Tratamento Químico de Caldeiras
Tratamento Químico de Caldeiras
Tratamento Químico de Caldeiras
B alano de M assa B alano T rm ico T ratam ento Q um ico C onceitos Principais T ipos de T ratam ento Parm etros de C ontrole e M onitoram entos Q uantificao de B enefcios
OBJETIVOS DA CALDEIRA
A cald eira um eq uip am ento p ara p ro d u o d e v ap o r so b p resso , a p artir d a gu a, p o r ap licao d e calo r elev ad as tem p eraturas.
O combustvel ( principalmente leo combustvel e gs natural ) queimado e o calor libertado pela combusto transferido para gerar vapor.
O vapor, ento gerado, utilizado no trabalho mecnico de uma mquina a vapor, numa reao qumica (como fonte de calor), na gerao de eletricidade atravs de turbina, etc.
O controle adequado da gua imprescindvel para a operao com segurana de uma caldeira
BALANO DE MASSA
QA = P + B QA = QR + Qc N = [ Cl- ] BW [ Cl- ]A
Onde: QA: Vazo de alimentao de gua (m3/h) P: Produo nominal de vapor (ton/h) B: Blow-Down (descarga) (m3/h)- de fundo ou de nvel QR: Vazo de Reposio de gua (m3/h) Qc: Vazo de retorno de condensado (m3/h) [Cl ]BW: Concentrao de cloreto na gua da caldeira (ppm) [Cl ]A: Concentrao de cloreto na gua de alimentao (ppm) N: Ciclo de Concentrao da caldeira Obs.: Descarga de fundo: geralmente descontnua Descarga de nvel : geralmente contnua
O estabelecimento do ciclo de concentrao timo funo da qualidade da gua de alimentao, do nvel de presso de operao da caldeira e do regime de operao da mesma
TIPOS DE CALDEIRA
TIPOS DE CALDEIRA
Fogotubular .... caldeiras de baixa presso (< 20 kgf/cm2) Tubos: Fogo
Aquatubular ..... caldeiras de baixa (< 20 kgf/cm2) Mdia (20 ~ 75 kgf/cm2) e alta presso (> 75 kgf/cm2) Tubos: gua
R e m o o d a s im p u r e z a s d a g u a d e a lim e n ta o q u e o r ig in a m a c o r r o s o e in c r u s ta o , p o r m e io s q u m ic o e e q u ip a m e n to s e s p e c f ic o s . C o n tr o la r e e s p e c if ic a r o t ip o d e g u a d e a lim e n t a o , c o n f o r m e a p r e s s o d e o p e r a o d a c a ld e ir a . C o n h e c im e n to p r o f u n d o d a s c o n d i e s o p e r a c io n a is d o s is t e m a d e c a ld e ir a e d o u t iliz a o d e v a p o r . A p lic a r a T e c n o lo g ia a d e q u a d a e S e r v i o s d e A s s is t n c ia T c n ic a c o m f ilo s o f ia p r e v e n tiv a . C o n tr o la r r ig o r o s a m e n te a q u a lid a d e d a g u a d a c a ld e ir a e o c ic lo d e c o n c e n tr a o , d e a c o r d o c o m o n v e l d e p r e s s o d a m e s m a e o tip o d e g u a d e a lim e n t a o u tiliz a d a . C o n tr o la r o p r o c e s s o d e c o r r o s o d a s lin h a s d e r e t o r n o d e co n d en sad o .
TRATAMENTO Primrio
OBJETIVOS Remover as impurezas da gua bruta para condicionar a gua de alimentao da caldeira. O tratamento realizado basicamente por meios mecnicos (decantador, filtro, aerador, abrandador, desmineralizador, osmose reversa, polidor de condensado, desaerador, etc). Remover e controlar as impurezas da gua mediante a aplicao de produtos qumicos na caldeira e retorno de condensado. Principais produtos: Sequestrantes de oxignio, agentes controladores de pH, eliminadores de dureza, dispersantes, etc. Especificar a qualidade da gua da caldeira, condensado e ciclo de concentrao. Limpeza regular da caldeira.
Secundrio (Interno)
Tercirio
Hibernao da caldeira.
SISTEMAS
OBJETIVOS Enviar gua a mais pura possvel para o sistema da caldeira. Em outras palavras, tem a finalidade de remover o fator causador de corroso (oxignio dissolvido) por desaerao e elevar o pH no sistema com amina voltil, a fim de diminuir a corroso pelo oxignio dissolvido e dixido de carbono no condensado. Remover dureza e slidos em suspenso com o uso de dispersantes e posterior eliminao de resduos pela purga
ed ametsis/o
A tabela 01 apresenta as substncias contnuas na gua bruta, os respectivos problemas e a metodologia de tratamento utilizada. A tabela 02 apresenta os problemas originados pela gua e as respectivas conseqncias. Os problemas podem ser resumidos em: - Problemas de Incrustao - Problemas de Corroso - Problemas de Arraste
PROBLEMAS Depsitos no interior dos bales ou nas superfcies de Pode causar expanso e rompimento dos tubos. Depsitos no interior dos bales ou nas superfcies de
MTODO DE TRATAMENTO gua abrandada. Aplicar produtos qumicos na caldeira. Controlar qualidade da gua da caldeira. Desmineralizao. Aplicar produtos qumicos na caldeira. Controle da qualidade da gua de caldeira. Aplicar produtos qumicos na caldeira. Controle da qualidade da gua da caldeira. Uso de amina voltil. Abrandamento por um tratamento de alcalinizao. Oxidao e filtrao. Coagulao e sedimentao. Desmineralizao. Uso de inibidor de corroso.
Slica (SiO 2)
troca trmica. Pode causar expanso e rompimento dos tubos de evaporao. Decomposio pela ao do calor na caldeira tornando a gua excessivamente alcalina.
Alcalinidade
O CO 2 gerado pela decomposio trmica provoca o abaixamento do pH na linha do condensado com corroso progressiva. Perda da eficincia de troca dos ons pela resina.
Ferro
Causa problemas de arraste Slidos Totais Contaminao das resinas. Causa entupimento nas tubulaes e precipitao na caldeira. leos Causa espuma na gua da caldeira com problemas de arraste. Incrustao na rea de troca trmica. Gases Dissolvidos (O2 e CO2) Corroso do sistema de alimentao, da caldeira e do condensado.
Controle de qualidade da gua da caldeira. Filtrao. Desmineralizao Coagulao. Filtrao com carvo ativado. Tratamento de separao por flotao.
Incrustao
Corroso
Gases dissolvidos corroem a linha de alimentao, de condensado e rea de troca trmica. Corroso por xidos metlicos que aderem rea de troca trmica. Deteriorao da pureza do vapor. Diminuio da eficincia da caldeira.
Arraste
3 Fe (OH)2
Fe3O4 + 2H2O + H2
Magnetita (protetor)
Corroso originada pelo O2 dissolvido na gua de alimentao Quebra do filme de magnetita Formao de clula local Fe Fe2+ + 2e- (anodo) Fe2+ + 2OHFe(OH)2 Fe(OH)2 Fe(OH)2 Fe3O4 Formao de tubrculos
CONTROLE DE CORROSO
Problemas de Corroso: - gua de alimentao - Caldeira - Sistema de Condensado
Caldeira Cilndrica
Caldeira Aquatubular
Linha de Condensado
Corroso causada pela entrada de produtos de corroso Se produtos de corroso, tais como xidos de cobre, se formarem nas linhas de alimentao ou condensado, estes sero arrastados para dentro da caldeira, depositar-se-o no fundo dos bales e tambm nas curvas dos tubos e ainda, se houver oxignio dissolvido, haver uma clula de aerao diferencial e consequente processo corrosivo.
Exemplos de acidente originado por superaquecimento
Corroso Alcalina Se existir um superaquecimento localizado, a gua da caldeira vai concentrar-se extremamente e a alcalinidade ir aumentar. Com a elevao do pH, o hidrxido de ferro formar o ferrito de sdio que tem alta solubilidade na gua. Fe(OH)2 + 2NaOH Na2FeO2 + 2H2O
Portanto, pode-se concluir que para controlar a corroso na caldeira deve-se controlar o pH, eliminar o oxignio dissolvido da gua de alimentao, evitar a presena de xidos metlicos e controlar o teor de slidos dissolvidos.
Fe (OH)2 + H 2
Oxignio dissolvido
Reduo do pH
SOLUES
Reduo do pH ...................................................Dosagem de NaOH ou Na2CO3
Produto Qumico
Hidrazina Sulfito de sdio DEHA Hidroquinona Outros
Desaerador mecnico
Aplicao de produto para neutralizar o CO2 gerado pela decomposio trmica da alcalinidade.
Solues
Controlar adequadamente o pH do condensado; A faixa de controle do pH funo da qualidade da gua de alimentao e da metalurgia do sistema.
AMINAS VOLTEIS RAZO DE DISTRIBUIO Amnia Ciclohexilamina Alkanol Morfolina 7 10 24 23 0,4 0,6
mg/l REQUERIDA PARA NEUTRALIZAR 1 mg/l CO2 0,4 2,3 2,7 2,0
NH3 + CO2 + H2O NH4+ + HCO3C6H11 NH2 + CO2 + H2O C6H11 NH3 + HCO3concentrao no vapor concentrao no condensado (zona de condensao)
Razo de distribuio:
A escolha da amina funo da razo de distribuio necessria, metalurgia do sistema e da extenso da linha de condensado
Condensado
Grupo R- hidrofbico
Film
Metal
Problemas:
Reduo da eficincia da caldeira Aumento de consumo de leo combustvel Ruptura ou exploso dos tubos (superaquecimento).
Ca(HCO3)2 CaSO4
CONDUTIVIDADE TRMICA (kcal/hmoC) 0,4 0,6 0,2 0,4 0,5 2,0 0,5 0,7 1 40 60 320 360
Adequao da qualidade das guas de alimentao e caldeira com base na presso de operao da caldeira. Especificao adequada do ciclo de concentrao. Aplicao de redutor de dureza (a base de fosfato) Aplicao de dispersante Controle, analtico rigoroso da qualidade das guas
2HCO3Ca2+ + CO32-
Base fosfato
Baixa presso, para tratamento custico Alta e mdia presso (tratamento fosfato coordenado) Baixa presso (tratamento custico) Base polmero Agente Quelante
Base no fosfato
CONTROLE DO FENMENO DE ARRASTE Arraste o fenmeno que ocorre quando slidos dissolvidos e suspensos na gua da caldeira entram para a linha de vapor juntamente com o vapor. Se existe arraste, a pureza do vapor decresce, e algumas vezes pode-se ter expanso ou exploso do superaquecedor. Os seguintes itens abaixo so considerados como causadores de arraste: Excesso de concentrao de sais na gua de caldeira; Condio inadequada do separador de vapor (fatores mecnicos e estruturais); Alta variao do nvel da gua ou variao de carga trmica.
PREVENO DE ARRASTE
Os arrastes de natureza mecnica podero ser evitados por uma das seguintes maneiras ou pela associao de algumas delas:
Demanda de vapor igual ou inferior capacidade de gerao da caldeira. Limpeza qumica conduzida corretamente quando a capacidade de gerao de vapor da caldeira for sensivelmente diminuda pela incrustao. Disciplina no uso de vapor, evitando aberturas instantneas de diferentes pontos de consumo. Aumento da cmara de vapor, quando a mesma encontra-se subdimensionada, com o abaixamento do nvel de gua e diminuio da carga de trabalho da caldeira. Uso de purificadores de vapor, tais como ciclones, chicanas, etc...
OS ARRASTES DE NATUREZA QUMICA PODERO SER EVITADOS POR UM DOS SEGUITES PROCEDIMENTOS
Evitar contaminao de leo saponificvel; Evitar contaminao de matria orgnica; Limitar a salinidade da gua, conforme o tipo e presso da caldeira; Diminuir os valores de alcalinidade e fosfatos Diminuir a concentrao dos slidos em suspenso, principalmente os decorrentes do tratamento com fosfato, com um programa de descargas de fundo adequado, a fim de eliminar a maior parte da lama; Evitar a utilizao de polieletrlitos sintticos de peso molecular elevado, que funcionam como agentes de flotao; Limitar os valores de slica na gua da caldeira, em conformidade com a sua presso de trabalho.
MTODOS PARA A ECONOMIA DE ENERGIA EM CIRCUITOS DE GERAO DE VAPOR COM A APLICAO DE ENGENHARIA PARA TRATAMENTO DE GUA
1) Preveno contra incrustaes pela gua 2) Incremento do ciclo 3) Recuperao de Condensado 4) Aproveitamento do calor do blow down contnuo 5) Eliminao de vazamentos nas linhas de vapor/condensado
P e T reduzem tanto quanto a presso atmosfrica (vapor residual condensado) Penetrao de oxignio atravs de todas as brechas existentes (vlvulas de vapor, bocas de visita etc.). A corroso se inicia na seo de vapor ou vapor-gua, e se perpetua por toda a superfcie da caldeira, quanto maior a velocidade de difuso do ar na gua da caldeira.
Como estabelecer as contra-medidas? Como estabelecer as contra-medidas?
Relao com o perodo que o equipamento vier a permanecer parado, suas caractersticas construtivas e temperatura ambiente. Preservao mida: Indicada para os casos onde h dificuldade em drenar-se completamente a gua da caldeira, ou h imprevisibilidade para a partida da caldeira, ou h possibilidade da gua vir a congelar-se; Preservao seca: Adequada para regies com temperaturas reduzidas ou para longos perodos de conservao.
Alternativas de automao do tratamento qumico, incluindo o controle do ciclo de concentrao e dosagem dos produtos qumicos so disponveis.
MONITORAMENTOS
A realizao de anlises das guas de caldeira, alimentao e retorno de condensado fundamental para o sucesso do tratamento qumico. A frequncia funo do nvel de presso e qualidade da gua de alimentao.
A inspeo criteriosa, quando da abertura de uma caldeira, extremamente importante para a avaliao do tratamento e a implementao de contra-medidas se necessrias.
Os mtodos das anlises devem ser criteriosamente estudados, eliminandose as possveis interferncias. Anlise de hidrazina deve ser processada no campo (evitar a volatilizao da mesma).