Semicondutores
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SEMICONDUTORES
- 2005 -
SUMÁRIO
1. HISTÓRICO DA ELETRÔNICA 02
2. COMPONENTES PASSIVOS 04
3. SEMICONDUTORES 06
4. DIODO SEMICONDUTOR 11
5. DIODOS ESPECIAIS 21
6. CIRCUITOS COM DIODOS 29
OBS: Este material é o resultado de uma compilação de trabalhos realizados por diversos
professores desta Instituição, aos quais transmitimos nossos agradecimentos.
A VÁLVULA
! DeForest acrescentou à válvula diodo uma terceira placa entre o cátodo e o ânodo,
denominada de grade;
! A grade passou a exercer um controle do fluxo de elétrons, criando a possibilidade de
amplificar sinais elétricos. Esta válvula foi chamada de tríodo.
Década de 40
! Desenvolve-se a física do estado sólido, que investiga a estrutura, as propriedades e o
comportamento elétrico dos semicondutores;
! Surge o diodo semicondutor, que substitui a válvula diodo, pois consome uma quantidade
menor de energia e tem dimensões menores;
! Em seguida, surge o transistor, substituindo a válvula tríodo, e outros dispositivos que
foram criados a partir da necessidade imposta pelos novos aparelhos que surgiram, e
possibilitando o surgimento de outros mais.
Portanto, ter o domínio da técnica implica, não apenas em saber manejá-la, mas
também em compreender para quem ou para que ela servirá.
Um bipolo elétrico é um dispositivo qualquer que possui dois pólos ou terminais, aos
quais podem ser ligados outros bipolos, formando um circuito elétrico. Genericamente, um
bipolo pode ser representado pela Figura 2.1.
GERADOR
No bipolo gerador, a corrente tem o sentido do potencial menor para o maior, ou seja,
coincide com o sentido da tensão sobre ele, como apresentado na Figura 2.2.
RECEPTOR
No bipolo receptor, a corrente tem o sentido do potencial maior para o menor, ou seja,
contrário ao sentido da tensão sobre ele, como apresentado na Figura 2.3.
BANDAS DE ENERGIA
Na Figura 3.1 apresenta-se o modelo atômico de Bohr. Neste modelo, o átomo está
dividido em duas partes: o núcleo e a eletrosfera. No núcleo encontram-se os prótons e os
nêutrons. Já na eletrosfera estão os elétrons, distribuídos em sete camadas eletrônicas ou
bandas de energia: K, L, M, N, O, P e Q.
Cada banda de energia pode conter um número máximo de elétrons, como apresentado
na Tabela 1.
Quanto maior a energia do elétron, maior é o raio de sua órbita (Q > P > O > ...),
Figura 3.2, e mais fracamente ele está ligado ao núcleo.
Um elétron na sua órbita gira com uma certa velocidade (energia cinética), fazendo
com que sobre ele exista uma força centrífuga, Fc. Além disso, o núcleo também exerce sobre
este elétron uma força, denominada de força de atração eletrostática Fe. O equilíbrio destas
duas forças torna o elétron estável na sua órbita, Figura 3.3.
Entre as bandas de valência e de condução há uma região onde não é possível existir
elétrons, denominada de banda proibida, Figura 3.5. Esta banda proibida define o
comportamento elétrico do material. Assim, quanto maior a banda proibida, maior será a
quantidade de energia necessária para retirar um elétron da banda de valência e levá-lo para a
banda de condução.
Tanto o silício quanto o germânio são elementos tetravalentes, ou seja, que possuem
quatro elétrons na camada de valência, Figura 3.7. Permitindo, assim, que os seus átomos
façam quatro ligações covalentes ou de compartilhamento de elétrons, para tornarem-se
estáveis.
Existem, ainda, os semicondutores III-V que são formados por um elemento trivalente,
o GaAs (Arseneto de Gálio) e por um elemento pentavalente, InP (Fosfeto de Índio). Porém, o
material semicondutor intrínseco mais utilizado é o silício que é abundante na natureza, sendo
encontrado nos cristais de quartzo (areia).
No instante seguinte, Figura 3.9, verifica-se que a lacuna também se move. Porém, a
movimentação da lacuna ocorre sempre no sentido contrário à movimentação do elétron. Este
fenômeno ocorre sempre que existe a condução elétrica no material semicondutor. Num
material condutor o movimento das lacunas é desprezível.
SEMICONDUTORES TIPO N E P
Para a maioria das aplicações não há elétrons livres suficientes num semicondutor
intrínseco para produzir uma corrente elétrica utilizável. Portanto, para obter-se esta corrente
elétrica utilizável foram criados os semicondutores do tipo N e P.
Consegue-se um semicondutor tipo N acrescentando-se ao cristal silício puro
impurezas, ou elementos, pentavalentes. Desta forma, obtém-se quatro ligações covalentes e
um elétron livre, Figura 3.10. No semicondutor tipo N os elétrons são os portadores de carga
majoritários e as lacunas os minoritários.
EXERCÍCIOS
1. Qual é a órbita de valência de um átomo e o que é valência?
2. O que é e como é formada a banda de condução de um átomo?
3. O que é banda proibida?
4. O que define o comportamento elétrico dos materiais isolantes, condutores e
semicondutores? Justifique.
5. O que são as lacunas e como elas se movimentam num material semicondutor?
6. O que são elementos trivalentes, tetravalentes e pentavalentes?
7. Defina material semicondutor.
8. Como o Silício é transformado em semicondutor tipo N e P?
9. Quais as principais diferenças entre o material semicondutor e o material condutor?
10. Que faz com que os elétrons permaneçam estáveis em órbitas bem determinadas?
11. É correto afirmar que os semicondutores tipo N e P estão, respectivamente, carregados
negativamente e positivamente? Por quê?
JUNÇÃO PN
POLARIZAÇÃO DA JUNÇÃO PN
Polarização direta
Na polarização direta, Figura 4.6, conecta-se o terminal positivo da fonte de
alimentação (VCC) ao ânodo do diodo e o terminal negativo, ao cátodo.
Desde que VCC > Vγ, os elétrons livres do lado N, repelidos pelo terminal negativo de
VCC, atravessam a barreira de potencial e migram para o lado P. Alguns destes elétrons livres
recombinam-se com as lacunas, mas a maioria é atraída pelo terminal positivo de VCC.
Estabelece-se, assim, um fluxo de elétrons livres do cátodo para o ânodo, que é o sentido real
de corrente. Levando-se em conta o sentido convencional, há uma corrente elétrica (ID) do
ânodo para o cátodo de alta intensidade.
Polarização reversa
Na polarização reversa, Figura 4.8, conecta-se o terminal positivo de VCC ao cátodo do
diodo e o terminal negativo, ao ânodo.
Nesta situação os elétrons livres do lado N, são atraídos pelo terminal positivo de VCC,
deixando nos seus lugares as lacunas. Já no lado P, as lacunas são atraídas pelo terminal
negativo de VCC, ficando em seus lugares íons negativos. Portanto, há um aumento da barreira
de potencial, Vγ = VCC. Nesta situação, muito poucos elétrons livres conseguem atravessar a
barreira de potencial e estabelecer um fluxo de elétrons do cátodo para o ânodo.
Consequentemente, a corrente elétrica convencional do ânodo para o cátodo é muito pequena.
Esta corrente chamada de corrente reversa ou de fuga (IR), pois flui do terminal negativo de
VCC para o positivo, é desprezível.
Quando inserido num circuito, circula pelo diodo uma corrente elétrica (ID) desde que a
tensão sobre ele (VD) seja maior que Vγ. Estes dois parâmetros representam o ponto
Quiescente (Q) ou de trabalho do diodo.
PD = VD x ΙD
MODELOS DE DIODOS
VD = Vγ + RD x ID
Para adotar-se um dos três modelos, leva-se em conta o valor da fonte de alimentação
(VCC) e da barreira de potencial do diodo (Vγ):
21. Para os circuitos a seguir, utilizando-se os três modelos de diodos, calcular o valor das
correntes nos diodos (ΙD) e analisar os resultados obtidos.
Circuito 1:
Circuito 2:
26. Identificar a condição das lâmpadas no circuito abaixo, de acordo com a seguinte
convenção:
Ι - lâmpada acende;
ΙΙ - lâmpada não acende;
ΙΙΙ - lâmpada acende com sobrecarga de tensão, podendo danificar-se.
27. Aqui estão alguns diodos e suas especificações de tensão de ruptura (VBR) e corrente
máxima (ΙDM):
28. Quais os diodos relacionados no exercício anterior, que podem ser utilizados no circuito a
seguir?
30. No circuito abaixo, a resistência R está em curto. Qual será a tensão sobre o diodo? O que
acontecerá ao diodo?
34. Para o circuito da figura abaixo, calcular a corrente de saturação, a tensão de corte e o
ponto Q, dado a curva característica do diodo. Qual o valor da potência dissipada pelo
diodo ?
DIODO ZENER
O diodo zener é construído com uma área de dissipação de potência suficiente para
suportar o efeito avalanche. Assim, a tensão na qual este efeito ocorre é denominada tensão
zener (VZ), podendo variar em função do tamanho e do nível de dopagem da junção PN.
Comercialmente, são encontrados diodos zener com VZ de 2V a 200V.
Pela curva característica do diodo zener, Figura 5.2, observa-se que a tensão reversa
VZ mantém-se praticamente constante quando a corrente reversa está entre ΙZm (corrente zener
mínima) e ΙZM (corrente zener máxima).
Regulação de tensão
VE = R S ⋅ Ι Z + VZ
A equação acima considera a tensão zener constante para correntes entre ΙZm e ΙZM, ou
seja, adota um modelo ideal para o diodo zener, como mostra a Figura 5.4.
VE = R S ⋅ Ι Z + R Z ⋅ Ι Z + VZ
A Figura 5.6, mostra a reta de carga traçada sobre a curva característica do diodo zener
na região reversa.
Desta forma, o ponto quiescente (Q) do diodo zener pode ser determinado pela
interseção da curva característica com a reta de carga, correspondendo aos valores de tensão
VZ sobre o diodo zener e a corrente ΙZ que passa por ele.
Considerando que a tensão de entrada aumentou para um valor VE’ ou a resistência
diminui para um valor RS’, isto acarretará um deslocamento do ponto quiescente, denominado
agora Q’, como apresentado na Figura 5.7.
Assim, percebe-se que para ambos os gráficos da Figura 5.7, que mesmo que a
corrente no diodo zener tenha aumentado para ΙZ', a tensão sobre ele permanece praticamente
constante, já que VZ ≅ VZ’.
Por isso, o diodo zener é chamado de regulador de tensão.
VS − VLED
I LED =
RS
Quanto maior a tensão da fonte, menor o efeito que a VLED produz, u seja, um valor
alto de VS encobre a variação na tensão do LED.
A Figura 5.9(a) mostra um indicador de sete segmentos, que contém sete LEDs
retangulares (de A a G). Cada LED é chamado de um segmento, porque ele faz parte do dígito
que está sendo exibido. A Figura 5.9(b) é o diagrama esquemático de um indicador de sete
segmentos. Neste diagrama, estão incluídos os resistores externos em série para limitar as
correntes a níveis seguros para os LEDs. Aterrando-se um ou mais resistores, pode-se formar
qualquer dígito de 0 a 9.
Um indicador de sete segmentos, também, pode exibir as letras maiúsculas A, C, E e
F, mais as letras minúsculas b e d. Os instrutores de microprocessadores, freqüentemente,
usam um indicador de sete segmentos para mostrar todos os dígitos de 0 a 9, mais as letras A,
B, C, E, D, E e F.
FOTODIODO
OPTOACOPLADOR
A tensão da fonte V1 e o resistor em série R1, produzem uma corrente através do LED.
Por sua vez, a luz emitida pelo LED atinge o fotodiodo e isto estabelece a corrente reversa I2.
Somando-se as tensões ao longo da malha de saída tem-se que:
VS − V2 + R2 ⋅ I 2 = 0 ou VS = V2 − R2 ⋅ I 2
DIODO SCHOTTKY
Figura 5.13 - Diodo Schottky (a) estrutura, (b) circuito retificador e (c) saída em 100 MHz
VARACTOR
Figura 5.14 - Varactor (a) Estrutura, (b) circuito equivalente e (c) capacitância de transição x tensão reversa
Os varactores são diodos de silício otimizados para a sua capacitância variável. Por
ser a capacitância controlada pela tensão, eles substituíram os capacitores sintonizados
mecanicamente em muitas aplicações, como nos receptores de televisão e nos rádios de
automóveis.
VARISTOR
No domínio angular, temos y = θ, onde θ é o ângulo e pode ser dado em graus (o) ou
em radianos (rad).
2π
Figura 6.2 - Função senoidal no domínio temporal: x = X P ⋅ sen(ωt ) e ω = 2πf =
T
onde: f é a freqüência do sinal em hertz (Hz);
T é o período do sinal em segundos (s).
TRANSFORMADORES
É o mais simples dos retificadores. A sua constituição básica é um diodo em série com
uma carga RL.
Obs.: Como, normalmente, o sinal senoidal de entrada a ser retificado tem uma amplitude
muito maior que Vγ, para efeito de análise, será considerado o modelo do diodo ideal.
No semiciclo positivo de V2, o diodo está diretamente polarizado, logo ele conduz,
fazendo com que a tensão de saída seja igual à de entrada.
No semiciclo negativo de V2, o diodo está reversamente polarizado, logo ele não
conduz, fazendo com que a tensão na saída seja nula.
Como a forma de onda na carga não é mais senoidal, embora a freqüência seja a
mesma da tensão de entrada, o seu valor médio deixa de ser nulo, podendo ser calculado por:
V
Vm = P
π
Assim, pode-se calcular a corrente média na carga (igual a corrente média no diodo),
da seguinte forma:
V
Ιm = m
RL
Então, para que o diodo não queime, ele deve suportar tanto esta corrente média
quanto a tensão de pico reversa, ou seja:
Ι DM ≥ Ι m e V Br ≥ V P
O retificador de onda completa faz com que tanto o semiciclo positivo quanto o
negativo, apareçam sobre a carga sempre com a mesma polaridade.
Usando um transformador com derivação central é possível obter uma retificação
completa.
Figura 6.10 - Formas de onda no retificador de onda completa com derivação central
Este circuito utiliza uma ponte de diodos, tendo algumas vantagens em relação aos
anteriores.
Como neste caso a freqüência da tensão de saída dobra de valor, a tensão média na
carga também dobra, ou seja:
2 × VP Vm
Vm = e Ιm =
π RL
Porém, neste circuito, a tensão de pico na carga corresponde à tensão de pico na saída
do transformador e, portanto, a tensão média final é o dobro da tensão média obtida pelos
retificadores anteriores, caso o mesmo transformador seja utilizado.
Em relação às especificações dos diodos, como cada diodo conduz corrente somente
num semiciclo, a corrente que eles devem suportar corresponde à metade da corrente média
na carga. Quanto à tensão reversa, os diodos devem suportar a tensão de pico do secundário.
Ι
Ι DM ≥ m e V Br ≥ V P
2
A utilização de um filtro capacitivo é muito comum nas fontes de alimentação que não
necessitam de boa regulação, ou seja, que podem ter pequenas oscilações na tensão de saída.
Um exemplo, é o eliminador de baterias cujo circuito vem todo montado na caixinha que vai
ligada à rede elétrica.
Assim, para o projeto de uma fonte de alimentação deve-se, antes, estipular a tensão
média de saída e o ripple desejados para, em seguida, calcular o capacitor necessário para a
filtragem, as especificações dos diodos e as especificações do transformador.
35. O transformador da figura abaixo, tem uma tensão no secundário (V2) de 30 VCA. Qual a
tensão de pico (Vp), a tensão média (Vm) e a corrente média (Ιm) através da resistência de
carga (RL) ? Desenhar as formas de onda da tensão no secundário (V2), no diodo (VD) e
na carga (VRL).
38. Na figura abaixo, a tensão no secundário (V2) é de 40 VCA. Qual a tensão de pico, a
tensão média (Vm) e a corrente média (Ιm) na carga (RL) ? Desenhar as formas de onda
da tensão total no secundário (V2), nos enrolamentos A e B do secundário (V2A e V2B),
nos diodos (VD1 e VD2) e na carga (VRL).
39. Se a tensão do secundário (V2) for de 60 VCA no circuito acima, qual dos diodos
apresentados anteriormente têm especificações de ΙDM e VBR suficiente para ser
utilizado ?
41. Se a tensão do secundário (V2) na figura abaixo for de 30 VCA, qual a tensão média (Vm)
e a corrente média (Ιm) através da resistência de carga (RL) ? Qual a VBR através de cada
diodo ? Desenhar as formas de onda da tensão no secundário (V2), nos diodos (VD1,
VD2, VD3 e VD4) e na carga (VRL).
44. Os diodos do circuito do exercício anterior têm especificação ΙDM de 150 mA e uma
especificação de VBR de 75 V. Estes diodos são adequados para uma tensão do
secundário (V2) de 40 VCA ?
45. Se todos os diodos do circuito do exercício anterior tiverem uma especificação ΙDM de
0,5 A e uma especificação de VBR de 50 V, eles são adequados para uma tensão do
secundário (V2) de 60 VCA ?
48. A figura abaixo mostra um transformador com tensão no secundário de 30VRMS ligado a
um retificador de onda completa com derivação central com uma carga de 300Ω,
determine:
!#As formas de onda das tensões no circuito;
!#valor da tensão em cada um dos elementos do circuito;
!#valor da corrente em cada um dos elementos;
!#A potência dissipada pela carga;
!#A especificação do diodo.
49. Projetar uma fonte com tensão de entrada de 110VRMS/60Hz e tensão média de saída de
15V com ripple de 0,5V, para alimentar um circuito que tem resistência de entrada
equivalente a 500Ω. Utilizar o retificador de onda completa com derivação central.
50. Projetar uma fonte de tensão que substitua uma bateria de um aparelho eletrônico formada
por duas pilhas de 1,5V e que tem um consumo de potência de 7,5mW. O ripple deve ser
de no máximo 0,15V. Utilizar o retificador de sua escolha.
52. Qual a tensão na carga e a ondulação no circuito abaixo, para uma tensão no secundário de
17,7VRMS.
53. A tensão da linha é tipicamente de 115VRMS ± 10%. Calcule o valor de pico para uma
linha baixa e para uma linha alta.
54. O transformador da figura abaixo tem uma tensão do secundário de 30VRMS. Qual a
tensão de pico na resistência de carga? A tensão média? A corrente média através da
resistência de carga?