Memorial de Cálculo

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Rivaldo Zorzi e Cia Ltda

CNPJ: 85.330.009/0001-13

IE: 252.482.492

Rua Prefeito Udilo Coppi - Distrito Industrial


Rod. BR 282 Km 399 - Joaaba SC
Fone: (49) 3522-0696

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MEMORIAL DE CLCULO
COMPORTA DE DESVIO DO RIO
PCH AGUTI

Rivaldo Zorzi e Cia Ltda


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SUMRIO
1 Memorial de clculo do projeto da comporta da mini central ................................. 4
1

Informaes preliminares ............................................................................................ 5


1.1

DADOS DA OBRA ...................................................................................................... 5

1.2

DADOS DO MATERIAL .............................................................................................. 5

Foras hidrostticas ...................................................................................................... 6


2.1

MXIMA CARCA HIDROSTTICA .............................................................................. 6

2.2

PONTO DE APLICAO DA CARGA W: ...................................................................... 6

Quantidade e espaamento das vigas horizontais ...................................................... 7


3.1

QUANTIDADE DE VIGAS ........................................................................................... 7

3.2

ESPAAMENTO DAS VIGAS ....................................................................................... 7

3.2.1
3.3
4

POSIO DA VIGAS YK: ............................................................................................. 8

Dimensionamento das vigas ......................................................................................... 9


4.1

ESPESSURA DA ALMA............................................................................................... 9

4.2

ESTABILIDADE ELSTICA DA ALMA DA VIGA ........................................................... 9

4.3

ABAS COMPRIMIDAS .............................................................................................. 10

4.4

SOLICITAES NA VIGA .......................................................................................... 11

4.4.1

Momento fletor mximo ................................................................................ 11

4.4.2

Regio participante do paramento ............................................................... 11

4.4.3

Mxima deflexo da viga .............................................................................. 14

Dimensionamento das Peas fixas ............................................................................. 15


5.1

Coeficiente adimensional ............................................................................ 7

CAMINHO DE ROLAMENTO ..................................................................................... 15

5.1.1

Clculo de Ec ............................................................................................... 15

5.1.2

Clculo de I e Ws;i ....................................................................................... 15

5.1.3

Mdulo de reao do concreto ..................................................................... 16

5.1.4

Mxima tenso de flexo longitudinal do caminho de rolamento ............... 16

5.1.5

Compresso no concreto .............................................................................. 17

Rodas ........................................................................................................................... 19
6.1

PRESSO DE HERTZ ................................................................................................ 19

6.1.1

Mxima tenso cisalhante ............................................................................ 19


2

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6.1.2

Mxima tenso admissvel ............................................................................ 19

6.1.3

Localizao da tenso .................................................................................. 20

6.1.4

Espessura mnima para o caminho de rolamento ........................................ 21

6.1.5

ngulo da linha elstica ............................................................................... 21

Chapa de paramento do tabuleiro ............................................................................ 22


TENSES APLICADAS NO PARAMENTO ................................................................... 22

7.2

DEFLEXO DO MDULO ANALISADO...................................................................... 23

7.1

Foras hidrodinmicas ............................................................................................... 25


CLCULO DA VELOCIDADE DO JATO DA VEIA CONTRADA (VJ) .............................. 25

8.2

CLCULO DA ESPESSURA EQUIVALENTE TE ........................................................... 26

8.3

CLCULO DAS FORAS HIDRODINMICAS PARCIAIS P ........................................... 26

8.4

ESTRATIFICAO DOS DADOS ................................................................................ 26

8.1

Esforos de manobra .................................................................................................. 28


PESO DA COMPORTA .............................................................................................. 28

9.2

EMPUXO ................................................................................................................ 29

9.3

ATRITO NAS RODAS ............................................................................................... 29

9.4

ATRITO NAS VEDAES ......................................................................................... 29

9.5

CLCULO DAS FORAS DE MANOBRA .................................................................... 30

10

9.1

REFERNCIAS bibliogrficas ............................................................................. 32

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MEMORIAL DE CLCULO DO PROJETO DA COMPORTA DA MINI CENTRAL


Este documento, apresenta os clculos de projeto referente a Comporta de Desvio do Rio do

empreendimento PCH AGUTI.

As informaes preliminares foram fornecidas pela empresa

GeoEnergy ENGENHARIA, a qual responsvel pelo projeto e execuo de toda a obra civil e
consultora dos projetos mecnicos.
Todo o documento foi elaborado seguindo as orientaes da norma ABNT 8883 (Clculo e
fabricao de comportas hidrulicas), e tendo como fonte de auxlio a sequencia de clculos Erbisti
(Comportas Hidrulicas, 2002)
Abaixo so descritas as etapas do documento:
(i)

Informaes preliminares

(ii)

Foras hidrostticas

(iii)

Quantidade e espaamento das vigas horizontais

(iv)

Dimensionamento das vigas

(v)

Dimensionamento das peas fixas

(vi)

Rodas

(vii)

Chapa de paramento do tabuleiro

(viii)

Foras hidrodinmicas

(ix)

Esforos de manobra

(x)

Referncias bibliogrficas

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1.1

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INFORMAES PRELIMINARES

DADOS DA OBRA
Abaixo tm-se os dados emitidos pela empresa responsvel pela obra:

Comporta da Mini-central

H:......................................................... 8500mm
B:......................................................... 3150mm
h:...........................................................2300mm
Q:..........................................................4m/s
Caso de Carga........................................Normal*

Obs.: As dimenses de B e h referem-se as medidas da comporta e no do vo a ser vedado.


*O caso de carga determinado pela Kron Industrial, respeitando as orientaes da norma NBR 8883.

1.2

DADOS DO MATERIAL
Abaixo so apresentados os dados do material aplicado no projeto da comporta referida:

MATERIAL - ASTM A36

E
LE (fy)

206000
250
251

N/mm
N/mm
N/mm

adm

97,5

N/mm

adm flexo
adm Param
adm trao
adm comp
adm compar

170

N/mm

217,5

N/mm

170

N/mm

137,5

N/mm

190

N/mm

Ruptura
.

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2.1

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FORAS HIDROSTTICAS

MXIMA CARCA HIDROSTTICA


Para as especificaes de projeto tm-se:

= ( /)
Onde:
: Peso especfico da gua
B: Vo entre as vedaes laterais
H: Altura dgua mxima sobre a soleira da comporta
h1: Distncia entre a superfcie e a vedao superior da comporta

Substituindo os valores:
W= 522389,858 N
2.2

PONTO DE APLICAO DA CARGA W:


Para tal determinao temos:

+
+

Onde:
H: Altura dgua mxima sobre a soleira da comporta
h1: Distncia entre a superfcie e a vedao superior da comporta
B: Vo entre as vedaes laterais

Substituindo os valores:
e= 1090,023 mm

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3.1

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QUANTIDADE E ESPAAMENTO DAS VIGAS HORIZONTAIS

QUANTIDADE DE VIGAS
Para tal determinao existem clculos empricos, porm so dados obtidos atravs de

experincias realizadas em grandes instalaes. Ento para este projeto e por questes de manufatura
sero inseridas 05 (cinco) vigas horizontais.
3.2

ESPAAMENTO DAS VIGAS


A equao abaixo ser aplicada e gerada uma tabela para estratificar os valores. Para o

nmero de vigas determinado anteriormente temos:


=

+
+

Onde:
H: Altura dgua sobre a soleira
k: Posio das vigas (k= 1, 2, 3, ...n)
n: Quantidade de vigas horizontais
: Coeficiente adimensional de posicionamento
3.2.1 Coeficiente adimensional
Para o coeficiente , tm-se:
=

( )
( )

Onde:
n: Quantidade de vigas
H: Altura dgua da superfcie at a soleira da comporta
h: Altura a ser vedada

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Substituindo os valores:

= 6,738
Para os valores fornecidos, temos a tabela abaixo:

3.3

yk

6673,343

7119,757

7539,755

7937,541

POSIO DA VIGAS YK:


Para o clculo da posio yk, ser aplicada a equao e gerada uma tabela para estratificar os

dados. Para isso:


=

[( + ), ( + ) ]

POSIO

L. REFORO

H. REFORO (mm)

# REFORO (mm)

REFOROS VERTICAIS (01)

248

440,314

6,1

REFOROS VERTICAIS (02)

248

413,898

6,1

REFOROS VERTICAIS (03)

248

391,685

6,1

REFOROS VERTICAIS (04)

248

372,665

6,1

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4.1

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DIMENSIONAMENTO DAS VIGAS

ESPESSURA DA ALMA
Para as condies preestabelecidas temos:

Onde:
W: Mxima carga hidrosttica
h: Altura da alma
adm: Tenso admissvel de cisalhamento
Em funo dos desenhos enviados a Kron Industrial, referentes a obra civil ser estabelecida
uma largura de 248 mm para a varivel h da viga horizontal.

Substituindo os valores:

t= 4,196 mm
Comentrio: Ser aplicada uma chapa comercial com espessura igual a 6,1 mm.
4.2

ESTABILIDADE ELSTICA DA ALMA DA VIGA


De acordo com a norma DIN 4114, recomenda-se que, em perfis soldados, a segurana da

alma deve ser comprovada a partir da expresso abaixo, quando da no existncia de enrijecedores
(reforos verticais).

Onde;
hw: Altura da alma da viga (248mm)
tw: Espessura da alma da viga (6,1mm)
Comentrio: Atendendo essa proposio no h a necessidade de se realizar outras verificaes.
Substituindo os valores:
9

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40,656 45
Comentrio: Requisito atendido.
4.3

ABAS COMPRIMIDAS
A norma DIN 4114 determina-se que deve ser comprovada uma segurana compatvel com a

flambagem lateral. Isso pode ser realizado atendo a seguinte condio:

>

Onde:
iy: Raio de inrcia principal da rea formada por 1/5 da rea da alma da viga e pela rea do
flange
c: Distncia entre os pontos rgidos da viga (2242 mm)

Comentrio: Atendendo essa condio, dispensa-se outras verificaes.

Para o clculo de iy, foi utilizado o software SolidWorks 2009.

Substituindo os valores:
745143,21> 76,3

10

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4.4

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SOLICITAES NA VIGA

4.4.1 Momento fletor mximo


O momento fletor mximo dado por:
=

Onde:
W: carga hidrosttica atuante sobre a viga (104477,972 mm)
La: Vo entre os apoios da comporta (2424 mm)
Lv: Vo entre vedaes (2220 mm)

Substituindo os valores:
Mmx= 34321013,638 N.mm
4.4.2 Regio participante do paramento
A regio do paramento participante no momento de inrcia dada conforme ABNT 8883,
por:
Lu= 2 B
Onde:
B: Metade da distncia entre eixos de duas vigas consecutivas (372,665/2);
: Coeficiente de reduo conforme ABNT 8883 pg. 20;

186,333

2.B

372,665

2242

L/B

12,032

0,950

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Substituindo os valores:
Lu= 354,032 mm

Para os clculos a seguir sero aplicadas as expresses descritas abaixo, e gerada uma tabela
de estratificao dos dados.
=

. .

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Aplicando as expresses, tm-se os seguintes dados:

69210295

mm^4

W1

1096835,103

mm

W2

1373220,139

mm

W3

373101,321

mm

1
2
3

31,291

Mpa

24,993

Mpa

91,988

Mpa

34,448

Mpa

.mx

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4.4.3 Mxima deflexo da viga


Deflexo mxima da viga, que ocorrer no centro da mesma, e determinada por:
=

( . + )

Onde:
W: carga hidrosttica atuante sobre a viga (104477,972 mm)
La: Vo entre os apoios da comporta (2424 mm)
Lv: Vo entre vedaes (2220 mm)
E: Mdulo de elasticidade do material aplicado (ASTM A36)
I: Momento de inrcia da seo analisada (69210295 mm4)

Substituindo os valores:
f = 1,471mm
Em Erbisti (2002), recomenda-se limitar a flecha admissvel em vigas principais a 1/750 do
vo de apoio.
Para isso temos:
2424/750 = 3,232 mm

Obs.:O clculo anterior a este atende as condies

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5
5.1

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DIMENSIONAMENTO DAS PEAS FIXAS

CAMINHO DE ROLAMENTO
O dimensionamento a seguir ser realizado utilizando o mtodo de Andre-Fricke.

5.1.1 Clculo de Ec
Seguindo orientaes da NBR 8883, tm-se que:
= , . .
Onde:
fck: Resistncia caracterstica do concreto a compresso (25 MPa).

Substituindo os valores:
Ec= 23800,000 N/mm
5.1.2 Clculo de I e Ws;i
Conforme ao desenho das peas fixas abaixo temos os seguintes valores:

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Aplicando as equaes especficas tm-se:


I = 20591548,000 mm4
Localizao = 68,860 mm a partir de Wi
Ws = 628941,600 mm
Wi = 299034,970 mm
5.1.3 Mdulo de reao do concreto
Conforme NBR 8883:
= , . .

.
.

Onde:
Ec: Mdulo de elasticidade longitudinal do concreto
Ea: Mdulo de elasticidade longitudinal do ao
I: Momento de inrcia da seo reta da viga
b: Largura do apoio

Substituindo os valores:
k= 5464,920 N/mm

5.1.4 Mxima tenso de flexo longitudinal do caminho de rolamento


Para tal
; =

.
.

Onde:
P: Carga transmitida pela roda (87064,976N)
Ec: Mdulo de elasticidade longitudinal do concreto (23800,000N/mm)
Ea: Mdulo de elasticidade longitudinal do ao (206000 N/mm)
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b: Largura do apoio (76,2mm)


I: Momento de inrcia da seo reta da viga (20591548 mm4)
Ws: Mdulo de resistncia da seo transversal superior (628941,600 mm)
Wi: Mdulo de resistncia da seo transversal inferior (299034,970 mm)

Substituindo os valores:

fs= 9,188 N/mm (Compresso)


fi= 19,324 N/mm (Trao)
5.1.5 Compresso no concreto
De acordo com a NBR 8883, a mxima compresso admissvel do concreto dada por:
= , . + ,
Substituindo os valores:
Fc= 7,189 N/mm

A compresso atuante no concreto dada por:


=

Onde:
P: Carga na roda (87064,976 N)
b: Largura do apoio (76,2 mm)
d: Menor valor de L1 e L2
L1: Entre centros de duas rodas consecutivas (850 mm)
L2: Comprimento fictcio d rea em compresso do concreto (471,234 mm)

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Para a determinao de L2 aplicada a seguinte equao:


= , .

.
.

Substituindo os valores:
L2= 471,234 mm

Substituindo este valor na equao de Po, tm-se


Po= 2,425 N/mm

Comentrio: A relao atendida.

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6
6.1

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RODAS

PRESSO DE HERTZ
Conforme orientao da norma ABNT 8883 ser empregado a verificao das rodas aplicando a

equao da presso de Hertz. Para isso:


= ,

.
.

Onde:
P: Carga atuante na roda (87064,976N)
E: mdulo de elasticidade do ao (169000N/mm)
R: Raio da roda (120mm)

l: Largura til da superfcie de rolamento da roda (76,2mm)


Substituindo os valores:

c = 530,241 N/mm
6.1.1 Mxima tenso cisalhante
A mxima tenso cisalhante dada por:

.mx 1/3*c
Substituindo os valores:

.mx= 176,747 N/mm


6.1.2 Mxima tenso admissvel
A mxima tenso admissvel dada por:

c adm= 1,44 . Srup


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Onde:
Srup: Tenso de ruptura do material da roda (490,332 N/mm)

Substituindo os valores:

c adm= 706,078 N/mm


Comentrio: A solicitao da roda abaixo da admissvel, portanto a roda atende os requisitos de
trabalho.
6.1.3 Localizao da tenso
A localizao da tenso de Hertz, dada por:
h' = 0,4b
Onde b dado pela seguinte equao:
.
.

= ,
Onde:

P: Carga atuante na roda (87064,976N)


E: Mdulo de elasticidade do ao (169000N/mm)
R: Raio da roda (120mm)

l: Largura til da superfcie de rolamento da roda (76,2mm)


Substituindo os valores:
b= 2,739mm
e
h= 1,096mm

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6.1.4 Espessura mnima para o caminho de rolamento


Para tal determinao utilizada a seguinte equao:
e= 5.h'

Substituindo os valores:
e=5,478mm
6.1.5 ngulo da linha elstica
Como o conjunto da roda ser constitudo de um rolamento auto-compensador de rolos,
abaixo segue o clculo para a verificao do ngulo que ser formado devido a ao da carga hidrosttica
sobre as vigas. Este ngulo no dever ser superior ao valor especificado pelo fabricante do rolamento.
Para isso:
=

.
. .

Onde:
F: Carga hidrosttica sobre a viga horizontal (104477,972N)
L: Vo de apoio (2424mm)
E: Mdulo de elasticidade do ao (206000N/mm)
I: Momento de inrcia da seo transversal da viga (69210295mm4)

Substituindo os valores:
= 0,103

Comentrio: De acordo com informaes do catlogo do fabricante do rolamento (SKF), o mximo


ngulo permitido para rolamentos da srie 222 (o qual ser empregado) de 1,5. Portanto o valor
angular calculado atende os requisitos de especificao.

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7
7.1

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CHAPA DE PARAMENTO DO TABULEIRO

TENSES APLICADAS NO PARAMENTO


Pela NBR 8883, aplica-se a teoria de placas, utilizando a mxima tenso de flexo atuante na

placa, e ser utilizada uma dimenso de 12,7 mm para a espessura do paramento. No ser representado
o clculo para cada tenso (1x, 1y, 4y, 3x) mas sim a gerao de uma planilha para estratificao
dos dados, para isso
=

Onde:
k: Coeficiente adimensional dado pela norma NBR-8883 (pag. 15), em funo da relao da
relao b e a dos mdulos formados no tabuleiro em virtude da disposio das vigas e enrijecedores, e
das condies de apoio do mdulo.
p: Mxima presso hidrosttica
a: Menor dimenso do mdulo (geralmente a altura)
t: Espessura da chapa de paramento

Para as dimenses e relaes do mdulo tm-se:

a
b

b/a
P=

372,665 mm
mm
620
1,664
0,083 N/mm

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Em funo das dimenses do mdulo os coeficientes k, so:

k1x
k2x
k3x
k4x

23,90
10,80
34,30
48,40
As tenses calculadas so:

1x=
1y=
4y=
3x=
4x=

17,160
7,754
24,627
34,751
7,388

3y=

10,425 Mpa

Mpa
Mpa
Mpa
Mpa
Mpa

Comentrio: Valores abaixo da tenso admissvel para o paramento, aplicando o ao ASTM A36,
portanto o material e dimenses atentem aos requisitos do projeto.
7.2

DEFLEXO DO MDULO ANALISADO


Para a deflexo que ocorre no centro do mdulo, em funo da presso exercida pela ao da

gua, tm-se:

=

Onde:
E: Mdulo de elasticidade do material (mdulo de Young)
: Coeficiente adimensional em funo das dimenses da placa
t: Espessura da chapa de paramento (12,7mm)
p: Mxima presso hidrosttica (0,083 N/m)
a: Menor dimenso do mdulo (geralmente a altura), (372,665 mm)
B: Maior dimenso do mdulo (620 mm)
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b/a

1,2

1,4

1,6

1,8

0,0138

0,0188

0,0226

0,0251

0,0267

0,0277

0,0284

Substituindo os valores:
f = 0,096 mm
Comentrio: Para as condies preestabelecidas o material e dimenses satisfazem as condies.

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FORAS HIDRODINMICAS

Para essas foras sero apenas apresentadas as equaes pertinentes a cada item necessrio
na determinao das mesmas, so elas: (i) Velocidade do jato da veia contrada (Vj), (ii) Espessura
equivalente (Te), e (iii) Foras hidrodinmicas (P). Aps ser gerada uma tabela, para a estratificao dos
dados referentes a cada abertura parcial da comporta. O mtodo utilizado para tais determinaes se
baseia no Mtodo de Knapp, apresentado em Erbisti (Comportas Hidrulicas, pg. 246)
8.1

CLCULO DA VELOCIDADE DO JATO DA VEIA CONTRADA (VJ)


O mximo valor Vj dado na abertura inicial da comporta e para tal utilizada a seguinte

expresso:
=

( )

Onde:
H: Coluna dgua total do reservatrio
He: Perdas de carga na entrada
Cc: Coeficiente de contrao da lmina dgua
y: Abertura da comporta
Hd: Depresso formada a jusante da comporta
Para as aberturas acima de 20% da abertura total, aplica-se a seguinte equao:
=

Onde:
Q: Vazo mxima da comporta (pr-estabelecido pelo projeto da usina)
Cc: Coeficiente de descarga para comportas planas
B: Largura do vo da comporta
y: abertura parcial da comporta

O coeficiente de descarga Cc, tabelado pelo instituto militar americano U.S. ARMY
CORPS OF ENGINEERS, e so encontrados em Erbisti (Comportas Hidrulicas, 2002 pg. 242).

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CLCULO DA ESPESSURA EQUIVALENTE TE


Na determinao de Te, utiliza-se a seguinte expresso:

( + )

Onde:
T: Espessura da comporta
: ngulo formado entre o fundo da comporta e a soleira
y: Abertura parcial da comporta
8.3

CLCULO DAS FORAS HIDRODINMICAS PARCIAIS P


Para a obteno dos valores das foras hidrodinmicas, tm-se:
=

Onde:
: Peso especfico da gua
B: Largura do vo da comporta
8.4

ESTRATIFICAO DOS DADOS


Na tabela a seguir tm-se a tabulao dos dados obtidos a partir dos clculos anteriores.

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Abertur
a
0,1
0,2
0,3

tg

Te

0,3
0,6
0,9

1,53986
1,53986
1,53986

0,115
0,164
0,191

0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9

1,2
1,5
1,8
2,1
2,4
2,7

1,53986
1,53986
1,53986
1,53986
1,53986
1,53986

0,207
0,219
0,228
0,234
0,239
0,243

Abertur
a
0,1

Cc

Vj

0,3

0,73

12,914

28,852

0,2

0,6

0,73

12,914

40,984

0,3

0,9

0,74

2,002

1,146

0,4

1,2

0,74

1,502

0,702

0,5

1,5

0,75

1,185

0,462

0,6

1,8

0,77

0,962

0,316

0,7

2,1

0,78

0,814

0,233

0,8

2,4

0,8

0,694

0,173

0,9

2,7

0,8

0,617

0,139

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A incgnita P representa a fora Downpull (fora dirigida para baixo) e representada em


kN.
O coeficiente Cc, encontrado em Erbisti (Comportas Hidrulicas), na pg. 242, onde
foram extrados de dados da U.S. ARMY CORPS OF ENGINEERS.
A abertura representada em percentual da altura da comporta.

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9
9.1

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ESFOROS DE MANOBRA

PESO DA COMPORTA
Para a determinao do peso da comporta sero utilizados dados extrados de ferramentas

CAD 3D (SolidWorks). Para justificar tal procedimento, temos que esse tipo de ferramenta
computacional, fornece em seu banco de dados, informaes referentes s caractersticas fsicas do
material utilizado na fabricao da comporta (ASTM A36).
Podemos utilizar esse recurso pela justificativa de que toda a parte estrutural da comporta j
ter sido calculada, e consequentemente j ter fornecido subsdios para a confeco dos desenhos
preliminares.
Sendo assim, a figura (desenho SolidWorks) mostra o desenho do tabuleiro da comporta,
com as rodas montadas sobre o mesmo, e na figura sobreposta o peso da comporta. Para os clculos
seguintes a varivel peso da comporta ser representada pela letra G.

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EMPUXO
O empuxo de Arquimedes definido pela equao abaixo descrita:

Onde:
G: peso da comporta
: Peso especfico do material da comporta (7,85)

Substituindo os valores:
E = 261,529 kgf
9.3

ATRITO NAS RODAS


Para a determinao dessas foras, adotaremos os coeficientes de atrito esttico conforme

NBR 8883. Para tal tambm definimos que a maior fora hidrosttica atuante se d com a comporta
totalmente fechada.
Abaixo tm-se os valores a partir de:

( + )

Onde:
=

W: Mxima carga hidrosttica atuante na comporta


R: Raio externo da roda em cm
r: Raio externo do rolamento em cm
f: Brao de resistncia ao rolamento

Substituindo os valores:
Fr = 150,571 kfg
9.4

ATRITO NAS VEDAES


Abaixo tem-se os valores para os atritos nas vedaes laterais e superior respectivamente:
29

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( + + )

( + + )

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Onde:
: Coeficiente de atrito NBR 8883;
p: Presso hidrosttica atuante na metade do comprimento total da vedao
a,b,t: Dimenses indicadas na figura
FVL: Fora de atrito nas vedaes laterais
FVS: Fora de atrito na vedao superior

Substituindo os valores:
FVL = 1141,088 kgf
e
FVS = 627,750 kgf
9.5

CLCULO DAS FORAS DE MANOBRA


A partir dos valores obtidos anteriormente determina-se que os esforos de manobra so:
Fora de levantamento - que ser denominada CA p dado abaixo:

= + + + +
Onde:
G: Peso da comporta
E: Empuxo
Fr: Fora de atrito nas rodas
FVL: Fora de atrito nas vedaes laterais
FVS: Fora de atrito na vedao superior
FH: Foras hidrodinmicas

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Substituindo os valores:
CA = 7888,632kgf

9.6

DIMENSIONAMENTO DO OLHAL DE IAMENTO


Conforme orientao da NBR 8883 abaixo segue verificao das dimenses do olhal de iamento.

. .

Onde:
S: Tenso de trao()
F: Fora atuante no olhal (77361,057N)
a: Conforme figura ao lado (60mm)
b: Conforme figura ao lado (60mm)
d: Conforme figura ao lado (60mm)
t: Conforme figura ao lado (19,05mm)

Substituindo os valores:
S = 33,841 N/mm

Projetista: JADERSON WISOSKI

Resp. Tcnico: DIRCEU RENATO DE MARCO

____________________________
Eng.: Dirceu Renato de Marco
CREA N: 082.742-0

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10 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
ABNT. Associao Brasileira de Normas Tcnicas. NBR 8883: Clculo e fabricao de comportas
hidrulicas. Rio de Janeiro, 2002. 29 p.
ABNT. Associao Brasileira de Normas Tcnicas. NBR 7259: Comportas hidrulicas Terminologia.
Rio de Janeiro, 2001. 16p.
ERBISTI, Paulo Cezar Ferreira. Comportas hidrulicas. Rio de Janeiro: Editora Intercincia. 2002, 394
p.
ZAIONS, Douglas Roberto. Apostila da disciplina de Elementos de Mquinas I. Joaaba, 2008. Curso
de Engenharia de Produo Mecnica, Universidade do Oeste de Santa Catarina.
MURRAY R. I., SIMMONS Jr, W. P. Hydraulic Downpull forces on large gates. A water resources
technical publication. Research report n 4. 1966, 49 p.
BEER, Ferdinand Pierre; RUSSEL JOHNSTON, E. Jr. Resistncia dos Materiais. Ed. McGraw-Hill,
1982. Xxxx p.

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