História Da Flauta Doce
História Da Flauta Doce
História Da Flauta Doce
Romero Damio A flauta doce o membro mais desenvolvido da antiga famlia das flautas de tubo interno, flautas com uma janela (windway) fixa formada por uma pea de madeira chamada de bloco. distinta de outra flauta de tubo interno com buracos para sete dedos e o buraco para o dedo polegar que tambm serve como abertura de oitava. Talvez a ilustrao mais antiga e incomparvel seja a de uma flauta doce que est no The Mocking of Jesus (posterior a 1315), um afresco da Igreja de Staro Nagoricvino, perto de Kumanova na (Yugoslavia) Macednia, pintada pela casa de pintores Michael e Eutychios no qual um msico toca uma flauta de tubo cilndrico, com o window/labium claramente visvel, e ao p da qual h um buraco aberto para o dedo mindinho.
tocadores de shawm. H vrios outros exemplos do sculo XI, inclusive uma escultura do dcimo primeiro sculo que descreve os msicos em um pilar de pedra na igreja Boubon -l'Achambault, St George, Frana (repr. Thomson 1974, quadro 1) que mostra um tubo parecido que pode ser uma flauta-tubo (flageolet ou flauta doce), acompanhada por rabeca e harpa.
Sopranino Denner
Soprano Terton
Durante o sculo XVII a flauta doce foi completamente redesenhada para uso como instrumento solo. Antes feita em uma ou duas partes, era agora feita em trs o que permitiu faz -la com uma forma mais acurada. Foi feita uma furao mais precisa que feita anteriormente e tinha assim uma escala cromtica precisa de duas oitavas e finalmente se alcanava as duas oitavas e um quinto. Era feita para produzir sons com boa intensidade, ter um tom cheio e penetrante, e grande poder de expressividade. Muitos esplndidos exemplos originais de tais instrumentos sobrevivem hoje em condies de uso. Estas flautas doce barrocas so feitas admiravelmente para o desempenho da msica de cmara e concerto. Nesta forma a flauta doce sobreviveu at mais tarde como um instrumento profissional no sculo XVIII e como um instrumento amador de algum modo no sculo XIX at que foi temporariamente eclipsada pela flauta transversal.
Rampe e Zapf (1998), afinal, solucionaram o problema da Fiauti d'echo de Bach no Concerto de Brandenburg nmero 4. Parece que a flauta de eco era um par de flautas doce em f' unidas em uma armao pela cabea e pelo p, cada uma com corpo diferente e expressando assim caractersticas tonais diferentes. Um exemplar de Heytz sobrevive ainda hoje em Leipzig. A flauta doce conquistou o seu espao no Novo Mundo a partir de uma data relativamente cedo e muitos dos primeiros colonos da Amrica do Norte estavam familiarizados com ela. Capito Smith notificou no seu Mapa da Virgnia que os ndios usavam "uma cana para as suas msicas" e que eles transportam como uma flauta doce. A presena fsica de flautas doce na Amrica do Norte foi documentada j em 1633 quando um inventrio de uma plantao em New Hampshire listou 15 flautas doce, e um inventrio semelhante feito em outra propriedade de New Hampshire informou a presena de 26 flautas doce (Msica 1983; Pichierri 1960: 14). A primeira banda conhecida a emergir na Amrica foi fundada em New Hampshire em 1653 e consistiu em pelo menos dois tambores, 15 obos e "flautas doce" (Bevan. 1984: 123). Escrevendo de New Hampshire 300 anos depois, Brewster (1859-1873) fez as seguintes anotaes: "Para msica, h dois tambor es durante os dias de treinamento, enquanto no menos de quinze hautboys e flautas doce so usadas para alegrar os imigrantes nas suas solides. . ." A flauta doce encontrou uso como um instrumento de marcha na guerra civil americana (Waitzman 1967: 224). "Flautas", flageolets, "flautas comuns" e "flautas inglesas" so por varias vezes mencionadas no incio do sculo XVIII em anncios de jornais americanos. Nestas referncias de "flauta" bastante provvel estar includa a flauta doce; "flauta comum" e "flauta inglesa" poderiam indicar a flauta doce, entretanto a posterior pelo menos poderia se referir ao denominado flageolet ingls, popular no sculo XIX (veja Higbee 1960). Os mais recentes de tais anncios apareceram em 1815, mais de 200 anos depois da meno da flauta doce do Capito Smith (Msica 1983). A flauta doce foi pela primeira vez introduzida no Japo no sculo XVI atravs de contatos com europeus (Tada 1982). Em 1549, Francisco Xavier veio a Kagoshima para introduzir o Cristianismo, e durante anos, muitos Jesutas o seguiram trazendo com eles instrumentos europeus inclusive flautas doce. Porm, a flauta no era muito popular no Japo. Em 1639, o shogunato Tokugawa suprimiu o Cristianismo e fechou o Japo para todos os pases estrangeiros exceto a Holanda. O shogonato destruiu e queimou tudo o que era ligado ao Cristianismo, msica da Europa e os instrumentos musicais sem nenhuma exceo. At a revogao da lei de isolamento nacional em 1873 pela Restaurao de Meiji, no estavam permitidos o Cr istianismo, sua msica auxiliar e seus os instrumentos. A flauta doce no foi re-introduzida at 1929 quando um japons graduado na Universidade de Cambridge trouxe algumas flautas doce para casa, e em 1930 o governo alemo enviar alguns flautas doce e msica como presentes para dois professores japoneses.
Logo aps a segunda guerra mundial, um residente americano no Japo (um virtuoso no shakuhachi) provou num mpeto a flauta doce. Em 1948 foi adotado pelo Ministrio da Educao um novo currculo de msica escolar levando os fabricantes produo de instrumentos de plstico. Inicialmente as flautas doce feitas no Japo empregavam a chamada digitao alem, mas, depois a mudana foi feita para a digitao inglesa. Em 1961, a primeira apresentao usando s tocadores japoneses foi feita com a execuo do Concerto Brandenburg nmero 4 de Bach. Subseqentes visitas feitas por Hans-Martin Linde (1962), Gustav Scheck (1963), Frans Brggen (1973), Carl Dolmetsch, Michael Vetter e Hans Maria Kneihs deram mpeto ad icional e crescente interesse pela flauta doce no Japo. Deste tempo, vrios estudantes japoneses foram para a Europa estudar com estes e outros professores. Em 1975 quatro de tais estudantes formaram um conjunto de flautas doce e ganharam o primeiro prmio na competio internacional de flauta doce do Festival de Flanders em Bruges. Hoje a flauta doce desfruta imensa popularidade no Japo em nvel amador e profissional. H um extenso repertrio de msica para o instrumento de compositores japoneses (veja Msica Japonesa para Flauta Doce), e vrios fabricantes de flauta doce tais como: Aulos, Yuzuru Fukushima, Shigeharu Hirao, Kunito Kinoshita, Suzuki, Hiroyuki Takeyama, Toyama (que fabrica: Alouette, Aulos, Canto de Bel, Elite & Robin de plstico), Jun Tsuk ada, Yamaha, e Zen-On.
pases de Amrica do Sul. Um comeo foi feito pelo delicioso e fascinante artigo de Stobart (1996) relativo introduo da flauta doce no sculo XVI na Bolvia pela Espanha e sua possvel influncia no desenvolvimento da nativa pinkillu, uma flauta de tubo de seis furos feita em seis tamanhos diferentes. A pinkillu tocada amplamente na Amrica do Sul, incluindo a Argentina (Gonzalo Juan, pers. com.). Paul Loeb van Zuilenburg (1999) registrou detalhes da recente histria da flauta doce na frica do Sul. O conto seguinte vem de outra nao-estado, ou seja, do Sul da Austrlia. Em 1965 duas flautas de voz originais do sculo XVIII (flautas doce tenor em d) de Bressan foram compradas de um negociante de usados em Adelaide por Mrs Mary McKenzie que se informou com Edgar Hunt o quanto elas valeriam. Elas foram vendidas ao colecionador e negociante americano Wesley Oler de quem logo foram adquiridas por Frans Brggen. Um pequeno conserto foi feito por von Huene no bico de um dos instrumentos. At que eu ouvisse falar delas em 1974 o seu rastro tinha desaparecido realmente; Hunt (pers. comm.), por exemplo, tinha destrudo a correspondncia relativo a elas. O ponto que nada foi esclarecido de quem as trouxe para a Austrlia e para que, ou com que inteno elas poderiam ter sido usadas. Felizmente, algo foi salvado deste pedao arrependido de vandalismo cultural nas fotografias e desenhos detalhados dos instrumentos que foram publicados por Morgan (1981). Foi discutido convincentemente que a flauta doce na verdade tem uma existncia contnua do XV II ao XIX sculos (Reyne 1985, 1987). Ns j vimos como nos E.U.A. a flauta doce foi jogada bem no meio do sculo XIX no estado de New Hampshire. Na Europa, trs geraes da famlia de Walch de Berchtesdaden, Alemanha, fabricaram flautas doce, nominalmente Lorenz Walch (meados do dcimo oitavo sculo), Lorenz Walch II (fl. 1809-1862) e Paul Walch (1862-1873). Instrumentos existentes de todos eles foram catalogados por Young (1993: 249-251). Na Inglaterra, Goulding & Cia. (1786-1834) fabricou flautas doce, como fez John Townsend (1816-1869) em Manchester (Blanchfield 1990). Corcoran (1965) anotou que um Thomas Davies, de Halkwin, Flintshire, Inglaterra que nasceu em 1830 possua uma flauta doce de Steenbergen do sculo XVIII com a qual tocou desde sua juventude at o fim de sua vida. O seu neto se lembra dele tocando em 1914. Hunt (1977) anota a existncia na coleo da Senhora G. de Thibault Chambure de uma cpia de uma velha flauta doce tenor com a inscrio P.R. Recordao de Couture, 1875, e J.B. Martin ao amigo Paul Roche. A nota de Hunt que um instrumento isolado no constitui uma revificao parece completamente perdida. Realmente, o msico amador do sculo XIX poderia tocar decididamente msica romntica em tipos diferentes de flauta de tubo, dependendo de onde ele era. Em Paris tinha o flageolet, o galoubet, ou at mesmo a flauta harmnica. Em Londres o flageolet solo, em dupla ou at mesmo
tripla. Em Viena o flageolet de Wiener, csakan ou flte douce. A ltima simplesmente era uma flauta doce, como essas feitas pela famlia de Walsh. Realmente, um catlogo ilustrado da firma Markneukirchen de Kmpffe de 1835 inclui uma flauta doce de estilo barroco e um esfrego de limpeza (repr. Betz 1992: 38). Das outras, s o csakan de interesse nosso aqui, po is, era feito com uma abertura de oitava (thumbhole) e buracos para sete dedos; o restante no tinha um thumbhole e, como a flauta, buracos para s seis dedos. O csakan, com efeito, uma flauta doce com chaves, primeiro apareceu em 1807 ao redor de Viena e provavelmente era uma inveno de Anton Heberle. Inicialmente o instrumento foi equipado com uma chave d # (como na flauta transversal antiga) e tinha uma escala de 2 oitavas e um quinto que correspondem notao c'-g '' ' mas soando ab'-eb '''' o que quer dizer que o csakan foi considerado um instrumento transpondo em ab. Nos anos 1820, fabricantes de instrumento proveram a csakan moldada com outra madeira como a do obo e clarinete. Assim no csakan brotaram chaves adicionais para g #, f, f #, bb, uma chave de trinado b/c, um baixo c #... Algumas csakans tiveram at dez chaves e uma escala que se estende a um g' adicional soando graas a uma chave. Vrios fabricantes fizeram csakans e fltes douces, entre eles Hell, Kmpffe, Nielson e Zimmermann. Tutoriais para o instrumento foram publicados por Koehler, Koch, Krhmer e Barth, entre outros. Os csakan continuaram sendo tocados at por volta do sculo XX, como comprovado pelo instrumento de Koehler (1880) e Barth (1910) que pelo tempo tinha se tornado um instrumento em C, com ou sem chaves. Um catlogo de 1899 de um fabricante de instrumento de Leipzig, Julius Heinrich Zimmermann anuncia csakans sem chaves, com uma chave e com seis chaves (repr. Reyne 1987: 5; Betz 1992: 48, fig. 26). Um catlogo de Zimmerman de 1905 (repr. Betz 1992: 92, fig. 34) listas um conjunto inteiro de Blockflten SATB em uma variedade de afinaes como segue: soprano (C ou D), contralto (G, F, E ou D), tenor (C ou A), Baixo (G, F, E, D ou C). Assim a tradio de fabricar flautas doce existiu por muito tempo antes do renascimento comumente suposto deste instrumento no sculo XX, como um velho instrumento para a msica antiga. Da virada do sculo at os anos trinta, o csakan era associado na Alemanha com o Schulflte e o Wienerflageolett, correspondendo a um instrumento em D com s 6 buracos para digitao e com um mximo de 6 chaves. Este Schulcsakan alemo deu caminho eventualmente a re -descoberta da flauta doce soprano (Reyne 1987). A revificao da flauta doce aconteceu no fim do sculo XIX, quando foram reunidas colees de instrumentos musicais antigos de grandes museu e o pelo interesse crescente em msica pr clssica, ajudando a produzir um clima no qual a flauta doce pde florescer novamente. Em 1885 um grupo do Conservatrio de Bruxelas tocou uma Sinfonia Pastorale do Eurydice de Jacopo Peri
executado com flauti dolci na Exposio Internacional de Inventos nas galerias do Albert Hall em Kensington do Sul, Londres, junto a uma exposio de instrumentos musicais, alguns trazidos por Victor-Charles Mahillon do Conservatrio de Bruxelas (Times 1885 Musical). Na Inglaterra durante os anos 1890 e incio de 1900, as pesquisas e conferncias de Cnon Francis Galpin, Dr Joseph Cox Bridge e Christopher Welch chamaram a ateno adicional para a flauta doce em crculos musicais, entretanto, nada era conhecido sobre sua tcnica ou repertrio. Foi dito com freqncia (erradamente) que a primeira flauta doce moderna foi feita em 1919 por Arnold Dolmetsch (1858-1940) baseada em um original de sculo XVIII de sua posse. Na luz do prvio pargrafo talvez seja pertinente dizer que Dolmetsch recebeu o seu treinamento musical no Conservatrio de Bruxelas quando entrou pela primeira vez em contato com msicos que tocavam instrumentos musicais antigos da coleo do conservatrio. Em 1883, ele mudou-se com a famlia para Londres, para entrar na Faculdade de Msica Real recentemente aberta, onde pode avanar no interesse pela msica antiga. De forma interessante, a flauta doce de Bressan original comprada por Dolmetsch em 1905 (agora no Museu de Horniman, Londres) parece ter sido modificada severamente por ele (Prados 1994). Seu bloco e bocal de marfim no so originais, e o windway estreito e curvado das flautas doce de Bressan que produzem suas caractersti cas, (o som cheio est ausente), foi substitudo por um largo windway reto, assim adotado por Dolmetsch para flautas doce que emanam de sua prpria oficina. Inicialmente, Dolmetsch e seus scios fizeram cpias para a sua famlia e outras pessoas do seu cr culo de tocadores flautas doce, deste modelo um tanto quanto moderno, oferecendo subseqentemente instrumentos semelhantes feitos mo, para o grande pblico. Logo aparecero compradores para seus instrumentos incluindo Judith Masefield (a filha do poeta John Masefield), o caricaturista Edmund X. Kapp, e Senhor Bernard Darwin (o filho de Charles Darwin) e George Bernard Shaw (Kelly 1990). A flauta doce figurou no primeiro Festival de Haslemere em 1925 (Hunt 1977). No segundo Festival de Haslemere em 1926, Dolmetsch apresentou um conjunto de soprano, contralto, tenor e baixo, com desenho moderno (Cambell 1975), entretanto tais conjuntos poderiam ter sido comprados em 1905 de Zimmermann em Viena. Uma cpia do fabricante de Munique, Gottlieb Gerlach (1909) de um contralto original do sculo XVIII de J.C. Denner, veio iluminar finalmente o caminho de Dolmetsch (Kirnbauer 1992), adiantando-o em dez anos. O instrumento feito por Gerlach era para uso da surpreendente Banda de Artistas de Bogenhausen (Bogenhausen Knstlerkapelle) que executava arranjos de Handel, Scarlatti, Gluck, Mozart e outros em flautas doce (por J.C. Denner, Jacob Denner, Bressan, Schuechbaur, Walch, Oberlender, Schell, e Anon.), e outros instrumentos originais de 1890, at quando foi desfeita em 1939 (Moeck 1982). Teve inclusive um aparecimento em Londres em 1900. concebvel que Arnold Dolmetsch assistiu as ltimas apresentaes da Banda.
Os Bogenhausers se tornaram parte estabelecida da cena musical em Munique, tocando para recepes cvicas, festivais (inclusive o Munich Bach Festival de 1925) e difundindo suas msicas em rdio. Os arranjos tocados pelos Bogenhausers sobrevivem em manuscrito e incluem algumas msicas realmente muito exigentes (a parte de contralto em alguns exemplos envolvem passagens rpidas na terceira oitava), (Nikolaj Tarasov, pers. comm., 2000). Independentemente dos Dolmetsches ou dos Bogenhausers, Willibald Gurlitt (1889-1963) comeou a usar flautas doce no seu Collegium Musicum em 1921 em Freiburg para o qual ele tinha copias feitas por Walcker & Cia dos originais do renascimento de Kynseker . O musiclogo Werner Danckerts (1900-1970) tambm teve cpias feitas dos instrumentos de Kynseker atravs do fabricante Nuremberg Georg Graessel em 1921. O flautista Gustav Scheck (1901-1984), um scio de Gurlitt, comeou tocando flautas doce originais em 1924, estabelecendo um alto padro artstico que foi continuado pelos seus alunos (Conrad, Delius, Fehr, Linde, etc). Peter Harlan (1898-1966) comeou o que agora chamado de Movimento da Flauta Doce Alemo, ajudado pelo esprito avanado do Movimento da Juventude Alem. O meio escolhido por Peter Harlan foi um instrumento do povo, descomplicado e satisfatrio para avanar na causa da sociedade pela eufrica experincia do que mais tarde foi chamado de Desenvolvimento Musical, "Mussiche Bildung". Rejeitando a preciso histrica e o treinamento musical profissional, ele apoiou desde o incio a flauta doce renascentista, mas, livremente se expressou para favorecer as suas prprias fantasias como um fabricante de instrumento. Nas suas prprias palavras Harlan quis um instrumento "cujo som no pode ser aumentado, no importa com que arte seja feito; de cuja essncia no pode ser alterada por qualquer virtuosismo". Ao contrrio da convico popular, Harlan nunca fez suas flautas doce (Moeck 1982). Depois da visita de Dolmetsch no Primeiro Festival de Haslemere em 1925, ele tinha um instrumento feito por Kurt Jacob e continuou desenvolvendo o desenho ao longo das diretrizes indicadas por Harlan. A primeira flauta doce de Harlan disponvel, um contralto em e', foi oferecida venda em 1926. No ano seguinte um quarteto de instrumentos foi oferecido em E e A com digitao alem e uma escala de uma e meia oitavas. Estes instrumentos tinham corpos largos e grandes, mas, faltavam modelos histricos exatos. O crescimento dramtico da indstria de instrumentos musicais Vogtland comeada por Peter Harlan (1898-1966) para abastecer o denominado Movimento de Flauta Doce Alemo (inspirado pelo Movimento da Juventude Alem) e seu associado programa Desenvolvimento Musical, "Musiche Bildung" resultaram em uma proliferao de fbricas produzindo flautas doce para as categorias mais simples. Entre estas fbricas esto: Adler, Gofferje, Heinrich, Herrnsdorf, Herwig, Moeck, Nagel e Mollenhauer (que tambm fez flautas doce marca Brenreiter).
No E.U.A. no havia nada em comparao com o Movimento da Juventude Alem, reluzindo de interesses em msica folclrica e instrumentos antigos. A turn do co ncerto anual de Carl Dolmetsch (comeado em 1936), com apresentaes de conjuntos como a Trapp Family Singers, e o trabalho de artesos como David Dushkin, William Koch e Friedrich von Huene, lideraram o trabalho de base para um movimento de flauta doce popular. Vale notar que entre os primeiros presidentes da Sociedade de Flauta Doce Americana (fundada em 1939) estava Erich Katz, assistente anterior de Wilibald Gurlitt em Freiburg (Haskell 1996). Theodor Adorno (1956) foi o incentivador do Movimento de Flauta Doce Alemo declarando " A pessoa s tem que ouvir o som do flauta doce- ao mesmo tempo inspido e infantil-e ento o som da flauta verdadeira. A flauta doce a morte mais assustadora da revivida e continuamente agonizante, Pan". Agora, embora seja fcil para ns hoje condenar ou ridicularizar os esforos de Harlan (e at mesmo os dos Dolmetsches e seus crculos) eles devem ser vistos no contexto social do seu prprio tempo. de nota que naquela ocasio, Raviz tentou introduzir em escolas de Pa ris o pipeau, um flageolet de metal ou plstico de seis furos, como fez Van de Velde em Tours. Tubos de bambu foram introduzidos em escolas dos E.U.A. nos anos 1920 e depois nas escolas da Gr Bretanha, quando Hilda King, diretora de uma escola em Londres, comeou a ensinar seus alunos em 1926. O Grmio de Flautistas de Bambu, fundado por Margaret James em 1932 (com o seu presidente nenhum outro que no Vaughan Williams), foi patrocinado por Louise Hanson Dyer na Frana (1884-1962, uma expatriada australiana e dona das Edies Lira de L'Oiseaux), onde ela pde promover compositores como Auric, Ibert, Milhaud, Roussel, Poulenc, Arthur Benjamin da Austrlia e Margaret Sutherland, para escrever para este meio. O Grmio de Flautistas de Bambu, tambm teve o patrocnio de John Manifold, outro australiano (Hall 1978). Realmente, o Grmio de Flautistas da Gr Bretanha ainda ativo. H exemplos semelhantes de patrocinadores achados na histria de orquestras de cordas dedilhadas (bandolim e violo), orquestras de acordeo e movimentos de bandas de metais, pelo mundo afora. Em 1934 Edgar Hunt afianou com exclusividade uma agncia da firma alem Herwig para a fabricao de flautas na Inglaterra que foi logo comprada por Maynard Rushworth de Liverpool, (Kenworthy 1963, Cace 1977). A fbrica Herwig fez flautas doce com digitao inglesa para o mercado do Reino Unido, como tambm estava oferecendo uma linha mais barata com a marca Hamlin, trazendo assim a flauta doce para o alcance do pblico em geral. As primeiras f lautas doce de plstico (acetato celuloso) foram feitas na Inglaterra no incio da Segunda Guerra Mundial por Schott & Co (Hunt 1977), e enviadas a prisioneiros de guerra alemo, particularmente aqueles da RAF, para ajudar nos anos de cativeiro enquanto esperavam (Loretto 1995). Dolmetsch no
comeou a produo de flautas doce de plstico (ie baquelita) at 1947. Rosa, Morris & Cia. (Londres) tambm era comerciante das 'Dulcet' (flautas doce de plstico) antes de 1948 e pode t las fabricado bem antes. Poderia ser dito que a revivificao da flauta doce no incio deste sculo, sua popularizao pelos amadores entre as guerras, e sua produo em massa subseqente na Inglaterra e Alemanha para uso nas escolas, foi livremente baseada no estilo de flauta doce barroca e no modelo renascentista. Porm, em realidade, nenhum modelo histrico particular foi seguido de perto por qualquer campanha. Hoje em dia, os desenhistas das fbricas de instrumentos para amadores e para uso em escolas, continuam produzindo flautas doce que tm um som um pouco mais suave que as flautas originais do sculo XVIII nas quais elas so baseadas. No entanto, estas flautas doce neobarrocas permanecem essencialmente instrumentos para solo e no so adequadas para serem tocadas em conjuntos. Como ns veremos, tais instrumentos demandam realmente uma tcnica muito sofisticada quando tom e afinao devem ser aceitveis para qualquer ouvinte. Tocadas por crianas ou adulto amadores elas geralmente soam severas e discordantes. O estilo da flauta do ce mais apropriado para uso por crianas e amadores seguramente so os instrumentos do renascimento, especificamente projetados para se juntar entre si. Embora reconstrues de tais flautas doce estejam disponveis (veja abaixo), o custo delas as tira do a lcance da maioria, com exceo de alguns tocadores privilegiados. Houve vrias tentativas para re-projetar a flauta doce e estender sua capacidade de uso em um contexto contemporneo. Porm, virtuosos tm, na sua maioria, preferido instrumentos projetados aps os modelos histricos (ie pr-clssico). No incio do sculo XX inovaes incluram uma chave na flauta doce convencional para fechar o sino (p da flauta onde ficam os ltimos buracos) e facilitar a produo de certas notas altas (veja Digitao da Flauta Doce). Uma chave de sino provavelmente foi feita pela primeira vez em 1953 por John W.F. Juritz, professor de fsica e fagotista em Cape Town (Waitzman 1968) cuja inveno no foi patenteada (Thomas 1987). Uma chave de sino projetada por Carl Dolmets ch em 1957, a primeira usada por ele publicamente em 1958, envolvia e tampava o sino, abria-se e deixava um novo buraco ao lado do p que estava sendo coberto, era operada por uma chave pelo dedo mindinho da mo direita. Esta chave montada ao lado efoi o assunto da Patente britnica #852165, de 8 de junho 1959, baseada em uma aplicao de 1958 (Madwick & Loretto 1996, Thomas 1998). Entretanto o texto da aplicao da patente tambm menciona a estratgia alternativa de fechar ou fechar parcialmente o sino que se abre (Loretto 1999). Uma inveno de menor sucesso de Carl Dolmetsch foi uma semelhante chave fechada montada ao lado do sino e operada pelo dedo
mindinho da mo esquerda que tornou possvel um f #'' '. A patente foi concedida posteriormente tambm no dia 8 de junho 1959 (Thomas 1998). Depois uma chave que foi projetada por Dolmetsch cobria o sino, abrindo-se por se mesma e que poderia ser operada pelo dedo mindinho da mo direita ou, mais usualmente, pelo mindinho da mo esquerda. Em 1958 Edgar Hunt construiu uma chave de sino experimental longa, operada pelo dedo mindinho da mo esquerda, como a chave longa do F do sculo XVIII e do obo moderno (Hunt, 1961, Waitzman 1968). O dedo mindinho da mo esquerda comprimia uma alavanca para puxar um arame que passado atravs da junta do p do sino puxava uma chave contra o buraco. Tambm em 1958, William Koch de Haverhill, New Hamphsire, E.U.A., estava usando uma chave de sino para obter notas adicionais na sua flauta doce baixo (Waitzman 1968, 1969). Em 1930 Carl Dolmetsch tambm introduziu o eco ou tecla de piano operada pelo queixo ou pelo dedo mindinho da mo esquerda, que abria um pequeno buraco no bloco da flauta doce por meio de um plunger e elevava a afinao do instrumento a um semitom, tornando poss vel tocar com suavidade e com diminuta presso do sopro, assim como, facilitando o tocar cromtico. Este mtodo foi posteriormente abandonado em favor de um pequeno buraco adicional na parede lateral por trs da cabea da flauta e oposto a abertura da janela. A modificao posterior tambm foi patenteada em 1958 (Patente britnica #852135), entretanto ela deriva da chave de eco de alguns flageolets do sculo XVIII. Mais recentemente, Carmichael (1999) modificou o mecanismo do ltimo dispositivo para ser ativado por um plunger operado pelo lbio mais baixo do tocador, para dar controle de volume e vibrato. Carl Dolmetsch tambm inventou o denominado projetor de som (Patente britnica #666602), um anexo moldado em roda de madeira que colocado junto da janela da flauta doce, servia para captar o som e projeta-lo adiante com inteno de dar para a flauta mais volume. O primeiro projetor de som, usado publicamente por Carl Dolmetsch em 1949, foi substitudo depois por um modelo de plstico em dois tamanhos (um para sopranino e soprano, o outro para contralto e tenor). Todas as anteriores licenas de inovaes deixaram a flauta doce essencialmente inalterada e ainda pode ser tocada como qualquer outra flauta doce at o tocador ter boa razo para fazer uso dos projetores (veja Dolmetsch 1960; Dolmetsch 1996; Madgwick & Loretto 1997). Outra inovao de Dolmetsch foi a flauta doce muda, que consistia de uma dobra estreita de papel enganchada em cima do lbio da flauta. Foi primeiramente descrita por Carl Dolmetsch na parte 3 do Livro da Flauta doce Escolar (Dolmetsch, no datado). Tsukamoto (1975), construiu flautas doce com chaves de sinos montadas ao lado e que tinham um p alongado, elas obviamente fechavam o sino e abriam-se s. Uma flauta doce patrocinada pelo
tocador americano Daniel Waitzman (1978) foi substancialmente re-projetada com uma chave de sino montada no p e com um sistema de digitao dramaticamente diferente e sem sucesso. O piano ou chave de sussurro foi aplicada na flauta doce tenor harmnica descrita abaixo. Um exemplo da chamada flauta doce de Klingson com seis chaves feitas por Hammerschmidt de Schnbach pode ser vista na Coleo de Instrumentos Musicais de Bate. Nikolaj Tarasov (pers. comm, 2000) relata um contralto de sua posse com sete chaves. As flautas de Klingson foram feitas em SATB (Stela & Pealver 1997: 20). Tarasov comenta que as flautas de Klingson foram feitas por Karl Hammerschmidt & Filhos em Burgau, Alemanha. Estas flautas foram inventadas por um msico (? Schnbach) que queira executar o Concerto de Brandenburg de Bach sem os problemas habituais. Esta inveno funcionou, e um exclusivo e pequeno grupo regional aprendeu a tocar as flautas de Klingson. Uma inovao interessante que a abertura do dedo polegar tem um tipo de chamin de metal que se projeta de dentro do corpo da flauta de forma que umidade nunca escorre no dedo polegar. O projeto da flauta Klingson foi abandonado por Hammerschmidt, provavelmente devido resistncia para o novo sistema de digitao empregado. A Chromette ou OrKon, inventada em 1943 (EUA patente #2330379) por Edward Verne Powell (1903-1986, filho de V.Q. Powell famoso fabricante de flauta de Nova Iorque), era essencialmente uma flauta doce soprano modificada moldada em plstico provida com reforo de anis de metal e com simplificado sistema de chaves Boehm. Suas notas mais baixas poderiam ser tocadas ruidosamente como tambm suavemente com pequena mudana e a escala cromtica foi muito facilitada pelas chaves. Embora fosse pretendida sua produo em massa para uso nas escolas como um instrumento preparatrio para potenciais tocadores de flauta, a aventura falhou (Huene 1994). No fim da sua vida, o compositor Australiano/Americano Percy Grainger se interessou por instrumentos musicais eltricos e mecnicos projetados para uso no contexto da denominada musica livre. Vrias mquinas de msica livre capazes de tocar sons contnuos foram desenvolvidas com um colaborador dos EUA, Burnett Cross, e incluiu ambos instrumentos eletrnico e de sopro. Uma mquina de 1950 sobrevive no Museu de Grainger, Melbourne na qual um apito estilizado de cabea de cisne e duas flautas doce so operadas por um rolo de papel perfurado com buracos e rachas cortadas mo (Davis1984). Em 1958 Louis Stein (oboista principal da pera de Paris) exibiu a sua flte d'amour na Exposio de Bruxelas, um instrumento com as propores da flauta doce tenor, mas provida do mecanismo
fundamental de um obo moderno. A flte d'amour foi feita em trs modelos com chaves redondas para oboistas, com chaves cncavas para flautistas e com chaves de anel e um arranjo simplificado para amadores (Hunt 1977). No incio dos anos 1970, Gyula Foky-Gruber em Viena desenvolveu o Silberton, uma flauta doce soprano feita de metal completamente banhada de nquel-bronze, e um contralto feito de pau-rosa com uma junta de metal na cabea e duas chaves para o buraco de dedo mnimo. Ambas se caracterizavam por um sistema de expresso ajustvel pela alterao da posio do bloco e a altura do windway. Ambas eram de corpo cilndrico. Depois a firma alem Hopf produziu os Silberton instrumentos que eles agora oferecem como flautas com Sistema Gruber produzidas por Kobliczek nos modelos sopranino, soprano, e contralto. Hoje, Gruber est fabricando novamente estas flautas e assinando como flautas feitas mo em pequena srie, e tambm em prata pura. Uma patente para uma flauta totalmente chaveada foi tirada em 1988 pelo saxofonista Arnfred Strathmann, de Memsdorf. A flauta de Strathmann era caracterizada pelas elaboradas chaves e a digitao de um saxofone. Com a ajuda da companhia Klein Kiel, uma srie de flautas de Strathmann foi desenvolvida com muitas caractersticas modernas. O corpo feito de madeira ou plstico durvel, a altura do bloco ajustvel com um parafuso simples, e o buraco do polegar substitudo por uma chave que abre dois pequenos buracos no alto da cabea e atravs dela se eleva de um registro baixo para uma oitava acima. O volume de som para todas as notas mais forte que em flautas convencionais, e o timbre est entre o de uma flauta doce e uma flauta transversal. Foram feitas flautas de Strathmann modelos soprano e contralto (Huene 1994). Agora que a companhia Klein faliu, Strathmann continua fazendo estes instrumentos sozinho, em pequenas quantidades.
O fabricante Alec Loretto da Nova Zelndia projetou uma cabea giratria com uma cmara que contm uma seleo de windways como a cmara de um revolver de seis tiros. O mesmo fabricante construiu flautas doce com uma abertura grande em vez de um windway na qual windways pr-fabricados eram fixados. Todos tinham dimenses exteriores idnticos, mas cada um continha seu prprio windway (canal de vento) aperfeioado para a afinao da s notas tocadas (Madgwick & Loretto 1996: 41-42; Madgwick & Loretto 1997: 8). Ele tambm experimentou um lbio ajustado em um flauta doce contrabaixo em F que permite mudanas feitas atravs da distncia do lbio para o windway, da posio do lbio no soprador e do ngulo (Loretto 1970). O fabricante italiano Giacomo Andreola oferece flautas doce com um bico especialmente construdo (que ele diz ter copiado de uma idia da flauta doce do fabricante Claude Monin) que permite a pessoa mudar de windway quando for preciso, para variar a expresso do instrumento ou para superar problemas de condensao. Moeck anunciou recentemente a produo de um flauta doce moderna, projetada pela fabricante holandesa Adriana Breukink, com a inteno de ser comercializada como a flauta doce Slide. Este instrumento semelhante a flauta doce de Ganassi, mas incorcorpora um bocal de deslizamento especialmente projetado para a realizao de dinmica. No desenho de Breukink/Moeck, as dimenses do windway so variadas vontade por meio de um bloco operado pelo lbio mais baixo do tocador.
com estas caractersticas tem uma escala de duas oitavas e um sexto de b para g #'', igual a um obo moderno. Mais recentemente, Tarasov colaborou com Maarten Helder para construir uma flauta doce com harmnicos afinada de tal modo tornar possvel tocar notas baixas muito fortes e estveis e com uma qualidade de tom que iguala aos seus registros mais altos. Realmente a sua chamada flauta doce Tenor Harmnica ostenta trs oitavas de b-c''''', com 4 chaves e uma tecla de piano (som baixo) opcional. Ela tambm implementa um bloco ajustvel patenteado por Strathmann, podendo ser ajustado por uma toro da mo, at mesmo durante uma pausa curta, permitindo para o tocador alterar a expresso para mxima qualidade de som ou efeitos especiais.
O bloco ajustvel
Os canais substituveis
Tarasov tambm colaborou com Joachim Paetzold para criar a flauta contralto moderna Paetzold Tarasov com uma escala de duas e meia oitavas completamente cromticas de f' para c'''. Ela foi desenvolvida mais adiante e foi refinada na oficina Mollenhauer. Este instrumento tem uma qualidade de tom completa, ressonante, e uniforme ao longo de sua escala com projeo e resposta excelentes. ideal para executar msica de finais dos sculos XVIII e XIX, e contrasta bem com pianos histricos ou modernos. Pode ser ouvida no CD de Tarasov, The Modern Alto Recorder.
homem com um chapu cco que toca uma flauta de tubo que decididamente quadrada num corte transversal (repr. Boragno 1998: 12)
programados para tocar com as digitaes de vrios instrumentos acsticos. O primeiro EWI foi denominado de Steinerphone desenvolvido do Instrumento de Vlvula Eletrnico (EVI ou trompete eletrnico) prottipo de Nyle Steiner (Black 1997 Cole 1999). Steiner vendeu os seus prottipos depois a Akai que continuou o seu desenvolvimento. Outro antigos EWIs incluem o Lyricon da Computone Inc. (1972) e seus derivados, culminando nos sintetizadores Yamaha de sopro.
EWI da Yamaha
Lyricon
EWIs foram projetados para serem usados com um sintetizador. Atualmente os EWIs disponveis incluem o Akai EWI 3020; Casio srie DH; Inovaes como o Midiwind MW-1 da Fm7, SSSound Sting EW1; Suzuki Wind Controller SRW-100; YAMAHA WX5. O Yamaha EW30 WindJamm'r foi uma verso agora encerrada do WX11 com o chip do prprio mdulo de som WT11 da Yamaha (Rees 1995).
WX5 da Yamaha
Vrios fabricantes modificaram a flauta doce para faz -la mais satisfatria para crianas. Assim Joachim Kunath, projetou flautas doce pentatnicas de 5 e de 7 tons, flautas doce diatnica e flautas doce soprano especiais para uso nas escolas Waldorf (Steiner). Semelhantemente, Choroi Instruments Diatonic, fez as flautas doce pentatnicas e a denominada flauta de intervalo com duas notas em um s buraco. Moeck recentemente lanou uma flauta doce pentatnica, a Flauto Penta. A Suzuki Precorder PRE-1 um flauta doce de plstico de duas peas com buracos elevados para uso na pr-escola. E o Teclado Suzuki Flauta Doce ANDES-25 uma flauta doce operada por um teclado estilo Melodion.
Flauta de Intervalo
Precorder da Suziki
O plstico foi usado para produo de flautas doce feita mo como tambm para a produo de modelos. Loretto (1993) relaciona um conto apcrifo ao feito pelos pioneiros da revivificao da flauta doce alem. Ferdinand Conrad teve sucesso em convencer Martin Skowroneck para fazer um plstico instrumental para ele. Skowroneck, ansioso que tal flauta doce no fosse tocada em pblico, fez o plstico de um violento colorido azul, uma caracterstica que seria considerada uma virtude pelos tocadores de hoje! Realmente flautas doce de cor so feitas hoje pela firma Mollenhauer. Flautas doce sem cor em plexiglass so feitas por Thomas Boehm, Pietro Sopranzi, e Twaalfhoven. Marco Piga fez flautas doce de cermica depois de Stanesby. Um em preendedor fabricante amador, Joseph Wiesniewski, est experimentando atualmente com vidro.
Vrios fabricantes tentaram achar uma soluo para o problema perene de condensao na estreita janela (windway) da flauta doce. Uma aplicao patenteada de 1962 ( E.U.A. Patente #3178986, Patente #1235122 alem) foi feita por Hermann Moeck que mostra que o windway deveria ser fabricado no todo ou em parte por materiais absorventes e estveis. A patente final registrada em 1974 ( E.U.A. Patente #3988956, Patente #2432423 alem) usava um desenho diferente no qual um absorvente artificial muito estvel, como giz, foi inserido no cho de um bloco de madeira normal. Porm, o material cermico do qual o suplemento absorvente foi feito corroeu por causa do coquetel de comida e a presena de lcool da respirao de tocadores de flauta doce, conquanto necessitando consertos caros. Vrios fabricantes experimentaram um sistema de canais colocados longitudinalmente no windway para facilitar a sada do fluxo de s aliva condensada para longe desta rea sensvel (Stephenson 1987). A idia posterior, inspirada por certas flautas doce de Markneukirchen feitas no incio do sculo XX, foi implementada em flautas doce de plstico soprano e contralto projetadas por Hohner para uso escolar. Alguns fabricantes experimentaram flautas doce de tamanho extremo. Num extremo est a flauta doce sub-contrabaixo, num outro a flauta doce piccolino em f''' de Twaalfhoven (uma oitava acima
do sopranino). Elas provavelmente sero para sempre a maior e menor flauta doce. Para fazer tocar a piccolino, intercalam-se os dedos de ambas as mos.
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