Apostila Tti Completa
Apostila Tti Completa
Apostila Tti Completa
DISCIPLINAS
Disciplina 1: Portugus e Redao Empresarial Disciplina 2: Direito e Legislao Disciplina 3:Operaes imobilirias Disciplina 4:Desenho Arquitetnico Disciplina 5:Relaes Humanas, tica e Cidadania Disciplina 6: Economia e Marcado Disciplina 7: Organizao e tcnicas comerciais Disciplina 8:Matemtica Financeira
12 13
19
UNIDADE 5
Unidade 1
As Fontes e a Diviso do Direito A Lei do Inquilinato
39 55 72
Unidade2 Unidade 4
A Legislao e os Registros OPERAES IMOBILIRIAS
Unidade 1
O Corretor de Imveis 91
Unidade 2 Unidade 3
A Comercializao do Imvel As Transaes Imobilirias
Unidade 4 Unidade 5
A Administrao Imobiliria
Unidade 2 Unidade 3
A Construo Civil
Unidade 2 Unidade 3
Capitalizao Composta Descontos
Unidade 4
INTRODUO
A disciplina Portugus e Redao Empresarial tem como principais objetivos: aguar a capacidade de comunicao, expresso e leitura; aprimorar a produo de textos, principalmente textos tcnicos e relatrios administrativos; revisar contedo gramatical de nvel mdio. Alcanar esses objetivos significa estar apto a desenvolver sua capacidade de comunicao de maneira significativa.
UNIDADE 1
Comunicao e expresso
1.1. O processo de comunicao Sons, gestos, imagens, palavras cercam a vida do homem moderno, compondo mensagens de toda ordem, transmitidas pelos mais diferentes canais como a televiso, o cinema, a imprensa, o rdio, o telefone, o telgrafo, os cartazes de propaganda, os desenhos, a msica e tantos outros. Em todos esses meios de comunicao, a lngua desempenha um papel preponderante, em sua forma oral ou atravs de seu cdigo substitutivo escrito. E, atravs dela, o contato com o mundo que nos cerca permanentemente atualizado e a comunicao incessante. Etimologicamente, comunicao significa tornar comum, compartilhar opinies, fazer saber, ento, implica interao e troca de mensagens. Portanto, um processo de participao de experincias que modifica a disposio das partes envolvidas. Toda empresa precisa desenvolver canais de comunicao que proporcionem relacionamento agradvel e eficaz de seus integrantes entre si e com a comunidade. Por isso, as comunicaes administrativas formam um sistema de informao estabelecido para favorecer os participantes da organizao. As relaes de trabalho exigem linguagem compreensvel para que se estabelea o entendimento comum. A prpria definio de comunicao envolve participao, transmisso e troca de conhecimentos. Desse modo, o desempenho de uma empresa depende da eficcia da comunicao de seus participantes. 1.2. Problemas de comunicao nas empresas Segundo Medeiros (2007), existem vrios fatores que impedem a eficcia de uma mensagem. Da parte do emissor pode-se considerar: 1. Incapacidade verbal, oral ou escrita para expor o prprio pensamento; 2. Falta de coerncia entre as partes de sua idia, frase ou pensamento; 3. Intromisso de opinies, juzos e valores quando somente os fatos podem gerar um resultado satisfatrio; 4. Uso de termos tcnicos desconhecid do receptor; 5. Impreciso vocabular; 6. Ausncia de espontaneidade; 7. Acmulo de detalhes irrelevantes; 8. Excesso de adjetivos, frases feitas, clichs. J da parte do receptor so empecilhos comunicao: 1. Nvel de conhecimento insuficiente para a compreenso da mensagem;
2. Falta de experincia; 3. Falta de imaginao; 4. Ausncia de ateno (distrao); 5. Falta de disposio para entender. Para obter melhores resultados na comunicao das empresas, necessrio desenvolver algumas habilidades tcnicas e atitudes que auxiliam no processo de compreenso entre as partes envolvidas. Essas habilidades tcnicas envolvem respostas para tais perguntas: Como transmitir informaes? Como instruir? Como ser breve e claro? Para fazer com que a comunicao seja eficaz, tambm devemos analisar alguns pontos, como: Com quem voc vai se comunicar? O que voc ir dizer? Como voc est transmitindo as informaes? Como voc se certifica de que conseguiu convencer o receptor? Prestando ateno nesses pontos, podemos conseguir bons resultados em nossa comunicao e, em conseqncia disso, a relao entre os participantes da organizao, da empresa, pode trazer mais benefcios mesma. 1.3. Clareza de expresso So muitos os momentos em que se vemos pessoas que no se entendem, mesmo falando a mesma lngua. O que impede estas de emitir a sua mensagem com clareza, fazendo-se entender? A comunicao, por mais fcil que possa parecer, algo difcil de executar com a eficcia devida. Pense bem: quantas vezes hoje voc explicou algo para uma pessoa e esta no entendeu, mesmo aps voc repetir o que disse? Mesmo dentro do mesmo idioma, h maneiras de se expressar incompreensveis fora de seu contexto. Para que se possa expressar o que se deseja de uma maneira plausvel a maioria das pessoas de um determinado grupo, devemos expandir nossa capacidade de comunicao. Um exemplo o caso das grias. Todos ns podemos falar grias, mas para que pessoas alheias a elas entendam-nos quando falamos, deveramos saber explicar com outras palavras cada gria que falamos, assim como substitu-las por palavras que tenham cabimento naquele contexto. Outra coisa que, por mais que achemos que no, aumenta o nosso poder comunicativo, a leitura, ou melhor, a aquisio de informaes. No s as que lhe cabem, mas tambm informaes gerais. dessa maneira ento que, com uma variedade de assuntos para fabricar opinies sobre eles para que at o relacionamento dentro de sua empresa melhore. Com uma comunicao eficaz, ns conseguimos abrir portas e criar novos laos e contatos, dando-nos uma grande gama de oportunidades. Afinal, a sociedade se baseia na comunicao. E nos expres-
Em todo ato de comunicao esto envolvidos um emissor, um cdigo, um canal, uma mensagem, um contexto e um receptor. Vejamos cada um deles separadamente, a fim de que possamos entender como esto interligados e como interagem entre si. 1.4.1. Emissor, comunicador ou codificador o que fala ou escreve, a fonte da informao. Ocupa, em relao ao receptor, um dos extremos do circuito da comunicao. 1.4.2. Receptor, recebedor ou decodificador o que ouve ou l; o destinatrio da informao. Ocupa, em relao ao emissor, o extremo oposto do circuito da comunicao. A transmisso de informao supe, ento, a existncia de dois plos: o que emite a informao chamado emissor (locutor ou escritor); e o destinatrio, de receptor (ouvinte ou leitor). Conforme o tipo de comunicao, ora um plo exclusivamente emissor e o outro receptor, ora os papis de emissor e de receptor so intercambiveis. 1.4.3. Cdigo O emissor e o receptor devem dispor de um cdigo que seja comum a ambos, isto , de um sistema de signos convencionais que permita dar a informao uma forma perceptvel. Quando falamos ou escrevemos, por exemplo, valemo-nos de um cdigo que compe a lngua que utilizamos. Da mesma forma, quem nos ouve ou l deve dispor do mesmo cdigo a fim de que possa nos entender. a) Codificar no significa apenas adotar um cdigo, mas
1.5.
Funes da linguagem
10
Quando a inteno do emissor apenas transmitir a mensagem, de modo claro e objetivo, sem admitir mais de uma interpretao, com a finalidade de espelhar a realidade, empregando palavras no sentido denotativo, a linguagem assume uma de suas funes mais importantes: a funo referencial, informativa ou denotativa. Esta funo tem o predomnio do contexto, ou seja, a inteno de informar o contedo, o assunto, as idias, os argumentos de uma mensagem. A funo referencial sempre predominante em textos de jornais, revistas informativas, livros tcnicos e didticos. 1.5.2. Funo Emotiva ou Expressiva Observe os textos a seguir: Eu nasci alm dos mares, Os meus lares, Meus amores ficam l! - Onde canta nos retiros Seus suspiros, Suspeiros o sabi Casimiro de Abreu Houve um tempo em que a minha janela se abria para um terreiro, onde uma vasta mangueira alargava sua copa redonda. sobra da rvore, numa esteira, passava quase todo o dia sentada uma mulher, cercada de crianas, e contava histrias. Eu no a podia ouvir, da altura da janela; e mesmo que a ouvisse, no a entenderia, porque isso foi muito longe, num idioma difcil. Mas as crianas tinham tal expresso no rosto, e s vezes faziam com as mos arabescos to compreensveis, que eu, que participava do auditrio, imaginava os assuntos e suas peripcias e me sentia completamente feliz. Ceclia Meireles Em ambos os textos, tanto no de Casimiro de Abreu como no de Ceclia Meireles, h predominncia da funo emotiva ou expressiva da linguagem. Os textos mostram escritores (emissores) voltados para si mesmos, para os seus prprios sentimentos, revelando o estado interior de cada um. Nota-se, por isso, a presena de verbos e pronomes em 1 pessoa e de pontos de exclamao, reiterando os aspectos emocionais da linguagem dos emissores.Quando h predominncia dessas caractersticas, pondo o emissor e seus sentimentos em destaque, podese afirmar que, prevalece a funo emotiva ou expressiva da linguagem. A funo emotiva ocorre com maior freqncia em textos poticos, onde o aspecto subjetivo predomina:
2. Referencial enfatiza o contexto; 3. Emotiva enfatiza o emissor (revela o estado interior do emissor); 4. Apelativa enfatiza o receptor ( essencialmente a linguagem publicitria persuade o receptor); 5. Metalingstica enfatiza o cdigo; 6. Ftica pe em destaque o canal; 7. Potica pe em destaque a mensagem.
11
UNIDADE 2
Texto e leitura
2.1. Noo de texto Para falar de texto necessrio definir o que um texto. Podemos abraar um conceito amplo, lato, de texto. Neste caso, incluiremos como texto, produes nas mais diversas linguagens. Seriam tratadas como textos as produes feitas comas linguagens das artes plsticas, da msica, da arquitetura, do cinema, do teatro, entre outras. Definies que se enquadram nesse caso so: A palavra texto provm do latim textum, que significa tecido, entrelaamento. (...) O texto resulta de um trabalho de tecer, de entrelaar vrias partes menores a fim de se obter um todo inter-relacionado. Da poder falar em textura ou tessitura de um texto: a rede de relaes que garantem sua coeso, sua unidade. (INFANTE, Ulisses. Do texto ao texto. Curso prtico de leitura e redao. Editora Scipione: So Paulo, 1991) ...em um sistema semitico bem organizado, um signo j um texto virtual, e, num processo de comunicao, um texto nada mais que a expanso da virtualidade de um sistema de signo. (ECO, Umberto. Conceito de texto. So Paulo : T.A. Queiroz, 1984. p.4.) Nesse sentido podemos entender a leitura do mundo de que fala Paulo Freire. preciso ler o mundo, compreender as diversas manifestaes das muitas linguagens com as quaistemos contato o tempo todo. Esse conceito lato de texto, apesar de aceito por muitos tericos e de ser interessante por se tratar deuma abordagem geral da compreenso (uma vez que essa depende da conjugao de vrias linguagens) adequado a algumas situaes, e ineficiente em outros casos. Se consideramos um conceito amplo de letramento, queremos que os sujeitos sejam capazes de ler os mais diversos textos nas mais diversas linguagens. Aqui, vale a pena adotar a acepo de que tudo texto. No entanto, para se fazer um estudo da leitura e da escrita, por exemplo, preciso delimitar um pouco esse conceito. Se tudo texto, lemos o qu? Tudo? Estudaremos o qu? Tudo? O professor que vai alfabetizar tem de ensinar tudo? Se pensarmos que tudo texto, poderemos cair em um conceito errneo. Se buscamos um objeto de estudo para fazermos cincia, a ampliao do conceito extremamente perigosa e indesejada. Se tudo que vemos e ouvimos pode ser um texto, tudo pode ser texto, e o conceito se transforma em nada, pois intratvel, indefinvel e, portanto, no nos serve. Nesse caso, a melhor definio de texto devem ser estas: O texto ser entendido como uma unidade lingstica concreta (pesceptvel pela viso ou audio),
que tomada pelos usurios da lngua (falante, escritor/ ouvinte, leitor), em uma situao de interao comunicativa especfica, como uma unidade de sentido e como preenchendo uma funo comunicativa reconhecvel e reconhecida, independentemente da sua extenso. (TRAVAGLIA, Luiz Carlos.Gramtica e interao: uma proposta para o ensino de gramtica no 1 e 2 graus. So Paulo: Cortez, 1997.p.67.) Desse modo, podemos finalizar com o seguinte conceito: texto um tecido verbal estruturado de tal modo que as idias formam um todo coeso, uno, coerente. Suas partes devem estar interligadas e manifestar um direcionamento nico. Assim, um fragmento que trata de diversos assuntos no pode ser considerado texto. Da mesma forma, se lhe falta coerncia, se as idias so contraditrias, tambm no se constitui texto. 2.2. As possibilidades de leitura A leitura de um texto no est nos devaneios interpretativos do leitor, mas est inscrita como possibilidade no texto. Lido de maneira fragmentria, um texto pode dar a impresso de um aglomerado de noes desconexas, ao que o leitor pode atribuir o sentido que quiser. Desse modo, h vrias possibilidades de interpretar um texto, mas h limites. Determinadas interpretaes se tornaro inaceitveis se levarmos em conta a conexo, a coerncia entre seus vrios elementos. Essa coerncia garantida pela reiterao entre esses elementos, tais como: a reiterao, a redundncia, a repetio e a recorrncia a traos semnticos ao longo do discurso. Para perceber as reiteraes, o leitor deve tentar agrupar os elementos significativos que se somam ou se confirmam num mesmo plano do significado. Deve percorrer o texto inteiro, tentando localizar todas as recorrncias, ou seja, todas as figuras e temas que conduzem a um mesmo bloco de significao. Essa recorrncia determina o plano de leitura do texto. H textos que permitem mais de uma leitura. As mesmas figuras podem ser interpretadas segundo mais de um plano de leitura. Quando se agrupam as figuras a partir de um elemento significativo, estamos perto de depreender o tema do texto. Dizer que um texto pode permitir vrias leituras no implica admitir que qualquer interpretao seja correta nem que o leitor possa dar ao texto o sentido que lhe for conveniente. O texto que admite vrias leituras contm em si indicadores dessas varias possibilidades. No seu interior aparecem figuras ou temas que tm mais de um significado e que apontam para mais de um plano de leitura. H outros termos que no se integram a um certo plano de leitura proposto e por isso so desencadeadores de outro plano. Portanto, devemos ter conscincia de que mesmo que um texto no tenha apenas uma possibilidade de leitura, no devemos delirar em sua interpretao. A
12
13
TIMBRE 5 espaos DE 357/09 3 espaos So Paulo, XX de xxxxxx de XXXX. 5 espaos Ref.: solicitao de liberao de funcionrios 3 espaos Sr. Astrogildo: 3 espaos Informamos V.S. de que no dia 21 de janeiro de 2009 o Centro de Educao Nacional oferecer um curso de aperfeioamento. Portanto, solicitamos a liberao dos funcionrios para que possam assistir ao curso. Esperamos resposta oficial sobre a liberao dos funcionrios. 3 espaos Atenciosamente, 3 espaos Gensio Amaral Ribeiro 3 espaos Anexo: Panfleto do curso 3 espaos GAR/TF (iniciais do redator/iniciais do digitador) 3 espaos c/c: Gerncia de Recursos Humanos
a) em...
Introdues mais comuns em cartas comerciais Participamos-lhe que... Desejamos cientific-los de que... Atendendo s solicitaes da carta... Com relao aos termos de sua carta... Informamos V.S. de que... Em vista do anncio publicado no...
b) Fechos de cortesia Atenciosamente para pessoas cargo semelhante ao do redator; Respeitosamente para pessoas com cargos importantes; Com elevada considerao, abraa-o seu amigo para pessoas intimas; Cordiais saudaes para pessoas muito amigas. c) abrao; Fechos que devemos evitar Aguardando suas notcias, aqui vai meu Sem mais para o momento; Subscrevo-me.
14
Modelo CIRCULAR Senhores, O diretor de nossa escola gostaria de informar s aceitar matrculas acompanhadas de cpias autenticadas dos seguintes documentos do aluno: Carteira de Identidade, CPF, comprovante de endereo e comprovante de escolaridade. Alm disso, as cpias devero ser grampeadas ao requerimento de matrcula para que no haja nenhum problema relativo perda de documentos. Fulano de tal cargo
d) Contrato Contrato um documento resultante de um acordo entre duas ou mais partes em relao a algo. Os contratos podem ser: Unilateral: uma parte promete e a outra aceita. Bilateral: as partes transferem mutuamente alguns direitos e reciprocamente os aceitam. Cumulativo: a coisa que cada uma das partes se obriga a dar ou fazer equivale que tem de receber. Aleatrio: o lucro que se h de receber do contrato unicamente provvel e incerto. Social: acordo ttico ou expresso entre o governante e os governados. e) Convocao Convocao uma forma de comunicao escrita na qual se convoca algum para determinada reunio. MODELO ASSOCIAO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAO ASSEMBLEIA GERALL ORDINRIA CONVOCAO A Diretoria da APE, no exerccio de suas atribuies, convoca a assemblia geral da APE para reunir-se, em carter ordinrio, na rua dos tecidos, n 01, a 21 de janeiro de 200X, s 20 horas, para deliberarem sobre a seguinte pauta: 1 discutir sobre as aulas de fevereiro; 2 apreciar e aprovar o calendrio letivo; 3 decidir sobre outros assuntos relevantes. So Paulo, ....../....../......... Fulano de tal Presidente
b) Aviso O aviso caracteriza-se pela informao ou comunicado a algum. empregado no comrcio, na indstria, no servio pblico. A forma mais comum de aviso aquele em que o empregador notifica a resciso de contrato ao empregado: aviso prvio. c) Circular A circular caracteriza-se como uma comunicao que dirigida a vrias pessoas ou a um rgo. Tem intuito de transmitir avisos, ordens, instrues, etc.
15
Declarao um documento em que se explica, manifesta opinio, depe a favor de algum. Modelo DECLARAO ADEMIR DE PADUA, portador da Cdula de Identidade n 1.356.567, residente na cidade de Santos, Av. Deodoro da Fonseca, 248, apto 602, declara que o Sr. PEDRO DA SILVA, filho de Joo da Silva e de Maria do Socorro, residente Av. XV de novembro, 684, apto 701, pessoa idnea, nada conhecendo de desabonador em sua conduta pessoal. Local e data Assinatura g) Edital um ato de que se vale pessoa ou entidade para fins de comunicao, convocao, citao, abertura de concorrncia, intimao, resultado de concursos, etc..., publicado em rgo da imprensa. O edital deve orientar o mais possvel, os interessados no assunto.
CONDOMNIO DO EDIFCIO MERIDIONAL ASSEMBLIA-GERAL EXTRAORDINRIA EDITAL Pelo presente, ficam convocados os senhores condminos para uma Assemblia-Geral Extraordinria a ser realizada no dia 20 de julho, s 20:30 horas, em primeira convocao e, s 21:00 horas, em segunda convocao, no salo de festas do condomnio, a fim de deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: 1. Leitura, discusso e aprovao da ata da ltima assemblia; 2. Obras: valores recebidos at esta data. Valores pagos. Contratos firmados e valores a pagar. Saldo existente. Cota extra necessria ao trmino das obras. Previso par o trmino; 3. Solarium. Manuteno e reformas. 4. Assuntos gerais. Data Assinatura do sndico
16
17
l) Protocolo o registro dos atos pblicos ou registro das audincias nos tribunais. Comercialmente, como denominamos os registros de correspondncia de uma empresa, ou registros de entrada e sada de materiais ou documentos. Modelo Destinatrio data Nome: ............................................................................ ..................................... End.: .............................................................................. ..................................... Cidade: .............................................................. estado:................................. Contedo: .................................................................... .................................... Recebido em ........./................/............. Carimbo e assinatura m) Recibo
Recibo um documento em que se declara o recebimento de algo. RECIBO Recebemos da MARCO INCORPORAES a importncia de R$ 10.000,00 (oitenta mil reais), como pagamento de comisses referente a venda de um apartamento situado Av. Professor Urias, 742, Fazendinha SP. So Paulo, 10 de fevereiro de 200X. ____________________________________ Assinatura Testemunhas: 1 ........................................ 2.........................................
18
UNIDADE 5
Reviso gramatical
5.1. CONCORDNCIA COM VERBOS SER/ HAVER/FAZER O verbo ser, em geral concorda com o sujeito. Exemplo:
UNIDADE 4
Relatrios administrativos
4.1. Noo de Relatrio Administrativo Relatrios administrativos so comunicaes elaboradas pelos membros de uma empresa. Geralmente so requeridas pelos administradores, gerentes, diretores. A importncia desses textos no consiste em sua forma, mas sim em sua utilidade porque tem como objetivo prestar informaes sobre a situao dos ocorrido dentro da empresa, como projetos, operaes, etc. Portanto, o relatrio administrativo um recurso que facilita e organiza os trabalhos de uma empresa. 4.2. Estrutura do relatrio As estruturas mais comuns de relatrio so: Apresentao de soluo de problemas; Enumerao de fatos; Exposio temporal: cronologia dos fatos; Argumentao. O esquema da apresentao que segue exposio cronolgica dos fatos expe o problema, depois as causas e efeitos e concluindo, a soluo. 4.3. Tcnicas para redao de relatrios Aprender a elaborar relatrios requer treino, exerccio contnuo. A primeira providncia a ser tomada para fazer um bom relatrio um plano ou esquema, pois ser til para a preciso e a qualidade do relatrio. Esses esquemas filtraro as informaes para que o texto final no tenha dados irrelevantes. Para que os relatrios sejam preparados com mais eficincia, deve-se considerar o tema, as circunstancias, o receptor e reunir todas as informaes relevantes antes de comear a escrev-los. preciso tambm escolher bem as palavras a serem utilizadas pensando no que seria mais agradvel ao receptor. Considerando que comunicao ser eficaz se produzir a resposta desejada, necessrio poupar o receptor de informaes inoportunas porque uma impresso positiva
A flor perfumosa. Mariana a alegria da famlia. Mariana as alegrias da famlia. O verbo ser concordar com o nome da pessoa. a) Horas datas distncias: quando indica horas, datas, distncias, o verbo SER, sendo impessoal (no tem sujeito), concorda com o predicativo, ou seja, com a palavra que indica horas, datas, distncia. Exemplos:
Que hora ? Que horas so? uma hora. Hoje so 25 de maro. So quinze quilmetros. Hoje 1 de abril. b) Haver = existir ou acontecer impossvel (sem sujeito): verbo fica sempre na 3 pessoa do singular. Exemplos:
Na sala, existiam vinte lugares. Na sala, devia haver vinte lugares. OBS.: Existir concordar sempre com o sujeito j que tem sujeito. Exemplo: Na sala, existem vinte lugares. c) Fazer = impessoal quando tempo transcorrido ou a transcorrer: verbo fica no singular. Exemplo:
19
tuiui, tuiuis, Piau; 2) se o i ou o u forem precedidos de ditongo crescente, o acento permanece. Exemplos:
guaba, Guara. 3. No se usa mais o acento das palavras terminadas em em e o(s). O CORRETO abenoo creem deem enjoo leem perdoo 4. No se usa mais o acento que diferenciava os pares pra/para, pla(s)/pela(s), plo(s)/pelo(s), plo(s)/ polo(s) e pra/pera. Ateno!
Permanece o acento diferencial em pde/pode. Pde a forma do passado do verbo poder (pretrito perfeito do indicativo), na 3. pessoa do singular. Pode a forma do presente do indicativo, na 3. pessoa do singular. Exemplo:
papis, heri, heris, di (verbo doer), sis etc. 2. Nas palavras paroxtonas, no se usa mais o acento no i e no u tnicos quando vierem depois de um ditongo decrescente. O CORRETO Baiuca bocaiuva* cauila** feiura * bocaiuva = certo tipo de palmeira **cauila = avarento Ateno:
Ontem, ele no pde sair mais cedo, mas hoje ele pode. Permanece o acento diferencial em pr/por. Pr verbo. Por preposio. Exemplo: Vou pr o livro na estante que foi feita por mim. Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Exemplos:
1) se a palavra for oxtona e o i ou o u estiverem em posio final (ou seguidos de s), o acento permanece.
Ele tem dois carros. / Eles tm duas casas. Ele vem de Sorocaba. / Eles vm de Rondnia. Ele mantm a palavra. / Eles mantm a palavra. Ele convm aos estudantes. / Eles convm aos estudantes.
20
Autoridades de Estado Vossa Excelncia (V. Ex.): Para o presidente da Repblica, senadores da Repblica, ministros de Estado, governadores, deputados federais e estaduais, prefeitos, embaixadores, vereadores, cnsules, chefes das Casas Civis e Militares. Somente o presidente da repblica usa o pronome de tratamento por extenso, nunca abreviado. Vossa Magnificncia (V. Mag.): Para reitores de Universidade, pr-reitores e vice-reitores. Vossa Senhoria (V. S.): Para diretores de autarquias federais, estaduais e municipais. Judicirias e do Ministrio Pblico Meritssimo Juiz (M. Juiz): para juzes de Direito.
21
Uso do hfen com compostos 5.4.1. Usa-se o hfen nas palavras compostas que no apresentam elementos de ligao. Exemplos:
guarda-chuva, arco-ris, boa-f, segunda-feira, mesaredonda, vaga-lume, joo-ningum, porta-malas, portabandeira, po-duro, bate-boca * Excees: No se usa o hfen em certas palavras que perderam a noo de composio, como: girassol, madressilva, mandachuva, pontap, paraquedas, paraquedista, paraquedismo. 5.4.2. Usa-se o hfen em compostos que tm palavras iguais ou quase iguais, sem elementos de ligao. Exemplos:
reco-reco, bl-bl-bl, zum-zum, tico-tico, tique-taque, cri-cri, glu-glu, rom-rom, pingue-pongue, zigue-zague, esconde-esconde, pega-pega, corre-corre 5.4.3. No se usa o hfen em compostos que apresentam elementos de ligao. Exemplos:
p de moleque, p de vento, pai de todos, dia a dia, fim de semana, cor de vinho, ponto e vrgula, camisa de fora, cara de pau, olho de sogra Incluem-se nesse caso os compostos de base oracional. Exemplos: maria vai com as outras, leva e traz, diz que diz que, Deus me livre, Deus nos acuda, cor de burro quando foge, bicho de sete cabeas, faz de conta * Excees: gua-de-colnia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, p-de-meia, ao deus-dar, queimaroupa. 5.4.4. Usa-se o hfen nos compostos entre cujos elementos h o emprego do apstrofo. Exemplos: gota-dgua, p-dgua 5.4.5. Usa-se o hfen nas palavras compostas derivadas
22
micro-ondas anti-inflacionrio sub-bibliotecrio inter-regional 3. No se usa o hfen se o prefixo terminar com letra diferente daquela com que se inicia a outra palavra. Exemplos:
bem-te-vi, peixe-espada, peixe-do-paraso, mico-leodourado, andorinha-da-serra, lebre-da-patagnia, ervadoce, ervilha-de-cheiro, pimenta-do-reino, peroba-docampo, cravo-da-ndia Obs.: no se usa o hfen, quando os compostos que designam espcies botnicas e zoolgicas so empregados fora de seu sentido original. Observe a diferena de sentido entre os pares: a) bico-de-papagaio (espcie de planta ornamental) - bico de papagaio (deformao nas vrtebras). b) olho-de-boi (espcie de peixe) - olho de boi (espcie de selo postal). Uso do hfen com prefixos As observaes a seguir referem-se ao uso do hfen em palavras formadas por prefixos (anti, super, ultra, sub etc.) ou por elementos que podem funcionar como prefixos (aero, agro, auto, eletro, geo, hidro, macro, micro, mini, multi, neo etc.). Casos gerais 1. Usa-se o hfen diante de palavra iniciada por h. Exemplos:
autoescola antiareo intermunicipal supersnico superinteressante agroindustrial aeroespacial semicrculo * Se o prefixo terminar por vogal e a outra palavra comear por r ou s, dobram-se essas letras. Exemplos:
minissaia antirracismo ultrassom semirreta Casos particulares 1. Com os prefixos sub e sob, usa-se o hfen tambm diante de palavra iniciada por r. Exemplos:
sub-regio sub-reitor sub-regional sob-roda 2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hfen diante de palavra iniciada por m, n e vogal. Exemplos:
anti-higinico anti-histrico macro-histria mini-hotel proto-histria sobre-humano super-homem ultra-humano 2. Usa-se o hfen se o prefixo terminar com a mesma letra com que se inicia a outra palavra.
circum-murado circum-navegao pan-americano 3. Usa-se o hfen com os prefixos ex, sem, alm, aqum, recm, ps, pr, pr, vice.
23
alm-mar alm-tmulo aqum-mar ex-aluno ex-diretor ex-hospedeiro ex-prefeito ex-presidente ps-graduao pr-histria pr-vestibular pr-europeu recm-casado recm-nascido sem-terra vice-rei 4. O prefixo co junta-se com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o ou h. Neste ltimo caso, corta-se o h. Se a palavra seguinte comear com r ou s, dobram-se essas letras. Exemplos:
coobrigao coedio coeducar cofundador coabitao coerdeiro corru corresponsvel cosseno 5. Com os prefixos pre e re, no se usa o hfen, mesmo diante de palavras comeadas por e. Exemplos:
preexistente preelaborar reescrever reedio 6. Na formao de palavras com ab, ob e ad, usa-se o hfen diante de palavra comeada por b, d ou r. Exemplos:
CONCORDNCIA NOMINAL CONCORDNCIA Concordncia , ento, a harmonia de flexo de uma frase. H dois tipos de concordncias: nominal e verbal. a. Concordncia nominal: um adjetivo ou termo com valor de adjetivo (nome, numeral, artigo, particpio) concorda em gnero e nmero com o substan-
24
a.2) Adjetivo prosposto: quando o adjetivo (ou a palavra com funo de adjetivo) vier depois de dois ou mais substantivos, teremos as concordncias: Com o substantivo mais prximo: Exemplo: E as coisas, e os homens todos silenciosos. Ou E os homens, e as coisas todas silenciosas.
substantivo plural sem a repetio do artigo para o segundo elemento. Exemplo: O primeiro e segundo andares... substantivo plural se antes dos numerais.
O adjetivo pode ir para o plural no mesmo gnero dos substantivos, se estes tiverem o mesmo gnero: ali. Exemplo: Flores, e folhas despedaadas estavam
Se os substantivos fizerem gneros diferentes: plural no gnero masculino. Exemplo: Quadros e cortinas despedaados estavam ali. a.3) Dois adjetivos para um substantivo, determinados pelo artigo: sa. Substantivo no singular:
So invariveis se o sujeito no estiver determinado. Exemplos: preciso muita pesquisa. bom plantao de erva-cidreira para afugentar formigas. proibido entrada de estranhos. So variveis e concordam com o sujeito em gnero e nmero, se o sujeito estiver determinado. Exemplos: boa a plantao de erva-cidreira para afugentar formigas. proibida a entrada de estranhos. b) Concordncia do adjetivo (em funo predicativa) com o sujeito: Predicativo e sujeito simples: o predicativo concorda com o sujeito simples. Exemplo: Os meus olhos, permaneciam embaados pela nvoa.
importado. O substantivo fica no plural e sem artigo para o segundo adjetivo: Exemplo: Emilia estuda as lnguas alem e fran-
25
Exemplos: Na classe h menos moos que rapazes. Trata-se de pseudo-especialista. O dinheiro desapareceu a olhos vistos. g) Possvel Invarivel com artigo no singular (expresso superlativo): Exemplo: O candidato tentou obter o maior nmero de votos possvel. Varivel com artigo no plural: Exemplo: As notcias que trouxe so as melhores possveis. h) Substantivos ligados por ou O adjetivo ficar no plural masculino: Exemplo: necessrio o uso de camisa ou vestidos brancos. O adjetivo concorda com o mais prximo: Exemplo: necessrio o uso de camisa ou vestido branco. CONCORDNCIA VERBAL O verbo concorda com o sujeito, portanto, para efetuar a concordncia corretamente, necessrio reconhecer o sujeito da orao. Tendo em vista que existem diversos tipos de sujeito: simples, composto, oculto, indeterminado, inexistente, e que o sujeito pode vir antes ou depois do verbo, constituindo diversas expresses diferentes. Existem vrias regras de concordncia do verbo, conforme for o tipo de sujeito. Por isso, a partir de agora, veremos estas regras de concordncia. CONCORDNCIA DO VERBO COM O SUJEITO SIMPLES Quando se trata do sujeito simples, antes ou depois do verbo: se o sujeito simples for singular, o verbo fica no singular; se o sujeito simples for plural, o verbo fica no plural. Exemplos: O disco voador apareceu. Apareceu o disco voador. Os astronautas desceram Desceram os astronautas. Eu vi a nave.
invariveis:
Exemplos: Perguntaram bastante sobre voc. A melancia estava meio estragada. al fracionrio: Variam com valor de adjetivo ou numer-
Exemplos: Faziam bastantes perguntas sobre voc. Meia melancia estava estragada. OBS.: o mesmo ocorre com muito, pouco, longe, caro. Exemplos: Os carros custaram caro. Os carros caros so melhores. Moram longe daqui. Andamos por longes terras.
e) S A ss como advrbio (somente): invarivel Exemplos: Todos concordam, s eles no. como adjetivo (sozinho): varivel Exemplos: As crianas permaneciam ss.
OBS.: A locuo adverbial invarivel. Exemplo: quarto. f) Os noivos ficam a ss. A noiva ficou a ss em seu
26
CONCORDNCIA DO VERBO COM O SUJEITO COMPOSTO Quando se trata do sujeito composto antes do verbo, o verbo deve ficar no plural. Exemplo: A lua e as estrelas surgiram o verbo fica no plural ou concorda com o mais prximo. Exemplo: Surgiram a lua e as estrelas. Concordando com o sujeito mais prximo (se o mais prximo for plural, o verbo ser apenas plural): Exemplo: Surgiram as estrelas e a lua. Concordncia do Verbo com o Sujeito Composto por Pronomes Pessoais eu , tu e ele verbo correspondente ns Exemplo: Eu, tu e ele falamos. Ela, tu e eu verbo correspondente ns Exemplo: Ela, tu e eu falamos. tu e eu verbo correspondente ns Exemplo: Tu e eu falamos. tu e ele ou ela verbo correspondente vs (vocs exceo) Exemplo: Tu e Marli ireis adiante (ou iro). Tu e ele falais (ou falam). Ele e ela verbo correspondente Exemplo: Ele e ela saram. 5.6. TERMOS DA ORAO
b) Predicado: o termo que contm o VERBO e informa algo sobre o sujeito. Exemplo: A casa caiu ontem. Observe: Como achar o sujeito? Toma-se o verbo e a ele se faz a pergunta: Quem? Ou O que? O que caiu? A casa (sujeito) c) Classificao do sujeito c.1) Simples: apresentar um s ncleo (ncleo qualquer substantivo, pronome ou palavra substantivada). Exemplo: O lpis
c.2) Composto: apresentara dois ou mais ncleos. Exemplo: O lpis e a caneta sumiram
c.3) Oculto ou Elptico ou Desinencial: quando se trata dos pronomes eu, tu, ele, ns, vs e no aparecem na orao. Exemplo: Vendi casas. (o sujeito oculto: eu)
c.4) Orao sem sujeito ou sujeito inexistente: verbos que indicam fenmenos da natureza (chover) ventar, etc), verbo haver no sentido de existir, verbo fazer, ser e estar sempre indicando tempo. Exemplo: Choveu hoje. Havia janelas. Faz frio.(fazer) cedo. (ser) Esta quente (estar)
a) Essenciais: sujeito predicado b) Acessrios: objeto (direto e indireto) complemento nominal agente da passiva adjuntos (adnominais e adverbiais) Aposto Portanto, temos a os termos da orao. raro acontecer uma orao em que ocorram todos os termos. Porm, o sujeito e o predicado sempre aparecem, por isso so chamados termos essenciais. Termos Essenciais da Orao a) Sujeito: o termo sobre o qual o restante da orao diz algo.
c.5) Indeterminado: quando o verbo est na 3 pessoa do plural e no aparece o sujeito nem antes nem depois do verbo. Exemplo: Bateram porta. Venderam os terrenos da praia azul.
c.6) Paciente: recebe ou sofre a ao do verbo. Exemplo: A montanha removida pela f. (no faz a ao de remover, recebe a ao da f). Obs.: O sujeito simples ou composto tambm pode ser chamado de sujeito agente.
27
O dinamismo da vida moderna exige que o mximo de informaes sejam fornecidas com um mnimo de palavras. o que a teoria da comunicao convencionou chamar de ECONOMIA DE SIGNO. Exemplos:
s/n
Essas expresses so denominadas abreviaturas, siglas ou smbolos, recursos lingsticos que visam aproveitamento do espao e do tempo na comunicao oral e escrita. Abreviaturas Forma reduzida ou abreviada de certas palavras ou expresses. Exemplos: a.C. significa antes de Cristo. R. significa rua OBSERVAES
a) No se deve confundir abreviatura com abreviao. Abreviao a reduo de uma palavra e no a sua representao atravs de letras. Exemplos: quilo = quilograma foto = fotografia.
Quando os smbolos tm origem em nomes de pessoas (geralmente cientistas), vm em maisculas, sem ponto e sem s para indicar plural. Mas viro em letra minscula, se escritos por extenso e com s, se estiverem no plural. Veja: watt(s) = W joule(s) = J ampre(s) = A newton(s) = N Siglas Sigla o nome dado ao conjunto de letras iniciais de um vocbulo (a qual, no raro, pode se transformar numa palavra toda), que compem o nome de uma organizao, uma instituio, um programa, um tratado etc. Veja algumas particularidades das siglas: a) Siglas prprias ou puras: quando todas as letras iniciais que compem o nome so escritas com letras maisculas: PUC = Pontifcia Universidade Catlica FAB = Fora Area Brasileira b) Siglas imprprias ou impuras: quando so formadas no s pelas letras iniciais, mas tambm por outras no-iniciais ou quando palavras componentes do nome so omitidas da sigla. Apenas a primeira escrita com
b) Certas abreviaturas apresentam o plural com as letras maisculas dobradas. Exemplo: AA = autores
d) Algumas abreviaturas aparecem em casos de uso estritamente pessoal ou no mbito interno de uma empresa, indstria ou repartio. Por isso, muitas vezes, podem fugir aos padres convencionais. Smbolos
28
BELTRO, Odacir; BELTRO, Marisa. Correspondncia linguagem & comunicao. So Paulo: Atlas, 1988. MEDEIROS, Joo Bosco. Redao empresarial. So Paulo: Atlas, 1997. .Correspondncia tcnicas de redao criativa. So Paulo: Atlas, 1997 .Portugus instrumental.So Paulo: Atlas, 2000. Jos de: INFANTE Ulisses. Gramtica contempornea da lngua portuguesa. So Paulo: Scipione, 1997. PEREIRA, Gil. C. A palavra: expresso e criatividade.So Paulo: Moderna, 1997. BECHARA, Evanildo. Moderna Gramtica Portuguesa. 28.ed. So Paulo: Nacional, 1983. DOUGLAS, Tufano. Estudos da Lngua Portuguesa. 2.ed. So Paulo: Moderna, 1990. PASCHOALIN & SPEDOTO. Gramtica, Teoria e Exerccios. So Paulo: FTD, 1989. LIMA, Rocha; NETO, Barbadinho. Manual de Redao. Rio de Janeiro: MEC-FAE, 1984. CHAMDOIRA, Joo Batista N.; RAMADAN, Maria Ivoneti B. Lngua Portuguesa: Pensando e Escrevendo. So Paulo: Atual, 1994. INFANTE, Ulisses. Do texto ao texto. Curso prtico de leitura e redao. Editora Scipione: So Paulo, 1991. ECO, Umberto. Conceito de texto. So Paulo : T.A. Queiroz, 1984. p.4.
29
30
EXERCCIOS Portugus
1. a) b) c) d) 2. a) b) c) d) 3. a) b) c) d) 4. a) b) c) d)
Em relao ao processo de comunicao correto afirmar: Sons, gestos e palavras no fazem parte do processo comunicao. atravs da lngua que o contato com o mundo atualizado e a comunicao se torna constante. O que as pessoas falam no faz parte do processo de comunicao. No contato com o mundo, as palavras so irrelevantes compreenso do que nos rodeia. Etimologicamente, comunicao significa: Tornar comum, compartilhar opinies, fazer saber, ento, implica interao e troca de mensagens. Fazer com que as pessoas se entendam. Ser entendido com facilidade. Tornar comum o que as pessoas falam. No que diz respeito comunicao, assinale o que seria um empecilho ao receptor da mensagem: A capacidade de receber uma mensagem. Nvel de conhecimento insuficiente para a compreenso da mensagem. Nvel de conhecimento suficiente para entender o que o emissor diz. Nvel de estudo superior ao do emissor. Al, Bom Dia, Com Licena: temos a linguagem: Ftica Referencial Emotiva Metalingstica
5. Em todo o ato de comunicao esto envolvidos vrios elementos, dentre os quais podemos citar o Canal que : a) b) c) d) 6. a) b) c) d) 7. a) b) c) d) O destinatrio da comunicao O cdigo comum a ambos A forma codificada da comunicao O suporte material que veicula a mensagem Denominamos Cdigo: O conjunto de sinais estruturados, utilizados para a transmisso de sinais Ao envio da escrita Um tipo de informao Normas de comunicao Em relao carta comercial, podemos dizer que: uma correspondncia sempre informal. um tipo de correspondncia no mais usado entre empresas. um canal de comunicao muito usado no comrcio e na indstria. uma correspondncia entre amigos.
31
8. a) b) c) d) 9. a) b) c) d) 10. a) b) c) d)
Ata corresponde a: Documento lavrado por mdicos. Documento lavrado em reunies ou em assemblias gerais. Documento escrito por trabalhadores de uma empresa. Documento escrito em somente em reunies que decidem o futuro de funcionrios de uma empresa. Relatrios administrativos so: Cartas escritas aos administradores. Correspondncias trocadas entre empresas. Atas lavradas em reunies. comunicaes elaboradas pelos membros de uma empresa. Conforme o mais recente acordo ortogrfico da Lngua Portuguesa, correto afirmar que: No se usa mais tremas em palavras da Lngua Portuguesa. No se usa mais acentos circunflexos. No se usa mais acentos graves. Se usa acento somente em oxtonas,
32
DIREITO E LEGISLAO
33
34
INTRODUO
Caro aluno, seja bem-vindo disciplina de Direito e Legislao. O objetivo principal da disciplina que voc adquira conhecimentos bsicos do Direito Comercial, do Direito Civil e do Direito do Consumidor. Estas reas sero palco de seu trabalho dirio como Corretor de Imveis, necessitando que sejam bem compreendidas para que voc tenha tranqilidade e sucesso na carreira escolhida. Em cada unidade desta disciplina voc conhecer conceitos e exemplos que lhe daro fundamentos para entender como acontecem as transaes imobilirias e quais obrigaes esto previstas em lei, para que voc possa orientar corretamente os seus clientes.
Sucesso e bom estudo!
35
36
UNIDADE 1
As Fontes e a Diviso do Direito
SEO 1 As Fontes do Direito No sentido jurdico, fontes so os elementos subsidirios, de auxlio, para formular e esclarecer normas e regras. Voc j estudou que o Direito surgiu a partir das necessidades humanas e sociais, que mudam constantemente, com isso pode-se concluir que o direito dinmico, sendo revisto e atualizado conforme mudam estas necessidades. O que so as Fontes do Direito? Fontes do Direito so todas aquelas que criam ou inspiram a aplicao das regras do mundo do dever ser no mundo do ser. Elas esto dispostas de modo hierrquico da seguinte forma: - FONTES FORMAIS: Lei ; Analogia; Costumes; Princpios Gerais do Direito. - FONTES INFORMAIS: Doutrina; Jurisprudncia. Qual o significado de cada uma das Fontes do Direito? 1) Lei a fonte primordial do Direito, a norma imposta pelo Estado de observncia obrigatria, assumindo uma forma coativa, devendo ser editada por um poder competente.
EXEMPLO: A Lei 8.073 de 11/09/1990 o Cdigo de Defesa do Consumidor, que rege as normas e procedimentos da relao entre os consumidores e os fornecedores.
5) Doutrina So textos, teses, e demais escritos e estudos sobre os variados ramos do Direito. Sua principal caracterstica o estudo cientfico e sistematizado, das leis e dos costumes realizado por especialistas, criando um arcabouo terico auxiliar na conformao do Direito. A doutrina o produto da reflexo e do estudo que os grandes juristas desenvolvem sobre o Direito. 6) Jurisprudncia So as decises tomadas por juzes em cada caso concreto, que servem para auxiliar os demais operadores do direito em casos similares.
EXEMPLO: A jurisprudncia forma-se a partir das solues adotadas pelos rgos judiciais ao julgar casos jurdicos semelhantes.
2) Analogia o procedimento mediante o qual se suprem as omisses da lei (falta de regulamentao), aplicando outra regra no especfica, mas similar (aplicao de regras de casos similares por inexistncia de regra prpria).
EXEMPLO: A aplicao da Lei referente a empresa jornalstica a uma firma dedicada edio de livros e revistas. Os tribunais brasileiros aplicaram a analogia para estender aos transportes rodovirios coletivos o conceito de culpa presumida criado pelo Decreto n 2.681, de 7/12/1912, que regulou a responsabilidade civil das estradas de ferro.
Ningum pode descumprir a lei alegando que no a conhece. No existindo lei especfica para dirimir uma situao real, o juiz deve recorrer analogia1, aos costumes2 e aos princpios gerais do direito (como a jurisprudncia3). Portanto, alm da lei, os juizes podero utilizar, para proferir um julgamento, as demais fontes do direito, s no podem deixar de decidir a demanda. Na aplicao da Lei o Juiz atender aos fins sociais a que ela se dirige e s exigncias do bem comum. A lei no pode prejudicar o ato jurdico4 perfeito, o direito adquirido5 e a coisa julgada6. Quais os ramos que se divide o Direito?
Agora que voc j sabe, em cima de que bases o Direito se sustenta e se estrutura, cabe-nos saber como o Direito se divide mais especificamente, ou seja, quais os seus diversos ramos. A diviso do Direito em ramos, pela dinmica da sociedade que evolui e se desenvolve, no fixa. Conforme a evoluo da sociedade, os ramos do Direito tambm evoluram. Para ilustrar esta evoluo basta lembrar que somente em 1990, que o Brasil passou a contar com uma Lei que regula as relaes entre consumidores e fornecedores, o
37
1 Analogia - Quando o direito moderno civil omitir sobre determinada situao o juiz se valer de outras normas que se apliquem a situaes similares para dizer o direito. 2 Costumes - Na falta de outras normas, portanto sem situaes anlogas, o juiz buscar decidir o direito conforme os costumes da regio. 3 Jurisprudncia uma deciso j proferida por um tribunal em face de matria de direito assemelhada. 4 Ato jurdico todo ato lcito que tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos. 5 Direito adquirido consiste na faculdade de continuar a extrarem-se efeitos de um ato contrrio aos previstos pela lei atualmente em vigor, ou, se preferirmos, continuar-se a gozar dos efeitos de uma lei pretrita mesmo depois de ter ela sido revogada. Portanto, o direito adquirido envolve sempre um dimenso prospectiva, vale dizer, voltada para o futuro. Se se trata de ato j praticado no passado, tendo a produzido todos os seus efeitos, ato na verdade consumado, que no coloca nenhum problema de direito adquirido. 6 Coisa julgada material a eficcia, que torna imutvel e indiscutvel a sentena, no mais sujeita a recurso ordinrio ou extraordinrio
O Direito Civil trata das pessoas em geral, dos bens pessoais, dos negcios jurdicos realizados numa transao, sobre as posses e propriedades, bem como sobre as obrigaes e demais direitos das pessoas. As Instituies e as Sociedades, no estudo do Direito, so denominadas pessoas? Antes de voc responder esta pergunta, necessrio ter conhecimento que, sob o ponto de vista jurdico, existem dois tipos de pessoas: 1. PESSOA FSICA 2. PESSOA JURDICA quem se denomina a Pessoa Fsica?
O direito se divide em Direito Pblico e Direito Privado. a) DIREITO PBLICO: regula as relaes entre diferentes rgos do Estado ou entre Estados e refere-se ao Direito do grupo, e os interesses da sociedade. Diz respeito s coisas do Estado. O Direito Pblico engloba o Direito Constitucional; o Direito Administrativo; o Direito Penal; o Direito Tributrio; o Direito Processual e o Direito Internacional (quando relaciona as relaes entre Estados). b) DIREITO PRIVADO: diz respeito s relaes entre os cidados e entre os cidados e o Estado, refere-se ao direito do individuo. Compe o Direito Privado: o Direito Civil; o Direito Comercial; o Direito do Trabalho; o Direito Internacional (quando relaciona as aes dos cidados no seu mbito privado). SEO 2 O Direito Civil Para o Corretor de Imveis o ramo do Direito mais importante sem duvida nenhuma o Direito Civil porque esse regula as relaes jurdicas entre as pessoas. Outros ramos do Direito tambm so importantes, pois as relaes entre as pessoas podem estar sendo feitas sem
A pessoa fsica o ser humano que por lei tem direitos e obrigaes na ordem civil: direito herana, direito de ter patrimnio, de ter um nome etc. sujeito de direitos e obrigaes, ou seja, pessoa fsica, toda pessoa que nasce com vida. Enquanto no nascer com vida a pessoa (feto) tem expectativa de direito e no direito adquirido. Quando se emprega a palavra homem, h referncia a toda pessoa humana (homem ou mulher). a pessoa natural, o indivduo em si, o ser humano nascido com vida. Basta nascer com vida para que exista como pessoa. Antes, porm, de nascer com vida, no h personalidade: o que existe apenas o feto, que no tem personalidade e que recebe o nome especfico de nascituro. Por nascituro, portanto, entende-se o feto j concebido e que se encontra no ventre materno. Do ponto de vista jurdico, no uma pessoa. Levando-se em considerao, todavia, a expectativa de que nasa com vida, o legislador resguarda os seus eventuais direitos, porque, se passar a ser pessoa, receber ou transmitir direito. A existncia da pessoa fsica ou natural termina com a morte. O que vem a ser, no Direito, a capacidade de uma pessoa fsica? Nascida com vida, a pessoa fsica passa a ter personalidade e, conseqentemente, capacidade. Por capacidade h
38
Pessoa incapaz aquela que no portadora da capacidade de exerccio (de fato). H dois tipos de incapazes: - Absolutamente Incapazes (sem capacidade alguma) e - Relativamente Incapazes (com certas doses de capacidade). a) Pessoas Absolutamente Incapazes Aquele que absolutamente incapaz no pode comparecer pessoalmente para praticar os atos da vida civil. Se o fizer, tal ato ser nulo, ou seja, no produz nenhum efeito. O Cdigo Civil de 2002 (que a fonte formal (lei) do direito Civil) enumera as pessoas absolutamente incapazes: Menores de 16 anos. Os que por enfermidade ou deficincia mental no tiverem o necessrio discernimento para praticar tais atos (sem discernimento algum). Os que no puderem exprimir a sua vontade, mesmo por causas transitrias. b) Pessoas Relativamente Incapazes O Cdigo Civil tambm relaciona os relativamente incapazes: Maiores de 16 e menores de 18 anos. Os brios habituais (alcolatras) e viciados em txicos, e os que por deficincia mental tenham seu discernimento reduzido (com certas doses de discernimento). Os excepcionais sem desenvolvimento mental completo. Os prdigos. A incapacidade pode cessar?
O domiclio comercial normalmente onde voc trabalha , regularmente. A pessoa sem residncia fixa pode ser considerada domiciliada onde quer que seja encontrada.
Exemplo: Se voc fosse filho de casal separado e morasse um pouco com a me e um pouco com o pai.
Sim, a incapacidade pode cessar atravs de: Pela maioridade (18 anos completos). Pela emancipao. Pelo casamento. Pelo emprego em servio publico efetivo.
quem se denomina a Pessoa Jurdica? Pessoas jurdicas so entidades que a lei empresta a personalidade, outorgando-lhe a capacidade de ser sujeito de direitos e obrigaes como se fosse uma pessoa natural, mas com regras prprias. A pessoa jurdica tem personalidade distinta dos seus membros, podendo ser formada pelo conjunto de pessoas, ou de pessoas e bens.
39
membros (convencional), quando a lei determina (legal), quando acaba a autorizao de sua existncia (administrativa), pela morte de seus scios (natural), ou por deciso judicial (judicial).
A existncia de um contrato social ou estatuto, que designe a responsabilidade de cada integrante. O patrimnio das pessoas jurdicas no se confunde com o patrimnio dos seus integrantes, mas cada componente ir se responsabilizar pela sua participao na mesma.
Exemplo:
O que considerado o domiclio de uma pessoa jurdica? O domiclio da pessoa Jurdica o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administraes, ou onde elegerem domiclio especial no seu estatuto ou atos constitutivos. Pode ainda ser considerado domiclio o local onde esteja instalada a filial, se o negcio foi firmado diretamente com esta. Sendo multinacional estrangeira, o domiclio ser o local onde haja instalaes da mesma no pas.
Exemplo: A Dell Computer uma empresa multinacional, fabricante de computadores, com fbricas em todos os cantos do mundo. Aqui no Brasil, o seu domiclio ser no endereo de sua fbrica, localizada na cidade de Guaba, Estado do Rio Grande do Sul
O incio da existncia da pessoa jurdica de direito privado se d com a inscrio de seus contratos, registros, atas etc. ou qualquer formal legal de formalizao junto sociedade e ao mundo do direito.
Uma caracterstica fundamental das pessoas ju rdicas sua capacidade de assumir direitos e ob rigaes. Sua existncia deve-se ao fato de que as pessoas necessitavam separar sua vida particular da sua existncia enquanto instituio.
cas?
SEO 3 Os Bens Bem todo valor material ou imaterial que serve de objeto a uma relao jurdica suscetvel de apropriao econmica pelo homem. Juridicamente bens e coisas so sinnimos. Os bens so de vrias espcies. Esto assim classificados: a) Bens Corpreos e Bens Incorpreos - Bens corpreos so aqueles que tm existncia material e podem ser vistos e tocados. - Bens incorpreos so os bens que no tm existncia fsica, somente podem ser concebidos pela inteligncia, como o caso da moral. b) Bens Mveis e Bens Imveis - Bens mveis: so os suscetveis de movimento prprio, ou de remoo por fora alheia, sem alterao da substncia ou da destinao econmico-social. So aqueles que podem ser removidos de um lugar para o outro sem destruio.
Exemplo: Televisor. As coisas de movimento prprio tambm so consideradas bens mveis. O cavalo, por
As pessoas jurdicas podem ser estabelecidas em forma de corporaes (conjunto de pessoas) ou de fundaes (conjunto de bens). As corporaes se dividem em associaes e sociedades.
Exemplos: - De sociedade simples: dois mdicos constituem um consultrio mdico; dois dentistas constituem um consultrio odontolgico. - De sociedade empresria: Siderrgica Gerdau. - De associao: Clube de Regatas do Flamengo. - De fundao: Fundao Roberto Marinho
ca?
A extino das pessoas jurdicas acontece: por conta de sua dissoluo deliberada entre seus
40
- Bens imveis: so os que no podem ser removidos de um local ao outro sem destruio integral ou parcial, bem como aqueles considerados imveis por lei.
Exemplo: Um terreno.
g) Bens Principais e Acessrios - Bens principais so os que tm existncia concreta, sem depender da existncia de outro.
Exemplo: Um carro
c) Bens Divisveis e Indivisveis - Bens divisveis so as coisas que podem ser partidas em pores reais e distintas, formando cada qual um todo perfeito.
Exemplo: 1Kg de farinha.
- Bens indivisveis so as coisas que no possibilitam fracionamento; se vierem a ser divididas, o todo perde a sua utilidade.
Exemplo: um livro, uma mesa.
h) Bens Pblicos e Particulares - Bens pblicos so os de domnio nacional pertencentes s pessoas jurdicas de direito pblico interno. Os bens pblicos podem ser de uso comum do povo, podendo ser utilizados por qualquer pessoa. So bens de uso especial, utilizados para realizao dos servios pblicos. Bens dominicais, que pertencem ao patrimnio disponvel, que podem ser vendidos.
Exemplo: um orelho, uma mquina escavadeira, um terreno sem utilizao.
d) Bens Singulares e Coletivos - Bens singulares so os que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais.
Exemplo: Uma casa, um relgio.
- Bens particulares so todos os outros bens, seja qual for a pessoa, que pertencerem. SEO 4: Os Fatos Jurdicos Todo acontecimento humano ou natural que cause repercusso no mundo jurdico considerado fato jurdico. co? O que pode ser considerado um Ato Jurdi-
- Bens coletivos so aqueles vistos como uma unidade, mas seus elementos componentes (coisas singulares) no esto ligados entre si. So tambm chamados universalidade.
Exemplo: um rebanho, um estabelecimento comercial, uma biblioteca etc.
e) Bens Fungveis e Infungveis - Fungveis so os bens que pode ser trocados por outros da mesma espcie, qualidade e quantidade.
. Exemplo: 1 Kg de laranja comum
Quando o ato oriundo de ao humana lcita este denominado de ato jurdico, quando a ao ilcita denominado de ato ilcito. uma espcie do gnero fato jurdico, porque um acontecimento que, alm de ocasionar repercusso na esfera do Direito, faz nascer, modificar ou extinguir direitos.
f) Bens Consumveis e Inconsumveis - Consumveis so aqueles que o uso implica imediata destruio de sua substncia.
Exemplo: Chocolate.
Ao Lcita: o que est conforme a Lei, permitido pelo Direito. Aquilo que permitido, aquilo que justo.
41
O ato jurdico pode ser dividido em: Ato Jurdico (propriamente dito): aquele que cria modifica ou extingue uma relao, com manifestao de vontade no intencional, ou seja, se pratica o ato, mas no com o fim especfico.
Exemplo: Uma criana que fisga um peixe em rio pblico passa a ser proprietrio deste, embora sua vontade no tenha sido de passar a ser proprietrio do peixe (no intencional);
Negcio Jurdico: aquele que cria, modifica ou extingue uma relao, com manifestao de vontade qualificada.
Exemplo: A venda de uma casa em que as partes tm a inteno direcionada e certa de alienar o Bem.
b) OBJETO LCITO, POSSVEL E DETERMINADO - Lcito o que est de acordo com o direito, valendo dizer que o direito no garante transaes contrrias aos princpios.
Exemplo: ilcito o ato de compra e venda de um pulmo humano.
Quais so os elementos essenciais do Negcio Jurdico? Para um negcio jurdico ser perfeito e vlido, preciso que rena quatro requisitos essenciais: Agente capaz. Objeto lcito; possvel, determinado ou determinvel. Forma prescrita (estabelecida) ou no defesa em lei. Manifestao de vontade no viciada. Veja a seguir mais detalhes sobre cada um deles. a) AGENTE CAPAZ Negcio jurdico uma manifestao livre da vontade. Os incapazes, principalmente os absolutamente incapazes, no tem discernimento suficiente para manifestar livremente a sua vontade. Por isso, o agente tem de ter capacidade do exerccio (de fato) para pratic-lo, sob pena de o ato ser nulo, anulvel ou inexistente. Quando um ato pode ser anulado? Um ato poder ser anulado, nos seguintes casos: - Nulo de Pleno Direito, se praticado pessoalmente por absolutamente incapazes. Exemplo: compra de um terreno por um jovem de
10 anos.
C) A FORMA DO ATO JURDICO Como regra, o negcio jurdico no depende de forma especial, mas a lei estabelece uma forma, a sua inobservncia implica nulidade do ato, isto , sem tal forma o ato no se realiza. Quais so os Elementos Acidentais do negcio jurdico? Alm dos elementos essenciais, o negcio jurdico pode conter elementos acidentais, que so a condio, o termo e o encargo. a) A CONDIO a subordinao do negcio a evento futuro e incerto. Pode ser resolutiva ou suspensiva. - Resolutiva a condio que depois de acontecida resolve (pe fim) ao negcio jurdico. Exemplo: Se Maria se casar um dia eu no mais lhe pagarei a penso. Assim, o casamento de Maria um evento futuro e incerto que se acontecer pe fim ao negcio jurdico, o pagamento da penso.
42
1. O ERRO Erro falsa idia espontnea sobre um negcio jurdico. Pode ser tambm a ignorncia, no sentido de desconhecimento, do negcio. O erro no acontece somente em relao pessoa. Pode dizer respeito tambm a objetos do negcio jurdico e a prpria disposio legal. O erro para anular o ato tem de ser substancial (sobre aspectos relevantes do negcio), escusvel (justificvel, desculpvel) e real (efetivo causador de verdadeiro prejuzo).
Exemplo: Se o cnjuge varo contrai npcias com a mulher em razo de sua gravidez e vem a descobrir posteriormente que o filho, na realidade, pertence a terceiro, fica configurado o erro essencial quanto pessoa do outro, investido de fora suficiente anulao do casamento.
c) O ENCARGO a clusula que no subordina o negcio ante sua ocorrncia, mas que cria um nus ou obrigao pela realizao do negcio. Exemplo: Darei este imvel a Maria, mas ela ter de
cuidar da minha mulher.
2. O DOLO CIVIL Dolo o erro provocado por terceiro, isto , algum induz outra pessoa ao erro. Somente anula-se o negcio por dolo quando este alterar a essncia do negcio (dolo principal), pois, se mesmo no ocorrendo o dolo o negcio se realizaria, no h vcio (dolo acidental). Da mesma forma somente o dolo com inteno de prejudicar (dolo mau) pode ser anulado, sendo que o dolo sem inteno de lesar (dolo bom) no gera vcio.
Exemplo: Num contrato de trabalho, o empregador apresenta cifras falsas dos seus negcios para induzir o candidato ao empregado a crer em uma remunerao incerta, por meio de participao nos lucros, por exemplo. Por parte do empregado, ocorre quando apresenta credenciais falsas de sua habilitao ou competncia profissional, com o fito de obter a colocao que almeja.
O que so Defeitos do negcio jurdico? Os negcios jurdicos, como j dito, necessitam de agente capaz, objeto lcito possvel e determinado, bem como manifestao de vontade. Ocorre, que este negcio pode apresentar vcios ou defeitos, que geram a sua anulao. O ato anulvel, a requerimento das partes, podendo ser ratificado e assim produzindo todos os efeitos, ou, produzindo efeitos to somente at quando reconhecida sua anulao. Isto significa que, sendo detectado a presena de um defeito e este for desconsiderado pelas partes envolvidas, ele continuar a produzir os efeitos danosos esperados. Defeituoso pode ser o negcio por presena de : - Vcio no consentimento
3. A COAO CIVIL A coao civil pode ser entendida como sendo: ... um estado de esprito em que o agente, perdendo a energia moral e a espontaneidade do querer, realiza o ato, que lhe exigido. A coao, para viciar a declarao da vontade, h de ser tal que incuta ao paciente fundado temor de dano iminente e considervel sua pessoa, sua famlia, ou aos seus bens. Todas as tticas de coao usadas causam danos psicolgicos. Algumas so consideradas crimes.
Exemplo: A agresso fsica, sexual, ameaa, seqestro, incndios criminosos) enquanto outras agresses no so ilegais (por exemplo: insultar, xingar, interrogar os filhos).
A vontade , pois, a base do ato, e para que esta exista validamente, indispensvel que a manifestao da vontade seja livre. Caso o agente, ao realizar o negcio jurdico, no tenha expres-
4. O ESTADO DE PERIGO Ocorre estado de perigo quando algum na inteno de se salvar ou salvar algum de sua famlia contrai uma obrigao excessivamente onerosa.
43
5. CULPABILIDADE O segundo elemento a culpabilidade que uma das responsveis pela fixao da indenizao, pois, reflete at que ponto houve a inteno do agente causador. A Culpabilidade pode ser representada como: a) Dolo: quando agente age no intuito de cometer um ato ilcito.
Exemplo: venda de um terreno sem ser dono apenas para obter vantagem.
44
de gua nos alicerces do imvel vizinho. No entanto, se provado que essa infiltrao somente ocorreu por negligncia de Pedro, ou seja, por uma causa remota mas com nexo entre o fato e o dano, caber a Pedro indenizar os prejuzos causados. O que vem a ser a Responsabilidade Civil?
c) Imprudncia: quando o agente age em desconformidade com as regras existentes para o caso concreto. Exemplo: falta de outorga uxria para venda de um
imvel.
A responsabilidade civil gira em torno de duas teorias: a subjetiva e a objetiva. A teoria subjetiva tem na culpa seu fundamento bsico. E claro que s existir culpa se dela resulta um prejuzo. Todavia, esta teoria no responsabiliza aquela pessoa que se portou de maneira irrepreensvel, distante de qualquer censura, mesmo que tenha causado um dano. A teoria objetiva da responsabilidade tem no risco sua viga mestra. O responsvel pelo dano indenizar simplesmente por existir um prejuzo, no se cogitando da existncia de sua culpabilidade, bastando a causalidade entre o ato e o dano para obrigar a reparar.
Exemplo: A responsabilidade civil do mdico sempre provocou varias controvrsias. claro que o mdico, ao exercer suas atividades junto ao paciente, sua inteno benefici-lo. Mesmo assim o dano pode surgir. Isso o obriga, pela teoria objetiva da responsabilidade, a reparar o prejuzo, pois uma vontade honesta e a mais cuidadosa das atenes no eximem o direito de outrem. O certo que os tribunais at a algum tempo somente caracterizavam a responsabilidade mdica diante de um erro grosseiro ou de uma forma indiscutvel de negligncia. Hoje a tendncia outra: apenas a inexistncia de nexo de causalidade, de fora maior, de atos de terceiros ou de culpa do prprio paciente isentariam o mdico da responsabilidade. Infelizmente, a inclinao desses tribunais retirar dos mdicos uma srie de privilgios seculares, mesmo sabendo-se que as regras abstratas da justia nem sempre so de fcil aplicao nos complexos e intricados momentos do exerccio da Medicina. O mdico passa a ser, a cada dia que passa, uma pea a mais, igual s outras, do organismo social.
d) Impercia: quando o agente age como se tivesse (mas no tem) aptido tcnica para o caso.
Exemplo: agir como se fosse mdico sem haver cursado medicina.
ATENO!
Cabe ainda expor que certos casos previstos em lei excluem a necessidade de se provar a culpabilidade, sendo conhecidos como de Responsabilidade Objetiva. Assim basta a presena da ao ou omisso, do nexo e do dano para que se tenha um ato ilcito. (ex. relaes de consumo, atos praticados pela administrao pblica, etc). 6. DANO No basta que o ato tenha sido efetuado por ao ou omisso e tenha havido uma das formas da culpabilidade, h ainda que existir um dano (efetivo prejuzo a parte lesada) para que haja o ressarcimento.
Exemplo: Quando um cidado tem seu veculo automotor danificado em decorrncia de um buraco ou de um defeito no asfalto, ou mesmo por um servio pblico efetuado incorretamente, deve procurar o Poder Pblico e solicitar o ressarcimento do dano. A reparao do dano est amparada no Novo Cdigo Civil, que em vrios artigos trata do assunto.
7. NEXO O nexo se caracteriza como sendo o elo de ligao entre o dano, a culpabilidade e, a ao ou omisso. O nexo representa uma relao necessria entre o resultado danoso e a ao que o produziu, de modo que esta, ou seja, a ao, considerada como sua causa. Repare-se que a ao ou omisso poder ser a causa imediata do prejuzo, mas, se provado que foi a causa indireta, tambm ser devida a indenizao pelos danos causados.
Exemplo: Ao realizar uma reforma em sua residncia, Pedro provoca o rompimento de um cano de gua que, por sua vez, causa infiltrao no imvel do vizinho. Posteriormente, ocorre queda parcial do imvel do vizinho de Pedro, em razo da infiltrao de gua, a causa imediata do dano foi a infiltrao
Qual o valor da indenizao? O valor da indenizao fixado pelo juiz que busca verificar o tamanho da participao de cada parte na ocorrncia do ato ilcito, bem como a inteno das mesmas e a extenso da leso, sempre atento a que o valor da indenizao no pode enriquecer uma parte, mas deve ser suficiente para punir outra. SEO 5: O Direito das Obrigaes e das Coisas Direito das Obrigaes, compreende o conjunto de normas que tratam das relaes jurdicas entre duas ou mais pessoas, relacionado aos direitos e obrigaes que estas
45
2) Compostas, em que um dos elementos (credor, devedor e objeto) seja mais do que um. A obrigao composta, tambm conhecida com complexa, pode se subdividir em: a) Quanto ao objeto: - Cumulativa, em que o objeto mais de um. Marcada pela preposio e, isto , pela soma de objetos. Exemplo: O proprietrio de uma galeria comercial (credor) aluga a loja 03 e a loja 25 (objetos) para o Sr. Waldomiro (devedor). - Alternativa, em que o objeto mais de um, mas para escolha, ou seja, embora sejam dois ou mais objetos apenas um ser realmente absorvido pela obrigao. Marcada pela preposio ou.
Exemplo: O contrato de seguro fiana para a locao de uma loja na galeria comercial, determina que o bem que ser dado como garantia, poder ser o automvel Santana ano 1997 ou uma sala na rua Antenor Lemes n. 75.
2) De fazer, que, de um modo geral consiste na obrigao de uma parte fazer algo para a outra. Se a obrigao de fazer for personalssima, o credor pode exigir que o devedor a faa, no sendo obrigado a aceitar a realizao efetivada por terceiro, podendo, no entanto aceitar que terceiro a realize com abatimento no preo, ou reclamar perdas e danos. O devedor no realizando a obrigao no personalssima enseja o direito de co-credor fazer a mesma as custas do devedor. Exemplo: A construtora tem de fazer a entrega das chaves do apartamento (obrigao de fazer). 3) De no fazer, que refere-se a obrigao que algum tem de no praticar determinado ato. Basta a prtica do ato pelo devedor para que surja o direito do credor reclamar perdas e danos. Se o ato for praticado por terceiro, no pode o credor reclamar perdas e danos do devedor, da mesma forma que este no fica desobrigado pelo fato de algum j ter feito o que no podia, ou seja, persiste a obrigao de no fazer ao devedor mesmo que esta tenha sido realizada por outra pessoa. Exemplo: A motorista do automvel est proibida de
estacionar o seu veculo em locais onde houver a placa indicativa correspondente. Ela portanto est obrigada a no praticar, ou a no fazer tal ato, perante o poder pblico.
b) Quanto ao credor ou devedor: - Divisvel: quando a obrigao pode ser divida entre vrios credores e/ou devedores.
Exemplo: a obrigao do pagamento do consumo de gua de um prdio de apartamentos ser dividida entre os moradores do prdio eqitativamente. - Indivisvel: quando existe a obrigao a ser cumprida apenas por um devedor ou exigida por apenas um credor. Exemplo: a obrigao do pagamento do consumo de gua do apartamento de cobertura, que possui uma piscina privativa, ser cumprida apenas pelo morador deste apartamento.
- Solidrias: quando existem vrios credores que podem exigir uns pelos outros a obrigao, ou vrios devedores que podem uns pelos outros cumprir a obrigao.
Exemplo: a obrigao do pagamento da anuidade de uma cooperativa pode ser exigida pelos vrios cooperativados aos diversos cooperativados.
Como se classificam as obrigaes quanto aos seus Elementos? Quanto aos seus elementos a obrigao pode ser classificada em:
46
rigaes do devedor. Pela assuno de dvida esta passada para outra pessoa que se compromete a cumpri-la. A assuno de dvida precisa da autorizao do devedor.
Exemplo: Se uma empresa se funde com outra, formando nova empresa, as dvidas de ambas so assumidas pela nova; houve portanto transmisso de dbitos e substituio do devedor, sendo pois a assuno da dvida.
Ocorre ainda a classificao quanto s obrigaes civis, que so originadas pela lei e pelo acordo de vontades, pelas quais existe o dever de cumprir e o direito de exigir. Ou naturais em que prevalece a liberalidade, isto , ao credor no assiste o direito de exigir e ao devedor a obrigao de fazer ou no fazer, por falta de contratao ou previso da lei. Podem, as obrigaes tambm serem classificadas como, de execuo instantnea, diferida ou peridica. Instantnea a obrigao que se realiza em um s ato.
Exemplo: pagamento de uma s vez, da penso alimentcia devida aos filhos, que ficaram com a sua ex-mulher.
Uma vez nascida a obrigao, esta cria para o devedor o encargo de realiz-la e para o credor o direito de exigi-la, no tempo e modo pactuados. Estes so os seus principais efeitos. Outro importante efeito da relao jurdica obrigacional o fato de a morte do devedor no fazer desaparecer a obrigao assumida, transferindo-se o seu cumprimento para os herdeiros.
Exemplo: A empresa Alfa S/A possui dvidas com o INSS e o diretor-presidente desta empresa vem a falecer. Neste caso, a obrigao de pagamento desta dvida passa a ser dos herdeiros (mulher e filhos) deste executivo.
A extino das obrigaes pode acontecer de dois modos: 1) Pelo cumprimento da prestao: tem-se o pagamento. Se o devedor executar a prestao assumida, extingue-se a obrigao. Pagamento: o cumprimento da prestao por parte do devedor. Com o pagamento, vale dizer, com a realizao da prestao assumida, extingue-se a obrigao.
Exemplo: a empresa Alfa S/A devia ao INSS e quitou a dvida atravs de pagamento.
Peridica aquela que vai se realizando no decorrer do tempo. Exemplo: a obrigao de ter que arcar com o pagamento de 1 salrio mnimo, at a criana se tornar maior de idade, para a ex-mulher. Como ocorre a transmisso das obrigaes?
As obrigaes tanto do devedor, como os direitos do credor podem ser transferidos. Cesso de crdito: quando se transferem os direitos do credor. Pela cesso de crdito a terceira pessoa passa a ser credor no lugar de quem era anteriormente. De regra a cesso de crdito no precisa de autorizao do devedor. Assuno de dvida: quando se transferem as ob-
2) Pela anulao ou substituio por outra: temse a novao, a compensao, a confuso e a remisso. Novao: a criao de uma nova obrigao com a finalidade de extinguir a primeira, isto , extinguese uma obrigao pela criao de uma obrigao nova, destinada a substitu-la.
Exemplo: a empresa Alfa S/A pediu reviso do clculo da dvida com o INSS e obteve resultado: sua dvida foi reduzida. Extinta a primeira foi substituda pela segunda, de menor valor.
Compensao: a extino total ou parcial de duas obrigaes em virtude de serem duas pessoas ao
47
Exemplo: A empresa Alfa S/A possui uma dvida com o INSS porm, tambm fornecedora de equipamentos de informtica ao mesmo instituto. Como o valor muito parecido, foi efetuado um acordo de extino atravs da compensao de dvidas.
Confuso: caso o credor se tornar herdeiro do devedor ou vice-versa, ou se um terceiro se torna herdeiro do credor e do devedor, surgir a figura da confuso que tem por fim eliminar a divida existente, devido impossibilidade de o credor agir contra ele prprio.
Exemplo: O filho do proprietrio da empresa Beta se casa com a filha do proprietrio da empresa Alfa, a dvida se extingue.
Remisso: o perdo da divida por parte do credor, que renuncia a seu direito. um ato de liberalidade por parte do credor que espontaneamente libera a divida.
Exemplo: A empresa Alfa deve empresa Beta um determinado valor. A empresa Beta resolve perdoar a dvida espontaneamente.
Quem descumpre uma obrigao no prazo se d o nome de inadimplente. Para que uma pessoa se torne inadimplente, quando no h uma data certa para cumprimento das obrigaes, necessrio fazer a sua constituio em mora, que nada mais do que a notificao judicial ou extrajudicial de que a pessoa no cumpriu com a obrigao na data aprazada.
Exemplo: a empresa Alfa S/A deve empresa Beta pelo fornecimento de materiais de escritrio. O contrato no estipulava data de vencimento desta dvida, por isto a empresa credora decidiu constituir a dvida em mora, gerando uma notificao judicial contra a empresa Alfa S/A, sendo considerada inadimplente.
Entende-se por contrato o acordo de vontade de duas ou mais pessoas com a finalidade de adquirir, resguardar, modificar ou extinguir direitos (negcio jurdico). Forma-se o contrato pela conjuno de duas declaraes de vontades concordantes. Dois so os atos distintos necessrios formao de um contrato: Proposta uma das partes expressa a sua vontade, dirigindo-se pessoa com a qual deseja contratar. o momento inicial da formao do contrato; representa uma promessa dirigida pessoa com a qual se contrata. Quem faz a proposta denomina-se proponente Aceitao esta outra pessoa deve manifestarse no sentido de concordar ou sentido de concordar ou no com a oferta. Quem aceita a proposta o aceitante. Se a declarao emitida e a declarao anterior mente expedida coincidem, ocorre o nascimento do contrato. No caso da recusa da parte contrria, o contrato nao se forma. A proposta e aceitao so, por conseguinte, elementos indispensveis para a formao do contrato. preciso saber se o proponente e o aceitante esto em lugares diferentes no momento em que houve a proposta ou se esto comunicando-se pessoalmente. No primeiro caso, o contrato se diz entre ausentes; no segundo, entre presentes. Como os contratos se classificam quanto a localizao?
Caso a obrigao tenha data certa para cumprimento no se faz necessria a constituio em mora para gerar a inadimplncia, bastando que a obrigao no se cumpra no prazo certo para que se cria a figura do inadimplente (descumpridor da obrigao).
Exemplo: A empresa Alfa S/A deve empresa Beta pelo fornecimento de materiais de escritrio. Caso a empresa Alfa no honre os pagamentos na data determinada pelo contrato, ela ser considerada inadimplente.
A parte lesada pelo atraso da outra pode reclamar perdas e danos pelos prejuzos absorvidos e pela perda de lucratividade (lucros cessantes), sendo ainda lcito exigir
48
- Paritrios e de adeso: paritrios so aqueles em que ambas a partes de comum acordo fixam as regras do contrato, sendo que de adeso so aqueles em que as clusulas so fixadas unilateralmente por um dos contratantes e aceitas em massa pelo outro, que nada destas pode reclamar.
Exemplo: Paritrios: um contrato de prestao de servios de manuteno em um condomnio / Adeso: um contrato de abertura de conta em um banco, onde j vem impresso e o cliente nem o gerente do banco tem o poder de alter-lo.
2) Contrato entre Ausentes: As partes contratantes, caso no estejam uma em presena da outra, devem comunicar-se atravs de correspondncia para o aperfeioamento do contrato. Haver, ento, uma demora, tanto para a proposta chegar ao conhecimento do aceitante como para a aceitao chegar ao endereo do proponente. Portanto, tanto a proposta como a aceitao ocorre em momentos distintos e sucessivos para a efetiva formao do contrato
Exemplo: Uma empresa envia catlogo de produtos ao cliente e esta faz o pedido por correio eletrnico.
- De execuo instantnea, diferida ou de trato sucessivo: instantneos so aqueles que se consumam em apenas um ato, assemelhado ao diferido, s que o ato neste futuro, j o de trato sucessivo aquele que vai se realizando em partes.
Exemplo: compra e venda vista / prestao de servios e compra e venda prazo.
Os contratos podem ser classificados de variadas formas: Unilaterais e bilaterais: unilateral o que cria obrigao a apenas uma das partes, enquanto bilaterais criam obrigaes para ambas s partes.
Exemplo: Unilateral: a doao simples, o comodato; Bilateral:compra e venda, um transfere a propriedade da coisa e outro paga o preo.
- Personalssimos e impessoais: personalssimos so aqueles contratos realizados em ateno ao estado de certa pessoa, por isso no podem ser cedidos por ato entre vivos ou causa morte. Impessoais so aqueles que no levam em conta exclusivamente o estado pessoal de certo contratante.
Exemplo: culturais, profissionais, artsticos / entre empresas.
- Individuais e coletivos: individual o que diz respeito ao interesse de apenas uma pessoa, enquanto coletivo representa um gama de pessoas, uma coletividade.
Exemplo: Na compra e venda, pode uma pessoa contratar com outra ou com um grupo de pessoas / as convenes coletivas de classe de trabalhadores.
- Gratuitos e onerosos: gratuitos so aqueles que em que apenas uma das partes aufere benefcios ou vantagens, ao tempo que oneroso o contrato em que ambas as partes auferem benefcios e vantagens.
Exemplo: Gratuito: a doao, sem nenhum encargo; Oneroso: a compra e venda de um imvel.
- Principais e acessrios: os principais tm existncia prpria e os acessrios dependem dos primeiros para existirem.
Exemplo: compra e venda; locao / clusula penal, fiana, etc.
- Comutativos e aleatrios: os primeiros so de prestao certa e determinada enquanto aleatrios so aqueles que esto ligados a sorte, ao risco, ao acaso.
Exemplo: Comutativo: numa compra e venda, o comprador sabe o valor da coisa que receber e o preo que ter de pagar, enquanto o vendedor j sabe o valor da coisa que vendeu e o preo que vai receber por ela; Aleatrio: a compra de um bilhete de loteria: o comprador paga o preo certo, cum-
- Solenes e no solenes: estes no obedecem a qualquer forma legal, enquanto aqueles possuem forma a ser respeitada.
Exemplo: escritura pblica na alienao de imvel, testamento, etc. / contratos de locao e comodato.
49
- Nominados, inominados, mistos e coligados: nominados so aqueles previstos em lei; inominados os que no possuem previso legal, exige uma minuciosa especificao dos direitos e obrigaes de cada parte, por no terem uma disciplina legal; mistos so os contratos resultantes da unio de vrios contratos formando um novo contrato inominado; coligados so os contratos que surgem da unio de outros, mas que mantm as caractersticas de seus originadores.
Exemplo: Nominados: contratos de compra e venda, de doao, e de locao Inominados: so os que resultam de um acordo de vontades, no tendo, porm, as sua caractersticas e requisitos definidos e regulados na lei Coligados: o contrato celebrado pelas distribuidoras de petrleo com os exploradores de postos de gasolina, que engloba, em geral, varias avenas interligadas, como fornecimento de combustveis, arrendamento das bombas, locao de prdios e financiamento, etc.
O que Evico?
Evico a perda do bem em virtude de deciso judicial, ou seja, as partes podem ajustar a garantia de que o vendedor garanta ao comprador todos os direitos de posse ou propriedade contra decises judiciais que possam atribuir a posse ou a propriedade a terceira pessoa. A garantia contra evico existe pela lei, no precisando de disposio contratual para tanto. As partes podem as partes ampliar, diminuir ou at excluir o direito de garantia contra evico mediante clusula no contrato.
Exemplo: A empresa Alfa Ltda adquire um veculo de Beta Ltda, por um contrato de compra e venda regularmente estipulado; pagou o preo e registrou o veculo em seu nome, no rgo competente. Todavia, alguns meses depois, aparece um Oficial de Justia com a polcia e apreende aquele veculo, levando-o das mos da compradora. O Oficial de Justia apreendeu aquele veculo, em cumprimento de um mandato judicial; a justia dera uma sentena, declarando como proprietria dele uma outra pessoa, a Gama Ltda. Sem que Alfa Ltda soubesse, Gama Ltda entrara na justia, reclamando a posse e a propriedade do veculo, e obteve para si a procedncia da ao. Alfa Ltda foi obrigada a entregar o veculo, pois era uma determinao judicial, embora fosse um adquirente de boa-f. Acontece, porm, que a vendedora do veculo, a Beta Ltda no poderia ter vendido aquele veculo. Alfa Ltda foi vtima de evico, pela qual ela perdeu a posse de uma coisa que adquiriu, mas a justia decidiu que a legtima proprietria dessa coisa era a Gama Ltda.
O que so Vcios Redibitrios? Os objetos dos contratos comutativos podem apresentar defeitos ou vcios ocultos que as partes desconhecem, tornando imprprio o bem para uso ou diminuindo seu valor. Nestes casos o adquirente pode rejeitar o objeto e resolver pr fim ao contrato, ou requerer diminuio do preo, atravs das conhecidas aes edilcias, que podem ser redibitrias, quando a parte deseja rescindir o contrato, ou estimatria, quando a parte deseja o abatimento no preo do bem adquirido.
Exemplo: na aquisio de um apartamento, o comprador descobre que as paredes esto apresentando rachaduras que podem comprometer a integridade da construo.
A ao redibitria vai exigir a substituio do bem adquirido por outro (ou devoluo do valor pago), no caso de no haver possibilidade de reparao; ou a ao ser estimatria, no caso de ser possvel a reparao, porm com a reduo do preo anteriormente acertado no contrato. O prazo para propositura das referidas aes que visam discutir os vcios redibitrios de trinta dias para os bens mveis e um ano para os imveis, a contar da transmisso do bem.
Execuo: a forma normal de extino de um contrato, tambm chamada de soluo. Observa-se quando todas as partes cumprem as obrigaes decorrentes do contrato.
Exemplo: Contrato de compra e venda em que um fumante compra um mao de cigarros e paga o preo dele: o vendedor entregou a mercadoria e o comprador pagou o preo. Se as duas partes cumpriram sua prestao, o contrato deixou de existir, extinguiu-se. a natural soluo do contrato; atingiu
50
Preempo ou preferncia: direito do condmino ter preferncia em adquirir o imvel locado. Ex.: no caso de venda um imvel onde reside, o condmino passa da condio de proprietrio de locatrio. A preempo assegura este o direito de readquirir a coisa que foi sua, caso o atual proprietrio pretenda vend-la. - Reserva de domnio: clusula que dispe que enquanto no for pago todo o preo ajustado pelo bem a propriedade do vendedor, podendo este reaver o bem em caso de inadimplncia. Este caso muito comum nos parcelamentos do pagamento. 2) CONTRATO DE PRESTAO DE SERVIO o contrato mediante o qual uma parte se obriga a prestar determinado servio em troca de retribuio. um contrato bilateral, oneroso e consensual.
Exemplo: Contrato entre duas empresas de forma que uma delas prestar servio de limpeza e portaria outra.
3) CONTRATO DE MANDATO Mandato, por sua vez, o contrato segundo o qual uma pessoa se obriga a praticar atos ou a administrar interesses em nome e por conta de outrem. O trao caracterstico do mandato a representao, isto , algum, no podendo ou no querendo realizar determinado ato jurdico, outorga poderes outra pessoa para represent-lo. Quem confere os poderes para a prtica dos atos tem o nome de mandante; aquele quem os poderes so conferidos chama-se mandatrio ou procurador. Procurador aquele que se utiliza da procurao, instrumento representativo do mandato que confere poderes a uma pessoa para que ela possa agir segundo o mandante.
Exemplo: Nomeao de um procurador para gerir os seus bens, em outra localidade, conferindo-lhe poderes especficos para este fim.
Inmeras so as espcies de contratos tpicos previstos na lei. Entretanto voc vai estudar aquelas que mais condizem com a profisso do corretor de imveis. 1) CONTRATO DE COMPRA E VENDA O contrato de compra e venda um s, apesar de denominar-se compra e venda. Uma compra sempre pressupe uma venda e vice-versa. aquele segundo o qual o vendedor se obriga a transferir o domnio de uma coisa ao comprador, mediante o pagamento, por este, de certo preo em dinheiro. Para o aperfeioamento do contrato basta a presena do acordo de vontades do comprador e do vendedor sobre um objeto (a coisa negociada) e a existncia do preo. Mas o contrato no significa a transferncia da propriedade da coisa, isto porque o contrato de compra e venda, por si s, no transfere a propriedade das coisas. Ele cria apenas uma obrigao (promessa) de transferir a propriedade. Para a transferncia da propriedade da coisa preciso, aps realizao do contrato, a efetiva entrega da coisa, no caso de bens mveis, ou registro da escritura no cartrio no caso dos imveis. A compra e venda podem conter algumas clusulas que lhe atribui caractersticas especiais, a saber: Retrovenda: quando o vendedor assegura o direito de ter preferncia na aquisio do bem quando o comprador resolver alien-lo.
4) COMISSO o contrato no qual uma das partes se obriga a realizar negcio em favor da outra, segundo instrues daquela, mas em seu nome. Este contrato bilateral, consensual, oneroso e solene. Por regra o comissrio (quem se obriga em nome prprio por terceiros) no responde pela insolvncia da pessoa com a qual contratou a gosto do comitente (aquele que da as regras para o comissrio realizar negcio em nome prprio para si), salvo estipulao em contrrio no contrato, que pode outorgar responsabilidade pela insolvncia ao comissrio.
Exemplo: O contrato de emprstimo para construo de um estabelecimento comercial entre o empresrio e o rgo financiador intermediado por um banco definido por
51
5) CONTRATO DE CORRETAGEM Contrato pelo qual uma pessoa no ligada outra em virtude de mandato, de prestao de servios ou comisso, obriga-se a obter para a segunda um ou mais negcios, conforme as instrues recebidas. O corretor aproxima pessoas interessadas na realizao de determinado negcio, fazendo jus a uma retribuio caso este se concretizar. A remunerao ser devida quando o negcio se realizar por fruto da aproximao realizada. A corretagem contrato bilateral, consensual, acessrio, oneroso, aleatrio e no solene.
Exemplo: o contrato estabelecido entre o vendedor e o Corretor de Imveis, com a finalidade de comercializao de seu bem imvel.
va, religiosa, cientfica, artstica, literria etc. O ato que d origem a uma sociedade recebe o nome especfico de contrato social. O contrato social a pea jurdica principal utilizada para a constituio da sociedade. Nele so estabelecidas as clusulas e condies sob as quais a sociedade ser regida, representando as regras bsicas de conduta e convivncia entre os scios.
Exemplo: O contrato social da empresa de turismo CTC S/A.
RESUMO Com o objetivo de tornar possvel a vida em sociedade, o Estado impe uma srie de normas jurdicas. A palavra Direito vem do latim directum, do verbo dirigere, que significa, etimologicamente, o que reto, o que no se desvia, que segue em uma s direo, ou seja, tudo aquilo que conforme a razo, justia, e equidade; significa, objetivamente, um complexo de normas de agir constitudo pela soma de preceitos, regras e leis, com as respectivas sanes que regem as relaes do homem em sociedade. Direito a cincia que estuda as regras obrigatrias que regulam as relaes dos homens em sociedade, cuja caracterstica predominante est na coao social utilizada pela prpria sociedade,para fazer respeitar os seus deveres jurdicos, a fim de manter a harmonia dos interesses gerais e assegurar a ordem jurdica. Domiclio a sede da atividade de uma pessoa, o lugar em que mantm o seu estabelecimento ou fixa a sua residncia. O domiclio desempenha importante papel nos sistemas jurdicos, pois determina o foro competente para as aes fundadas em direito pessoal e em direito real sobre bens imveis. O contrato a interveno de duas ou mais pessoas que acordam sobre determinada coisa. O requisito essencial do contrato a manifestao da vontade dos interessados. Qualquer que seja a sua forma, gera obrigaes. Os contratos podem ser unilaterais ou bilaterais; ttulo gratuito ou ttulo oneroso; nominados e inominados; consensuais e formais; principais e acessrios; de adeso e reais. Os elementos dos contratos so: a capacidade dos contratantes, o objeto lcito de apreciao econmica e o aspecto legal. As principais modalidades de contrato so: compra e venda, troca, doao, locao, comodato, mtuo, mandato.
6) ALIENAO FIDUCIRIA EM GARANTIA A alienao fiduciria uma garantia numa operao de financiamento para aquisio de bem mvel durvel ou at mesmo imvel; concomitantemente aliena-se esse bem ao financiador, como garantia do pagamento da divida contrada. A pessoa que recebe o financiamento e aliena o bem em garantia ao credor denominada (fiduciante); o financiador o (fiducirio). Este o credor, aquele que adquire o bem em garantia, embora o bem fique em poder do fiduciante (vendedor), que ser, por isso, o seu depositrio.
Exemplo: Para obteno de financiamento para ampliao de sua fbrica, a empresa Kamarada S/A forneceu ao banco que emprestar o montante, um galpo, de sua propriedade, que ficar alienado fiduciariamente ao banco, como garantia do pagamento.
7) CONTRATO FIANA A fiana um contrato atravs do qual uma pessoa se obriga por outra a satisfazer uma obrigao, caso o devedor no a cumpra. A pessoa que assume a fiana tem o nome de fiador; aquele a quem o fiador garante o afianado.
Exemplo: A Sr Regina Alves vai alugar uma sala comercial e lhe foi solicitado um fiador para o fechamento do contrato de locao.
8) CONTRATO SOCIAL A sociedade oriunda de um contrato caracteriza-se pela comunho de interesses de cada scio, que, com recursos ou atividades, visam a alcanar um fio comum. Tal fim pode ter carter ideal ou econmico, ou seja, os scios podem visar a lucros ou a interesses de natureza esporti-
52
UNIDADE 2
A Lei do Inquilinato
SEO 1: Noes gerais da locao de imveis ATENO!
A locao poder ser desfeita por vrios motivos, quais sejam: Quando houver acordo mtuo. Quando houver prtica de infrao legal ou contratual.
Exemplo: se no contrato houver uma clusula proibindo a sublocao e o locatrio sublocar o imvel, o locador pode desfazer a locao.
A locao de imvel urbano est regulamentada na Lei n 8.245/91, mais conhecida como Lei do Inquilinato. Muitos imveis no so regulados por esta Lei, sendo que o Cdigo Civil e as leis especiais so os responsveis por esses imveis. O Cdigo Civil regula as seguintes categorias: a) Imveis de propriedade da Unio, dos Estados e dos Municpios, de suas autarquias e fundaes pblicas. b) Vagas autnomas de garagem ou de espaos para estacionamento de veculos. c) Espaos destinados publicidade. d) Apart-hotis, hotis-residncia ou equiparados. e) O arrendamento mercantil, em qualquer de suas modalidades.
Arrendamento: Contrato pelo qual uma pessoa cede a outra, por prazo certo e preo convencionado, o uso e gozo de bens imveis ou considerados imveis, e de certos mveis: prdios rsticos ou urbanos, estradas de ferro, navios, avies, minas, pedreiras, automveis, caminhes, etc.
Quando houver da falta de pagamento do aluguel e demais encargos. Exemplo: quando o locatrio sustar o pagamento, sem justificativa ou aviso, o locador pode desfazer a locao. Quando for necessria a realizao de reparaes urgentes determinadas pelo Poder Pblico, que no possam ser normalmente executadas com a permanncia do locatrio no imvel ou, caso possa, ele se recuse a consentilas.
Exemplo: no caso de um prdio com srios problemas estruturais, o locador pode desfazer a locao para efetuar os reparos necessrios.
Qual o prazo permitido para locao de um imvel urbano? A locao de imvel urbano pode ser fixada por qualquer prazo, no podendo o locador exigir o imvel antes do prazo fixado e nem o locatrio devolv-lo antes, salvo pagando a multa contratualmente prevista. O locatrio pode devolver o imvel antes do prazo? O locatrio ficar dispensado da multa se a devoluo do imvel decorrer de transferncia, pelo seu empregador,
A sublocao o ato de dar a terceiro em nova locao no todo ou em parte, o imvel do qual se locatrio. A cesso da locao, a sublocao e o emprstimo do imvel, total ou parcialmente pelo locatrio dependem do consentimento prvio e escrito do locador. Na sublocao, livre a conveno do aluguel, vedada a sua estipulao em moeda estrangeira e a sua vinculao variao cambial ou ao salrio mnimo. O aluguel da sublocao no poder exceder o da locao, nas habitaes coletivas multifamiliares, a soma dos aluguis no poder ser superior ao dobro do valor da locao. O descumprimento autoriza o sublocatrio a reduzir o aluguel ate os limites nele estabelecidos.
Exemplo: A Informe S/A, escola de informtica, alugou um prdio para instalar a sua escola. Porm, algumas salas de aula ficaram ociosas e, por esta razo, ela decidiu alugar uma destas salas, que ficava localizada no trreo do prdio, para um empreendedor montar uma livraria de livros usados. Isto se caracteriza como sublocao.
53
licito s partes fixar, de comum acordo, novo valor para o aluguel, bem como inserir ou modificar clusula de reajuste. No havendo acordo, o locador ou o locatrio, aps trs anos de vigncia do contrato ou do acordo anteriormente realizado, tanto locador quanto locatrio podero pedir reviso judicial do aluguel, a fim de ajust-lo ao preo do mercado. Salvo as hipteses da locao para temporada e nos demais casos previstos em lei, o locador no poder exigir o pagamento antecipado do aluguel. Quando e como efetuada a Ao de Despejo?
Seja qual for o fundamento do trmino da locao, a ao do locador para reaver o imvel a de despejo.
Imisso: Ato ou efeito de imitir, de fazer entrar, de colocar ou estabelecer na posse de alguma coisa ou do direito. Imisso de posse: Investidura na posse de alguma coisa. Salvo quando a locao termina em decorrncia de desapropriao, com a imisso da posse do imvel
Exemplo:Quando o locatrio abandona o imvel, efetua-se a imisso de posse, ou seja, a restituio do imvel ao seu proprietrio.
O despejo tambm a desocupao compulsria (obrigatria) por deciso judicial de um imvel alugado. o direito do locador de exigir a desocupao ou restituio nos casos preestabelecidos pela lei. O locatrio poder denunciar a locao por prazo indeterminado (devolver o imvel) mediante aviso por escrito ao locador, com antecedncia mnima de 30 (trinta dias). Na ausncia do aviso, o locador poder exigir quantia correspondente a um ms de aluguel e encargos, vigentes quando da resciso de contrato. Em casos de separao de fato, separao judicial, divrcio ou dissoluo da sociedade concubinria, a locao prosseguir automaticamente com o cnjuge ou companheiro que permanecer no imvel. O locador pode efetuar depsito judicial?
O locador pode efetura o depsito quando o credor injustamente recusar o recebimento, ou na impossibilidade de faz-lo, proceder ao depsito judicial das quantias devidas. O depsito envolver a quitao das obrigaes que vencerem durante a tramitao do
O locador obrigado a: I. Entregar ao locatrio o imvel alugado em estado de servir ao uso a que se destina. II. Garantir, durante o tempo da locao, o uso pacfico do imvel locado. III. Manter, durante a locao, a forma e o destino do imvel. IV. Responder pelos vcios ou defeitos anteriores a locao. V. Fornecer ao locatrio, caso este solicite, descrio minuciosa do estado do imvel, quando de sua entrega, com expressa referncia aos eventuais defeitos existentes. VI. Fornecer ao locatrio recibo discriminado das importncias por este pagas, vedada a quitao genrica. VII. Pagar as taxas de administrao imobiliria, se houver, e de intermediaes, nestas compreendidas as despesas necessrias aferio da idoneidade do pretendente ou de seu fiador. VIII. Pagar os impostos e taxas, e ainda o prmio de seguro complementar contra fogo, que incidam ou venham a incidir sobre o imvel, salvo disposio expressa em
54
O locatrio obrigado a: I. Pagar pontualmente o aluguel legal e os encargos da locao contratualmente exigveis, no prazo estipulado ou, em sua falta, at o sexto dia til do ms seguinte ao vencido, no imvel locado, quando outro local no tiver sido indicado no contrato. II. Servir-se do imvel para uso convencionado ou presumido, compatvel com a natureza deste e com o fim a que se destina, devendo trat-lo com o mesmo cuidado como se fosse seu. III. Restituir o imvel, finda a locao, no estado em que o recebeu, salvo as deterioraes decorrentes do seu uso normal. IV. Levar imediatamente ao conhecimento do locador o surgimento de qualquer dano ou defeito cuja reparao a este incumba, bem como as eventuais perturbaes de terceiros. V. Realizar a imediata reparao dos danos verificados no imvel, ou nas suas instalaes, provocados por si, seus dependentes, familiares, visitantes ou prepostos. VI. No modificar a forma interna ou externa do imvel sem o consentimento prvio ou por escrito do locador. VII. Entregar imediatamente ao locador os documentos de cobrana de tributos e encargos condominiais, bem como qualquer intimao, multa ou exigncia de autoridade publica, ainda que dirigida ao locatrio. VIII. Pagar as despesas de telefone e de consumo de luz e gs, gua e esgoto. IX. Permitir a vistoria do imvel pelo locador ou por seu
Por despesas ordinrias de condomnio se entendem as necessrias administrao respectiva, especialmente: a) Salrios, encargos trabalhistas, contribuies previdencirias e sociais dos empregados do condomnio. b) Consumo de gua e esgoto, gs, luz e fora das reas de uso comum. c) Limpeza, conservao e pintura das instalaes e dependncias de uso comum. d) Manuteno e conservao das instalaes e equipamentos hidrulicos, eltricos, mecnicos e de segurana, de uso comum. e) Manuteno e conservao das instalaes e equipamentos de uso comum destinados a pratica de esportes e lazer. f) Manuteno e conservao de elevadores, porteiro eletrnico e antenas coletivas. g) Pequenos reparos nas dependncias e instalaes eltricas e hidrulicas de uso comum. h) Rateios de saldo devedor, salvo se referentes a perodo anterior ao incio da locao. i) Reposio do fundo de reserva, total ou parcialmente utilizado no custeio ou complementao das despesas referidas nas alneas anteriores, salvo se referentes a perodo anterior ao inicio da locao. ATENO!
Atribuda ao locatrio a responsabilidade pelo pagamento dos tributos, encargos e despesas ordinrias de condomnio, o locador poder cobrar tais verbas juntamente com o aluguel do ms a que se refiram. Se o locador antecipar os pagamentos, a ele pertencero as vantagens da advindas, salvo se o locatrio reembols-lo integralmente. Necessitando o imvel de reparos urgentes, cuja realizao incumba ao locador, o locatrio obrigado a consenti-los. Se os reparos durarem mais de dez dias, o locatrio ter direito ao abatimento do aluguel, proporcional ao perodo excedente; se mais de trinta dias, poder rescindir o contrato. Quais as garantias que o locador pode exigir? No contrato de locao, pode o locador exigir do locatrio as seguintes modalidades de garantia: I. Cauo.
55
II. Fiana.
Exemplo: responsabilidade ou garantia assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza, total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigao do devedor, caso este no a cumpra.
vedada, sob pena de nulidade, mais de uma das modalidades de garantia num mesmo contrato de locao. Quais as formas de Cauo?
O locador poder exigir novo fiador ou a substituio da modalidade de garantia, nos seguintes casos: I. Morte do fiador. II. Ausncia, interdio, falncia ou insolvncia do fiador, declaradas judicialmente. III. Alienao ou gravao de todos os bens imveis do fiador ou sua mudana de residncia sem comunicao ao locador. IV. Exonerao do fiador. V. Prorrogao da locao por prazo indeterminado, sendo a fiana ajustada por prazo certo. VI. Desaparecimento dos bens mveis. Ex.: se o fiador sofreu um arrombamento em sua casa e foram levados os seus bens (jias, eletro-eletrnicos, computador, automvel, etc.), o locador tem o direito de solicitar a substituio do fiador por outro. VII. Desapropriao ou alienao do imvel. ATENO!
A cauo poder ser em bens mveis ou imveis, dinheiro ou ttulos. a) A cauo em bens mveis dever ser registrada em Cartrio de Ttulos e Documentos. Averbao: Nota aposta margem de um registro pblico, mencionando as ocorrncias que o alteram ou anulam em relao a pessoas ou coisas: averbao da extino da hipoteca, da sentena de separao do dote, etc. b) A cauo em bens imveis dever ser averbada a margem da respectiva matrcula.
Exemplo: quando o locatrio d um imvel seu, como cauo, ele dever ir ao Cartrio de Registro de Imveis e solicitar a averbao desta sua deciso no registro de seu imvel.
O seguro de fiana locatcia abranger a totalidade das obrigaes do locatrio. No estando a locao garantida por qualquer das modalidades, o locador poder exigir do locatrio o pagamento do aluguel e encargos at o sexto dia til do ms vincendo. SEO 3: Locao Residencial Nas locaes ajustadas por escrito e por prazo igual ou superior a 30 (trinta) meses, a resoluo do contrato ocorrer findo o prazo estipulado, independentemente de notificao ou aviso. Findo o prazo ajustado, se o locatrio continuar na posse do imvel alugado por mais de trinta dias sem oposio do locador, presume-se prorrogada a locao por prazo indeterminado, mantidas as demais clusulas e condies do contrato. Neste caso o imvel somente poder ser retomado nos seguintes casos: I. Por mtuo acordo. II. Em decorrncia da prtica de infrao legal ou contratual. III. Em decorrncia da falta de pagamento do aluguel e demais encargos. IV. Para a realizao de reparaes urgentes determinadas pelo Poder Pblico, que no possam ser normalmente executadas com a permanncia do locatrio no
c) A cauo em dinheiro, que no poder exceder o equivalente a trs meses de aluguel, ser depositada em caderneta de poupana, autorizada pelo Poder Pblico e por ele regulamentada, revertendo em benefcio do locatrio todas as vantagens dela decorrentes por ocasio do levantamento da soma respectiva. d) A cauo em ttulos e aes dever ser substituda, no prazo de trinta dias, em caso de concordata, falncia ou liquidao das sociedades emissoras.
Exemplo: se for dada como cauo ttulos ou aes de uma empresa e se esta empresa falir ou pedir concordata, o locatrio dever substituir estas aes ou ttulos por os de outra empresa.
Salvo disposio contratual em contrrio, qualquer das garantias da locao se estende ate a efetiva devoluo do imvel.
56
Na hiptese dos itens VI, a necessidade dever ser judicialmente demonstrada, se: a) O readquirente, alegando necessidade de usar o imvel, estiver ocupando, com a mesma finalidade, outro de sua propriedade situado na mesma localidade ou, residindo ou utilizando imvel alheio, j tiver retomado o imvel anteriormente; b) O ascendente ou descendente, beneficirio da retomada, residir em imvel prprio. Nas hipteses dos itens VI e VI, o retomante dever comprovar ser proprietrio, promissrio-comprador ou promissrio cessionrio, em carter irrevogvel, com imisso na posse do imvel e ttulo registrado junto matrcula do mesmo. Ocorrendo a prorrogao do contrato, o locador poder denunciar o contrato a qualquer tempo, concedido o prazo de trinta dias para desocupao. Em que consiste a Denncia Vazia? A denncia vazia consiste na retomada do imvel pelo proprietrio. Como diz o nome, o fim de um contrato sem justificativa expressa. Essa figura jurdica havia sido abolida na antiga Lei do Inquilinato e foi revalidada pela lei n 8.245. A retomada do imvel sem motivo pode ser aplicada nos seguintes casos: contratos assinados aps 20 de dezembro de 1991 com prazo igual ou superior a 30 meses; contratos de menos de 30 meses, se o inquilino permanecer no imvel por ao menos cinco anos ininterruptos. Aceita a ao de denncia vazia pela Justia, o inquilino tem de 15 a 30 dias para desocupar o imvel. Se no fizer isso, poder ser obrigado a sair fora.
57
Dissolvida a sociedade comercial por morte de um dos scios, o scio sobrevivente fica sub-rogado no direito a renovao, desde que continue no mesmo ramo. ATENO!
O direito a renovao do contrato estende-se s locaes celebradas por indstrias e sociedades civis com fim lucrativo, regularmente constitudas, desde que ocorrentes os pressupostos previstos neste artigo. Do direito renovao decai aquele que no propuser a ao no intervalo de um ano, no mximo, at 6 (seis) meses, no mnimo, anteriores a data da finalizao do prazo do contrato em vigor. Em que condies o locador no estar obrigado a renovar o contrato? O locador no estar obrigado a renovar o contrato se: I. Por determinao do Poder Pblico, tiver que realizar no imvel obras que importarem na sua radical transformao; ou para fazer modificao de tal natureza que aumente o valor do negcio ou da propriedade. II. O imvel vier a ser utilizado por ele prprio ou para transferncia de fundo de comrcio existente h mais de um ano, sendo detentor da maioria do capital o locador, seu cnjuge, ascendente ou descendente. a) Nesta hiptese, o imvel no poder ser destinado ao uso do mesmo ramo do locatrio, salvo se a locao tambm envolvia o fundo de comrcio, com as instalaes e pertences. b) Nas locaes de espaos em shopping center, o locador no poder recusar a renovao do contrato com este fundamento. c) O locatrio ter direito a indenizao para ressarcimento dos prejuzos e dos lucros cessantes que tiver que arcar com a mudana, perda do lugar e desvalorizao do fundo de comrcio, se a renovao no ocorrer em razo de proposta de terceiro, em melhores condies, ou se o locador, no prazo de trs meses da entrega do imvel, no der o destino alegado ou no iniciar as obras determinadas pelo Poder Pblico ou que declarou pretender realizar. Como o contrato entre lojista e shopping center?
Ressalvados os casos previstos e regulados pelo Cdigo Civil, nas aes de despejo, consignao em pagamento de aluguel e acessrio da locao, revisionais de aluguel e renovatrias de locao, observar-se- o seguinte: I. Os processos tramitam durante as frias forenses e no se suspendem pela supervenincia delas. II. competente para conhecer e julgar tais aes o foro do lugar da situao do imvel, salvo se outro houver sido eleito no contrato. III. O valor da causa corresponder a 12 (doze) meses de aluguel ou, na hiptese de extino do contrato de trabalho, se ocupao do imvel pelo locatrio estiver relacionada com o seu emprego, a 3 (trs) salrios vigentes por ocasio do ajuizamento. IV. Desde que autorizado no contrato, a citao, intimao ou notificao far-se- mediante correspondncia com aviso de recebimento, ou, tratando-se de pessoa jurdica ou firma individual, tambm mediante telex ou facsmile, ou, ainda, sendo necessrio, pelas demais formas previstas no Cdigo de Processo Civil. V. Os recursos interpostos contra as sentenas tero efeito somente devolutivo. Quais os casos que o Cdigo Civil regulamenta?
1. Imveis de propriedade da Unio, dos Estados dos Municpios, de suas autarquias e fundaes pblicas. 2. Vagas autnomas de garagem ou de espaos para estacionamento de veculos; 3. Espaos destinados publicidade. 4. Apart-hotis, hotis-residncia ou equiparados, assim considerados aqueles que prestam servios regulares a seus usurios e como tais sejam autorizados a funcionar. Em que consiste a locao por temporada?
Nas relaes entre lojistas e empreendedores de shopping center prevalecero as condies livremente pactuadas nos contratos de locao respectivos e as disposies procedimentais previstas na lei do Inquilinato.
A locao de imvel para ocupao temporria no perodo das frias ou nos feriados prolongados, algumas vezes se transforma em dor de cabea, pelo desconhecimento da legislao e da operao prtica dessa modalidade de
58
Veja a seguir alguns cuidados que voc deve tomar nestes casos. Em imvel mobiliado, como o caso em geral nesse tipo de locao, importante que o locador e o locatrio faam duas vistorias, uma na entrada e outra na sada, para fazer constar no contrato no apenas o estado de conservao do imvel, mas tambm o dos mveis, equipamentos e utenslios. Se algo for danificado durante sua permanncia no imvel, o inquilino ter de arcar com o prejuzo. O ideal que o inquilino faa um contrato, por meio de imobiliria ou direto com o proprietrio, com todas as clusulas correspondentes ao que foi tratado verbalmente, discriminando a data de entrada e sada, nome e endereo do locador, preo e forma de pagamento, local de retirada das chaves, tipo e nmero de cmodos, garagem, etc. Na locao por temporada costume o proprietrio receber antecipadamente o aluguel e encargos, o que permitido por lei, embora no seja obrigatrio. PONTO CHAVE:
Qual o significado de Produto? Produto qualquer bem, mvel ou imvel, material ou imaterial, enquanto servio qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remunerao, inclusive as de natureza bancria, financeira, de crdito e securitria, salvo as decorrentes das relaes de carter trabalhista.
Exemplo: Seguindo o exemplo anterior, a empresa o produto da empresa Tirelli o pneu e o produto da empresa Folks o automvel.
Um aluguel para temporada no significa apenas a locao para frias. A diferena em relao a uma locao comum no est na localizao do imvel ou no motivo pelo qual est alugado. O que deve ser observado o prazo contratual, no podendo ultrapassar 90 dias. Aps esse prazo o contrato passa a ser por tempo indeterminado. SEO 5: O Cdigo de Defesa do Consumidor Tendo em vista o poder que os fornecedores de produtos e servios tinham sobre os consumidores, o legislador resolveu criar uma lei (cdigo) que visasse proteger o consumidor, dando origem assim ao conhecido Cdigo de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90). Qual a diferena entre Consumidor e Fornecedor, perante a Lei? Consumidor todo aquele que adquire e utiliza produto e/ou servio como destinatrio. Fornecedor toda pessoa fsica ou jurdica, pblica ou privada nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de produo, montagem, criao, construo, transformao, importao, exportao, distribuio ou comercializao de produtos ou prestao de servios.
Quais as principais garantias para o consumidor? Dentre as garantias trazidas pelo cdigo pode-se citar a facilitao da defesa do consumidor em juzo, com a inverso do nus da prova, ou seja, cabendo ao fornecedor a prova da existncia ou no de determinados fatos. Da mesma forma as clusulas que no forem ilegais ou abusivas devem ser interpretadas em favor do consumidor.
Exemplo: A empresa Folks verificou que um pneu comprado da Tirelli estava defeituoso. Quem deve provar que inocente a empresa Tirelli, pois ela a empresa fornecedora.
So as abusivas, alm de outras, as clusulas que: I. Impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do fornecedor por vcios de qualquer natureza dos produtos e servios. II. Subtraiam ao consumidor a opo de reembolso da quantia j paga em caso de resciso contratual, deduzido da multa (ou arras) se a culpa for do consumidor. III. Transfiram responsabilidades a terceiros. IV. Estabeleam obrigaes consideradas inquas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatveis com a boa-f ou a eqidade. V. Imponham representante para concluir ou realizar outro negcio jurdico pelo consumidor. VI. Deixem ao fornecedor a opo de concluir ou no o contrato, embora obrigando o consumidor. VII. Permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente, variao do preo de maneira unilateral. VIII. Autorizem o fornecedor a cancelar o contrato unilateralmente, sem que igual direito seja conferido ao consumidor. IX. Obriguem o consumidor a ressarcir os custos de co-
59
Descrio
Perodo
Regulamentao
Como direitos bsicos do consumidor pode-se enumerar, alm de outros: I. A proteo da vida, sade e segurana. II. A educao e divulgao sobre o consumo adequado dos produtos e servios. III. A informao adequada e clara sobre os diferentes produtos e servios. IV. A proteo contra a publicidade enganosa e abusiva, mtodos comerciais coercitivos ou desleais. V. A modificao das clusulas contratuais que estabeleam prestaes desproporcionais ou sua reviso em razo de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas. VI. A efetiva preveno e reparao de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos. VII. O acesso facilitado aos rgos judicirios e administrativos. VIII. A facilitao da defesa de seus direitos.
Dano Difuso: um dano onde ocorre um prejuzo de um nmero indeterminvel de pessoas, pois foi afetado um bem que de todos e de cada um ao mesmo tempo, mas que no pode ser apropriado por ningum. O que se est protegendo, em ltima instncia, o interesse pblico. No se trata da soma de interesses privados, particularizados, fracionados, pois cada pessoa titular de todo o bem, sem que possa se opor ao gozo por parte dos demais titulares do mesmo direito.
Vcios ou defeitos Prescrevem em 90 Art. 26 do CDC; aparentes ou de dias, se for relao interpretaes dos fcil constatao de consumo; no ato dois pargrafos do da entrega, se no art. 614 e art. 6157 for relao de condo NCC sumo Vcios ocultos redi- Prescrevem em um bitrios (permitem ano anulao do contrato ou pedido de abatimento de preo) Falhas que afetam a solidez e segurana da edificao, ou outras equivalentes, muito graves Art. 4458 do NCC
Prazo de garantia Art. 6189 do NCC e de 5 anos, mas, sob seu pargrafo nico pena de decadncia, devem ser reclamados pelo dono da obra no mximo em seis meses da data de seu aparecimento Dez anos Art. 20510 do NCC
Prazo de prescrio mximo para quaisquer casos no explicitados no novo Cdigo Civil
Qual o prazo de garantia para produtos e servios? Como prazo de validade dos produtos e servios o cdigo estabelece 90 (noventa) dias para os produtos e servios durveis e 30 (trinta) para os no durveis, sendo que maior prazo pode ser oferecido mediante termo de garantia, nunca podendo ser diminudo.
7 Art. 615. Concluda a obra de acordo com o ajuste, ou o costume do lugar, o dono obrigado a receb-la. Poder, porm, rejeit-la, se o empreiteiro se afastou das instrues recebidas e dos planos dados, ou das regras tcnicas em trabalhos de tal natureza. 8 Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibio ou abatimento no preo no prazo de trinta dias se a coisa for mvel, e de um ano se for imvel, contado da entrega efetiva; se j estava na posse, o prazo conta-se da alienao, reduzido metade. 9 Art. 618. Nos contratos de empreitada de edifcios ou outras construes considerveis, o empreiteiro de materiais e execuo responder, durante o prazo irredutvel de cinco anos, pela solidez e segurana do trabalho, assim em razo dos materiais, como do solo. Decair do direito assegurado neste artigo o dono da obra que no propuser a ao contra o empreiteiro, nos cento e oitenta dias seguintes ao aparecimento do vcio ou defeito. 10 Art. 205. A prescrio ocorre em dez anos, quando a lei no lhe haja fixado prazo menor.
60
ATENO!
Vcios ocultos, do Noventa dias, desde Art. 26, pargrafo 3. tipo que aparecem que surjam dentro do CDC mais tarde (no red- do prazo de garantia ibitrios), nas rela- da construo civil es de consumo (5 anos ?) Falhas graves envolvendo problemas de solidez e segurana Devem ser reclamados no mximo em seis meses da data de seu aparecimento, sob pena de decadncia. At 5 anos da entrega presume-se a culpa da construtora; aps ela deve ser provada. Trs anos Art. 618 do NCC e seu pargrafo nico Prazo mximo de prescrio de 10 anos, conforme art. 205 do NCC, combinado com a Smula 194 do STJ
Durante o prazo de garantia da construo civil, geralmente interpretado como sendo de 5 anos, cabe aos compradores fazerem as manutenes previstas nos Manuais do Proprietrio e do Sndico inclusive dos materiais cuja vida til no atinge os 5 anos. Aps os 5 anos contados da data da entrega, todas as despesas de manuteno correm por conta dos compradores, exceto para os problemas envolvendo solidez e segurana, que possam ser comprovadamente atribudos construtora, para os quais o prazo prescricional pode atingir 15 anos, na eventualidade limite de serem constatados no ltimo dia dos 5 anos de garantia, e desde que tenham sido notificados no prazo mximo de 6 meses da data da constatao, cf. nico do art. 618. Como se procede no caso de defeitos?
Prazo mximo de prescrio para manifestar a pretenso a reparao civil Prazo de prescrio mximo para quaisquer casos no explicitados no novo Cdigo Civil
Dez anos
A responsabilidade no cdigo de defesa do consumidor objetiva, isto , no depende da prova da culpabilidade. Em caso de defeito ou vcio o consumidor pode devolver o produto e pleitear perdas e danos em caso da ocorrncia de prejuzos; pode exigir a substituio do produto por um novo, ou ainda, pode aceitar o produto e exigir a reduo do preo. Nas compras feitas fora do estabelecimento comercial, em que no haja contato pessoal (telefone, e-mail, carta, etc.) o consumidor pode desistir do contrato no prazo de sete dias. SAIBA MAIS
11 Art. 206. Prescreve em trs anos: I. a pretenso relativa a aluguis de prdios urbanos ou rsticos; II. a pretenso para receber prestaes vencidas de rendas temporrias ou vitalcias; III. a pretenso para haver juros, dividendos ou quaisquer prestaes acessrias, pagveis, em perodos no maiores de um ano, com capitalizao ou sem ela; IV. a pretenso de ressarcimento de enriquecimento sem causa; V. a pretenso de reparao civil; VI. a pretenso de restituio dos lucros ou dividendos recebidos de m-f, correndo o prazo da data em que foi deliberada a distribuio; VII. a pretenso contra as pessoas em seguida indicadas por violao da lei ou do estatuto, contado o prazo: a) para os fundadores, da publicao dos atos constitutivos da sociedade annima; b) para os administradores, ou fiscais, da apresentao, aos scios, do balano referente ao exerccio em que a violao tenha sido praticada, ou da reunio ou assemblia geral que dela deva tomar conhecimento; c) para os liquidantes, da primeira assemblia semestral posterior violao; VIII. a pretenso para haver o pagamento de ttulo de crdito, a contar do vencimento, ressalvadas as disposies de lei especial; IX. a pretenso do beneficirio contra o segurador, e a do terceiro prejudicado, no caso de seguro de responsabilidade civil obrigatrio.
Voc pode fazer download do Cdigo do Consumidor e da Lei do Inquilinato no Ambiente Virtual de Aprendizagem do curso! Novo Cdigo Civil: http://www.presidencia.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm
RESUMO Chamamos de locao predial quando um imvel ficar disposio de algum, mediante contrato de locao e em troca de uma remunerao ajustada e de acordo com a Lei do Inquilinato. A locao predial urbana regulada por Lei especial a Lei do Inquilinato n. 8.245, de 18 de outubro de 1991 e tem como responsveis o locador (o proprietrio ou responsvel do imvel) e o locatrio (a pessoa que aluga). Compete ao locador: entregar o imvel alugado em bom
61
Unidade 3
A Tributao e os Financiamentos
SEO 1: Legislao sobre Tributao de Imveis O que significa Tributao?
Tributar o ato de impor tributos ou impostos a algum (pessoa fsica ou jurdica), o mesmo que taxar. Segundo o art. 156 da Constituio Federal, compete aos Municpios institurem impostos sobre: I. Propriedade predial e territorial urbana. II. Transmisso inter vivos, a qualquer ttulo, por ato oneroso, de bens imveis, por natureza ou acesso fsica, e de direitos reais sobre imveis, exceto os de garantia, bem como cesso de direitos a sua aquisio. III. Vendas a varejo de combustveis lquidos e gasosos, exceto leo diesel. IV. Servios de qualquer natureza, exceto os compreendidos em operaes relativas circulao de mercadorias e sobre prestao de servios de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicao, ainda que as operaes e as prestaes se iniciem no exterior.
Inter vivos: um tipo de imposto municipal aplicado quando ocorre a transmisso de bens imveis entre duas pessoas, ou seja, entre vivos. Chamado tambm de ITBI Imposto de Transmisso de Bens Imveis.
ATENO!
O imposto previsto no item I poder ser progressivo, nos termos de lei municipal, de forma a assegurar o cumprimento da funo social da propriedade. O imposto previsto no item II: a) No incide sobre a transmisso de bens ou direitos incorporados ao patrimnio de pessoa jurdica em realizao de capital, nem sobre a transmisso de bens ou direitos, decorrente de fuso, incorporao, ciso ou extino de pessoa jurdica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e a
62
A lei municipal pode considerar urbanas as reas urbanizveis ou de expanso urbana constantes de loteamentos aprovados pelos rgos competentes, destinados habitao, indstria ou ao comrcio, mesmo que localizados fora das zonas definidas anteriormente. Qual a base de clculo para o valor do IPTU?
A base do clculo do imposto o valor venal do imvel. Na determinao da base de clculo, no se considera o valor dos bens mveis mantidos, em carter permanente ou temporrio, no imvel, para efeito de sua utilizao, explorao, ornamentao ou comodidade.
Valor Venal: O que relativo venda; o valor normal ou comercial da coisa, para efeito de venda. Valor provvel, ou realizvel, de um imvel lanado na repartio arrecadadora competente, de acordo com o preo provado da aquisio ou que lhe foi atribudo por avaliao fiscal. Valor estimado da venda de um imvel.
Contribuinte do imposto o proprietrio do imvel, o titular do seu domnio til, ou o seu possuidor a qualquer ttulo. 2) IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL IPTR O imposto, de competncia da Unio, sobre a propriedade territorial rural tem como fato gerador a propriedade, o domnio til ou a posse de imvel por natureza, como definido na lei civil, localizado fora da zona urbana do Municpio. 3) IMPOSTO TERRITORIAL RURAL ITR O Imposto Territorial Rural ITR o tributo, ou taxa, arrecadado pela Unio, atingindo todos os imveis que no se encontram em reas urbanas, no importando a forma jurdica que esteja integrado ao patrimnio do contribuinte. O Imposto Territorial Rural segue os seguintes princpios: I. A Unio poder atribuir, por convnio, aos Estados e Municpios, o lanamento, tendo por base os levantamentos cadastrais executados e periodicamente
Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei municipal, observado o requisito mnimo da existncia de melhoramentos indicados em pelo menos dois dos itens seguintes, construdos ou mantidos pelo Poder Pblico: I. Meio-fio ou calamento, com canalizao de guas pluviais. II. Abastecimento de gua. III. Sistema de esgotos sanitrios. IV. Rede de iluminao pblica, com ou sem posteamento para distribuio domiciliar. V. Escola primria ou posto de sade a uma distncia
63
rais de um mesmo proprietrio no pas. a) Os fatores mencionados neste artigo, exceo feita dos indicados no item III, sero declarados pelo proprietrio ou obtidos em levantamento cadastral. b) Todos os proprietrios rurais ficam obrigados, para os fins previstos nesta Lei, a fazer declarao de propriedade, nos prazos e segundo normas fixadas na regulamentao desta Lei. c) As declaraes dos proprietrios, para fornecimento de dados destinados inscrio cadastral, so feitas sob sua inteira responsabilidade e, no caso de dolo ou m-f, os obrigaro ao pagamento em dobro dos tributos realmente devidos, alm das multas decorrentes das despesas com as verificaes necessrias. Como calculado o valor do ITR?
O valor bsico do imposto ser determinado em alquota de %102 (dois dcimos por cento) sobre o valor real da terra nua, declarada pelo proprietrio e no impugnado pelo rgo competente, ou resultante da avaliao cadastral.
Exemplo: O Sr. Adamastor de Andrade possui 10 hectares de terra, recebidos como herana de seu pai, quando este faleceu. O valor declarado no inventrio e aprovado pelo juiz do processo foi de R$ 150.000,00 (cento e cinqenta mil reais). Portanto o valor bsico do ITR ser: 2/10% de 150.000 ou seja oude 0,2% de 150.000 = 0,2/100 x 150.000 = 0,002 x 150.000 Portanto, o valor do ITR ser de R$ 300,00 (trezentos reais).
As normas gerais para a fixao do imposto territorial obedecero a critrios de progressividade e regressividade, levando-se em conta os seguintes fatores: I. Os valores da terra e das benfeitorias do imvel. II. A rea e dimenses do imvel e das glebas (rea de terra no urbanizada. Terreno prprio para cultura; leiva, torro) de diferentes usos. III. A situao do imvel em relao natureza e s condies das vias de acesso e respectivas distncias dos centros demogrficos mais prximos com populao: a) At 5.000 habitantes. b) Entre 5.000 e 10.000 habitantes. c) Entre 20.000 e 50.000 habitantes. d) Entre 50.000 e 100.000 habitantes. e) Superior a 100.000 habitantes. IV. As condies tcnicas e econmicas de explorao agroindustrial. V. A natureza da posse e as condies de contratos de arrendatrios, parceiros e assalariados. VI. A classificao das terras e suas firmas de uso e rentabilidade. VII. A rea total agricultvel do conjunto de imveis ru-
O produto da multiplicao do valor bsico pelo coeficiente previsto anteriormente ser multiplicado por um coeficiente de localizao que aumente o imposto em funo da proximidade aos centros de consumo definidos no item III acima descrito e das distncias, condies e natureza de vias de acesso aos referidos centros. Tal coeficiente, variando no territrio nacional de um a um e seis dcimos, ser fixado por tabela a ser baixada por decreto do Presidente da Repblica, para cada regio considerada no zoneamento previsto no artigo. O valor obtido ser multiplicado por um coeficiente que aumente ou diminua aquele valor, segundo a natureza da posse e as condies dos contratos de trabalho, na forma seguinte: a) Segundo o grau de alheamento do proprietrio na administrao e nas responsabilidades de explorao do imvel rural, segundo a forma e natureza dos contratos de arrendamento e parceria, e falta de atendimento em condies condignas de conforto domstico e de higiene aos arrendatrios, parceiros e assalariados coeficientes que aumentem aquele valor, variando de um a um e seis dcimos, na forma a ser estabelecida na regulamentao desta Lei.
64
Se o imposto territorial rural lanado for superior ao do exerccio anterior, mesmo que a rea agricultvel explorada do imvel rural seja inferior ao mnimo necessrio para classific-lo como empresa rural, considerando o conceito de empresa rural, ser permitido ao seu proprietrio requerer reduo de at 50% (cinqenta por cento) do imposto lanado, desde que, em funo das caractersticas ecolgicas da zona onde se localize o referido imvel, elabore projeto de ampliao da rea explorada e o mesmo seja considerado satisfatrio pelo Instituto Brasileiro de Reforma Agrria.
Empresa Rural o empreendimento de pessoa fsica ou jurdica, pblica ou privada, que explore econmica e racionalmente imvel rural, dentro de condio de rendimento econmico da regio em que se situe e que explore rea mnima agricultvel do imvel segundo padres fixados, pblica e previamente, pelo Poder Executivo. Para esse fim, equiparam-se s reas cultivadas, as pastagens, as matas naturais e artificiais e as reas ocupadas com benfeitorias
b) Segundo o grau de dependncia e de participao do proprietrio nos frutos, na administrao e nas responsabilidades da explorao do imvel rural; em funo das facilidades concedidas para habilitao, educao e sade dos assalariados - coeficientes que diminuam o valor do imposto de um a trs dcimos, na forma a ser estabelecida na regulamentao desta Lei. Uma vez obtidos os elementos cadastrais descritos e fixados nos ndices previstos acima, o valor obtido pela aplicao do disposto no pargrafo anterior ser multiplicado por um coeficiente que aumente ou diminua aquele valor, segundo as condies tcnico-econmicas de explorao, na forma seguinte: Na proporo em que a explorao se faa com rentabilidade inferior aos limites mnimos fixados na forma descrita e com base no tipo, condies de cultivo e nvel tecnolgico de explorao - coeficientes que aumentem o valor do imposto, variando de um a um e meio, na forma a ser estabelecida na regulamentao desta Lei. Na proporo em que a explorao se faa com rentabilidade superior ao mnimo referido na alnea anterior, e segundo o grau de atendimento vocao econmica da terra, emprego de prticas de cultivo ou de criao adequados, e processos de beneficiamento ou industrializao dos produtos agropecurios - coeficientes que diminuam o valor do imposto, variando eles de um a quatro dcimos, na forma a ser estabelecida pela regulamentao desta Lei
Dados para caracterizao dos imveis rurais com indicao: a) Do proprietrio e de sua famlia. b) Dos ttulos de domnio, da natureza da posse e da forma de administrao. c) Da localizao geogrfica. d) Da rea com descrio das linhas de divisas e nome dos respectivos confrontantes. e) Das dimenses das testadas para vias pblicas. f) Do valor das terras, das benfeitorias, dos equipamentos e das instalaes existentes discriminadamente.
As florestas ou matas, as reas de reflorestamento e as por elas ocupadas, cuja conservao for necessria, nos termos da legislao florestal, no podem ser tributadas. No caso de propriedade em condomnio, os critrios de progressividade referidos anteriormente, sero aplicados calculando-se a mdia ponderada em que os coeficientes, da tabela, correspondentes situao de cada condmino, so multiplicados pela sua rea ideal e, ao final, somados e dividida a soma pela rea total da propriedade.
Exemplo: Imaginemos uma rea de 10 hectares de terra entregue, pelo governo, a um grupo de agricultores sem terra, formando uma cooperativa. Cada agricultor teria a responsabilidade por um pedao da terra (2,5 hectares), onde plantaria culturas e criaria animais. No caso de clculo do ITR, o valor ser um s, pois a propriedade coletiva. Os critrios de clculo devero ser diferentes pois cada agricultor organizou, produziu e desenvolveu a sua rea de acordo com a sua competncia. Neste caso o rgo arrecadador verificar a caracterstica de cada lote, de acordo com as caractersticas individuais encontradas.
65
AGRICUL- EXTENTOR SO DE TERRA 1 2,5 hectares 2 2,5 hectares 3 2,5 hectares 4 2,5 hectares
COEFICIENTES 2 3 6 2 Soma:
A seguir, a soma ser dividida pelo nmero de lotes: 32,5/4= 8,13 este ser o ndice que a Unio levar em considerao para o clculo do ITR.
SEO 3: O Imposto sobre a Transmisso A transmisso um ato pelo qual se transfere a outrem: - um direito real (transmisso de propriedade); - um direito constitudo, ou patrimonial, ou um contrato (transmisso de herana, transmisso do ttulo de domnio, transmisso da locao); - o exerccio de uma funo, de uma situao jurdica ou de um estado de fato (transmisso de cargo, transmisso do poder, transmisso da posse). ATENO!
Para que se possa fazer o registro de um imvel adquirido, obrigatrio que antes se pague o ITBI. A transmisso por ato oneroso envolve gastos pecunirios. diferente da doao, em que no h gastos para o donatrio (o que receber a doao). Inter vivos significa que no pode ser cobrado ITBI se a transmisso for referente herana (causa mortis) ou quando for decorrente de doao. Nesses casos ser cobrado ITCD pela Fazenda Pblica Estadual. Que tipo de fato gerador se aplica ao ITBI?
Antes de mais nada, importante voc entender que fato gerador a situao (fato) descrita em lei que, se ocorrida, propiciar a cobrana de determinado imposto. No caso do ITBI, o fato gerador pode ser: Transmisso. Cesso. Em que casos o ITBI aplicado? A aplicao do ITBI abrange os seguintes atos: Compra e venda pura ou condicional. Adjudicao, quando no decorrente de sucesso hereditria. Os compromissos ou promessas de compra e venda de imveis, sem clusula de arrependimento, ou a cesso de direitos deles decorrentes. Dao em pagamento. Arrematao. Mandato com poderes para transmisso ou cesso de direitos aquisio de imveis e seu substabelecimento quando estes configurarem transao. Instituio ou venda de usufruto. Reposies que ocorram na diviso para extino de condomnios de imvel, quando for recebida por qualquer condmino cota-parte material, cujo valor seja maior que o valor de sua quota ideal, incidindo sobre a diferena. Permuta de bens imveis e direitos a eles relativos. Quaisquer outros atos e contratos onerosos, que transfiram a propriedade de bens imveis ou de direitos a eles relativos, sujeitos a transcrio na forma da lei. Quem deve pagar o ITBI?
Segundo o nosso Cdigo Civil, a transmisso da propriedade se opera, quanto a mveis, pela tradio, e a imveis, pela transcrio no respectivo registro (art. 530). Quais as caractersticas do ITBI?
O Imposto sobre Transmisso de Bens Imveis (ITBI) de competncia do municpio, relacionado transmisso por ato oneroso (inter vivos, entre duas pessoas) de bens imveis, bem como cesso de direitos a eles relativos.
Exemplo: Casa, Apartamento, Sala, Loja, Galpo, Barraco, etc. Ato oneroso: aquilo que impe ou acarreta nus, encargo ou despesa. No gratuito. Cesso: um ato inter vivos oneroso ou gratuito, pelo qual uma pessoa, o cedente, transfere a outrem, o cessionrio, o crdito ou direito pessoal de que titular. Ex.: cesso de direito de posse de um imvel urbano.
66
Se o adquirente no pagar o ITBI, poder ser cobrado o imposto (respondem solidariamente): - Quem transmite o imvel (vendedor); - Do cedente (vendedor, na cesso); - Dos oficiais do Cartrio, se tiver havido irregularidade ao ser lavrada Escritura ou por ocasio do Registro, sem prejuzo do disposto no art 7, IV, letras b, e, j da lei 7378/97 (descumprimento de obrigao acessria). SEO 4: A Declarao sobre as Atividades Imobilirias O programa DIMOB Declarao de Informao sobre Atividades Imobilirias possibilita o preenchimento e a gravao das declaraes relativas aos anos-calendrio de 2002 em diante, a serem entregues Secretaria da Receita Federal pelas pessoas jurdicas: -construtoras ou incorporadoras, que comercializem unidades imobilirias por conta prpria e -imobilirias e administradoras de imveis, que realizem intermediao de venda ou aluguel de imveis. A DIMOB uma declarao que todas as imobilirias devero entregar a Receita Federal, todo o ms de maro, referente s transaes imobilirias do ano anterior. Com isto a Receita passa a ter maior controle sobre as operaes comerciais realizadas nas imobilirias, tais como venda de imveis, alugueis e tambm sobre as comisses recebidas pelos Corretores de Imveis. O que as construtoras ou incorporadoras devem informar? As construtoras ou incorporadoras devero informar, por intermdio da DIMOB: Quais os adquirentes. As unidades imobilirias comercializadas As datas e os valores recebidos no ano. O valor total da operao. O que as imobilirias e as administradoras devem informar? As imobilirias e administradoras de imveis, devero informar, por intermdio da DIMOB, as seguintes informaes. 1) Relativamente intermediao de venda:
Em que consiste a Instruo Normativa SRF n. 316 de 03/04/2003? Esta Instruo Normativa aprova o programa e as instrues para preenchimento da Declarao de Informaes sobre Atividades Imobilirias (DIMOB). A DIMOB dever ser apresentada at o ltimo dia til do ms de maro, em relao ao ano-calendrio imediatamente anterior, por intermdio da Internet, utilizando-se o Programa Receitanet (http://www.receita.fazenda.gov. br), que est disponvel no endereo referido. Na ocorrncia de eventos de extino, fuso, ciso ou incorporao da pessoa jurdica declarante, esta dever informar, no prazo de 30 dias, as operaes realizadas at a data do evento.
Exemplo:Se a imobiliria Brilha Sol Ltda extinguiu as suas operaes, no mais efetuando transaes imobilirias, ela deve informar Receita Federal, no mximo 30 dias aps a sua extino, quais as operaes que realizou naquele ltimo perodo, at a data do evento. A pessoa jurdica que deixar de apresentar a DIMOB no prazo estabelecido no artigo anterior, ou que apresent-la com incorrees ou omisses, sujeitar-se- s seguintes multas: I. R$ 5.000,00 (cinco mil reais) por ms-calendrio, no caso de falta de entrega da Declarao ou de entrega aps o prazo; II. 5% (cinco por cento), no inferior a R$ 100,00 (cem reais), do valor das transaes comerciais, no caso de informao omitida, inexata ou incompleta.
SEO 5: Os Sistemas de Financiamento A aquisio de um imvel prprio um dos grandes objetivos da maioria das pessoas. Nem sempre fcil alcanar este objetivo, porm o mais importante voc programar-se desde cedo para realizar este negcio. O mercado oferece uma grande variedade de financiamentos, de acordo com a sua renda familiar, prazo e valor desejado. Voc tem a opo de financiar parcial ou totalmente um imvel. Quais as formas de financiamento imobilirio disponveis no mercado?
67
Os recursos captados em depsitos de poupana pelas instituies financeiras do Sistema Brasileiro de Poupana e Emprstimo (SBPE) observam a seguinte distribuio: 65% (sessenta e cinco por cento), no mnimo, em operaes de financiamentos imobilirios, sendo: o 80% (oitenta por cento), no mnimo, do percentual acima, correspondendo, no mnimo, 52% da base de clculo, em operaes de financiamento habitacional no SFH. o O restante em operaes a taxas de mercado, desde que a metade, no mnimo, em operaes de financiamento habitacional. 15% (quinze por cento) em encaixe obrigatrio no Banco Central do Brasil. Recursos remanescentes em disponibilidades financeiras e operaes da faixa livre. So operaes de natureza comercial, financiadas com recursos captados da poupana, a taxas praticadas no mercado financeiro, de modo a criar um excedente, que viabilize, no conjunto, o financiamento do sistema habitacional.
Exemplo: aquisio de conjuntos, terrenos, lojas e garagens ou emprstimos hipotecrios SBPE - Sistema Brasileiro de Poupana e Emprstimo Entidade que congrega as instituies financeiras fontes de captao de recursos para financiar a compra da casa prpria. composto pela Caixa Econmica Federal, pelas Caixas Econmicas Estaduais, Sociedades de Crdito Imobilirio e Associaes de Poupana e Emprstimo.
Os financiamentos para aquisio, construo, reforma ou ampliao de imveis comerciais novos, usados ou em construo so operaes realizadas taxas de mercado. Desde 24/6/98, no existe mais qualquer limitao de natureza normativa ao nmero de imveis financiados pelo SFH que uma pessoa pode ter. Alm das demais condies estabelecidas na legislao em vigor, as operaes no mbito do SFH devero obedecer ao seguinte: -Valores unitrios dos financiamentos, compreendendo principal e despesas acessrias no superiores a R$ 150.000,00. -Limite mximo do valor de avaliao do imvel financiado de R$ 300.000,00. Quais os prazos e as taxas de financiamento aplicados?
Atualmente, os prazos dos financiamentos so livremente estabelecidos entre as partes. Sobre o financiamento podem incidir juros, comisses e outros encargos. A remunerao efetiva mxima para o muturio final, incluindo juros, comisses e outros encargos financeiros, de 12% a.a., acrescidos dos custos de seguros e, nos casos dos planos de equivalncia salarial, do Coeficiente de Equiparao Salarial (CES). Os saldos devedores dos contratos de financiamento, emprstimo, refinanciamento e repasse concedidos por entidades integrantes do SFH so reajustados pela remunerao bsica dos depsitos de poupana, efetuados na mesma data e com a periodicidade contratualmente estipulada para o pagamento das prestaes, aplicando-se o critrio de proporcionalidade do ndice (pro rata die) para eventos que no coincidam com aquela data. Desde 24/6/98 permitida, aos agentes financeiros do SFH, a contratao de financiamentos onde a cobertura securitria pode se dar em aplice oferecida pelo mercado segurador, desde que seja prevista, no mnimo, a cobertura relativa aos riscos de morte e invalidez permanente do muturio. O que o FCVS?
O Fundo de Compensao de Variaes Salariais - FCVS, foi criado com a finalidade garantir o limite de prazo para amortizao das dvidas dos financiamentos habitacionais contradas pelos muturios do Sistema Financeiro da Habitao - SFH.
68
O muturio pode usar seu FGTS nos financiamentos do SFI, tanto como entrada quanto para amortizar, ou quitar, o saldo devedor
Alienao fiduciria a transferncia do devedor para o credor do domnio de um bem, em garantia de pagamento. O credor conserva o domnio do bem alienado (posse indireta) somente at a liquidao da dvida garantida. Aps a quitao do pagamento, o comprador adquire o direito de propriedade do imve
As demais transferncias de contratos com cobertura do FCVS, a partir de 12/6/98, podem ser efetuadas quando o novo muturio assumir o montante equivalente a 70% do saldo devedor contbil da operao, atualizado pelo critrio de proporcionalidade do ndice (pro rata die) da data do ltimo reajuste at a data da transferncia, observados os requisitos legais e regulamentares da casa prpria. 2) SISTEMA DE FINANCIAMENTO IMOBILIRIO (SFI) O SFI (Sistema de Financiamento Imobilirio) uma modalidade de financiamento recentemente criada (1997) que contrasta como alternativa ao SFH (Sistema Financeiro da Habitao) e Carteira Hipotecria, que d aos agentes financeiros credores uma maior proteo contra a inadimplncia. Isso vm a acontecer porque nesse sistema adotada a alienao fiduciria, que permite que o agente credor detenha a propriedade do bem imvel financiado at o momento da quitao total da dvida pelo muturio. l. A principal vantagem do SFI sobre os outros sistemas a fonte de recursos utilizados para o financiamento. Para reunir os fundos de financiamento, os agentes financeiros emitem ttulos com lastro imobilirio. Estes ttulos so vendidos para investidores no Brasil ou no exterior.
RESUMO Direito Tributrio o ramo do Direito que regula a atividade financeira do Poder Pblico, junto a particulares, para arrecadar receitas destinadas a custear os servios pblicos. As normas do Direito Tributrio encontram-se no Cdigo Tributrio Nacional (CTN), cuja competncia tributria vem discriminada na Constituio Federal. Compete Unio, aos Estados e ao Distrito Federal, concorrentemente, legislar sobre Direito Tributrio. Os Municpios podem suplementar a legislao federal e estadual, inclusive no campo do Direito Tributrio. Tributo toda prestao pecuniria compulsria, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que no constitua sano de ato ilcito, instituda em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada (ART. 3 do Cdigo Tributrio Nacional). Competem Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios os seguintes tributos: impostos, taxas e contribuies de melhoria. O imposto uma contribuio em dinheiro que os responsveis (poder Pblico) exigem coativamente de quantos lhes esto sujeitos e tem capacidade contributiva sem assegurar-lhes qualquer compromisso de retribuio desse pagamento. Taxa o tributo cobrado de algum que utiliza o servio pblico especial e divisvel, de carter administrativo e jurisdicional. A contribuio de melhoria um tributo cobrado em funo da valorizao do imvel do contribuinte decorrente de um servio pblico. O emprstimo compulsrio poder ser institudo pela Unio nos seguintes casos: para atender a despesas extraordinrias e no caso de investimento pblico de carter urgente e nacional. O imposto direto recai direta e imediatamente sobre o contribuinte. O imposto indireto de carter impessoal e recai sobre os produtos consumidos. Iseno tributria a excluso de certos casos ou pessoas ou bens por motivo de poltica fiscal ou lei ordinria. Compete aos Municpios instituir impostos sobre propriedade predial e territorial urbana. Tem como fato
69
UNIDADE 4
A Legislao e os Registros
SEO 1: Os Registros Pblicos 1) O REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS JURDICAS No Registro Civil de Pessoas Jurdicas so inscritos: Os contratos. Os atos constitutivos. O estatuto ou compromissos das sociedades civis, religiosas, pias, morais, cientficas ou literrias, bem como o das fundaes e das associaes de utilidade pblica. ATENO!
No podero ser registrados os atos constitutivos de pessoas jurdicas, quando o seu objeto ou circunstncias relevantes indiquem destino ou atividades ilcitos, ou contrrios, nocivos ou perigosos ao bem pblico, moral e aos bons costumes; Ocorrendo qualquer dos motivos previstos neste artigo, o oficial de registro, de ofcio ou por provocao de qualquer autoridade, sobrestar no processo de registro e suscitar dvida para o juiz, que a decidir. A existncia legal das pessoas jurdicas s comea com o registro de seus atos constitutivos. Quando o funcionamento da sociedade depender de aprovao da autoridade, sem esta no poder ser feito o registro. Qual o procedimento para o registro de pessoas jurdicas? O registro das sociedades e fundaes consistir na de-
70
71
72
No Direito Registral Imobilirio, conceitua-se ttulo como todo documento apresentado ao Registro de Imveis, que instrumenta o direito real. fonte do registro, suporte material do ato negocial entre as partes, da ordem ou ato judicirio, devendo estar previsto em lei o seu ingresso no registro imobilirio. A Lei Federal n 6.015/73, a Lei dos Registros Pblicos, elenca, no artigo 167, os direitos registrveis, entendidos como direitos aptos ao registro. uma enumerao taxativa, deixando de fora os omitidos. Em sentido amplo, todo documento lanado no Livro de Protocolo, vale dizer prenotado, considerado ttulo sob a tica registral, inclusive um simples requerimento.
73
O direito real resulta, portanto, da unio de dois elementos: o ttulo causal e o registro. Os direitos registrados gozam da presuno de pertencer aos sujeitos do direito e s podem ser anulados por ao contenciosa e ordinria. presuno relativa. O nus da prova recai sobre a parte que quer cancelar ou desconstituir o direito real registrado. b) Princpio da Prioridade A prioridade obtida pela precedncia na apresentao do ttulo no registro de imveis. A primazia aparece no s para os direitos de propriedade, como, tambm, para os direitos reais limitados. A prioridade exclusiva, quando versa sobre direitos incompatveis, contraditrios, em que o registro de um exclui o do outro, como no caso de dois proprietrios sobre um mesmo imvel. gradual, quando compatveis os direitos, como nas hipotecas registradas em graus sucessivos. O princpio da prioridade estabelecer o direito que preferir ao outro, premiando a parte diligente e punindo o retardatrio. c) Princpio da Especialidade O princpio da especialidade significa que toda inscrio deve recair sobre um objeto precisamente individuado. necessrio identificar o imvel, que est sendo objeto de registro, separando-o dos demais imveis existentes,
74
A assessoria e a confeco de contratos imobilirios so privativas do advogado. Ao corretor de imveis que no advogado a sua funo est em conhecer a documentao, e apresentar as partes, promovendo a venda e intermediao desta venda. A parte documental ser de responsabilidade de advogado. Quando no texto afirmamos que o corretor de imveis ao examinar documentaes e elaborar contratos poder ser responsabilizado civilmente, dizemos que poder responder pelo prejuzo causado a algum, e criminalmente pelo exerccio ilegal da profisso. O que muda com o Estatuto da Cidade?
O Estatuto da Cidade entra na fase derradeira de sua implantao. De acordo com o seu art. 50, os administradores tero o prazo de 5 anos, contados de 2001, para proceder na adequao dos Planos Diretores as regras do Estatuto da Cidade. Ao administrador pblico lhe facultado, pelos instrumentos que lhe foram outorgados pela lei, a implementar em sua cidade um planejamento urbano sustentvel buscando dar as propriedades ociosas uma funo social compulsria, acabando com os vazios urbanos e a especulao imobiliria. A implantao e o conhecimento do Estatuto da Cidade, interessa sobremaneira, tanto ao administrador pblico como ao investidor, pois, haver um conseqente novo mercado imobilirio a partir de sua implantao. Qual o profissional liberal que est mais ligado rea imobiliria? Esta pergunta no to difcil de ser respondida. O Corretor de Imveis a pessoa que vive o mercado dia e noite. O empreendedor, o vendedor e o comprador sempre procuram um Corretor de Imveis para ter uma avaliao do mercado, qual o tipo de imvel que esta vendendo, qual o valor que o mercado est absorvendo, como so as propostas para compra, se parcelada, se vista, se na troca, enfim toda a srie de modalidade de negociaes que envolvem uma transao imobiliria. Por cautela e por ofcio o Corretor de Imveis conhece o suficiente a documentao do imvel que vende, um conhecimento que empresta a seus clientes formulando
Com o Estatuto da Cidade, Lei 10.257/01, as exigncias para o exerccio da atividade de corretor de imveis ficaram maiores. Tudo o que consta no Estatuto da Cidade como instrumentos de poltica urbana dever estar vinculado ao Plano Diretor das cidades. Assim, os Corretores de Imveis a partir de agora devero ter como instrumento de trabalho o Plano Diretor das cidades que atuam, isto porque, na hiptese de incidir sobre determinada rea alguns destes instrumentos de poltica urbana, o valor do imvel reduzir em mais de 50%. Exemplos: Numa rea em que o municpio indicou no Plano Diretor como rea para Parcelamento Compulsrio do Solo, o proprietrio ter, a partir da notificao, o prazo de 1 (um) ano para apresentar o projeto. Mesmo que proceda na venda durante este ano, o prazo no deixa de correr. Se o proprietrio no apresentar o projeto, a rea passa a ser tributada com o IPTU progressivo, que pode alcanar at 15% do valor do imvel ao ano. Outro exemplo o chamado direito de preempo, que vem a ser a preferncia igual a do locatrio ou do condmino. Se a Prefeitura incluir no Plano Diretor imvel em que v exercer o direito de preferncia na compra contra terceiros, este imvel sem dvida alguma sofrer uma desvalorizao tamanha, que capaz de sequer ter comprador para ele. Antes da vigncia do Estatuto da Cidade bastava buscar a viabilidade no Municpio, ou ento consultar sobre o ndice e a vocao do local para construo, se comercial, misto ou residencial. Agora se incorpora na vida do corretor de imveis uma rotina maior, que o dia-a-dia com o Plano Diretor para
75
Compete Unio, entre outras atribuies de interesse da poltica urbana: I. Legislar sobre normas gerais de direito urbanstico. II. Legislar sobre normas para a cooperao entre a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios em relao poltica urbana, tendo em vista o equilbrio do desenvolvimento e do bem-estar em mbito nacional. III. Promover, por iniciativa prpria e em conjunto com os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, programas de construo de moradias e a melhoria das condies habitacionais e de saneamento bsico. IV. Instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitao, saneamento bsico e transportes urbanos.
76
Aquele que possuir como sua rea ou edificao urbana de at duzentos e cinqenta anos, ininterruptamente e sem oposio, utilizando-a para sua moradia ou de sua famlia, adquirir-lhe- o domnio, desde que no seja proprietrio de outro imvel urbano ou rural. As reas urbanas com mais de duzentos e cinqenta metros quadrados, ocupadas por populao de baixa renda para sua moradia, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposio, onde no for possvel identificar os terrenos ocupados por cada possuidor, so susceptveis de serem usucapidas coletivamente, desde que os possuidores no sejam proprietrios de outro imvel urbano ou rural. Em que consiste o Direito de Preempo?
O direito de preempo confere ao Poder Pblico municipal preferncia para aquisio de imvel urbano objeto de alienao onerosa entre particulares. A Lei municipal, baseada no plano diretor, delimitar as reas em que incidir o direito de preempo e fixar prazo de vigncia, no superior a cinco anos, renovvel a partir de um ano aps o decurso do prazo inicial de vigncia. O direito de preempo fica assegurado durante o prazo de vigncia fixado na forma acima, independentemente do nmero de alienaes referentes ao mesmo imvel. O direito de preempo ser exercido sempre que o Poder Pblico necessitar de reas para: I. Regularizao fundiria. II. Execuo de programas e projetos habitacionais de interesse social. III. Constituio de reserva fundiria. IV. Ordenamento e direcionamento da expanso urbana. V. Implantao de equipamentos urbanos e comunitrios. VI. Criao de espaos pblicos de lazer e reas verdes. VII. Criao de unidades de conservao ou proteo de outras reas de interesse ambiental. VIII. Proteo de reas de interesse histrico, cultural ou paisagstico. Quais as condies do direito de construir?
O plano diretor poder fixar reas nas quais o direito de construir poder ser exercido acima do coeficiente de aproveitamento bsico adotado, mediante contrapartida a ser prestada pelo beneficirio. Para os efeitos desta Lei, coeficiente de aproveitamento a relao entre a rea edificvel e a rea do terreno.
77
A propriedade urbana cumpre sua funo social quando atende s exigncias fundamentais de ordenao da cidade expressas no plano diretor, assegurando o atendimento das necessidades dos cidados quanto qualidade de vida, justia social e ao desenvolvimento das atividades econmicas. O plano diretor, aprovado por lei municipal, o instrumento bsico da poltica de desenvolvimento e expanso urbana. O plano diretor parte integrante do processo de planejamento municipal, devendo o plano plurianual, as diretrizes oramentrias e o oramento anual incorporar as diretrizes e as prioridades nele contidas. O plano diretor dever englobar o territrio do Municpio como um todo. O plano diretor obrigatrio para cidades: I. Com mais de vinte mil habitantes. II. Integrantes de regies metropolitanas e aglomeraes urbanas. III. Integrantes de reas de especial interesse turstico. IV. Inseridas na rea de influncia de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental de mbito regional ou nacional. O plano diretor dever conter no mnimo: I. A delimitao das reas urbanas onde poder ser aplicado o parcelamento, edificao ou utilizao compulsrios, considerando a existncia de infra-estrutura e de demanda para utilizao, na forma do art. 5o desta Lei. II. Sistema de acompanhamento e controle. Como se instaura a gesto democrtica numa cidade? Para garantir a gesto democrtica da cidade, devero ser utilizados, entre outros, os seguintes instrumentos: I. rgos colegiados de poltica urbana, nos nveis nacional, estadual e municipal. II. Debates, audincias e consultas pblicas. III. Conferncias sobre assuntos de interesse urbano, nos nveis nacional, estadual e municipal. IV. Iniciativa popular de projeto de lei e de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano. No mbito municipal, a gesto oramentria participativa incluir a realizao de debates, audincias e consultas pblicas sobre as propostas do plano plurianual, da lei de diretrizes oramentrias e do oramento anual, como condio obrigatria para sua aprovao pela Cmara Municipal. Os organismos gestores das regies metropolitanas e aglomeraes urbanas incluiro obrigatria e significativa
78
12 Art. 236. Os servios notariais e de registro so exercidos em carter privado, por delegao do Poder Pblico. 1 - Lei regular as atividades, disciplinar a responsabilidade civil e criminal dos notrios, dos oficiais de registro e de seus prepostos, e definir a fiscalizao de seus atos pelo Poder Judicirio. 2 - Lei federal estabelecer normas gerais para fixao de emolumentos relativos aos atos praticados pelos servios notariais e de registro. 3 - O ingresso na atividade notarial e de registro depende de concurso pblico de provas e ttulos, no se permitindo que qualquer serventia fique vaga, sem abertura de concurso de provimento ou de remoo, por mais de seis meses.
79
CONSTITUIO FEDERAL DO BRASIL. So Paulo: Edipro, 2000. NOVO CDIGO CIVIL BRASILEIRO. So Paulo: Ed. Revista dos Tribunais, 2003. FILHO, Pedro Paulo. As Aes na Locao Imobiliria Urbana. Rio de Janeiro: Ed. LED, 1999. JUNQUEIRA, Gabriel Jos Pereira. Aspectos Jurdicos dos Negcios Imobilirios. Rio de Janeiro: Ed. LED, 2003. JUNQUEIRA, Gabriel Jos Pereira. Teoria e Prtica do Direito Imobilirio. Rio de Janeiro: Ed. LED, 2002. AGIARIAN, Hercules. Curso de Direito Imobilirio. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2000. 98 Direito e Legislao Centro de Educao Tecnolgica Repblica ALMEIDA, Maria Ceclia Ladeira. Retificao de reas no Registro Imobilirio. So Paulo: Jurcia Brasileira, 1999. BERSONI, Darcy. Direitos Reais. So Paulo: Saraiva, 1999. CARVALHO, Afrnio. Registro de Imveis. Rio de Janeiro:
Forense, 1998. LIMA, Frederico Henrique Viegas. Da Alienao Fiduciria em Garantia da Coisa Imvel. Paran: Juru, 1999. ORLANDI NETO, Narciso. Ratificao do Registro de Imveis. So Paulo: Oliveira Mendes, 1999. PEREIRA. Caio Mario da Silva. Condomnios e Incorporaes. Rio de Janeiro: Forense, 1996. PEREIRA. Lafayete Rodrigues. Direito das coisas. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1995. RIOS. Arthur. Manual de Direito Imobilirio. Paran: Juru, 1999. TEPEDINO. Gustavo. Multipropriedade Imobiliria. So Paulo: Saraiva, 2000.
80
EXERCCIOS
Direito
1 Como podemos definir o dano difuso? a) b) c) d) e) Com uma avaliao do preo de maneira unilateral Quando um imvel locado para utilizao de uma empresa qualquer considerado no residencial Como sendo uma recusa em permitir reforma determinada pelo poder pblico Pela renncia do imvel Quando ocorre um prejuzo de um nmero indeterminado de pessoas
2 O DIMOB uma (a): a) b) c) d) e) Imposto arrecadado pelo governo federal Imposto arrecadado pelo governo estadual Departamento estadual de regulamentao de imveis Declarao sobre as atividades imobilirias Todas as alternativas acima esto corretas
3 A locao temporria de imvel no perodo de frias ou feriados prolongados, algumas vezes pode se transformar em um grande problema. Que cuidados se deve tomar para que isto no acontea? a) b) c) d) e) Ler atentamente as regras bem definidas na lei do inquilinato Seguir normas claras contidas no Cdigo Civil Brasileiro Ler as normas previstas no Cdigo de Processo Civil Seguir o Cdigo de Defesa do Consumidor Somente por determinao do poder pblico atravs de uma ao jurdica
4 O ITBI um imposto arrecadado: a) b) c) d) e) Pelo cartrio de Registro Civil Pelo Governo Estadual Pelo Governo Federal Pela Prefeitura Municipal Nenhuma das alternativas acima esto corretas
5 O registro geral de imveis foi institudo no Brasil em 1864 com o objetivo de: a) b) c) d) e) Registrar os bens adquiridos Publicidade formal Cobrar impostos advindos da aquisio de bens Controlar a emisso escrituras Nenhuma das alternativas acima esto corretas
6 Em que consiste a denncia vazia? a) b) c) d) e) O retomante alegando necessidade de usar o imvel, se estiver ocupado Na retomada do imvel pelo proprietrio sem justificativa expressa Num mtuo acordo Em uma responsabilidade ou garantia assumida por terceira pessoa No pagamento do prmio do seguro, cedido por uma seguradora
81
9 A existncia legal da pessoa jurdica s comea com o registro de seus atos constituintes. Estes registros so feitos: a) b) c) d) e) Na junta comercial do estado No conselho dos contribuintes Na prefeitura municipal No cartrio de registro de imveis Nenhuma das alternativas acima esto corretas
10 O sistema financeiro de habitao formado por recursos do: a) b) c) d) e) BNH, rgos federais, estaduais, municipais rgos federais, estaduais, municipais e sistema financeiro Cadernetas de poupana e FGTS rgos federais e sistema financeiro FAT e INSS
82
OPERAES IMOBILIRIAS
83
84
INTRODUO
A disciplina de Operaes Imobilirias talvez seja a que mais interesse vai despertar em voc. Obviamente ela o centro das atenes de todo profissional que deseja um dia ser u m Corretor de Imveis reconhecido e valorizado pelo mercado. Este profissional, devidamente especializado e habilitado atuar como mediador nas diversas transaes imobilirias existentes. Ele informar aos interessados as condies e vantagens do mercado, promovendo o acordo de vontades para a celebrao de um negcio, atravs de um contrato. Todos estes procedimentos, os cuidados necessrios, a legislao em vigor e o Cdigo de tica do profissional, sero estudados nesta disciplina. Portanto, tenho certeza de que voc aproveitar muito todos os contedos aquiapresentados.
85
86
UNIDADE 1
O Corretor de Imveis
SEO 1 O Corretor de Imveis
namento dos rgos de fiscalizao. Voc sabe quem pode exercer a profisso de corretor de imveis? Somente nos casos descritos a seguir permitido atuar como corretor de imveis: I. Ao possuidor do ttulo de Tcnico em Transaes Imobilirias, inscrito no Conselho Regional de Imveis da jurisdio; II. Ao Corretor de Imveis inscrito nos termos da Lei 4.116 de 27 de agosto de 1962, desde que requeira a revalidao de sua inscrio. Alm desta Lei, existe a Resoluo do Conselho Federal de Corretores de Imveis (Cofeci) N 695/2001, que considera equiparado ao ttulo de Tcnico em Transaes Imobilirias, para fins de inscrio nos Conselhos Regionais de Corretores de Imveis: III. Ao possuidor dos Diplomas conferidos a concluintes de Cursos de Graduao de Bacharel em Cincias Imobilirias e de Cursos Superiores Seqenciais de Cincias Imobilirias ou de Gesto de Negcios Imobilirios. Como o processo de inscrio no Conselho Regional? A inscrio do Corretor de Imveis e da pessoa jurdica ser efetuada no Conselho Regional da jurisdio. As pessoas jurdicas inscritas no Conselho Regional de Corretores de Imveis sujeitam-se aos mesmos deveres e tm os mesmos direitos das pessoas fsicas nele inscritas. Estas devero ter como scio-gerente ou diretor, um corretor de imveis, individualmente inscrito. Ao Corretor de Imveis inscrito ser fornecida a Carteira de Identidade Profissional, numerada em cada Conselho Regional. Quais os direitos do Corretor de Imveis na sua atividade? a) Exerccio legal da profisso. b) Receber comisso sobre as transaes imobilirias efetuadas. c) Associar-se a Sindicato de categoria profissional. Quais os direitos do Corretor de Imveis quanto ao Creci? a) Recebimento de Carteira de Identidade Profissional. b) Votar e ser votado para o Conselho Regional e Federal da categoria. Quais os deveres do Corretor de Imveis na sua atividade? a) Zelar sobre a tica nas Transaes Imobilirias.
Voc sabia que o corretor de imveis um profissional liberal, com atividade profissional regulamentada por Lei Federal, subordinada fiscalizao pelo Conselho Regional de Corretores de Imveis CRECI? ATENO!
Sua profisso reconhecida pela Lei 6.530 e regulamentada pelo decreto 81.871 de 29/06/1978. O corretor de imveis pode exercer sua profisso como autnomo, acertando sua remunerao atravs de seus contratos particulares com seus clientes, respeitando a tabela homologada pelas entidades da classe. Voc poder tambm ser dono de imobiliria ou trabalhar em uma, como profissional autnomo, dividindo com esta os frutos de seu trabalho, uma vez que a mesma dever dar todo o suporte para o pleno exerccio profissional. Voc poder trabalhar como Incorporador Imobilirio e tambm como Administrador de Condomnios Residenciais e Imveis de terceiros. No Cdigo Civil, as funes do Corretor aparecem assim descritas: Art. 722: Pelo contrato de corretagem, uma pessoa, no ligada a outra em virtude de mandato, de prestao de servios ou por qualquer relao de dependncia, obrigase a obter para a segunda um ou mais negcios, conforme as instrues recebidas Qual a primeira Lei que regulamentou a profisso do Corretor de Imveis? A primeira Lei que regulamentou a profisso de Corretor de Imveis foi a Lei 4.116/62 de 1962. Esta lei foi promulgada por esforo de associaes profissionais, mas s em 1978, com a nova lei, que os Conselhos Regional e Federal foram criados e com isto a profisso ganhou maior controle e regulamentao. Qual a Lei que vigora atualmente?
O Decreto 81.871/78 regulamenta a Lei 6.530, disciplinando a profisso de Corretor de Imveis e o funcio-
87
O COFECI um rgo que disciplina e fiscaliza a profisso e o exerccio das atividades dos Corretores de
88
Pesquise maiores informaes sobre legislao diretamente no Site do COFECI:www.cofeci.gov.br Quais as competncias do COFECI ?
O Conselho Federal de Corretores de Imveis tem por finalidade orientar, supervisionar e disciplinar o exerccio da profisso de Corretor de Imveis, em todo territrio nacional. Compete ao Conselho Federal: I. Eleger sua diretoria. II. Elaborar e alterar seu regimento. III. Exercer funo normativa, baixar resolues e adotar providncias realizao dos objetivos institucionais. Autarquia: Entidade com relativa autonomia de um ramo da administrao pblica que atua sem interferncia do governo. IV. Instituir o modelo das carteiras de identidade profissional e dos certificados de inscrio. V. Autorizar a sua diretoria e adquirir e onerar bens imveis. VI Aprovar o relatrio anual, o balano e as contas de sua diretoria, bem como elaborar a previso oramentria para o exerccio seguinte. VII Criar e extinguir conselhos regionais e sub regies, fixando-lhes sede e jurisdio. VIII. Baixar normas de tica profissional. IX. Elaborar contrato padro para os servios de corretagem de imveis de observncia obrigatria pelos inscritos. X. Fixar multas, anuidades e emolumentos devidos aos conselhos regionais. XI. Decidir as dvidas suscitadas pelos conselhos regionais. XII. Julgar os recursos das decises dos consel-
Os Conselhos Regionais de Corretores de Imveis tem por finalidade, fiscalizar o exerccio profissional na rea de sua jurisdio, sob superviso do Conselho Federal. Eles tero sede e foro na Capital do Estado, ou de um dos Estados, a critrio do Conselho Federal. Os Conselhos Regionais sero compostos por 27 (vinte e sete) membros, efetivos e suplentes eleitos: 2/3 (dois teros) elei-
89
90
O atendimento ao pblico interessado na compra, venda, permuta ou locao de imvel, cuja transao esteja sendo patrocinada por pessoa jurdica, somente poder ser feito por Corretor de Imveis inscrito no Conselho Regional da jurisdio. Quais as principais atribuies de um Corretor de Imveis? 1) AGENCIAMENTO DE IMVEIS
O agenciamento de imveis caracteriza-se por captao de imveis de terceiros ou clientes potenciais. Tal captao pode dar-se por pesquisa de campo, onde o Corretor de Imveis busca possveis clientes, contatando, diretamente nos prdios, junto aos porteiros, sndicos e tambm por anncios de jornais, indicao de clientes antigos, e contato com os clientes antigos da carteira de clientes da imobiliria, entre outras. 2) AVALIAO DE IMVEIS A avaliao de imveis consiste na determinao tcnica do valor de mercado dos bens ou direitos sobre eles. Existem procedimentos adequados para a realizao das anlises de valor e as atividades de avaliaes de imveis urbanos formam um extenso campo profissional, legalmente reservado aos engenheiros civis e arquitetos. Os objetos de uma avaliao podem ser terrenos para habitao ou comrcio, glebas urbanizveis, casas, apartamentos, salas comerciais ou prdios industriais. Para que seja feita uma boa avaliao, o profissional deve conhecer no s as ferramentas matemticas envolvidas no clculo, mas tambm o funcionamento do mercado onde se situa o imvel.
Poder ser o sndico do condomnio. Consistem na Gesto das rotinas do condomnio, administrao de materiais, pessoas, conservao e prestao de contas. O Corretor poder tambm ser o administrador, reunindo em um escritrio especializado profissionais da rea contbil. Dentre as principais atividades do administrador do condomnio, destacamse: a) Convocar a assemblia dos condminos. b) Representar, ativa e passivamente, o condomnio, praticando, em juzo ou fora dele, os atos necessrios defesa dos interesses comuns. c) Dar imediato conhecimento assemblia da existncia de procedimento judicial ou administrativo, de interesse do condomnio. d) Cumprir e fazer cumprir a conveno, o regimento interno as determinaes da assemblia. 5) MEDIAO DE COMPRA E VENDA O encontro entre as partes que buscam realizar um negcio nem sempre fcil, chegando muitas vezes a ser impossvel de sua realizao sem um agente que faa a mediao. O Corretor de Imveis o profissional que pode avaliar qual a dimenso real de cada interesse e encontrar o resultado que mais se aproxime do consenso. Na mediao de compra e venda o Corretor deve avaliar todos os aspectos que esto envolvidos na negociao, e conduzi-la com tica, buscando a melhor soluo para o cliente. 6) GESTO DE LOJA IMOBILIRIA A gesto de loja imobiliria requer um perfil de profissional com conhecimento do mercado imobilirio, administrao de negcios e gerenciamento de pessoas. Por esta razo o Corretor de Imveis pode atuar como Gerente de Imobiliria, atuando na gesto dos negcios a serem efetuados, na organizao dos documentos ne-
91
Considerar a profisso como alto ttulo de honra e no praticar nem permitir a prtica de atos que comprometam a sua dignidade. Prestigiar as entidades de classe, contribuindo sempre que solicitado, para o sucesso de suas iniciativas em proveito da profisso, dos profissionais e da coletividade. Manter constante contato com o Conselho Regional respectivo, procurando aprimorar o trabalho desse rgo. Zelar pela existncia, fins e prestgio dos Conselhos Federal e Regional. Aceitar mandatos e encargos que lhes forem confiados, cooperando com os que forem escolhidos em tais mandatos e encargos. Exercer a profisso com zelo, discrio, lealdade e probidade, observando as prescries legais e regulamentares. Defender os direitos e prerrogativas profissionais e a reputao da classe. Zelar pela prpria reputao mesmo fora do exerccio profissional. Auxiliar a fiscalizao do exerccio profissional, cuidando do cumprimento deste Cdigo, comunicando, com discrio e fundamentalmente, aos rgos compe-
Conforme o Novo Cdigo Civil, o Corretor de Imveis responde civil e penalmente por atos profissionais danosos ao cliente, a que tenha dado causa por impercia, imprudncia, negligncia ou infraes ticas. Ao Corretor de Imveis proibido: Aceitar tarefas para as quais no esteja preparado ou que no se ajustem s disposies vigentes, ou ainda, que possam prestar-se a fraude. Manter sociedade profissional fora das normas e preceitos estabelecidos em lei e em Resolues. Promover a intermediao com cobrana de over-price. Locupletar-se, por qualquer forma, a custa do cliente. Receber comisses em desacordo com a Tabela aprovada ou vantagens que no correspondam a servios efetiva e licitamente prestados. Angariar, direta ou indiretamente, servios de
92
RAPOSO, Alexandre. Situaes Jurdicas da Profisso de Corretor de Imveis. 2ed. So Paulo: Imobiliria Ltda, 1995. . Manual Jurdico do Corretor de Imveis. 5ed. So Paulo: Colibrie, 1995. TRAVASSO, Ari. Compra e Venda de Imveis. Rio de Janeiro: Iel Nrdica, 1991. . Assim Que Se Faz... Compra e Venda de Imveis. Rio de Janeiro: Iel Nrdica, 1994. REZENDE, Jos Machado. Operaes Imobilirias. Goinia: Ed. AB, 2001. ZADIR, ngelo e outros, Manual do Tcnico em Transaes Imobilirias, v.1. 11ed. Goinia: Ed. AB, 1989. Lei 6530 de 12/05/78 Lei da Criao da Profisso de Corretor de Imveis. Decreto 81.871 de 29/06/78 decreto que regulamentou a Lei 6530 e a profisso de Corretor de Imveis. Lei 10.406/2004 Lei do Novo cdigo Civil Brasileiro. Resoluo COFECI n.o 26/92 Cdigo de tica Profissional . Legislao do Corretor de Imveis, Editado pelo COFECI. Maia Neto, Francisco. Negcios Imobilirios. Belo Horizonte: Del Rey Editora,1987.
Nesta unidade voc estudou que a profisso do corretor de imveis foi regulamentada pela Lei n 4.116, de 27 de agosto de 1962, recebendo nova regulamentao por meio da Lei n 6.530, de 12 de maio de 1878 e do Decreto n 81.871, de 29 de junho de 1978. Voc ficou sabendo que o nmero da inscrio no CRECI (Conselho
Unidade 2
O Imvel e o Direito das Coisas
SEO 1
93
Conforme o Dicionrio Imobilirio de Raimundo e Almeida (2002, p.178): Imvel toda coisa que se acha fixada num lugar, donde no pode ser removida sem fragmentar-se ou perder a sua forma ou substncia. O mesmo que bens de raiz. De acordo com sua destinao, os imveis classificam-se em comerciais e residenciais e, conforme a sua localizao, podem ser urbanos ou rurais. O Cdigo Civil (Art. 43) estabelece a seguinte classificao para os imveis: 1) Imveis por natureza: bens fsicos que no podem ser removidos em funo de sua natureza: EXEMPLO: Solo, subsolo, guas em superfcie, rvores em p. 2) Imveis por acesso fsica artificial: bens que no podem ser removidos e que foram colocados em determinado local, artificialmente, pelo homem. EXEMPLO: Construes diversas, sementes lanadas ao solo. 3) Imveis por acesso intelectual: bens permanentes, que visam facilitar ou melhorar o desenvolvimento das atividades. Estes bens so resultado de atividades intelectuais. EXEMPLO: Manual ou mquina empregada em propriedade agrcola. 4) Imveis por disposio da lei: direitos tais como hipoteca, penhor e usufruto. Na sua atividade como Corretor de Imveis, voc conviver com quase todas estas categorias. Dependendo da regio em que voc trabalhar, ir tratar com imveis rurais ou urbanos, prdios, terrenos etc. Portanto vamos estudar mais detalhadamente cada uma delas. A primeira idia que se tem quando falamos sobre imveis no conceito de propriedade. a partir dela que tudo acontece: a compra, a venda, a locao, etc. Como voc definiria o conceito de propriedade? A propriedade do solo abrange o espao areo e o subsolo, correspondentes em altura e profundidade sua utilizao. O proprietrio no poder opor-se s atividades que sejam realizadas, por terceiros, a uma altura ou profundidade tais, que ele no tenha motivo legtimo em impedi-las. A propriedade do solo no abrange as jazidas, as minas e demais recursos minerais, os potenciais de en-
O direito ao uso dos interditos. A percepo dos frutos. O direito da reteno por benfeitorias. A responsabilidade pelas deterioraes. A posse conduz ao usucapio. Se o direito do possuidor contestado, o nus da prova compete ao adversrio, pois a posse estabelece-se pelo fato. O possuidor goza da posio mais favorvel em ateno propriedade. se? Quais os tipos de aes para defesa da pos-
94
Para agregar mais informaes, sugiro a leitura do texto: A Legitimao de Posse de Patrcia Fortes Lopes Donzele (Advogada, Mestre em Direito pela UFG e Professora universitria em Catalo-GO), disponvel no seguinte endereo da Internet: http://www1.jus.com.br/doutrina/texto.asp?id=5101 . Qual o conceito do Direito?
Seja o imvel de propriedade ou de posse, ele estudado pela cincia do Direito. A cincia do Direito determina, aplicando as leis, como devem ser efetuadas as transaes, quais os direitos e quais os deveres dos integrantes do processo. O direito a realizao da lei. Subjetivamente considerado, o interesse protegido pela ordem jurdica que cada um tem de agir, praticar, ou no, livremente um ato lcito, ou exigir que outrem o pratique ou se abstenha de o praticar. (RAIMUNDO e ALMEIDA, 2002, p.130). Como se classificam os tipos de direitos reais? Os direitos reais classificam-se, genericamente, em duas categorias: 1) Direitos sobre a coisa prpria: a propriedade. Direitos de uso, gozo fruio e disposio da mesma. O direito real pleno, ou seja, a propriedade, tem por objeto a coisa mvel ou imvel, corprea ou incorprea, do prprio titular. 2) Direitos sobre a coisa alheia: os direitos esto
O usufruto se extingue quando cancelado o registro no Cartrio de Registro de Imveis, atravs de: Renncia ou morte do usufruturio. Termo de sua durao. Extino da pessoa jurdica em favor de quem, o usufruto, foi constitudo, ou se ela perdurar, pelo decurso de trinta anos da data em que se comeou a exercer. Cessao do motivo de que se origina. Destruio da coisa. Consolidao. Culpa do usufruturio, quando aliena, deteriora, ou deixa arruinar os bens, no lhes acudindo os reparos de conservao. No uso, ou no fruio, da coisa em que o usufruto recai. 2) USO O Novo Cdigo Civil assim nos d o conceito de Uso:
95
Fruir a utilidade da coisa. Perceber frutos que bastem s suas necessidades e de sua famlia. Administrar a coisa. Quais os deveres do usurio?
Conservar a coisa. No dificultar o exerccio dos direitos do proprietrio. Restituir a coisa. Assim como o uso, a habitao extinguese pelos mesmos modos como se acaba o usufruto. 4) USUCAPIO Usucapio aquisio de propriedade mvel ou imvel pela posse prolongada e sem interrupo, durante o prazo legal estabelecido para a prescrio aquisitiva. Quais as exigncias que precisam ser atendidas para a legalizao do usucapio? Para obter legalmente o domnio, a situao da posse necessita atender algumas caractersticas: Possuir rea, urbana ou rural, de at 250 metros quadrados por 05 (cinco) anos, ininterruptamente e sem oposio, utilizando para
Servido de Passagem: o proprietrio de um imvel assegura a prerrogativa de transitar pelo imvel de outrem. Servido de Iluminao ou Ventilao: fica o dono do prdio serviente impedido de construir em determinada rea de seu terreno, para no prejudicar acesso de luz ou de ar ao prdio dominante. Servido de Aqueduto ou de Gasoduto: o proprietrio de um prdio (ou terreno) tem a prerrogativa de fazer com que a gua (ou o gs) a este necessria atravesse pelo prdio (ou terreno) serviente. Servido de Pastagens: adquire um criador o direito de fazer com que o seu gado se alimente nos pastos do imvel serviente. SAIBA MAIS
Como exemplo de servido de gasoduto, sugerimos a leitura de um texto disponvel na Internet, que mostra os cuidados que se deve ter em relao a tubulao aparente de Gs Natural de Petrleo (GNP) pela Transportadora Brasileira do Gasoduto Brasil-Bolvia (TBG). Esta cartilha est disponvel no site: http://www.tbg.com.br/site/cgi/cgilua.exe/sys/start. htm?sid=23
96
Pelo cancelamento de sua transcrio no Registro de Imveis. O cancelamento da servido deve ser deferido por ato judicial e a pedido do dono do prdio serviente, mesmo com impugnao do dono do prdio dominante: Quando o titular houver renunciado a sua servido. Quando a servido for de passagem, que tenha cessado pela abertura de estrada pblica acessvel ao prdio dominante. Quando o dono do prdio serviente resgatar a servido. Pela reunio de dois prdios no domnio da mesma pessoa. Pela sucesso das respectivas obras por efeito do contrato, ou de outro ttulo expresso. Pelo no-uso, durante dez anos contnuos. SEO 3 Os Direitos Reais de Garantia da Propriedade So exemplos de direitos reais de garantia da propriedade o penhor, a hipoteca e a anticrese. Sendo que estes diferem dos direitos reais de gozo como a enfiteuse, o usufruto, o uso, a habitao e as servides. Enquanto o titular de direitos reais de gozo pode usar e fruir o objeto de posse, o titular de direitos reais de garantia pode, por sua iniciativa, obter a satisfao da dvida garantida pela coisa. Dispe o Novo Cdigo Civil que: Enfiteuse: direito real em contrato perptuo, alienvel e transmissvel para os herdeiros, pelo qual o proprietrio atribui a outrem o domnio til de imvel, contra o pagamento de uma penso anual certa e invarivel; aforamento S aquele que pode alienar poder empenhar, hipotecar ou dar em anticrese. S os bens que se podem alienar podero ser dados em penhor, anticrese ou hipoteca. A propriedade superveniente torna eficaz, des-
Quais as principais caractersticas do penhor? de natureza indivisvel. Pressupe a existncia da dvida, como garantia de pagamento de uma dvida. Deve pertencer ao prprio devedor, a coisa oferecida em garantia. O credor no pode, sem mais formalidades, ficar com o objeto da garantia. um direito de certa durao e no pode exceder a um certo prazo. A tradio efetiva a entrega da coisa ao credor, que tambm inerente ao penhor. Como acontece a extino do penhor? Extinguindo-se a obrigao. Perecendo a coisa. Renunciando o credor. Presume-se a renncia do credor quando consentir na venda particular do penhor sem reserva de preo, quando restituir a sua posse ao devedor, ou quando anuir sua substituio por outra garantia. Confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e de dono da coisa. Dando-se a concesso judicial, a remisso ou a venda da coisa empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada. 2) ANTICRESE Diferentemente do penhor comum, a anticrese recai em bem imvel e constitui-se do direito real de perceber os frutos sobre um imvel alheio. Estabelece o novo Cdigo Civil: Art. 1.506: Pode o devedor ou outrem por ele, com a entrega do imvel ao credor, ceder-lhe o direito de perceber, em compensao da dvida, os frutos e rendimentos. permitido estipular que os frutos e rendimen-
97
A extino se d com o real pagamento da dvida, ou com o perecimento da coisa dada em garantia, ou ainda pela desapropriao. 3) HIPOTECA um direito real de garantia onde o devedor confere ao credor um imvel de sua propriedade para possvel resgate de dvida, estabelecida para assegurar o pagamento e fortalecer o crdito. A hipoteca surge com a sua inscrio e se extingue com a averbao de sua causa extinta no Registro Imobilirio. Quais os princpios que regem a hipoteca?
A remisso de hipoteca a liberao do imvel hipotecado mediante o pagamento feito ao credor, ou da totalidade da dvida ou do valor do imvel. Em outras palavras o perdo da dvida que pode ser expressa e tcita. Quem tem o direito de resgatar o imvel hipotecado? - O prprio devedor: a este se concede a prerrogativa de resgat-la dentro do processo de execuo, depois da primeira praa e antes da assinatura do auto de arrematao, depositando o montante da dvida ou o valor oferecido naquela praa. - O credor da segunda hipoteca: se houver mais de uma hipoteca onerando o imvel, o credor da segunda hipoteca s ter como garantia daquilo que sobrar, aps o pagamento do primeiro credor. - O adquirente do Imvel Hipotecado: a lei confere ao adquirente do imvel hipotecado o direito de resgatlo. Segundo o Cdigo Civil: S Art. 1.481: ...dentro de 30 dias subseqentes transcrio do ttulo aquisitivo, ao adquirente pode citar os credores hipotecrios, propondo importncia no inferior ao preo por que o adquiriu. Como se d a extino da hipoteca?
- O princpio da especializao: que consiste na determinao precisa e pormenorizada dos bens dados em garantia, com suas caractersticas e caracterizaes, bem como o montante da dvida, prazo, taxas de juros, etc. - O princpio da publicidade: que se faz por meio de registro no Cartrio de Imveis para dar cincia a todos os interessados que o imvel est sujeito ao nus hipotecrio. A validade da hipoteca depende que o devedor seja o proprietrio do imvel dado em garantia. Quais os Bens que podem ser objeto de hipoteca? S Os imveis e os acessrios dos imveis conjuntamente com eles. S As estradas de ferro. S Os recursos naturais, independentemente do solo onde se acham. S Os navios e as aeronaves. Qual a classificao das hipotecas quanto sua origem? Convencional: quando se origina de um contrato. Aquela que deriva do livre consentimento das partes em que o devedor oferece em garantia, assegurando desta forma, a execuo de uma obrigao. Na escritura devem constar: os totais da dvida; o prazo fixado para pagamento; a taxa de juros, se houver; a descrio pormenorizada da coisa dada em garantia. Legal: quando emana da lei. a que no se origina de um contrato, mas a que imposta pela lei.
Arrematao: a compra de quaisquer bens, feita em leilo pblico. Pela extino da obrigao principal. Adjudicao: Ato pelo qual os bens Pelo perecimento da coisa. Pela resoluo da propriedade. Pela renncia do credor. Pela remio. Pela arrematao ou adjudicao. penhorados ao devedor, e levados leilo, so transmitidos ao credor, por preo igual ao da avaliao, ou pelo valor de maior lano, quan-
98
No devemos confundir o Contrato Preliminar de Compra e Venda com o direito real respectivo: o primeiro o ato causal do segundo. O Contrato Preliminar de Compra e Venda pode tornar-se a causa geradora do direito real. A Promessa de Compra e Venda um pr-contrato que tem por objetivo a celebrao de outro, que ser o contrato definitivo. Vejamos alguns requisitos da Lei no Cdigo Civil: Mediante promessa de compra e venda, em que se no pactuou arrependimento, celebrada por instrumento pblico ou particular, e registrada no Cartrio de Registro de Imveis, adquire o promitente comprador direito real aquisio do imvel. O promitente comprador, titular de direito real, pode exigir do promitente vendedor, ou de terceiros, a quem os direitos deste forem cedidos, a outorga da escritura definitiva de compra e venda, conforme o disposto no instrumento preliminar; e, se houver recusa, requerer ao juiz a adjudicao do imvel. Quais os principais requisitos de um Contrato Preliminar de Compra e Venda? Irretratabilidade: para que a promessa de venda inicie um direito real, necessrio que no exista clusula de arrependimento. A irretratabilidade significa que este contrato no pode ser desfeito ou revogado pela vontade de uma das partes. Ele a garantia real que o negcio ser efetuado. No caso de um Contrato Preliminar de Compra e Venda de um apartamento. Imvel: no existe o direito real na promessa de venda de coisa mvel. Somente imvel e qualquer imvel (loteado
99
Tanto a venda, quanto a renncia, por serem atos formais, somente produzem efeitos depois que os ttulos houverem sido registrados no Registro de Imveis. RESUMO
Bem imvel todo aquele que, por sua natureza ou destino, no pode ser removido de um lugar para outro sem perda de sua forma e/ou substncia. Os imveis podem ser classificados em comerciais e residenciais conforme a sua destinao; em urbanos e rurais conforme a sua localizao; ou, ainda, conforme o Cdigo Civil, em imveis por natureza, imveis por acesso fsica artificial, imveis por acesso intelectual e imveis por disposio da lei. Os proprietrios tm asseguradas por lei trs classes de direito: de usar, de gozar e de dispor. O direito de usar
NOVO CDIGO CIVIL BRASILEIRO. So Paulo: Ed. Revista dos Tribunais. 2003. JUNQUEIRA, Gabriel J. Pereira. Aspectos Jurdicos dos Negcios Imobilirios.Rio de Janeiro: Ed. LED. 2003. . Teoria e Prtica do Direito Imobilirio. Rio de Janeiro: Ed. LED. 2002. AGIARIAN, Hercules. Curso de Direito Imobilirio. Rio de Janeiro: Lumen Jris. 2000. ALMEIDA, Maria C. Ladeira. Retificao de reas no Registro Imobilirio. So aulo: Jurcia Brasileira. 1999. BERSONI, Darcy. Direitos Reais. So Paulo: Saraiva. 1999. CARVALHO, Afrnio. Registro de Imveis. Rio de Janeiro: Forense. 1998. LIMA, Frederico H. Viegas. Da Alienao Fiduciria em Garantia da Coisa
100
Unidade 3
A Comercializao do Imvel
SEO 1 Os Contratos nas Transaes Imobilirias Contrato, do latim contractus, conveno, ajuste, pacto. Os romanos conceituavam contrato como sendo, ...o mtuo consenso de duas ou mais pessoas sobre o mesmo objeto. Um contrato a combinao de interesses de pessoas sobre determinada coisa. o acordo de vontades que tem por fim criar, modificar ou extinguir um direito. PARA REFLETIR:
O anncio pblico de um imvel, s poder ser realizado, por Corretor de Imveis, pessoa fsica ou jurdica, que tiver contrato escrito de mediao ou autorizao escrita para alienao do imvel anunciado. 2) CONTRATO DE OPO DE VENDA a autorizao do cliente para ofertar e vender o seu imvel no mercado. Este documento exigido pelo CRECI e garante o recebimento da comisso do cliente em caso de contestao judicial. 3) CONTRATO DE OPO DE COMPRA a proposta do comprador ao imvel anunciado, que dever ser datada e assinada, descrevendo a forma de pagamento. 4) COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA um contrato firmado entre as partes, descrevendo as condies do negcio. Costuma ser efetuado quando h parcelamento de valores ou demora no trmite de algum documento. No passvel de ser anulado, revogado ou alterado por ato posterior. 5) CONTRATO DE LOCAO feito entre o locador e o locatrio, visando assegurar ao primeiro, obrigaes do segundo, com respeito remunerao, prazos e garantias de um imvel, bem como resguardar ao locatrio os direitos previstos em lei. SAIBA MAIS:
Alm das condies para sua validade o contrato possui trs princpios bsicos: O princpio da autonomia, significando, a, a liberdade das partes na estipulao do que melhor lhes convenha; O princpio da supremacia da ordem pblica ou seja a vontade das partes tem como limite os termos da legislao pertinente matria, aos princpios da moral e da ordem pblica. O princpio da obrigatoriedade, onde as partes fazem suas leis e regras em comum e num pacto de concordncia cada um compromete-se a respeitar. Um contrato se caracteriza, efetivamente, como o negcio jurdico bilateral que tem por finalidade gerar obrigaes entre as partes. Ateno! A legislao relativa aos contratos est contida nos artigos 1079 a 1504 do Cdigo Civil. oportuno ressaltar que a lei brasileira no conceitua contrato. Conveno, pacto, convnio, ajuste, so expresses sinnimas no Direito Civil, pois tm a mesma idia como fundamento e o mesmo contedo jurdico. O contrato pressupe a interveno de duas ou mais pessoas que acordam sobre determinada coisa. A manifestao da vontade ou consentimento recproco requisito essencial dos contratos. Contrato um acordo de vontades de duas ou mais pessoas, para criar, modificar, ou extinguir en-
No decorrer de uma transao imobiliria, outros documentos tambm fazem parte instrumental do processo, so eles: Termo de Vistoria: normalmente quando se inicia e
101
VI. Honorrios de Locao de % Temporada Ser cobrado do locador, no mnimo 15% (quinze por cento) e no mximo, 20% (vinte porcento) sobre os valoresrecebidos da locao VII. Valor de Comercializao % Parecer escrito quanto ao 0,5% Valor de Comercializao de um imvel
102
Ateno!
de carter obrigatrio a contratao dos servios profissionais por escrito (art. 20, item III da Lei 6.530 e art. 1 da Resoluo Cofeci n 458/95). SEO 3 A Documentao Quais os documentos que devem ser exigidos para que um negcio seja seguro? Ttulo de propriedade devidamente registrado e regularizado. Certido de filiao de domnio pelo prazo de 20 (vinte) anos. Certido negativa de nus pelo prazo de 20 (vinte) anos, repetindo os nomes dos proprietrios, da mesma forma que na certido de filiao de domnio. Certido negativa de aes reais e pessoais reipersecutrias pelo prazo de 10 (dez) anos, em nome do proprietrio atual e de seus antecessores compreendidos nesse perodo. Certido negativa de protestos de ttulos pelo prazo de 5 (cinco) anos, em nome do atual proprietrio ou de seus antecessores dentro deste perodo. Certido negativa de aes fiscais pelo prazo de 5 (cinco) anos em nome do atual proprietrio ou de seus antecessores dentro deste perodo. Certido negativa de registro de ttulos e documentos pelo prazo de 10 (dez) anos, sob a responsabilidade do atual proprietrio e/ou dos antecessores neste mesmo perodo. Certides negativas de impostos e taxas expedidas pelas reparties Federal, Estadual e Municipal, em nome do atual proprietrio. Certido negativa expedida pela Secretria Municipal de Obras e Servios Pblicos, atestando se o imvel est ou no sujeito rea de recuo ou investidura ou se est sujeito zona de influncia do metr. Certido de aes penais referentes ao crime contra o Patrimnio e contra a Administrao Pblica, pelo prazo de 10 (dez) anos. Certido de quitao expedida pela repartio providenciaria, para os casos a que se obrigam as pessoas fsicas e jurdicas. Certido comprovando que a associao ou so-
Antes de se lavrar o instrumento, deve-se verificar da necessidade ou no, de: - Averbao da construo ou da demolio; - Averbao da alterao do nome da rua, do nmero e demolio do imvel; - Averbao da reconstruo; - Averbao de desmembramento; - Averbao de alterao do nome do vendedor e ou de seu cnjuge; - Averbao do estado civil do vendedor e/ou de seu cnjuge; - Reconhecer as firmas dos vendedores e testemunha em ttulos de instrumento particular. Quais os documentos exigidos pelo Cartrio?
Normalmente os negcios so mais simplificados e o cartrio exige apenas os seguintes documentos, para efetuar a transferncia de propriedade: a) RG e CPMF de ambas as partes. b) Escritura anterior. c) Certido de Nascimento ou Casamento (o cnjuge dever assinar caso tenha unio estvel). d) Carn de IPTU. Ateno!
Aconselhamos que voc seja mais cauteloso e exija as seguintes certides para dar segurana a seu cliente: - Certido de Dbitos na Prefeitura. - Certido de Dbitos na Exatoria Estadual. - Certido de nus no Cartrio de Registro de Imveis, onde est localizado o imvel. - Certido Negativa de processos no Cartrio de Distribuio na Comarca onde est localizado o imvel. - Cartrio de Distribuio da Justia Federal, caso o proprietrio for empresa solicitar Negativa de Dbitos e Processos (INSS Receita Federal e outros).
103
Para assegurar o domnio da propriedade, a lei d ao ato jurdico da matrcula,que compreende o registro ou transcrio, o que se chama de publicidade. Assim, o imvel fica constitudo em direito real erga omnes, ou seja, oponvel contra todos. Para o adquirente ter assegurado o direito sua aquisio ele deve registrar o mesmo no cartrio de Registro de Imveis, para dar publicidade troca de proprietrio. Compete ao Oficial de Registro de Imveis, os seguintes atos: Averbao Matrcula Registro Os atos do Registro de Imveis produzem efeitos importantes como: Forma de aquisio de um imvel com o registro do ttulo de transferncia, operando sempre a validade contra terceiros. O modo de se constiturem e transferirem os reais direitos, quer os de gozo como os de garantia, sobre imveis alheios. Com a averbao na folha de matrcula ou competente registro, determinando a extino do respectivo direito real. Finalmente, este registro garante a existncia dos direitos reais e do domnio sobre o imvel, ressalvando-se os direitos de terceiros. 4) CERTIDES NEGATIVAS A certido negativa isenta o comprador de qualquer responsabilidade, alm de desonerar o imvel. Portanto, sempre necessrio que, em toda escritura de transferncia de imveis serem transcritas as certides de quitao de impostos com a fazenda, federal, estadual e municipal. A certido extrajudicial referente aos nus em hipoteca, penhora, servido, etc, obedecero ao mesmo critrio que as certides judiciais, emitidas por distribuidores dos tabelies e no registro geral de imveis. As demais certides sero extradas nos Distribuidores de Ttulos e Documentos ou Protestos de Letras. Ateno!
conveniente verificar a existncia de atos pendentes relativos a processos em juzo, quitao de dvidas, contratos sociais, alvars, procuraes, hipotecas e renuncias de parte de bens. Se houver alguma pendncia neste sentido, dever ser solicitada certido que esclarea melhor a situao, evitando, dessa forma, problemas futuros. Alm das certides negativas acima citadas, existem ou ras que podem ser solicitadas:
104
Os imveis s podem ser escriturados se preencherem alguns requisitos, tais como: - loteamento legalizado, - tamanho mnimo previsto em plano diretor, - incorporao legalizada, - quitao de encargos sociais. 6) ESCRITURA DE POSSE A Escritura de Posse o documento pelo qual se cede ou transfere a outrem os direitos de um imvel que lhe pertencem, sendo assim possvel a alienao e a transmisso entre vivos. Esta escritura muito comum, no litoral e em ilhas, onde as terras so (eram) da marinha e tem uma srie de dificuldades para legalizar em definitivo. A Escritura de Posse no pode ser registrada no Cartrio de Registro de Imveis. No entanto pode ser registrada Cartrio de Ttulos e Documentos. 7) CONTRATOS DE GAVETA
105
A desvantagem do mtodo comparativo: No se pode afirmar que o comportamento do mercado de uma regio seja igual em outras regies. Ao contrrio, tudo leva a crer que existem diferenas substanciais de um local para outro, tais como diversidade scio-econmica, cultural, costumes etc. Estes mtodos por comparao s tornam-se confiveis, se existe uma boa amostra de dados do mercado. Este mtodo o mais usado pelos corretores e consiste em fazer uma comparao dos preos pagos no mercado para propriedades similares, quando existem substitutos razoavelmente semelhantes e ocorrem transaes com uma certa freqncia, obtendo evidncias para o valor do imvel em estudo. largamente empregado para propriedades residenciais, nas quais existe normalmente mais similaridade entre diferentes unidades. As principais dificuldades do uso deste mtodo esto associadas impossibilidade de encontrar propriedades idnticas: h diferenas na rea construda, acabamento, estado de conservao, etc. Alm do mais, os preos variam consideravelmente em espaos de tempo relativamente curtos. O mtodo baseado na anlise de informaes sobre preos de propriedades comparveis com a que est sendo avaliada. Os avaliadores precisam conferir as condies em que so feitas as transaes (motivos dos compradores e vendedores), para verificar se os preos so tpicos de mercado ou se existem algum fator influindo no preo do imvel. Para se obter o valor de um imvel por este mtodo, preciso que existam dados de transaes com imveis semelhantes, em nmero e especificao razoveis, para permitir a obteno de resultados com confiabilidade. A partir da amostra do mercado, trs procedimentos podem ser adotados: a) Expedito A ponderao expedita aquela baseada apenas no sentimento do avaliador. As anlises baseadas na experincia, usando tambm modelos microeconmicos, geralmente baseados na anlise de dados, permitem a obteno de valores para imveis especficos, ou de indicadores do funcionamento do segmento pesquisado. Adota pesos
Os valores das transaes , possivelmente, a informao mais importante nas avaliaes de imveis. Contudo, os valores so justamente a informao mais difcil de ser obtida e sobre a qual pairam mais dvidas. Nem tanto nas locaes de imveis, mas especialmente nas vendas. Todas as fontes de informao tm limitaes.
106
Mas voc deve estar se perguntando: quando este mtodo utilizado? Este mtodo utilizado nos casos em que no h dados de transaes de imveis semelhantes. Se o imvel em avaliao um terreno urbano, realiza-se um estudo para sua edificao, considerando as despesas necessrias para produzir os melhores tipo de empreendimento, incluindo todos os custos e o lucro do promotor. O valor do terreno a diferena entre o preo de mercado das unidades construdas (avaliado pela comparao com imveis semelhantes) e este total de despesas. Sendo um terreno urbano, verifica a alternativa de loteamento. Os preos dos terrenos so determinados por comparao de dados de mercado. Deve ser preparado um projeto de loteamento, obtendo-se o nmero de lotes, no tamanho padro adotado na regio, e verificando-se as despesas a serem realizadas. O valor do terreno a diferena entre o montante das vendas destes lotes e o custo para obt-los, descontados tambm a administrao do negcio, e o desconto sob o prazo de venda e valor nominal projetado Matemtica Financeira. 8) MTODO DO CUSTO DE REPRODUO Este mtodo baseia-se na hiptese de que um comprador, bem informado, no pagar por um imvel mais do que o custo para construir outro igual. Nestas condies, o valordas construes pode ser avaliado atravs de um oramento, para reproduo do imvel, descontado a depreciao do imvel j construdo. A vantagem comparativa do imvel j pronto em relao quele em projeto considerada pela renda que o mesmo pode auferir no dia seguinte a compra, como fundo de comercio, ou vantagem da coisa feita. Quando este mtodo utilizado? Este mtodo utilizado nos casos em que no h dados de transaes de imveis semelhantes. empregado normalmente para residncias, prdios comerciais, hospitais e hotis. Eventualmente, pode ser usado para avaliar bens pblicos, assim como estradas, pontes, viadutos e praas. Tambm pode ser empregado para avaliar parte de imveis, como em casos de diviso apenas das benfeitorias, de construes inacabadas, ou em caso de separaes de casais ou de sociedades comerciais. SEO 6 A Intermediao Imobiliria Considera-se Intermediao Imobiliria todo o trabalho desenvolvido pelo Corretor de imveis, no que tange as rotinas para compra e venda de imveis, a locao, a administrao de imveis e condomnios etc. Veja, a seguir, quais so os principais:
A renda de um imvel o aluguel ou a receita que pode gerar. No caso de depsitos, hotis, hospitais, estradas (pedgios) etc., trata-se da quantia mdia arrecadada nos ltimos perodos de uso (12/24 meses, por exemplo). MTODO RESIDUAL Se for necessrio avaliar um terreno situado em rea extremamente urbanizada e no h informaes suficientes de vendas de terrenos livres, mas existem vendas de terrenos com construes, este mtodo til. O valor do terreno obtido a partir do valor total do imvel, subtraindose deste os valores das construes existentes, que podem ter seus valores determinados por outros mtodos, como o custo de reproduo. Tambm empregado na finalidade da apurao do valor das construes, que pode ser feita ento pela subtrao do valor do terreno, do valor total do imvel, nos mesmos moldes. Este mtodo utilizado nos casos em que no h dados de transaes de imveis semelhantes. MTODO INVOLUTIVO (Mtodo do Mximo Aproveitamento Eficiente) A avaliao de uma gleba ou de um terreno pode ser realizada em funo do seu aproveitamento potencial. O mtodo do mximo aproveitamento eficiente busca identificar os melhores usos, em qualidade e quantidade. Todos os tipos de utilizaes possveis devem ser investigados. O avaliador realiza um anteprojeto do loteamento ou da construo, levando em conta as utilizaes permitidas pelos planos diretores e os usos tradicionais e a demanda recente na regio. Definida a utilizao, a anlise seguese com a execuo de oramentos, pesquisa de dados de mercado para imveis que devem ser construdos (lotes ou unidades construdas), segue-se na verificao da viabilidade, das receitas e das despesas esperadas (aluguis, lucros na venda, taxas, custos de publicidade e corretagem, etc).
EXEMPLO:
107
Os contratos podem ser classificados em: a) Contratos Bilaterais e Unilaterais: Nos bilaterais nascem obrigaes recprocas; os contratantes so simultaneamente credores e devedores do outro, pois produz direitos e obrigaes, para ambos. Na compra e venda, por exemplo, o vendedor est obrigado a entregar o bem, assim que recebe o preo ajustado. Ressalte-se que nesta espcie de contrato vista, no pode um dos contratantes, antes de cumprir a sua obrigao, exigir o cumprimento da do outro. Nos unilaterais,
108
109
a) O agenciamento do Imvel O agenciamento do imvel de terceiro, d-se atravs do jornal, indicao, ou captao direta. O Corretor agenciador para poder oferecer o imvel do cliente deve ter uma autorizao de venda do mesmo, chamada opo venda. b) As certides Negativas Dever ser exigida do cliente vendedor, certido negativa de nus do imvel, junto aos cartrios de distribuio, receita municipal, dependendo do caso, Receita Federal, Estadual, e do Inss. c) Consulta de Viabilidade interessante ter em mos uma consulta de viabilidade de construo emitida pelo rgo municipal, para poder avaliar suas reais condies de valor de mercado. d) Laudo de Avaliao O Laudo de Avaliao emitido por profissional competente d segurana quanto ao valor do mercado, pois pondera diversas variveis. De posse do Laudo o Corretor poder fazer algumas estratgias de venda, no mercado, ponderando o valor do imvel com taxas do mercado financeiro e com isto, calcular um coeficiente para forar a venda, baixando o preo do imvel, para eventualmente aplicar no mercado financeiro.
110
111
A profisso de corretor de imveis foi regulamentada no Brasil em 27 de agosto de 1962. Esta lei foi anulada e a situao s foi resolvido pela edio da Lei n 6530 de 12 de maio de 1978. A primeira obrigao do corretor o da necessidade para registro oficial no CRECI, que obtenha o ttulo de Tcnico em Transaes Imobilirias. Quem no possui registro no CRECI Conselho Regional de Corretores de Imveis no pode trabalhar com intermediaes imobilirias. O Corretor de Imveis o profissional que aproxima duas partes em torno de um objetivo comum, que o imvel. Assim podemos definir o seu trabalho, do ponto de vista tcnico, como sendo a Intermediao Imobiliria. Pela lei 6530/78 de competncia legal e exclusiva do Corretor de Imveis servir de intermedirio na compra, venda, locao e permuta de imveis, podendo, ainda, opinar quanto comercializao imobiliria. O objetivo da intermediao imobiliria promover a aproximao entre as partes em processos de compra, venda, locao, permuta ou cesso de imveis. O Corretor de Imveis o nico profissional legalmente habilitado para intermediar as transaes imobilirias, nos seus mais variados tipos.
ALVINO, Jos. Avaliao de Imveis. Laguna SC: paper 35 fls, 1999. AYRES, Antonio. Como avaliar imveis... sem mistrios. So Paulo: Imobiliria, 1996. BUENO, A Mrcio A. O corretor de imveis e as regras das locaes residenciais. So Paulo: Imobiliria, 1996. RAPOSO, Alexandre. Situaes jurdicas da profisso de corretor de imveis. 2.ed. So Paulo: Imobiliria Ltda, 1995. . Manual jurdico do corretor de imveis. 5.ed. So Paulo: Colibrie, 1995. TRAVASSO, Ari. Compra e venda de imveis. Rio de Janeiro: Iel Nrdica, 1991. . assim que se faz... compra e venda de imveis. Rio de Janeiro: Iel Nrdica, 1994. REZENDE, Jos Machado. Operaes Imobilirias: Goinia: Ed. AB, , 2001 ZADIR, ngelo e outros. Manual Do Tcnico Em Transaes Imobilirias, Vol 1 -11a. Ed. Goinia: Ed. AB.
112
UNIDADE 4
As Transaes Imobilirias
SEO 1 A Incorporao Imobiliria Incorporao imobiliria uma atividade voltada para a construo de edificaes ou conjunto delas, composta de unidades autnomas para sua alienao total ou parcial. A lei no limita o direito de construir, salvo o direito de vizinhana e os regulamentos administrativos como o cdigo de obras do municpio, por exemplo. Pode-se entender a incorporao tambm como um contrato para a construo de um edifcio, prdio, etc. na forma de condomnio em que possa comear a se vender imediatamente, inclusive em prestaes. Diz-se que o incorporador aquele que promove a incorporao de prdios, casas, lojas, etc., em condomnios. Quem pode ser incorporador?
tros. d Projeto de construo devidamente aprovado pelas autoridades competentes e) Todas as informaes pertinentes ao imvel. A Lei N. 4.864, de 29/11/1965, impe uma srie de deveres ao incorporador em todas as fases da incorporao, apresentaremos aqui sua descrio sucinta pois, nas pginas seguintes estar seu detalhamento. Ateno!
So deveres do Incorporador: - A obrigatoriedade de apresentar e formalizar um contrato. - A obrigao de informar aos clientes sobre o andamento e o estado da obra. - Responder civilmente pela execuo da incorporao. - O compromisso em manter o projeto original, bem como no alterar o preo e as condies de pagamento, salvo se forem aprovadas por unanimidade dos adquirentes ou provierem de exigncia legal. O que caracteriza o incio de uma incorporao? Caracteriza o incio da incorporao, a venda, a promessa de venda, cesso ou promessa de cesso de cota ideal de terreno, vinculada a projeto de construo ou o contrato de construo assinado pelo incorporador, ou por adquirente. Para efeito desta lei considera-se incorporao imobiliria a atividade exercida com o intuito de promover e realizar a construo, para alienao total ou parcial de edificaes ou conjunto de edificaes compostas de unidades autnomas. Quem considerado o incorporador? Considera-se incorporador, as pessoas fsicas ou jurdicas, comerciantes ou no, que embora no efetuando a construo, compromisse ou efetive a venda de fraes ideais de terreno. Qual a documentao necessria? O incorporador somente poder negociar sobre unidades autnomas aps ter arquivado, no cartrio competente de registro de imveis, os seguintes documentos: Titulo de propriedade de terreno, ou de promessa, irrevogvel e irretratvel, de compra e venda ou de cesso de direitos ou de permuta, do qual conste clusula de imisso na posse do imvel, no haja estipulaes impeditivas de sua alienao em fraes ideais e inclua consentimento para demolio e construo, devidamente registradas. Certides negativas de impostos federais, estaduais e municipais, de protesto de ttulos, de aes cveis e criminais e de nus reais relativamente ao imvel, aos alienantes do terreno e ao incorporador.
A Lei n 4.591 de 16 de dezembro de 1964, possibilita a incorporao a trs pessoas: Art. 31: a) Pode ser incorporador o proprietrio do terreno, a ele equiparado: o promitente-comprador, o cessionrio deste ou promitente-cessionrio. b) Pode ser o construtor. No uma pessoa qualquer, que se inculque nessa condio, mas sim aquela que faa da edificao uma atividade disciplinada e que, devidamente licenciada. c) Pode ser o Corretor de Imveis, devidamente inscrito no Conselho Regional de Corretores de Imveis CRECI. Quais os procedimentos para o incio de uma incorporao? Para iniciar uma incorporao deve-se apresentar uma srie de documentos que ficam arquivados no Cartrio de Imveis da regio, dentre os mais importantes destacamse: a) Ttulo de propriedade do terreno ou promessa irrevogvel e irretratvel de compra e venda, ou de cesso de direitos ou de permuta. b) Certides negativas de impostos federais, estaduais e municipais, e protestos de ttulos, de aes cveis e criminais e de nus reais, relacionadas ao imvel, aos alienantes do terreno e o incorporador. c) Histrico da propriedade, abrangendo os ltimos vinte anos, acompanhados de certido dos respectivos regis-
113
Pesquise bastante, planeje e faa suas contas, antes de optar por uma instituio. Com certeza, ser possvel encontrar uma opo que caiba no seu bolso. A) SFH SISTEMA FINANCEIRO DA HABITAO Teve sua criao articulada junto reforma do Estado em 1964, objetivando reordenara forma de captao de recursos para concesso de emprstimos setores deconstruo habitacional, urbanizao e saneamento bsico, frente ao enorme fenmeno da migrao do campo para as cidades. A alta inflao naquela poca constituiu tambm um forte elemento desagregador do sistema, pois os muturios premiados pagavam suas prestaes em moeda desvalorizada, provocando uma acelerada e irrecupervel descapitalizao das instituies financiadoras do sistema. Como as taxas reais de juros estavam extremamente negativas, os tradicionais poupadores, voluntrios, afastavamse deste mercado, da mesma forma que as instituies pblicas existentes naquela poca. O resultado da falta de investimentos macios no setor agravou cada vez mais o dficit habitacional. A resposta do governo a essa situao, na busca do estabelecimento de condies econmico-financeiras no intuito de corrigir as distores, foi a instituio da correo monetria nos financiamentos habitacionais,
114
Os recursos captados em depsitos de poupana pelas instituies financeiras do Sistema Brasileiro de Poupana e Emprstimo (SBPE) observam a seguinte distribuio: 65% (sessenta e cinco por cento), no mnimo, em operaes de financiamentos imobilirios, sendo: 80% (oitenta por cento), no mnimo, do percentual acima, correspondendo, no mnimo, 52% da base de clculo, em operaes de financiamento habitacional no SFH; O restante em operaes a taxas de mercado, desde que a metade, no mnimo, em operaes de financiamento habitacional. 15% (quinze por cento) em encaixe obrigatrio no Banco Central do Brasil; Recursos remanescentes em disponibilidades financeiras e operaes da faixa livre.
Atualmente, os prazos dos financiamentos so livremente estabelecidos entre as partes. Sobre o financiamento podem incidir juros, comisses e outros encargos. A remunerao efetiva mxima para o muturio final, incluindo juros, comisses e outros encargos financeiros, de 12% a.a., acrescidos dos custos de seguros e, nos casos dos planos de equivalncia salarial, do Coeficiente de Equiparao Salarial (CES). Os saldos devedores dos contratos de financiamento, emprstimo, refinanciamento e repasses concedidos por entidades integrantes do SFH so reajustados pela remunerao bsica dos depsitos de poupana, efetuados na mesma data e com a periodicidade contratualmente estipulada para o pagamento das prestaes, aplicando-se o critrio de proporcionalidade do ndice (pro rata die) para eventos que no coincidam com aquela data. Desde 24/06/1998 permitida, aos agentes financeiros do SFH, a contratao de financiamentos onde a cobertura securitria pode se dar em aplice oferecida pelo mercado segurador, desde que seja prevista, no mnimo, a cobertura relativa aos riscos de morte e invalidez permanente do muturio. O que o FCVS?
O Fundo de Compensao de Variaes Salariais - FCVS, foi criado com a finalidade garantir o limite de prazo para amortizao das dvidas dos financiamentos habitacionais contradas pelos muturios do Sistema Financeiro da Habitao - SFH. As transferncias mediante simples substituio do devedor de contratos quecontenham clusula de cobertura
115
A principal vantagem do SFI sobre os outros sistemas a fonte de recursos utilizados para o financiamento. Para
O PPA busca respostas para questes fundamentais, como: Quais as polticas mais adequadas para estimular os diversos setores da produo? Quais as melhores polticas para gerar mais e melhores empregos?
116
117
SEO 4 A Legislao Ambiental A Legislao brasileira sobre crimes ambientais abrangente e complexa. Encontra-se regulamentada na Constituio Federal (captulo VI), nas Constituies Estaduais, no Cdigo Florestal (federal), nas Leis de Pesca (federal), em decretos e resolues especiais Os documentos primrios que desencadeiam todo um conjunto de aes, visando salvaguarda da natureza para preservar o interesse pblico, correspondem em graus crescentes de complexidade, aos laudos periciais, aos RIMAs e aos EIAs (Estudo de Impacto Ambiental). Cada esfera em nvel federal, estadual e municipal tem rgos que tem por objetivo defender e preservar o Meio Ambiente, tais como o Ibama e as Procuradorias da Cidadania. 1) IBAMA O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis - IBAMA, foi criado pela Lei n 7.735, de 22 de fevereiro de 1989. Foi formado pela fuso de quatro entidades brasileiras que trabalhavam na rea ambiental: Secretaria do Meio Ambiente - SEMA; Superintendncia da Borracha - SUDHEVEA; Superintendncia da Pesca SUDEPE, e o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal - IBDF. Em 1990, foi criada a Secretaria do Meio Ambiente da Presidncia da Repblica SEMAM, ligada Presidncia da Repblica, que tinha no IBAMA seu rgo gerenciador da questo ambiental, responsvel por formular, coordenar, executar e fazer ex-
118
119
A percentagem de reas pblicas previstas no item a, no poder ser inferior a 35% da gleba nos loteamentos destinados ao uso industrial, cujos lotes forem maiores do que 15.000 m, caso em que a percentagem poder ser reduzida. Quais as exigncias para um projeto de loteamento? Antes da elaborao do projeto de loteamento, o interessado dever solicitar Prefeitura Municipal, que defina as diretrizes para o uso do solo, traado dos lotes, do sistema virio, dos espaos livres e das reas reservadas para o equipamento urbano e comunitrio. Apresentando o Requerimento e Planta do Imvel contendo pelo menos: As divisas da gleba a ser loteada. As curvas de nvel distncia adequada, quando exigidas por lei estadual ou municipal. A localizao dos cursos de gua, bosques e construes existentes. A indicao dos arruamentos contguos a todo o permetro, a localizao das vias de comunicao, das reas livres, dos equipamentos urbanos e comunitrios existentes ou em suas adjacncias, com as respectivas distncias da rea a ser loteada. O tipo de uso predominante a que o loteamento se destina. As caractersticas, dimenses e localizao das zonas de uso contguas. Quais as exigncias para um projeto de desmembramento? Para que o Projeto de Desmembramento seja aprovado, o interessado far um requerimento Prefeitura Municipal ou Distrito Federal e, em anexo, ttulo da propriedade e a planta do imvel a ser desmembrado devendo conter: Indicao das vias existentes e loteamentos prximos. Indicao do tipo de uso predominante no local. Indicao da diviso de lotes pretendida na rea. Quais as condies para aprovao deste projeto? O exame e a anuncia para aprovao cabem ao estado, pelos municpios, nas seguintes condies: a) Quando localizados em rea de interesse especial, tais com as de proteo aos mananciais ou patrimnio cultural, histrico, paisagstico e arqueolgico, assim definidas por legislao estadual ou federal. b) Quando o loteamento ou desmembramento localizar-se rea limtrofe do municpio, ou que pertena a mais de um municpio, nas regies metropolitanas ou em aglomeraes urbanas, definidas em lei estadual ou
120
121
ALVINO, Jos. Avaliao de Imveis. Laguna SC: paper 35 fls, 1999. AYRES, Antonio. Como avaliar imveis... sem mistrios. So Paulo: Imobiliria, 1996. BUENO, A Mrcio A. O corretor de imveis e as regras das locaes residenciais. So Paulo: Imobiliria, 1996. RAPOSO, Alexandre. Situaes jurdicas da profisso de corretor de imveis. 2.ed. So Paulo: Imobiliria Ltda,
122
UNIDADE 5
A Administrao Imobiliria
SEO 1 Locao Predial Urbana O contrato de locao em geral bilateral, oneroso, comunicativo, tpico, geralmente consensual, no formal e de trato sucessivo. bilateral porque dele se originam obrigaes para ambas as partes. Este contrato se contrape ao unilateral, aquele que em sua formao s gera obrigaes para uma das partes, como ocorre na doao. O donatrio no tem obrigaes para uma das partes, como ocorre na doao. J na locao, desde a origem do trato, existem obrigaes para locador e locatrio. No contrato bilateral, portanto, existe a caracterstica da dependncia recproca de obrigaes. O contrato de locao bilateral por sua prpria natureza, no podendo a vontade das partes alterar essa caracterstica. Quais os deveres do Locador e os direitos do Locatrio? Antes de iniciar o estudo sempre bom relembrar a diferena entre quem o Locador e quem o Locatrio. Locador: o dono de prdio urbano ou rstico, que o d de aluguel ou arrendamento ao inquilino ou agricultor. Locatrio: aquele que toma de aluguel a coisa mvel ou imvel, especialmente uma casa. Voltemos, ento, nossa pergunta: Quais os deveres do Locador e quais os direitos do Locatrio? Sim, pois todo o contrato de locao requer direitos e deveres de ambas as partes. Os deveres do Locador: a) Entregar ao locatrio o imvel alugado, com seus pertences, em estado de servir ao uso a que se destina, e a mant-lo nesse estado, pelo tempo de contrato, salvo clusula expressa em contrrio; b) Garantir, durante o tempo da locao, o uso
123
So obras ou despesas feitas na coisa, para o fim de conserv-la, melhor-la ou embelez-la. So obras, produtos do trabalho do homem. Excluem-se de sua noo os acrscimos naturais que pode sofrer a coisa. O locatrio que est de boa f tem direito reteno pelas benfeitorias necessrias e teis desde que no prejudique o imvel (sua estrutura e substncia). Quais os tipos de sucesso num contrato de locao? 1) sucesso na locao na morte do locador O vnculo locatcio permanece mesmo com o falecimento do locador, sendo respeitado o prazo determinado ou indeterminado do contrato. Os direitos e deveres so transmitidos aos herdeiros, os quais quando mais de uma pessoa, sero eles considerados locadores solidrios. Enquanto no tiver sido feita a partilha, poder tambm o esplio ser visto como locador. Neste caso quem responde pelo esplio o inventariante. Na dvida a quem pagar o aluguel, deve o locatrio promover ao de consignao em pagamento. 2) sucesso na locao na morte do locatrio No caso de locao residencial, o cnjuge ou companheiro, e os herdeiros, ficaro sub- rogados nos direitos e deveres do falecido. No caso de locao com finalidade comercial, ficaro com os direitos e obrigaes o esplio ou ento, seu sucessor no negcio. Quem tem o direito de preferncia de compra num imvel locado? Tem direito a preferncia de compra do imvel, o inquilino do imvel locado. Quando no caso da locao, havendo interesse de vrios condminos na locao do bem ser feita uma licitao entre eles. A preempo, ou preferncia, impe ao comprador a ob rigao de oferecer ao vendedor a coisa que aquele vai vender, ou dar em pagamento, para que este use de seu direito de prelao na compra, tanto por tanto. O prazo para exercer o direito de preferncia no poder exceder a cento e oitenta dias, se a coisa for mvel, ou a dois anos, se imvel. Quais os procedimentos no caso de despejo?
A sublocao um contrato derivado. Existe um contrato derivado ou subcontrato quando sua existncia decorre exclusivamente de outro contrato. Nesse negcio existe tambm um contrato-base ou contrato principal, do qual emerge o contrato derivado. O que locao de temporada?
Considera-se locao para temporada aquela destinada residncia temporria do locatrio, para prtica de lazer, realizao de cursos, tratamento de sade, feitura de obras em seu imvel, e outros fatos que decorram to somente de determinado tempo, e contratada por prazo no
Estes procedimentos processuais, dizem respeito aos casos de aes de despejo, consignao em pagamento
124
As penalidades mais comuns para os inquilinos so multas, despejo e indenizao. E para o locador multa e indenizao. Incorre de pleno direito o devedor na clusula penal, desde que, culposamente, deixe de cumprir a obrigao ou se constitua em mora. Para exigir a pena convencional, no necessrio que o credor alegue prejuzo. Ainda que o prejuzo exceda ao previsto na clusula penal, no pode o credor exigir indenizao suplementar se assim no foi convencionado. Se o tiver sido, a pena vale como mnimo da indenizao, competindo ao credor provar o prejuzo excedente. Em que consiste a Denncia Vazia?
Denncia vazia o dispositivo legal a que tem o locador, de pedir despejo, independente de qualquer motivao. Para isso, o locador notificar o locatrio dentro do prazo de 30 (trinta) dias, findo o contrato de locao. Cabe denncia vazia apenas no caso de imvel no residencial, depois de transcorrido o prazo de 30 (trinta) meses da assinatura do contrato de locao. Aps findo o prazo de trinta meses, sendo vontade de ambas as partes de prorrogar o contrato, mesmo que por igual perodo, a denncia vazia tornar-se- possvel com o decurso do prazo desse novo contrato. Em que consiste a Denncia Cheia?
A denncia cheia, tambm conhecida por denuncia motivada, o dispositivo legal que possibilita a retomada, quando tem o retomante real necessidade, do imvel. Na sistemtica revogada, procuravam os locadores a motivao para o despejo a fim de minorar o prejuzo de uma locao gravosa e inconveniente, reconduzida indefini-
125
a ao pertinente, quando da expirao do contrato de locao e a manuteno do interesse do locatrio em continuar no imvel, contrario a vontade do locador, se j por fundo de comercio, benfeitorias, comodidade ou outro interesse particular. atravs desta ao que se busca a renovao do contrato. Garantia Locatcia uma proteo para o locador, que cede seu imvel em contrato para uma terceira pessoa, garantindo sua renda ou retomada. As garantias Locatcias podem ser de acordo com a Lei do Inquilinato: a) Cauo: so valores depositados como garantia financeira do contrato. b) Fiador: esta garantia constitui-se de pessoas com renda e bens imveis que garantam e avaliem o contrato. c) Carta fiana ou Seguro de Fiana Locatcia: contratada em banco ou seguradora pelo locatrio e avalizar seu contrato, dando como garantia ao locador o recebimento dos valores. SEO 2 A Lei do Inquilinato Pela deficincia de imveis prprios, pouca poupana para financiamento e tambm pelas migraes, o mercado de locaes no Brasil bastante aquecido, sendo que muitas pessoas tm a locao como uma fonte de renda extra no aluguel de imveis. A lei que rege estas relaes entre inquilinos e proprietrios a Lei do Inquilinato. Qual o conceito de Aluguel?
126
Se o imvel for alienado durante a locao, o adquirente poder denunciar o contrato, com o prazo de noventa dias para a desocupao, salvo se a locao for por tempo determinado e o contrato contiver clusula de vigncia em caso de alienao e estiver averbado junto a matrcula do imvel. Idntico direito ter o promissrio-comprador e o promissrio-cessionrio, em carter irrevogvel, com imisso na posse do imvel e ttulo registrado junto matrcula do mesmo. A denncia dever ser exercitada no prazo de noventa dias contados do registro da venda ou do compromisso, presumindo-se, aps esse prazo, a concordncia na manuteno da locao. A locao tambm poder ser desfeita: a) por mtuo acordo; b) em decorrncia da prtica de infrao legal ou contratual; c) em decorrncia da falta de pagamento do aluguel e demais encargos; d) para a realizao de reparaes urgentes determinadas pelo Poder Pblico, que no possam ser normalmente executadas com a permanncia do locatrio no imvel ou, podendo, ele se recuse a consenti-las. O que acontece no caso da morte do locador e do locatrio? a) Morrendo o locador, a locao transmite-se aos herdeiros. b) Morrendo o locatrio, ficaro sub-rogados nos seus direitos e obrigaes: a. nas locaes com finalidade residencial, o cnjuge so-
Sujeito ativo so os Municpios, Estados no divididos em municpios, Distrito Federal e Unio, nos territrios federais no divididos em municpios. O que considerado Sujeito Passivo?
127
Base de clculo o valor do imvel. So excludos os valores dos bens mveis mantidos em carter permanente ou temporrio, para efeito de utilizao, explorao, aformoseamento ou comodidade. Para o imposto territorial urbano a base o valor venal, que depende de avaliao peridica e esse acrscimo no constitui majorao do tributo. A alquota fixada por lei, conforme o princpio da legalidade, uma das limitaes constitucionais do poder de tributao. O que o Imposto sobre Transmisso de Bens Imveis? O imposto sobre transmisso de Bens Imveis ou Intervivos o imposto devido sobre todas as transaes imobilirias, onde a causa da transferncia no causa mortis. O que diz o Cdigo Tributrio Nacional sobre os impostos? O imposto, de competncia, sobre a transmisso de bens imveis e de direitos a eles relativos tem como fato gerador: a) A transmisso a qualquer ttulo, da propriedade ou do domnio til de bens imveis, por natureza ou por acesso fsica, como definidos na lei civil. b) A transmisso, a qualquer ttulo de direitos reais sobre imveis, exceto os direitos reais de garantia. c) A cesso de direitos relativos s transmisses referidas nos itens a e b. Ateno!
Nas transaes causa mortis ocorrem tantos fatos geradores distintos quantos sejam os herdeiros ou legatrios. Quais os cuidados que devemos ter antes de fazer uma operao imobiliria? Devemos ter um cuidado especial, antes de se fazer qualquer operao imobiliria, verificando se o imvel (objeto de transao) est realmente livre de qualquer nus. Antes de ser dado o sinal, ser exigido provar que este imvel, indiscutivelmente, est livre de nus. Em caso de ser dado sinal, poder haver clusula de devoluo da
128
Base de clculo: valor venal (valor de venda) Qual o significado da progressividade do IPTU? O IPTU, com o Estatuto da Cidade e Emenda Constitucional, ganhou progressividade no tempo, visando a subutilizao do imvel, promovendo o adequado aproveitamento, ou seja, poder o poder pblico sobre taxar imveis, forando os proprietrios a construrem com o mximo de aproveitamento. Quem so os responsveis pelos encargos Previdencirios? A consolidao das Leis da Previdncia Social estabelece que o proprietrio, o dono da obra, o condomnio de uma unidade imobiliria, seja qual for a forma de contrato de execuo de obra de construo, acrscimo ou reforma do imvel, so igualmente responsveis (solidrios) com o construtor para o cumprimento das obrigaes, que nela constam, a menos que tenha havido, por parte deles, alguma reteno de importncia, para garantia dessas obras at a expedio de Certificado de Quitao. Quando a prestao de servios for feita por tarefa ou sob empreitada, estaro isentos, proprietrio e construtor, dessas obrigaes, desde que obriguem o sub-empreiteiro a recolher previamente, fixado pelo INSS como contribuio previdenciria, inclusive o seguro de acidentes de trabalho. No ser dividida a contribuio previdenciria, se a construo for feita em regime de mutiro, ou seja, sem mo-de-obra assalariada.
O IPTU Imposto Predial e Territorial Urbano o imposto que incide sobre a propriedade de casas, apartamentos, lotes, terrenos, prdios desde que estejam na rea urbana do municpio. A Constituio Federal explicita que so de competncia dos Municpios os impostos sobre a propriedade predial e territorial urbana. Com o Estatuto da cidade o IPTU, ganhou novo status,
129
Denomina-se condomnio a situao originada do direito de domnio exercido por vrias pessoas sobre o mesmo objeto. No sentido literal mais puro, tem-se o condomnio como a propriedade em comum, ainda em estado de indiviso, na qual o direito de cada condmino no incide sobre uma parte determinada ou definida, mas to somente sobre um quinho ou frao ideal. No que se refere especificamente a prdios constitudos por diversas unidades autnomas, cada qual com rea perfeitamente determinada, entende-se por condomnio o conjunto de apartamentos ou de salas (quando se tratar de prdios com fins no-residenciais), corredores, elevadores e outras reas de uso comum, pertencentes a diversos proprietrios. Quem o Sndico?
O Sndico o administrador do prdio de dois ou mais pavimentos, eleitos pelos condminos, de forma prevista na conveno. Seu mandato de no mximo 02 (dois) anos, permitida a reeleio, sem limite de vezes. Os condminos respondem pelas faltas do sndico, mas cabe-lhes o direito regressivo contra o mesmo. Por imposio de lei, todo o condomnio, independentemente do nmero de unidades autnomas que tiver, dever ter um sndico, que ser o seu administrador.
Condmino o dono, com outro(s), da mesma propriedade mvel ou imvel em comum. O proprietrio do apartamento no sofre limitaes em seu direito real. Apenas esse seu direito se acha regulamentado pela Lei n. 4.591, de 16/12/1964, que trata da organizao da vida em comum no edifcio. A conveno um instrumento que exterioriza os direitos e os deveres fundamentais dos condminos. atravs da conveno que o condmino se vale para invocar seus direitos, em juzo e fora dele. A conveno funciona como norma interna do condomnio. Alm da conveno, o prprio Cdigo Civil esclarece sobre os direitos e os deveres dos condminos. a) Pagar, mensalmente, ao sndico, os valores relativos cota-parte que lhe couber nas despesas ordinrias do condomnio. b) Pagar, sempre que for necessrio e exigido, a sua cotaparte nas despesas relativas s obras que interessarem estrutura integral e a conservao do prdio. c) Contribuir para a constituio do Fundo de Reserva.
130
A Conveno do Condomnio a Lei mxima dentro do mesmo, desde que no conflite com direitos da Constituio Federal e do Cdigo Civil a norma com poder imperativo que vai ordenar e regulamentar as aes dentro do condomnio. A quem cabe a elaborao da Conveno do
Quais os principais itens que deve conter a Conveno do Condomnio? Alm de outras normas aprovadas pelos interessados, a Conveno dever conter: a discriminao das partes de propriedade exclusiva, e as de condomnio, com especificaes das diferentes reas; o destino das diferentes partes; o modo de usar as coisas e servios comuns; Encargos, forma e proporo das contribuies dos condminos para as despesas de custeio e para as extraordinrias; o modo de escolher o sndico, e o Conselho Consultivo; as atribuies do sndico, alm das legais; a definio da natureza gratuita ou remunerada de suas funes; o modo e o prazo de convocao das assemblias gerais dos condminos; o quorum para os diversos tipos de votaes; a forma de contribuio para constituio de fundo de reserva; a forma e o quorum para as alteraes de conveno; a forma e o quorum para a aprovao do Regimento Interno quando no includos na prpria Conveno. no caso de conjunto de edificaes, fixar os direitos e as relaes de propriedade entre os condminos das vrias edificaes, podendo estipular formas pelas quais se possam desmembrar e alienar pores do terreno, inclusive as edificadas. Quais as proibies aos condminos?
131
PONTO CHAVE:
O transgressor ficar sujeito ao pagamento de multa prevista na conveno ou no regulamento do condomnio, alm de ser compelido a desfazer a obra ou abster-se da prtica do ato, cabendo, ao sndico, com autorizao judicial, mandar desmanch-la, custa do transgressor, se este no a desfizer no prazo que lhe for estipulado. Como fica dividida a tributao num Condomnio? Para efeitos tributrios, cada unidade autnoma ser tratada como prdio isolado, contribuindo o respectivo condmino, diretamente, com as importncias relativas aos impostos e taxas federais, estaduais e municipais, na forma dos respectivos lanamentos. . RESUMO
Veja a seguir os principais assuntos que voc estudou nesta unidade. Chamamos de locao predial o fato de um imvel ser posto disposio de algum, mediante contrato de locao e em troca de uma remunerao ajustada e de acordo com a Lei do Inquilinato. As trs disposies essenciais do contrato de locao so: o imvel descrito, o preo e o acordo de vontades. A locao predial urbana regulada por lei especial a Lei do Inquilinato n 8.245, de 18 de outubro de 1941 e tem como responsveis o locador (o proprietrio ou responsvel do imvel) e o locatrio (a pessoa que aluga). Compete ao locado: entregar ao locatrio o imvel alugado em bom estado; garantir o uso pacfico do imvel durante a locao; manter durante a locao a forma e o destino do imvel; responder pelos vcios ou defeitos anteriores locao; fornecer documentos e recibos pedidos; pagar as taxas de administrao imobiliria (se houver) e as despesas extras de condomnios. Compete ao locatrio: pagar pontualmente o aluguel e os encargos da locao; servir-se do imvel
ALVINO, Jos. Avaliao de Imveis. Laguna SC: paper 35 fls, 1999. AYRES, Antonio. Como avaliar imveis... sem mistrios. So Paulo: Imobiliria,1996. BUENO, A Mrcio A. O corretor de imveis e as regras das locaes residenciais. So Paulo: Imobiliria, 1996. RAPOSO, Alexandre. Situaes jurdicas da profisso de corretor de imveis. 2.ed. So Paulo: Imobiliria Ltda, 1995. . Manual jurdico do corretor de imveis. 5.ed. So Paulo: Colibrie, 1995. TRAVASSO, Ari. Compra e venda de imveis. Rio de Janeiro: Iel Nrdica, 1991. . assim que se faz... compra e venda de imveis. Rio de Janeiro: Iel Nrdica, 1994. REZENDE, Jos Machado. Operaes Imobilirias: Goinia: Ed. AB, , 2001 ZADIR, ngelo e outros. Manual Do Tcnico Em Transaes Imobilirias, Vol 1 11a. Ed. Goinia: Ed. AB.
132
EXERCCIOS Operaes imobilirias 1 Como principais atividades do COFECI, podemos destacar: a) b) c) d) e) Criar e extinguir Sindicato de Corretores de Imveis, fixando-lhes a jurisdio Indicar o presidente do COFECI Baixar normas de tica profissional e fiscalizar a profisso de corretor de imveis Elaborar contratos para atividades de locao de imveis para o mercado imobilirio Eleger representantes para Cmara Federal de Deputados
2 O corretor de imveis pode legalmente desenvolver atividades como: a) b) c) d) e) Administrador de condomnios Sndico Incorporador de negcios imobilirios Venda de imveis de terceiros Todas as alternativas anteriores esto corretas
3 So impedimentos para a venda de um imvel: a) b) c) d) e) Hipoteca Alienao Desapropriao Todas as alternativas anteriores esto corretas Nenhumas das alternativas esto corretas
4 A garantia locatria uma proteo para o locador que cede ser imvel em contrato para uma terceira pessoa. Ela representada por: a) b) c) d) e) Cauo Fiador Carta e Seguro Fiana Todas as alternativas esto corretas
5 Como um imvel pode ser confiscado? a) b) c) d) e) Quando se encontra em estado de abandono Quando adquirido por meios ilcitos Quando proveniente de crimes As alternativas B e C esto corretas Nada define a restituio do imvel
6 Os proprietrios de um imvel tm assegurado por lei os direitos de: a) b) c) d) e) Usar, perder e dispor Usar, gozar e dispor Dispor, alienar e desapropriar Usar e dispor Somente dispor do imvel
133
8 Como sano disciplinar o corretor de imveis est sujeito? a) Advertncia verbal, censura, multa e apreenso da carteira profissional b) A anncio ou impresso relativo sua atividade profissional c) Violao de seu sigilo profissional e bancrio d) Prejuzo dos interesses que lhe foram confiados e) Recusa e facilitao de terceiros em suas transaes imobilirias caso no pague em dia sua contribuio ao Conselho Regional. 9 A denncia vazia o dispositivo legal que tem o locador, de pedir despejo independente de qualquer motivao, Cabe apenas no caso de imvel: a) b) c) d) e) Residencial No Residencial Pblico Particulares Estatais e Federais
10 O sindicato dos corretores de imveis o (a): a) b) c) d) e) SINDIMOVEIS SECOVI SINDUSCON CRECI FAESC
134
MARKETING IMOBILIRIO
135
136
UNIDADE 1
Construir seu prprio conceito de Marketing. Constatar a evoluo do Marketing atravs do tempo Identificar as fases evolutivas de Marketing
sucesso nos seus empreendimentos se levassem em considerao as necessidades do cliente. O conceito de MARKETING , portanto, identificar as necessidades do cliente e a partir da buscar satisfazlas de modo que o lucro seja uma decorrncia dessa atitude. Enfim, so as empresas que giram em torno do cliente e no ao contrrio. Na rea empresarial, os empresrios do setor devem estar sintonizados com o conceito de MARKETING, isto , identificar as necessidades do cliente para atendlas, buscando a otimizao dos resultados dos seus empreendimentos. A palavra Marketing tem sua traduo mais prxima como sendo: Ao exercida no Mercado = Marketing DESENVOLVIMENTO HISTRICO O primeiro homem de marketing da histria no passava de um vendedor de anzis da Idade do Ferro, at ocorrer uma grande catstrofe. O lago mais prximo secou e com ele o mercado de anzis. Enquanto lamentava sua breve carreira de vendedor, que parecia ter se esvado com o lago, ele descobriu uma nova necessidade do cliente: jias! Reagiu prontamente transformando seu estoque de anzis em colares. Ele vendeu o lote e estava prevendo um bom ano de vendas com sua nova linha de produto, quando uma nova catstrofe o abateu pela segunda vez. Os colares improvisados comearam a se quebrar. Quase instantaneamente surgiu a presso dos consumidores e os clientes comearam a exigir satisfao. Num outro momento o homem abandonou a atividade nmade e passou a se fixar em lugares definidos, e a repartio e troca dos excedentes passou a ser uma atividade comum. Assim, os nossos antepassados trocavam, por exemplo, as armas que confeccionavam (arco e flecha) por excedentes produzidos (gros de cereais) de outros grupos ou tribos. A moeda veio facilitar essas trocas. Os babilnios, fencios, egpcios e gregos j possuam desenvolvidossistemas de trocas e de mercados. Os egpcios sobressaram-se como grandes comerciantes, mas foram os fencios que se destacaram na arte comercial. Durante o Imprio Romano, o comrcio desenvolveu-se muito, possibilitando ligaes entre a Europa, a frica e a sia. No sculo VIII, face invaso e dominao islmica, os europeus voltaram-se para a agricultura, perdendo-se os mercados externos. No sculo X, a atividade comercial desenvolvida por pessoas desclassificadas, que so prias, ou marginais, desrespeitados pelo clero, pela sociedade. Os comerciantes dessa poca consideravam vlidos quaisquer expedientes que levassem ao lucro. A partir do sculo XII comea a aparecer uma nova camada social a classe mdia que dedicava suas atividades ao artesanato.
Traduo Diversos autores ao escreverem sobre MARKETING propuseram uma traduo para essa palavra inglesa: comercializao, mercadologia, mercadizao, mercadagem, mercadotcnica e mercatstica foram algumas das tentativas. Nenhuma dessas expresses conseguiu xito, pois no significam exatamente o mesmo que o vocbulo ingls. Efetivamente, se fssemos decompor a palavra MARKETING, veramos que se trata do substantivo MARKET, expresso inglesa que designa mercado, e da qual deriva o verbo to market (mercar), que seguido do sufixo ingls ING, que designa o ato de. Literalmente, a traduo poderia ser mercadizar. MARKETING, entretanto, hoje um vocbulo globalmente aceito. Conceituao MARKETING a atividade humana dirigida para a satisfao das necessidades e desejos, atravs dos processos de troca. Philip Kotler. Na definio apresentada, o MARKETING tem pr finalidade satisfazer as necessidades do cliente atravs do produto ou servio. O cliente o objeto e o ponto focal da administrao do MARKETING. As instituies sejam elas pblicas ou privadas, grandes ou pequenas, voltadas a comercializar produtos ou servios, cada vez mais vm adotando o conceito de MARKETING para administrar suas atividades. Antes da Segunda Guerra Mundial as instituies atribuam pouca importncia ao cliente do ponto de vista da comercializao. A empresa fabricava seus produtos, os quais eram entregues fora de venda para coloc-los no mercado. A nfase era dada ao produto e empresa e no voltada para as necessidades e expectativas do comprador. Atualmente os fabricantes e empresrios, de um modo geral, constataram que somente poderiam obter
137
UNIDADE 2
Aspectos psicolgicos do marketing
Ao estudar este texto voc poder: Explicar a importncia e a dificuldade de entender o comportamento do consumidor. Identificar diversas teorias de anlise psicolgica do comportamento e seus fundamentos. Explicar fatores bsicos que influem no comportamento do consumidor. Perceber como os conceitos de auto-imagem e imagem de marca afetam o comportamento do consumidor.
A fase da produo abrange alguns anos antes e depois da Revoluo Industrial, quando as empresas preocupavam-se apenas em produzir. Nesta fase a demanda era maior que a oferta, ou seja, a procura por bens de consumo era maior que a oferta desses bens. Com o passar do tempo comearam a surgir os primeiros sinais de excesso de oferta. Os produtos se acumulavam nas prateleiras, depois nos estoques. A oferta passou a superar a demanda. Algumas empresas comearam ento, a utilizar tcnicas de venda mais agressivas, e a nfase da comercializao ser dirigida s vendas. a fase de vendas. Modernamente, os empresrios passaram a perceber que as vendas a qualquer custo no eram constantes. H uma preocupao em conquistar e manter o cliente, buscando sua fidelidade. a fase do Marketing propriamente dito. Percebe-se uma relao constante entre consumo e produo. Isso nos leva a concluir que: Processo de Evoluo do Marketing Fases Caractersticas Produo Maior demanda Maior demanda Menor oferta
O Marketing utiliza conhecimentos de Economia, Psicologia, Sociologia, Antropologia, Estatstica, Matemtica, Contabilidade, Administrao, etc. Mas na Psicologia que encontra seus fundamentos bsicos. Atravs da propaganda e da promoo de vendas o Marketing influi no consumo, pois procura despertar desejos ou criar hbitos novos, gerando necessidades que precisam ser satisfeitas, induzindo procura dos produtos e, em conseqncia, exigindo um aumento crescente da produtividade Desse modo, amplia as riquezas da nao, dilata o mercado de trabalho, eleva o padro de vida dos povos e melhora o bem-estar geral. Sem as atividades de Marketing a economia dos tempos modernos no se desenvolveria. Ou, mesmo, entraria em colapso. Assim, preciso primeiro explicar alguns conceitos fundamentais de marketing. Necessidades, desejos e demandas
O conceito mais bsico e inerente ao marketing o de necessidades humanas. Uma necessidade humana um estado em que se percebe alguma privao. Os seres humanos tm muitas necessidades complexas, que incluem necessidades fsicas bsicas de alimento, vesturio, calor, e segurana; necessidades sociais de incluso e afeio; necessidades individuais de conhecimento e auto-realizao. Quando uma necessidade no satisfeita, o indivduo procura um objeto que satisfaa, ou tenta reduzi-la de alguma forma. O desejo humano consiste de necessidades humanas moldadas pela cultura e pelas caractersticas
138
139
Os mtodos psicolgicos, longe de estarem concordes em seus conceitos, fornecem explicaes dentro deseus vrios enfoques a respeito do comportamento do consumidor como indivduo, considerando as aes que executa para satisfazer seus desejos e necessidades. A seguir, algumas teorias psicolgicas: Teoria da Aprendizagem
Alguns psiclogos, como PAVLOV, SKINNER e HULL afirmam que o aprendizado ou conscientizao ocorre medida que a pessoa ou animal reage a determinado estmulo, e recompensada (reforada) pela satisfao de uma necessidade pela reao correta, ou punida por uma reao errada. A aplicao desta teoria no Marketing orienta a idia de que ao repetir os mesmos estmulos, seguidamente, poder-se- alcanar o objetivo de provocar reaes de compra. Outros fatores considerados nesta teoria so o condicionamento e o esquema de relao. O condicionamento uma forma atravs da qual um estmulo pode desenvolver uma resposta, pela insistncia com que ele aparece. O esquema de relao representa um fator eficiente na aprendizagem, uma vez que o produto apresentado para ser conhecido pelo consumidor, mediante demonstrao em condies adequadas. Os fundamentos desta teoria para efeito da anlise do comportamento do consumidor so, segundo crticas, simplistas, porque seu comportamento afetado tambm por percepes, atitudes e experincias. A teoria behaviorista da aprendizagem descreve a motivao do consumidor como um processo meramente mecnico. Fatores bsicos que influem no aprendizado segundo CUNDIFF: Motivao; Percepo;
140
Motivao uma necessidade estimulada que o indivduo procura satisfazer. Os anseios e desejos latentes no serviro como elemento gerador de comportamento, enquanto no forem estimulados. As necessidades (motivos) so foras que acionam o comportamento do consumidor. Segundo MASLOW as necessidades so hierarquizadas em cinco nveis, sendo que, teoricamente, um indivduo somente passa para outro nvel quanto estiverem satisfeitas as necessidades do nvel no qual se encontra. O prprio MASLOW admite certa flexibilidade nesta afirmao, quando entende ser possvel dedicar-se ao atendimento de diversas necessidades, em diversos nveis, ao mesmo tempo. Alm das cinco categorias inicialmente estabelecidas, MASLOW completa com mais duas. A hierarquia das necessidades assim apresentada: Necessidades - Estado em que se percebe alguma privao
AUTO-REALIZAO ESTIMA (auto-estima, status) SOCIAIS (amor, senso de grupo) SEGURANA FISIOLGICAS (alimentao, abrigo)
Necessidades tendem a se manifestar de forma hierrquica, quando as outras esto, ao menos parcialmente, atendidas. Abraham Maslow
Necessidades fisiolgicas (fome, sede, sexo e abrigo); Necessidades de segurana (integridade fsica, ordem, estabilidade familiar): Necessidades de associao e de amor (afeio); Necessidades de estima (auto-respeito, reputao, prestgio, status); Necessidades de realizao (auto-realizao): Necessidades de saber e entender: Necessidades de satisfao esttica (beleza).
A abordagem cognitiva esclarece que o comportamento influenciado por fatores, tais como, atitudes e convices e experincias anteriores, que agem sobre a predisposio do comportamento. Segundo esta teoria, os processos mentais e o sistema nervoso de um indivduo so muito importantes na formao dos padres de seu comportamento. Nessa teoria, os psiclogos no determinam diretamente o comportamento, antes eles guiam, modificam, condicionam e talham o comportamento em relao aos alvos visados, s expectativas, soluo de problemas e s situaes particulares. Sob este enfoque importante destacar, que quando algum tem que tomar uma deciso ocorre quase sempre uma inquietao e dissonncia. Isto porque o indivduo sabe que toda deciso pode envolver riscos, com vantagens e desvantagens. Por isso, a ansiedade pr e pscompra. A dissonncia cognitiva um estado mental que leva o indivduo a tentar reduzir qualquer carncia ou deficincia que estabelea uma analogia associada s cognies. A dissonncia representa a ocorrncia de comportamento que no se ajusta s relaes cognitivas. Por cognio se entende o conhecimento, as opinies, o posicionamento do indivduo em seu ambiente interno. O Marketing deve tentar reduzir essa tenso, que pode afetar o consumidor, atravs do fornecimento domaior nmero e formas possveis de informaes sobre o produto. Isso pode ser realizado atravs do fornecimento de material informativo, manuais, catlogos, folhetos Tambm por meio da ao pessoal dos revendedores com
141
Os psiclogos afirmam que o estudo e o comportamento tm que ser interpretados como um processo global. bastante semelhante ao mtodo de estudo cognitivo, quando considera a percepo, as experincias anteriores e a orientao meta como elementos bsicos de anlise do comportamento. Define-se percepo como a importncia que damos, segundo nossas experincias anteriores, aos estmulos recebidos atravs dos cinco sentidos. Segundo a teoria gestltica o indivduo percebe e reage a estmulos com base em suas experincias. A teoria de campo um refinamento da teoria gestltica. Afirma que o campo psquico o responsvel pelo comportamento de uma pessoa em um dado momento. Por campo, considera o ambiente que cerca o indivduo e os fatos no momento em que seu comportamento ocorrer. Um exemplo de como funciona a anlise do comportamento com base nesta teoria, aquele que envolve um comercial de televiso no qual um homem muito elegante, de branco, anuncia em tom srio um remdio contra dores. Muitos espectadores podero associar a sua imagem a de um mdico e a sua mensagem a um certificado de que o produto bom, porque assim que so vistos na cena, em funo de experincias passadas. Teoria Psicanaltica
Esta teoria parte do princpio de que os indivduos no conhecem seu prprio subconsciente e este desconhecimento justifica a sua incapacidade de articular com clareza, porque adquirem ou no determinados produtos e/ ou servios. Iniciada por Freud a teoria envolve aspectos da personalidade. Segundo ela, se algum trauma ou fixao ocorre em qualquer estgio da formao da personalidade, a prpria personalidade do indivduo pode ser afetada e o seu comportamento futuro tambm. Segundo a teoria psicanaltica o indivduo adquire caractersticas associadas fixao em cada estgio de sua personalidade. Os psicanalistas vem a personalidade como o resultado final das foras que atuam dentro A psicanlise considerada uma teoria bastante sofisticada para anlise do comportamento do consumidor e da difcil obteno de resultados. A utilidade desta teoria que leva os profissionais de Marketing a compreenso de que devem proporcionar ao comprador uma racionalizao socialmente aceitvel no ato de comprar. No entanto, tambm podem apelar para seus sonhos, anseios, esperanas e temores. Sem dvida, a personalidade do indivduo a composio de traos internos e externos que determinam suas reaes de comportamen-
Grande parte do comportamento humano determinada pela cultura. Alis, so as influncias culturais as que tm maior durao. Cultura pode ser definida como sendo um complexo de smbolos e dispositivos criados pelo homem e transferidos de gerao em gerao, como fatores determinantes do comportamento humano, numa determinada sociedade. Os smbolos podem ser impalpveis (atitudes, idias, crenas, valores, linguagem, lngua, religio), ou palpveis (ferramentas, habitao, produtos, obras de artes). Os padres culturais mudam com o tempo e os antigos do lugar a novas influncias culturais. O homem tende a assimilar os costumes de sua cultura e a acreditar em sua correo absoluta at que apaream elementos divergentes dentro de sua prpria cultura ou at que ele se defronte com membros de uma outra cultura. A rea mercadolgica deve estar alerta para os padres culturais em evoluo, de forma a constante-
142
143
CONCEITO DE MARKETING Necessidades Marketing obteno de ludo cliente cro atravs da satisfao das necessidades do cliente. Voc precisa conhecer tambm quem est comprando o seu produto ou, mais importante ainda, quem poderia compr-los. Os primeiros so chamados clientes existentes, e os segundos, clientes potenciais. O conhecimento dos clientes o passo inicial para obter a fidelidade. Todos querem ter clientes fiis. Mas preciso trabalhar muito para desenvolver e manter essa fidelidade. As oportunidades de marketing so abundantes no apenas no mercado cliente, mas tambm em outros trs grandes mercados: Produtor ou Industrial, Revendedor ou Comercial e Prestador de Servios. DEMANDA, POTENCIAL DE MERCADO E PREVISO DE VENDAS Como o objetivo maior de um administrador de marketing ou de vendas maximizar as oportunidades de mercado, o grande desafio identificar e estimar a sua demanda, calcular o potencial e, por fim, prever as vendaspossveis sob determinado esforo de marketing. Enquanto a demanda de mercado definida como o volume total de um produto que pode ser comprado por um grupo definido de consumidores, o potencial de mercado definido como a quantia mxima de vendas que pode ser avaliada para todas as empresas de um setor de atividades durante certo perodo de tempo. Isto significa que a demanda jamais atinge o volume mximo projetado para o potencial de mercado
UNIDADE 3
Marketing x Vendas
Aps a leitura deste texto importante que voc consiga: Diferenciar Marketing de Vendas; Identificar as fases do Marketing.
Como j vimos no captulo anterior, o MARKETING, na sua evoluo, passou por trs fases: a fase da produo, a fase de vendas e a fase de MARKETING propriamente dito. Isso no quer dizer que todas as empresas dos nossos dias se encontrem na ltima fase. Ainda h quem lance produtos no mercado sem antes ter consultado os clientes e identificado suas necessidades, e mesmo h quem tente vender pura e simplesmente, s vezes enganosamente, sem pensar em manter uma clientela cativa.
144
O Produto De um ponto de vista amplo, produto tudo aquilo que a empresa cria, desenvolve e comercializa. Dentro de uma viso geral, produto o bem ou servio utilizado para a satisfao da necessidade de um cliente, mediante processo de troca. Produtos e servios so apenas veculos, instrumentos para satisfazer as necessidades e desejos dos consumidores. O produto pode ser tangvel, concreto, como uma caneta, automvel, geladeira, computador, ou intangvel, em forma de prestao de servios: Educao, consultoria, seguro, transportes areos, bancos, etc. Todo produto tem caractersticas especficas que o personalizam: o design fixa seu estilo; a embalagem pode conter e conservar o produto, mas, sobretudo, identifica-o. O rtulo, que faz parte da embalagem, fornece informaes tais como composio e utilizao. Tambm identificam o produto: a cor que diferencia e atrai a ateno para o produto; a marca que apresenta o produto; e o logotipo que a representao grfica da marca. Portanto: Nos produtos tangveis, o impacto visual desempenha um dos principais fatores promocionais.
UNIDADE 4
O composto de marketing
+ Com a leitura deste texto voc poder: Identificar os quatro elementos do Composto de Marketing. Conceituar cada um deles.
So ingredientes do Composto de Marketing (tambm chamado Marketing-Mix) o Produto, o Preo, a Praa e a Propaganda.
145
Cursos Broca
Tcnicas, habili- Ganhos finandades ceiros, diferenciais Metal, bitola Furo, rapidez, preciso
LEMBRE-SE:
Do ponto de vista mercadolgico voc no vende produtos. Voc vende benefcios Voc incorpora venda de produtos, a satisfao dos desejos e necessidades dos clientes, sejam eles indstrias ou indivduos. Assim distinguimos mais dois pontos importantes associados aos produtos: Benefcios Bsicos - associados caracterstica intrnseca do produto, ou sua finalidade primordial. Exemplo: automvel - benefcio bsico, transporte. Benefcios Perifricos - associados ao composto de produto ou s suas caractersticas adicionais. Exemplo: automvel - benefcios perifricos: status, estilo, velocidade, sensao de dirigir, liberdade, conforto. Enquanto o fabricante prende a sua ateno e esforos nos benefcios bsicos, o profissional de marketing centrar sua inteligncia e criatividade nos benefcios perifricos.
Todas as estratgias de marketing devem ser desenvolvidas com base nos benefcios, que o que o cliente quer! O Produto Ampliado - o conjunto dos benefcios bsicos e perifricos, ou seja, a totalidade dos benefcios que o comprador recebe ou que uma empresa oferece. Exemplo: Mquina fotogrfica - temos o registro ntido do momento, a cor, a beleza, o prazer, a saudade, a imortalidade, o hobby. Fique atento ao servio do produto, ou servio do servio, isto , oque mais o cliente espera do produto ou servio alm dosbenefcios ? A Importncia da Marca A marca o nome ou denominao de um produto e/ou de uma empresa, que os distingue dos demais. A escolha da marca ou mudana desta uma estratgia das mais importantes pois atravs da marca que a empresa ou produto se tornam conhecidos no mercado, e, mais importante ainda, atravs da marca que se chega ao posicionamento na mente dos clientes. Logomarca Logomarca aquele desenho que acompanha a marca, ou a prpria marca. No caso da Ford, a logomarca a prpria marca. J a Mercedes Benz tem a sua marca em design caracterstico e uma logomarca que a famosa estrela. Pesquise: Rede Globo, Unibanco, Ford, Mercedes Benz. Gimik Um gimik um personagem que est associado marca, como se fosse uma logomarca humanizada. Exemplo: o boneco da Colcci, o Peru da Sadia, o Variguinho da Varig, O papa-lguas da SEDEX. Logotipo Smbolo que utiliza tipografia Exemplo: Mesbla, Hering, Dimas, C&A Slogan Crie um slogan para a sua marca. Ele vai ajudar o cliente a se lembrar do que voc faz, ou como voc faz, ou dos
Assim, produto tem ou atributo, alguma coisa, mas o consumidor busca benefcios, ele quer o que o produto pode dar ou fazer para ele. O Produto tem ou atributo como: tamanho, peso, gosto, consistncia, habilidade, etc. Nos produtos intangveis, a abordagem mercadolgica muito mais ligada O Produto d ou faz benefcios como: prazer, convenincia, status, sade, poder, esperana, facilidade, rapidez, higiene, praticidade, fidelidade, sonhos, comprometimento O marketeiro deve se guiar pelos benefcios que o seu produto d ou faz para os seus clientes. Os atributos so assunto para o pessoal interno da empresa. O que importa so os benefcios. EXEMPLO Casa Atributos Localizao, tamanho, estilo, ano de construo Qumica, volume, desing Potncia, desing, tecnologia Benefcios Conforto, status, segurana Beleza, esperana Status, poder, agilidade
Cosmtico Automveis
146
Convm salientar que, dentro das organizaes, a deciso de abandonar um produto sempre muito difcil e dolorosa. Normalmente o cliente quer: assistncia tcnica, entrega, crdito, instalao, servios ps-venda, segurana e estacionamento, higiene, limpeza, iluminao, prazo de validade, data de fabricao, inspeo dos rgos sanitrios, etc. O conceito atual de Marketing o da venda de sistemas. O produto carrega consigo todo um sistema ou composto mercadolgico que dever se adequar ao sistma do comprador ou cliente. Chamamos a ateno para o fato de que estes conceitos so extremamente importantes para se montar, o briefing promocional do produto ou estabelecer a adequada argumentao de vendas. dentro das organizaes dentro das organizaes. Assim, podemos associar ao produto: a embalagem, o preo, a propaganda, os servios de assistncia tcnica, o financiamento, enfim um conjunto de coisas que as pessoas reputam como valor e que, nas condies atuais de concorrncia, atuam como parmetros fundamentais de diferenciao. Existem hoje mercados to avanados que o produto tangvel ou seu benefcio bsico tornaram-se secundrios frente ao sistema oferecido. Exemplo: Isqueiro - produz fogo! Benefcio bsico. Mas, oferece status, beleza, embalagem prpria para o bolso, disponibilidade de acessrios, marca de tradio, enfim, um sistema irresistvel de apelo ao cliente, onde o fato de produzir fogo ficou totalmente em segundo plano. Preo A determinao de preo de um produto leva em conta no somente o custo de sua produo, mas tambm a demanda, o preo da concorrncia, a poltica vigente, at mesmo o status que se quer dar a ele. a valorizao aplicada a determinado bem ou servio, tendo como retaguarda para a sua constituio algumas variveis, abaixo assinaladas:
CRESCIMENTO
MATURIDADE
DECLNIO
Custo de produo Comisses de fora de vendas Concorrncia Eventual controle de preos governamental Fretes Margem de lucro Poder aquisitivo de clientes Situao econmica do pas.
147
Os preos trazem conseqncias muito importantes para as operaes de comercializao. Portanto, a funo de determinar preo bastante complexa, com caractersticas distintas. Os critrios e objetivos determinantes do preo decorrem da estratgia mercadolgica da empresa e dos critrios de presso que deseja adotar. Praa Como j vimos, a praa/distribuio algo mais que o ponto de venda. Desde a produo at a chegada do produto ao cliente, vrias etapas so percorridas. Um iogurte, pr exemplo, produzido, transportado at o mercado onde ser exposto em prateleiras refrigeradas e s ento vendido. Os produtos em geral tambm recebem esse tratamento. Cuidados com o tipo de transporte e sua maior eficcia, armazenamento e exposio de produtos so levados em considerao. As decises logsticas referem-se s anlises de custos e organizaes de distribuio. A logstica rene itens, como: transporte, estocagem, movimento de materiais, localizao de fbricas, depsitos e decises de comunicao. Tipos de Distribuio: TIPO OBJETIVO MASSIVA Objetiva o maior nmero de pontos de venda, atingindo grande nmero de clientes. EXCLUSIVA Objetiva a fixao de um produto ou empresa no mercado. SELETIVA
Revenda de automveis Ford; Rede de lanchonetes Bobs. Objetiva sele- Portobello recionar os distri- vestimento buidores. cermicos
PREO
Oferta
Status pretendido Procura Preo da Concorrncia Poder Aquisitivo Margem de Lucro
Custos de produo
Comunicao
. Com as novas tecnologias de comunicao esto surgindo Novos Canais de Distribuio, tais como: internet, televiso, telefone e correios. A indstria vai vender e entregar diretamente para o cliente seus produtos, com uma velocidade incrvel. Ao mesmo tempo em que esses novos canais so uma ameaa ao varejo, apresentam em contrapartida, oportunidades de negcio imensas. Procure maiores informaes sobre essas tecnologias; Conecte-se Internet, crie um site (pgina na Internet) para voc e sua empresa; Entre todas as decises de marketing, contudo, o da fixao dos preos a mais fortemente condicionada pelas relaes competitivas.
148
Promocional ou de Vendas O escopo acelerar imediatamente as vendas. Exemplo: Adquira j o seu Dodge no Dimas.A propaganda promocional agressiva e atua em alta presso, para provocar a demanda imediata de um produto. Mdia o setor da propaganda que se destina ao estudo dos veculos, funcionando para orientar e recomendar a melhor utilizao da insero. Tipos de Mdia: Mdia Eletrnica Veiculao em televiso e rdio Mdia Impressa Veiculao em jornais, revistas, folders e outros impressos Mdia Grfica Visual ou ao Ar Livre Representa os out-doors e in doors : o Painel o Mural o Cartaz o Banner o Letreiro: luminosos, iluminados, com ou sem movimento, de base de acrlico ou de neon, para serem fixados em pontos de vendas, interna ou externamente. o Placa - para ser colocada em postes, paredes, camihes, nibus. Mdia em Trnsito Refere-se a mensagens veiculadas em nibus (Car Card), metr. Mala Direta Principal agente o correio. Cinema Filmes, Slides, Spots, Jingle. Telemarketing um sistema de ao comercial telefnica. Internet um sistema de ao comercial via computador-telefone. Outras Mdias Door-to-door de porta em porta. Display - material de ponto de venda para exibir prodtos. Contas de telefone, gua, luz; embalagens; Volantes de loterias; A prpria venda pessoal ou tambm televendas; Indicativos de ruas e avenidas; Brindes em geral.
O conceito de comunicao se baseia em trs fatores: o emissor, o receptor e a mensagem. Em MARKETING isso no diferente. Os lanamentos da empresa precisam ser comunicados aos seus diversos pblicos. A empresa representa o papel de emissor e seus pblicos so as fontes receptoras do processo, e eficcia aqui significa mostrar produtos e servios despertando o interesse de clientes em potencial. A mensagem, aqui, de suma importncia. Podemos comunicar fazendo propaganda, publicidade, promoo de vendas, vendas em geral e relaes pblicas. Seja qual for a nossa escolha, a mensagem deve receber toda nossa ateno, buscando a eficcia. Segundo Roberto Simes, Propaganda qualquer forma paga de apresentao e promoo no-pessoal de idias, produtos ou servios efetuada pr um patrocinador identificado. Publicidade toda e qualquer comunicao transmitida ao pblico, a respeito de uma empresa ou de um produto, feita pr terceiros, sem nus e sem controle pr parte da empresa referida. Promoo de vendas consiste em incentivos a curto prazo que visam estimular a compra ou venda de um produto ou servio. Relaes pblica a criao de relacionamento com vrios pblicos da empresa atravs da obteno de publicidade favorvel, construo de uma boa imagem corporativa e controle ou afastamento de rumores, histrias e eventos desfavorveis. Tipos de Propaganda
Institucional Em geral para divulgar imagem de empresas, marcas de produtos e sem inteno, direta de estimular vendas. Exemplo: Beba gua mineral, o refrigerante criado por Deus. Tem sentido educativo, habituando o prospect com certo produto, familiarizando cerca marca. Opera a mdio e a longo prazo; estabelece o prestgio atravs da repetio, utilizando como fundamento o provrbioamericano reputao repetio.
149
UNIDADE 5
Empresa
No controla
Toda empresa um sistema que influencia o ambiente onde opera e tambm sofre influncia desse mesmo ambiente. Essas influncias exercidas e sofridas provocam significativas alteraes no mercado e so chamadas variveis. Algumas variveis so controladas pela empresa. So elas: os elementos do Composto de Marketing, j vistos por ns (produto, preo, distribuio e comunicao). Outras variveis no podem ser controladas, mas devem ser avaliadas e consideradas na tomada de decises pela empresa. So elas, dentre outras: a legislao vigente, aspectos religiosos, culturais, climticos, sociais e econmicos. Estas variveis incontrolveis interferem no processo de venda, na medida em que o cliente recebe seu impacto. Assim, determinadas religies impedem que seus seguidores se vistam de determinada maneira (calas compridas para mulheres), consumam certos alimentos (carnes, por exemplo) ou mesmo assistam a certos filmes e peas teatrais. A empresa deve conhecer o ambiente onde opera, evitando insucessos. A atividade comercial e industrial facilmente impactada por variveis incontrolveis. A legislao brasileira (federal, estadual ou municipal) impe formas de atuao, algumas vezes severas, como na lei que regula as importaes ou exportaes, juros, taxas cambiais, patentes, encargos sociais, etc. Ambiente de Marketing
o processo de adaptao das variveis internas (controlveis) s variveis externas (incontrolveis). * Variveis externas: algumas so previsveis, outras mais ou menos e, algumas, pouco. Ambiente
UNIDADE 6
150
D E C I S O
P R O C E D I M E T O S
UNIDADE 7
Pesquisa de Mercado
O estudo deste texto dar a voc a possibilidade de: Compreender a importncia da pesquisa de mercado no Sistema de Informaes de Marketing - SIM.
Exemplo de utilizao do SIM: ANLISE DO COMPORTAMENTO DE VENDAS Comparar as vendas em diversos perodos; Comparar as vendas por regio; Comparar as vendas da empresa com as vendas globais do ramo; Comparar as vendas realizadas com as previtas; Verificar o comportamento das vendas durante os perodos de esforo promocionais. ESTUDO DOS CLIENTES Clientes atuais; Clientes fiis; Clientes novos; Clientes inativos; Clientes potenciais.
DECISES
VENDAS CLIENTES
Promocionais
Novos Potenciais
Perodo
Na atividade comercial e industrial o SIM se reveste de muita importncia, na medida em que as informaes a respeito das vendas e do perfil dos clientes podem ser rapidamente acessadas, permitindo decises mais eficazes. Benchmark Benchmark nada mais do que estudar a fundo os con-
Ns j vimos que um sistema de informaes de Marketing importante na empresa. Mas como podemos obter esses dados ? A princpio dentro da prpria empresa. As estatsticas de venda e as contbeis so importantes no mbito interno. Externamente essas informaes so buscadas em consultas a um determinado nmero de pessoas. Assim, se quisermos que nossos possveis clientes nos digam quais suas necessidades, devemos perguntar a eles. A pesquisa de mercado , portanto, um mecanismo de Feedback entre clientes e a administrao da empresa. O feeedback melhora sem sem dvida as oportunidades de sucesso na comercializao de produtos e servios, e na identificao de pblicos-alvos que futuramente podero ser clientes cativos da empresa. A eficincia das tcnicas de amostragem pode ser confirmada por exemplos simples, como o exame de sangue, no qual o mdico coleta alguns centmetros cbicos e projeta o resultado para todo o sangue do organismo. Tambm a cozinheira, ao preparar uma sopa, por exemplo, experimenta uma nica colher e sabe se todo o contedo da panela tem bom sabor. O questionrio deve ser elaborado objetivando as informaes que se quer ter, e a coleta pode ser realizada na forma de uma entrevista pessoal, por telefone ou pelo correio. Aps o lanamento, ou mesmo depois da venda, pesquisas devem ser realizadas com o objetivo de medir o grau de satisfao do comprador com o produto ou servio adquirido. Com isto o administrador pode planejar melhor novos lanamentos, corrigindo eventuais incorrees ou valorizando os aspectos que foram plenamente satisfeitos. Podemos afirmar que a pesquisa de mercado um termmetro capaz de reagir s variaes do comportamento de mercado e nos propiciar meios de comunicao com este mercado sincronizado, de forma a permitir uma ao racional do processo de marketing.
151
UNIDADE 8
Segmentao de mercado
Aps ler, atentamente, este texto, voc poder: Conceituar mercado e segmentao de mercado; Identificar a sua importncia e utilizao. Mercado o conjunto de empresas/ pessoas que ofertam/ demandam um determinado bem ou servio. Os mercados so arenas competitivas onde se desenvolvem os processos de troca. Observando o comportamento do mercado cliente, percebemos que seus compradores tm preferncias distintas pr modelos, cores, tamanhos, status, etc. Segmento de Mercado
Busca obter dados preliminares para se conhecer melhor a natureza do problema e sugerir possveis, solues, novas idias, ou definir com mais preciso o problema (exemplo: exame de literatura pertinente, contato com pessoas experientes com o assunto, anlise de casos exemplos relevantes). Pesquisa Descritiva
Existe algum conhecimento prvio acerca do fenmeno, mas ainda h incerteza quanto s circunstncias que ocorre, ou h necessidade de se fazer prognsticos especficos a seu respeito (exemplo: quantas pessoas fariam uma ligao telefnica dentro de um avio por R$ 30 por chamada). Pesquisa Causal
TM TM
Busca identificar relaes de causa-efeito entre variveis, e se possvel a fora dessas inter-relaes (exemplo: ser que os passageiros fariam mais ligaes se o telefone estivesse prximo de sua poltrona, ao invs de estar no corredor, perto do banheiro?). Pesquisa de Painel
Existe um mtodo simples, barato e muito eficaz de pesquisa de mercado que a pesquisa de painel, batizada de comit de clientes. Escolha um local agradvel, com gua, ch, cafezinho e bolacha. Convide um grupo de clientes do seu produto ou empresa para se reunirem e conversarem sobre o produto, seus atributos, benefcios, atendimento, etc. Conduza a reunio de acordo com o andamento, estimule os clientes a participarem, e oriente a participao destes para a obteno de respostas para a empresa. Ao final do encontro oferea um brinde para os clientes, um estmulo para que voltem ou recomendem outros para participar. Grave ou filme o encontro e, depois, faa uma reunio com o seu pessoal para discutirem sobre as colocaes e as sugestes pertinentes dos clientes, para dar consistncia e credibilidade ao comit. Verifica-se a enorme importncia da pesquisa mercadolgica no fornecimento de dados essenciais preparao de estratgias mercadolgicas.
A Segmentao de Mercado o processo de identificar compradores com diferentes desejos ou necessidades e agrup-los de acordo com a finalidade que tm entre si. a diviso do mercado em segmentos compostos de clientes com caractersticas homogneas. Conjunto homogneo de clientes em um dado mercado, especificado a partir de critrio preestabelecido. No s no mercado de carros, mas todo e qualquer mercado geral se divide em submercados menores, mais homogneos e distintos entre si, chamamos segmentos. Um segmento de mercado um grupo de indivduos com caractersticas comuns como clientes. Escolher um segmento, num dado mercado, significa determinar qual parcela se pretende atingir e que critrios sero utilizados para chegarmos aos seus clientes. Selecionar um segmento como nosso mercado-alvo por dois motivos principalmente: maior eficincia, pois num mercado homogneo temos mais facilidade de comunicao, e custos menores. A segmentao de mercado pode ser feita de acordo com critrios geogrficos, psicogrficos, demogrficos. Segmentao Geogrfica Este tipo de segmentao leva em considerao: regio, estado, municpio, tamanho da cidade, densidade de ocupao do solo, clima, litoral x interior, zona rural x zona urbana, etc.
152
Uma empresa deve segmentar seu mercado, pois a segmentao atinge com mais eficcia os objetivos de marketing propostos a ateno satisfao do cliente no pulverizada.
Telemarketing um sistema de ao comercial telefnica. Atravs do uso padronizado da ao telefnica, vendemos produtos, servios, e a imagem da empresa. O Telemarketing pode ser receptivo, quando recebemos ligaes dos clientes ou transmissivo, quando fazemos ligaes. A base do Telemarketing a elaborao de um script, ou seja, de um guia de conversao telefnica, que preveja as possveis objees dos clientes e modos de super-las. A conversa deixa de ser um improviso e d ao vendedor a preparao adequada para a venda. O sucesso desta tcnica, como a da mala direta, tambm depende de uma boa listagem. O script fundamental e deve conter todas as objees e sadas, orientando para o fechamento da venda. Internet
UNIDADE 9
Internet uma rede mundial de computadores, os quais se comunicam (acesso a dados) atravs de protocolospadro. Home page: pgina inicial de um site em que voc disponibiliza seus produtos e servios por meio de seu escritrio virtual. Certamente, ao ler este texto, voc ter maiores conhecimentos sobre: Os motivos que levaram as empresas a utilizarem tcnicas de Marketing Direto; A importncia do telemarketing e da internet nas vendas. A utilizao das trs tcnicas leva formao de um banco de dados, com informaes detalhadas sobre os clientes (sexo, idade, classe, ocupao etc.), para que se possa desenvolver programas de relacionamento com clientela, cujo objetivo final tornar o cliente fiel marca. Na atividade empresarial, aes de Marketing Direto so fundamentais para criar um database, isto , um arquivo contendo informaes a respeito do perfil dos clientes em termos de classe scio-econmica, local da residncia, hobby, faixa etria etc. fcil perceber o valor de um arquivo contendo esses dados - quando a empresa vai lanar um empreendimento imobilirio pode, atravs da mala direta ou de ligaes telefnicas, se aproximar melhor do pblico objetivado.
153
GLOSSRIO
Briefing (ingl.) Resumo. Trata geralmente de um resumo dos fatos relativos elaborao de uma campanha de propaganda, fornecidos pelo cliente agncia. Broadside (ingl.) Tipo particular de folheto, utilizado pelos vendedores para mostrar, ilustrando, todos os pontos e argumentos de venda referente a um produto ou a uma linha de produtos ou servios. Case (ingl.) Fato acontecido que serve para exemplo. Ciclo de vida Todo produto tem o seu ciclo de vida. Como se fosse uma criatura humana, nasce, cresce, envelhece e morre. Design (ingl.) No contexto, muito mais do que simples desenho de um produto, mas a sua concepo global em termos de formas e praticidade, dentro de uma tica do usurio. Display (ingl.) Mostrurio. Material de ponto de venda para exibir produtos. Elite Em marketing, diz-se do segmento social dos consumidores mais exigentes, ou daqueles que tm o poder aquisitivo maior. Empatia Em psicologia, a tendncia para sentir o que sentiria a outra pessoa, como se estivssemos vivendo a sua situao e circunstncias. Enquete O mesmo que pesquisa ou estudo (de opinio ou de mercado). Estratgia Aplicao dos meios ou recursos disponveis visando execuo de objetivos. Estratificao Termo utilizado em pesquisa de mercado para se obter uma amostra representativa dos diversos setores ou segmentos que se pretende pesquisar. Feedback (ingl.) Processo de controle pelo qual o resultado do desempenho de um sistema programado para atuar sobre o impulso alimentador do mesmo sistema, permitindo estabelecer correes a partir dos erros verificados. Fidelidade Diz-se do comportamento de determinado segmento de consumidores que adquirem sempre um determinado produto ou servio da mesma marca. Folder (ingl.) Pea promocional em papel dobrvel Hierarquia das Necessidades Modelo criado pelo psiclogo americano Abraham MASLOW, na tentativa de hierarquizar, ou atribuir valores relativos aos vrios estmulos de ordem psicolgica ou social, que levam as pessoas a se comportarem de determinadas maneiras. Marke-Share (ingl.) O mesmo que Share, Share of Market, e participao no Mercado. Marketing-Mix (ingl.) Livremente traduzido como composto de marketing. Conjunto de recursos internos da rea de marketing de uma organizao que so mobilizados na sua estratgia de marketing. Merchandising (ingl.) Conjunto de atividades desen-
154
155
156
EXERCCIOS
Marketing imobilirio
1. Nos dias de hoje, qual o principal objetivo do marketing? a) conhecer bem o produto b) conhecer e compreender muito bem o cliente c) desenvolver habilidades de venda d) oferecer o produto 2) H uma conhecida expresso na lngua portuguesa que pode se aplicar ao marketing. Identifique-a: a) Quem avisa amigo b) Deus ajuda quem cedo madruga. c) A propaganda a alma do negcio. d) Tempo dinheiro. 3. O que considerado importante na anlise do comportamento de vendas? a) Comparar as vendas somente num determinado perodo b) No analisar as vendas durante as promoes c) Fazer apenas o que os concorrentes fazem d) Comparar as vendas da empresa com as vendas dos concorrentes 4. O termo ingls, marketing-mix, que significa o conjunto de recursos internos mobilizados por uma organizao na sua estratgia de marketing, conhecido pela seguinte traduo livre em portugus: a) segmentao de mercado b) venda promocional c) marketing direto d) composto de marketing 5. Quais so os trs recursos mais importantes do marketing direto? a) correio, filme e internet b) correio, cinema, lobby c) mala direta, telemarketing e internet d) mala direta, jingle, cinema 6. O conceito de marketing implica: a) o lucro e satisfao do cliente b) o lucro sem interesse pelo cliente c) o cliente acima de tudo d) a privilegiar a situao econmica cliente
157
158
DESENHO ARQUITETNICO
159
160
INTRODUO
Caro aluno, vamos agora iniciar o estudo do desenho arquitetnico e das tcnicas de construo civil. Na profisso de Corretor de Imveis voc, muitas vezes, dever ter em mos uma planta baixa de algum projeto arquitetnico, onde dever mostrar ao cliente os detalhes e os diferenciais deste imvel.Voc certamente tambm ir visitar alguma obra ou aconselhar o seu cliente sobre algum detalhe do projeto deum imvel. Para tudo isto, voc dever ter noes de um projeto arquitetnico e de como se procede numa construo civil. Nesta disciplina voc aprender tudo isto, fazendo um bom trabalho perante o cliente e ganhando a sua confiana. Bom estudo!
161
162
UNIDADE 1
O Desenho Tcnico
. SEO 1 O Desenho Tcnico Voc j ouviu falar ou leu alguma coisa sobre desenho tcnico? Procure, com suas prprias palavras, escrever o que voc sabe sobre o assunto nas linhas abaixo: No seu contexto mais geral, o desenho tcnico engloba um conjunto de metodologias e procedimentos necessrios ao desenvolvimento e comunicao de projetos, conceitos e idias e, no seu contexto mais restrito, refere-se especificao tcnica de produtos e sistemas. No de estranhar que com o desenvolvimento das tecnologias da informtica e dos sistemas de informao a que se assistiu nas duas ltimas dcadas, os processos e mtodos de representao grfica, utilizados pelo desenho tcnico, tenham tambm visto uma profunda mudana. Passou-se rapidamente da rgua T e esquadro s mquinas de desenhar, aos softwares de desenho 2D (desenho em duas dimenses, ou seja, com viso plana, sem a idia de profundidade), e mais recentemente a uma tendncia para a utilizao generalizada de sistemas de modelao geomtrica 3D (desenho em trs dimenses, ou seja, com uma representao que d idia de profundidade). Atualmente, os projetos, na sua grande maioria, so elaborados em programas de computadores, citamos aqui os programas conhecidos como CAD, entre eles, um dos mais utilizados e conhecidos o AutoCAD. SEO 2 A Normalizao Na elaborao de projetos nas reas de Engenharia, Arquitetura e afins, precisamos obedecer e seguir um padro de representaes grficas que estejam de acordo com as normas brasileiras. A Associao Brasileira de Normas Tcnicas ABNT, o rgo responsvel pela normalizao e certificao de produtos e servios. A ABNT a representante oficial do Brasil da ISO - International Organization for Standardization, desde a sua criao, em 1947. SAIBA MAIS
Segundo a ABNT, normalizao a atividade que estabelece, em relao a problemas existentes ou potenciais, prescries destinadas utilizao comum e repetitiva com vistas obteno do grau timo de ordem em um dado contexto. Os objetivos da normalizao, conforme a ABNT, so: Economia Proporcionar a reduo da crescente variedade de produtos e procedimentos. Comunicao Proporcionar meios mais eficientes na troca de informao entre o fabricante e o cliente, melhorando a confiabilidade das relaes comerciais e de servios. Segurana Proteger a vida humana e a sade. Proteo do Consumidor Prover a sociedade de meios eficazes para aferir a qualidade dos produtos. Eliminao de Barreiras Evitar a existncia de regula- Tcnicas e Comerciais men tos conflitantes sobre produtos e servios em diferentes pases, facilitando assim, o intercmbio comercial. Na prtica, a Normalizao est presente na fabricao dos produtos, na transferncia de tecnologia, na melhoria da qualidade de vida atravs de normas relativas sade, segurana e preservao do meio ambiente. Voc consegue imaginar se no existissem normas regulamentadas? No existiriam tijolos de mesmo padro, as tomadas eltricas no se encaixariam, pois cada fabricante faria um tipo diferente. As instalaes hidrulicas seriam diferentes para cada fornecedor, e assim por diante... Seria um verdadeiro caos no mesmo? Por isto que a ABNT est constantemente fiscalizando e regulamentando produtos e procedimentos, para que a nossa vida seja mais tranqila. EXEMPLO: Blocos de concreto Blocos de concreto so componentes de grande aceitao na atualidade. So versteis, tendo aplicao na execuo de muros divisrios, alvenarias estruturais e de vedao,
ISO, uma federao mundial de organismos de normalizao nacionais de, aproximadamente, 120 pases. Sua misso promover o desenvolvimento da normalizao,
163
164
J nas escalas de ampliao devemos proceder exatamente ao contrrio, isto , devemos multiplicar. Assim, se escolhermos a escala 10:1, teremos um objeto cujo tamanho real seja 1cm (um centmetro) ser desenhado com o tamanho de dez centmetros. Na escala grfica teremos:
1 = 60 (1 grau igual a 60 minutos) 1= 60 (1 minuto igual a 60 segundos) 1 = 60= 3600 e) Classificao de ngulos Os ngulos so classificados de acordo com as aberturas que representam:
165
Caractersticas
Grfico
um ngulo cuja medida maior do que 0o e menor do que 90o. Ao lado temos um ngulo de 45o. Um ngulo reto um ngulo cuja medida exatamente 90o. Assim os seus lados esto localizados em retas perpendiculares. um ngulo cuja medida est entre 90 graus e 180 graus. Na figura ao lado temos o exemplo de um ngulo obtuso de 135 graus um ngulo cuja medida exatamente 180o, os seus lados so semi-retas opostas. Neste caso os seus lados esto localizados sobre uma mesma reta.
Reto
Obtuso
Raso
Todos os tringulos possuem trs ngulos internos, sendo a soma desses ngulos sempre igual a 180. Quando um destes ngulos tem 90, em um de seus vrtices, dizemos que ele um tringulo retngulo. Ceter Instituto do Corretor Desenho Arquitetnico e Noes de Construo Civil 11 Para calcularmos a rea de um tringulo basta multiplicarmos a medida da sua base (b) pela medida da sua altura (h) e dividirmos por 2, anote a frmula: A =(b h) 2
2) POSIO RELATIVA ENTRE RETAS Posies relativas entre retas so posies que duas ou mais retas relacionadas entre si ocupam no espao: Retas Paralelas: so retas que no possuem nenhum ponto em comum. Mesmo se prolongando at o infinito, nunca se encontram e mantm sempre a mesma distncia entre elas. Retas Coincidentes: so aquelas que possuem todos os pontos em comum. Retas Concorrentes: so retas que possuem apenas um ponto em comum. Podem ser perpendiculares ou oblquas: a) Retas Concorrentes Perpendiculares So retas concorrentes que formam um ngulo reto (90) entre si. b) Reta concorrente oblqua So retas que se interceptam, formando ngulos diferentes de 90. 3) TRINGULO O tringulo a figura geomtrica que possui trs lados. Quanto s dimenses de seus lados, os tringulos podem ser do tipo Eqiltero, Issceles ou Escaleno: Lado Vrtice
b p a
4) RETNGULO O retngulo uma figura composta por 4 lados perpendiculares entre si, porm no possuem as mesmas medidas, pois sua altura tem dimenses diferentes da sua base. O clculo de sua rea dado por: A=bh Altura (h) Base (b) 5) QUADRADO Esta figura formada por quatro lados (quadriltero = figura plana de quatro lados) e todos devem possuir necessariamente as mesmas medidas e tambm devem ser compostos por ngulos internos iguais a 90. O princpio do clculo de sua rea bem simples, como no retngulo, basta multiplicarmos a sua base pela sua altura. Como a medida de seus lados sempre igual, o valor da base igual ao valor da sua altura, que chamaremos de lados (L) do quadrado. Logo, o clculo de sua rea dado por: L A = L2 L
Tringulo eqiltero: aquele que possui os 3 lados exatamente com as mesmas medidas. Tringulo issceles: aquele que possui apenas dois de seus lados com a mesma medida.
L 6) LOSANGO O losango tambm um polgono (figura plana formada por uma linha, com vrios ngulos, fechada) de 4 lados iguais, mas ao contrrio do quadrado, deve possuir ngulos internos diferentes de 90. Assim, possuiro duas diagonais de medidas diferentes e aqui representadas por D e d. O clculo de sua rea dado por:
166
7) PARALELOGRAMO Semelhante ao losango, tambm um polgono formado por quatro lados paralelos dois a dois, porm possuem duas medidas diferentes para cada par de lados. O clculo de sua rea simples e dado pela multiplicao de sua base pela sua altura, conforme frmula a seguir: A=bh
8) TRAPZIO Esta figura formada por quatro lados, sendo dois de seus lados, paralelos e de medidas diferentes, lados estes que chamamos de base maior e base menor. Representamos a base maior por B, a base menor por b e a altura por h. O clculo da rea de um trapzio dado pela seguinte frmula: A = (B + b) h 2
9) CIRCUNFERNCIA Toda circunferncia possui um determinado Raio ou Dimetro pelo qual podemos calcular sua rea. A relao entre Raio e Dimetro de 1:2, ou seja, o Raio (R) tem exatamente a metade da medida do Dimetro (D). A rea da circunferncia dada por: 2 A = p R ou 2 A=pD 4 RESUMO
CARDO, Celso. Tcnicas de Construes I e II. Belo Horizonte: Arquitetura e Engenharia, 1969. LELLI, Marcelo & IMENES, Luiz Mrcio. Matemtica para Todos. So Paulo: Scipione. 2002. NEIZEL, L. Desenho Tcnico para a Construo Civil. So Paulo: E.P.U. 1979. OBERG, Lamartine. Desenho Arquitetnico. 21 ed. Rio de Janeiro: ao Livro Tcnico. 1976. RIBEIRO, Benedito. Manual do Tcnico em Transaes Imobilirias. Goinia: Ed. AB. 1987. SILVA, Eurico de Oliveira e ALBIERO, Evando. Desenho Tcnico Fundamental. So Paulo: Editora Pedaggica e Universitria. 1977.
UNIDADE 2
O Projeto Arquitetnico
SEO 1 O Projeto Arquitetnico Em qualquer edificao, de maior ou menor complexidade, imprescindvel obedecer a um trabalho preliminar, antes mesmo de se assentar o primeiro tijolo na obra. Esta etapa que precede o incio real da obra denomina-se fase de programa, ou seja, a fase do seu planejamento,
Nesta unidade voc aprendeu que as normas tcnicas so um processo de simplificao e padronizao de procedimentos e produtos. Que as normas fixam padres de qualidade; padronizam produtos, processos e procedimentos; consolidam difundem e estabelecem parmetros consensuais entre produtores, consumidores e especialistas; e regulam as relaes de compra e venda.
167
ter. As diferentes dependncias devem ter suas reas proporcionais de tal forma que atendam aos objetivos do cliente e que o acrscimo de rea em uma dependncia no implique o sacrifcio na funcionalidade de outra. As inmeras possibilidades existentes na ordenao dos espaos e suas interdependncias so exploradas pelo projetista, de forma simples e consciente, na elaborao de vrios croquis (Primeiro esboo de um projeto arquitetnico) que propiciem o aprimoramento de solues na concepo arquitetnica e nas aspiraes do proprietrio. A fase seguinte, o anteprojeto, destina-se a dar maior consistncia ao estudo preliminar. Neste, a preocupao com as dimenses, as propores e as interrelaes dos espaos e reas, que so uma constante em todas as fases deste processo criador. Nesta etapa devem-se ter a definio do sistema estrutural e de instalaes, alm de todos os outros fatores j determinados anteriormente como, orientao solar, vento, acesso, topografia, custos, etc. Nesta fase, a comunicao entre o projetista e o cliente deve ser constante, pois o momento em que sero definitivamente cristalizados as aspiraes e os desejos do proprietrio na forma de um projeto.
De posse da definio destes espaos e associando-se a outros solicitados pelo cliente (como por exemplo, rea desejada, recursos disponveis, nmero de pavimentos) e, levando-se em conta fatores como clima, aerao, insolao (quantidade de energia trmica proveniente dos raios solares, recebida por uma construo.), estilo e topografia, o projetista inicia o trabalho da transformao do programa na ordenao dos espaos, inter-relacionandoos em suas diferentes funes. Concluda esta etapa, o projetista, atravs de informaes do cliente, capta as necessidades comuns e os desejos individuais divergentes, alm das condies socioeconmicas e culturais daquela famlia, e passa s etapas seguintes.
Topografia a anlise e representao grfica detalhada de um terreno que direciona toda a implantao da construo; a reproduo grfica de um terreno, incluindo aclives, declives e irregularidades.
Superada a etapa denominada de programa, passemos fase seguinte, o estudo preliminar (quando se verifica a viabilidade de uma soluo que d diretrizes ou orientaes ao ante-projeto), em que as preocupaes passam a ser na ordenao das propores e suas medidas.
Ante-projeto so as primeiras linhas traadas pelo arquiteto em busca de uma idia ou concepo para desenvolver um
A modernizao dos hospitais e sua relao com a qualidade dos servios, e os investimentos das instituies de sade na melhoria do espao so temas extremamente atuais com os intensos investimentos pblicos e privados na rea da sade. Uma boa parte da rede privada estava desatualizada. As atividades clnicas e toda a comunicao interna, controle de infeces e segurana passou a ter uma evoluo muito grande e os edifcios no acompanharam essa evoluo. Muitos deles mantinham ainda a viso de pavilhes, com vrios leitos e um sanitrio geral, que eram as antigas enfermarias. Os hospitais, quando tiveram toda essa transformao na demanda e servios de melhor qualidade, comearam a investir no edifcio. Em meados da dcada de 90, em que novas estruturas e solues surgiram, os hospitais que se adiantaram nesse processo e tiveram uma viso mais progressista investiram em hotelaria, infra- estrutura, diagnsticos, e comearam a ganhar espao e ter um retorno disso. Os que at ento nada tinham feito perderam clientela, no pelo servio mdico que poderiam prestar, mas pelo espao oferecido. Se um quarto mal resolvido, o banheiro precrio, sem equipamentos, ar condicionado, frigobar, televiso, o paciente acaba de certa maneira identificando a qualidade do atendimento com a do espao. A partir da comeou uma transformao marcante, e isso se estendeu para as demais reas do hospital. A medida em que se melhora o padro para o paciente, for-
EXEMPLO:
168
No momento em que a fachada imaginada, a posio do observador (projetista) aquela em que ela idealizada em um nico plano, como uma forma achatada. A fachada principal obrigatoriamente apresentada no projeto arquitetnico, porm, caso o projetista considerar necessrio, poder apresentar fachadas laterais ou de fundo que so tambm chamadas de fachadas secundrias. As fachadas so desenhadas na mesma escala do desenho e no possuem dimenses especificadas. Os elementos usualmente apresentados nas fachadas so: Portas e Janelas. Gradil. Revestimentos decorativos. Cobertura e Tipo de Telha. Varandas. SAIBA MAIS:
Fachada: Cada uma das faces de qualquer construo, a de frente denominada fachada principal, e as demais: fachada posterior ou fachada lateral. Planta: Representao grfica de uma construo onde cada ambiente visto de cima, sem o telhado. Essa se destina a representar os diversos compartimentos do imvel, suas dimenses e suas diversas aberturas (esquadrias). Corte: Desenho que apresenta uma construo sem as paredes externas, deixando mostra uma srie de detalhes como: p-direito, divises internas, comprimentos, escadas, etc. Caso haja necessidade de mais algum corte ou planta, devero constar outros desenhos para um perfeito detalhamento mais especfico do projeto. SAIBA MAIS:
Gradil: Grade ornamental separatria ou de proteo, geralmente de barras verticais paralelas. Revestimento: Designao genrica dos materiais que so aplicados sobre as superfcies toscas e que so responsveis pelo acabamento. Cobertura: Conjunto de madeiramentos e de telhas que serve de proteo casa. Varanda Alpendre grande e profundo. Sala da frente nas casas rsticas. 2) PLANTA BAIXA Planta (baixa) a representao grfica de uma construo onde cada ambiente visto de cima, sem o telhado. Ela serve para representar as diversas peas do imvel, suas dimenses e suas diversas aberturas (esquadrias).
1) FACHADA PRINCIPAL Fachada , como o prprio nome sugere, aquilo que est
169
6 Os elementos da construo (fundaes - Conjunto de estacas e sapatas responsvel pela sustentao da obra; pilares, vigas, etc). 6 Os materiais (concreto, madeira, telhas, piso, etc). 4) PLANTA DE COBERTURA A planta de cobertura a vista superior da edificao sobre um plano horizontal de projeo. Alm de ser uma parte importante na proteo das edificaes, a cobertura assume importante papel arquitetnico decorativo.
Podemos afirmar que a planta baixa o principal instrumento de representao grfica de um projeto, devido ao grande nmero de informaes que contm. Assim sendo, de vital importncia ao Tcnico em Transaes Imobilirias, saber interpretar de forma correta os desenhos arquitetnicos. Entre outras, as principais informaes constantes da planta baixa so as seguintes: Diviso interior dos cmodos (aposento de uma casa, quarto) e suas medidas atravs das cotas (toda e qualquer medida expressa em plantas arquitetnicas). Tipos, tamanhos e local das portas e janelas; Vos (abertura ou rasgo numa parede para a colocao de janelas ou portas). Espessura das paredes; Cotas e tipos de pisos; Disposio fsica do imvel no terreno; rea de lazer. 3) CORTES Como voc j estudou anteriormente, os cortes transversal e longitudinal so obrigatrios na apresentao de um projeto. Estes cortes so resultados de uma vista de uma das partes da edificao seccionada por um plano vertical.
composta de armao ou estrutura (geralmente de madeira ou ferro), revestimento (telhas), e coletores de gua (calhas). Pode ser constituda de uma ou mais superfcies, planas ou curvas, denominadas gua. Quanto forma, as coberturas se classificam pelo nmero de gua, e podem ser da forma que mostra o desenho acima. As setas nas plantas dos telhados indicam o sentido da queda da gua.
5) PLANTA DE SITUAO Tambm conhecida por Planta de Ocupao tem por finalidade demonstrar o conjunto contendo a edificao, o terreno, o logradouro de acesso e os logradouros das esquinas mais prximas. A Planta de situao dever indicar: 6 A projeo das edificaes dentro do lote. 6 O contorno do terreno. 6 A dimenso do lote e os afastamentos frontais, laterais e fundos. 6 A numerao do lote e vizinhos. 6 A orientao verdadeira (Norte Magntico). 6 As reas da construo. 6 A taxa de ocupao da construo no lote: rea construda rea do lote
A seo arbitrada pelo projetista visando fornecer o maior nmero de detalhes e informao contidas na construo. A finalidade dos cortes representar e cotar os seguintes elementos: 6 P-direito (altura entre o piso e o teto) dos compartimentos. Nvel de Referncia ou Nvel 6 Nveis Relativos. 6 As alturas das vergas e peitorais. 6 A altura dos vos. 6 A altura real da edificao. 6 Os revestimentos de parede (azulejos, frmicas, etc).
170
SEO 3 Os Materiais de Construo Civil Assim so denominados todos os diferentes materiais que compe a construo de qualquer edifcio residencial, comercial, industrial, de lazer ou misto. Todos eles devem estar em conformidade com as normas tcnicas em vigor e as regulamentaes oficiais que regem o assunto. Ao usurio da edificao deve ficar garantida a estabilidade, a segurana, a higiene, a salubridade, o conforto trmico e acstico atravs da aplicao correta dos diferentes materiais de construo. As municipalidades devero e podero impedir o emprego de material, instalao e equipamentos inadequados ou com defeito, que possam comprometer as condies. Veja a seguir os principais materiais utilizados na construo civil. 1) PEDRAS NATURAIS E ARTIFICIAIS As pedras so usadas em alicerces, em pisos, revestimentos internos e externos e em decoraes diversas. Em alicerces usam-se as pedras em dimenses mnimas de 30 centmetros e via de regra argamassas. O uso sem argamassa no recomendado pela tcnica das construes, salvo em casos especiais.
Argamassa: Mistura de materiais inertes (areia) com materiais aglomerantes (cimento e/ ou cal) e gua, usada para unir ou revestir pedras, tijolos ou blocos, que forma conjuntos de alvenaria.
DICAS:
A ardsia, em placas, medindo 15 x 30 a 20 x 40 cm a opo mais barata Os granitos e mrmores alcanam preos mais elevados. Em pisos externos so tambm usados paraleleppedos granticos, principalmente em ptios de manobras de veculos. As pedras de pirenpolis (arenitos) so usadas em revestimento de pisos e paredes, aparelhadas, polidas ou no. Tambm so usadas em revestimentos externos. O mrmore aplicado em piso de alto luxo. A forma mais usada a retangular. Suas dimenses nunca devem ser inferior a 40 cm. A granita usada em lajes, quadrada ou retangular, bastante resistente, por isso, usada em pisos. Sua espessura varia de 12 a 15 mm. considerado piso nobre. Tanto os mrmores como os granitos apresentam o grave inconveniente de serem escorregadios quando polidos e encerados. Em lugares de muito movimento no se usa o mrmore e sim o granito por sua grande dureza. SAIBA MAIS:
VOC SABIA?
Em virtude do alto preo das pedras naturais, passou-se a usar as pedras artificiais. Entre elas temos: o Ladrilho de cimento: encontrado no mercado de vrios tamanhos e formas, as mais usuais so as quadradas 15 x 15 cm e as hexagonais regulares. o Terracota: um excelente material para revestimento de pisos, que ficam conhecidos como ladrilhos marselheses ou ladrilhes cermicos. Esses ladrilhos apresentamse sob as formas e dimenses as mais diversas. As mais comuns so 5 x 10 e 7,5 x 15 cm e a hexagonal 10 x 10 x 10 cm. o Grs cermica: tambm so timas para pisos. Resistentes e durveis, pois so obtidos com o cozimento de at 1300C. Consiste de uma mistura de argila, feldspato e corantes. O desgaste praticamente nulo. o Pastilhas: so ladrilhos de grs cermica ou de vidro de dimenso reduzida.Seus formatos so hexagonal, circular, quadrado e retangular. Apesar de as pastilhas apresentarem cores uniformes podem obter, combinados os elementos de vrias
A construo das alvenarias de pedra deve ser procedida com cuidados especiais, para que se garanta a estabilidade da obra. As pedras devem ser molhadas previamente, antes de serem colocadas nas argamassas, alm de caladas com lascas duras, com dimenses adequadas, para compor um bom pavimento sem vazios ou interstcios. Quando a alvenaria de pedra tiver a funo de muro de arrimo, dever dispor de drenos devidamente dimensionados e perfeitamente distribudos. Quando a alvenaria de pedra for cortada e aparelhada, forma o que denominamos de cantaria. A cantaria teve sua aplicao em grandes pocas da Arquitetura, antes do uso do concreto armado. As pedras so ajustadas umas sobre as outras com perfeita normalidade. Isto se consegue desenhando puras (representao geomtrica, no plano, de uma figura no espao, mediante projees) em tamanho natural e cortando os
171
Granilite: material de fabricao in situ. Sob a camada de argamassa de cimento e areia, trao 1:3, j com as inclinaes devidas, destinadas ao escoamento das guas, espalha-se uma camada muito fina de pasta de cimento branco onde esto adicionados cacos de pedras ou mrmore e corante, denominadas granas, com dimenses mximas de 5 mm. Esta camada separada por lminas de lato ou vidro com altura variada de 1,5 cm, formando xadrez, que evitam a formao posterior de trincas motivadas pelas diferentes dilataes trmicas entre as duas camadas. Dois dias depois da aplicao pode-se aplicar o primeiro polimento que pode ser a mo ou a mquina havendo falhas nota-se aps a lavagem do piso fazemse os reparos devidos e, aps nova secagem, procede-se o polimento final. A seguir aplicar-se leo de linhaa para proteg-lo contra sujeiras. A limpeza do piso deve ser feita pouco antes da entrega da obra para evitar danos, causados pelos operrios distrados, no piso. 2) AGREGADOS, AGLOMERADOS, ARGAMASSA E CONCRETO a) Agregados: So materiais que se adicionam nas argamassas e nos concretos para obtermos efeitos diversos como economia, decorao, durabilidade, etc. Eles se dividem em agregados midos e agregados grados. Os midos so as areias e os corantes; Os grados so as britas e as granas. As britas so vendidas sob denominao de Pedra 1, Pedra 2, Pedra 3, Pedra 4. A proporo de agregado, do aglutinante e da gua, que se denomina dosagem, a caracterstica fundamental das argamassas e dos concretos, e se denomina trao.
EXEMPLO:
172
A resistncia dos concretos funo da quantidade de cimento, do fator gua/ cimento e do tempo decorrido da mistura. O fator gua/ cimento a relao entre a gua, em m, que entra na composio do concreto e a quantidade de cimento, em kg. As tabelas PINI usam na composio o fator 0,60. Os concretos podero ainda, em alguns casos, conter aditivos. Estes so produtos ou agentes que atuam sobre os concretos por vias fsicas ou qumicas, para melhorar determinadas qualidades, facilitar o manuseio, acelerar a pega, etc. Pega o inicio da cura dos concretos. Os concretos podem ser preparados manual ou mecanicamente. O preparo manual deve ser realizado em estrados de madeira, se possvel, onde no haja possibilidade de fuga e nem perda dos diferentes materiais usados. Misturamse os materiais inertes e depois se acrescenta o cimento continuando-se a mistura. Depois de concluda a mistura final, acrescenta-se gua aos poucos, evitando-se perdas, ate a colocao final da gua prevista. No preparo mecnico usam-se as betoneiras. O procedimento o mesmo que o anterior na questo do adicionamento dos materiais.
As paredes e os tetos, via de regra, apresentam umidade, quando novas, por isso deve-se deix-las secar antes de iniciar a pintura. Tendo pressa, podemos fazer a pintura em cal e depois de algum tempo efetuar a pintura definitiva. Com esse artifcio, evitamos o inconveniente de umidade das partes a serem pintadas. Os tetos so pintados, geralmente, base de cal. Hoje em dia j se prefere pint-los com tinta ltex, lavvel. Porm, nada justifica essa preferncia sob o ponto de vista tcnico. As esquadrias de madeira so pintadas base de leo, embora possam ser usadas, nos acabamentos mais baratos, as tintas ltex. As esquadrias metlicas exigem uma proteo contra a ferrugem. Essa proteo feita com zarco em uma ou duas demos. Posteriormente aplica-se o grafite, que garante uma melhor proteo esquadria. A tinta a leo para esquadria indicada pelo acabamento que produz. O leo aplicado logo depois do zarco. As esquadrias internas, conforme as necessidades de conservao podem receber os seguintes acabamentos: - a leo simples; - a meio-esmalte; - a esmalte polido (fosco, meio-brilhante e brilhante); - a verniz; - a cera. A pintura deve ser a ltima fase da obra. Concluda a pintura, somente devero entrar os encarregados da limpeza geral da obra. Aps a limpeza, feita a entrega do imvel aos proprietrios. b) Vidros Os vidros em edificaes so de dois tipos fundamentais: vidros lisos (transparentes) vidro fantasia (translcidos) Os vidros lisos, tambm conhecidos como vidro simples, tem a espessura de 2 e 3 milmetros, sendo que este ltimo denominado vidro duplo. Ainda so usados os de 4,5 e 6 mm de espessura, tipo Blindex. Os vidros fantasia so os granitos, martelados, granulados etc. e ainda os canelados, quadriculados etc., mais cores. Estes so usados em quartos, quartos de banho, cozinha, ou ainda nos cmodos que no devem ser devassados. A fixao do vidro, nos caixilhos, feita com massa de vidraceiro (base de gesso e leo de linhaa) normalmente
173
- resistncia a todas as solicitaes, enquanto o ferro e o concreto s resistem a algumas; - facilidade de trabalhar; no transporte, no manuseio; no corte, etc. - custo relativamente baixo com pequeno custo de produo e beneficiamento; - timas qualidades tcnicas, sendo que nula sua sensibilidade s variaes trmicas. Quais as suas desvantagens?
- no uniforme, ocorrendo variaes de pedao a pedao, quando cortada; - fcil deteriorao; - combustvel; - durao menor alvenarias e concretos. d) Tijolos: So pedras artificiais, confeccionadas com argila previamente moldadas e cozidas, apresentando determinadas formas e dimenses. Quais as fases de fabricao dos tijolos?
a. Adobes tambm conhecidos como tijolos crus, so secos ao ar livre ou ao sol. Neste caso, no h cozimento. So elaborados geralmente com argilas ordinrias (comuns) ou barros. So empregados em construes rsticas e onde haja bastante argila. b. Tijolos comuns (ordinrios) so feitos de argila comum, porm sofrem cozedura. Geralmente so os mais usados nas construes. c. Tijolos refratrios so confeccionados com argilas quase puras (tipos apropriados) e tem a propriedade de resistir a altas temperaturas, sem se deformarem. So usados em pisos de residncias, fornos, pisos industriais e fornalhas. d. Tijolos especiais apresentam como caractersticas principais as suas formas e dimenses, que so as mais variadas possveis, conforme suas aplicaes. e) Telhas: Telhas cermicas so materiais de construo que tem por finalidade precpua a cobertura das edificaes e so executadas com material cermico (argila), apresentando formas e dimenses caractersticas que dependem das diferentes aplicaes. Como podem ser classificadas as telhas? a. Telhas planas tm geralmente a forma retangular. So divididas em: telhas de escama ou planas propriamente ditas; telhas francesas ou Marselha Dimenses: Largura 220 mm Espaamento entre ripas 330 mm b. Telhas curvas o prprio nome indica o formato curvo que apresenta, geralmente de um tronco de cone oco, cortado por um plano paralelo ao eixo. Existem 3 tipos principais: telhas coiva, tipo colonial, e ainda da capa e canal. Como o processo de fabricao das telhas? O processo idntico fabricao dos tijolos. Devemos tomar cuidado na formao da pasta, procurando fazer com que esta seja bem fina, nem muito gorda, nem muito magra e homognea.
1) Extrao da argila: existem dois processos, ambos a cu aberto. - processo manual, onde so utilizadas ps, picaretas, enxadas, etc - processo mecnico, onde so utilizados equipamentos pesados, como ps- carregadeiras, escavadeiras, tratores, etc. 2) Preparo da matria-prima: seleo e controle de laboratrio para confeco dos produtos cermicos. Esta preparao pode ser feita de duas maneiras, ou seja: - preparao manual, onde o barro, depois de extrado, depositado em montes feitos para a retirada das impurezas. Em seguida, a argila jogada em tanques especiais, agregando a gua na massa. Neste tanque, a massa batida at tornar-se homognea e de boa consistncia. - preparao mecnica, feita por meio de desagregadores, cilindros e misturadores.
174
CARDO, Celso. Tcnicas de Construes I e II. Belo Horizonte: Arquitetura e Engenharia, 1969. NEIZEL, L. Desenho Tcnico para a Construo Civil. So Paulo: E.P.U. 1979. NEUFERT, Ernest. Arte de Projetar em Arquitetura. So Paulo: GG, 1998. OBERG, Lamartine. Desenho Arquitetnico. 21 ed. Rio de Janeiro: ao Livro Tcnico. 1976. RIBEIRO, Benedito. Manual do Tcnico em Transaes Imobilirias. Goinia: Ed. AB. 1987. SILVA, Eurico de Oliveira e ALBIERO, Evando. Desenho Tcnico Fundamental. So Paulo: Editora Pedaggica e Universitria. 1977.
UNIDADE 3
A Construo Civil
SEO 1 Instalaes A construo de uma casa ou de um prdio no se resume ao levantamento de paredes e colocao do piso e de um telhado. No interior destas paredes, tetos e pisos est escondida uma infinidade de dutos, canalizaes e cabos eltricos por onde circulam a energia eltrica, a gua potvel, a linha telefnica, o cabeamento da TV e gua utilizada na cozinha e nos banheiros. A esse emaranhado de linhas, d-se o nome de Instalaes. Denominamos, portanto, instalaes de uma obra na construo civil, uma determinada srie de diferentes componentes que so agregados s edificaes com finalidades diversas, principalmente a de dar maior comodidade aos usurios. Quais os principais tipos de instalaes na construo civil? Dentre as diferentes instalaes que existem, destacamos: Instalao eltrica. Instalao hidrulica. Instalao sanitria. 1) INSTALAO ELTRICA a instalao constituda por componentes destinados a garantir o fornecimento e a distribuio da energia eltrica nas edificaes. Abrange a entrada geral, quadro geral, distribuio de luz e fora, com seus respectivos quadros de comando, circuitos de sinalizao e controle, iluminao em geral, instalao de pra-raios, instalao de antena de televiso, instalao de bombas de recalques
175
SEO 2 Projetos e Servios de Engenharia 1) PROJETO DE FUNDAES Nas obras de edificaes, torna-se necessrio que tenhamos uma base de sustentao que mantenha estvel a estrutura da edificao. Tambm conhecida como alicerce de uma obra, a fundao carece de um eficiente projeto que ir determinar quais os elementos estruturais mais adequados a serem usados para os devidos tipos de solo e em conformidade a atender caractersticas individuais de cada empreendimento. Este projeto toma como base principalmente a dimenso das cargas que atuaro na estrutura, para que assim, estas sejam transferidas da maneira mais adequada ao terreno. Este projeto deve conter os seguintes itens: Locao dos elementos da fundao, como: sapatas, blocos, radiers, estacas, tubules, etc. Especificaes dos materiais usados em cada elemento estrutural, como: ao, cimento, agregados e aditivos. Detalhamento dos elementos. Planilhas de clculos quando exigidas. 2) PROJETO ESTRUTURAL o projeto estrutural que definir a quantidade, locao, dimenso e materiais constituintes dos elementos estruturais como: vigas, pilares e lajes. um projeto importante para visualizarmos a locao de pilares dentro de uma rea de garagem, por exemplo. Pois o projetista estrutural quem poder melhor adequlos de modo a otimizar o uso da mesma. 3) PROJETO ELTRICO O projeto eltrico torna-se muito importante para as especificaes de cargas eltricas que o empreendimento estar apto a receber. Tambm fornece a locao dos pontos de luz, interruptores, tomadas comuns e tomadas especiais para chuveiros, motores ou mquinas que exijam maior potncia da rede eltrica. O projetista eltrico tambm deve especificar os materiais a serem usados, numa planilha em que consta cada material e a quantidade necessria para atender a demanda da obra. 4) PROJETO TELEFNICO Loca e especifica os dutos e condutos de telefonia, inclusive de interfones, antenas, e cabos de fibra tica usados
176
177
O zoneamento pode permitir somente uma utilidade, tal como edificaes residenciais, ou pode permitir o uso mltiplo, tais como comrcio, residncia ou tambm uso industrial. Assim, este o primeiro item a ser verificado pelo projetista que deve ter em mente os desejos dos clientes. Os clientes podem desejar ter um escritrio em casa, mas este pode no ser permitido em uma rea definida como residencial. O zoneamento afeta de muitas maneiras qualquer obra que se pretenda construir, j que normalmente contm exigncias quanto a: localizao da construo em relao s ruas e as divisas de lote (que definem o afastamento dessas divisas que uma edificao pode ser construda), rea de estacionamento necessria, tamanho mnimo da edificao ao controle da fachada da edificao pela exigncia de uso de determinados materiais, exigncia de que as construes propostas baseiamCeter se no tipo de projeto exterior em vigor, tratamento paisagstico, etc. Os efeitos do zoneamento no projeto proposto devem ser considerados antes que a propriedade seja comprada. As leis de zoneamento podem ser emendadas, mas importante determinar se so retificadas por uma comisso de zoneamento ou por um plebiscito entre habitantes. Cada cidade usa uma terminologia para definir as diversas zonas em que dividem. De forma sucinta, basicamente as zonas so divididas em: - Zonas Residenciais. - Zonas Mistas. - Zonas Comerciais. - Zonas Industriais. - Zonas de Mananciais e Reserva Ecolgica. Existem exigncias municipais quanto ao aproveitamento dos terrenos? O aproveitamento de um terreno tem tambm suas normas e exigncias fixadas no Cdigo de Obras do Municpio e cabe Prefeitura do Municpio o controle dos processos de parcelamento ou aproveitamento de terrenos. de extrema importncia que voc obtenha o Cdigo de Obras do Municpio onde o projeto ou obra est sendo executado, pois todas as normas e regulamentos a serem seguidos estaro contidos neste cdigo. Quais os principais cuidados para a escolha de um terreno? impossvel projetar uma obra para algum sem primeiro selecionar um terreno ou, se um terreno j houver sido adquirido, sem um exame completo deste terreno. A vasta
178
Terrenos planos ou poucos acidentados oferecem condies mais propicias para a construo de uma casa. Terrenos em aclive facilitam o escoamento das guas e oferecem uma melhor vista, mas expe o imvel ao rudo da rua. Terrenos em declive oferecem isolamento acstico e visual. Terrenos em baixadas geralmente so midos e necessitam de fundaes maiores e impermeabilizaes melhores. fica? Qual a importncia da Orientao Geogr-
A orientao verdadeira ou geogrfica obrigatria em qualquer tipo de projeto ou levantamento topogrfico. A posio de um lote, a chamada orientao verdadeira em virtude da incidncia do sol, influencia no valor do lote. Os lotes de face Norte so mais valorizados. Que consideraes devo fazer em relao vizinhana? Faa um estudo cuidadoso da vizinhana, percorrendo todas as ruas da cercania. Preste ateno em coisas como estradas de ferro, montes de lixo, atoleiros, movimento em cruzamento e vias, ces, rea de lazer e pistas de motocicletas. Verifique se a rea e bem conservada. O estilo de outras casas na vizinhana tambm deve ser verificado. Se todas as residncias forem contemporneas, os clientes devem projetar algo semelhante ou que combine com a regio. Qual a importncia dos servios pblicos no bairro? Os servios pblicos (gua, gs, eletricidade, telefone, TV a cabo, etc) em uma provvel rea devem ser cuidadosamente verificados. A instalao de qualquer servio pode ser dispendiosa. Se a rede de abastecimento de gua no atingir o lote, ser necessrio escavar um poo, instalar uma bomba e um reservatrio e a qualidade da gua ter de ser continuamente examinada. Um poo deve ter profundidade suficiente para fornecer suprimentos adequados de gua mesmo durante os perodos quentes, secos, quando o nvel de gua cai.
a representao do terreno, contendo suas curvas de terreno e nvel, indicao dos principais acidentes geogrficos, rvores, perfis que sejam necessrios, etc. Deve conter ainda, o comprimento dos lados perimetrais, os ngulos internos e a orientao verdadeira. Os levantamentos topogrficos podem ser de 3 (trs) tpos:
179
SEO 4 Tecnologia da Construo Civil Como controlada a qualidade no setor da construo civil? O Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade na Construo e do Habitat (PBQP-H) est estruturado na forma de projetos que pretendem atingir um problema especfico na rea da qualidade. Em suas aes, o PBQP (www.cidades.gov.br/pbqp-h/) estabeleceu um objetivo geral que : Apoiar o esforo brasileiro de modernidade pela promoo da qualidade e produtividade do setor da construo habitacional, com vistas a aumentar a competitividade de bens e servios por ele produzidos, estimulando projetos que melhorem a qualidade do setor. Esta meta est baseada na caracterstica principal do PBQP-H que o combater a no- conformidade intencional s normas tcnicas de produtos, praticada por fornecedores e/ou construtores. Seus objetivos especficos so: estimular o inter-relacionamento entre agentes do setor; promover a articulao internacional com nfase no cone sul; coletar e disponibilizar informaes do setor e do PBQP-H; fomentar a garantia de qualidade de materiais, componentes e sistemas construtivos; fomentar o desenvolvimento e a implantao de instrumentos e mecanismos de garantia de qualidade de projetos e obras; estruturar e animar a criao de programas especficos visando a formao e a requalificao de modeobra em todos os nveis; promover o aperfeioamento da estrutura de elaborao e difuso de normas tcnicas, cdigos de prticas e cdigos de edificaes; combater a no conformidade intencional de materiais, componentes e sistemas construtivos; apoiar a introduo de inovaes tecnolgicas; promover a melhoria da qualidade de gesto nas diversas formas de projetos e obras habitacionais. O que significa a Terraplenagem?
Apesar de muitas pessoas confundirem, o termo correto terraplenagem e no terraplanagem, como muito se ouve no dia-a-dia. Muitos fazem esta confuso por acharem que a palavra deriva de planagem, ou seja, deixar o terreno plano. Porm, o termo correto vem de plenagem, ou seja, completar, deix-lo pleno.
180
Os elementos estruturais que voc aprendeu (lajes, vigas e pilares) so armados estruturalmente com sees de ao. Ou seja, no interior dessas peas, geralmente de concreto, devemos implantar barras de ao por questes estruturais, pois o concreto um material bastante resistente compresso, porm, pouco resistente trao. a que entram as barras de ao, pois estas possuem tima
181
Um piso no pode deformar-se sob ao de cargas e o material o telhado no pode envergar. Os materiais precisam agentar os esforos impostos pela ocupao normal do prdio. De outros materiais da obra, pode ser exigida durabilidade, em lugar de resistncia: 6 O material do telhado deve poder se acomodar aos movimentos do prdio. 6 Um vedante deve poder se dilatar e contrair, para manter obturada a junta que ele veda. 6 Um adesivo deve acompanhar os movimentos trmicos dos materiais que ele liga. Para qualquer material de construo, portanto, devem ser conhecidas as caractersticas de tenso e deformao, incluindo quaisquer alteraes que venham a sofrer devido ao do tempo e a exposio s intempries.
EXEMPLO:
Se uma amostra de um certo material apresentar um limite de resistncia trao igual a 4.500 Kg/cm2, o projetista dever admitir que todas as remessas desse tipo de material apresentaro, no mnimo, essa resistncia trao. Essa previsibilidade certamente assegurada para materiais industrializados, tais como os metais e os plsticos. Mas menos segura no que se refere madeira a no ser que esta seja cuidadosamente selecionada e classificada e muito incerta no que diz respeito pedra, cuja qualidade pode variar de acordo com as diversas reas de uma pedreira, dependendo tambm da profundidade da qual a pedra extrada. Embora na linguagem comum as palavras tenso e deformao sejam freqentemente confundidas, cada uma delas tem seu significado especfico. EXEMPLO: Consideremos o caso de um pontalete de madeira, de seo de 10 x 10 cm e comprimento de 2,5 m suportando uma carga de compresso igual a 180 quilos. A tenso no pontalete igual carga dividida pela seo transversal sobre a qual a carga se distribui: Tenso C arg a 180 Kgf 1,80 Kgf
EXEMPLO:
A fora ou a tenso de cisalhamento tende a cortar o material, como acontece quando se punciona um furo numa chapa metlica. O esforo de toro o exercido por uma chave de parafusos ou uma chave inglesa. A resistncia dos materiais ao cisalhamento menor que sua resistncia trao ou compresso, para a maioria dos materiais, especialmente para materiais quebradios como o concreto. Para a maioria dos materiais especialmente para materiais quebradios como o concreto a resistncia trao menor do que compresso. Acompanhando qualquer tenso h sempre alguma deformao (variao de dimenso) do elemento carregado. Os materiais podem se deformar por esforos que no sejam de tenso. Se o material sofrer uma elevao de temperatura, ele se dilatar. Essa deformao trmica supostamente reversvel, anulando-se quando a temperatura volta ao nvel original. Mas isso nem sempre acontece. Quando se retira a tenso de um material, so possveis dois tipos de comportamento para a deformao: ELASTICIDADE: quando o material pode voltar sua dimenso e forma originais. A deformao desaparece quando cessa a tenso. Os materiais quebradios so necessariamente elsticos.
So materiais elsticos tpicos: o vidro a baquelite e as borrachas. PLASTICIDADE: o material pode permanecer deformado permanentemente, aps o desaparecimento da tenso. EXEMPLO: Prprio na argila mida, no concreto antes do endurecimento e na pelcula de polietileno. Como se chama a capacidade de deformao de um material ? Chamamos de Ductilidade, a capacidade que o material tem de se deformar, que se pode estirar ou comprimir sem se romper ou quebrar; elstico, flexvel, moldvel. Muitos materiais so elsticos sob condies de baixa
EXEMPLO:
182
Entende-se por impermeabilizao a operao pela qual se aplica material impermeabilizante em uma superfcie, para evitar a infiltrao de gua na mesma. Qual a diferena entre materiais impermeabilizantes e materiais vedantes? 6 Impermeabilizantes: so compostos destinados a impermeabilizar as superfcies dos materiais contra a penetrao de gua. 6 Vedantes: so materiais usados para obturar juntas de edifcios ou de pavimentaes, e que se dilatam ou contraem com o movimento da junta.Essas juntas podero ser de dilatao, juntas entre vidros e respectivos caixilhos e as juntas de paredes de vedao (paredes que suportam somente o prprio peso).
Caixilhos: Molduras feitas nas janelas e portas, para colocao vidros; parte de vidros numa guarnecida de janela ou porta.
A dilatao o aumento do volume dos corpos, principalmente a partir da ao do calor. A resultante da dilatao o aumento de dimenso.Os projetos de engenharia e arquitetura trabalham com previses de dilatao dos materiais e dos elementos envolvidos numa estrutura de construo. As variaes de temperatura so causadoras da dilatao e contrao dos materiais de construo. Isso nem sempre grave, exceto quando h uma dilatao diferencial resultante das diferenas entre os coeficientes de dilatao trmica dos materiais.
Coeficiente: Nmero ou letra que, colocado esquerda de uma quantidade, indica quantas vezes esta entra como parcela; multiplicador algbrico. EXEMPLO:
Os materiais para calafetagem so menos extensveis que os vedantes, sendo usados em aplicaes menos crticas. Os vedantes usados em vidraas so, fundamentalmente, materiais amortecedores que retm os vidros nos caixilhos, de forma que o movimento destes no seja transmitido queles. Usualmente consideramos como impermeabilizante um material lquido que adere a uma superfcie para proteg-la contra a penetrao de umidade. Camadas de misturas asflticas so largamente empregadas como impermeabilizantes em edificaes, postes e docas, para proteg-los da gua e do apodrecimento. O que a impermeabilizao contra a umidade? Impermeabilizao contra a umidade significa aplicao de asfalto sem reforo a uma superfcie de concreto ou de alvenaria, geralmente abaixo do nvel do solo e pouco exposta ao da gua. E a impermeabilizao contra a gua?
Impermeabilizao a gua a aplicao, em tais superfcies, de asfalto misturado com fibras, para prevenir a penetrao de umidade sob condies de presso acima da atmosfrica. Os impermeabilizantes asflticos para tais fins so aplicados com brocha ou revlver. Brocha: Tipo de pincel grande para caiar ou para pintura
A tampa de alumnio de um ar condicionado est fixada a uma lmina de pedra. Dificilmente se encontrariam dois materiais com coeficientes de dilatao to diversos um do outro (a relao entre eles de 5:1). Da decorre a deformao do alumnio, cujo coeficiente trmico maior. Analogamente, as lminas de alumnio para proteo dos terraos de cobertura dilatam-se mais do que o asfalto, e no projeto de cobertura necessrio que se leve em conta essa diferena. A lista abaixo fornece a dilatao trmica de alguns materiais, em mm/m de comprimento, para uma variao de temperatura de 38C: Tijolo 0,30 Ao 0,60 Vidro 0,45 Concreto 0,55 Alumnio 1,22 Vinil 3,00 Deve-se observar a semelhana entre as dilataes trmicas do ao e do concreto. O concreto armado com alumnio seria vivel somente se as variaes de temperatura fossem insignificantes e, naturalmente, se o concreto no corroesse o alumnio. Como podemos explicar o significado de Conforto Ambiental ?
183
NOES DE CONFORTO TRMICO - ENERGIA E VIDA Na natureza, os vegetais transformam a energia solar em energia qumica atravs da fotossntese, sendo esta facilmente assimilada pelos animais. A matria viva animal , portanto, um reservatrio de energia qumica que liberada sob a forma de energia cintica (mecnica, calorfica ou mesmo eltrica e luminosa), verificando-se nesse processo a perfeita equivalncia entre a energia qumica consumida e a soma das energias libertadas. Desta forma, a vida vegetal e a vida animal se completam, estabelecendo-se entre a matria viva e o mundo externo uma verdadeira circulao de energia solar, responsvel por toda atividade terrestre. Seja qual for o modo pelo quais os organismos animais transformam a energia qumica dos alimentos, o que sabemos ao certo que tudo se passa como se houvesse simplesmente a combusto das substncias ingeridas e que o resultado final a excreo dos produtos da oxidao e, energeticamente falando, uma produo de trabalho e calor. Resulta da que os organismos animais so verdadeiras fontes de calor, necessitando, para desenvolverem sua atividade vital, um desnvel trmico em relao ao meio externo. A energia produzida pelo organismo humano na unidade de tempo, a qual pode ser avaliada facilmente em funo do oxignio consumido na respirao, depende de diversos fatores: - natureza, constituio, raa, sexo, idade, peso, altura;
Nesta unidade voc estudou sobre as instalaes num projeto arquitetnico, os diversos tipos de projetos e servios de Engenharia, as formas de zoneamento e a tecnologia utilizada na Construo Civil. Vamos rever um resumo dos principais tpicos: O combate no-conformidade intencional s normas tcnicas na fabricao de materiais e componentes para a construo civil um dos principais eixos do PBQP. Um Projeto de Fundaes deve conter, no mnimo, os seguintes itens: - Locao dos elementos da fundao, como: sapatas, blocos, radiers, estacas, tubules, etc. - Especificaes dos materiais usados em cada elemento estrutural, como: ao, cimento, agregados e aditivos. - Detalhamento dos elementos. o projeto estrutural que definir a quantidade, locao, dimenso e materiais constituintes dos elementos estruturais como: vigas, pilares e lajes.
184
CARDO, Celso. Tcnicas de Construes I e II. Belo Horizonte: Arquitetura e Engenharia, 1969. COSTA, Enio Cruz da. Fsica Aplicada Construo Conforto Trmico. So Paulo: Ed. Edgar Blucher, 1974. NEIZEL, L. Desenho Tcnico para a Construo Civil. So Paulo: E.P.U. 1979.
ABBADA Cobertura encurvada, geralmente construda com pedras, concreta ou tijolos que se apiam uns nos outros, de modo a suportar o seu prprio peso e as cargas externas flutuantes. Todo teto cncavo pode ser chamado de abbada. Cobertura encurvada. ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas. ACLIVE Quando o terreno se apresenta em subida em relao rua; ladeira, vista de baixo para cima. AFASTAMENTO Distncia entre bloco construdo e os limites de lote. O mesmo que recuo. AGRIMENSURA Medio de superfcie dos terrenos na qual o arquiteto se baseia para executar seu trabalho. GUA DE TELHADO Cada uma das superfcies em plano inclinado da cobertura. ALICERCE Fundao ou base de alvenaria enterrada que sustenta a obra. ALVENARIA - o conjunto dos elementos aplicados na composio de muros, paredes ou alicerces: alvenaria de tijolo, de pedra, etc. ARCADA Local com arcos ao longo. ARGAMASSA - Mistura proporcional de cimento, areia e cal, usada para assentar tijolos e revestir alvenaria. AREIA Partculas de rocha em desagregao que se apresentam em gros mais ou menos finos, nas praias, leito de rios, desertos, etc. Parte constituinte dos solos cujas partculas tm dimetros compreendidos, aproximadamente, entre 0,02 mm e 2 mm. Agregado mido que entra na composio dos concretos e argamassas, na regularizao ou nivelamento de terrenos. A.R.T. Anotao de Responsabilidade Tcnica. BALASTRE - Pequena coluna ou pilar em metal, madeira, pedra ou alvenaria que, alinhada lado a lado, forma a balaustrada - estrutura de sustentao de corrimes e
185
186
187
188
EXERCCIOS
Desenho arquitetonico
1 A planta um desenho que representa todas as particularidades de uma construo, projetadas numa superfcie horizontal. Algumas que utilizam este tipo de escala (so): a) b) c) d) e) Redutora Planta baixa, de situao Representao Dimensional Nenhuma das respostas anteriores
2 A finalidade dos cortes representar e cotar: a) b) c) d) e) P-direito dos compartimentos As alturas das vergas e peitorais Nveis relativos A altura real da edificao Todas as alternativas acima esto corretas
3 A representao grfica de uma construo onde cada ambiente visto de cima sem o telhado chama-se: a) b) c) d) e) Planta baixa Fachada Projeto arquitetnico Topografia Nenhuma das alternativas acima esto corretas
4 Escalas Numricas a) b) c) d) e) So escalas de ampliao, as recomendadas so: 2:1, 5:1, 10:1, 20:1, 100:1. Podem ser de reduo e de ampliao e so chamadas de numricas ou mtricas Composta somente escala de reduo para representao na planta uma regulamentao do COFECI para as plantas de Imveis Nenhuma das alternativas acima esto corretas
5 Correlacione a coluna 1 com a aluna 2: 1 P direito 2 Viga ( 3 Talude 4 Pilastra 5 Respiro a) 5-3-4-2-1 ( ) Pequena abertura que favorece a ventilao em geral ) Rampa, escarpa ( ) Pilar de quatro faces ( ) Elemento estrutural e horizontal ( ) A altura de um ambiente do piso ao teto c) 3-4-1-2-5 d) 5-3-2-4-1 e) 2-4-3-5-1
b) 1-2-4-3-5
6 Dentre os materiais de grande importncia nas construes destacamos a madeira, da qual, como vantagens podemos citar: a) b) c) d) Boa resistncia ao tempo Facilidade ao trabalhar, transporte, manuseio e corte Custo relativamente baixo de produo e beneficiamento tima qualidade tcnica, sendo que nula sua sensibilidade variaes trmicas
189
7 Os ngulos so classificados de acordo com as aberturas que representam: a) b) c) d) e) ngulo raso ou meia-volta: formado por duas semi-retas opostas ngulo agudo: qualquer ngulo com medidor menos que a do ngulo reto agudo ngulo obtuso: qualquer ngulo maior que 90 e menos que 180 Todas as alternativas acima esto corretas Nenhuma das alternativas acima esto corretas
8 Topografia: a) b) c) d) e) um processo de representao da estrutura de uma edificao a tcnica de representar em papel, a configurao de um rea de terras com todas as suas caractersticas um sistema de informaes do projeto arquitetnico a representao do comprimento dos lados perietrais do terreno a ser edificado Nenhuma das alternativas acima esto corretas
9 Habite-se um (a): a) b) c) d) e) Autorizao emitida pelo Estado para que um imvel recm-construdo ou reformado possa ser ocupado Certificado emitido pela Vigilncia Sanitria em relao aos aspectos de higiene Diploma emitido ao proprietrio do imvel pela concluso da obra Autorizao emitida pelo Municpio para que um imvel recm-constitudo ou reformado possa ser ocupado Nenhuma das alternativas acima esto corretas
10 Tringulos... a) b) c) d) e) Quanto s dimenses e ngulos de seus lados podem ser do tipo: eqiltero, issceles ou escaleno Eqilteros so aqueles que possuem apenas 2 de seus lados com a mesma medidas Issceles so aqueles que possuem os 3 lados exatamente com as mesmas medidas So figuras geomtricas que tem todos os lados com a mesma medida Nenhuma das alternativas acima esto corretas
190
191
192
INTRODUO
Bem-vindo disciplina de Relaes Humanas, tica e Cidadania que faz parte do Mdulo I - Qualificao Tcnica de Assistente Administrativo.Ela tem como principal objetivo fornecer-lhe conhecimentos tericos e prticos sobre Relaes Humanas,tica e Cidadania, contribuindo, de forma eficiente e eficaz na tomada de deciso das atividades administrativas.Este material didtico foi elaborado especialmente para esse curso, levando-se em considerao o seuperfil e as necessidades da sua formao. A melhoria contnua meu objetivo, pedimos que voc encaminhe suas sugestes via professor tutor oumonitor, sempre que achar interessante e oportuno.Espero que voc tenha sucesso nesta caminhada e quebusque sempre pesquisar e conhecer mais sobreeste assunto to vasto e importante para as organizaes e para a sociedade.Uma dica importante realizar todas as atividades sugeridas nesta disciplina e acessar com freqncia oambiente virtual de aprendizagem para trocar informaes e interagir com seus colegas e tutores. Lembre-se sempre: voc no est sozinho nos seus estudos, conte com o sistema tutorial da nossa instituio sempre que precisar de ajuda ou alguma orientao. Bons estudos!
193
194
UNIDADE 1
SEO 1 : Como a modernizao e a teconologia influenciam nas relaes humanas? Para incio de conversa
A Revoluo Industrial tornou as organizaes maiores e mais complexas, trazendo consigo avano tecnolgico e uma viso focada para a lucratividade e produtividade, onde seres humanos j no se identificam com o produto de seu trabalho. Cada vez mais percebemos em nossos lares e local de trabalho, as amarras da tecnologia bitolando fortemente o ser humano, individualizando-o, dificultando seu contato e relacionamento com os demais, mutilando indiretamente a criatividade, a imaginao, a percepo e a espontaneidade. Estamos sujeitos considervel manipulao e ajustamento, e bem possvel que muitas das escolhas que nos so apresentadas, so mais aparentes do que reais. O ser humano vai deixando de lado sua capacidade criadora para tornar-se a engrenagem de uma mquina. Parece que o ritmo das mquinas impe um novo ritmo e um novo tempo para o ser humano. Nas dcadas finais do sculo XIX no Brasil, transformaes econmicas e sociais propiciaram ascondies necessrias para a industrializao (processo social em que a fbrica ocupa o lugar central) e para um desenvolvimento urbano acelerado. Pequenos ncleos urbanos e cidades se expandiram, enquanto novos centros urbanos se formaram; as chamins de fbricas e conjuntos industriais os povoaram, modificando-lhes a feio pacata e imprimindo-lhes outro ritmo de atividades. Novas formas de vida surgiram ao lado de formas de viver do mundo agrrio, existentes desde h muito tempo (DECCA, 1991). O domnio das foras naturais pelos novos processos tcnicos exigiu esforo coletivo e conjugado de numerosas equipes de trabalhadores, e, essas equipes estavam sempre em funo de um equipamento, umas mquinas. O trabalho urbano era bastante heterogneo; operrios industriais e urbanos, trabalhadores assalariados ou independentes, operrios de grandes e pequenas indstrias, de oficinas de tamanho mdio ou de fundo de quintal (DECCA, 1991). A atividade industrial, sempre crescente, era conduzida fundamentalmente no interior de empresas de pequeno e mdio porte, ainda que as grandes fbricas existentes concentrassem o maior nmero de operrios e a maior quantidade de capital, sendo responsveis tambm pela maior parte da produo industrial. Nossa indstria
era bastante setorizada. Havia vrios ramos industriais. A diviso de tarefas e a especializao pela atividade desenvolvida, eram de extrema importncia para originar uma produtividade mais acelerada. Do arteso de fundo de quintal que desenvolvia as etapas para a confeco do seu produto, passou-se a subdivises de tarefas onde cada funcionrio desempenhava uma atividade especfica de uma das etapas da confeco. A agilidade era cobrada pelos donos das fbricas, o homem comeou a ser apenas uma das engrenagens de uma mquina (DECCA, 1991). MARK1 (1960, citado por DECCA,1991) pensador do sistema capitalista, observou o processo de trabalho no artesanato, na manufatura e na grande indstria. Notou que no artesanato e na manufatura o trabalhador se servia de sua ferramenta, enquanto na fbrica ele passava a servir mquina. Se o trabalhador detinha antes o controle sobre o processo e as condies de trabalho, com a mecanizao da produo, no sistema de fbrica, esse controle escapou de suas mos. Na verdade, o trabalhador foi submetido e dominado por suas condies de trabalho. Pense e Anote
O que DECCA (1991), no texto acima notou em relao ao trabalhador? ___________________________________________ ___________________________________________ ____________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ Com a fbrica houve dependncia crescente do trabalho diante do capital, o qual passou a desempenhar cada vez mais funes de coero e disciplina. o ponto de partida para um sistema de vida associativa que exige condies psicolgicas novas e compreenso do sentido da sociedade para o resultado comum. A velocidade das tcnicas leva a uma unificao do espao, fazendo com que os lugares se globalizem. Cada local, no importa onde se encontre, revela o mundo, j que os pontos desta malha abrangente so susceptveis de intercomunicao.
Exemplo: McDonalds, Coca-Cola, cosmticos Revlon, calas jeans Ellus, televisores Toshiba, chocolate Nestl, tnis Reebok.... Familiaridade que se realiza no anonimato de uma civilizao (ORTIZ, 1994).
195
196
Que com efeito de alguns trabalhos, mais particularmente do psiclogo Abraham Maslow, colocam em relevo a importncia dos valores superiores na vida humana, no trabalho, no lar, na amizade ou mesmo nas relaes do homem consigo mesmo. Assim sendo, o trabalho humano e a vida interior, quando realmente bem sucedidos, assumem um carter trans-pessoal. Acima dos papis sociais aprendidos, acima dos condicionamentos que moldaram o nosso comportamento, existe um encontro da essncia dos seres. Se olharmos todos os setores da vida moderna, verificaremos que o homem j no pode trabalhar sozinho. A diviso do trabalho e a especializao cada vez maior, o tornam dia a dia mais dependente de seu grupo, e conseqentemente dos indivduos que o compem. Certos empreendimentos fracassam, apesar de disporem de instalaes materiais ideais, da mais perfeita maquinaria, porque a equipe falhou, embora inicialmente, trabalhassem com entusiasmo, que foi ocasionado, medida que surgiam dificuldades de ordem pessoal, desentendimentos, falta de disciplina e cimes. mera iluso pensar que a vida em grupo consiste simplesmente, em juntar indivduos com a finalidade de atingir um objetivo comum.
Exemplos: H alguns anos grande grupo industrial resolveu instalar uma fbrica. Mandou comprar maquinaria das mais modernas, instalando-a um prdio planejado pelos melhores arquitetos. Hoje, esta indstria est em fase de desagregao, os seus dirigentes perderam o controle da situao. O que aconteceu foi o esquecimento total, por parte dos dirigentes, de que a indstria dirigida, mantida e controlada por homens. Esqueceram que ao lado do fator maquinaria e instalao existe o fator humano (WEIL, 1982, p.21).
Quais so os grandes valores eternos da humanidade segundo DIMITRIUS e MAZZARELLA (2000) no texto acima? ____________________________________________ ____________________________________________
197
Que de acordo com WEIL (1976), o estudo do fator humano nas organizaes pode ser dividido em trs partes principais. 1) Adaptao do homem ao trabalho possvel, hoje, com relativa facilidade, por meio de exames psicolgicos, classificar as pessoas em funo das suas aptides, gostos, interesses e personalidade. Colocando cada macaco no seu galho, como diz a gria, consegue-se tornar o ser humano mais feliz e a organizao mais produtiva. De outro lado, a promoo e oaperfeioamento do pessoal em exerccio constituem excelente estmulo para todos que queiram progredir na vida. 2) Adaptao do trabalho ao homem O ambiente fsico de trabalho, a maquinaria, as instalaes em geral, tm de ser adaptadas ao homem. Sabese hoje, por exemplo, que a produo aumenta com paredes pintadas de cor verde ou amarela. A cor cinza ou escura, ao contrrio, deprime e provoca diminuio do rendimento. A cor vermelha mais estimulante que a primeira, porm, provoca, ao longo do tempo, cansao e irritao. 3) Adaptao do homem ao homem O ambiente de trabalho deve ter confiana mtua e respeito humano. Sabe-se hoje que uma pessoa que faz uma coisa ciente da importncia do seu trabalho e do seu respectivo valor, produz muito mais do que uma pessoa da qual se pede simplesmente obedincia. Voc sabia?
Que Voc pode comprar o tempo de um homem; voc pode comprar a presena fsica de um homem em determinado lugar; voc pode igualmente comprar certa atividade muscular, pagando-a por hora, mas voc no
Que no mundo da velocidade, as coisas renovam-se costantemente e o novo ao apresentar-se j se encontra velho. Nada fica, tudo efmero, dura apenas o brilho de um dia. No nos reconhecemos, pois temos que nos renovar a cada instante. A clonagem e a possibilidade de construmos mquinas inteligentes prometem at mesmo uma redefinio do que significa ser humano. Na medida em que ser possvel desenhar geneticamente um indivduo ou modificar a sua capacidade mental por meio de implantes eletrnicos, onde ficar a linha divisria entre homem e mquina, entre o vivo e o robotizado (FIORE, 1969)?
198
Auto-expresso Ato de exprimir, gesto Estril Que no produz, incapaz de procriar, rido, intil Transpessoal Para alm dos limites do pessoal, tudo que est ao mesmo tempo entre, atravs, e alm do pessoal, do nosso ego de transformar e uniformizar comportamentos Atomizao solidria Reuo de um corpo a partculas, a gotculas de reduzidas dimenses, disperso. Referncias
Elton Mayo (1880 1949) Socilogo australiano que deu origem as teorias das rela es humanas. Pesquisou os fatores interligados desuman izao, desenvolveu um grande trabalho na fbrica de Wester Electric Company (empresa de telefonia com 10.000 em pregados) Chicago bairro de Hawthorne (1927-1932), onde buscou estabelecer as relaes existentes entre a produtividade e melhorias nas condies de trabalho.Mayo concluiu que o trabalho uma atividade tipicamente grupal e quanto mais os seres humanos estiverem integrados, maior ser a motivao para produzir. Mayo vai alm, ao concluir que o comportamento do indivduo se apia no grupo e que o indivduo motivado essencialmente pela necessidade de estar em equipe, de ser reconhecido e de ser devidamente informado, ou seja, esta pesquisa concluiu a importncia e a influncia dos fatores psicolgicos sobre as aes humanas. Abrahan Harold Maslow (1908 1970) Para Abrahan Maslow, os mo tivos pelos quais agimos esto organizados em uma hierarquia de necessidades que vo desde os inferiores at os superiores. Essa hierarquia composta das seguintes necessidades: fisiolgicas (fome, sede, sono e re-pouso), de segurana (estabilidade, ordem), de amor (famlia, amizade e outras) de estima (auto-respeito, aprovao), de auto-realizao (desenvolvimento de capacidade). Livro - Maslow No Gerenciamento Autor: Maslow, Abraham Harold Editora: Qualitymark 1 Edio, 2000 Examina o impacto duradouro dos princpios revolucionrios de Maslow, este livroilustra como estes princpios sobreviveram prova do tempo e se tornaram parte integrante de prticas gerenciais da atualidade, como melhorias contnuas, Teoria X e empowerment. Oferecendo idias sobre como utilizar estas e outras ferramentas para lidar eficazmente com as situaes empresariais de nossos dias, desde o aumento da competitividade at a globalizao e as tecnologias emergentes, este livro cobre uma
AGOSTI, H. Massificao annima transformar um grupo de indivduos numa massa annima, influenciar os indivduos no sentido P. Condies Atuais do Humanismo. Rio de Janeiro, Paz e Terra S. A., 1970. DECCA, M. A. G. Indstria, Trabalho e Cotidiano. So Paulo, Atual Editora Ltda. 13 ed. 1991. DI LASCIO, C. H. R. A Psicologia no Trabalho. Revista Contato CRP 08, ano 23/ n 113, p.11, Curitiba, 2001. DIMITRIUS, J. E. & MAZZARELLA, M. Decifrar Pessoas. So Paulo, Alegro, 17 ed., 2000. FIORE, M. M .L. Q. O meio so as Massa-gens. Rio de Janeiro, Record, 1969. LIEVORE, J. A. Marketing Pessoal. Londrina, Grafmark. 3 ed , 2000. MC CULLOUGH, W. Ambiente do Trabalho. Rio de Janeiro, Frum Editora Ltda, 1973. MCLUHAN, M. Os meios de comunicao como extenses do homem. So Paulo, Cultrix, 2000. MESQUITA, E. A Tcnica, o homem e a vida social. So Paulo, Artes Grficas, 1978. ORTIZ, R. Mundializao e Cultura. So Paulo, Brasiliense 2 ed., 1996. STAREPRAVO, B. Segredos da Realizao. S/D
199
Estes desafios referem-se a aplicao das regras e normas das relaes humanas no seu dia-a-dia. Leia com muita ateno as regras, normas, princpios e procure colocar em prtica e voc ver o quanto melhorar a qualidade do seu relacionamento. Regra bsicas para um grupo de trabalho: Para que voc tenha sucesso no seu grupo de trabalho use as seguintes regras: 1- Haja com mtodo. 2- Busque constantemente a melhoria do processo. 3- Distribua o trabalho de acordo com aptides e conhecimentos de cada um. 4- Exera autonomia de trabalho. 5- Gaste o mnimo de tempo com detalhes irrelevantes. 6- Mostre alto grau de comunicabilidade e leve todos a participar. 7- Permita ampla liberdade de expresso de pontos de vista e os respeita. 8- Progrida com eficcia em direo ao objetivo. 9- Trabalhe com fatos e supere subjetivismos. Dicas
Para facilitar sua participao, num grupo de trabalho, voc deve conhecer algumas normas bastante valiosas que so: 1- Jamais d a impresso de que derrotou um dos participantes do grupo. Voc no est no grupo para vencer, mas para cooperar. 2-No use expresses como obvio, voc no entendeu, etc. Lembre-se sempre: a obrigao de ser claro sua. Diga no consegui ser claro. 3- Todos so responsveis pelo sucesso do grupo. No procure carregar o grupo nas costas ou trabalhar isoladamente. Pense nos raios de uma roda ou nos cordonis de uma lona: a unio e o trabalho conjunto fortalecem o grupo.
200
201
UNIDADE 2
SEO 1:
No estudo desta unidade de Relaes Humanas voc estudou sobre como a modernizao e tecnologia influenciam as relaes humanas e como voc pode usar as regras e normas para melhorar a qualidade do seu relacionamento e comunicao. Voc viu tambm que o trabalhador detinha antes o controle sobre o processo e as condies de trabalho, com a mecanizao da produo, no sistema de fbrica, esse controle escapou de suas mos. Na verdade, o trabalhador foi submetido e dominado por suas condies de trabalho. Que o fator humano est sendo deixado em segunda, terceira ou quarta opo; para algumas empresas poder-se-ia afirmar que visto sob uma perspectiva de engrenagem, em outras palavras, comparado como uma mquina. O trabalho deve se transformar em fonte de prazer e bem estar, no de pesadelo. Que na vida moderna a deteriorao tanto da relao quanto dos valores humanos ntida. Cresce continuamente a solido nas grandes cidades, tornando-se motivo de sofrimento para muita gente. De outro lado, os grandes valores eternos da humanidade: a beleza, a verdade, o amor, o respeito, a gentileza...., esto sendo eliminados, oprimidos pela tecnologia e frieza de uma certa cincia fundamentada num cartesianismo j quase obsoleto. O mundo se tornou complexo demais, veloz demais, tenso demais. difcil no se perder. Como a utilizao de ferramentas de comunicao e relacionamento pode melhorar a qualidade de sua comunicao e relacionamento e amenizar um pouco o sofrimento.
Que nos tempos pr-histricos j havia uma necessidade de grupos humanos organizarem a vida e suas relaes, surgindo formas de agir e de se comportar de acordo com a natureza daquele povo; essas formas expressam a cultura, os valores, o conhecimento e suas crenas que eram ditas sob comunicao verbal: as grandes oratrias. No entanto, foi surgindo a necessidade de registrar os modelos de comportamento como os cdigos morais. Entre 1792 e 1750 a.C. surge o cdigo de Hammourabi, na Babilnia, que designava o rei como formulador de leis e preservador da boa justia. Os livros de Manu surgem dez sculos a.C., e apresentava os preceitos da vida poltica, social e religiosa da filosofia budista (Caggiano, 2002). Esta moralidade primitiva surgia pragmaticamente como fruto da necessidade de organizao social, por fim impostos sobre a populao na forma de leis por parte de um soberano ou uma aristocracia, e como fruto de crendices e especulaes religiosas. No havia, portanto, nenhum esforo concreto no sentido de pensar abstrata e racionalmente o comportamento dos indivduos e as relaes sociopolticas (Gova, 2002, p.14) Os cdigos foram tornando-se realidade nos mais variados povos da civilizao grega, como na China, Egito e Israel; e todos esses escritos estavam intrinsicamente unidos com as crenas e prticas culturais e religiosas. Por outro lado, deve-se tica contempornea a origem do pensamento grego, com Scrates, Plato, Aristteles e seus discpulos. O olhar sobre o ser humano nfase primordial neste momento da histria. Compreender o homem, suas inquietaes e seus sentimentos so fortes bandeiras de reflexo e dilogo. a era da Filosofia Clssica. Pense e anote
Deve-se tica contempornea a origem do pensamento grego com: ___________________________________________ ___________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________
202
Na filosofia de Aristteles, Gouva (2002, p.15) apresenta as consideraes essenciais para a tica: O comportamento eticamente adequado e feliz fruto (....) do aperfeioamento intelectual do indivduo, e as principais virtudes advindas deste desenvolvimento so justia, a prudncia, a coragem e a moderao. Acompanhando este processo, o conhecimento da tica, encontra-se o pensamento cristo como fonte basilar da conduta do homem na histria. A reflexo Crist tambm norteada pela cultura greco-romana e lhe atribudo os fundamentos divinos, a noo de pecado e a idias de amor sacrificial. Alm das trs virtudes trazidas no Novo Testamento, que so a f, a esperana e o amor. O contexto da religio associado ao caminho da tica; os seus fundamentos so semelhantes e originam da pessoa, da relao (amor) e do comportamento (mandamento, f). A tica crist consiste na prtica das virtudes. Para Hossne citado por Alves (2001, p. 30) tica o conjunto de valores do prprio indivduo, que envolve patrimnio gentico, processo educacional, valores morais, sentimentos, construo de personalidade e que vem de dentro para fora (...). Serro (2001)* afirmou que a tica faz parte do exerccio intelectual, sendo particular do pensamento humano. Esta denominao suscita sua aproximao com a Moral, que tambm preconizada pelo pensamento humano. Porm, d-se a tica uma extenso de ao que a particulariza de forma significativamente distinta no campo do comportamento humano. A tica nas diversas reas da personalidade humana. Para Cohen & Segre (1995, p. 13 e 22) o sentido da tica reservado como fundamental o respeito humano.Assim tambm se configura numa categoria de valor A pessoa no nasce tica, sua estruturao tica vai ocorrendo juntamente com o seu desenvolvimento (....) A humanizao traz a tica no seu bojo. A partir de que pressuposto possvel compreender o processo tico? Os autores desenvolvem o tema partindo do pressuposto que possvel compreender o processo tico a partir da observao da instituio famliar. O indivduo no nasce com o conceito de famlia constitudo, ele ir construir este conceito atravs das suas percepes e vivncia do contexto scio-familiar ao qual est inserido. E assim o mesmo processo com os conceitos de Valor, Moral e tica.
* Daniel Serro, palestra sobre Fundamentos da Biotcnica, Seminrio de tica em Pesquisa com Seres Humanos realizado na FOUSP nos dias 4 e 5 de dezembro de 2001.
Quais os dois pensadores que contribuem para a reflexo tica nos tempos modernos? ______________________ ______________________ So vrios os interlocutores da construo de uma nova tica. Em cada momento caracterizam-se elementos de identidade de um povo, de uma sociedade, de uma cultura; e por que no dizer, da dignidade humana. Este parece ser o preceito fundamental de tica.
203
Que etimologicamente, a palavra tica origina-se do grego thos e tem dois sentidos: o que significa MORADA, onde alguns autores relatam ser a tica a morada do ser; e o segundo sentido quer dizer CARTER ou seja, modo de ser adquirido (Marcos, 1999, p.76). O espao da tica na vida humana naturalmente localizado no campo dos valores. Encontra-se na Filosofia a matria mestra para a compreenso e estudo da tica, Moral e dos valores. Ser tico coisa de filsofo!. Esta afirmao, muitas vezes repetida, pode ser uma meia verdade a partir do momento que se mostra a histria da tica na humanidade. do ser humano a caracterstica inata de questionar os fatos, as razes e os sentimentos; e quem que no elabora questes acerca do mundo, da vida, da sociedade? Alm do Filsofo, todas as pessoas; portanto, como diz Hossne(2001a, p.3), se todos ns somos filsofos. A tica de fato coisa de todos ns, filsofos. Ao longo do tempo a sociedade tem conduzido elaborao de respostas relativamente simples e, s vezes, unnimes. Porm, com a acelerao do progresso cientfico questes ticas tm levado todos a se colocarem frente a novas reflexes, as quais no so mais unnimes, mas amplamente discutidas, suscitando deliberaes de conceitos e paradigmas relativamente diversificados e at angustiantes; no entanto, obrigam o indivduo a se posicionar frente ao dilema tico e seus prprios cdigos de valores. Por que Gelbier afirmam que h necessidade urgente da reviso de atitudes e conhecimento? Gelbier et al. (2001b) afirmam que h necessidade urgente necessidade da reviso de atitudes, pois o conhecimento e as expectativas da sociedade em relao aos profissionais de modo geral so alteradas de acordo com o tempo e contexto histrico. Todo ser humano nasce no interior de um contexto scio-cultural que determinar como Ser Social a partir das opes que lhe so apresentadas e das escolhas que faz; e estas esto diretamente ligadas aos seus valores, Moral e tica em confronto aos encontrados na sociedade em que vive. Tal discusso aponta a necessidade de distinguir os conceitos pontuados na literatura sobre Valor, Moral, tica e Deontologia. SEO 2: Qual a importncia do valor em relao a tica? VALOR A palavra valor significa qualidade que faz estimvel algum ou algo, valia; importncia de determinada coisa. (Ferreira,
Qual o direito primeiro e o valor primeiro da pessoa? O princpio da defesa da vida fsica sanciona o valor fundamental da vida e sua inviolabilidade, sendo a vida o direito primeiro e o valor primeiro da pessoa, sem a vida todos os outros valores no poderiam ser manifestados. (Alves & Ramos, p. 60).
204
SEO 3: Qual a importncia da moral na consolidao da tica? MORAL O significado da palavra Moral quer dizer: conjunto de conduta ou hbitos julgados vlidos, quer de modo absoluto, quer para grupo ou pessoa determinada. (Ferreira, 1993, p. 371). Segundo Vieira & Hossne (1998), a Moral vem dos costumes; os valores morais foram consagrados pela sociedade pelo uso e costume eleitos como valores que devem ser respeitados. A Moral ento, vem ao encontro do Homem, ou seja, um processo de externo para o interno. J Passos (1994, p. 107) enfatiza que desde quando os homens resolveram superar as relaes instintivas (do processo natural de humanizao) e passaram a conviver em sociedade que surge a real necessidade de orientao de conduta humana, tambm reconhecidas como normas morais. Essas condutas foram criadas pelos prprios homens para garantir a convivncia e a possibilidade de continuidade da vida humana. Assim, a moral, nesta tica norteadora dos padres de comportamento da sociedade em cada momento histrico. Arajo (1999) considerou Moral como a cincia das leis ideais que dirige as aes humanas; ou seja, em sua concepo tambm a necessidade de viver em sociedade que a Moral se estabelece na prtica da vida. visvel a presena dos diferentes conceitos do que Moral nas diversas correntes de pensamento. O significado desta diversidade o elemento plural do conhecimento cientfico que vislumbra possibilidade de encontros e desencontros tericos filosficos. O ponto de partida parece ser o homem, como essncia de uma relao, a relao com o universo humano. Dentre os diferentes conceitos de Moral apresentados, qual o que voc mais se identifica? ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ A moral autoritria e ranzina faliu. hora de apostar na tica da responsabilidade e da discusso(....) sem excluir uma reflexo crtica e rigorosa (Josaphat, capa). A palavra tica significa estudo dos juzos de apreciao referente conduta humana, do ponto de vista do bem e do mal segundo Ferreira (1993, p.235).
Voc sabia?
Que a palavra tica derivada do Grego e a palavra Moral do latim, porm sinalizam que seus significados so semelhantes. Gelbier et al. (2001a) SEO 4: Qual a importncia da deontologia na tica profissional? DEOTOLOGIA Segundo Ferreira (1995, p. 201) a palavra Deontologia significa o estudo dos princpios, fundamentos e sistemas de moral; tratado dos deveres. O termo habitualmente utilizado para expressar os cdigos ticos profissionais, limita a significao da palavra rea das pr fisses. Para compreenso da base tica se faz necessrio o conhecimento da gama de setores em que ela est inserida, sendo que um deles pode ser a tica Profissional. Assim, considera-se favorvel o esclarecimento racional do que Deontologia no aparato das diversas reas do saber. O que sugere a palavra Deontologia?
Deontologia significa DEVER, enquanto Logus quer dizer ESTUDO, ou seja a palavra Deontologia sugere o ESTUDO DOS DEVERES. De acordo com Segre (1995, p. 27) o exerccio profissional (....) ser uma questo de dever ser; e no de ser, de acordo com o que definimos, e defendemos, para a postura tica individual, internamente assumida e progressivamente amadurecida. Quando se fala em dever ser entende-se que a forma pela qual uma pessoa ou um grupo, no caso, profissionais, decidem genericamente sobre a melhor conduta tica que deve exercer enquanto profissional de determinada rea. Esta conduta associativa s regras e normas ticas de sua profisso caminho que deve ser seguido e respeitado para que no ocorra uma infrao tica. Para Durand (1995, p.15) (....) a pesquisa das exigncias ticas lig das ao exerccio de uma profisso (....) cdigos de deontologia. Por que toda profisso regulamentada possui seu cdigo de tica profissional? Todas as profisses regulamentadas possuem seus prprios cdigos de tica profissional onde esto contidas as condutas necessrias que o indivduo deve tornar em seu exerccio de trabalho. Essas condutas so regidas por elementos de orientao que norteiam o fazer do profis-
205
Podemos dizer que tico: Agir com conscincia, autonomia e coerncia; Assumir com dignidade os erros; Antes de agir, distinguir, dentre as vrias aes, aquela que seja mais oportuna. tica Profissional um conjunto de normas admitidas como ideais, para o exerccio de uma determinadaprofisso, visando sempre o funcionamento seguro e produtivo das instituies. Produzir, vender mais, alcanar funes superiores, tudo isso s faz sentido se o profissional tico, ou seja, se realizou tais aes dentro dos padres morais prescritos pelo grupo. Dicas
Lembre-se dos princpios ticos da: Lealdade; Honestidade; Transparncia; Sigilo; Tratamento Tcnico e Respeito Mtuo. Princpios ticos gerais Cada pessoa responsvel pela dignidade de sua profisso - em qualquer profisso, preciso exerc-la com dignidade, cumprindo leis, respeitando deveres, procurando sempre promover o bem-estar da coletividade. Lembre-se: O seu comportamento representa o comportamento de um profissional e de uma classe profissional; preciso zelar pela sua profisso e pela imagem de sua organizao. No h profissionais superiores e inferiores - segundo o Cdigo tico, todas as profisses so teis e servem ao bem-estar coletivo, no havendo, pois, nenhuma separao entre as funes. Determinadas pessoas que, para se engrandecer, subestimam os demais, distanciam-se do Cdigo tico.
Nesta seo voc estudou que a tica um tema bastante discutido e indispensvel para a compreenso do comportamento humano e social. Deve-se a poca contempornea a origem do pensamento grego com Scrates, Plato, Aristteles e seus discpulos. Dentre os pensadores que surgiram no tempo moderno para uma reflexo tica
206
Para aprofundar as questes abordadas nesta unidade realize pesquisa nos: SITES www.eticaempresarial.com.br/teste Faa o teste elaborado pelo advogado Joaquim Manhes Moreira, autor do livro A tica Empresarial no Brasil (Ed. Pioneira). LIVRO Arruda, Ceclia Coutinho. Fundamentos da tica empresarial e econmica. So Paulo: Atlas, 2001. ARTIGO Ser tico nas relaes contratuais deixou de ser uma opo sob o novo Cdigo Civil O novo Cdigo Civil tem sido elogiado pela incorporao de preceitos ticos ao seu texto. Tais dispositivos so dirigidos aos praticantes de atos jurdicos, principalmente as partes dos contratos. Muitos contratos so celebrados por pessoas naturais. Outros so estabelecidos entre pessoas jurdicas, ou entre essas e as pessoas naturais. O novo Cdigo Civil dirige-se sempre s pessoas, inclusive quelas que agem na representao de sociedade (geralmente organizada sob a forma de empresa), associao ou fundao. Sabemos que a tica empresarial, em sua essncia, a determinao s pessoas que integram uma organizao, de agir sempre em conformidade com os valores da honestidade, verdade e justia, em todas as atividades nas quais representem essas entidades jurdicas: nas compras, nas vendas, nos emprstimos, nas relaes com empregados, com a concorrncia, com o governo e com a comunidade, e em quaisquer outras. A prtica dos valores acima implica em agir sempre em boa-f, consistente na prtica de cada ato sem dolo e sem incorrer em fraude, revelando a verdade a outra parte e agindo sob a convico de estar protegido pela lei, tomando tambm como verdadeiras e justas as declaraes e exigncias do outro contratante. A boa-f significa tambm somente assumir obrigaes com a possibilidade e a inteno verdadeiras de cumpri-las no prazo acordado. Portanto, agir em boa-f significa acima de tudo agir com tica. Ser tico nas relaes obrigacionais (contratuais) deixou de ser uma opo sob o novo Cdigo Civil. Passou a ser um dever cuja violao acarretar responsabilidades para a parte infratora.
207
UNIDADE 3
SEO 1: Porque ser um cidado consciente e participativo? Nas unidades anteriores voc estudou sobre relaes humanas e tica. Nesta unidade voc vai estudar sobre Cidadania. Preparado? Para incio de conversa
A origem da palavra cidadania vem do latim civitas, que quer dizer cidade. A palavra cidadania foi usada na Roma antiga para indicar a situao poltica de uma pessoa e os direitos que essa pessoa tinha ou podia exercer. Segundo Dalmo Dallari: A cidadania expressa um conjunto de direitos que d pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem no tem cidadania est marginalizado ou excludo da vida social e da tomada de decises, ficando numa posio de inferioridade dentro do grupo social. (DALLARI, Direitos Humanos e Cidadania. So Paulo: Moderna, 1998. p.14) Voc sabia?
Que a cidadania constituda por trs direitos: Civil Poltico Social O direito civil composto dos direitos necessrios liberdade individual - liberdade de ir e vir, liberdade de imprensa, pensamento e f, o direito propriedade e de concluir contratos vlidos e o direito justia. O direito poltico o direito de participar no exerccio do poder poltico, como um membro de um organismo investido da autoridade poltica ou como um eleitor dos membros de tal organismo. O direito social refere-se a tudo o que vai desde o direito a um mnimo de bem-estar econmico e segurana ao direito de participar, por com-
Anote aqui seus direitos sociais, conforme Artigo 6 da Constituio Brasileira: ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ Exercer a cidadania tambm estar preocupado com a preservao do ambiente, com os direitos das minorias e do menor carente e aceitar pressupostos como a liberdade de credos religiosos.
208
do?
Mas preciso muito mais. O Planeta Terra quer a nossa ajuda. O Brasil necessita da conscincia ecolgica, e ns temos o dever de levantar esta Bandeira. A preocupao com os direitos humanos comea a se fortalecer com as revolues no Novo (Independncia dos Estados Unidos) e Velho Mundo (Revoluo Francesa) e a tomar impulso com o desenvolvimento industrial. A Declarao Universal dos Direitos Humanos, cujos princpios so originrios da Revoluo Francesa (1789), passa a ser adotada somente em 10 de Dezembro de 1948, pela Assemblia Geral da Organizao das Naes Unidas. Como o regime democrtico propicia o exerccio da cidadania? O regime democrtico propicia diversas formas de exercer a cidadania. Uma delas o direito que o povo tem de eleger seus representantes. Ele tambm seu a partir dos 16 anos de idade. Mas a democracia no se pratica apenas no perodo eleitoral. A participao deve ser constante. Na sua escola, na sua famlia e no seu trabalho existe algum lugar onde voc possa discutir assuntos como segurana pblica ou a questo da moradia, da educao ou do emprego? Crie um espao democrtico de debate, participe das atividades, incentive seus colegas, pea orientao a seus professores e pratique o saudvel hbito de discutir as questes que dizem respeito sociedade em geral. Cuidar do corpo uma tarefa importante. Os jovens, hoje, sabem disso, j que esto mais bem informados e cuidadosos. Mas preciso muito mais. Cuidar do corpo no s malhar horas em uma academia, caminhar, andar de bicicleta, passar cremes no corpo e no rosto, usar protetor solar. Tudo isso timo e tem que ser feito. Mas cuidar do corpo vai alm. Passa pela boa alimentao, rica em protenas e carboidratos e com pouca gordura, frituras e acar. Cuidar da sade sinal de inteligncia e mente aberta, sem drogas, para enfrentar a realidade e olhar para frente. Por a tambm passa a sexualidade, as descobertas, a afetividade. E, neste ponto, todo o cuidado pouco. As doenas sexualmente transmissveis esto a, e, junto com elas, a Aids. Desafios na prtica!
Voc pode exercer uma cidadania responsvel, sendo solidrio com as principais causas sociais, tendo em dia sua documentao de cidado e orientando seus colegas e familiares para a importncia da mesma.:
209
210
SETRAPS
Secretaria do Trabalho e promoo social
Funes e Objetivos :: Coordenar as aes da poltica social do municpio no que diz respeito promoo social, aos direitos da criana e do adolescente, ao apoio a pessoa idosa, ao trabalhador e ao desenvolvimento comunitrio. :: Assessorar o Prefeito Municipal na elaborao das polticas de assistncia social.
211
212
Que na ltima metade dos anos 1990, o nmero de aquisies de empresas brasileiras por empresas estrangeiras cresceu 196,25%. Segundo a Pricewaterhouse & Coopers, 772 empresas brasileiras, sem incluir incorporaes, acordos e associaes foram adquiridas pelo capital estrangeirosEsse processo de entrada do capital internacional atingiu quase todos os setores da economia. Segundo dados da consultoria KPMG, alimentos, bebidas e fumo lideraram o ranking de investimentos estrangeiros em nmero de aquisies nos ltimos anos, seguidos pela rea financeira, qumica e petroqumica e de telecomunicaes. Afinal, o que responsabilidade social?
A expresso responsabilidade social suscita uma srie de interpretaes. Para alguns, representa a idia de responsabilidade ou obrigao legal; para outros, um dever fiducirio, que impe s empresas padres mais altos de comportamento que os do cidado mdio. H os que traduzem, de acordo com o avano das discusses, como prtica social, papel social e funo social. Outros a vem associada ao comportamento eticamente responsvel ou a uma contribuio caridosa. H ainda os que acham que seu significado transmitido ser responsvel por ou socialmente consciente e os que a associam a um simples sinnimo de legitimidade ou a um antnimo de socialmente irresponsvel ou no responsvel4. Nota-se, contudo, uma crescente conscientizao no sen3 MORREIRA, Assis; REBOUAS, Lcia; HFEZ, Andra. Investimento migra para servios, diz a UNCTAD. GazetaMercantil, 28/9/1999, p.A-6. 4 ( SANTOS, Chico. Saldo
213
Que segundo Patrcia (2003), responsabilidade social pode ser definida como o compromisso que uma organizao deve ter com a sociedade, expresso por meio de atos e atitudes que afetam positivamente, de modo amplo, ou alguma comunidade, de modo especfico, agindo pr-ativamente e coerentemente no que tange a seu papel especfico na sociedade e a sua prestao de contas para com ela. Para Votaw6: responsabilidade social significa algo, mas sempre a mesma coisa, para todos. Para alguns, ela representa a idias de responsabilidade ou obrigao legal; para outros significa um comportamento responsvel no sentido tico; Muitos, simplesmente, equiparam-na pelo sentido de socialmente consciente6. Para Jaramillo e ngel: Responsabilidade social pode ser o compromisso que a empresa tem com o desenvolvimento, bem-estar e melhoramento da qualidade de vida dos empregados, suas famlias e comunidade em geral7. Para Villela (1998:2), O termo responsabilidade social nada mais que o comprometimento do empresrio com adoo de um padro tico de comportamento, contribuindo para o desenvolvimento econmico uma estratgia que no s melhora a qualidade de vida de seus funcionrios, mas multiplica por meio de suas famlias, da comunidade e da sociedade. a empresa atuando como agente social no processo de desenvolvimento. Segundo Almeida (1999), responsabilidade social corporativa o comprometimento permanente dos empresrios em adotar um comportamento tico e contribuir para o desenvolvimento econmico, melhorando, simultaneamente, a qualidade de vida de seus empregados e de suas famlias, da comunidade local e da sociedade como um todo. J para Carrol (1989:29), a responsabilidade social diz respeito s expectativas econmicas, legais, ticas e sociais que a sociedade espera que as empresas atendam, num determinado perodo de tempo. Percebe-se que as realidades econmica e social esto sempre juntas em qualquer conceituao sobre responsabilidade social, mesmo que a tnica do discurso no seja de cunho estritamente social. Isso significa que estas duas realidades, mais a realidade ambiental, nunca podem ser tratadas separadamente quando o assunto crescimento sustentvel. Qualquer fragmentao nesse sentido desequilibra at mesmo o conceito de responsabilidade social empresarial. Alm disso, a responsabilidade social resultado dos
4 DUARTE e DIAS, 1986, p.36. 5 SROUR, 1998, p.294-5. 6 WOTAW, 1975, apud DUARTE e DIAS, 1986, p.55. 7 JARAMILLO, e NGEL, 1996, p.60.
Qual a melhor definio de responsabilidade social no seu entendimento? ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ Pare e pense Responsabilidade Social para quem? Segundo os autores clssicos da rea, como Howard Bowen9 , h cinco tipos de pblico beneficiados com a responsabilidade social: 1 Funcionrios 2 Clientes 3 Fornecedores 4 Competidores 5 Outros com os quais a empresa mantenha transaes comerciais. Peter Blau e W. Richard Scott ressaltaram que, dentre todas essas categorias, a empresa deveria escolher apenas uma como a principal, que seria a razo para a existncia da organizao, enquanto as outras representariam apenas despesas 10. Para autores contemporneos 11, a responsabilidade social assume outras caractersticas, englobando o pblico interno e externo, alm do investimento na preservao ambiental, mas no necessariamente privil giando uma categoria em particular. Exemplos
RESPONSABILIDADE SOCIAL NA PRTICA A Gessy Lever, em parceria com o governo do Estado do Paran, montou o Centro Rexona de Excelncia no Vlei, com um investimento da ordem de R$ 4 milhes por ano. Os dois lados ganham: o comercial e o social. De um
8 TEXEIRA, 1984, p. 187. 9 BOWEN, 1957, apud OLIVEIRA, 1984, p.205.
214
Nesta seo voc aprendeu que a cidadania expressa um conjunto de direitos que d a pessoa possibilidade de participar ativamente da vida e do governo do seu povo. O exerccio dos direitos procura garantir ao indivduo a satisfao de suas necessidades materiais, culturais e sociais. Os direitos sociais esto escritos na Constituio Brasileira no seu artigo 6. Voc estudou a importncia do exerccio da responsabilidade social, que vem sendo visto como um indicador de competitividade empresarial. A assimilao do conceito e o engajamento em programas sociais, no se do igualmente nos diversos setores empresariais e regies do pas. Por outro lado, a sua participao no expressa a forma como a empresa interfere nos problemas da sociedade. Um dado animador que quase metade das empresas afirmam ter planos para criar ou expandir as aes no campo social, o que pode ser reflexo de um maior entendimento de que a responsabilidade social, como atuao contnua e comprometida dos negcios, comea a representar um compromisso estratgico de negcio, extrapolando o carter amadorstico. A empresa, por natureza, antes de qualquer coisa, um ente social, um ente que nasce com uma necessidade social para servir sociedade; um ente que morre no momento em que no cumprir esse requisito. dependente e servial da sociedade, desde a origem at o fim, na qual nasce e qual serve. A colocao de Basagoiti mostra claramente o quanto a empresa parte importante da sociedade. Portanto, precisa dar respostas no somente de carter econmico, mas tambm de carter social, visando o seu pleno desenvolvimento. Nesse mbito, a empresa pode participar de dive sas formas. Muitas delas, principalmente as mais capitalizadas e de maior porte, criam as suas prprias fundaes ou institutos voltados para atividades de cunho social e ambiental. Outras preferem praticar o velho e conhecido assistencialismo, doando recursos financeiros ou materiais s entidades sociais. Referncias
Que de acordo com estudos realizados pelo Servio Nacional do Comrcio (Senac) de So Paulo as razes mais apontadas para a realizao de investimentos sociais estavam: Conscincia e cidadania empresarial 26,6% Viso e misso 26% Sentimento de que a empresa uma extenso da comunidade, sendo responsvel por sua qualidade de vida 23,5% Quase metade das empresas - 43% - realiza in-
ALVES, EGR. Relacionamento cirurgio-dentista e paciente. Odont e Socied. 2000. CAGGIANO, MHS. Direitos humanos e aprendizado cooperativo. In: Liberal MMC.(Org.) tica e cidadania. So Paulo: Mackenzie, 2002. (p.95-113) COHEN, C, Marcolino JAM. Relao mdico-paciente: autonomia & paternalismo. In: Segre M, Cohen C.
10 1977, apud OLIVEIRA, 1984, p.205. 11 MELO NETO e FORTES, 1999, p. 104. 12 MELO NETO e FORTES, 1999, p. 104.
215
Ateno!
Se voc tem acesso internet, LEMBRE-SE de acessar com freqncia o Ambiente Virtual de Aprendizagem, pois as possibilidades de interao com os tutores e seus colegas so maiores! Para aprofundar o contedo abordado nesta seo realize pesquisa: SITES BAGGIO, Rodrigo (2000). Consumidor quer mais que produto. www.ethos.org.br. ELIZONDO, Adam (1999). A empresa, realidade econmica e humana. www.fides.org.br. Instituto Ethos de Responsabilidade Social Empresarial. Indicadores ethos de responsabilidade social empresarial (2000). So Paulo. Junho, Verso 2000, www.ethos.org.br MILLOT, Michele (1999). Balano do balano social. www.fides.org.br. ARRUDA, Maria Ceclia Coutinho de (1999). O momen-
No estudo da unidade de Relaes Humanas voc estudou sobre como a modernizao e tecnologias influenciam as relaes humanas e como voc pode usar as regras e normas para melhorar a qualidade do seu relacionamento e comunicao. Voc percebeu tambm que o trabalhador detinha antes o controle sobre o processo e as condies de trabalho, com a mecanizao da produo, no sistema de fbrica,
216
Autoconceito Complexo de imagens mentais que as pessoas tm de si mesmas. Auto-estima estima de si mesmo, amor prprio. Crena Idia ou pensamento descritivo que faz com que uma pessoa acredite em algo. Dinmica de Grupo Tcnica de interao entre participantes de um grupo de trabalho, que pode levar a mudanas de atitude, conduta e relaes resultantes dessa interao. Eficcia - Capacidade de fazer o trabalho atribudo. Eficincia - Capacidade de fazer bem um trabalho. Feeling Percepo; viso prpria sobre certo assunto com base na experincia ou no conhecimento de certos fatos que podem influenciar sua evoluo. Empatia Em psicologia, a tendncia para sentir o que sentiria a outra pessoa, como se estivssemos vivendo a sua situao e circunstncias. Hierarquia das Necessidades Modelo criado pelo psiclogo americano Abraham MASLOW, na tentativa de hierarquizar ou atribuir valores relativos aos vrios estmulos de ordem psicolgica ou social que levam as pessoasa se comportarem de determinadas maneiras. Hiptese Suposio a ser comprovada para explicar um fato, teoria ou processo.
217
COUTINHO, M. Ceclia. Fundamentos de tica empresarial e econmica. So Paulo: Atlas, 2001. AGOSTI, H. P. Condies Atuais do Humanismo. Rio de Janeiro, Paz e Terra S. A., 1970. DECCA, M. A. G. Indstria, Trabalho e Cotidiano. So Paulo, Atual Editora Ltda. 13 ed. 1991. DI LASCIO, C. H. R. A Psicologia no Trabalho. Revista Contato CRP 08, ano 23/ n 113, p.11, Curitiba, 2001 DIMITRIUS, J. E. & MAZZARELLA, M. Decifrar Pessoas. So Paulo, Alegro, 17 ed., 2000. FIORE, M. M .L. Q. O meio so as Massa-gens. Rio de Janeiro, Record, 1969. LIEVORE, J. A. Marketing Pessoal. Londrina, Grafmark. 3 ed , 2000 MC CULLOUGH, W. Ambiente do Trabalho. Rio de Janeiro, Frum Editora Ltda, 1973 MCLUHAN, M. Os meios de comunicao como extenses do homem. So Paulo, Cultrix, 2000. Ateno!
Se voc tem acesso internet, LEMBRE-SE de acessar com freqncia o Ambiente Virtual de Aprendizagem, pois as possibilidades de interao com os tutores e seus colegas so maiores! MESQUITA, E. A Tcnica, o homem e a vida social. So Paulo, Artes Grficas, 1978. ORTIZ, R. Mundializao e Cultura. So Paulo, Brasiliense 2 ed., 1996. STAREPRAVO, B. Segredos da Realizao. S/D WEIL, P. Relaes Humanas na Famlia e no Trabalho. Rio de Janeiro, Vozes, 30 ed., 1976. Anexos Boas Prticas de Relaes Humanas Leia com ateno e faa a comparao com suas respostas:
218
EXERCCIOS
Relaes Humanas e tica
1. Assinale a alternativa que completa a frase corretamente. O socilogo australiano Elton Mayo que deu origem s teorias das relaes humanas, conclui que... a) ( ) fatores psicolgicos influenciam as aes humanas e que quanto mais os seres humanos estiverem integrados no mbito do trabalho, maior ser a capacidade de produzir. b) () fatores psicolgicos influenciam na capacidade de produo dos seres humanos, mas so importantes no ambiente de trabalho. c) () fatores psicolgicos no influenciam no trabalho dos seres humanos. d) () fatores psicolgicos influenciam na capacidade de administrar equipes de pessoas. 2. Assinale a alternativa que no contem uma regra bsica para um grupo de trabalho. a) () agir com mtodo b) () buscar a melhoria do processo c) () exercer o trabalho com autonomia d) () exercer o trabalho com base em detalhes irrelevantes. 3. Segundo o entendimento tico, o que significa valor? a) o dinheiro que se ganha durante a vida. b) uma varivel da mente que faz com que o ser humano descida ou escolha se comportar numa determinada direo e dentro de determinada importncia. c) a educao que se recebe na escola. d) uma varivel da mente que faz as pessoas escolherem s o que lhes interessa. 4. A palavra Deontologia significa: o estudo dos princpios, fundamentos e sistemas de moral, tratado dos deveres. O termo habitualmente utilizado para expressar: a) b) c) d) 5. a) b) c) d) 6. a) b) c) d) Os cdigos dos Conselhos Regionais Os cdigos ticos profissionais Os cdigos civis Os cdigos tributrios tica significa: o domnio dos juzos de valor. a educao que recebemos durante a vida. a educao que se d aos filhos. o cuidado que se tem com as palavras inconvenientes. Dois pensadores contribuem para a reflexo tica nos tempos modernos. Assinale a resposta correta: Kant Hegel Einstein Scrates Focaulp Marx Aristoteles Marx
7. Um dos princpios fundamentais da existncia tica fazer o bem evitar o mal. Neste contexto, podemos dizer que o bem : a) Tudo aquilo que est em perfeita harmonia com a natureza em geral e especialmente com o ser humano b) Preocupar-se somente com seu bem-estar c) A maior preocupao da humanidade visando o seu patrimnio
219
8. Sendo a tica profissional um conjunto de normas admitidas como ideais, para o exerccio de uma determinada profisso, podemos dizer que tico: a) Ter uma postura de carter bem viver b) Produzir, vender mais e alcanar funes superiores como meta nica c) Zelar pela sua pessoa e seus interesses em detrimento a profisso d) Agir com conscincia, autonomia, coerncia, assumindo com dignidade os erros distinguindo dentre vrias, a ao que seja mais oportuna 9. a) b) c) d) Qual a caracterstica predominante marcante das relaes humanas atuais? Coletivismo. Individualismo. Parcerias. Objetos comuns.
10. O significa da palavra moral : a) Conjunto de condutas ou hbitos julgados vlidos de modo absoluto, para um grupo ou para uma determinada pessoa. b) Conjunto de hbitos julgados vlidos pelos governantes. c) Conjunto de atitudes tomadas pelo ser humano. d) Hbitos julgados inteis para a sociedade.
220
ECONOMIA E MERCADO
221
222
INTRODUO
Esta disciplina foi desenvolvida visando aspectos bsicos da Economia. Voc deve estar acostumado a discutir problemas de economia brasileira em termos concretos ao nvel de macroeconomia, numa viso mais geral do que acontece conosco, consumidores e cidados. Este trabalho estando voltado ao estudo da micr economia, lhe dar condies para um entendimento mais especfico das causas dos fenmenos econmicos que afetam a sociedade brasileira. Muita gente pensa que na macroeconomia que se localiza a ao, os problemas realmente empolgantes. Muitos dos problemas polticos e sociais de hoje e de amanh no esto na rea da macroanlise e sim da microanlise. Como exemplo podemos citar: a soluo da pobreza, o menor abandonado, o auxlio s cidades, a distribuio de renda,os sindicatos e as empresas, o transporte urbano todos estes problemas so tratados pela microeconomia. Assim, voc certamente vai gostar deste aprendizado, pois envolve o cotidiano de nossas vidas.
223
224
UNIDADE 1
Introduo Economia
SEO 1 O Fluxo Econmico A economia pode ser analisada como um fluxo de trocas de bens e mercadorias e o correspondente em moeda. Esse modelo, apesar de sua simplificao, ajuda muito a entender os problemas decorrentes da distribuio dos fatores de produo numa sociedade, bem como fornece uma viso do funcionamento de uma economia capitalista. Nesse modelo as empresas ofertam mercadorias e as famlias ofertam seus servios. As empresas demandam esses servios e pagam como valores monetrios na forma de salrios, rendas e juros. As famlias recebem essas rendas e demandam as mercadorias das empresas que recebem esse fluxo monetrio na forma de receita. medida que acontecem as atividades de produo, dois fluxos ocorrem simultaneamente: o fluxo real ou de bens e servios; o fluxo monetrio, tambm chamado fluxo nominal ou renda; Fatores de Produo: So os elementos necessrios e bsicos para que haja produo de bens: Recursos naturais: so os recursos obtidos na natureza e que vo ser transformados atravs da indstria como o ferro, madeira, petrleo e terras. Trabalho: a colaborao da energia humana, manual ou intelectual, no processo de produo. Capital: tudo aquilo que fruto de poupana e que vai aumentar a produo. fluxo de bens e servios decorrente da produo e, conseqente, da compra desses bens e servios por parte dos consumidores. Ele formado pelos bens e servios produzidos, constituindo a oferta da economia, ou seja, todos os bens e servios que esto disposio dos consumidores. O fluxo monetrio ocorre quando, ao exercerem suas atividades, as unidades produtoras remuneram os fatores de produo empregados, juros de capital tomado como emprstimo junto aos bancos, aluguel pelas instalaes que ocupam, e distribuem lucros a seus proprietrios ou acionistas. So estas remuneraes que permitem aos donos dos fatores de produo comprarem os bens e servios de que necessitam.
A oferta e a demanda so as funes primordiais do sistema econmico. Quando elas se encontram, estabelecemse o que se chama de mercado, situao em que as pessoas que querem comprar se encontram com aquelas que querem vender. importante notar que o termo mercado no significa obrigatoriamente lugar fsico ou contguo. Sua acepo mais genrica, e significa realizao de todas as compras e vendas de um bem ou conjunto de bens.
Exemplo: O mercado imobilirio de uma cidade constitudo de todas as empresas imobilirias e seus vendedores, de todas as pessoas que querem vender, das que querem comprar e dos imveis a serem transacionados. As empresas empregam os fatores de produo (terra, trabalho, capital) para a fabricao de bens e prestao de servios que sero adquiridos pelas famlias (fluxo real). Com a remunerao paga pela venda dos fatores de produo (aluguis, salrios, juros e lucros), as famlias podem comprar os bens e servios das empresas. As empresas, por sua vez, com a venda dos bens e servios para as famlias, se capitalizam para adquirir novos fatores de produo e dar incio a mais um ciclo produtivo (fluxo monetrio). O Governo tambm um importante agente econmico e transaciona com as famlias e as empresas. Das famlias e empresas recebe os impostos indiretos, quando incidem sobre bens e servios e, diretos, quando incidem sobre a renda das pessoas ou empresas. Com esses recursos, o Governo pode transferir renda populao ou s empresas. Nesse caso, ocorre uma tributao s avessas, so os impostos negativos, mais conhecidos como subsdios ou incentivos fiscais porque ao invs de cobrar, o Governo d recursos s empresas para que o custo de produo de determinados bens ou servios seja reduzido. Por fim, as famlias, as empresas e o Governo transacionam com agentes que esto fora do pas. Nesse caso, os agentes do pas domstico importam bens e servios do resto do mundo e exportam bens e servios para o resto do mundo. Com o processo de globalizao dos mercados, o agente econmico externo tende a aumentar expressivamente de importncia, exercendo um papel de destaque cada vez maior nas economias domsticas.
SEO 2 O Inter-Relacionamento da Economia Diante dos problemas que a economia se defronta usase vrias outras cincias de apoio para que a tomada de decises seja a que obtenha o melhor resultado possvel.
225
226
A Antropologia Cultural estuda as crenas e os costumes e a influncia desta cultura na estrutura social. Dessa forma evidencia-se a velocidade das mudanas nas estruturas produtivas que a sociedade est disposta a realizar. SEO 3 A Diviso da Economia O Sistema Econmico a reunio dos diversos elementos participantes da produo de bens e servios que satisfazem as necessidades da sociedade, organizadas no s sob o ponto de vista econmico, mas tambm social, jurdico etc. A economia se divide em duas grandes reas de estudo: a Microeconomia e a Macroeconomia. 1) MICROECONOMIA A microeconomia trata dos problemas do indivduo e da empresa dentro do Sistema Econmico. A microeconomia conhecida como o ramo da Cincia Econmica voltada ao estudo do comportamento das unidades de consumo representadas pelos indivduos e/ou pelas famlias, ao estudo das empresas, suas respectivas produes e custos e ao estudo da produo e preos dos diversos bens, servios e fatores produtivos. Preocupa-se em estudar o consumidor individual que se dirige ao mercado com uma determinada renda para adquirir bens e servios, e, tambm, a maneira como a empresa emprega os fatores de produo para obter o maior lucro possvel. 2) MACROECONOMIA Estuda o conjunto dos consumidores de uma sociedade, assim como o conjunto de empresas desta mesma sociedade. Seu interesse determinar os fatores que influenciam o nvel total de Renda e do Produto do Sistema Econmico. A macroeconomia se interessa pelo estudo dos agregados como a produo, o consumo, o emprego, o desemprego e a renda da populao como um todo. A macroeconomia surgiu com o objetivo de viabilizar anlises das variveis que afetam todos os agentes econmicos, onde o comportamento de todos influenciado pelas mudanas. Nesses indicadores, chamados variveis macroeconmicas, destacam-se a inflao, a taxa de juros, o nvel de renda, o nvel de consumo, a taxa de juros, etc.
A Sociologia se preocupa em analisar como as relaes sociais influenciam a economia e como por sua vez, a economia condiciona a sociedade. Um dos maiores pensadores da historia disse: A ordem econmica harmnica fator importante para que haja ordem social (Confcio). Na Idade Mdia as lutas entre classes eram conseqncias de interesses econmicos conflitantes. c) Economia e Psicologia Social
A Psicologia Social estuda o comportamento do homem, portanto, liga-se Economia que estuda a luta empreendida pelo homem para satisfazer as suas necessidades (ilimitadas), utilizando recursos escassos. A Psicologia Industrial surgiu no incio do sculo XX como resultado da juno dessas cincias.Busca analisar o comportamento dos agentes econmicos vinculados indstria de transformao. d) Economia e Direito marcante o conflito permanente entre os agentes da ao econmica em face de seus interesses serem contraditrios. Apelou-se, portanto, para a Cincia Jurdica na soluo dos litgios constantes causados pelo que chamamos de Racionalismo Econmico. e) Racionalismo Econmico
Comportamento das empresas de um lado, desejando a maximizao de seus lucros e o comportamento dos consumidores do outro, buscando obter a maior quantidade de bens com o mnimo de dispndio. Esse racionalismo encontra sua melhor soluo quando o mercado (local onde se encontram produtores e consumidores) est em harmonia perfeita e as informaes esto disposio de todos. f) Economia e a Histria Na compreenso do economista historiador, o estudo dos
227
A microeconomia apresenta uma viso microscpica dos fenmenos econmicos, e a macroeconomia, uma viso telescpica, isto , esta ltima possui uma amplitude muito maior, apreciando o funcionamento da economia no seu global. Se fosse considerada uma floresta, a microeconomia estudaria as espcies vegetais que compem individualmente, ou seja, estudaria a composio dos itens da floresta; enquanto a macroeconomia preocupar-se-ia com o produto floresta como um todo. SEO 4 As Necessidades Humanas Necessidade, no sentido econmico, o sentido de privao de um bem externo que se tende a possuir. Podem ser individuais ou coletivas. Individuais: precisam ser satisfeitas para garantir a sobrevivncia dos indivduos.
EXEMPLO:
Necessidades sociais
Necessidades de segurana
Necessidades fisiolgica.
Educao, transporte coletivo, segurana etc. Devido a essas necessidades coletivas ou sociais exigirem um volume de recursos muito elevado, cabe ao Estado encarregar-se de satisfaz-las, atravs dos servios pblicos, que podem ser de duas espcies: Servios pblicos gerais: aqueles prestados para uso global pela populao. EXEMPLO:
Pensando e observando a vida das pessoas, percebemos facilmente que as necessidades humanas so ilimitadas quanto ao nmero. Logo que algum consegue dinheiro para saciar sua fome e para vestir-se, j pensa em adquirir sua casa prpria. Quando j tem casa, quer decor-la da melhor maneira possvel. Depois, surge a necessidade de convidar os amigos para conhecer a casa e ouvir os ltimos CDs adquiridos. medida que vamos satisfazendo as necessidades, outras vo surgindo: carros, viagens, cursos, roupas da moda, emprego melhor, e assim por diante. Como atender as necessidades ilimitadas se os recursos so limitados? A cincia econmica procura resolver este problema atribuindo um grau de importncia a cada necessidade e sugerindo a canalizao dos recursos para a satisfao das necessidades mais urgentes. Um indivduo deve satisfazer suas necessidades. Porm, o alimento cotidiano e o lazer no tm a mesma importncia. De que adianta o indivduo andar vestido de acordo com a ltima moda, se tem dificuldade em se alimentar? Tambm no tem a mesma importncia a necessidade de pagar a educao dos filhos e o desejo de comprar um carro. O dinheiro que um indivduo dispe serve para muita coisa quando abundante. Como, em geral, o dinheiro escasso, preciso utiliz-lo muito bem, para que
Servio policial e sade pblica. Servios pblicos especiais: os consumidos individualmente pelo cidado. EXEMPLO: Transporte ferrovirio. Qual a teoria das Necessidades Humanas?
Segundo o pensador Maslow, as necessidades so deficincias fisiolgicas ou psicolgicas que uma pessoa sente ou se v compelida a satisfazer, e podemos classific-las assim:
228
A cincia econmica pode ser entendida como o estudo da distribuio eficiente dos recursos escassos. O fluxo de bens e servios decorrente da produo e, conseqente, da compra desses bens e servios por parte dos consumidores. Ele formado pelos bens e servios produzidos, constituindo a oferta da economia, ou seja, todos os bens e servios que esto disposio dos consumidores. A oferta e a demanda so as funes primordiais do sistema econmico. As empresas, com a venda dos bens e servios para as famlias, se capitalizam para adquirir novos fatores de produo e dar incio a mais um ciclo produtivo (fluxo monetrio). O governo recebe das famlias e empresas os impostos indiretos, quando incidem sobre bens e servios e, diretos, quando incidem sobre a renda das pessoas ou empresas. No mundo grego, a Economia, a Poltica e a moral eram uma nica cincia. Na fronteira do estudo da cincia econmica comeam a aparecer estudos sobre os ciclos polticos, que evidenciam a influncia da Poltica na economia. A Sociologia se preocupa em analisar como as relaes sociais influenciam a economia e como por sua vez, a economia condiciona a sociedade. A Psicologia Social estuda o comportamento do homem, portanto, liga-se Economia que estuda a luta empreendida pelo homem para satisfazer as suas necessidades (ilimitadas), utilizando recursos escassos. A microeconomia conhecida como o ramo da Cincia Econmica voltada ao estudo do comportamento das unidades de consumo representadas pelos indivduos e/ou pelas famlias, ao estudo das empresas, suas respectivas produes e custos e ao estudo da produo e preos dos diversos bens, servios e fatores produtivos. A macroeconomia estuda o conjunto dos consumidores de uma sociedade, assim como o conjunto de empresas desta mesma sociedade. Seu interesse determinar os fatores que influenciam o nvel total de Renda e do Produto do Sistema Econmico.
A palavra riqueza lembra uma grande quantidade de bens econmicos ou dinheiro. Adam Smith (1723-1790), economista ingls, escreveu que: riqueza o conjunto de bens de que o homem efetivamente e realmente pode dispor para fins econmicos. Em Economia, qualquer bem til, acessvel e limitado recebe o nome de riqueza. Qual o conceito de Utilidade de um bem?
Utilidade a qualidade que possuem os bens econmicos de satisfazer as necessidades humanas. O bem, porm, s til quando desejado pelo homem. Utilidade econmica a qualidade que tm os bens de corresponderem, s necessidades dos indivduos, de forma que: a. Possuam as qualidades fsicas necessrias (utilidade de forma). b. Estejam no lugar onde so necessrios (utilidade de lugar). c. Estejam disponveis enquanto for preciso (utilidade de tempo). d. Estejam na posse da pessoa que necessita (utilidade de posse). Utilidade, portanto, um conceito mais subjetivo do que objetivo. O grau de utilidade de um bem depende danecessidade de cada indivduo. Um bem pode ser til para algum e no o ser para outra pessoa. Qual a importncia da noo de Valor?
UNIDADE 2
O Sistema Econmico
A noo de valor de grande importncia na economia. A utilidade o elemento fundamental do valor. Existem varias formas de entender o conceito de valor: O Valor de uso de um bem capacidade que ele tem de satisfazer as necessidades de cada um. muito comum confundir-se o conceito de valor de uso com o conceito de utilidade.
229
Fator de produo a agregao das unidades bsicas trabalho, recursos naturais, capitais e tecnologias utiliza das para a confeco de um bem econmico: Trabalho: medida do esforo humano na produo. Recursos Naturais: tudo que economicamente pode ser aproveitado da natureza. Capital: reunio de bens (equipamentos, ferramentas e mquinas) de um sistema. Alguns economistas consideram tambm a Tecnologia e a Capacidade Empresarial como fatores de produo, pois so elas que decidem qual a melhor combinao para utilizao destes fatores. PONTO CHAVE:
Capacidade empresarial um dos fatores de produo mais difcil de mensurao, mas que de fcil compreenso quando se verifica a importncia dos empresrios na conduo das empresas. SAIBA MAIS
O preo o valor dos bens e servios expresso em moeda. Existem diversos tipos de preo e que refletem a capacidade ou no de um determinado agente fixar o preo segundo seus interesses. A Flutuao de preos aquela produzida pela Lei da Oferta e da Procura. O preo pode ser determinado de vrias formas: Convencional: determinado pela vontade dos contratantes. De concorrncia: Quando ficam fixados pelas alternativas da Oferta e da Procura. Legal: estabelecido por lei. Natural: produo, incluindo o lucro natural. Pode ser considerado corrente ou vulgar.
A Origem da Teoria Econmica Para melhor compreender as implicaes histricas sobre a economia e como esses fatos determinaram as concluses dos analistas e estudiosos, necessrio voc relembrar alguns fatos da histria recente: Aps a 1 Guerra Mundial, vrios pases europeus recomearam suas atividades industriais, ocasionando para os Estados Unidos um excedente de produo. Caracteriza-se como excedente, o produto da economia de um pas que no consegue ser absorvido inteiramente. Uma soluo imediata seria a reduo brusca dos nveis de atividade produtiva, acarretando crise econmica e social em curto prazo, reduzindo a lucratividade das empresas e conseqentemente gerando desemprego. Nesta poca, os Estados Unidos passaram a emprestar capitais excedentes a pases carentes, para que pudessem comprar seus produtos. Ocorre que estes pases comearam a adquirir mquinas e acessrios com vistas ao re- equipamento de seu parque industrial. Com relao produo agrcola americana, esta ficou estocada, criando grandes dvidas dos fazendeiros juntos aos agentes financeiros. Na segunda metade de 1929, houve uma queda sensvel nas exportaes americanas, acentuadas pela volta da Inglaterra e da Frana ao mercado internacional. Como conseqncia destes fatos, fazendas passaram a ser propriedade dos bancos, a reduo da produo industrial aumentou o nvel de desemprego, generalizando-se sria crise econmico-social. O reflexo na Bolsa de Valores foi imediato: quinta-feira, dia 24 de outubro de 1929, foram colocados venda 13
230
Entende-se por populao o total de habitantes de determinado territrio nacional e de estrangeiros. Uma importante diviso quanto capacidade de um pas dispor de sua populao para a produo. Conceitualmente: Populao dependente: aquela que no tem condies de oferecer fora de trabalho e est compreendida entre 0-14 anos e acima dos 60. Populao produtiva: a parcela da populao total que est em idade de trabalhar, ou seja, est inserida entre 15 ou 59 anos. A populao produtiva subdivide-se em: Populao inativa: a parcela da produo produtiva que, embora esteja em idade de trabalhar, no o faz, por exercer uma outra atividade no remunerada. Populao economicamente ativa: a parte da populao produtiva que, embora tenha qualificao profissional e idade de trabalhar, pode estar ou no trabalhando.
231
Em um sistema Capitalista, a maioria dos meios de produo possuda de modo privado por indivduos e por organizaes, no pelo governo. Os indivduos tm liberdade para vender seus recursos em quantidades que julgarem adequadas e pelo mais alto preo que puderem obter. Eles tambm tm liberdade para gastar sua renda a fim de comprarem bens e servios que maximizem sua satisfao. A concorrncia pura ou perfeita supe a existncia no Mercado de muitos vendedores e compradores, cada qual muito pequeno para influir no preo dos bens e servios. As funes do governo so estritamente limitadas posio para a defesa de alguns servios bsicos e imposio de regras gerais para protegerem as liberdades econmicas e polticas. Quais as caractersticas das Economias Modernas? Nas Economias Modernas h aspectos importantes: grande desenvolvimento tecnolgico: Uso de mo-de-obra especializada, uma grande quantidade de equipamento de capital e tecnologia avanada para produzir bens e servios com um mnimo de treinamento. grande diviso do trabalho e especializao na produo:Isto permite grandes aumentos em produtividade. mercado financeiro desenvolvido:Acesso fcil ao crdito e financiamentos. Como se comportam os preos nos diferentes tipos de Economia? Na Economia de Livre Empresa: Somente as mercadorias pelas quais os consumidores esto dispostos a pagar um preo unitrio suficientemente alto para cobrir, pelo menos, o custo total da produo
SEO 3 A Microeconomia A microeconomia dividida em: Teoria do Consumidor, que estuda o comportamento das pessoas quando compram bens e servios. Na Teoria Elementar da Demanda ou Teoria do Consumidor, o consumidor o agente econmico que necessita de bens e servios para satisfazer as suas necessidades e o empresrio aquele que produz estes bens ou servios. Teoria da Empresa, que estuda o comportamento do empresrio ao produzir os bens e servios que vendidos aos consumidores. O que dizia a Teoria Cardinal?
Esta Teoria afirmava que a utilidade podia ser medida cardinalmente, em utis e que a utilidade de um bem no era influenciada pelo consumo de outros bens. A utilidade total da cesta de mercadorias seria igual soma das utilidades de cada bem. O que diz a Teoria Ordinal?
Conhecida como Teoria Ordinal do Comportamento do Consumidor, considera que a utilidade decorrente do consumo combinado e no individual dos bens. Alm disso, a utilidade no medida, mas sim, ordenada. Os economistas Edgewoth, Antonelli, Fischer e Pareto, que deram forma teoria Ordinal, ao reconhecer que o con-
232
A escala de demanda de um indivduo mostra as quantidades de uma mercadoria que ele est disposto a comprar e pode comprar, em dado perodo de tempo, a vrios preos alternativos. (ver mais na pgina 15). A Lei da Procura (Demanda) nos diz que: Quanto maior for o preo de um bem, menor ser a quantidade procurada desse bem, contrariamente, quanto menor o preo, maior a quantidade procurada. PONTO CHAVE:
Assim sendo, pode-se dizer que um bem tem mais utilidade do que outro, mas no se estabelece a quantidade de utilidade correspondente a cada um. Alm da utilidade, deve-se ressaltar como elementos determinantes na procura de um bem, a renda das pessoas e os preos dos bens. PONTO CHAVE:
Isto significa que existe uma relao inversa entre o preo de um bem e a quantidade procurada desse bem. GRFICO DA CURVA DA DEMANDA
233
Na produo, o empresrio ao adquirir os fatores de produo, efetua despesas para remunerao ou pagamento destes fatores. Os custos de produo so apurados pelo clculo dos gastos dos empresrios com os fatores de produo. O que a Receita da Produo?
a quantidade produzida, multiplicada pelo preo de mercado do bem. A receita mensal de uma empresa o valor total recebido de clientes pelas vendas efetuadas de produo prpria ou de mercadorias para revenda ou pelos servios prestados, no ms de referncia, sem descontar as despesas relativas ao desenvolvimento da atividade. Qual o significado do Lucro?
Observe que a curva de oferta positivamente inclinada, demonstrando que uma variao positiva nos preos (P) elevam as quantidades (Q) ofertadas. Por analogia, uma queda nos preos resulta numa reduo da oferta desse produto. RESUMO
Elemento que estimula a atividade empresarial, a diferena entre os custos de produo e a receita do empresrio. O que vem a ser a Curva da Oferta?
Os economistas, quando estabelecem uma relao entre a quantidade ofertada de um bem e o seu preo de mercado, obtm a Curva Oferta. A Lei da Oferta nos diz que: PONTO CHAVE:
Quanto maior for o preo de um bem, maior ser a quantidade ofertada desse bem Isto significa que existe uma relao direta entre o preo de um bem e a quantidade procurada desse bem. Como se comporta a Elasticidade Preo perante a Oferta? A elasticidade-preo neste caso mede a reao dos empresrios s variaes de preo de um determinado bem. Sob o ponto de vista da Elasticidade Preo, a oferta por ser classificada como: Oferta com Elasticidade Unitria: a curva de oferta de bens, cuja resposta em termos de produo, proporcional variao do preo do bem, sendo a elasticidade-preo da oferta igual a 1.
A utilidade o elemento fundamental do valor. O Valor de troca a capacidade do bem de poder ser trocado por outro. A Flutuao de preos aquela produzida pela Lei da Oferta e da Procura. Valor agregado o valor adicionado economia, em cada estgio da produo, ou seja, a remunerao paga pelo uso dos fatores de produo que dever equivaler renda da economia. O Valor bruto da produo a soma do valor agregado das diferentes fases do processo produtivo. Populao ocupada a parcela da populao total que, realmente, produz para o sistema, ou seja, parte da populao economicamente ativa que est trabalhando. O sistema econmico a reunio de diversos elementos que entram na produo de bens e servios para satisfazer as necessidades da sociedade. Bens de Capital: destina-se a aumentar a eficincia do trabalho humano no processo produtivo. Na Teoria Elementar da Demanda ou Teoria do Consumidor, o consumidor o agente econmico que necessita de bens e servios para satisfazer as suas necessidades e o empresrio aquele que produz estes bens ou servios. Substitutos so aqueles que, do ponto de vista do consumidor, podem ser trocados no momento do consumo, proporcionando igual satisfao, ou satisfao semelhante. A Teoria da Produo preocupa-se com o
234
UNIDADE 3
O Mercado
SEO 1 Os Tipos de Mercado O que significa o Mercado?
Preo de Equilbrio o preo onde se igualam as quantidades ofertadas e demandadas no mercado. Preo de Equilbrio ou de Mercado aquele cujo valor igual tanto para a oferta como para a procura. As curvas representativas da oferta e da procura de um mercado expressam uma relao entre preos e quantidades. Apesar disso, ao estudar isoladamente cada uma das curvas, no se pode determinar a quantidade e o preo pelo qual cada bem ser comprado e vendido. GRFICO DO MERCADO
O termo mercado refere-se a todas as compras e vendas realizadas no Sistema Econmico, tanto de bens de consumo, intermedirios e de capital, bem como de servios. A oferta e a procura so as duas funes mais importantes de um sistema econmico, elas formam o Mercado, lugar onde se realizam as trocas. Mercado o encontro da Oferta com a Procura. Como podemos classificar o Mercado? Nesse mercado o equilbrio (E) acontece com o preo de mercado (Pe), representado por 3 e a quantidade de mercadorias transacionadas (Qe), representada por 7. O que o Mercado de Fatores de Produo? O mercado de fatores de produo o conjunto de toda a oferta e demanda de mo-de-obra, capital, recursos financeiros, etc, com o objetivo de se produzir alguma mercadoria ou servio em uma economia. Esse mercado possui muitas peculiaridades, podendo ser entendido com segue: 1. MERCADO DE TRABALHO O mercado de trabalho composto pelas pessoas que esto procurando emprego e pelos agentes que esto contratando essas pessoas. O mercado de trabalho dinmico, pois as pessoas esto sempre procura de empregos melhores e os empregadores procuram empregados mais produtivos. A oferta de mo-de-obra depende de muitos fatores. A renda das famlias um desses fatores.
Existem diversas maneiras de se classificar o mercado, uma dessas maneiras quanto concorrncia. O mercado pode ser assim classificado quanto concorrncia: a) Concorrncia Perfeita ou Pura: exige um nmero grande de vendedores e compradores. O produto oferecido neste mercado homogneo.
Feira-livre.
EXEMPLO:
b) Monoplio: apenas uma empresa vende um produto, para o qual no existem bons substitutos. Quando se tem apenas um comprador, chama-se Monopsnio. EXEMPLO: Servios exclusivos do governo como abastecimento de gua, eletricidade, etc c) Oligoplio: onde existe um pequeno nmero de produtores. Os produtores bens produzidos, apesar de perfeitamente substituveis entre si, so diferenciados, permitindo ao consumidor saber exatamente que empresa o produziu. Quando existem poucos compradores chama-se Oligopsnio.
Se a pessoa que sustenta a famlia possuir uma boa renda, haver um retardo da entrada de mo-de-obra, pois a subsistncia da famlia estar assegurada. Porm, se a renda baixa a oferta de mo-de-obra tende a aumentar. A oferta potencial tambm varia em funo da renda, mas
EXEMPLO:
235
A Taxa de Juros o preo do dinheiro, o quanto um poupador ou investidor exige para emprestar o dinheiro
236
O consumo pode ser considerado como a fase final do processo econmico. O consumo a parte da renda da economia que efetivamente gasta com produtos e servios, ou seja, ocorre quando uma pessoa ou empresa utiliza parte do seu dinheiro gastando-o. Portanto, o consumo varia positivamente em relao renda, isto , o consumo aumenta quando a renda aumenta. Existem algumas diferenas entre o consumo dos agentes econmicos: Consumo pessoal: consumo para a satisfao das necessidades dos consumidores, tanto por parte dos indivduos como do governo. Consumo Empresarial: (privado e governamental) caracterizado pela no utilizao direta dos bens, mas pelo aproveitamento das matrias-primas pela empresas industriais privadas ou estatais. ATENO!
O consumo empresarial privado ou governamental tambm chamado de Consumo Reprodutivo ou Insumo. Qual o conceito e a importncia da Poupana? A parte da renda no consumida tem o nome de poupana. Uma das mais importantes discusses da economia e quanto ao papel das poupanas. A discusso principal se as poupanas vm antes do crescimento da economia e desempenham o papel incentivador do crescimento ou se elas so resultado do crescimento da economia e, portanto, seria mais um reflexo do que uma fonte de crescimento. A existncia de poupana reflete uma capacidade maior de investimento Qual o papel dos investimentos?
todo investimento em mquinas, equipamentos e contratao de pessoal que so utilizados na produo. As variveis que influenciam no nvel de investimento so: liquidez, ou facilidade de se obter dinheiro; rentabilidade, ou oportunidades atrativas; propenso ao consumo, ou disponibilidade que as pessoas tm para consumir. O que se entende por Padro de Vida?
o grau de conforto em que vive uma classe de pessoas, em dado momento, em determinado local. Esse conforto pode ser medido pela soma de utilidades econmicas e servios disposio das pessoas, necessrios a sua subsistncia e bem-estar. Se houver um aumento na produo, proporcionalmente maior do que o aumento da populao, a renda per capita tambm ser maior, implicando num padro de vida melhor. Isto se acompanhada de uma distribuio de renda mais igualitria, claro.
Renda per capita: A renda per capita um indicador que ajuda, a saber, o grau de desenvolvimento de um pas e consiste na diviso da renda nacional (produto interno bruto - PIB menos os gastos de depreciao do capital e os impostos indiretos) pela sua populao. um ndice muito til, contudo, por se tratar de uma mdia, esconde vrias disparidades na distribuio de renda. Por exemplo, um pas pode ter uma boa renda per capita, mas um alto ndice de concentrao de renda e grande desigualdade social. Tambm possvel que um pas tenha uma baixa renda per capita mas no haja muita concentrao de renda, no existindo assim grande desigualdade entre ricos e pobres.
So os gastos realizados para aumentar a capacidade produtiva do sistema econmico. Trata-se da aplicao das empresas ou do governo, na aquisio de novas capacidades de produo ou capital. Os investimentos realizados por pessoas fsicas, podem ser classificados como imobilirios (casas, apartamentos, terrenos) ou mobilirios (aes, ttulos etc). O investimento realizado pelo governo , normalmente, em infra-estrutura. Esse tipo de investimento atinge todos os setores da economia, sendo portanto uma ao macro-
237
Renda toda a remunerao que a economia gera num determinado perodo. Compreende: os salrios; os juros; os lucros; receitas diversas. O que significa o Custo de Vida? Conseqncia do nvel dos preos dos bens e servios indispensveis populao. No caso de um aumento generalizado de preos, sem um aumento proporcional nos salrios, existir fatalmente uma queda no poder aquisitivo das pessoas, resultando em queda do Padro de Vida. Assim sendo, o Padro de Vida e o Custo de Vida dependem um do outro. O Custo de Vida est condicionado a vrios fatores, sendo o mais importante a Inflao. Assim, um menor padro de vida acontece quando se gasta uma maior parcela da renda com o custo de vida. SEO 3 A Inflao Qual a definio e a medida da Inflao?
A inflao definida como uma situao em que h um aumento contnuo e generalizado de preos. A inflao vem sendo medida atravs de diversos mtodos. No Brasil, so muito utilizados os seguintes nmeros ndices, que so formulas matemticas indicadoras do porcentual de aumento nos preos dos bens e servios, num determinado perodo de tempo: 1) ndice do Custo de Vida (ICV): mede a evoluo dos gastos de famlia, com renda at 5 salrios mnimos, com as despesas realizadas para que ela supra suas necessidades bsicas; 2) ndice de Preo por Atacado (IPA):considera a evoluo dos preos ao nvel de comercializao no atacado. 3) ndice da Construo Civil (ICC): acompanha a evoluo dos preos dos materiais, equipamentos e da mo-de-obra empregados na construo civil; 4) ndice Geral de Preos Mercados (IGPM): mdia ponderada dos ndices anteriores, sendo que o IPA tem peso 6, o ICVpeso 3 e o ICC peso 1. a medida oficial da inflao no Brasil. Quais as conseqncias da Inflao?
Ocorre quando a produo no consegue acompanhar o aumento de renda da populao. Uma das causas pode ser pelo crescimento dos meios de pagamentos (aumento de moeda em circulao na economia) que no acompanhado pelo crescimento do produto. Como a demanda exercida atravs da moeda, pois com o dinheiro que as pessoas realizam suas compras, a inflao de demanda pode ser entendida como excesso de dinheiro na economia. Entretanto, para que a inflao possa ser identificada como de demanda necessrio que a economia esteja prxima do pleno emprego. Para combater este tipo de inflao, o Governo pode adotar medidas restritivas do consumo: a) Poltica Monetria que se resume em medidas que visam a reduzir quantidade de moeda em circulao na economia. b) Poltica Fiscal que consiste em medidas que objeti-
238
o Processo gerado (ou acelerado) pela elevao dos custos de produo, especialmente das taxas de juros, de cmbio, de salrios ou dos preos das importaes Esta tem suas causas nas condies de oferta de bens e de servios da economia, assim, a demanda permanece inalterada, enquanto aumentam os custos de produo, que so repassados para os preos das mercadorias. Os oligoplios e monoplios esto associados inflao de custos. A poltica econmica mais adotada para combater este tipo de inflao o controle de preos. -Oligplio: Na economia, oligoplio uma forma evoluda de monoplio, no qual um grupo de empresas promove o domnio de determinada oferta de produtos e / ou servios. Existem quatro formas bsicas de oligoplio: - Cartis: uma forma de oligoplio em que empresas legalmente independentes, geralmente atuantes do mesmo setor, promovem acordos entre si para promover o domnio de determinada oferta de produtos e/ou servios. - Trustes: uma forma de oligoplio na qual as empresas envolvidas abrem mo de sua independncia legal para constituir uma nica organizao, com o intuito de dominar determinada oferta de produtos e/ou servios. Podese definir truste tambm como uma organizao empresarial de grande poder de presso no mercado. - Conglomerado: uma forma de oligoplio na qual vrias empresas que atuam em setores diversos se unem para tentar dominar determinada oferta de produtos e/ ou servios, sendo em geral administradas por uma hol ing. - Holding: Uma holding ou sociedade gestora de participaes sociais uma forma de oligoplio no qual criada uma empresa para administrar um grupo delas que se uniu com o intuito de promover o domnio de determinada oferta de produtos e /ou servios. Na holding, essa empresa criada para administrar possui a maioria das aes das empresas componentes de determinado grupo. Essa forma de administrao muito praticada pelas grandes corporaes Quando ocorre a chamada Inflao Estrutural? o processo gerado por desajustes na economia em todos os setores, e segmentos, cada um contribuindo para a sensao de insegurana fazendo com que os agentes econmicos reajustem preos visando proteger-se ou ainda para compensar gastos excessivos por desajuste de um segmento como infra-estrutura, setor industrial, setor financeiro, setor externo, obsolescncia, endividamento.
So muitas e complexas as funes que o Estado moderno desempenha. No que tange ao aspecto econmico social, a atuao do Poder Pblico desenvolve trs grandes campos de ao: ao organizadora e normativa; prestao de servios de forma direta coletividade; distribuio da renda social. As atividades que so desenvolvidas pelo sistema econmico podem ser divididas em duas reas de atuao: pblica e privada. da responsabilidade do Poder Pblico traar e pr em ao normas que orientem as decises e o comportamento dos indivduos, das empresas, enfim, da economia privada, alm de organizar a sua atividade prpria. Tambm papel do governo, traar e definir o grau de relacionamento entre a ao da atividade privada com atividade pblica. Quais as caractersticas de um Governo Intervencionista? O governo participa investindo e norteando o desenvolvimento da economia. Praticamente, aps a II Guerra Mundial todas as economias, em maior ou menor grau, tiveram uma interveno forte do estado na Economia. Seja atravs do protecionismo das empresas que ficam isoladas do resto da concorrncia pelos estabelecimentos de cotas de importao, seja por barreiras sanitrias, ou pelos subsdios. O Brasil pode-se dizer que tem um governo intervencionista e controlador da economia, seja pela poltica econmica, seja pela participao do estado em empresas, as Estatais. Assim o governo atravs das estatais, possuiu recursos naturais, tem capital prprio, contrata e fornece servios, investe, produz bens e servios da dinmica do aparelho produtivo, contribui para a formao do produto nacional e da renda nacional, consome e gasta, enfim, participa de toda a dinmica do sistema econmico. Outro exemplo de economias intervencionistas so as economias socialistas e comunistas, como Cuba, China e Rssia. Subsdios governamentais fornecidos a empresas (comrcio e indstrias) possuem o intuito de abaixar o preo final dos produtos vendidos por tais companhias, para que estes produtos possam competir com produtos produzidos em outros pases que produzem estes mesmos produtos a preos menores (entre outras razes, por causa dos menores custos de mo-de-obra e de diferenas de taxas cambiais).
239
eral?
O governo, teoricamente, no participa da economia, e deve deixar que as prprias foras do mercado encontrem e resolvam seus problemas. So governos que tm como orientao o Liberalismo Econmico pregado por Adam Smith. Na prtica estes governos no existem, pois todos os paises que tm este discurso, EUA e Inglaterra, so intervencionistas em sua prpria economia e pregam o liberalismo para os outros, pois tm um discurso liberalizante, no entanto protegem ferrenhamente seus mercados com polticas protecionistas. Teoricamente, uma economia sem gastos de governo, pode ser assim representada: Onde: Y= Renda C= Consumo I = Investimento [Y = C + I]
Ou seja, a renda igual soma dos consumos mais o investimento. Entretanto, se acrescentarmos equao anterior os dispndios do governo, teremos: Onde: Y= Renda C= Consumo I = Investimento G= Governo [Y = C + I + G]
Conseqentemente, o nvel de renda igual ao consumo, acrescido do investimento e dos gastos governamentais. O Estado moderno realiza um bom nvel de gastos, razo pela qual a sua atividade influi bastante no comportamento da economia global do sistema econmico. O Setor Pblico produz, tambm, bens e servios, possuidor que de uma fora-trabalho, de um estoque de capital e de recursos naturais. Liberalismo: O liberalismo defende uma sociedade caracterizada pela livre iniciativa integrada num contexto definido. Tal contexto geralmente inclui um sistema de governo democrtico, o primado da lei, a liberdade de expresso e a livre concorrncia econmica. Adam Smith considerado como o mais famoso dos pensadores liberais. O escocs exps a teoria de que os indivduos poderiam estruturar a sua vida econmica e moral sem se restringirem s intenes do Estado, e pelo contrrio, de que as naes seriam tanto mais fortes e prsperas quanto mais permitissem que os indivduos pudessem viver de acordo com a sua prpria iniciativa.
A ao normativa do Poder Pblico expressa a partir da lei da Constituio Brasileira, das leis em geral, dos decretos, das normas etc. O Conselho Monetrio Nacional, quando deseja corrigir ou orientar certas tendncias do sistema monetrio financeiro, baixa normas de ao. A ao normativa do governo se estende a todos os elementos da estrutura scio- econmica-cultural do pas.
Educao, transporte, sade, mercado, investimento, produo nacional, exportao, distribuio da renda social, segurana, etc. Via de regra, a ao normativa do governo atua no sentido de estimular ou desestimular o comportamento de certos elementos da conjuntura econmica. Pretendendo, com isso, orientar e conduzir a economia nacional e man-
EXEMPLO:
240
A economia planejada tendo em vista o desenvolvimento econmico, e para atingir tal objetivo, os governos lanam planos estratgicos de desenvolvimento, baseados em aes organizadas macroeconmicas visando antecipar necessidades futuras e criar o bem estar social juntamente com o desenvolvimento econmico. O Programa Plurianual (PPA) responsvel pelo diagnstico, pela anlise, pelo planejamento, pela implementao de programas de ao e pelo controle da execuo da atividade sistmica de uma nao. a ao organizadora que d o feitio, o estilo e, at mesmo, cria o modelo de economia nacional. Abrange a sistematizao de atividades, tanto do Poder Privado, quanto do prprio Poder Pblico. Voc pode ler o PPA no site: http://www.planobrasil.gov.br/PL_revisado.htm ATENO!
Bens produzidos pelo Poder Pblico: estradas, escolas, edifcios pblicos, viadutos, produtos de consumo intermedirio e final. Servios produzidos pelo Poder Pblico: ensino, segurana, justia, abastecimento de gua, saneamento, sade. Desta maneira o Poder Pblico participa decisivamente na produo do PIB e da Renda Nacional, bem como da Oferta Global. Quem so os agentes consumidores de bens e servios? O Poder Pblico um grande consumidor de bens e servios, produzidos por si mesmo ou adquiridos da iniciativa privada. Fcil se torna entender que, sendo o governo um agente produtor, necessita de insumos, de servios, enfim, de fatores de produo. Com isso, ele est consumindo e participando da demanda Nacional. Alm disso, para cumprir com seus encargos sociais e econmicos, ele necessita consumir, da porque ele se torna agente consumidor de bens e servio. Como so representadas as despesas governamentais? Para atender a todos esses encargos, o Poder Pblico realiza despesas, que so chamadas Despesas Governamentais. As despesas representam os gastos do governo, ou ainda, os dispndios do governo, para que ele possa pagar o seu consumo e fazer o seu investimento. As despesas de consumo esto relacionadas com o custeio de servios e a formao bruta de capital com novas obras, aquisio de equipamentos e com a conservao e reposio de ambos. O que significa Carga Tributria? O Poder Pblico, para poder pagar os seus dispndios, exerce uma certa Presso Tributria, tambm chamada por Carga Tributria, sobre o Poder Privado, e, com isso, obtm a renda (parte da renda nacional) necessria a esse custeio. Em outras palavras, o Poder Pblico participa compulsoriamente da renda nacional, tributando direta e indiretamente a economia privada. - Os tributos diretos so os que incidem sobre rendas da propriedade, ordenados e salrios, no momento em que os mesmos so percebidos pelas pessoas fsicas e jurdicas.
EXEMPLO:
O Programa de Metas, o Plano Trienal, o PAEG, o Plano Decenal, o PED, e o I e II Plano Nacional de Desenvolvimento so documentos representativos da ao organizadora da atividade conjuntural brasileira. Quais so os agentes distribuidores da renda social? Entende-se por distribuidor da renda social o empenho, despendido pelo Poder Pblico e pela iniciativa privada, no sentido de distribuir de forma mais eqitativa possvel a renda nacional queles que participaram direta ou indiretamente na sua formao. No momento, o Brasil est fortemente empenhado em solucionar este srio problema, que, envolve todos os pases subdesenvolvidos e alguns pases em fase de desenvolvimento. A distribuio da renda social pode se dar: - de forma direta, atravs de salrio, 13 salrio, abono familiar, frias remuneradas, bnus sobre produo, etc. - de forma indireta, atravs do PIS, PASEP, FGTS, INPS, bolsa de educao, bolsa famlia, distribuio de cestas bsicas, etc. Como se v, uma tarefa de alto significado social e econmico.
241
O homem e a sociedade constituem a meta do desenvolvimento. Assim que o processo desenvolvimento busca: a elevao do padro de vida; o bem-estar social; o crescimento racional da conjuntura econmicosocial; a estabilidade econmico-poltico-administrativa da nao. Quais as coordenadas sociolgicas do desenvolvimento? H trs coordenadas fundamentais, a saber: Transformao ecolgico-profissional, entendendo-se por um processo cumulativo e acelerado de urbanizao e por uma redistribuio profissional (transformao de ambiente de trabalho, estratificao social, mobilidade social). Transformaes demogrfico-familiares, envolvendo a trajetria do fator demogrfico e dos grupos familiares atravs dos tempos, face s modificaes estruturais e sociais. Transformaes ideolgico-culturais, onde so analisadas as variveis: ideologia, sociologia e cultura no decorrer da histria. GLOSSRIO
So cinco as etapas do desenvolvimento: 1) Etapa: A Sociedade Tradicional. Trata-se de uma economia que no evolui, no cresce. No h mudanas estruturais na economia, na cultura, na poltica, na sociologia da nao. uma sociedade que no reage economicamente. 2) Etapa: As pr-condies para o arranco. A sociedade tradicional serve de ponto de partida e a partir dela, iniciam-se os primeiros movimentos para a mudana, que tem entre outras, as seguintes caractersticas; cresce a infra-estrutura, h gesto e mobilizao de conscincias, so criados mercados regionais, a conjuntura inicia vibrando intensamente. 3) Etapa: Arranco (take-off). a fase do crescimento normal, onde a sociedade arranca para o desenvolvimento. Vejamos algumas das caractersticas da fase: posio de arranco, decolagem desenvolvimentista, industrializao intensa, diversificao econmica, consolida-se o mecanismo do desenvolvimento, desenvolve-se o associativismo, iniciam-se as relaes internacionais, h uma forte poltica educacional. 4) Etapa: A marcha para a maturidade. Nesta altura do processo, o pas j est interessando na maturidade econmica. capaz de produzir e consumir em massa. H o florescimento tecnolgico e o amadurecimento global da economia. A populao ativa, a renda per capita, o produto nacional bruto (PNB), enfim, todos os elementos da conjuntura se realizam em nveis timos. 5) Etapa: A era do consumo em massa. Os setores l-
Depreciao: o valor de mercado, do capital consumido na obteno de um produto corrente. Investimento Bruto (IB): soma de todo o dispndio do setor privado em novas instalaes, mquinas e adies ao estoque durante um ano. Investimento Lquido (IL): soma do dispndio bruto do setor privado, conforme acima, menos a depreciao. Padro Ouro: sistema monetrio no qual a unidade monetria de cada pas est lastreada em ouro. Foi encerrado em 1973. Produto Nacional Bruto (PNB): valor total de mercado de todos os bens finais e de servios produzidos em uma economia durante um ano. Produto Nacional Lquido (PNL): valor de mercado de todos os bens finais e servios produzidos em uma
242
Existe Economia de livre mercado, economia de mercado ou sistema de livre iniciativa quando os agentes econmicos agem de forma livre, sem a interveno dos Governos. O mercado livre defendido pelos proponentes do liberalismo econmico. Mercado o encontro da Oferta com a Procura. A Contabilidade Nacional de suma importncia porque permite que uma nao possa acompanhar o desenvolvimento da economia e da distribuio da riqueza e da renda nacional, permitindo que o governo realize medidas econmicas voltadas para os setores onde apresentam problemas. As contas nacionais ou sociais so de extrema importncia na anlise da economia. O consumo pode ser considerado como a fase final do processo econmico. Uma das mais importantes discusses da economia e quanto ao papel das poupanas. A discusso principal se as poupanas vm antes do crescimento da economia e desempenham o papel incentivador do crescimento ou se elas so o resultado do crescimento da economia e, portanto, seria mais um reflexo do que uma fonte de crescimento. So os gastos realizados para aumentar a capacidade produtiva do sistema econmico. Trata-se da aplicao das em-
FRANKENBERB, Louis. Seu futuro financeiro. 3.ed. Rio de Janeiro: Campus, 1999. JORGE, Fauzi Tmaco; CAMPOS, Jos Otvio de. Economia: notas introdutrias. So Paulo: Atlas, 1989. MANKIW, N. Gregory. Introduo economia: princpios de micro e macro economia. Rio de Janeiro: Campus, 1999. ROSSETTI, Jos Paschoal. Introduo economia. 17.ed. So Paulo: Atlas, 1997. VICECONTI, Paulo Eduardo Vilchez. Introduo economia. 2.ed. So Paulo: Frase Editora, 1996.
243
EXERCCIOS
Economia e mercados
1 A Teoria de Produo preocupa-se com o lado da oferta do mercado e com os produtores que vo oferecer aos consumidores os bens e servios por eles produzidos. Por funo entende-se: a) servio b) c) d) e) A relao tcnica entre as quantidades empregadas dos fatores de produo e as quantidades do bem ou de A quantidade produzida, multiplicada pelo preo de mercado do bem Elemento que estimula a atividade empresarial A diferena entre os custos de produo e a receita do empresrio Uma relao direta entre o preo de um bem e quantidade ofertada desse bem
2 O que renda? a) b) c) d) e) So gastos realizados para aumentar a produtividade a fase final do processo econmico a remunerao gerada pela economia o mesmo que o investimento Todas as alternativas esto corretas
3 A economia pode ser analisada como um fluxo de caixa de trocas de bens e mercadorias. O seu correspondente neste modelo, podemos citar em: a) b) c) d) e) Produto Moeda Trabalho Conhecimento Servios
4 So objetivos do desenvolvimento econmico: a) b) c) d) e) Elevar o padro de vida dos indivduos Realizar os aumentos das taxas de cmbio Promover o bem-estar social Estabilizar a economia As alternativas A, C e D esto corretas
5 Na produo, o empresrio ao adquirir os fatores de produo, efetua despesas para remunerao ou pagamentos desses fatores. Ao que se referem, os custos da produo? a) b) c) d) e) Aos valores inerentes a mo-de-obra Aos clculos dos gastos dos empresrios com os fatores de produo A quantidade produzida, multiplicada pelo preo de marca do bem A diferena entre os custos de produo e a receita do empresrio A quantidade ofertada de um bem e o seu preo de mercado
244
6 uma conseqncia da inflao: a) b) c) d) e) O aumento do preo dos produtos A queda do poder aquisitivo A queda dos investimentos feitos pelas empresas Todas as alternativas esto corretas Nenhuma das respostas anteriores
7 O sistema econmico a reunio dos diversos elementos participantes da produo de bens e servios, que satisfazem as necessidades da sociedade. Ele se divide em duas grandes reas de estudos: a) b) c) d) e) Bens de consumo e bens de produo Economia e poltica economia e sociologia Bens complementares e substitutos Micro economia e macroeconomia Bens materiais e bens imateriais
8 A Teoria Ordinal do Comportamento do Consumidor, considera que a utilidade decorrente do consumo combinado e no individual dos bens. Deve-se tambm ressaltar como elementos determinantes na procura de um bem: a) b) c) d) e) d) A renda das pessoas e os preos dos bens A cesta de mercadorias A utilidade de um bem ou servio A dinamicidade do produto E a reao dos consumidores em relao quantidade O senso espiritual, esttico e biolgico da sociedade como um todo
9 Caracterizam-se os bens produzidos pelo poder pblico: a) b) c) d) e) Escolas Segurana Viadutos As alternativas A e B esto corretas As alternativas A e C esto corretas
10 A carga tributria presta-se a: a) b) c) d) e) Aumentar a renda do trabalhador Custear as despesas do poder pblico Realizar investimentos junto s empresas Promover o equilbrio entre a oferta e a procura Ajustar a oferta e a demanda
245
246
247
1. AS EMPRESAS
1.1 Noes Gerais
Empresa
As empresas so entidades autnomas que realizam operaes de forma planejada, organizada e sistemtica visando atingir seus objetivos. As empresas so as unidades de produo bsicas na economia. Uma empresa possui uma srie de caractersticas que condicionam e regulam seu funcionamento. Mais exatamente a palavra Empresa significa associao organizada ou em preendimento, na forma de pessoa jurdica, que explora uma determinada atividade e com objetivo de lucro. Empresas so instituies sociais e, por fora desse carter institucional acabam se moldando e se transformando ao longo dos anos. Assim, as empresas de ontem so diferentes das empresas de hoje e se sero, certamente, diferentes das empresas de amanh. As empresas tm uma diversidade muito ampla, o que dificulta ainda mais sua dinmica. Variam conforme sua tecnologia, seu ramo, sua logstica, mercados, tamanhos, etc. Empresa tambm uma organizao de pessoas e de bens que combinam elementos diversos, tais como os fatores de produo. Planejamento
Uma questo fundamental de uma empresa o planejamento. O planejamento uma determinao antecipada do que deve ser feito para alcanar os resultados esperados, limitados pelos meios que a empresa dispe. O planejamento se compe de decises tomadas pelos administradores da empresa que buscam os objetivos dos acionistas (proprietrios), ou seja, o lucro. As decises tomadas no planejamento so distribudas ao longo do tempo o que se convencionou chamar de planejamento de curto, mdio e longo prazo. As decises que envolvem at um ano so consideradas de curto prazo; quando o planejamento ultrapassa esse perodo e se estende at trs anos, temos um planejamento de mdio prazo e, todos os projetos, decises e planejamentos que se referem os perodos superiores a esses so classificados como de longo prazo. Existe alguma flexibilidade quanto a esses prazos, principalmente quanto ao ramo de atividade em que a empresa ir atuar. Ambiente das Empresas
Uma empresa se caracteriza tambm pela organizao dos recursos disponveis, buscando a alocao eficiente desses recursos, de maneira que se obtenha o melhor resultado diante das possibilidades que a empresa dispe. Portanto, o aspecto operacional, os recursos materiais e de pessoas, a capacidade empresarial e o ambiente que a empresa se encontra so aspectos que condicionam e determinam o funcionamento de uma empresa. Por alocao eficiente, entende-se a melhor combinao dos fatores de produo que geram o maior lucro. Isso se consegue diminuindo os custos e aumentando-se as receitas de modo que a qualidade permanea constante. 1.2 Princpios da Administrao No se pode imaginar o funcionamento adequado de uma empresa sem a utilizao dos princpios da administrao que foram aperfeioado com o estudo cientfico. Em funo do desenvolvimento da economia surgiu a necessidade desse estudo cientfico da administrao. A administrao existe sempre e em qualquer empresa, independente do seu tamanho, ramo, etc. Genericamente, pode-se entender a administrao como sendo a orientao e o controle dos esforos dos indivduos que compe a empresa. O estudo cientfico de princpios e tcnicas administrativas bastante recente. Nesse sentido, uma anlise dos principais estudos suficiente para captar o funcionamento da administrao de uma empresa. As funes mais correntes das empresas so: previso; planejamento; organizao; comando; coordenao; e controle; 1.2.1 Roteiro histrico das Cincias Administrativas A Gesto Cientfica (1900-1920) Taylor inventa a organizao cientfica do trabalho. Inspira Henry Ford e influencia todo o sculo. Mary Parker Follett prega doutrinas mais humanistas. Em 1908, ano de lanamento do modelo T da Ford, a montagem do au-
As empresas funcionavam como um sistema fechado, as quais no tinham interferncia no meio em que atuavam. Contudo, percebeu-se que as empresas funcionam como sistemas e esto inseridas em um ambiente externo que mutvel e flexvel, onde variaes interferem diretamente e indiretamente no desempenho das organizaes.
248
249
1929. 19 de Outubro, segunda-feira negra. D-se o crash na Bolsa de Nova Iorque, que arrastar as bolsas e as economias de todo o mundo. a Grande Depresso. 1936. Greve na General Motors abre uma nova era do sindicalismo. A 18 de Julho comea a Guerra Civil em Espanha. 1939. 1 de Setembro. Hitler invade a Polnia, provocando a II Guerra Mundial, que termina em 1945. 1941. A 1 de Julho a NBC e a CBS inauguram as emisses televisivas comerciais. 1945. John Mauchly e J. Presper Eckert apresentam o ENIAC, o primeiro computador eletrnico. 1947. Lana-se o plano Marshall para ajudar a reconstruo europia. 1.2.3 A chegada do pai da gesto (1950-1960) Na maior parte dos pases europeus, o Estado assume o controle. As empresas administram-se, mais do que se gerem. Vem ento a Amrica com uma nova voz: Peter Drucker, o pai da gesto. A Frana, como o Reino Unido, passam a construir carros, barragens, produzem ao, Taylor, falecido h mais de 30 anos, continua influenciando todo o sistema de produo da indstria, instalam-se comisses de produtividade, a produo cronometrada. Ensina-se a colaborao entre funcionrios h investimentos em instruo, relaes de trabalho, simplificao das tarefas, segurana. Novos produtos invadem o lar dos
250
1960. Cria-se a EFTA. Portugal adere ao Fundo Monetrio Internacional e ao Banco Mundial. 1961. A guerra fria sobe ao rubro, levando construo do muro de Berlim, que dividiu a Alemanha em duas. 1962. Os Beatles editam o seu primeiro disco. 1963. J. F. Kennedy assassinado em Dallas. 1964. Inicia-se a guerra no Vietnam. 1967. No Oriente Mdio trava-se a Guerra dos Seis Dias, e o Estado Judeu amplia seus territrios anexando partes do Egito, Sria e Palestina. 1968. As greves e os movimentos estudantis agitam a Europa. 1969. O homem pisa pela primeira vez na Lua. Realiza-se o Festival de Woodstock. 1972. A Polaroid revoluciona a fotografia, com fotos instantneas (quebrou no final dos anos 90). O Marketing alado a seu posto mximo dentro da organizao e de l no desceu mais. Gesto de marcas, publicidade, estudos de mercado, tornaram-se ferramentas bsicas das empresas. Gurus do marketing colocam o cliente em 1 plano e dizem que a preocupao central da empresa deve ser a satisfao dos clientes. E criam a mxima: As boas empresas vo ao encontro das necessidades; as timas empresas criaro mercado. 1.2.5 Japo inova com qualidade (1973-1980) O Japo afastou deixou de ser um imitador a baixo custo, e se imps pela qualidade. Kaizen, kanban, just-in-time, crculos de qualidade suas estratgias de fabricao so copiadas no Ocidente. Muitas teorias caem por terra e novos paradigmas so criados, O Japo inova com o just-in-time produo medida das necessidades, associado aos diversos zeros (estoque zero, prazo zero, defeitos zero, etc.). O objetivo? Destruir a fbrica que produz avarias, acidentes, greves, desperdcios e poluio. Implantam tambm o kanban (cartes que acompanham os produtos com as encomendas do cliente), o jidoka, ou auto-ativao da produo (a linha pra em caso de anomalia). Estes conceitos foram rapidamente adaptados ao ocidente, flexibilizados, homogeneizados e mesmo esquecidos. Os constrangimentos do funcionamento, muitas vezes catico, da empresa ergueram um obstculo fluidez indispensvel ao modelo. Pelo menos a moda nipnica (que durou at ao final dos anos 80) ps os es-
1950. Frank X. McNamara apresenta o Diners Club, o primeiro carto de crdito. Nasce a era do dinheiro de plstico. 1955. Ray Croc funda a McDonalds. A IBM instala o seu primeiro mainframe, o 702, na sede da gigante qumica Monsanto. 1957. Assina-se o Tratado de Roma, que cria o Mercado Comum Europeu. 1959. A Mattel d a luz a Barbie, uma boneca condenada a ser clonada aos milhes. 1960. Kennedy entra para a Casa Branca. Comeam os anos Golden Sixtie. Movimento pelas relaes humanas Estudando as atitudes e comportamentos dos seus trabalhadores, descobriu-se que, a produo melhora quando os trabalhadores acreditam que os gestores se preocupam com o seu bem-estar. 1.2.4 A Obsesso do Planejamento (1960-1973) Todos queriam ver o futuro em primeiro lugar. As empresas contratam consultores e jovens quadros. Os departamentos de planejamento crescem. Os anos de trabalho deram o gosto do consumo aos europeus. Estudos de mercado, sondagens de opinio e pesquisas operacionais, passam a fazer parte do cotidiano das empresas. Chegam ento, em ondas sucessivas, o planejamento de empresa, o planejamento estratgico, a gesto estratgica, a prospectiva estratgica. Pela primeira vez fala-se em estratgia de negcio, sinergia e competncias. 1967. Administrao de
251
1980. Ted Turner lana a CNN que 11 anos depois ficar clebre pela cobertura da Guerra do Golfo, em 1991 e ganha o mundo. 1981. A IBM lana o seu primeiro PC. 1987. Novo crash em Wall Street assola as bolsas mundiais. 1989. D-se a queda do muro de Berlim, reunificando-se as duas Alemanhas e propiciando a derrocada de todo o bloco de Leste. 1991. O Tratado de Maastricht lana a Unio Europia e a moeda nica. 1.2.7 De Detroit a Silicon Valley (1993 1998) Acabou a velha estrutura piramidal. Em rede, movedia, a nova organizao quer relacionar-se com clientes, parceiros, acionistas. As novas tecnologias de informao mudaram tudo. Valor uma palavra na moda, j que qualquer empresa deve cri-lo em vrias direes: o cliente, o acionista, o pessoal ou a sociedade inteira. O mais vital sem dvida o valor para o cliente. Se restar uma pirmide, ela deve ser derrubada, colocando-se o cliente no topo, como ensinaram os japoneses. A informtica, que suplantou a indstria automvel como fonte de inovao, coloca as bases de dados ao servio deste culto crescente do cliente. Ouvir, antecipar, medir: conceitos novinhos em folha chegam s escolas de gesto. O impulso tecnolgico desfaz estruturas, e cria outras
252
3.
DEPARTAMENTALIZAO DA EMPRESA
3.1 Diviso Trabalho Alm de estabelecer essas seis funes essenciais da empresa, Fayol enumera catorze princpios administrativos que o administrador, ao aplic-los, deve levar em conta a realidade de cada empresa: a) Diviso de trabalho tanto no tempo como no espao, isto , abrangendo fases e etapas de um mesmo trabalho e os diversos trabalhos de um mesmo conjunto; b) Autoridade e responsabilidade tanto do ponto de vista da posio da empresa, como pessoal, ou seja, moral e em termos de qualificao; c) Disciplina mediante regras de subordinao aos superiores; d) Unidade de comando um certo nmero de
253
vem prestar contas de seu trabalho. Esta rede de relaes de autoridade e responsabilidade denomina-se hierarquia. As relaes de autoridade podem ainda se dar em dois nveis: a autoridade vertical, quando exercida diretamente do superior ao subordinado, e a autoridade horizontal, quando exercida apenas indiretamente. Atualmente muito se tem debatido a respeito da melhor forma de conduzir a poltica de autoridade de uma empresa: autoridade X autonomia; verticalizao X horizontalizao; centralizao X descentralizao; controle X liberdade. Esse um debate muito amplo e a soluo encontrada pela maioria dos administradores tem sido no sentido de aproveitar a capacidade dos trabalhadores e desde que sejam mantidos os vnculos de responsabilidade e cooperatividade. Essa questo polmica e a soluo mais adequada ser muito influenciada pelas caractersticas da empresa ou do setor de atividade em que ela atua. Os tipos mais usuais de organizao hierrquicas so: 4.1.1 Organizao Linear ou Militar: a mais antiga de todas e seu tipo adotado com maior aplicao pelas Foras Armadas. Quando aplicada a uma empresa, a autoridade nica, cabendo a ela todas as ordens e instrues (comando). A autoridade segue em linha reta desde o mais alto ao mais baixo escalo. Como caracterstica verifica-se a centralizao das decises, forte hierarquizao e, tem como principal vantagem a explcita delimitao das funes e responsabilidades de cada funcionrio. Como principais desvantagens podemse destacar a excessiva rigidez, a alta importncia e dependncia dos cargos mais elevados e a concentrao das responsabilidades.
PRESIDENTE DIRETOR
Uma empresa consiste em uma estrutura de diversos rgos que a compem, das atividades desenvolvidas nesses rgos e da rede de relaes de autoridade. Esta estrutura determina posies diferentes ocupadas pelos indivduos no desempenho de suas funes, gerando relaes de comando e subordinao, de direitos e deveres. 4.1 Relaes de Autoridade e Responsabilidades Sinteticamente, pode-se dizer que o quadro de funcionrios de uma empresa, do primeiro administrador at os ltimos escales, compe um conjunto de relaes de autoridade e responsabilidade. As relaes de autoridade configuram a situao de um elemento em face de todos aqueles que lhes so subordinados, isto , trabalham sob sua direo suas ordens e instrues. Por outro lado, a relao de responsabilidade marca a posio dos subordinados diante daqueles que ocupam posies superiores, de quem devem receber ordens e orientaes e a quem deEXECUTOR
DIRETOR SUPERVISOR
EXECUTOR
EXECUTOR
EXECUTOR
4.1.2 Funcional: Pode ser chamada de organizao cientifica do trabalho. Possui grande mobilidade, permitindo que os chefes possam receber vrias atribuies. Ainda permanece uma grande estrutura rgida nos mais altos escales, mas permite uma flexibilidade nos nveis mais baixos. As atribuies de chefia podem ser distribudas entre vrias pessoas.
254
b) Fator Humano: refere-se ao preparo e adequao do emprego s funes outorgadas. c) Fator Racional: refere-se adequao ou no do mtodo de trabalho. 5.2 Produtividade a maior ou menor produo com os mesmos fatores, isto , natureza (matria-prima), trabalho e capital. Produtividade= Unidades Produzidas Fatores de Produo 6 PRINCPIOS ORGANIZACIONAIS
SUPERVISOR
SUPERVISOR
SUPERVISOR
EXECUTOR
EXECUTOR
EXECUTOR
4.1.3 Estado-Maior ou STAFF: Nela os diretores de empresa administram pessoas especializadas ou tcnicas para as funes de conselheiros ou de estado-maior. um tipo de organizao adequado para as empresas cujos diretores e chefes tm problemas com o conhecimento especializado. Surge basicamente com o crescimento e a complexidade das atividades e tarefas dentro das empresas. As assessorias so o ponto chave dessa organizao, pois permitem uma grande capacidade de absoro e utilizao de conhecimentos tcnicos elevados.
PRESIDENTE DIRETOR ASSESSORIA
Os princpios so elementos, regras ou pensamentos que caracterizam um comportamento, atravs de razes ou de lgica. Na organizao empresarial existem vrias correntes de pensamentos, que traduzem linhas de conduta administrativa das mais variadas. Modernamente a Centralizao s pode ocorrer na pequena empresa, sob a pena de falncia ou desastres administrativos. A Estabilidade Funcional faz-se somente pelo trabalho e produtividade dos agentes de produo. A Ordem e a Hierarquia so elementos indispensveis em qualquer organizao, desde que bem dosados. A Unidade de Direo e de Comando dependem da existncia de uma filosofia empresarial. 7 DIREO EMPRESARIAL Direo um conjunto de processos reguladores e sistemticos voltados a determinado objetivo, que varia de acordo com a natureza e com os interesses da empresa. Dirigir Dirigir uma empresa somar conhecimentos, experincias e atributos pessoais, voltados aos pontos bsicos que a empresa deve alcanar diariamente. 7.1 Objetivos de um Dirigente Empresarial Uso adequado do capital; Trabalho em equipe; Relacionamento ideal com os dirigentes; Trabalho Racional. 7.2 Caractersticas de um Bom Dirigente Energia e vitalidade; Responsabilidade; Cooperao; Motivao; Lealdade; Dinamismo; Humanismo; Mente Ativa; Diplomacia; Perseverana. 7.3 Responsabilidade na Direo de um Negcio
GERENTE
SUPERVISOR
SUPERVISOR
SUPERVISOR
EXECUTOR
EXECUTOR
EXECUTOR
5 PRODUO E PRODUTIVIDADE 5.1 Produo Produzir Produzir o ato de transformar recursos materiais em bens de consumo pela atividade comercial. Desperdcio Desperdcio a perda de materiais por negligncia, impercia ou imprudncia do agente administrativo. Quando o trabalho metodizado, ele aumenta a qualidade e quantidade da produo, evitando, assim, o desperdcio. Razes ou Origens do Desperdcio a) Fator Material: refere-se aos equipamentos, aos instrumentos, aos utenslios e s mquinas.
255
Os formulrios so instrumentos elementares no sentido que a administrao por mais simplificada e menos complexa que seja no pode dispens-los. Qualquer setor, rgo ou servio utiliza os formulrios, pois neles so registradas as informaes iniciais necessrias s rotinas do trabalho a serem executados, o andamento dado ao assunto e em seguida a seu registro e o destino final de providncias tomadas. Entende-se por formulrio todo
256
Entende-se por arquivo tanto o local onde se guarda a documentao da empresa como a massa de dados e informaes contidas nesta documentao. Os arquivos funcionam como a memria da empresa, sendo que o responsvel pelo arquivo um profissional fundamental a qualquer unidade da empresa, por menor e mais simplificado que seja o arquivo dessa empresa. Tcnicas de Arquivamento
257
Como o prprio nome indica, organograma a representao grfica da estrutura organizacional da empresa, com seus departamentos, setores e sees, do inter-relacionamento existente entre elas e das implicaes de autoridade e responsabilidade da decorrentes. Nos organogramas representam-se as funes ou rgos existentes numa empresa atravs de retngulos com seus nomes. Os retngulos esto unidos entre si por linhas cheias que demonstram as relaes de autoridade e responsabilidade, e a hierarquia existente entre os diversos rgos ou funes. Para as relaes de assessoria, comissonamento ou de autoridade horizontal, costuma-se utilizar linhas pontilhadas para diferenci-las das relaes de linha ou autoridade vertical. Fluxograma
um grfico destinado a representar fluxos ou movimentos e rotinas de um servio, um setor ou um departamento, indicando as diversas operaes atravs de quem faz, o que faz, como faz, e a quem transfere o procedimento para que a tarefa ou rotina tenha prosseguimento. O fluxograma pode ser de diversos tipos e de vrias formas, dependendo do gnero de atividades que dever ilustrar e representar. O tipo mais comum de fluxograma o chamado fluxograma de trabalho, geralmente destinado a cobrir as diversas etapas de trabalho de um nico departamento da organizao. Os fluxogramas de trabalho se apresentam numa folha quadriculada ou dividida em colunas, cujas casas quadriculares assinalaro as diferentes etapas, mediante um cdigo preestabelecido. Na parte superior esto identificados os setores, as sees ou os encarregados de ser-
Harmonograma Quando o fluxograma contm indicaes do elemento tempo, gasto na realizao de um determinado servio denominado harmonograma por alguns autores. Tanto o fluxograma como o organograma deve respeitar uma srie de condies e exigncias: - devem ser claros, podendo ser interpretados por qualquer pessoa de razovel discernimento; - devem evitar a identificao de operaes, funes ou rotinas desnecessrias, buscando apresentar apenas o que essencial para a avaliao dos administradores; - devem ser precisos, retratando fielmente a realidade que eles se propem a representar; - devem assumir sua verdadeira natureza de um meio para a avaliao e a tomada de deciso e no de um fim em si, com obra de arte ou prova de gnio do tcnico que o preparou. Os fluxogramas e organogramas so preciosos auxiliares nas tcnicas de controle e planejamentos, na avaliao de pessoas e de setores ou departamentos, na identificao de ponto de estrangulamento de servio, no planejamento de rotinas e procedimento por partes dos responsveis de cada rgo ou setor e no trabalho de racionalizao de servio. 8.7 Servio de Pessoal Os servios podem ser assim classificados: 1. Registro e encargos da legislao trabalhista; 2. Elaborao das folhas de pagamento. Preliminarmente, cumpre ao servio de pessoal atender s solicitaes para preenchimento de cargos, para o que providenciar a procura e seleo de pessoal, exigindo dos candidatos os dados referentes identificao, referncias e capacidade. Esses dados so fornecidos pelos candidatos ao preencherem o formulrio de solicitao de emprego. No tocante ao registro e encargos da Legislao Trabalhista, compete ao servio de pessoal execuo dos seguintes servios:
258
259
260
261
262
Para que ocorra o comrcio imprescindvel que os agentes econmicos saibam que existem compradores/ vendedores. Esse o papel da comunicao. Com o desenvolvimento da comunicao via aparelhos eletrnicos, a comunicao se tornou muito rpida e muito eficiente, possibilitando que as distancias fossem encurtadas e, por conseqncia, ampliando o mercado. A padronizao de muitas medidas e conceitos favoreceu o comrcio na medida em que reduziu significativamente as barreiras impostas pelos diferentes idiomas. A comunicao via internet criou um espao (denominado virtual) que abre muitas oportunidades de comrcio tanto entre empresas quanto entre pases. Condies de Crdito
Uma das maiores questes quanto ao desenvolvimento da economia o aperfeioamento do sistema de crdito. Para que uma economia funcione perfeitamente existe a necessidade de crdito, pois ele se configura numa capacidade de antecipao do poder de compra que os empresrios ainda no possuem. Se essa capacidade est limitada, as possibilidades de investimento se reduzem e encarecem os custos de produo. Um sistema de crdito permite que a alocao de recursos seja determinada pelo mercado e conseqentemente se obtenha o melhor resultado para a economia. Por outro lado, no basta apenas criar um sistema de crdito desenvolvido se a economia no possui capacidade de absoro desses recursos. Um equilbrio e uma deciso calcada em anlises mais detalhadas permitem que o sistema de crdito cumpra sua funo. 10.3 Atividades Departamento Comercial Numa empresa, o Departamento Comercial um dos rgos mais importantes, porque se encarrega da circulao de mercadorias, produtos e bens para dentro da empresa e dela para fora; portanto, das compras e das vendas que ela faz. Uma empresa compra produtos com vrias finalidades, como insumos, isto , matrias-primas ou peas para a fabricao de um produto final; mercadorias para serem revendidas; produtos para serem usados como instrumentos ou ferramentas de trabalho; material de escritrios e de instalaes etc. De uma forma geral, o rgo do Departamento Comercial encarregado da aquisio de todos estes materiais o Setor de Compras. 10.4 O Setor de Vendas
Uma das estruturas mais importantes no comrcio so os transportes. A grande maioria dos agentes econmicos utiliza-se dos transportes para levar suas mercadorias ao mercado. No h praticamente nenhuma mercadoria que no utilize os transportes de maneira direta ou indireta. O transporte impacta de maneira decisiva para as empresas configurando-se num custo muito importante a ser administrado. Um bom funcionamento dos transportes contribui imensamente para que o comrcio funcione dentro das expectativas dos agentes econmicos. Devem-se esclarecer alguns termos utilizados na economia de transportes: Frete a importncia que se paga s empresas transportadoras pelos servios prestados nos despachos de mercadorias.
263
264
265
266
267
268
1 Dentro de uma dimenso filosfica o MARKETING conceituado como: a) b) c) d) e) Meio de converter o produto em dinheiro Satisfazer s necessidades do cliente por meio do produto Recurso como veculo de comunicao Alternativa segura da propaganda Nenhuma das alternativas acima esto corretas
2 Quando falamos em PROPAGANDA, a imagem imediata que nos vem a da mdia de massa. preciso contudo, entender que esses meios dizem respeito a: a) b) c) d) e) Mensagens pessoais Internet Comunicao em larga escala, com pessoas e produtos envolvidos, no processo Escala ou velocidade do sistema, dos produtos e da audincia Repetio de mensagens
3 Em relao s empresas privadas pode-se dizer que: a) b) c) d) e) Atuam somente no setor primrio e secundrio So todas microempresas que trabalham no comrcio e na indstria, portanto mistas O capital social que as constitui de origem particular ou privada So sociedades abertas, conhecidas como annimas, com participao acionria do governo So sociedades controladas pelo governo municipal, estadual ou Federal
4 Quando o comrcio ultrapassa as fronteiras nacionais entre vendedores e compradores de pases diferentes chamado de: a) b) c) d) e) Mercosul Mercado interno Mercado comum Mercado externo Atacado e varejo
5 Entende-se p OLIGOPLIO todo o controle de venda: a) b) c) d) e) Um reduzido nmero de empresas atuando no mesmo mercado Novos concorrentes no mercado De um produto por uma nica empresa Inmeras empresas concorrendo entre si no mercado Todas as alternativas esto corretas
269
6 Podemos dizer que TAXA : a) b) c) d) e) Preo que se paga empresa de transportes Importncia que se paga s empresas transportadoras Preos combinados pelas empresas Preos nicos cobrados pelas empresas e entre elas o preo, ou porcentagem fixado para execuo de determinados servios
7 Em um mercado competitivo, podemos afirmar que: a) b) c) d) e) um mercado dominado pelos cartis H uma predominncia de oligoplios H um oligopsonio H diversas empresas concorrendo de igual para igual H forte interveno do governo para resguardar interesses empresariais
8 Numa empresa o DEPARTAMENTO COMERCIAL um dos rgos mais importantes, por que: a) b) c) d) e) o rgo que trabalha com compradores e vendedores Vende mercadoria em larga escala Fixa o preo para a execuo de determinados servios Se encarregada circulao de mercadorias, produtos e bens para dentro e fora dela Todas as alternativas esto corretas
9 O truste consiste em um acordo entre diversas empresas que: a) b) c) d) e) Passa a ser administradas por uma nova empresa ou grupo financeiro diferente de qualquer uma delas Administram entre si seus prprios recursos Nomeando uma terceira, possa repassar seus recursos no mercado Em situao difcil precisam de insumos advindos de outra empresa Todas as alternativas esto corretas
10 -Dentro da estrutura do comrcio, conceituamos MERCADO como: a) Realizao das atividades de distribuio das riquezas b) Foras e elementos voltados para a produo, distribuio e o consumo de riquezas, ou bens dentro de um processo social de trocas c) Controle majoritrio de aes envolvendo produtos para determinado comrcio d) Companhia proprietria ou detentora da maioria das aes de um dado empreendimento e) Nenhuma das alternativas anteriores
270
MATEMTICA FINANCEIRA
271
272
INTRODUO
A disciplina de Matemtica Financeira lhe ser muito til para analisar algumas alternativas de investimentos ou financiamentos de bens de consumo. No decorrer desta disciplina voc vai perceber como esta simples e poderosa ferramenta de analise de investimento pode lhe ser extremamente til nas suas decises financeiras. Leia com muita ateno os conceitos e enunciados apresentados nesta apostila e pratique, fazendo todos os exerccios propostos. Bom estudo e bons investimentos!
273
274
UNIDADE 1
Capital e Juros
SEO 1 Porcentagem
80 %
20%
Voc sabe o que so nmeros proporcionais? Quando dois nmeros esto relacionados sob a forma de uma frao, tem-se uma proporo ou um nmero proporcional, tambm chamado de nmero fracionrio.
4/5, (l-se quatro quintos ou quatro est para cinco) significa que quatro e cinco esto relacionados sob a forma de uma frao e pode-se definir uma proporo usando essa relao, no exemplo, quatro partes do total de cinco, onde quatro o numerador e cinco o denominador. Uma outra forma de escrever esse exemplo fazendo a operao matemtica diviso e pode-se dizer que quatro quintos so exatamente iguais a 0,8. Esta a forma decimal de um nmero fracionrio. Voc sabe o que Porcentagem?
EXEMPLO:
As trs figuras acima so magnitudes ou valores diferentes, porm as propores so idnticas. Isso significa que a rea sombreada diferente em valor em cada figura, porm suas propores so idnticas, pois s partes destacadas representam, nos dois grficos, 80% do total. Se esses grficos fossem as comisses recebidas por um corretor em dois meses diferentes, claramente verifica-se o valor das comisses seria diferente, mas as propores so idnticas. Para calcular a porcentagem de um valor qualquer basta utilizar uma regra de trs, igualando-se a propores. EXEMPLOS: a) Qual valor de uma comisso de 6% se as vendas foram de R$ 252.000,00? 6 = x 100 252.000 100 % esta para 252.000 6% esta para X 100. X = 6. 252000 X = 1512.000 100 X = 15.120 Logo, a comisso de R$ 15.120,00. Obs.: observe o X a proporo equivalente a 6% do total das vendas realizadas. b) Se uma garrafa contm 660 ml, quantos por cento representam 132 ml? x = 132 100 660
Porcentagem a maneira de representar um nmero fracionrio onde o denominador igual a 100 (cem). O smbolo da porcentagem % e l-se por cento. Por cento significa uma quantia determinada em cada volume de cem.
EXEMPLO: 80%= 80 = 0,8 100 Uma visualizao do que percentual pode ser obtida atravs dos grficos abaixo. Quando se escreve uma porcentagem defini-se uma proporo e essa relao permite a comparao entre duas medidas diferentes:
Na figura acima, podemos dizer que as partes azuis so as quatro partes de um total de cinco: ou 4 = 0,8 ou ainda 80%. 5 Na figura acima, podemos dizer que as partes azuisso: oito partes de um total de dez, ou = 0,8 ou 80%. 10
660. X = 132. 100 X = 13.200 660 X= 20 % divide por 100 = 0,20 x 660 ml = 132 ml Logo, 132 ml equivalem a 20% de uma garrafa que contm 660 ml.
275
Quando est se tratando da palavra capital, inmeras situaes podem ocorrer causando alguma confuso. Na matemtica financeira capital sempre o dinheiro sobre o qual se determina o juro. O Capital o valor aplicado atravs de alguma operao financeira. Ele tambm conhecido como: Principal, Valor Atual, Valor Presente ou Valor Aplicado. Em ingls usa-se Present Value (indicado pela tecla PV nas calculadoras financeiras). Voc tem idia do que significa Juro?
o popular juro sobre juro, ocorre quando o valor do capital acrescido do juro do perodo anterior e sobre esse novo valor se calcula o juro do perodo seguinte. Nesse caso, o capital sob o qual se calcula o juro estar sendo aumentado e os juros no so mais proporcionais ao capital inicial, mas sim aumentam a cada perodo em funo da correo do capital. Pode-se dizer que o juro sobre juro, ou seja, o valor dos juros de hoje rendem juros no ms seguinte. Voc pode imaginar o que significa a Taxa de Juros?
Juro uma frao proporcional a um capital calculado por um perodo de tempo determinado. Juro tambm a remunerao do capital, o preo do dinheiro, isto , quanto custa tomar emprestado ou emprestar determinado volume de capital por um perodo. O juro surge quando um agente econmico (empresa, pessoa, etc) entrega o poder de compra que possui, na forma de dinheiro, a um outro agente econmico, em troca de uma remunerao. Por estar permitindo que outro usufrua o direito de comprar que o dinheiro permite, este exige um prmio tambm na forma de dinheiro, ou seja, exige o pagamento de um juro aps o perodo acordado. O juro existe sob duas formas: o juro simples e o juro composto. Quando utilizo o Juro Simples?
O juro determinado atravs de um coeficiente referido a unidade de tempo. Tal coeficiente corresponde remunerao da unidade de capital empregado por um prazo igual aquele dado na unidade do coeficiente. Assim, a taxa de juros o coeficiente que vai remunerar o capital. Para caracterizar uma taxa de juros necessita-se de duas caractersticas: o coeficiente e a unidade de tempo. EXEMPLO: 12% a.a. (l-se doze por cento ao ano) doze por cento o coeficiente e, ao ano a unidade de tempo em que o juro vai ser acumulado. Quando vai se calcular o valor do juro utilizasse a taxa unitria que, nada mais do que o valor da taxa dividido por 100, ou seja, a forma decimal dessa taxa sem a unidade de tempo, no exemplo acima se utilizaria 0,12. PONTO CHAVE:
quando o valor sob o qual se calcula o juro no altera durante o tempo, ele constante. Calcula-se o juro sempre em relao ao mesmo capital inicial, portanto, os juros so sempre proporcionais ao capital. O regime de juros simples, aquele no qual os juros incidem sempre sobre o capital inicial. A taxa1, portanto, chamada de proporcional, uma vez que varia linearmente ao longo do tempo. Considere o capital inicial C aplicado a juros simples de taxa i por perodo, durante n perodos. Lembrando que os juros simples incidem sempre sobre o capital inicial, podemos escrever a seguinte frmula: J=C.i.n Onde: J = juros produzidos depois de n perodos, do capital C aplicado a uma taxa de juros por perodo igual a i. EXEMPLO: 1% ao dia igual a 30% ao ms, que por sua vez igual a
Para diferenciar as taxas unitria e porcentual utiliza-se a seguinte representao: TAXA UNITRIA: indica-se pela letra i TAXA PORCENTUAL: indica-se pela letra r Mediante a regra de trs simples, obtm-se a relao entre as duas taxas: i = r ou r = 100.i 100 Quando utilizamos a Taxa Equivalente? Pode-se modificar o perodo em que uma taxa de juros est relacionada. A esta mudana que no altera o resultado do juro calculado chama-se taxa equivalente. A unidade de referncia de tempo chama-se perodo de
1 Taxa de juros: a taxa cobrada para emprstimos de dinheiro e seu valor expressa o custo do dinheiro no mercado. um ganho para o emprestador e uma despesa para o tomador do emprstimo.
276
UNIDADE 2
Capitalizao Simples
SEO 1 Capitalizao Simples Voc saberia definir a Capitalizao Simples? uma forma de rendimento do capital aplicado, no qual incide juros simples ou juros sobre um mesmo volume (inicial) de capital. O que devemos considerar num clculo de Capitalizao Simples? No regime de capitalizao simples utiliza-se juros simples, que o capital aplicado a uma taxa de juros por um perodo definido. A formula, que voc j conhece, : J = C.i.n Onde: J = total de juro C = capital ou principal i = taxa de juro unitrio n = nmero de perodos de capitalizao
EXEMPLO:
Esse clculo dividindo-se a taxa pelo nmero de perodos s valido para o clculo de juros simples! Quando se tratar de juros compostos o clculo da taxa efetiva diferente. E na hora adequada ser apresentada sua forma de clculo. Qual a diferena entre Juro Exato e Juro Comercial? H uma diferena tcnica quando se est falando em juro exato e juro comercial. Essa diferena devido ao calendrio comercial que possui algumas peculiaridades. Para o clculo do juro comercial considera-se o ano como tendo 360 (trezentos e sessenta) dias e o ms como tendo 30 (trinta) dias. Essa diferena surge devido necessidade da contabilidade das empresas padronizarem os perodos de cobrana e pagamento. Dessa forma que surgiu o ano comercial. Essa diferena significativa mesmo que, numa primeira anlise poderia se desconsiderar essa questo. Pquando se calcular a taxa efetiva comercial utiliza-se ovalores acima e quando se tratar de juro exato utiliza-se o ano com 365 dias e o ms conforme seu nmero de dias.
EXEMPLO:
1) Quanto receberei de juro se aplicar um capital de R$ 20.000,00 a uma taxa de 8% a.a. por um perodo de 4 anos? C = 20.000,00 i = 8% a.a. = 8/100 = 0,08 por ano n = 4 anos J = ? Matemtica Financeira e Estatstica 13 Ceter Virtual J = C.i.n J = 20.000 x 0,08 x 4 J = 6.400,00 Resposta: R$ 6.400,00 Obs.:esse valor encontrado o total de juro que o capital rendeu nessas condies e observe que nesse exemplo a taxa de juros e o perodo de aplicao (capitalizao) esto na mesma unidade de tempo = anos. 2) Qual o valor do capital que aplicado taxa de 18% am rendeu R$ 9.000,00 ao final de 5 meses? J = 9.000,00 i = 18% a.m = 18/100 = 0,18 ao ms
Juro exato: taxa de juros dirios equivalentes a 300% a.a. i = 300% = 0, 8219% ad 365 Juro comercial: taxa de juros dirios equivalentes a 300% a.a. . i = 300% = 0, 8333% ad 360
277
Unidade 3
Capitalizao Composta
SEO 1 Fluxo de Caixa de uma Aplicao Financeira Uma ferramenta importante na anlise de aplicaes financeiras o fluxo de caixa. Neste fluxo de caixa representa-se toda a entrada e sada de capital, bem como os rendimentos e descontos propiciados pelas taxas de juros. Convenciona-se utilizar as setas apontadas para baixo como sadas de capital e as setas apontadas para cima como entradas de capital. Abaixo est representado um fluxo de caixa simples, onde se verifica apenas uma sada de capital e uma entrada no final do perodo correspondendo ao montante dessa aplicao financeira. ( r) J M
Chamamos de montante, relativo a uma aplicao financeira, a soma do valor do capital com o juro computado sobre esse mesmo capital, durante o perodo considerado. Independentemente se foram utilizados juros simples ou juros compostos. Montante o capital inicial acrescido dos juros. Aps ter calculado os juros que rende um capital, pode-se calcular o valor do montante. Neste sistema define-se como montante (M) o resultado de um volume de capital (C) acrescido dos juros (J) que incidem sobre esse capital, onde os juros so calculados de forma simples, tem-se que: M=C+J Onde: M = montante ou valor futuro C = capital ou principal J = total do juro Operando com a formula do montante e dos juros simples, pode-se escrever a frmula do montante de uma maneira a se calcular o montante diretamente sem precisar fazer a operao de soma dos juros com o capital, tem-se que: M=C+J M = C + C.i.n
M = C (1+ i.n)
A operao de capitalizao representada graficamente acima mostra o fluxo de caixa de aplicao financeira de um capital C (valor atual) a uma taxa de juro r produzindo um total de juro J, que somado ao capital transforma-se no montante M (valor futuro).
278
CAPITALIZAO COMPOSTA N CAPITAL JUROS 1 2 3 4 5 50.000,00 51.000,00 52.020,00 53.060,40 54.121,61 PONTO CHAVE 1.000,00 1.020,00 1.040,40 1.061,21 1.082,43
Quando for necessrio expressar o nmero de perodos n de uma capitalizao composta, em funo do montante M e da taxa de aplicao i por perodo, voc vai utilizar o seguinte raciocnio matemtico: Temos M = C(1+i)n Logo, CM = (1+i)n Se voc se recordar do seu conhecimento de logaritmos, poder escrever:
CAPITALIZAO SIMPLES: A taxa de juro incide sobre o capital inicial repetidamente. CAPITALIZAO COMPOSTA: A taxa de juro incide sobre o capital atualizado, a cada
279
O desconto consiste ento, no abatimento que deve sofrer um instrumento de crdito cobrado antes do seu vencimento. Costuma-se dizer que o desconto uma operao inversa ao clculo do juro. De quais maneiras os descontos podem ser classificados? H dois tipos de descontos a considerar: Desconto Racional (por dentro) Desconto Comercial (por fora) DESCONTO RACIONAL: o desconto equivalente ao juro simples, produzido pelo valor atual, no perodo correspondente taxa fixada. dado pela frmula: Dr = Va . i . n Onde: Dr = desconto racional Va = valor atual i = taxa em percentual n = perodo EXEMPLOS 1) Qual o valor do desconto racional de uma dvida de R$ 38.000,00 hoje, com taxa de 1% a. m. e prazo de 7 meses? Dr = Va . i . n Dr = ? Va = R$ 38.000,00 i = 1/100 = 0,01 n = 7 meses Dr = 38.000x 0,01 x 7 Dr = 2.660,00 Resposta: O desconto de R$ 2.660,00 2) Calcule o valor do desconto racional para um emprstimo com valor atual de R$ 250.000,00, prazo de 6 meses com taxa de juros de 8%? Dr = Va . i . n Dr = 250.000 x 0,08 x 6 Dr = 120.000 Resposta: O desconto de R$ 120.000,00 DESCONTO COMERCIAL: o desconto equivalente ao juro simples produzido pelo valor nominal no perodo correspondente, taxa fixada. Dc = Vn . i . n Onde: Dr = desconto comercial
Para um nmero n qualquer de perodo de capitalizao composta, pode-se escrever a expresso: M = C (1+ i)n Deve-se notar que a parte mais trabalhosa do clculo de juro quando se trabalha com capitalizao composta exatamente aquela em que a soma (1+ i) tem que ser elevada ao expoente n.
UNIDADE 4
Descontos
SEO 1 Descontos Na impossibilidade de efetuar a vista o pagamento de compra de mercadorias, existe o acordo de faz-lo em pocas determinadas, sendo o devedor denominado de comprador e o vendedor denominado o credor. Os compromissos liquidados antes de poca estipulada tero valores menores do que os expressos no ttulo. Vamos aprender alguns conceitos: VALOR NOMINAL: Denomina-se valor nominal importncia declarado a que deve ser para em data determinada. um valor futuro (VF). VALOR ATUAL: O valor atual o valor por ele adquirido na data anterior ao seu vencimento (VA).
280
0 1 2 3 4 5
2. SISTEMA PRICE OU FRANCS Todas as prestaes (pagamentos) so iguais. Uso comum: Financiamentos em geral de bens de consumo. Clculo: O clculo da prestao P o produto do valor financiado Vf=300.000,00 pelo coeficiente K dado pela frmula:
JUROS SO SEMPRE CALCULADOS SOBRE O SALDO DEVEDOR! Voc sabe quais os principais sistemas de amortizao? Os principais sistemas de amortizao so: 1. SISTEMA DE AMORTIZAO CONSTANTE (SAC): A amortizao da dvida constante e igual em
Onde: i = taxa ao perodo n =nmero de perodos. Para esta tabela, o clculo fornece: P = K Vf = 67.388,13
281
REFERNCIAS
0 1 2 3 4 5
3. SISTEMA DE AMORTIZAO MISTO Cada prestao (pagamento) a mdia aritmtica das prestaes respectivas nos Sistemas Price e no Sistema de Amortizao Constante (SAC). Uso: Financiamentos do Sistema Financeiro da Habitao. Clculo:
Vieira Sobrinho, Jos Dutra - Matemtica Financeira Ed. Atlas - 1997 Faria, Rogrio Gomes de - Matemtica Comercial e Financeira - 5 ed. - Ed. Makron Books - 2000 Mathias, Washington F. & Gomes, Jos M. - Matemtica Financeira - Ed. Atlas, 1995 Assaf Neto, Alexandre - Matemtica Financeira e suas aplicaes - 5 ed. - Ed. Atlas - 2000 Samanez, Carlos P. - Matemtica Financeira: aplicaes Anlise de Investimentos - 3 ed. - Ed. Makron Books - 2002 Matemtica Financeira e Estatstica 33
n 1 2 3 4 5
0 1 2 3 4 5 totais
282
1 O juro simples difere do composto: a) b) c) d) e) Dependendo da instituio financeira Pelo tempo de aplicao do capital Pela maneira que o juro aplicado Todas as alternativas esto corretas Nenhuma das alternativas esto corretas
2 Calcule o valor do capital no regime de capitalizao composta que, aplicado taxa de 0,75% ao dia, durante o perodo de 7 dias, produz um montante de R$ 12.544.78: a) b) c) d) e) R$ 10.125,25 R$ 9.025,00 R$ 11.905,50 R$ 11.510,00 R$ 12.000,50
3 Calcule o valor da capital no regime de capitalizao composta que aplicado taxa de 20% ao semestre, produz ao final de 3 semestres o montante de R$ 30.000,00: a) b) c) d) e) R$ 17.361,00 R$ 25.540,00 R$ 29.672,00 R$ 19.621,00 R$ 22.925,00
4 Calcular o montante produzido pela aplicao, no regime de capitalizao composta taxa de 0,5% ao dia, durante o prazo de 21 dias, de um capital de R$ 20.000,00: a) b) c) d) e) R$ 35.521,00 R$ 28.619,20 R$ 40.918,50 R$ 22.208,40 R$ 23.730,20
5 Durante quanto tempo dever permanecer, aplicado taxa de 10% ao ms, o capital de R$ 5.200,00 para produzir um montante de R$ 16.319,84? a) b) c) d) e) 8 meses 7 meses 3 anos 2 anos 1 ano
283
6 Durante quanto tempo dever permanecer um capital de R$ 5.200,00 aplicado taxa de 50% ao ano para produzir um montante de R$ 133.270,33? a) b) c) d) e) 8 anos 8 meses 5 anos e 3 meses 4 anos Nenhuma das respostas anteriores
7 Calcular o valor do montante produzido pela aplicao de um capital de R$ 135.000,00, taxa de 3,5% ao ms durante o prazo de 24 meses, no regime de capitalizao composta: a) b) c) d) e) R$ 147.523,75 R$ 308.249,55 R$ 271.392,00 R$ 181.918,27 Nenhumas das respostas anteriores
8 Qual o valor do desconto racional de uma dvida de R$ 38.000,00 hoje, com taxa de 1% ao ms e prazo de 7 meses? a) b) c) d) e) R$ 1.500,00 R$ 2.620,00 R$ 2.660,00 R$ 785,27 Nenhuma das respostas anteriores
9 Calcular o desconto comercial de um compromisso no valor nominal de R$ 7.500,00, considerando a taxa de juros de 28,8% ao ano e o prazo de antecipao do resgate como sendo de 50 dias: a) b) c) d) e) R$ 225,00 R$ 105,27 R$ 382,00 R$ 300,00 Nenhuma das respostas anteriores
10 Calcule o desconto comercial para pagamento antecipado, com taxa de 1,5% ao ms e prazo de 9 meses, valendo R$ 7.800,00 a parcela das chaves de um imvel: a) b) c) d) e) R$ 2.500,00 R$ 792,00 R$ 1.251,00 R$ 1.500,00 Nenhuma das respostas anteriores
284