a armadura
à alvenaria.
1.6.25 MEIA-CANA
Ferramenta côncava destinada à execução de alvenarias, com pequena largura, com capacida-
de para recolher quantidade de argamassa compatível com a dimensão do cordão que se pretende
constituir para o assentamento de blocos.
7
1.6.27 PALETE
Plataforma de madeira sobre a qual se empilham os blocos ou tijolos a fim de transportá-los
em maior quantidade e de forma segura, possibilitando ainda o içamento através de gruas ou
guinchos e facilitando o encaixe de garfos de carrinhos porta-paletes.
1.6.31 VERGA
Reforço de material resistente à flexão e ao cisalhamento, introduzida e solidarizada às alve-
narias sobre os vãos como os de portas ou janelas, com a finalidade de absorver tensões que se
concentram no entorno dos vãos.
H
H
C
C
L L
Furos na vertical Furos na horizontal
Figura 2 – Representação dos blocos cerâmicos de vedação
9
ALVENARIA DE VEDAÇÃO EM BLOCOS CERÂMICOS
10
Além dos blocos e meios-blocos existem outros tipos de componentes cerâmicos complemen-
tares que integram as alvenarias de vedação, com funções específicas como a canaleta U, que
permite a construção de cintas de amarração, vergas e contravergas, a canaleta J, os blocos de
amarração, os compensadores e outros que podem ser especificados em projetos, desde que
atendam aos requisitos de desempenho exigidos.
As características que os blocos cerâmicos de vedação devem apresentar, de acordo com a
norma NBR 15270-1, são resumidas na Tabela 2.
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ALVENARIA DE VEDAÇÃO EM BLOCOS CERÂMICOS
ticas visuais dos blocos), deve ser realizada inspeção por ensaios para determinação de suas ca-
racterísticas geométricas (valores das dimensões das faces, espessura das nervuras que formam
os septos e das paredes externas do bloco, esquadro e planeza das faces), de sua caracterização
física (índice de absorção de água) e sua caracterização mecânica (resistência à compressão).
Para tanto, deve-se observar os lotes de fornecimento com no máximo 100.000 blocos ou fração,
de acordo com as amostragens e critérios de aceitação e rejeição apresentados na Tabela 3.
Blocos não-conforme
Inspeções e Nº Blocos ensaiados
1o amostragem 2o amostragem
ensaios
1a 2o No No No No
realizados
amostra amostra aceitação rejeição aceitação rejeição
Identificação dos blocos 13 - 0 1 - -
Características visuais 13 13 2 5 6 7
Características geométricas 13 - 2 3 - -
Caracterização física 6 - 1 2 - -
Caracterização mecânica 13 - 2 3 - -
(-) não se aplica a dupla amostragem.
Análises e ensaios periódicos são realizados em blocos cerâmicos de empresas que partici-
pam do Programa Setorial da Qualidade de Blocos Cerâmicos – PSQ-BC2, em vigor no âmbito do
PBQP-H (Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat), vinculado ao Ministério
das Cidades.
No PSQ-BC são realizadas, periodicamente, as seguintes análises de acordo com a norma
NBR 15270:
a) Nível 1: Inscrição (Identificação), Avaliação Visual e Verificação das Características Geo-
métricas (Dimensional).
b) Nível 2: Requisitos exigidos no Nível 1 mais Absorção de Água e Resistência à Compressão.
c) Nível 3: Avaliação de Conformidade do Produto no âmbito do SBAC - Sistema Brasileiro de
Avaliação da Conformidade, INMETRO (Certificação).
2
O PSQ-BC, sob gestão da ANICER – Associação Nacional da Indústria Cerâmica, regulamenta a avaliação da conformidade de blocos cerâmicos para alvenaria de vedação e estrutural das empresas
participantes do Programa (maiores informações no site: http://www.cidades.gov.br/pbqp-h).
12
Para o caso da utilização de tijolos maciços cerâmicos para alvenaria deve-se verificar as es-
pecificações constantes da norma NBR 7170 (características visuais, geométricas e mecânicas),
considerando os respectivos critérios de aceitação e rejeição. A verificação da resistência à com-
pressão do tijolo deve ser feita conforme método de ensaio apresentado na norma NBR 6460.
13
ALVENARIA DE VEDAÇÃO EM BLOCOS CERÂMICOS
3 E TAPA D E P RO J E TO
14
Tabela 4 - Módulo de deformação e resistência à flexão de alvenarias de vedação
em blocos cerâmicos
Módulo de Resist. admissível - tração na flexão (MPa)
deformação à direção x
Tipo de bloco direção y (altura da
compressão (comprimento
parede)
axial (GPa) da parede)
Relativamente a cargas dinâmicas, para blocos que atendam exigências do item 2.1, alve-
narias assentadas com juntas em amarração e argamassas de assentamento com resistência à
compressão ≥ 5 MPa, para impactos de corpo mole (realizados conforme NBR 11675) podem ser
admitidos os valores de resistência indicados na Tabela 5 (alvenarias com ou sem revestimento em
argamassa). Para paredes com essas mesmas condições construtivas, para a capacidade de fixa-
ção de peças suspensas (ensaio realizado conforme NBR 11678) podem ser admitidos os valores
igualmente indicados na Tabela 5.
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ALVENARIA DE VEDAÇÃO EM BLOCOS CERÂMICOS
Largura Resistência a
Tipo de bloco Máxima carga
do bloco Revesti- Massa impactos de
suspensa em cada
(cm) mento (kg/m2) corpo mole
mão-francesa (kgf)
(J)
sem 90 ** **
9
* 140 ** **
sem ** ** **
11,5
* ** ** **
sem 130 ** **
14
* 180 ** **
sem ** ** **
19 **
* ** **
sem ** ** **
9 **
* ** **
sem ** ** **
11,5 **
* ** **
sem 120 ** **
14
* 170 ** **
sem ** ** **
19 **
* ** **
(*) alvenaria revestida nas duas faces, camada de 1,5cm de argamassa no traço 1 : 2 : 9 (cimento, cal hidratada e areia média lavada, em volume).
OBS: Argamassa de assentamento dos blocos com resistência à compressão ≥ 5 MPa, mãos-francesas de sustentação de peças suspensas
fixadas com buchas de náilon e parafusos com diâmetro de 8mm.
NOTA: Os valores não indicados (**) devem ser objeto de investigação técnica. A Tabela 5 será completada em versão futura do presente docu-
mento.
16
A aplicação de revestimentos em argamassa ou gesso pode melhorar substancialmente o de-
sempenho das alvenarias frente à ação do fogo, aumentando ainda a isolação térmica e acústica.
Valores médios dessas características, obtidas com a realização de ensaios de laboratório, são
indicados na Tabela 6.
17
ALVENARIA DE VEDAÇÃO EM BLOCOS CERÂMICOS
O projeto de arquitetura tem grande influencia no desempenho das paredes de vedação. Com
vistas à estanqueidade à água e à própria durabilidade das paredes externas e dos revestimentos
das fachadas, é desejável que as lâminas de água sejam descoladas o mais rapidamente possível
das fachadas, o que se pode conseguir com diferentes recursos arquitetônicos, como molduras,
cornijas, capitéis, peitoris, pingadeiras e outros.
A pintura das fachadas em cores escuras deve ser evitada, quando possível, pois favorece a
absorção de calor, redundando em maiores movimentações térmicas das paredes, aumentando a
possibilidade de ocorrência de fissuras e destacamentos; a combinação alternada de faixas cla-
ras e escuras numa mesma fachada pode aumentar essa potencialidade. No caso de alvenarias
aparentes, cuidados especiais devem ser observados a fim de evitar eflorescências: seleção dos
componentes de alvenaria (isentos ou com teores mínimos de saís solúveis), argamassa de assen-
tamento sem a presença de cal, aplicação de hidrofugante, etc.
O desempenho das alvenarias está diretamente associado à perfeita coordenação dimensional, à com-
patibilidade com outros projetos e à adoção de detalhes construtivos apropriados. Em razão da pequena
18
resistência a solicitações de tração, torção e cisalhamento, as alvenarias devem ser convenientemente
reforçadas com telas, ferros corridos, vergas e outros dispositivos. No topo de muros de divisa, guarda-
corpos de terraços e platibandas devem obrigatoriamente ser construídas cintas de amarração.
X Y
Medida modular
Medida de projeto
(do componente)
19
ALVENARIA DE VEDAÇÃO EM BLOCOS CERÂMICOS
20
a) fixação com espuma de poliuretano: 1 a 1,5 cm em relação à alvenaria;
b) fixação com argamassa aplicada na cavidade de chapa dobrada constituinte do marco: 1
a 1,5 cm em relação à alvenaria;
c) fixação com grapas: 2 a 3 cm em relação à alvenaria (para posterior requadramento do
vão com argamassa);
d) fixação com tacos de madeira: 2 a 3 cm em relação à alvenaria (para posterior requadra-
mento do vão com argamassa);
e) fixação com buchas de náilon e parafusos: 1,5 a 2 cm em relação à alvenaria, 1 a 2 mm em
relação ao vão requadrado com argamassa.
21
ALVENARIA DE VEDAÇÃO EM BLOCOS CERÂMICOS
22
c) o limite da parcela de flecha que irá ocorrer após a elevação da alvenaria deve ser de
L/600 (L = vão teórico do componente estrutural), considerando-se no cálculo das flechas
dos elementos fletidos os efeitos da fissuração e da deformação lenta do concreto;
d) o limite da torção de vigas ou lajes que se prestam ao apoio das alvenarias de vedação,
deve ser tal que o ângulo de giro do suporte, na direção normal à parede, não ultrapasse
0,1º (0,017 rad).
Caso qualquer um desses limites venha a ser ultrapassado, cuidados especiais devem ser
observados no projeto e na execução das paredes de vedação, bem como na sua vinculação com
a estrutura, conforme considerado nas alíneas 3.2.8, 3.2.9 e 3.2.10.
Há necessidade também de limitarem-se as flechas de vigas de fundação e vigas de transi-
ção, já que, sob ação dos deslocamentos, há tendência das paredes trabalharem solidariamente,
comportando-se como vigas altas.
23
ALVENARIA DE VEDAÇÃO EM BLOCOS CERÂMICOS
posta por blocos de 14 cm; e assim por diante. No caso da instalação de banheiras, os blocos mais
estreitos podem chegar até a quarta ou mesmo a quinta fiada, chegando até a oitava ou nona fiada
no caso dos box de chuveiro. Tal providência pode ser adotada ou não, em função do sistema de
impermeabilização que venha a ser adotado, conforme projeto específico. No caso da impermea-
bilização com manta asfáltica, no encontro da manta com a alvenaria, recomenda-se reforçar com
tela metálica o revestimento da parede.
Ainda nas áreas molháveis, deve-se projetar os vãos de portas com largura suficiente para que
o sistema de impermeabilização possa envolver a espaleta da alvenaria na sua base, interpondo-
se entre a parede e o marco. Nessa circunstância, pode-se deixar pequenos dentes na base do vão,
recorrendo-se ao estreitamento das juntas verticais de assentamento nas duas primeiras fiadas
da alvenaria.
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Tabela 8 - Distâncias máximas entre juntas de controle em alvenarias de vedação em
blocos cerâmicos
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ALVENARIA DE VEDAÇÃO EM BLOCOS CERÂMICOS
Selante
1,5 a 2 cm Material
deformável
Ferro com ponta
Furos engraxada ou
grauteados revestida com
ø 5 mm c/ 40
mangueira
1,5 a 2 cm
Blocos com furos na vertical Blocos com furos na horizontal
Figura 4 - Junta de controle: a) ligação com ferro a cada duas fiadas;
b) acabamento com material deformável e selante flexível
26
Pode-se, também, optar por encontro entre paredes com juntas a prumo no caso de plantas
com ambientes reversíveis, com a opção da retirada de paredes. Nesse caso, a junta a prumo fa-
cilita a retirada da alvenaria, sem causar danos às paredes remanescentes.
27
ALVENARIA DE VEDAÇÃO EM BLOCOS CERÂMICOS
90°
> 40
>7
Tela galvanizada
#15 X 15 – ø1,2 mm
Pino de aço
Arruela
Figura 6 - Fixação entre alvenarias e pilares com o emprego de tela metálica galvanizada.
Ligações mais fortes podem ser obtidas com armações de espera introduzidas na armadura do
pilar (ferros dobrados, faceando a fôrma internamente), ou com “ferros-cabelo” posteriormente
colados em furos executados com brocas de vídea φ 8mm (colagem com resina epóxi); nos casos
correntes recomenda-se introduzir um ferro de φ 6mm a cada 40 ou 50 cm, com transpasse em
torno de 50cm para o interior da alvenaria e com penetração no pilar de 6 a 8 cm.
Canaletas assentadas na posição dos “ferros-cabelo”, posteriormente preenchidas com grau-
te, produzem ligações ainda mais fortes e absorvem diferenças no posicionamento das armações
em relação às fiadas. A ligação pode ainda ser executada com gancho / estribo de dois ramos,
situações ilustradas na Figura 7.
28
Figura 7 - Ligações entre alvenarias e pilares com gancho de aço de dois ramos ou com auxílio de blocos
tipo canaleta.
No caso de estruturas muito flexíveis ou paredes muito longas, para limitar as solicitações na
alvenaria pelas deformações da estrutura ou evitar destacamentos em função de movimentações
higrotérmicas do material, podem ser adotadas juntas flexíveis nos encontros com pilares. Nesse
caso, a ancoragem das paredes deve ser executada com cantoneiras metálicas, telas ou “ferros-
cabelo”, procedendo-se ao acabamento com selante flexível; a Figura 8 ilustra algumas soluções
construtivas para essas juntas.
Selante
Material deformável
29
ALVENARIA DE VEDAÇÃO EM BLOCOS CERÂMICOS
No caso de ligação com estruturas metálicas, as ancoragens podem ser executadas com inser-
tos de aço soldados nos pilares e chumbados nas juntas horizontais de assentamento, seguindo-se
os mesmos preceitos estabelecidos nas alíneas anteriores (bitolas, espaçamentos, transpasses,
emprego de meio-blocos, canaletas, telas de reforço no revestimento, etc.). A Figura 9 e a Figura
10 ilustram algumas possibilidades de ligações entre alvenarias e pilares metálicos.
Em função de acentuadas diferenças entre as propriedades físicas dos aços e dos materiais
constituintes das alvenarias (módulo de deformação, coeficiente de dilatação térmica), e princi-
palmente em função da dificuldade de conseguir-se boa aderência entre um material pétreo e um
metal, particularmente nas paredes de fachada é mais segura a adoção de juntas flexíveis nos
encontros entre pilares e paredes, com detalhes idênticos àqueles apresentados na Figura 8.
30
As alvenarias de vedação podem ainda ser posicionadas externamente à estrutura de aço,
apoiando-se em pequenos balanços das lajes de piso ou, no caso de sobrados, sendo elevadas
desde as fundações; nessa última hipótese, deve-se cuidar para que os blocos cerâmicos apresen-
tem resistência suficiente para suportar o peso próprio da parede com pé-direito mais elevado.
Figura 11 - Fixação (“encunhamento”) de parede com o emprego de tijolos de barro cozido ou meio blocos
31
ALVENARIA DE VEDAÇÃO EM BLOCOS CERÂMICOS
Selante
flexível Gancho de aço
Moldura ø 5 ou 6 mm
de gesso Material
deformável
Figura 12 - Detalhes de ligação das alvenarias com viga ou laje muito deformável.
32
Para as ligações com vigas de aço ou lajes mistas steel deck valem as mesmas recomendações
anteriores, ressaltando-se mais uma vez que as alvenarias de fachada podem ser posicionadas
externamente à estrutura, conforme detalhe ilustrado na Figura 13.
Perfil “H”
Revestimento
externo
Placa de EPS
Laje Conector
(cantoneira)
Cintamento
Perfil “I”
Alvenaria
Revestimento
interno
Elevação
33
ALVENARIA DE VEDAÇÃO EM BLOCOS CERÂMICOS
*com mínimo
de 20 cm
No caso de vãos sucessivos, as vergas e contravergas devem ser contínuas (Figura 15); em
casos especiais (janelas ou portas de grandes dimensões, paredes muito altas), vergas e contra-
vergas devem ser dimensionadas como vigas.
34
Vergas, contravergas e cintas de amarração devem ser convenientemente armadas, recomen-
dando-se pelo menos dois ferros com diâmetro de 6 mm; podem ser construídas com concreto
normal, ou com graute no caso do preenchimento de canaletas.
A prática de adotar-se coxins pré-moldados de distribuição nas laterais dos vãos, ao invés de
contravergas contínuas, deve ser cuidadosamente estudada, já que tais elementos não têm poder
de redistribuir tensões provocadas por movimentações térmicas ou distorções dos panos no plano
das paredes.
35
ALVENARIA DE VEDAÇÃO EM BLOCOS CERÂMICOS
Pode-se também recorrer ao seccionamento das paredes do último pavimento, mediante intro-
dução de juntas de controle ou adoção de portas com bandeiras (parede naturalmente seccionada
pelo vão), conforme ilustrado na Figura 16. Outros aspectos que podem ser contemplados, tam-
bém como soluções alternativas, são a adoção de pintura branca ou reflexiva na face superior das
telhas, de subcoberturas que diminuam sensivelmente a reirradiação das telhas para as lajes, de
armaduras nas juntas de assentamento das últimas fiadas e inserção de tela metálica no revesti-
mento, no encontro alvenaria / estrutura.
Figura 16 - Soluções alternativas para o último pavimento: detalhes construtivos para minimizar risco de
ocorrência de fissuras e destacamentos nas paredes.
36
3.2.13 RECEBIMENTO / ACEITAÇÃO DO PROJETO DAS ALVENARIAS DE VEDAÇÃO
O projeto das alvenarias de vedação deve ser compatível com os projetos de fundações, es-
truturas, impermeabilizações e outros (previsão dos recalques diferenciados e dos deslocamentos
de vigas e lajes, rigidez e prazos de retirada de cimbramentos e escoramentos residuais, plano /
sequência de elevação das alvenarias); sempre que necessário, devem ser previstas ligações flexí-
veis ou outros detalhes construtivos que assegurem comportamento harmônico entre as partes.
Em linhas gerais, o projeto deve apresentar especificação de todos os materiais de construção
necessários (incluindo traços indicativos das argamassas de assentamento e fixação / “encunha-
mento”), memorial descritivo da construção (forma de locação das paredes, execução dos cantos,
escoramentos provisórios frente à ação do vento, prazos entre execução da estrutura / elevação
das paredes / “encunhamentos”, forma de fixação de marcos e contramarcos) e todos os elemen-
tos gráficos necessários, ou seja:
a) planta da 1a e 2a fiadas, coordenação dimensional com a estrutura; coordenação dimensional
com esquadrias, caixas de ar condicionado, caixas de entrada de energia elétrica e outros;
b) coordenação / estudos das interferências com os projetos de estruturas, sistemas pre-
diais, impermeabilização e outros;
c) necessidade de cintas ou pilaretes de reforço (paredes altas ou longas);
d) paginação das paredes, indicando forma e espessura das juntas de assentamento, posi-
ções e dimensões dos vãos, instalações, juntas de controle;
e) detalhes construtivos em geral (ligações com pilares, encontros entre paredes, fixações
(“encunhamentos”), vergas, contravergas, cintas de amarração, presença de peitoris, fi-
xação de esquadrias, embutimento de tubulações).
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ALVENARIA DE VEDAÇÃO EM BLOCOS CERÂMICOS
PROJETISTA: ___________
OBRA:______________________________
LOCAL:______________________________ N° DO PROJETO:_________
DEPENDÊNCIA:_______________________
Pranchas N°: ___________
Atendimento
A. Análise formal do projeto Observações
SIM NÃO
1. Foram apresentadas todas as pranchas necessárias, paginação das paredes,
cortes e detalhes construtivos?
2. Foram apresentados memoriais, especificações e quantificação de todos
materiais e equipamentos especiais necessários?
3. São adequadas as escalas dos desenhos? Todas as posições e cotas dos
caixilhos foram representadas?
4. A referência de nível e as cotas correspondem àquelas dos demais projetos?
5. Correta numeração, carimbos, assinaturas nas pranchas?
Atendimento
B. Análise técnica do projeto Observações
SIM NÃO
1. Projeto adequado do ponto de vista da coordenação dimensional?
2. Correta locação de paredes em relação a pilares e vigas ?
3. Projeto compatível com flechas previstas de vigas e lajes?
4. Coordenação dimensional com vãos estruturais, caixilhos, equipamentos,
pisos e forros é satisfatória?
5. Detalhes de amarração entre as paredes estão corretos?
6. Seção, transpasse e armação de vergas, contravergas e cintas foram
corretamente projetados?
7. Detalhes de ligação com pilares estão corretos?
8. Fixações (“encunhamentos”) foram corretamente especificados?
9. Juntas de controle foram corretamente especificadas?
10. Detalhes do último pavimento (isolação, juntas) são corretos?
11. Previsto embutimento de impermeabilização nos pés das paredes?
12. Posição de dutos e pontos compatível com projeto de hidráulica?
13. Posição de dutos e pontos compatível com projeto de elétrica?
14. Posição de dutos e pontos compatível com projeto de gás?
15. Detalhes de fixação de caixilhos estão corretos?
16. Argamassa de assentamento foi corretamente especificada?
Data e local:
_________________________________ ___________________________
assinatura do responsável pelo recebimento visto do coordenador de projetos
38
4 E TA PA D E E X E C U ÇÃ O
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ALVENARIA DE VEDAÇÃO EM BLOCOS CERÂMICOS
4.1.2 AÇO
O aço deve ser armazenado em local coberto, protegido de intempéries e afastado do solo,
para que não fique em contato com umidade. O armazenamento deve ser feito em feixes separa-
dos para cada bitola, facilitando o uso.
4.1.4 AREIA
A estocagem da areia deve ser feita em local limpo, de fácil drenagem e sem possibilidade
de contaminação por materiais estranhos que possam prejudicar sua qualidade. As pilhas de-
vem ser convenientemente cobertas ou contidas lateralmente, de forma que a areia não seja
arrastada por enxurrada.
40
frente ao risco de sobrecarga pelas deformações impostas). Também devem ser consideradas
as características dos materiais a serem empregados em cada obra, incluindo-se aí os próprios
blocos (com diferentes rugosidades, absorção de água, etc.), e dos processos executivos a serem
adotados (assentamento com colher de pedreiro, meia desempenadeira (“palheta”), bisnaga, meia
cana ou outras ferramentas, chapisco aplicado com colher, rolo, desempenadeira de aço denteada,
projetor ou outras ferramentas).
Em função das características dos materiais disponíveis no local da obra, o traço da argamassa
de assentamento deve ser estabelecido por meio de estudo de dosagem e ensaios laboratoriais.
Para os processos tradicionais de construção, considerando-se para a areia módulo de finura em
torno de 3, apresentam-se traços indicativos na Tabela 10. Outros traços podem ser especificados
pelos projetistas desde que atendam aos requisitos estabelecidos na norma NBR 13281. Traços
alternativos podem ser previstos pelo projetista também para as argamassas de fixação (“encu-
nhamento”), utilizando-se quando for o caso materiais resilientes, adesivos e outros aditivos.
41
ALVENARIA DE VEDAÇÃO EM BLOCOS CERÂMICOS
ro), a argamassa de assentamento deve ser constituída por areia um pouco mais fina, com ligeiro
enriquecimento do traço.
Para o chapisco da estrutura, nas posições de ligação com alvenarias de vedação, recomenda-
se a utilização de produtos industrializados ou mesmo de argamassa preparada na obra. Nesse
caso, recomenda-se o emprego de areia lavada, de granulometria média / grossa, e de cimentos
tipo I ou II, com traço indicativo de 1:3 (cimento:areia, em volume). No caso de chapisco rolado, o
traço pode variar de 1:2 até 1:3 (cimento:areia, em volume), sendo esta argamassa preparada com
um volume de resina acrílica ou PVA e seis volumes de água.
42
Y
RN
4,20
1,20
No plano vertical, após completo nivelamento do andar (com nível lazer, nível de manguei-
ra ou nível alemão), devem ser consideradas particularmente as cotas das soleiras de portas
de elevador e de peitoris de janelas, sempre alinhadas em todas as fachadas, efetuando-se
eventuais correções de nivelamento com engrossamento da camada de assentamento da
primeira fiada.
Com base nos eixos de referência, e em cotas acumuladas a partir deles (forma de evitar-se
propagação de erros), as posições das paredes são marcadas inicialmente pelos seus eixos, e
depois pelas suas faces. A marcação deve ser iniciada pelas paredes de fachada e pelas paredes
internas principais, incluindo paredes de geminação entre apartamentos, paredes de elevadores,
de caixas de escada, de separação com áreas comuns e outras, podendo ser feita com linhas
distendidas entre blocos extremos, giz de cera ou fio traçante, isto é, linha impregnada com pó
colorido (“vermelhão” ou equivalente).
O assentamento dos blocos da primeira fiada influencia a qualidade de todas as demais
características da alvenaria, ou seja, modulação horizontal e vertical, nivelamento das fiadas e
espessura da camada de assentamento, folgas para instalação de esquadrias, posicionamento
de ferros-cabelo ou de telas de ancoragem das paredes, folga para execução da fixação (“en-
cunhamento”) das paredes etc. Após lavagem da base, devem ser inicialmente assentados os
chamados “blocos-chave”, ou seja, aqueles localizados nas extremidades dos panos, nos encon-
tros entre paredes, em shafts ou cantos de paredes, nas laterais de vãos de portas e outros que
identifiquem singularidades.
43
ALVENARIA DE VEDAÇÃO EM BLOCOS CERÂMICOS
O assentamento da primeira fiada deve, portanto, ser realizado com todo o cuidado, utilizando-
se equipamentos de precisão como teodolito ou nível lazer, trena metálica, prumo de face (“fio-de-
prumo”), régua de alumínio, esquadros de braços longos, prumo de face / réguas com bolhas de
nível nas duas direções, etc. Antes do assentamento da primeira fiada devem ser rigorosamente
conferidas a presença e o posicionamento de eletrodutos, caixas de passagem, tubos de água, ar-
ranques de pilaretes grauteados e outros. No caso de pilaretes grauteados, deve ser assentado na
correspondente posição bloco com abertura de janela, possibilitando a posterior limpeza do furo e
verificação do completo preenchimento do furo pelo lançamento do graute.
44
Para a elevação das alvenarias devem estar disponíveis todos os equipamentos e ferramentas
necessárias para o assentamento dos blocos, incluindo colher de pedreiro, meia-cana, bisnaga,
linha, esticadores de linha, réguas de alumínio, prumo de face, escantilhões, broxa, nível de bolha e
nível de mangueira, esquadros de braço longo, furadeira elétrica, pistola finca-pinos, etc. Tomando
por referência a primeira fiada, assentada com os cuidados anteriormente mencionados, podem
ser marcadas nos próprios pilares as cotas da demais fiadas; é interessante contudo o emprego
de escantilhões, suportados por tripés ou introduzidos sob pressão no reticulado vertical da estru-
tura (escantilhão telescópico), conforme Figura 19.
45
ALVENARIA DE VEDAÇÃO EM BLOCOS CERÂMICOS
46
A argamassa de assentamento deve ser estendida sobre a superfície horizontal da fiada an-
terior e na face lateral do bloco a ser assentado, em cordões ou ocupando toda a superfície, mas
em quantidade suficiente para que certa porção seja expelida quando o bloco é assentado sob
pressão. O bloco é conduzido à sua posição definitiva mediante forte pressão para baixo e para
o lado (Figura 21); os ajustes de nível, prumo e espessura da junta só podem ser feitos antes do
início da pega da argamassa, ou seja, logo após o assentamento do bloco.
Figura 21 - Encabeçamento dos blocos, pressão no assentamento, controle do prumo das paredes e do nível
das fiadas.
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ALVENARIA DE VEDAÇÃO EM BLOCOS CERÂMICOS
A elevação das alvenarias só deve ser realizada após conveniente cura do concreto da estru-
tura, recomendando-se para tanto o período mínimo de 28 dias. Em atendimento a esse prazo, e
considerando os ciclos usuais de concretagem de 7 dias, exemplifica-se na Figura 23 as etapas de
concretagem da estrutura, marcação e elevação das alvenarias.
48
Pavimento sendo concretado
Escoramento
100%
Idade 7 dias
Escoras
permanentes
100%
Idade 14 dias
Escoras
permanentes
50%
Idade 21 dias
Escoras
permanentes
50%
Idade 28 dias
Marcação
das paredes
Elevação das
alvenarias
49
ALVENARIA DE VEDAÇÃO EM BLOCOS CERÂMICOS
O ideal é que a fixação (“encunhamento”) seja feita de cima para baixo após 14 dias da ele-
vação da parede do último pavimento. Porém, caso não seja possível realizar dessa forma devido
ao planejamento da obra, recomenda-se fixar (“encunhar”) em grupos de três pavimentos, de
cima para baixo, estando três pavimentos acima com alvenaria já elevada. De qualquer forma, o
pavimento térreo e o primeiro pavimento só podem ser fixados (“encunhados”) ao final do serviço
de fixação (Figura 24).
Encunhamento
protelado
Sequência de
elevação das
alvenarias
50
Especial atenção deve ser dada para a manutenção da folga entre o respaldo da alvenaria e a
base de vigas ou de lajes, conforme previsto no projeto das alvenarias. As quatro últimas fiadas
podem ser ajustadas para garantir a espessura da junta de fixação (“encunhamento”) entre 1,5 e
3cm. Caso ocorram variações dimensionais da estrutura ou da própria alvenaria, correções podem
ser feitas com blocos compensadores, fornecidos com diferentes alturas (4 cm, 9 cm, etc.).
A última fiada deve sempre constituir um espaço para a introdução do material de fixação
(“encunhamento”), devendo-se para tanto empregar meio-blocos, compensadores ou blocos tipo
canaleta com o fundo na parte superior. O material de fixação (“encunhamento”) deve ser bem
compactado no interior da junta, de forma a evitar-se a ocorrência de destacamentos; ao proje-
tista da alvenaria compete definir se toda a espessura da parede será preenchida ou se serão
constituídos apenas dois cordões laterais de argamassa de fixação. Em geral, principalmente em
estruturas mais flexíveis e deformáveis, não devem ser empregadas argamassas ricas em cimento
e/ou formuladas com aditivos expansores.
51
ALVENARIA DE VEDAÇÃO EM BLOCOS CERÂMICOS
d) com espuma de poliuretano, que se expande após aplicação mediante reação com a umi-
dade e o oxigênio do ar, conforme Figura 26; no caso de janelas, além da fixação com
espuma deve ser feita a fixação mecânica para evitar arrombamentos e quedas no caso
de incêndio.
Encaixe para a
guarnição externa
Parafuso e bucha
para fixação mecânica
Câmara de expansão
de espuma
Alvenaria
Arremate interno
integrado ao marco
Legenda:
Trajeto da extremidade
do bico de aplicação
da espuma
O produto fornecido em
latas tipo “spray”, deve ser
utilizado com o bico aplicador
voltado para BAIXO
52
As esquadrias de alumínio podem ser fixadas na alvenaria também por meio de grapas apa-
rafusadas ou rebitadas no marco. O marco pode ainda ser aparafusado à parede, com o auxílio
de buchas de náilon previamente embutidas na mesma; nesse caso, o requadramento do vão com
argamassa deve ser feito com o máximo de cuidado, com o auxílio de gabarito. Nesse caso, deve-
se ainda aplicar entre o marco do caixilho e o contorno do vão um material flexível que garanta a
estanqueidade à água da parede (gaxeta de neoprene, borracha de silicone, etc.).
Da mesma forma, mas agora mantendo-se folga em torno de 10 a 15 mm no contorno do vão,
as esquadrias de alumínio, aço, madeira ou PVC podem ser fixadas com espuma de poliuretano.
Nesse caso, o poliuretano não deve resultar aparente na face da parede, devendo ser recoberto
por mata-juntas que se integrem ao marco da esquadria ou por qualquer outro recurso.
No caso de portas ou janelas muito pesadas, onde a fixação seja feita com grapas, chumbado-
res de expansão e recursos semelhantes, os furos laterais aos vãos devem receber grauteamento
e eventualmente armaduras.
O emprego de contramarcos concomitantemente à elevação das alvenarias gabarita os vãos
e facilita os requadramentos, sendo os contramarcos chumbados com argamassa durante o pró-
prio assentamento dos blocos. No caso de contramarcos pré-moldados em concreto, ou mesmo
vergas e contravergas pré-moldadas, as peças devem sempre ser assentadas e rejuntadas com
argamassa, ou seja, não devem estar simplesmente apoiadas ou justapostas aos blocos. Ainda
para minimizar-se o risco de destacamento, é recomendável a introdução de telas de reforço do
revestimento da parede, nas transições entre alvenarias e elementos pré-moldados.
ES
Shaft
53
ALVENARIA DE VEDAÇÃO EM BLOCOS CERÂMICOS
As tubulações tanto para instalação hidráulica como para instalação elétrica, podem ser embu-
tidas nos furos dos blocos cerâmicos de vedação (no caso de blocos com furo vertical), recomen-
dando-se, sempre que possível, o caminhamento das tubulações horizontais através das lajes; no
caso de blocos quadrados (24x24cm, por exemplo), os furos podem ser dispostos tanto horizontal
como verticalmente, sem quebra da modulação da alvenaria e sem necessidade de recortes nas
paredes (Figura 28).
Figura 28 - Execução de rasgos para o embutimento de tubulações e emprego de blocos quadrados para
evitar-se cortes e manter-se a modulação.
No caso de embutimento após a execução da alvenaria, em alguns locais onde são introduzidas
tubulações (particularmente no caso de tubos horizontais), pode-se empregar tijolos maciços de
barro cozido, facilitando a realização dos rasgos.
Para o embutimento de pequenos trechos de tubulações horizontais (limitados, por exemplo,
até 1 m de extensão) a parede pode ser cortada, utilizando-se sempre serra circular diamantada
(tipo “Maquita”) e talhadeiras bem afiadas. Os cortes devem ser gabaritados tanto no traçado
como na profundidade, para que os tubos embutidos não sejam forçados a fazer curvas ou desvios,
comprometendo no futuro o desempenho da instalação. Principalmente no caso de cortes horizon-
tais ou inclinados, recomenda-se que o diâmetro de qualquer tubulação não seja maior do que um
terço da largura do bloco.
Para as instalações elétricas, o trabalho pode ser muito racionalizado procedendo-se previa-
mente ao corte e chumbamento das caixas de tomadas e interruptores nos blocos. No caso de
caixas de entrada ou de passagem muito espessas em relação à espessura da parede, reforços
devem ser executados localmente, incluindo moldura em concreto armado, reforço do revestimen-
to da parede com telas metálicas, etc.
54
5 ETAPA DE CONTROLE DA QUALIDADE E RECEBIMENTO
A execução das alvenarias deve seguir fielmente as indicações do projeto, referentes a mate-
riais, detalhes construtivos (juntas, cintas e outros) e processo construtivo (forma de assentamen-
to, ferramentas, escoramentos provisórios, etc.).
Na Tabela 11 propõe-se uma lista de verificações e tolerâncias para controlar alguns itens e
serviços das diferentes etapas de execução das alvenarias: preparação e marcação, elevação das
paredes e fixação (“encunhamento”). A amostragem e a periodicidade dos controles devem ser
feitas de acordo com o projeto da alvenaria e pelo plano da qualidade da obra.
Serviços
/ Itens de Verificações / Tolerâncias Observações
Controle
Cura da
estrutura, rigidez, posicionamento e prazos de retirada
conforme projeto de
Cimbramento dos cimbramentos e escoramento residual da
estrutura
e Escoramento estrutura (“reescoramento”); cura da estrutura
residual
Concretagem da
verificar prazo entre concretagem da laje do
laje do pavimento
pavimento e início das alvenarias: mínimo de 28
e início das
dias
alvenarias
Preparação e Marcação
55
ALVENARIA DE VEDAÇÃO EM BLOCOS CERÂMICOS
Serviços
/ Itens de Verificações / Tolerâncias Observações
Controle
Alinhamento equipamento: régua de
tolerância de 5mm / régua de 2m;
das paredes alumínio de 2m e trena
máximo de ±10mm em relação ao comprimento
(referência do metálica (diferença no
total da parede
Preparação e Marcação
Cota e posição
de vãos de conferência de acordo com o projeto
caixilhos
Cota e posição
de vergas,
contravergas conferência de acordo com o projeto
e cintas de
amarração
Disposição de
conforme projeto de instalações
tubulações
Aplicação da a partir da segunda fiada a argamassa de
argamassa de assentamento pode ser aplicada em toda a
assentamento largura da parede ou em cordões laterais
56
Tabela 11 – Lista de verificações e tolerâncias para os serviços e itens de controle (continuação)
57
ALVENARIA DE VEDAÇÃO EM BLOCOS CERÂMICOS
equipamento: esquadro
Desvio de não deve resultar folga maior que 2mm entre a
de 60x80x100cm (medida
esquadro das extremidade do lado do esquadro com 60cm e a
verificada com pente de
paredes face da parede
folga)
conferência de acordo com o projeto: controlar
Execução
regularidade, largura / abertura das juntas, aplicação de selante em
das juntas de
correta inserção do material de enchimento e dos juntas de controle flexíveis
controle
ferros de ligação, e verificar o acabamento
Execução
somente para vergas,
de vergas, verificar posicionamento das armaduras,
contravergas e cintas de
contravergas conveniente umedecimento e total preenchimento,
amarração constituídas
e cintas de compactação, utilização do graute especificado
por canaletas
amarração
Verga e - comprimento: Lvão + Lvão/5 de cada lado, com o
contraverga: mínimo de 20cm, tolerância de -20mm (sendo L a equipamento: trena
comprimento e largura do vão); metálica
altura - altura: > 10cm, tolerância de -0, +20mm
Vãos: abertura e
tolerância para a abertura dos vãos: -0, +20mm;
posicionamento equipamento: trena
tolerância para o posicionamento dos vãos: ≤ 10
horizontal e metálica
Elevação
mm
vertical
verificar prumo, nível, ângulos e regularidade dos
requadramentos
equipamento: trena
verticalidade das ombreiras com desvio ≤ 2 mm/m
Requadramentos metálica, nível de bolha,
nivelamento dos peitoris e testeiras com desvio ≤
dos vãos fio de prumo e esquadro
2 mm/m
60x80x100cm
esquadro: afastamento máximo de 2mm na extremidade
do braço do esquadro com 60cm de comprimento
Colocação de verticalidade dos caixilhos e correta fixação na
equipamento: fio de prumo
Caixilhos alvenaria, em obediência ao projeto
posicionamento em relação ao projeto, tanto na
horizontal com na vertical: desvio ≤ 20mm;
equipamento: trena
diferença de cota entre caixas de luz em um
Caixas de luz metálica, nível de bolha e
mesmo ambiente: desvio ≤ 10mm;
fio de prumo
desaprumo: ≤ 2mm, para qualquer altura da caixa
de luz
verificar traçado conforme o projeto e relação
Embutimento das equipamento: régua e
entre diâmetro da tubulação e profundidade do
tubulações trena metálica
rasgo da parede
além de todas as verificações anteriores, observar
Último pavimento
eventuais detalhes especiais incluídos no projeto
58
Tabela 11 – Lista de verificações e tolerâncias para os serviços e itens de controle (continuação)
Serviços /
Itens de Verificações / Tolerâncias Observações
Controle
Argamassa atender às características indicadas no
de fixação projeto (traço, números de cordões, etc); ser
(“encunhamento”) vigorosamente compactada no interior da junta
executar com o máximo retardo possível após
a conclusão das alvenarias em cada pavimento,
Fixações
nunca antes dos 10 dias; recomendável executá-
(“encunhamentos”)
las após instalação das cargas mortas do
rígidas
pavimento superior e do pavimento de apoio
(paredes, regularização de lajes, etc)
Fixação
59
ALVENARIA DE VEDAÇÃO EM BLOCOS CERÂMICOS
60
7 GARANTIAS E RESPONSABILIDADES
O prazo de garantia, indicado pelo incorporador ou pelo construtor, conforme o caso, indica a
garantia que os elementos e componentes têm a partir da expedição do “Auto de Conclusão” da
unidade habitacional. Na Tabela 12 estão apresentados os prazos de garantia para as alvenarias e
seus componentes, segundo a série de normas da NBR 15575.
61
ALVENARIA DE VEDAÇÃO EM BLOCOS CERÂMICOS
8 B I B L I O G R A F I A S D E REF ERÊNCIA
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 8545: execução de alvenaria sem
função estrutural de tijolos e blocos cerâmicos. Rio de Janeiro, 1984.
________. NBR 15270-1: componentes cerâmicos; parte 1: blocos cerâmicos para alvenaria
de vedação, terminologia e requisitos. Rio de Janeiro, 2005.
________. NBR 15270-3: componentes cerâmicos; parte 3: blocos cerâmicos para alvenaria
estrutura e de vedação, métodos de ensaio. Rio de Janeiro, 2005.
________. NBR 14037: manual de operação, uso e manutenção das edificações, conteúdo e
recomendações para elaboração e apresentação. Rio de Janeiro, 1998.
________. NBR 7170: tijolo maciço cerâmico para alvenaria. Rio de Janeiro, 1983.
________. NBR 6460: tijolo maciço cerâmico para alvenaria, verificação da resistência à com-
pressão. Rio de Janeiro, 1983.
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________. NBR 7211: agregados para concreto, especificação. Rio de Janeiro, 2009.
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de carbono, zincados, dimensões. Rio de Janeiro, 1987.
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pactos. Rio de Janeiro, 1990.
CITO, B. Subsídios para projeto de arquitetura de residências com utilização de aço. São Paulo,
2008. Dissertação (Mestrado Profissional em Habitação) - Instituto de Pesquisas Tecnológicas,
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ALVENARIA DE VEDAÇÃO EM BLOCOS CERÂMICOS
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sertação (Mestrado Profissional em Habitação) - Instituto de Pesquisas Tecnológicas, São Paulo.
________. Assessoria técnica a indústrias de cerâmica vermelha. São Paulo, 1984. (Relatório
técnico, 21116).
________. Assistência tecnológica a indústrias de cerâmica vermelha. São Paulo, 1984. (Re-
latório técnico, 21396).
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