Autocuidados na Sade e na Doena

Guias para as Pessoas Idosas

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VIVER COM AMPUTAO DOS MEMBROS INFERIORES

Recomendado aos Prestadores de Cuidados Informais

Direco-Geral da Sade

Lisboa 2001

PALA VRAS-CHA VE ALAVRAS-CHA VRAS-CHAVE IDOSO DEFICIENTES AMPUTADOS PERNAS - AUTOCUIDADO EUROPA

This publication has been published by the Regional Office for Europe of the World Health Organization in 1990 under the title Coping with the loss of lower limbs. Translation rights for an edition in Portuguese have been granted to Ministry of Health/ General Directorate of Health, Alameda D. Afonso Henriques, n. 45 1049-005 LISBOA, by the Director of The Regional Office for Europe of the World Health Organization. Esta publicao foi editada em 1990, pelo Bureau Regional da Organizao Mundial de Sade, com o ttulo Coping with the loss of lower limbs. Os direitos de traduo para a edio portuguesa foram concedidos ao Ministrio da Sade/Direco-Geral da Sade pelo Director do Bureau Regional da Organizao Mundial da Sade para a Europa. Traduo e adaptao de Jos Vasco Sousa, mdico de famlia. Edio Ministrio da Sade/ Direco-Geral da Sade Alameda D. Afonso Henriques, n. 45 - 1049-005 LISBOA Re viso em 2001 Reviso Direco-Geral da Sade Diviso de Sade das Doenas Genticas, Crnicas e Geritricas Gabinete de Documentao e Divulgao Capa Francisco Vaz da Silva Impresso Grafifina Tira gem Tirag 100.000 exemplares Depsito Legal 158403/00

SUMRIO
INTR ODUO INTRODUO AMPUT AO POR DOENA VASCULAR AMPUTAO
Problemas de sade Cuidados gerais Ajudas tcnicas e acessrios Cadeira de rodas Problemas ortopdicos e tcnicos Como colocar a prtese e caminhar Questes sociais Questes psicolgicos

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AMPUT AO POR OUTRAS CA USAS AMPUTAO CAUSAS

Problemas de sade Problemas ortopdicos e tcnicos

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MOBILID ADE MOBILIDADE

Posturas e movimentos a evitar Padres de marcha recomendados Problemas sociais Problemas psicolgicos

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INTRODUO

modo de enfrentar e viver com amputao de um membro inferior varia de acordo com a sua causa.

Por isso, muito importante identificar a doena que a determinou. A sua identificao nem sempre fcil, porque o amputado e as pessoas que o rodeiam no do a devida relevncia a essa questo. As causas de amputao de um membro so: s Doenas vasculares Alteraes circulatrias devidas a aterosclerose senil ou diabetes. s Doenas no vasculares Infeces agudas ou crnicas, tumores ou traumatismos. Compete ao mdico assistente determinar a necessidade da amputao. Muitas pessoas amputadas, por doena vascular, so idosas, outras so grandes fumadoras e/ou diabticas. Este guia foca os problemas gerados pela amputao dos membros inferiores, causada por doena vascular ou no vascular.

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AMPUTAO POR DOENA VASCULAR

Pr ob lemas de sade Prob oblemas s doenas vasculares tm um incio insidioso. Os sintomas podem s aparecer decorridos alguns anos. Sintomas como a sensao de frio, dor ou feridas que no cicatrizam manifestam-se habitualmente nas extremidades inferiores.

Contudo, a doena vascular no afecta s as extremidades, mas tambm a totalidade do corpo. Da que a amputao no constitua a soluo definitiva do problema nem a cura da doena que a provocou. As queixas podem persistir, apresentando sintomas muito variveis, dependendo do rgo cuja funo foi afectada. Para que a doena vascular possa ser prevenida ou minimizada, siga as seguintes recomendaes: s Pare de fumar. s Se diabtico, faa os testes de autovigilncia, de forma a poder controlar a sua diabetes. s Evite o excesso de peso, porque sobrecarrega os membros inferiores afectados e dificulta a circulao sangunea. s Consulte anualmente o mdico oftalmologista, se for diabtico. s Faa as consultas mdicas com regularidade. s Tome, regularmente e sem interrupo, os medicamentos receitados pelo mdico. s Use calado confortvel e adequado, bem como roupa quente, especialmente quando estiver frio. s Faa os exerccios recomendados, mesmo que utilize cadeira de rodas.
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Cuidados g erais gerais Nos seis a doze meses que se seguem amputao, o coto deve ser protegido, com ligaduras, sobretudo nas ocasies em que a prtese no esteja a ser usada. O membro so deve ser examinado para detectar a presena de feridas, de zonas de descolorao (devido a infeces causadas por fungos) ou de outras alteraes. Para no se correr o risco de infeco, a pele do coto deve ser mantida bem limpa e seca. Deve-se lavar diariamente o coto com sabo, passar por gua, fazer cuidadosamente a sua limpeza e sec-lo muito bem. O p de talco, se for usado, deve ser aplicado com pulverizador, em camada muito fina, removendo-se todo o excesso de p. A prtese e a meia devem ser lavadas com regularidade, utilizando gua morna e sabo suave, mas nunca se deve usar produtos qumicos ou gua quente, porque podem alterar a superfcie e a configurao da prtese. A amputao altera o equilbrio da funo muscular, podendo desenvolver-se contracturas musculares (encurtamento ou distoro de msculo, ou do tecido conjuntivo). H que fazer a preveno do modo seguinte: a articulao do joelho no deve ser mantida permanentemente em flexo (dobrada), nem ter nenhuma almofada por baixo.

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Da mesma forma, o coto femural (da coxa) no deve ser mantido apoiado numa almofada. A posio de sentado, por muito tempo, tambm pode causar contracturas, as quais podem ser prevenidas, se a pessoa se deitar, regularmente, de barriga para baixo. Uma contractura, excedendo os 30o, pode interferir ou mesmo impossibilitar o uso de prtese. O amputado deve inspeccionar diariamente o coto para identificar as alteraes originadas por lceras cutneas, que podem ocorrer quando se usa prtese. Se o coto suar, no motivo para consultar imediatamente o mdico. O problema pode ficar resolvido substituindo o sabo e/ou a meia. A lavagem do coto com lcool pode contribuir para reduzir a sudao. Pode tambm ser necessrio dar repouso ao coto, uma ou duas semanas. Durante este perodo no se deve usar a prtese. Finalmente, se todas estas medidas falharem, h que consultar o mdico.

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Ajudas tcnicas e acessrios A perda de um membro inferior altera a funo da extremidade afectada, tornando a locomoo difcil ou mesmo impossvel. A reabilitao tem como funo o restauro desta funo. Muitas pessoas que perderam o membro inferior acreditam que a melhor soluo para o seu problema o uso de prtese. No entanto, nem todas a podem utilizar. o mdico que dever decidir sobre a indicao ou no do seu uso. A sua utilizao requer fora fsica e energia. Outra alternativa prtese a utilizao de uma cadeira de rodas, pois pode facilitar os movimentos e despender menos energia. Cadeira de r odas rodas As pessoas que perderam o membro inferior por doena vascular devem possuir uma cadeira de rodas, mesmo quando utilizam uma prtese.
s

Existem vrios tipos de cadeiras de rodas escolha, consoante o tipo de casa em que se mora. Contudo, para facilitar a vida a quem a usa, recomendam-se pequenas modificaes na casa, para remover obstculos. Por exemplo: evitar degraus, mveis e por tas desnecessrias e, sempre que possvel, aumentar a largura das portas e instalar barras de apoio e corrimes. Todas as cadeiras de r odas de vem ter tra ves em rodas devem traves ambos os lados.

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O amputado deve aprender a realizar as tarefas dirias, tais como: cozinhar, lavar a loua, sentar-se e levantar-se. Deve ter sempre presente como utilizar os traves da cadeira para que esta se mantenha permanentemente estvel e segura. As cadeiras de rodas para uso no interior da casa podem tambm ser usadas no exterior, mas somente sobre o cho bem pavimentado. Em muitos locais com bermas ou lancis existem rampas, mas, por vezes, pode ser necessria a ajuda de algum. Ao ajudante recomenda-se a seguinte tcnica na movimentao da cadeira de rodas: Para descer degraus - O ajudante deve colocar-se por trs da cadeira de rodas e agarrar firmemente nas duas pegas das costas da cadeira, inclinando-a para trs, de modo a que o peso seja suportado pelas rodas grandes ao descer os degraus. Em seguida, deixar cair, lentamente, a cadeira para a frente. Quando, no ltimo degrau, as duas rodas grandes estiverem novamente em baixo, deve-se deixar descair, lentamente, as duas rodas pequenas. Quem estiver sentado na cadeira pode ajudar, controlando manualmente os movimentos das rodas grandes. Para subir degraus - Os movimentos so feitos pela ordem inversa. Tambm existem modelos de cadeiras com propulso manual para uso exterior. So mais pesadas e requerem mais fora muscular. No esto recomendadas para pessoas com doena vascular. A estas aconselha-se o uso de cadeiras elctricas.

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Pr ob lemas or topdicos e tcnicos Prob oblemas ortopdicos Muitas pessoas com doena vascular no podem usar prtese artificial. Os problemas podem surgir, mesmo quando existe indicao para o seu uso e a prtese esteja bem concebida. Infelizmente, uma prtese pode ser pesada e at feia. No se deve ficar frustrado por no ser semelhante ao membro natural. Como colocar a prtese e caminhar
s

Se a amputao tiver sido abaixo do joelho, a prtese deve ser colocada na posio de sentado. Se for acima do joelho, na posio de p. A prtese s deve ser colocada depois de usar uma ou duas meias no coto. muito importante que o incio do treino seja efectuado com uma tcnica de marcha adequada, porque, posteriormente, difcil corrigir um padro inadequado. Na fase de treino, as caminhadas devem ser feitas com a ajuda de canadianas, muletas ou andarilho. Ao praticar, deve-se dar passos curtos com o membro que tem a prtese e passos mais largos com o membro saudvel. Assim, evita-se o erro comum de fazer ao contrrio. Os amputados idosos devem treinar com mais cuidado. H que evitar grandes esforos. Recomenda-se, no incio, a prtica da marcha com o apoio de fisioterapeutas.
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Na fase inicial h que evitar grandes esforos. Convm praticar a marcha vrias vezes ao dia, por perodos curtos. As caminhadas, repartidas vrias vezes por dia, devem totalizar 1 a 2 horas. A prtese no deve ser usada durante todo o dia, mas por curtos perodos de tempo.

Quando a prtese no est em uso, devem ser evitados os sofs devido flexo involuntria do coto e consequente contractura. Para se poder ler ou ver TV, a melhor posio a ter estar deitado de barriga para baixo ou de costas. Questes sociais Embora, de um modo geral, o intervalo de tempo entre o incio da doena vascular e a amputao seja longo, muitas pessoas no pensam na sua situao e no impacte que causa a perda de um membro inferior. O prprio amputado e as pessoas que o rodeiam s aps a amputao que pem a questo: e agora? As pessoas com doena vascular so muitas vezes foradas a mudar os estilos de vida que tinham at ento. Da que seja importante pensar e actuar com alguma antecipao e estar preparado para o pior. Quem vai precisar de uma cadeira de rodas deve estar preparado para viver com ela. Muitas pessoas que perdem um membro inferior tm direito a compensaes sociais. Recebem uma penso de invalidez ou de velhice.
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necessrio conhecer-se e tirar partido dos benefcios sociais disponveis. Por exemplo, no transporte e nos apoios financeiros. No caso dos idosos, poder-se- pr a hiptese de ida para uma instituio, uma vez que, a longo prazo, aparecem problemas relacionados com o envelhecimento, isolamento e agravamento do estado de sade. Questes psicolgicos Muitas pessoas com doena vascular consideram a amputao como um alvio, porque assim se vem livres de um membro que lhes causava dor e mal-estar, durante muito tempo. Este alvio pode transformar-se em problema, se houver rejeio social e se se tiver a sensao de se ser um fardo para a famlia. A verdade que o amputado sente-se dependente de outros, por precisar de ajuda em actividades da vida diria e de outros cuidados. Mesmo as pessoas mais chegadas podem ter dificuldade em entender que, aps a doena vascular e amputao, a pessoa nunca mais voltar a ser a mesma e o desempenho fsico ser sempre em grau inferior ao que ela possua anteriormente. preciso considerar tambm os possveis problemas de depresso e de ansiedade. Para os resolver, h que ter tolerncia e pacincia. O amputado o agente mais importante da sua prpria recuperao. A sua fora de vontade e cooperao activa so indispensveis para a reabilitao.
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AMPUTAO POR OUTRAS CAUSAS

omo dissemos, alm da doena vascular, os membros podem sofrer amputaes por outras causas, tais como: acidentes, tumores e alteraes congnitas de desenvolvimento. As pessoas podem ignorar que tm doena vascular. Ela pode ser descoberta acidentalmente, quando sofrem um acidente. Neste caso, como bvio, no o acidente a causa principal de amputao, mas a doena vascular. A doena vascular torna os membros muito vulnerveis. Por isso, mesmo uma pequena leso pode obrigar a uma amputao rpida. Pr ob lemas de sade Prob oblemas Quem sofre a perda de um membro, por motivo de acidente, pode substituir as funes perdidas, mobilizando as capacidades restantes. O coto pode causar problemas, sobretudo quando a prtese usada por demasiado tempo. Os materiais apropriados (couro, madeira, plstico) tm de ser escolhidos de acordo com os amputados.

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Quando um membro amputado, por causa de um tumor maligno, o tratamento no termina com a amputao e o uso de prtese; a quimioterapia e/ou radioterapia, assim como o acompanhamento clnico, so necessrios. As neuropatias (doenas que afectam os nervos das extremidades inferiores) podem levar a perdas de membros. Podem ser causadas por diabetes, alcoolismo e outras doenas. As reas mais vulnerveis do corpo so aquelas sobre as quais ns nos apoiamos. Estas reas de contacto podem causar problemas. As ndegas so sensveis. Podem sofrer leses, sem se dar por isso, com o consequente desenvolvimento de lceras. Por isso, quando se est sentado, h que mudar de posio com alguma frequncia. Os problemas de sade incluem o incio precoce do processo degenerativo articular, com consequente dor causada pelo uso de prtese. Como foi referido, importante manter a higiene do coto e da prtese e fazer a preveno das contracturas. Uma prtese nunca deve causar feridas ou tumefaco (inchao).

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Pr ob lemas or topdicos e tcnicos Prob oblemas ortopdicos Muitas pessoas que perdem um membro desejam a sua substituio por uma prtese. Existem disponveis prteses de alta qualidade, mas no podemos esperar que um membro ar tificial seja semelhante, no aspecto e funo, ao membro natural. fcil a adaptao prtese, desde que no se sofra de doena vascular. Muitas pessoas usam-na o dia inteiro e habituam-se a ela como se fosse uma parte original do seu corpo. No aconselhvel a mudana sbita de uma prtese, usada durante dcadas e bem adaptada, por outro tipo de prtese supostamente melhor. A prescrio da prtese tem de contemplar as alteraes de tamanho e a configurao do coto. As intervenes cirrgicas de correco s devem ser praticadas quando absolutamente indicadas, e sempre baseadas no parecer de especialistas em reabilitao; muitas vezes, o melhor resolver o problema com novas prteses anuais. Muitas pessoas, sem doena vascular, que perderam um membro no necessitam de uma cadeira de rodas. Mesmo quando h uma amputao de 3 membros, vale a pena tentar a adaptao de membros artificiais. Se a amputao envolver os 4 membros, ento, a sim, convm usar uma cadeira de rodas com traco elctrica.

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MOBILIDADE
Posturas e mo vimentos a e vitar movimentos evitar s setas nas figuras indicam as posturas e os movimentos a evitar. Para mais informaes, ver o captulo prvio sobre a contractura.

FIGURA Tipos de movimento a evitar por um amputado do membro inferior

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Padres de mar cha recomendados marc O treino da marcha comea pela colocao apropriada da prtese. As meias no devem estar enrugadas, devendo ser amolecidas (amarfanhadas) vrias vezes e viradas para baixo. Uma prtese localizada abaixo do joelho colocada na posio de sentado, enquanto que a prtese situada acima do joelho colocada na posio de p. importante jogar com o balano do corpo e colocar vrias vezes o peso no membro artificial, levant-lo de seguida e controlar o alinhamento. Uma prtese est bem fixa quando sentida presso abaixo do tendo rotuliano para as amputaes abaixo do joelho, ou na rea isquitica (anca), nas amputaes acima do joelho. Se for necessrio, deve-se usar apoios para a marcha, utilizando muletas ou canadianas. Do treino deve fazer parte o acto de levantar e submeter ambas as extremidades inferiores mesma quantidade de peso, mover o centro de gravidade ligeiramente para a frente, numa extenso quanto baste para dar um passo (o comprimento de um sapato). Colocar a prtese e descarregar o peso do corpo sobre ela. Toda e qualquer ajuda tcnica deve ser exposta ao suporte do peso, e s depois que deve ser dado um passo maior para a frente com o membro intacto. Quando este tocar o solo, descarrega-se o peso sobre ele. Inicialmente, nesta fase que se pode parar para descansar e rever todo o processo. Mais tarde, a marcha deve continuar com o membro artificial seguindo o movimento do membro so com o passo mais seguro.

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Muitas vezes o membro artificial tem tendncia a dar passos mais compridos e o membro so a ir atrs, em vez de ser ao contrrio. Convm praticar a marcha em frente de um espelho. Na viso de frente, pode-se controlar o movimento do corpo, de modo a colocar o peso ao centro. Na viso de perfil, pode-se ter a noo da largueza e firmeza do passo. A subida de escadas mais difcil. S deve ser efectuada quando existe um corrimo para apoio. Deve-se usar a bengala ou canadianas numa das mos e deixar a outra para agarrar o corrimo. Com o uso de um andarilho, convm evitar as subidas e descidas de escadas. Na subida, a perna s d o primeiro passo para o degrau seguinte e a outra vai atrs; na descida, o membro artificial avana em primeiro lugar. Um passo de cada vez o mais apropriado. A durao do treino dirio deve aumentar gradualmente. No necessria a remoo imediata da prtese aps o exerccio. Desde que seja tolervel, pode-se deixar estar at ao prximo perodo de exerccio. Se causar desconforto, melhor remov-la. O coto deve ser inspeccionado para verificao de leses. Caso seja necessrio, deve-se pedir a ajuda de terceiros para inspeccionar reas no visveis pelo prprio.

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Pr ob lemas sociais Prob oblemas O amputado de um membro inferior tem duas escolhas bsicas a fazer: ou aceita um posto de trabalho protegido ou uma penso de invalidez, menos rendosa, mas garantida. Muitas vezes so desejadas, simultaneamente, as duas opes, mas h escassez de postos de trabalho protegido. Felizmente, muitas pessoas podem continuar a desempenhar as tarefas que exerciam at data da amputao. Porm, noutros casos so necessrias mudanas. Recorda-se que h ainda a possibilidade de se trabalhar em casa. Os homens que perdem os membros inferiores, participando em trabalho de equipa, podem muitas vezes assegurar as funes domsticas, enquanto os outros membros da famlia trabalham fora de casa. Assim, muitas dificuldades podem ser ultrapassadas com um pouco de esprito inventivo. As associaes de deficientes podem ajudar. importante contact-las e associar-se. Pr ob lemas psicolgicos Prob oblemas A perda sbita de um ou vrios membros pode lanar o amputado no desespero. Habitualmente, no h tempo para fazer o reajuste nova situao. A sensao pode ser a de algum que caiu no fundo de um poo, de corpo e alma.

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fcil falar em adaptao, mas necessrio um tempo prolongado de readaptao. Contudo, pode-se reaprender a viver o melhor possvel. Para isso, indispensvel fora de vontade e esprito de cooperao. S com a cooperao do amputado que se pode capitalizar a ajuda exterior. A vida ser diferente do tempo precedente. Algumas coisas tm de ser abandonadas, mas nem todas, pois depende da idade e do vigor do amputado. importante que ele se movimente ao mximo, e o mais precocemente possvel. Sempre que possvel, deve continuar a efectuar o trabalho habitual (mesmo com ajuda) e ser til para a famlia, assim como procurar novos passatempos. H pessoas que no tm empatia com o deficiente e tm dificuldades em aceit-lo como igual, especialmente em pequenas comunidades, onde algumas pessoas so preconceituosas. Muitas vezes tudo uma questo de hbito. Requer algum tempo e esforo da parte do deficiente. Por isso, a atitude do prprio amputado crucial para se obter a aceitao. importante que todos os que esto volta do deficiente sintam e manifestem que h igualdade entre os deficientes e as pessoas ss e que aquele no inferior em relao aos outros. fundamental que o amputado no tenha vergonha da sua situao e aprenda a viver com ela o mais naturalmente possvel.

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