Consolidação Das Leis Do Trabalho (CLT) - DL 5.453.43
Consolidação Das Leis Do Trabalho (CLT) - DL 5.453.43
Consolidação Das Leis Do Trabalho (CLT) - DL 5.453.43
1943)
APROVA A CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO (CLT)
O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o artigo 180 da Constituição,
decreta:
TÍTULO I
INTRODUÇÃO
Art. 1º. Esta Consolidação estatui as normas que regulam as relações individuais e coletivas
de trabalho, nela previstas.
Nota: Ver o artigo 4º do Regulamento aprovado pelo Decreto 75.626, de 12.02.1974 (nesta
obra), que estende ao trabalhador rural grande número de dispositivos da CLT e de outros
diplomas legais já consagrados ao trabalhador urbano.
Art. 2º. Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos
da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços.
§ 2º. Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade
jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo
grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da
relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das
subordinadas.
Art. 3º. Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não
eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
Notas:
1) Diz a Lei nº 5.889, de 08.06.1973, sobre empregado rural:
"Art. 2º. Empregado rural é toda pessoa física que, em propriedade rural ou
prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual a empregador rural,
sob a dependência deste e mediante salário".
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Art. 4º. Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à
disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial
expressamente consignada.
Art. 5º. A todo trabalho de igual valor corresponderá salário igual, sem distinção de sexo.
Nota: Ver Constituição Federal artigos 5º, I, 7º, XXX e XXXIV.
Art. 7º. Os preceitos constantes da presente Consolidação, salvo quando for, em cada caso,
expressamente determinado em contrário, não se aplicam: (Redação dada pelo Decreto-Lei nº
8.079, de 11.10.1945)
b) aos trabalhadores rurais, assim considerados aqueles que, exercendo funções diretamente
ligadas à agricultura e à pecuária, não sejam empregados em atividades que, pelos métodos
de execução dos respectivos trabalhos ou pela finalidade de suas operações, se classifiquem
como industriais ou comerciais;
Notas:
1) Ver Lei nº 5.889/73 e Decreto 73.626/74 sobre o trabalho rural.
2) Ver Constituição Federal artigo 7º.
c) aos funcionários públicos da União, dos Estados e dos Municípios, e aos respectivos
extranumerários em serviço nas próprias repartições; (Redação dada pelo Decreto-Lei nº
8.079, de 11.10.1945)
Notas:
1) Ver Súmulas 56 e 212, do TFR.
2) Ver Enunciados 58, 103, 105, 121, 123, 178, 243 e 252 do TST.
3) Ver Constituição Federal artigos 37, VI, e 39, § 2º.
d) aos servidores de autarquias paraestatais, desde que sujeitos a regime próprio de proteção
ao trabalho que lhes assegure situação análoga à dos funcionários públicos. (Redação dada
pelo Decreto-Lei nº 8.079, de 11.10.1945)
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outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho e, ainda, de
acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum
interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público.
Parágrafo único. O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho, naquilo em que
não for incompatível com os princípios fundamentais deste.
Notas:
1) Ver Constituição Federal artigo 5º e § 2º;
2) Ver Enunciado nº 207 do TST.
Art. 9º. Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou
fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação.
Art. 10. Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos
por seus empregados.
Art. 11. O direito de ação quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve:
(Redação dada ao artigo pela Lei nº 9.658, de 05.06.1998)
Nota: Ver Emenda Constitucional nº 28, de 2000, DOU 26.05.2000, que altera a redação do
inciso XXIX do artigo 7º da CF/88, referente aos prazos prescricionais trabalhistas.
I - em cinco anos para o trabalhador urbano, até o limite de dois anos após a extinção do
contrato;
Jurisprudência Vinculada
§ 1º. O disposto neste artigo não se aplica às ações que tenham por objeto anotações para
fins de prova junto à Previdência Social.
Jurisprudência Vinculada
3) Ver Enunciados nºs 95, 114, 153, 206, 223, 268, 274, 275 e 294.
Art. 12. Os preceitos concernentes ao regime de seguro social são objeto de lei especial.
TÍTULO II
DAS NORMAS GERAIS DE TUTELA DO TRABALHO
CAPÍTULO I
DA IDENTIFICAÇÃO PROFISSIONAL
SEÇÃO I
DA CARTEIRA DE TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL
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Art. 13. A Carteira de Trabalho e Previdência Social é obrigatória para o exercício de qualquer
emprego, inclusive de natureza rural, ainda que em caráter temporário, e para o exercício por
conta própria de atividade profissional remunerada. (Redação dada ao caput pelo Decreto-Lei
nº 926, de 10.10.1969)
II - em regime de economia familiar e sem empregado, explore área não excedente do módulo
rural ou de outro limite que venha a ser fixado, para cada região, pelo Ministério do Trabalho.
(Redação dada pelo Decreto-Lei nº 926, de 10.10.1969)
§ 3º. Nas localidades onde não for emitida a Carteira de Trabalho e Previdência Social poderá
ser admitido, até 30 (trinta) dias, o exercício de emprego ou atividade remunerada por quem
não a possua, ficando a empresa obrigada a permitir o comparecimento do empregado ao
posto de emissão mais próximo. (Redação dada pela Lei nº 5.686, de 03.08.1971)
II - se o empregado ainda não possuir a carteira na data em que for dispensado, o empregador
lhe fornecerá atestado de que conste o histórico da relação empregatícia. (Redação dada ao
parágrafo pelo Decreto-Lei nº 926, de 10.10.1969)
SEÇÃO II
DA EMISSÃO DA CARTEIRA DE TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL
Art. 14. A Carteira de Trabalho e Previdência Social será emitida pelas Delegacias Regionais
do Trabalho ou, mediante convênio, pelos órgãos federais, estaduais e municipais da
Administração Direta ou Indireta. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 926, de 10.10.1969)
Art. 16. A Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS, além do número, série, data de
emissão e folhas destinadas às anotações pertinentes ao contrato de trabalho e as de
interesse da Previdência Social, conterá:
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III - nome, idade e estado civil dos dependentes;
Parágrafo único. A Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS será fornecida mediante
a apresentação de:
§ 1º. Tratando-se de menor de 18 anos, as declarações previstas neste artigo serão prestadas
por seu responsável legal.
§ 2º. Se o interessado não souber ou não puder assinar sua carteira, ela será fornecida
mediante impressão digital ou assinatura a rogo. (Redação dada ao caput e parágrafos pelo
Decreto-Lei nº 926, de 10.10.1969)
Art. 20. As anotações relativas a alteração do estado civil e aos dependentes do portador da
Carteira de Trabalho e Previdência Social serão feitas pelo Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS) e somente em sua falta por qualquer dos órgãos emitentes. (Redação dada pelo
Decreto-Lei nº 926, de 10.10.1969)
Nota: Pelo Decreto nº 99.350, de 27.06.1990, o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social)
substituiu o INPS.
SEÇÃO III
DA ENTREGA DAS CARTEIRAS DE TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL
Art. 25. As Carteiras de Trabalho e Previdência Social serão entregues aos interessados
pessoalmente, mediante recibo.
Art. 26. Os sindicatos poderão, mediante solicitação das respectivas diretorias, incumbir-se da
entrega das Carteiras de Trabalho e Previdência Social pedidas por seus associados e pelos
demais profissionais da mesma classe.
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Parágrafo único. Não poderão os sindicatos, sob pena das sanções previstas neste Capítulo,
cobrar remuneração pela entrega das Carteiras de Trabalho e Previdência Social, cujo serviço
nas respectivas sedes será fiscalizado pelas Delegacias Regionais do Trabalho ou órgãos
autorizados. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967, e de acordo com o
Decreto-Lei nº 926, de 10.10.1969)
SEÇÃO IV
DAS ANOTAÇÕES
Nota: Ver Portaria MTPS nº 3.626, de 13.11.1991
Art. 29. A Carteira de Trabalho e Previdência Social será obrigatoriamente apresentada, contra
recibo, pelo trabalhador ao empregador que o admitir, o qual terá o prazo de 48 (quarenta e
oito) horas para nela anotar, especificamente, a data de admissão, a remuneração e as
condições especiais, se houver, sendo facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou
eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho. (Redação
dada pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)
a) na data-base;
§ 3º. A falta de cumprimento pelo empregador do disposto neste artigo acarretará a lavratura
do auto de infração, pelo Fiscal do Trabalho, que deverá, de ofício, comunicar a falta de
anotação ao órgão competente, para o fim de instaurar o processo de anotação. (Redação
dada ao parágrafo pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)
Art. 30. Os acidentes do trabalho serão obrigatoriamente anotados pelo Instituto Nacional do
Seguro Social na Carteira do acidentado. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 926, de
10.10.1969)
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Art. 31. Aos portadores de Carteiras de Trabalho e Previdência Social fica assegurado o direito
de as apresentar aos órgãos autorizados, para o fim de ser anotado o que for cabível, não
podendo ser recusada a solicitação, nem cobrado emolumento não previsto em lei. (Redação
dada pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967, e de acordo com o Decreto-Lei nº 926, de
10.10.1969)
Art. 32. As anotações relativas a alterações no estado civil dos portadores de Carteiras de
Trabalho e Previdência Social serão feitas mediante prova documental. As declarações
referentes aos dependentes serão registradas nas fichas respectivas, pelo funcionário
encarregado da identificação profissional, a pedido do próprio declarante que as assinará.
Parágrafo único. As Delegacias Regionais e os órgãos autorizados deverão comunicar à
Secretaria de Emprego e Salário todas as alterações que anotarem nas Carteiras de Trabalho
e Previdência Social. (Redação dada ao artigo pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967, e de
acordo com o Decreto-Lei nº 926, de 10.10.1969)
Art. 33. As anotações nas fichas de declaração e nas Carteiras de Trabalho e Previdência
Social serão feitas seguidamente sem abreviaturas, ressalvando-se no fim de cada
assentamento, as emendas, entrelinhas e quaisquer circunstâncias que possam ocasionar
dúvidas. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967, e de acordo com o Decreto-
Lei nº 926, de 10.10.1969)
Art. 34. Tratando-se de serviço de profissionais de qualquer atividade, exercido por empreitada
individual ou coletiva, com ou sem fiscalização da outra parte contratante, a carteira será
anotada pelo respectivo sindicato profissional ou pelo representante legal de sua cooperativa.
SEÇÃO V
DAS RECLAMAÇÕES POR FALTA OU RECUSA DE ANOTAÇÕES
Art. 37. No caso do artigo 36, lavrado o termo de reclamação, determinar-se-á a realização de
diligência para instrução do feito, observado, se for o caso, o disposto no
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Parágrafo único. Findo o prazo para a defesa, subirá o processo à autoridade administrativa
de primeira instância, para se ordenarem diligências, que completem a inscrição do feito, ou
para julgamento, se o caso estiver suficientemente esclarecido.
Art. 39. Verificando-se que as alegações feitas pelo reclamado versam sobre a não existência
de relação de emprego ou sendo impossível verificar essa condição pelos meios
administrativos, será o processo encaminhado à Justiça do Trabalho ficando, nesse caso,
sobrestado o julgamento do auto de infração que houver sido lavrado.
§ 1º. Se não houver acordo, a Junta de Conciliação e Julgamento, em sua sentença, ordenará
que a Secretaria efetue as devidas anotações uma vez transitada em julgado, e faça a
comunicação à autoridade competente para o fim de aplicar a multa cabível.
Nota: Conforme Emenda Constitucional nº 24/1999, a Vara do Trabalho substituiu a Junta de
Conciliação e Julgamento.
SEÇÃO VI
DO VALOR DAS ANOTAÇÕES
I - nos casos de dissídio na Justiça do Trabalho entre a empresa e o empregado por motivo de
salário, férias ou tempo de serviço; (Redação dada ao inciso pelo Decreto-Lei nº 229, de
28.02.1967)
III - para cálculo de indenização por acidente do trabalho ou moléstia profissional. (Redação
dada ao inciso pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
SEÇÃO VII
DOS LIVROS DE REGISTRO DE EMPREGADOS
Notas:
1) Ver Portaria 3.626, de 13.11.1991;
2) Ver IN SEFIT nº 04, de 01.08.1996.
Art. 41. Em todas as atividades será obrigatório para o empregador o registro dos respectivos
trabalhadores, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico, conforme instruções
a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho.
Nota: Ver § 2º do artigo 4º da Portaria MTE nº 1.964, de 01.12.1999, DOU 02.12.1999, que
dispõe sobre a lavratura do auto de infração.
Parágrafo único. Além da qualificação civil ou profissional de cada trabalhador, deverão ser
anotados todos os dados relativos à sua admissão no emprego, duração e efetividade do
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trabalho, a férias, acidentes e demais circunstâncias que interessem à proteção do
trabalhador. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)
Art. 47. A empresa que mantiver empregado não registrado nos termos do artigo 41 e seu
parágrafo único incorrerá na multa de valor igual a 30 (trinta) vezes o valor-de-referência
regional, por empregado não registrado, acrescido de igual valor em cada reincidência.
Art. 48. As multas previstas nesta Seção serão aplicadas pelas Delegacias Regionais do
Trabalho.
Nota: Ver Portaria MTb nº 290, de 11.04.1997.
SEÇÃO VIII
DAS PENALIDADES
Art. 50. Comprovando-se falsidade, quer nas declarações para emissão de Carteira de
Trabalho e Previdência Social, quer nas respectivas anotações, o fato será levado ao
conhecimento da autoridade que houver emitido a carteira, para fins de direito.
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Art. 51. Incorrerá em multa de valor igual a 90 vezes o valor-de-referência regional aquele que,
comerciante ou não, vender ou expuser à venda qualquer tipo de carteira igual ou semelhante
ao tipo oficialmente adotado. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967, e de
acordo com a Lei nº 7.855, de 24.10.1989)
Nota: Ver a Portaria MTb nº 290, de 11.04.1997, que aprova normas para a imposição de
multas administrativas previstas na legislação trabalhista.
Art. 52. O extravio ou inutilização da Carteira de Trabalho e Previdência Social por culpa da
empresa sujeitará esta à multa de valor igual a 15 vezes o valor-de-referência regional.
(Redação dada pelo Decreto-Lei nº 926, de 10.10.1969, e de acordo com a Lei nº 7.855, de
24.10.1989)
Nota: Ver a Portaria MTb nº 290, de 11.04.1997, que aprova normas para a imposição de
multas administrativas previstas na legislação trabalhista.
Art. 53. A empresa que receber Carteira de Trabalho e Previdência Social para anotar e a
retiver por mais de 48 (quarenta e oito) horas ficará sujeita à multa de valor igual à metade do
salário-mínimo regional. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967, e de acordo
com a Lei nº 7.855, de 24.10.1989)
Nota: Ver a Portaria MTb nº 290, de 11.04.1997, que aprova normas para a imposição de
multas administrativas previstas na legislação trabalhista.
Art. 54. A empresa que, tendo sido intimada, não comparecer para anotar a Carteira de
Trabalho e Previdência Social de seu empregado, ou cujas alegações para recusa tenham
sido julgadas improcedentes, ficará sujeita à multa de valor igual a 30 (trinta) vezes o valor-de-
referência regional. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967, e de acordo com
a Lei nº 7.855, de 24.10.1989)
Nota: Ver a Portaria MTb nº 290, de 11.04.1997, que aprova normas para a imposição de
multas administrativas previstas na legislação trabalhista.
Art. 55. Incorrerá na multa de valor igual a 30 (trinta) vezes o valor-de-referência regional a
empresa que infringir o artigo 13 e seus parágrafos. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 229,
de 28.02.1967, e de acordo com a Lei nº 7.855, de 24.10.1989)
Nota: Ver a Portaria MTb nº 290, de 11.04.1997, que aprova normas para a imposição de
multas administrativas previstas na legislação trabalhista.
Art. 56. O sindicato que cobrar remuneração pela entrega de Carteira de Trabalho e
Previdência Social ficará sujeito à multa de valor igual a 90 (noventa) vezes o valor-de-
referência regional. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967, e de acordo com
a Lei nº 7.855, de 24.10.1989)
Nota: Ver a Portaria MTb nº 290, de 11.04.1997, que aprova normas para a imposição de
multas administrativas previstas na legislação trabalhista.
CAPÍTULO II
DA DURAÇÃO DO TRABALHO
SEÇÃO I
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
Art. 57. Os preceitos deste capítulo aplicam-se a todas as atividades, salvo as expressamente
excluídas, constituindo exceções as disposições especiais, concernentes estritamente a
peculiaridades profissionais, constantes do Capítulo I do Título III.
SEÇÃO II
DA JORNADA DE TRABALHO
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Art. 58. A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada,
não excederá de oito horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.
Nota: Ver Constituição Federal art. 7º, XIII e XIV.
§ 2º O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por
qualquer meio de transporte, não será computado na jornada de trabalho, salvo quando,
tratando-se de local de difícil acesso ou não servido por transporte público, o empregador
fornecer a condução. (NR) (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 10.243, de 19.06.2001, DOU
20.06.2001)
§ 3º Poderão ser fixados, para as microempresas e empresas de pequeno porte, por meio de
acordo ou convenção coletiva, em caso de transporte fornecido pelo empregador, em local de
difícil acesso ou não servido por transporte público, o tempo médio despendido pelo
empregado, bem como a forma e a natureza da remuneração. (NR) (Parágrafo acrescentado
pela Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006, DOU 15.12.2006)
Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não
exceda a vinte e cinco horas semanais.
§ 1º O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será proporcional à
sua jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral.
§ 2º Para os atuais empregados, a adoção do regime de tempo parcial será feita mediante
opção manifestada perante a empresa, na forma prevista em instrumento decorrente de
negociação coletiva. (NR) (Artigo acrescentado pela Medida Provisória nº 2.164-41, de
24.08.2001, DOU 27.08.2001, em vigor conforme o art. 2º da EC nº 32/2001)
Art. 59. A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em
número não excedente de duas, mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou
mediante convenção coletiva de trabalho.
§ 2º Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção
coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente
diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma
das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez
horas diárias. (Redação dada ao parágrafo pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 24.08.2001,
DOU 27.08.2001, em vigor conforme o art. 2º da EC nº 32/2001)
Notas:
1) Assim dispunha o parágrafo alterado:
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"§ 2º. Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção
coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente
diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de cento e vinte
dias, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite
máximo de dez horas diárias. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 9.601, de 21.01.1998)"
2) Ver Constituição Federal artigo 7º, XIII e XIV.
3) Ver Enunciados nºs 24, 85, 108, 222 e 291 do TST.
§ 3º. Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação
integral da jornada extraordinária, na forma do parágrafo anterior, fará o trabalhador jus ao
pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na
data da rescisão. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.601, de 21.01.1998)
§ 4º Os empregados sob o regime de tempo parcial não poderão prestar horas extras. (NR)
(Parágrafo acrescentado pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 24.08.2001, DOU 27.08.2001,
em vigor conforme o art. 2º da EC nº 32/2001)
Art. 60. Nas atividades insalubres, assim consideradas as constantes dos quadros
mencionados no capítulo "Da Segurança e da Medicina do Trabalho" ou que neles venham a
ser incluídas por ato do Ministro do Trabalho, quaisquer prorrogações só poderão ser
acordadas mediante licença prévia das autoridades competentes em matéria de medicina do
trabalho, as quais, para esse efeito, procederão aos necessários exames locais e à verificação
dos métodos e processos de trabalho, quer diretamente, quer por intermédio de autoridades
sanitárias federais, estaduais e municipais, com quem entrarão em entendimento para tal fim.
Art. 61. Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho exceder do limite
legal ou convencionado, seja para fazer face a motivo de força maior, seja para atender à
realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo
manifesto.
§ 1º. O excesso, nos casos deste artigo, poderá ser exigido independentemente de acordo ou
convenção coletiva e deverá ser comunicado dentro de dez dias, à autoridade competente em
matéria de trabalho, ou antes desse prazo, justificado no momento da fiscalização sem
prejuízo dessa comunicação.
§ 2º. Nos casos de excesso de horário por motivo de força maior, a remuneração da hora
excedente não será inferior à da hora normal. Nos demais casos de excesso previsto neste
artigo, a remuneração será, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) superior à da hora
normal, e o trabalho não poderá exceder de doze horas, desde que a lei não fixe
expressamente outro limite.
§ 3º. Sempre que ocorrer interrupção do trabalho, resultante de causas acidentais, ou de força
maior, que determinem a impossibilidade de sua realização, a duração do trabalho poderá ser
prorrogada pelo tempo necessário até o máximo de duas horas, durante o número de dias
indispensáveis à recuperação do tempo perdido, desde que não exceda de dez horas diárias,
em período não superior a quarenta e cinco dias por ano, sujeita essa recuperação à prévia
autorização da autoridade competente.
Art. 62. Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo:
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I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de
trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no
registro de empregados;
Jurisprudência Vinculada
Doutrina Vinculada
Parágrafo único. O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados
mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança,
compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo salário
efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento). (Redação dada ao artigo pela Lei nº 8.966, de
27.12.1994)
Art. 63. Não haverá distinção entre empregados e interessados, e a participação em lucros ou
comissões, salvo em lucros de caráter social, não exclui o participante do regime deste
Capítulo.
Art. 64. O salário-hora normal, no caso do empregado mensalista, será obtido dividindo-se o
salário mensal correspondente à duração do trabalho, a que se refere o artigo 58, por 30
vezes o número de horas dessa duração.
Parágrafo único. Sendo o número de dias inferior a 30, adotar-se-á para o cálculo, em lugar
desse número, o de dias de trabalho por mês.
Art. 65. No caso do empregado diarista, o salário-hora normal será obtido dividindo-se o
salário diário correspondente à duração do trabalho, estabelecida no artigo 58, pelo número de
horas de efetivo trabalho.
SEÇÃO III
DOS PERÍODOS DE DESCANSO
Art. 66. Entre duas jornadas de trabalho haverá um período mínimo de onze horas
consecutivas para descanso.
Nota: Ver Enunciados 110 e 118, do TST.
Art. 67. Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de vinte e quatro horas
consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do
serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte.
Parágrafo único. Nos serviços que exijam trabalho aos domingos, com exceção quanto aos
elencos teatrais, será estabelecida escala de revezamento, mensalmente organizada e
constando de quadro sujeito à fiscalização.
Art. 68. O trabalho em domingo, seja total ou parcial, na forma do artigo 67, será sempre
subordinado à permissão prévia da autoridade competente em matéria de trabalho.
Parágrafo único. A permissão será concedida a título permanente nas atividades que, por sua
natureza ou pela conveniência pública, devem ser exercidas aos domingos, cabendo ao
Ministro do Trabalho expedir instruções em que sejam especificadas tais atividades. Nos
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demais casos, ela será dada sob forma transitória, com discriminação do período autorizado, o
qual, de cada vez, não excederá de sessenta dias.
Art. 71. Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de seis horas, é obrigatória a
concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de uma hora
e, salvo acordo escrito ou convenção coletiva em contrário, não poderá exceder de duas
horas.
Nota: Ver Orientação Jurisprudencial da SDI-I nº 342.
§ 1º. Não excedendo de seis horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de
quinze minutos quando a duração ultrapassar quatro horas.
§ 3º. O limite mínimo de 1 (uma) hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato do
Ministro do Trabalho quando, ouvida a Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho (SSST),
se verificar que o estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à
organização dos refeitórios e quando os respectivos empregados não estiverem sob regime de
trabalho prorrogado a horas suplementares. (Redação dada ao parágrafo pelo Decreto-Lei nº
229, de 28.02.1967)
§ 4º. Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste artigo, não for concedido
pelo empregador, este ficará obrigado a remunerar o período correspondente com um
acréscimo de no mínimo cinqüenta por cento sobre o valor da remuneração da hora normal de
trabalho. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 8.923, de 27.07.1994)
Nota: Ver Enunciados nºs 88 e 118, do TST.
SEÇÃO IV
DO TRABALHO NOTURNO
Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá
remuneração superior à do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de
20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna.
Notas:
1) Ver Constituição Federal artigo 7º e IX.
2) Ver Decreto nº 5.005, de 08.03.2004, DOU 09.03.2004, que promulga a Convenção nº 171
da Organização Internacional do Trabalho relativa ao Trabalho Noturno.
3) Ver Súmulas nºs 213, 313 e 402 do STF.
4) Ver Enunciados 112 e 265, do TST.
14
§ 2º. Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22
horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte.
§ 3º. O acréscimo, a que se refere o presente artigo, em se tratando de empresas que não
mantêm, pela natureza de suas atividades, trabalho noturno habitual, será feito tendo em vista
os quantitativos pagos por trabalhos diurnos de natureza semelhante. Em relação às
empresas cujo trabalho noturno decorra da natureza de suas atividades, o aumento será
calculado sobre o salário mínimo, não sendo devido quando exceder desse limite, já acrescido
da percentagem.
Nota: Parágrafo alterado em virtude da Lei nº 6.708/79, que fixou o salário mínimo único para
todo o País.
§ 4º. Nos horários mistos, assim entendidos os que abrangem períodos diurnos e noturnos,
aplica-se às horas de trabalho noturno o disposto neste artigo e seus parágrafos.
§ 5º. Às prorrogações do trabalho noturno aplica-se o disposto neste capítulo. (Redação dada
ao artigo pelo Decreto-Lei nº 9.666, de 28.08.1946)
SEÇÃO V
DO QUADRO DE HORÁRIO
Art. 74. O horário do trabalho constará de quadro, organizado conforme modelo expedido pelo
Ministro do Trabalho, e afixado em lugar bem visível. Esse quadro será discriminativo no caso
de não ser o horário único para todos os empregados de uma mesma seção ou turma.
§ 3º. Se o trabalho for executado fora do estabelecimento, o horário dos empregados constará,
explicitamente, de ficha ou papeleta em seu poder, sem prejuízo do que dispõe o § 1º deste
artigo.
SEÇÃO VI
DAS PENALIDADES
Art. 75. Os infratores dos dispositivos do presente capítulo incorrerão na multa de 3 (três) a
300 (trezentos) valores-de-referência regionais, segundo a natureza da infração, sua extensão
e a intenção de quem a praticou, aplicada em dobro no caso de reincidência e oposição à
fiscalização ou desacato à autoridade. (Redação do caput alterada pela Lei nº 7.855, de
24.10.1989)
Nota: Ver a Portaria MTb nº 290, de 11.04.1997, que aprova normas para a imposição de
multas administrativas previstas na legislação trabalhista.
15
CAPÍTULO III
DO SALÁRIO MÍNIMO
SEÇÃO I
DO CONCEITO
Art. 76. Salário mínimo é a contraprestação mínima devida e paga diretamente pelo
empregador a todo trabalhador, inclusive ao trabalhador rural, sem distinção de sexo, por dia
normal de serviço, e capaz de satisfazer em determinada época e região do País, às suas
necessidades normais de alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte.
Notas:
1) Ver Constituição Federal artigo 7º, IV a VII e XII.
2) Ver Lei nº 8.542, de 23.12.1992, DOU 24.12.1992, que dispõe sobre a política nacional de
salários.
Art. 78. Quando o salário for ajustado por empreitada, ou convencionado por tarefa ou peça,
será garantida ao trabalhador uma remuneração diária nunca inferior à do salário mínimo por
dia normal.
Parágrafo único. Quando o salário mínimo mensal do empregado a comissão ou que tenha
direito a percentagem for integrado por parte fixa e parte variável, ser-lhe-á sempre garantido
o salário mínimo, vedado qualquer desconto em mês subseqüente a título de compensação.
(Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
Art. 79. (Revogado pelo artigo 4º, § 1º, da Lei nº 4.589, de 11.12.1964, que extinguiu as
Comissões de Salário Mínimo)
Art. 80. (Revogado pela Lei nº 10.097, de 19.12.2000, DOU 20.12.2000)
Notas:
1) Assim dispunha o artigo revogado:
"Art. 80. Ao menor aprendiz será pago salário nunca inferior a 1/2 (meio) salário mínimo
regional durante a primeira metade da duração máxima prevista para o aprendizado do
respectivo ofício. Na segunda metade passará a perceber, pelo menos, 2/3 (dois terços) do
salário mínimo regional. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967, restabelecida
pela Lei nº 6.086, de 15.07.1974)
Parágrafo único. Considera-se aprendiz o menor de 12 (doze) a 18 (dezoito) anos, sujeito à
formação metódica do ofício em que exerça o seu trabalho. (Redação dada pelo Decreto-Lei
nº 229, de 28.02.1967, restabelecida pela Lei nº 6.086, de 15.07.1974)"
3) Ver Convenção OIT nº 182, promulgada pelo Decreto nº 3.597, de 12.09.2000, DOU
13.09.2000, que dispõe sobre a Proibição das Piores Formas de Trabalho Infantil e a Ação
Imediata para sua Eliminação.
Art. 81. O salário mínimo será determinado pela fórmula Sm=a+b+c+d+e, em que a, b, c, d e e
representam, respectivamente, o valor das despesas diárias com alimentação, habitação,
vestuário, higiene e transporte necessários à vida de um trabalhador adulto.
Nota: A Constituição acrescentou "educação", "saúde", "lazer" e "previdência social" (Art. 7º,
IV).
16
§ 1º. A parcela correspondente à alimentação terá um valor mínimo igual aos valores da lista
de provisões, constantes dos quadros devidamente aprovados e necessários à alimentação
diária do trabalhador adulto.
§ 2º. Poderão ser substituídos pelos equivalentes de cada grupo, também mencionados nos
quadros a que alude o parágrafo anterior, os alimentos, quando as condições da região, zona
ou subzona (atualmente região ou sub-região) o aconselharem, respeitados os valores
nutritivos determinados nos mesmos quadros.
§ 3º. O Ministério do Trabalho fará, periodicamente, a revisão dos quadros a que se refere o §
1º deste artigo.
Art. 82. Quando o empregador fornecer, in natura, uma ou mais das parcelas do salário
mínimo, o salário em dinheiro será determinado pela fórmula Sd = Sm - P, em que Sd
representa o salário em dinheiro, Sm o salário mínimo e P a soma dos valores daquelas
parcelas.
Parágrafo único. O salário mínimo pago em dinheiro não será inferior a 30% (trinta por cento)
do salário mínimo.
Nota: Ver Enunciado nº 258, do TST.
Art. 83. É devido o salário mínimo ao trabalhador em domicílio, considerado este como o
executado na habitação do empregado ou em oficina de família por conta de empregador que
o remunere.
SEÇÃO II
DAS REGIÕES, ZONAS E SUBZONAS
Art. 84. (Revogado pelo artigo 1º do Decreto-Lei nº 2.351, de 07.08.1987, que instituiu o piso
nacional de salários)
Art. 85. (Revogado pelo artigo 23 da Lei nº 4.589, de 11.12.1964)
Art. 86. (Revogado pelo artigo 1º do Decreto-Lei nº 2.351, de 07.08.1987, que instituiu o piso
nacional de salários)
SEÇÃO III
DA CONSTITUIÇÃO DAS COMISSÕES
SEÇÃO IV
DAS ATRIBUIÇÕES DAS COMISSÕES
17
Art. 101. (Revogado pela Lei nº 4.589, de 11.12.1964 - DOU 17.12.1964)
Art. 102. (Revogado pela Lei nº 4.589, de 11.12.1964 - DOU 17.12.1964)
Art. 103. (Revogado pela Lei nº 4.589, de 11.12.1964 - DOU 17.12.1964)
Art. 104. (Revogado pela Lei nº 4.589, de 11.12.1964 - DOU 17.12.1964)
Art. 105. (Revogado pela Lei nº 4.589, de 11.12.1964 - DOU 17.12.1964)
Art. 106. (Revogado pela Lei nº 4.589, de 11.12.1964 - DOU 17.12.1964)
Art. 107. (Revogado pela Lei nº 4.589, de 11.12.1964 - DOU 17.12.1964)
Art. 108. (Revogado pela Lei nº 4.589, de 11.12.1964 - DOU 17.12.1964)
Art. 109. (Revogado pela Lei nº 4.589, de 11.12.1964 - DOU 17.12.1964)
Art. 110. (Revogado pela Lei nº 4.589, de 11.12.1964 - DOU 17.12.1964)
Art. 111. (Revogado pela Lei nº 4.589, de 11.12.1964 - DOU 17.12.1964)
SEÇÃO V
DA FIXAÇÃO DO SALÁRIO MÍNIMO
Art. 112. (Revogado pela Lei nº 4.589, de 11.12.1964)
Art. 113. (Revogado pela Lei nº 4.589, de 11.12.1964)
Art. 114. (Revogado pela Lei nº 4.589, de 11.12.1964)
Art. 115. (Revogado pela Lei nº 4.589, de 11.12.1964)
Art. 116. (Revogado pelo Decreto-Lei 2.351, de 07.08.1987)
SEÇÃO VI
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 117. Será nulo de pleno direito, sujeitando o empregador às sanções do artigo 120,
qualquer contrato ou convenção que estipule remuneração inferior ao salário mínimo.
Art. 118. O trabalhador a quem for pago salário inferior ao mínimo terá direito, não obstante
qualquer contrato, ou convenção em contrário, a reclamar do empregador o complemento de
seu salário mínimo.
Art. 119. Prescreve em 2 (dois) anos a ação para reaver a diferença, contados, para cada
pagamento, da data em que o mesmo tenha sido efetuado.
Nota: Ver Constituição Federal artigo 7º e XXIX.
Art. 120. Aquele que infringir qualquer dispositivo concernente ao salário mínimo será passível
de multa de 3 (três) a 120 (cento e vinte) valores-de-referência regionais, elevada ao dobro na
reincidência. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)
Nota: Ver a Portaria MTb nº 290, de 11.04.1997, que aprova normas para a imposição de
multas administrativas previstas na legislação trabalhista.
18
CAPÍTULO IV
DAS FÉRIAS ANUAIS
Notas:
1) Nova redação dada ao Capítulo pelo Decreto-Lei nº 1.535, de 13.04.1977.
2) Ver Decreto nº 3.197, de 05.10.1999, DOU 06.10.1999, que promulga a Convenção nº 132
da Organização Internacional do Trabalho - OIT sobre Férias Anuais Remuneradas (revista
em 1970), concluída em Genebra, em 24 de junho de 1970.
SEÇÃO I
DO DIREITO A FÉRIAS E DA SUA DURAÇÃO
Art. 129. Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem
prejuízo da remuneração.
Nota: Ver Constituição Federal artigo 7º e XVII.
Art. 130. Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o
empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:
Nota: Ver artigo 7º, XVII, da Constituição.
I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco) vezes;
Doutrina Vinculada
II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas;
III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas;
IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas)
faltas.
§ 2º. O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de serviço.
Nota: Ver Enunciados nºs 71, 89, 104, 151 e 261, do TST.
Art. 130-A. Na modalidade do regime de tempo parcial, após cada período de doze meses de
vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:
I - dezoito dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte e duas horas, até vinte e
cinco horas;
II - dezesseis dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte horas, até vinte e duas
horas;
III - quatorze dias, para a duração do trabalho semanal superior a quinze horas, até vinte
horas;
IV - doze dias, para a duração do trabalho semanal superior a dez horas, até quinze horas;
V - dez dias, para a duração do trabalho semanal superior a cinco horas, até dez horas;
VI - oito dias, para a duração do trabalho semanal igual ou inferior a cinco horas.
19
Parágrafo único. O empregado contratado sob o regime de tempo parcial que tiver mais de
sete faltas injustificadas ao longo do período aquisitivo terá o seu período de férias reduzido à
metade. (NR) (Artigo acrescentado pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 24.08.2001, DOU
27.08.2001, em vigor conforme o art. 2º da EC nº 32/2001)
Art. 131. Não será considerada falta ao serviço, para os efeitos do artigo anterior, a ausência
do empregado:
I - nos casos referidos no artigo 473;
III - por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada pelo Instituto Nacional do
Seguro Social - INSS, excetuada a hipótese do inciso IV do artigo 133; (Redação dada ao
inciso pela Lei nº 8.726, de 05.11.1993)
IV - justificada pela empresa, entendendo-se como tal a que não tiver determinado o desconto
do correspondente salário;
VI - nos dias em que não tenha havido serviço, salvo na hipótese do inciso III do artigo 133.
Nota: Ver Enunciados nºs 81, 89, 104, 147, 149 e 151, do TST.
Art. 132. O tempo de trabalho anterior à apresentação do empregado para serviço militar
obrigatório será computado no período aquisitivo, desde que ele compareça ao
estabelecimento dentro de 90 (noventa) dias da data em que se verificar a respectiva baixa.
Art. 133. Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo:
I - deixar o emprego e não for readmitido dentro dos 60 (sessenta) dias subsequentes à sua
saída;
II - permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 (trinta) dias;
III - deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 (trinta) dias em virtude de
paralisação parcial ou total dos serviços da empresa; e
§ 3º. Para os fins previstos no inciso III deste artigo, a empresa comunicará ao órgão local do
Ministério do Trabalho, com antecedência mínima de quinze dias, as datas de início e fim da
paralisação total ou parcial dos serviços da empresa e, em igual prazo, comunicará, nos
mesmos termos, ao Sindicato representativo da categoria profissional, bem como afixará aviso
nos respectivos locais de trabalho. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.016, de 30.03.1995)
§ 4º. (VETADO na Lei nº 9.016, de 30.03.1995)
20
SEÇÃO II
DA CONCESSÃO E DA ÉPOCA DAS FÉRIAS
Art. 134. As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze)
meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito.
§ 1º. Somente em casos excepcionais serão as férias concedidas em dois períodos, um dos
quais não poderá ser inferior a 10 (dez) dias corridos.
§ 2º. Aos menores de 18 (dezoito) anos e aos maiores de 50 (cinqüenta) anos de idade, as
férias são sempre concedidas de uma só vez.
Nota: Ver Convenção OIT nº 182, promulgada pelo Decreto nº 3.597, de 12.09.2000, DOU
13.09.2000, que dispõe sobre a Proibição das Piores Formas de Trabalho Infantil e a Ação
Imediata para sua Eliminação.
Art. 135. A concessão das férias será participada, por escrito, ao empregado, com
antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa participação o interessado dará recibo.
(Redação dada pela Lei nº 7.414, de 09.12.1985)
§ 1º. O empregado não poderá entrar no gozo das férias sem que apresente ao empregador
sua CTPS, para que nela seja anotada a respectiva concessão.
§ 2º. A concessão das férias será, igualmente, anotada no livro ou nas fichas de registro dos
empregados.
Art. 136. A época da concessão das férias será a que melhor consulte os interesses do
empregador.
§ 2º. O empregado estudante menor de 18 (dezoito) anos terá direito a fazer coincidir suas
férias com as férias escolares.
Nota: Ver Convenção OIT nº 182, promulgada pelo Decreto nº 3.597, de 12.09.2000, DOU
13.09.2000, que dispõe sobre a Proibição das Piores Formas de Trabalho Infantil e a Ação
Imediata para sua Eliminação.
Art. 137. Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata o artigo 134, o
empregador pagará em dobro a respectiva remuneração.
§ 1º. Vencido o mencionado prazo sem que o empregador tenha concedido as férias, o
empregado poderá ajuizar reclamação pedindo a fixação, por sentença, da época de gozo das
mesmas.
§ 2º. A sentença cominará pena diária de 5% (cinco por cento) do salário mínimo, devida ao
empregado até que seja cumprida.
§ 3º. Cópia da decisão judicial transitada em julgado será remetida ao órgão local do Ministério
do Trabalho, para fins de aplicação da multa de caráter administrativo.
Nota: Ver Enunciados nºs 7, 81 e 104, do TST.
21
Art. 138. Durante as férias, o empregado não poderá prestar serviços a outro empregador,
salvo se estiver obrigado a fazê-lo em virtude de contrato de trabalho regularmente mantido
com aquele.
SEÇÃO III
DAS FÉRIAS COLETIVAS
Art. 139. Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os empregados de uma empresa ou
de determinados estabelecimentos ou setores da empresa.
§ 1º. As férias poderão ser gozadas em dois períodos anuais, desde que nenhum deles seja
inferior a 10 (dez) dias corridos.
§ 2º. Para os fins previstos neste artigo, o empregador comunicará ao órgão local do Ministério
do Trabalho, com a antecedência mínima de 15 (quinze) dias, as datas de início e fim das
férias, precisando quais os estabelecimentos ou setores abrangidos pela medida.
§ 3º. Em igual prazo o empregador enviará cópia da aludida comunicação aos sindicatos
representativos da respectiva categoria profissional e providenciará a fixação de aviso nos
locais de trabalho.
Art. 141. Quando o número de empregados contemplados com as férias coletivas for superior
a 300 (trezentos), a empresa poderá promover, mediante carimbo, as anotações de que trata
o artigo 135, § 1º.
§ 1º. O carimbo, cujo modelo será aprovado pelo Ministério do Trabalho, dispensará a
referência ao período aquisitivo a que correspondem, para cada empregado, as férias
concedidas.
§ 2º. Adotado o procedimento indicado neste artigo, caberá à empresa fornecer ao empregado
cópia visada do recibo correspondente à quitação mencionada no parágrafo único do artigo
145.
SEÇÃO IV
DA REMUNERAÇÃO E DO ABONO DE FÉRIAS
Art. 142. O empregado perceberá, durante as férias, a remuneração que lhe for devida na data
da sua concessão.
§ 1º. Quando o salário for pago por hora, com jornadas variáveis, apurar-se-á a média do
período aquisitivo, aplicando-se o valor do salário na data da concessão das férias.
§ 2º. Quando o salário for pago por tarefa, tomar-se-á por base a média da produção no
período aquisitivo do direito a férias, aplicando-se o valor da remuneração da tarefa na data da
concessão das férias.
§ 3º. Quando o salário for pago por percentagem, comissão ou viagem, apurar-se-á a média
percebida pelo empregado nos 12 (doze) meses que precederem a concessão das férias.
22
§ 4º. A parte do salário paga em utilidades será computada de acordo com a anotação na
Carteira de Trabalho e Previdência Social.
§ 6º. Se, no momento das férias, o empregado não estiver percebendo o mesmo adicional do
período aquisitivo, ou quando o valor deste não tiver sido uniforme, será computada a média
duodecimal recebida naquele período, após a atualização das importâncias pagas, mediante
incidência dos percentuais dos reajustamentos salariais supervenientes.
Notas:
1) Ver Enunciados nºs 10 e 253, do TST.
2) Ver Constituição Federal artigo 7º e XVII.
Art. 143. É facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do período de férias a que tiver
direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias
correspondentes.
§ 1º. O abono de férias deverá ser requerido até 15 (quinze) dias antes do término do período
aquisitivo.
§ 2º. Tratando-se de férias coletivas, a conversão a que se refere este artigo deverá ser objeto
de acordo coletivo entre o empregador e o sindicato representativo da respectiva categoria
profissional, independendo de requerimento individual a concessão do abono.
§ 3º O disposto neste artigo não se aplica aos empregados sob o regime de tempo parcial.
(NR) (Parágrafo acrescentado pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 24.08.2001, DOU
27.08.2001, em vigor conforme o art. 2º da EC nº 32/2001)
Art. 144. O abono de férias de que trata o artigo anterior, bem como o concedido em virtude de
cláusula do contrato de trabalho, do regulamento da empresa, da convenção ou acordo
coletivo, desde que não excedente de vinte dias do salário, não integrarão a remuneração do
empregado para efeitos da legislação do trabalho. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 9.528,
de 10.12.1997)
Notas:
1) Assim dispunha o artigo alterado:
"Art. 144. O abono de férias de que trata o artigo anterior, bem como o concedido em virtude
de cláusula do contrato de trabalho, do regulamento da empresa, de convenção ou acordo
coletivo, desde que não excedente de 20 (vinte) dias do salário, não integrarão a remuneração
do empregado para os efeitos da legislação do trabalho e da previdência social."
2) Ver Constituição Federal artigo 7º e XVII.
Art. 145. O pagamento da remuneração das férias e, se for o caso, o abono referido no artigo
143 serão efetuados até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período.
SEÇÃO V
DOS EFEITOS DA CESSAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
23
Art. 146. Na cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja a sua causa, será devida ao
empregado a remuneração simples ou em dobro, conforme o caso, correspondente ao período
de férias cujo direito tenha adquirido.
Art. 147. O empregado que for despedido sem justa causa, ou cujo contrato de trabalho se
extinguir em prazo predeterminado, antes de completar 12 (doze) meses de serviço, terá
direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de conformidade com o
disposto no artigo anterior.
Art. 148. A remuneração das férias, ainda quando devida após a cessação do contrato de
trabalho, terá natureza salarial, para os efeitos do artigo 449.
SEÇÃO VI
DO INÍCIO DA PRESCRIÇÃO
SEÇÃO VII
DISPOSIÇÕES ESPECIAIS
Art. 150. O tripulante que, por determinação do armador, for transferido para o serviço de
outro, terá computado, para o efeito de gozo de férias, o tempo de serviço prestado ao
primeiro, ficando obrigado a concedê-las o armador em cujo serviço ele se encontra na época
de gozá-las.
§ 1º. As férias poderão ser concedidas, a pedido dos interessados e com aquiescência do
armador, parceladamente, nos portos de escala de grande estadia do navio, aos tripulantes ali
residentes.
§ 2º. Será considerada grande estadia a permanência no porto por prazo excedente de seis
dias.
§ 3º. Os embarcadiços, para gozarem férias nas condições deste artigo, deverão pedi-las, por
escrito, ao armador, antes do início da viagem, no porto de registro ou armação.
24
II - da empresa, quando o empregado não for sindicalizado.
Art. 151. Enquanto não se criar um tipo especial de caderneta profissional para os marítimos,
as férias serão anotadas pela Capitania do Porto na caderneta-matrícula do tripulante, na
página das observações.
SEÇÃO VIII
DAS PENALIDADES
Art. 153. As infrações ao disposto neste Capítulo serão punidas com multas de valor igual a
160 BTN por empregado em situação irregular.
Nota: Ver a Portaria MTb nº 290, de 11.04.1997, que aprova normas para a imposição de
multas administrativas previstas na legislação trabalhista.
CAPÍTULO V
DA SEGURANÇA E DA MEDICINA DO TRABALHO
Notas
1) Nova redação dada ao Capítulo pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977.
2) Ver Portaria MTb nº 3.214, de 08.06.1978, que aprova as normas regulamentadoras deste
Capítulo.
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 154. A observância, em todos os locais de trabalho, do disposto neste Capítulo, não
desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições que, com relação à matéria,
sejam incluídas em códigos de obras ou regulamentos sanitários dos Estados ou Municípios
em que se situem os respectivos estabelecimentos, bem como daquelas oriundas de
convenções coletivas de trabalho.
I - estabelecer, nos limites de sua competência, normas sobre a aplicação dos preceitos deste
Capítulo, especialmente os referidos no artigo 200;
III - conhecer, em última instância, dos recursos, voluntários ou de ofício, das decisões
proferidas pelos Delegados Regionais do Trabalho, em matéria de segurança e medicina do
trabalho.
Nota: Ver Constituição Federal artigo 7º e XXII.
Art. 156. Compete especialmente às Delegacias Regionais do Trabalho, nos limites de sua
jurisdição:
25
I - promover a fiscalização do cumprimento das normas de segurança e medicina do trabalho;
II - adotar as medidas que se tornem exigíveis, em virtude das disposições deste Capítulo,
determinando as obras e reparos que, em qualquer local de trabalho, se façam necessárias;
III - impor as penalidades cabíveis por descumprimento das normas constantes deste
Capítulo, nos termos do artigo 201.
Art. 159. Mediante convênio autorizado pelo Ministro do Trabalho, poderão ser delegadas a
outros órgãos federais, estaduais ou municipais, atribuições de fiscalização ou orientação às
empresas quanto ao cumprimento das disposições constantes deste Capítulo.
SEÇÃO II
DA INSPEÇÃO PRÉVIA E DO EMBARGO OU INTERDIÇÃO
Art. 160. Nenhum estabelecimento poderá iniciar suas atividades sem prévia inspeção e
aprovação das respectivas instalações pela autoridade regional competente em matéria de
segurança e medicina do trabalho.
§ 1º. Nova inspeção deverá ser feita quando ocorrer modificação substancial nas instalações,
inclusive equipamentos, que a empresa fica obrigada a comunicar, prontamente, à Delegacia
Regional do Trabalho.
Art. 161. O Delegado Regional do Trabalho, à vista do laudo técnico do serviço competente
que demonstre grave e iminente risco para o trabalhador, poderá interditar estabelecimento,
setor de serviço, máquina ou equipamento, ou embargar obra, indicando na decisão, tomada
com a brevidade que a ocorrência exigir, as providências que deverão ser adotadas para
prevenção de infortúnios de trabalho.
26
§ 1º. As autoridades federais, estaduais e municipais darão imediato apoio às medidas
determinadas pelo Delegado Regional do Trabalho.
§ 2º. A interdição ou embargo poderão ser requeridos pelo serviço competente da Delegacia
Regional do Trabalho e, ainda, por agente da inspeção do trabalho ou por entidade sindical.
§ 4º. Responderá por desobediência, além das medidas penais cabíveis, quem, após
determinada a interdição ou embargo, ordenar ou permitir o funcionamento do
estabelecimento ou de um dos seus setores, a utilização de máquina ou equipamento, ou o
prosseguimento de obra, se, em consequência, resultarem danos a terceiros.
SEÇÃO III
DOS ÓRGÃOS DE SEGURANÇA E DE MEDICINA DO TRABALHO NAS EMPRESAS
Art. 162. As empresas, de acordo com normas a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho,
estarão obrigadas a manter serviços especializados em segurança e em medicina do trabalho.
Art. 164. Cada CIPA será composta de representantes da empresa e dos empregados, de
acordo com os critérios que vierem a ser adotados na regulamentação de que trata o
parágrafo único do artigo anterior.
Nota: Ver Súmula nº 676 do STF.
§ 1º. Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles designados.
27
§ 2º. Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio
secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente os
empregados interessados.
§ 3º. O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de 1 (um) ano, permitida uma
reeleição.
§ 4º. O disposto no parágrafo anterior não se aplicará ao membro suplente que, durante o seu
mandato, tenha participado de menos da metade do número de reuniões da CIPA.
Art. 165. Os titulares da representação dos empregados nas CIPAs não poderão sofrer
despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar,
técnico, econômico ou financeiro.
SEÇÃO IV
DO EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Art. 167. O equipamento de proteção só poderá ser posto à venda ou utilizado com a
indicação do Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho.
SEÇÃO V
DAS MEDIDAS PREVENTIVAS DE MEDICINA DO TRABALHO
Art. 168. Será obrigatório exame médico, por conta do empregador, nas condições
estabelecidas neste artigo e nas instruções complementares a serem expedidas pelo
Ministério do Trabalho:
I - na admissão;
II - na demissão;
III - periodicamente.
§ 1º. O Ministério do Trabalho baixará instruções relativas aos casos em que serão exigíveis
exames:
a) por ocasião da demissão;
b) complementares.
§ 2º. Outros exames complementares poderão ser exigidos, a critério médico, para apuração
da capacidade ou aptidão física e mental do empregado para a função que deva exercer.
28
§ 3º. O Ministério do Trabalho estabelecerá, de acordo com o risco da atividade e o tempo de
exposição, a periodicidade dos exames médicos.
§ 5º. O resultado dos exames médicos, inclusive o exame complementar, será comunicado ao
trabalhador, observados os preceitos da ética médica. (Redação dada ao artigo pela Lei nº
7.855, de 24.10.1989)
Art. 169. Será obrigatória a notificação das doenças profissionais e das produzidas em virtude
de condições especiais de trabalho, comprovadas ou objeto de suspeita, de conformidade com
as instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho.
SEÇÃO VI
DAS EDIFICAÇÕES
Art. 170. As edificações deverão obedecer aos requisitos técnicos que garantam perfeita
segurança aos que nelas trabalhem.
Art. 171. Os locais de trabalho deverão ter, no mínimo, 3 (três) metros de pé-direito, assim
considerada a altura livre do piso ao teto
Parágrafo único. Poderá ser reduzido esse mínimo desde que atendidas as condições de
iluminação e conforto térmico compatíveis com a natureza do trabalho, sujeitando-se tal
redução ao controle do órgão competente em matéria de segurança e medicina do trabalho.
Art. 172. Os pisos dos locais de trabalho não deverão apresentar saliências nem depressões
que prejudiquem a circulação de pessoas ou a movimentação de materiais.
Art. 173. As aberturas nos pisos e paredes serão protegidas de forma que impeçam a queda
de pessoas ou de objetos.
Art. 174. As paredes, escadas, rampas de acesso, passarelas, pisos, corredores, coberturas e
passagens dos locais de trabalho deverão obedecer às condições de segurança e de higiene
do trabalho estabelecidas pelo Ministério do Trabalho e manter-se em perfeito estado de
conservação e limpeza.
SEÇÃO VII
DA ILUMINAÇÃO
Art. 175. Em todos os locais de trabalho deverá haver iluminação adequada, natural ou
artificial, apropriada à natureza da atividade.
§ 1º. A iluminação deverá ser uniformemente distribuída, geral e difusa, a fim de evitar
ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos.
SEÇÃO VIII
DO CONFORTO TÉRMICO
Art. 176. Os locais de trabalho deverão ter ventilação natural, compatível com o serviço
realizado.
29
Parágrafo único. A ventilação artificial será obrigatória sempre que a natural não preencha as
condições de conforto térmico.
Art. 178. As condições de conforto térmico dos locais de trabalho devem ser mantidas dentro
dos limites fixados pelo Ministério do Trabalho.
SEÇÃO IX
DAS INTALAÇÕES ELÉTRICAS
Art. 180. Somente profissional qualificado poderá instalar, operar, inspecionar ou reparar
instalações elétricas.
Art. 181. Os que trabalharem em serviços de eletricidade ou instalações elétricas devem estar
familiarizados com os métodos de socorro a acidentados por choque elétrico.
SEÇÃO X
DA MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS
SEÇÃO XI
DAS MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
30
Art. 184. As máquinas e os equipamentos deverão ser dotados de dispositivos de partida e
parada e outros que se fizerem necessários para a prevenção de acidentes do trabalho,
especialmente quanto ao risco de acionamento acidental.
Art. 185. Os reparos, limpeza e ajustes somente poderão ser executados com as máquinas
paradas, salvo se o movimento for indispensável à realização do ajuste.
Art. 186. O Ministério do Trabalho estabelecerá normas adicionais sobre proteção e medidas
de segurança na operação de máquinas e equipamentos, especialmente quanto à proteção
das partes móveis, distância entre estas, vias de acesso às máquinas e equipamentos de
grandes dimensões, emprego de ferramentas, sua adequação e medidas de proteção exigidas
quando motorizadas ou elétricas.
Nota: Ver Lei nº 5.280, de 27.04.1967.
SEÇÃO XII
DAS CALDEIRAS, FORNOS E RECIPIENTES SOB PRESSÃO
Art. 187. As caldeiras, equipamentos e recipientes em geral que operam sob pressão deverão
dispor de válvulas e outros dispositivos de segurança, que evitem seja ultrapassada a pressão
interna de trabalho compatível com a sua resistência.
§ 3º. Os projetos de instalação de caldeiras, fornos e recipientes sob pressão deverão ser
submetidos à aprovação prévia do órgão regional competente em matéria de segurança do
trabalho.
SEÇÃO XIII
DAS ATIVIDADES INSALUBRES OU PERIGOSAS
Art. 189. Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua
natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à
saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do
agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.
Notas:
31
1) Ver Enunciados nºs 47, 70, 80, 137, 139, 151, 162, 192, 289 e 293, do TST.
2) Ver Constituição Federal artigo 7º e XXIII.
Art. 190. O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das atividades e operações insalubres e
adotará normas sobre os critérios de caracterização da insalubridade, os limites de tolerância
aos agentes agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de exposição do empregado a
esses agentes.
Parágrafo único. As normas referidas neste artigo incluirão medidas de proteção do organismo
do trabalhador nas operações que produzem aerodispersóides tóxicos, irritantes, alergênicos
ou incômodos.
I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de
tolerância;
§ 2º. O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja
devido.
Notas:
1) Ver Enunciados nºs 39, 70 e 191, do TST.
2) Ver Constituição Federal artigo 7º e XXIII.
32
§ 1º. É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais interessadas
requererem ao Ministério do Trabalho a realização de perícia em estabelecimento ou setor
deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou delimitar as atividades insalubres ou
perigosas.
§ 2º. Argüida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por empregado, seja por Sindicato
em favor de grupo de associados, o juiz designará perito habilitado na foma deste artigo, e,
onde não houver, requisitará perícia ao órgão competente do Ministério do Trabalho.
§ 3º. O disposto nos parágrafos anteriores não prejudica a ação fiscalizadora do Ministério do
Trabalho, nem a realização ex officio da perícia.
Prática Processual Vinculada
SEÇÃO XIV
DA PREVENÇÃO DA FADIGA
Art. 198. É de 60 kg (sessenta quilogramas) o peso máximo que um empregado pode remover
individualmente, ressalvadas as disposições especiais relativas ao trabalho do menor e da
mulher.
Nota: Ver Convenção OIT nº 182, promulgada pelo Decreto nº 3.597, de 12.09.2000, DOU
13.09.2000, que dispõe sobre a Proibição das Piores Formas de Trabalho Infantil e a Ação
Imediata para sua Eliminação.
Parágrafo único. Não está compreendida na proibição deste artigo a remoção de material feita
por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, carros de mão ou quaisquer outros
aparelhos mecânicos, podendo o Ministério do Trabalho, em tais casos, fixar limites diversos,
que evitem sejam exigidos do empregado serviços superiores às suas forças.
Art. 199. Será obrigatória a colocação de assentos que assegurem postura correta ao
trabalhador, capazes de evitar posições incômodas ou forçadas, sempre que a execução da
tarefa exija que trabalhe sentado.
Parágrafo único. Quando o trabalho deva ser executado de pé, os empregados terão à sua
disposição assentos para serem utilizados nas pausas que o serviço permitir.
SEÇÃO XV
DAS OUTRAS MEDIDAS ESPECIAIS DE PROTEÇÃO
33
Art. 200. Cabe ao Ministério do Trabalho estabelecer disposições complementares às normas
de que trata este Capítulo, tendo em vista as peculiaridades de cada atividade ou setor de
trabalho, especialmente sobre:
V - proteção contra insolação, calor, frio, umidade e ventos, sobretudo no trabalho a céu
aberto com provisão, quanto a este, de água potável, alojamento e profilaxia de endemias;
VII - higiene nos locais de trabalho, com discriminação das exigências, instalações sanitárias,
com separação de sexos, chuveiros, lavatórios, vestiários e armários individuais, refeitórios ou
condições de conforto por ocasião das refeições, fornecimento de água potável, condições de
limpeza dos locais de trabalho e modo de sua execução, tratamento de resíduos industriais;
VIII - emprego das cores nos locais de trabalho, inclusive nas sinalizações de perigo.
Parágrafo único. Tratando-se de radiações ionizantes e explosivos, as normas a que se refere
este artigo serão expedidas de acordo com as resoluções a respeito adotadas pelo órgão
técnico.
SEÇÃO XVI
DAS PENALIDADES
Art. 201. As infrações ao disposto neste Capítulo relativas à medicina do trabalho serão
punidas com multa de 30 (trinta) a 300 (trezentas) vezes o valor-de-referência previsto no
artigo 2º, parágrafo único, da Lei nº 6.205, de 29 de abril de 1975, e as concernentes à
segurança do trabalho com multa de 50 (cinqüenta) a 500 (quinhentas) vezes o mesmo valor.
34
Art. 203. (Revogado pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977 - DOU 23.12.1977)
Art. 204. (Revogado pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977 - DOU 23.12.1977)
Art. 205. (Revogado pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977 - DOU 23.12.1977)
Art. 206. (Revogado pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977 - DOU 23.12.1977)
Art. 207. (Revogado pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977 - DOU 23.12.1977)
Art. 208. (Revogado pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977 - DOU 23.12.1977)
Art. 209. (Revogado pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977 - DOU 23.12.1977)
Art. 210. (Revogado pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977 - DOU 23.12.1977)
Art. 211. (Revogado pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977 - DOU 23.12.1977)
Art. 212. (Revogado pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977 - DOU 23.12.1977)
Art. 213. (Revogado pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977 - DOU 23.12.1977)
Art. 214. (Revogado pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977 - DOU 23.12.1977)
Art. 215. (Revogado pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977 - DOU 23.12.1977)
Art. 216. (Revogado pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977 - DOU 23.12.1977)
Art. 217. (Revogado pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977 - DOU 23.12.1977)
Art. 218. (Revogado pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977 - DOU 23.12.1977)
Art. 219. (Revogado pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977 - DOU 23.12.1977)
Art. 220. (Revogado pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977 - DOU 23.12.1977)
Art. 221. (Revogado pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977 - DOU 23.12.1977)
Art. 222. (Revogado pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977 - DOU 23.12.1977)
Art. 223. (Revogado pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977 - DOU 23.12.1977)
TÍTULO III
DAS NORMAS ESPECIAIS DE TUTELA DO TRABALHO
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES ESPECIAIS SOBRE DURAÇÃO E CONDIÇÕES DE TRABALHO
SEÇÃO I
DOS BANCÁRIOS
Notas:
1) Conforme art. 8º da Lei nº 10.556, de 13.11.2002, DOU 14.11.2002, o disposto nesta Seção
não se aplica aos empregados da Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP.
2) Ver, relativamente a esta Seção, os Enunciados nºs 55, 59, 93, 102, 109, 113, 117, 119,
124, 166, 175, 199, 204, 226, 232, 233, 234, 237, 238, 239, 240, 247 e 267 do TST.
Art. 224. A duração normal do trabalho dos empregados em bancos, casas bancárias e Caixa
Econômica Federal será de 6 (seis) horas contínuas nos dias úteis, com exceção dos
sábados, perfazendo um total de 30 (trinta) horas de trabalho por semana. (Redação dada
pela Lei nº 7.430, de 17.12.1985)
§ 1º. A duração normal do trabalho estabelecida neste artigo ficará compreendida entre sete e
vinte e duas horas, assegurando-se ao empregado, no horário diário, um intervalo de quinze
minutos para alimentação. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
§ 2º. As disposições deste artigo não se aplicam aos que exercem funções de direção,
gerência, fiscalização, chefia e equivalentes, ou que desempenhem outros cargos de
confiança, desde que o valor da gratificação não seja inferior a um terço do salário do cargo
efetivo. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 754, de 11.08.1969)
Nota: Ver Decreto-Lei 546/69.
Art. 225. A duração normal de trabalho dos bancários poderá ser excepcionalmente
prorrogada até oito horas diárias, não excedendo de quarenta horas semanais, observados os
preceitos gerais sobre duração do trabalho. (Redação dada pela Lei nº 6.637, de 08.05.1979)
35
Nota: Ver Enunciados nºs 55, 102, 109, 113, 119, 124, 204, 232, 233, 234, 238, 239, 240, 247,
250, 267 e 287, do TST.
Art. 226. O regime especial de 6 (seis) horas de trabalho também se aplica aos empregados
de portaria e de limpeza, tais como porteiros, telefonistas de mesa, contínuos e serventes,
empregados em bancos e casas bancárias.
SEÇÃO II
DOS EMPREGADOS NOS SERVIÇOS DE TELEFONIA, DE TELEGRAFIA SUBMARINA E
SUBFLUVIAL, DE RADIOTELEGRAFIA E RADIOTELEFONIA
Art. 227. Nas empresas que explorem o serviço de telefonia, telegrafia submarina ou
subfluvial, de radiotelegrafia ou de radiotelefonia, fica estabelecida para os respectivos
operadores a duração máxima de seis horas contínuas de trabalho por dia ou trinta e seis
horas semanais. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 6.353, de 20.03.1944)
Nota: Ver Enunciado nº 178, do TST.
§ 2º. O trabalho aos domingos, feriados e dias santos de guarda será considerado
extraordinário e obedecerá, quanto à sua execução e remuneração, ao que dispuserem
empregadores e empregados em acordo, ou os respectivos sindicatos em convenção coletiva
de trabalho. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 6.353, de 20.03.1944)
Art. 228. Os operadores não poderão trabalhar, de modo ininterrupto, na transmissão manual,
bem como na recepção visual, auditiva, com escrita manual ou datilográfica, quando a
velocidade for superior a vinte e cinco palavras por minuto.
Art. 229. Para os empregados sujeitos a horários variáveis, fica estabelecida a duração
máxima de sete horas diárias de trabalho e dezessete horas de folga, deduzindo-se desse
tempo vinte minutos para descanço, de cada um dos empregados, sempre que se verificar um
esforço contínuo de mais de três horas.
§ 1º. São considerados empregados sujeitos a horários variáveis, além dos operadores, cujas
funções exijam classificação distinta, os que pertençam a seções de técnica, telefones,
revisão, expedição, entrega e balcão. (Redação dada ao parágrafo pelo Decreto-Lei nº 6.353,
de 20.03.1944)
§ 2º. Quanto à execução e remuneração aos domingos, feriados e dias santos de guarda e às
prorrogações de expediente, o trabalho dos empregados a que se refere o parágrafo anterior
será regido pelo que se contém no § 1º do artigo 227 desta Seção. (Redação dada ao
parágrafo pelo Decreto-Lei nº 6.353, de 20.03.1944)
Art. 230. A direção das empresas deverá organizar as turmas de empregados, para a
execução dos seus serviços, de maneira que prevaleça sempre o revezamento entre os que
exercem a mesma função, quer em escalas diurnas, quer em noturnas.
36
§ 1º. Aos empregados que exerçam a mesma função será permitido, entre si, a troca de
turmas, desde que isso não importe em prejuízo dos serviços, cujo chefe ou encarregado
resolverá sobre a oportunidade ou possibilidade dessa medida, dentro das prescrições desta
Seção.
§ 2º. As empresas não poderão organizar horários que obriguem os empregados a fazer a
refeição do almoço antes das 10 e depois das 13 horas e a de jantar antes das 16 e depois
das 19:30 horas.
Art. 231. As disposições desta Seção não abrangem o trabalho dos operadores de
radiotelegrafia embarcados em navios ou aeronaves.
SEÇÃO III
DOS MÚSICOS PROFISSIONAIS
Art. 232. (Revogado pela Lei nº 3.857, de 22.12.1960, que regulamentou a profissão de
músico)
Art. 233. (Revogado pela Lei nº 3.857, de 22.12.1960, que regulamentou a profissão de
músico)
SEÇÃO IV
DOS OPERADORES CINEMATOGRAFICOS
Art. 234. A duração normal do trabalho dos operadores cinematográficos e seus ajudantes não
excederá de seis horas diárias, assim distribuídas: (Redação dada ao caput pelo Decreto-Lei
nº 6.353, de 20.03.1944)
b) um período suplementar até o máximo de uma hora, para limpeza, lubrificação dos
aparelhos de projeção ou revisão de filmes.
Parágrafo único. Mediante remuneração adicional de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o
salário da hora normal e observado um intervalo de duas horas para folga, entre o período a
que se refere a alínea "b" deste artigo e o trabalho em cabina de que trata a alínea "a", poderá
o trabalho dos operadores cinematográficos e seus ajudantes ter a duração prorrogada por
duas horas diárias, para exibições extraordinárias.
Art. 235. Nos estabelecimentos cujo funcionamento normal seja noturno, será facultado aos
operadores cinematográficos e seus ajudantes, mediante acordo ou contrato coletivo de
trabalho e com acréscimo de 50% (cinqüenta por cento) sobre o salário da hora normal,
executar o trabalho em sessões diurnas extraordinárias e, cumulativamente, nas noturnas,
desde que isso se verifique até três vezes por semana e entre as sessões diurnas e noturnas
haja o intervalo de uma hora, no mínimo, de descanso.
Nota: O percentual constante no "caput" foi alterado pela Constituição Federal de 1988, artigo
7º, XVI.
§ 1º. A duração de trabalho cumulativo a que alude o presente artigo não poderá exceder de
dez horas.
SEÇÃO V
DO SERVIÇO FERROVIÁRIO
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Art. 236. No serviço ferroviário - considerado este o de transporte em estradas de ferro abertas
ao tráfego público, compreendendo a administração, construção, conservação e remoção das
vias férreas e seus edifícios, obras de arte, material rodante, instalações complementares e
acessórias, bem como o serviço do tráfego, de telegrafia, telefonia e funcionamento de todas
as instalações ferroviárias - aplicam-se os preceitos especiais constantes desta Seção.
Nota: Ver, relativamente a esta Seção, os Enunciados nºs 52, 61, 66, 67, 79, 106, 116 e 229
do TST.
Art. 237. O pessoal a que se refere o artigo antecedente fica dividido nas seguintes categorias:
Art. 238. Será computado como de trabalho efetivo todo o tempo em que o empregado estiver
à disposição da Estrada.
§ 1º. Nos serviços efetuados pelo pessoal da categoria "c", não será considerado como de
trabalho efetivo o tempo gasto em viagens do local ou para o local de terminação e início dos
mesmos serviços.
§ 2º. Ao pessoal removido ou comissionado fora da sede será contado como de trabalho
normal e efetivo o tempo gasto em viagens, sem direito à percepção de horas extraordinárias.
§ 3º. No caso das turmas de conservação da via permanente, o tempo efetivo do trabalho será
contado desde a hora da saída da casa da turma até a hora em que cessar o serviço em
qualquer ponto compreendido dentro dos limites da respectiva turma. Quando o empregado
trabalhar fora dos limites da sua turma, ser-lhe-á também computado como de trabalho efetivo
o tempo gasto no percurso da volta a esses limites.
§ 4º. Para o pessoal da equipagem de trens, só será considerado esse trabalho efetivo, depois
de chegado ao destino, o tempo em que o ferroviário estiver ocupado ou retido à disposição
da Estrada. Quando, entre dois períodos de trabalho, não mediar intervalo superior a uma
hora, será esse intervalo computado como de trabalho efetivo.
§ 5º. O tempo concedido para refeição não se computa como de trabalho efetivo, senão para o
pessoal da categoria "c", quando as refeições forem tomadas em viagem ou nas estações
durante as paradas. Esse tempo não será inferior a uma hora, exceto para o pessoal da
referida categoria em serviço de trens.
38
excedente a esse limite. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 3.970, de 13.10.1961, e
restabelecida pelo artigo 36 do Decreto-Lei nº 5, de 04.04.1966)
Art. 239. Para o pessoal da categoria "c" a prorrogação do trabalho independe de acordo ou
convenção coletiva, não podendo, entretanto, exceder de doze horas, pelo que as empresas
organizarão, sempre que possível, os serviços de equipagens de trens com destacamentos
nos trechos das linhas de modo a ser observada a duração normal de oito horas de trabalho.
§ 1º. Para o pessoal sujeito ao regime do presente artigo, depois de cada jornada de trabalho,
haverá um repouso de dez horas contínuas, no mínimo, observando-se, outrossim, o
descanso semanal.
§ 2º. Para o pessoal da equipagem de trens, a que se refere o presente artigo, quando a
empresa não fornecer alimentação, em viagem, e hospedagem, no destino, concederá uma
ajuda de custo para atender a tais despesas.
§ 3º. As escalas do pessoal abrangido pelo presente artigo serão organizadas de modo que
não caiba a qualquer empregado, quinzenalmente, um total de horas de serviço noturno
superior às de serviço diurno.
§ 4º. Os períodos de trabalho do pessoal a que alude o presente artigo serão registrados em
cadernetas especiais, que ficarão sempre em poder do empregado, de acordo com o modelo
aprovado pelo Ministro do Trabalho.
Nota: Ver Portaria MTE nº 556, de 16.04.2003, DOU 22.04.2003, que faculta a adoção de
sistema eletrônico para o controle de jornada do pessoal pertencente à categoria “C”, a que se
refere este artigo.
Art. 241. As horas excedentes das do horário normal de oito horas serão pagas como serviço
extraordinário na seguinte base: as duas primeiras com o acréscimo de 50% (cinqüenta por
cento) sobre o salário-hora normal; as duas subsequentes com um adicional de 50%
(cinqüenta por cento) e as restantes com um adicional de 75% (setenta e cinco por cento).
Parágrafo único. Para o pessoal da categoria "c", a primeira hora será majorada de 50%
(cinqüenta por cento), a segunda hora será paga com o acréscimo de 50% (cinqüenta por
cento) e as duas subsequentes com o de 60% (sessenta por cento), salvo caso de negligência
comprovada.
Nota: O percentual constante no "caput" foi alterado pela Constituição Federal de 1988, artigo
7º e XVI.
Art. 242. As frações de meia hora superiores a dez minutos serão computadas como meia
hora.
Art. 243. Para os empregados de estações do interior, cujo serviço for de natureza intermitente
ou de pouca intensidade, não se aplicam os preceitos gerais sobre duração do trabalho,
sendo-lhes, entretanto, assegurado o repouso contínuo de dez horas, no mínimo, entre dois
períodos de trabalho e descanso semanal.
Nota: Ver Enunciados nºs 61, 66, 67, 75, 79, 106 e 116 do TST.
39
Art. 244. As estradas de ferro poderão ter empregados extranumerários, de sobreaviso e de
prontidão, para executarem serviços imprevistos ou para substituições de outros empregados
que faltem à escala organizada.
§ 1º. Considera-se "extranumerário" o empregado não efetivo, candidato à efetivação, que se
apresentar normalmente ao serviço, embora só trabalhe quando for necessário. O
extranumerário só receberá os dias de trabalho efetivo.
Art. 245. O horário normal de trabalho dos cabineiros nas estações de tráfego intenso não
excederá de oito horas e deverá ser dividido em dois turnos com intervalo não inferior a uma
hora de repouso, não podendo nenhum turno ter duração superior a cinco horas, com um
período de descanso entre duas jornadas de trabalho de quatorze horas consecutivas.
Art. 246. O horário de trabalho dos operadores telegrafistas nas estações de tráfego intenso
não excederá de 6 (seis) horas diárias.
Art. 247. As estações principais, estações de tráfego intenso e estações do interior serão
classificadas para cada empresa pelo Departamento Nacional de Estradas de Ferro.
SEÇÃO VI
DAS EQUIPAGENS DAS EMBARCAÇÕES DA MARINHA MERCANTE NACIONAL, DE
NAVEGAÇÃO FLUVIAL E LACUSTRE, DO TRÁFEGO NOS PORTOS E DA PESCA
Art. 248. Entre as horas 0 e 24 de cada dia civil, o tripulante poderá ser conservado em seu
posto durante oito horas, quer de modo contínuo, quer de modo intermitente.
Prática Processual Vinculada
§ 2º. Os serviços de quarto nas máquinas, passadiço, vigilância e outros que, consoante
parecer médico, possam prejudicar a saúde do tripulante, serão executados por períodos não
maiores e com intervalos não menores de quatro horas.
40
Art. 249. Todo o tempo de serviço efetivo, excedente de oito horas, ocupado na forma do
artigo anterior, será considerado de trabalho extraordinário, sujeito à compensação a que se
refere o artigo 250, exceto se se tratar de trabalho executado:
c) por motivo de manobras ou fainas gerais que reclamem a presença, em seus postos, de
todo o pessoal de bordo;
§ 1º. O trabalho executado aos domingos e feriados será considerado extraordinário, salvo se
se destinar:
§ 2º. Não excederá de 30 (trinta) horas semanais o serviço extraordinário prestado para o
tráfego nos portos.
Art. 251. Em cada embarcação haverá um livro em que serão anotadas as horas
extraordinárias de trabalho de cada tripulante, e outro, do qual constarão, devidamente
circunstanciadas, as transgressões dos mesmos tripulantes.
Parágrafo único. Os livros de que trata este artigo obedecerão a modelos organizados pelo
Ministério do Trabalho, serão escriturados em dia pelo comandante da embarcação e ficam
sujeitos às formalidades instituídas para os livros de registro de empregados em geral.
Art. 252. Qualquer tripulante que se julgue prejudicado por ordem emanada de superior
hierárquico poderá interpor recurso, em termos, perante a Delegacia do Trabalho Marítimo,
por intermédio do respectivo comandante, o qual deverá encaminhá-lo com a respectiva
informação dentro de cinco dias, contados de sua chegada ao porto.
SEÇÃO VII
DOS SERVIÇOS FRIGORÍFICOS
41
Art. 253. Para os empregados que trabalham no interior das câmaras frigoríficas e para os que
movimentam mercadorias do ambiente quente ou normal para o frio e vice-versa, depois de
uma hora e quarenta minutos de trabalho contínuo será assegurado um período de vinte
minutos de repouso, computado esse intervalo como de trabalho efetivo.
Parágrafo único. Considera-se artificialmente frio, para os fins do presente artigo, o que for
inferior, na primeira, segunda e terceira zonas climáticas do mapa oficial do Ministério do
Trabalho, a 15º (quinze graus), na quarta zona, a 12º (doze graus), e nas quinta, sexta e
sétima zonas a 10º (dez graus).
SEÇÃO VIII
DOS SERVIÇOS DE ESTIVA
§ 1º. Quando as operações do carregamento ou descarga forem feitas dos cais e pontos de
cabotagem para bordo, ou de bordo para essas construções portuárias, a estiva começa ou
termina no convés da embarcação atracada, onde termina ou se inicia o serviço de capatazia.
§ 2º. Nos portos que, pelo respectivo sistema de construções, não podem dispor de
aparelhamento próprio para as operações de embarque de mercadorias, feitas integralmente
com o aparelhamento de bordo e, bem assim, no caso de navios do tipo fluvial, sem
aparelhamento próprio para tais operações, e que não permitem, por sua construção, o
emprego de aparelhamento dos cais ou pontos de acostagem, o serviço de estiva, de que
trata o parágrafo anterior, compreende mais a entrega ou recebimento das mercadorias pelos
operários estivadores aos trabalhadores que movimentam as cargas em terra ou vice-versa.
§ 3º. Quando as operações referidas no § 1º forem feitas de embarcações ao costado, ou para
essas embarcações, o serviço da estiva abrange todas as operações, inclusive a arrumação
das mercadorias naquelas embarcações, podendo compreender, ainda, o transporte de ou
para o local do carregamento ou de descarga dessas mercadorias, e de ou para terra. (Artigo
revogado pela Lei nº 8.630, de 25.02.1993)"
42
b) a que se efetua nas embarcações auxiliares, alvarengas ou saveiros.
§ 2º. A execução do serviço de estiva, nos portos nacionais, competirá a entidades estivadoras
de qualquer das seguintes categorias:
a) administração dos portos organizados;
b) caixa portuária prevista no artigo 256, somente para os portos não organizados;
c) armadores diretamente ou por intermédio de seus agentes.
43
retirada das mercadorias, relativamente às condições de segurança das referidas
embarcações, quer no porto, quer em viagem. (Artigo revogado pela Lei nº 8.630, de
25.02.1993)"
44
horas, na Caixa Econômica, ou na Agência ou nas mãos do representante do Banco do Brasil
à ordem do delegado do Trabalho Marítimo.
§ 2º. Dirimida a dúvida, será pela Delegacia do Trabalho Marítimo levantada a soma
depositada e entregue a quem de direito a parte que lhe couber.
§ 3º. A pedido, por escrito, do respectivo sindicato, o delegado do Trabalho Marítimo
suspenderá, até quitação, o exercício da atividade da entidade estivadora que esteja em
débito comprovado para com os operários.
§ 4º. O trabalho à noite e aos domingos e feriados será considerado extraordinário e, como tal,
pago com um acréscimo de 25% (vinte e cinco por cento) sobre as taxas ou salários
constantes das tabelas aprovadas. (Artigo revogado pela Lei nº 8.630, de 25.02.1993)"
Art. 263. (Revogado pela Lei nº 8.630, de 25.02.1993)
Nota: Assim dispunha o artigo revogado:
"Art. 263. Os armadores responderão, solidariamente com seus agentes, pelas somas por
estes devidas aos operários estivadores. (Artigo revogado pela Lei nº 8.630, de 25.02.1993)"
45
§ 3º. Nas embarcações auxiliares em que a estiva for feita pelos próprios tripulantes o serviço
será dirigido pelo patrão da embarcação, o qual, no caso de ter direito à remuneração por
unidade, perceberá o número de quotas previsto para o contramestre. (Artigo revogado pela
Lei nº 8.630, de 25.02.1993)"
Art. 266. (Revogado pela Lei nº 8.630, de 25.02.1993)
Nota: Assim dispunha o artigo revogado:
"Art. 266. Somente terão direito a perceber proventos pelo serviço de mão-de-obra de estiva
os operários estivadores e os contramestres que estiverem em trabalho efetivo a bordo de
embarcações, ou nos casos expressamente previstos nesta lei.
§ 1º. Sendo os serviços executados por operários sindicalizados, organizarão os respectivos
sindicatos o rodízio de operários, para que o trabalho caiba, equitativamente, a todos.
§ 2º. Os contramestres gerais e contramestres de porões serão distribuídos pelo rodízio do
sindicato, nos termos do parágrafo anterior, e remunerados pelas entidades estivadoras.
(Parágrafo acrescentado pela Lei nº 2.872, de 18.09.1956) (Artigo revogado pela Lei nº
8.630/93)"
46
entidade estivadora uma via ao Sindicato dos Estivadores ou dos Trabalhadores em Estiva de
Minérios da localidade.
§ 1º. Na determinação dos valores das taxas a que se refere este artigo, serão tomados em
consideração, para cada porto, os valores das taxas de capatazias que nele estiverem em
vigor e, onde não as houver, os valores das do porto mais próximo.
§ 2º. Além das taxas previstas nas tabelas de que trata o artigo 35 do Decreto-Lei nº 2.032, de
23 de fevereiro de 1940, poderão ser incluídas outras, depois de aprovadas pela autoridade
competente, para bem atender às condições peculiares a cada porto.
§ 3º. A estiva ou desestiva das embarcações, executada pelas próprias tripulações, poderá ser
remunerada por unidade ou por salário, consoante a praxe adotada em cada região.
§ 4º. As tabelas aprovadas para cada porto deverão mencionar o regime ou regimes adotados
na remuneração do serviço. (Artigo revogado pela Lei nº 8.630, de 25.02.1993)"
47
"Art. 275. Quando a quantidade de mercadorias a manipular for tão pequena que não
assegure, para cada operário estivador, o provento de meio dia, ao menos, de salário, os
operários engajados perceberão a remuneração correspondente a meio dia de salário.
Parágrafo único. Se o trabalho a que se refere este artigo exceder, em duração, a meio dia de
trabalho, e, em quantidade, a 30 toneladas, os operários perceberão a remuneração de um dia
de trabalho. (Artigo revogado pela Lei nº 8.630, de 25.02.1993)"
48
6) zelar pela boa conservação dos utensílios empregados no serviço;
7) manter, no local de serviço, um ambiente propício ao trabalho, pelo silêncio, respeito,
correção e higiene;
8) não andar armado, não fumar no recinto do trabalho, nem fazer uso de álcool durante o
serviço;
9) trazer o distintivo de que cogita o artigo 269;
10) não se ausentar do trabalho sem prévia autorização dos seus superiores."
SEÇÃO IX
DOS SERVIÇOS DE CAPATAZIAS NOS PORTOS
49
c) abertura dos volumes e manipulação das mercadorias para a conferência aduaneira,
inclusive o reacondicionamento, no caso da mercadoria importada do estrangeiro;
d) o desempilhamento, transporte e entrega das mercadorias nas portas ou portões dos
armazéns, alpendres ou pátios, onde tiverem sido depositadas ou junto dos vagões em que
tenham de ser carregadas, nas linhas do porto.
II - com relação à exportação:
a) o recebimento das mercadorias nas portas ou portões dos armazéns, alpendres ou pátios
da faixa interna do cais designada pela administração do porto, junto a vagões que as tenham
transportado nas linhas do mesmo porto, até essa faixa interna do cais;
b) transporte das mercadorias desde o local do seu recebimento até junto da embarcação em
que tiverem de ser carregadas;
c) o carregamento das mercadorias, desde o cais, até o convés da embarcação.
III - com relação ao serviço:
a) quando não houver o pessoal da administração a que se refere o parágrafo único, o serviço
enunciado nos itens I e II poderá ser contratado com o Sindicatos dos Trabalhadores na
Movimentação de Mercadorias;
b) os trabalhadores do atual Sindicato dos Trabalhadores no Comércio Armazenador passam
a denominar-se "arrumadores", adaptando-se a esta nova designação o nome do sindicato;
c) ao sindicato definido na letra "b" anterior compete:
1) contratar os serviços definidos no artigo 285 da Consolidação das Leis do Trabalho, com a
Administração do Porto, quando não houver pessoal próprio, de porto organizado;
2) exercer a atividade definida no citado artigo 285, itens I e II e respectivas alíneas, nos
portos não organizados e nos armazéns, depósitos, trapiches, veículos de tração animal ou
mecânica, vagões etc., em quaisquer locais em que as mercadorias tenham sido recebidas,
entregues, arrumadas ou beneficiadas, e, bem assim, lingar ou deslingar as que necessitarem
de auxílio de guindastes ou de outros aparelhos mecânicos, nas empresas, firmas, sociedades
ou companhias particulares;
d) consideram-se serviços acessórios da mesma atividade profissional:
1) o beneficiamento das mercadorias que dependem de despejo, escolha, reembarque,
costura etc.;
2) empilhação, desempilhação, remoção e arrumação das mercadorias;
e) o exercício da profissão dos trabalhadores definidos neste item III será fiscalizado pela
Delegacia do Trabalho Marítimo, onde houver, e pela Secretaria de Relações do Trabalho do
Ministério do Trabalho;
f) aplica-se à mão-de-obra dos trabalhos no movimento de mercadorias o disposto na Seção
IX do Título III da Consolidação das Leis do Trabalho. (Inciso III acrescentado pela Lei nº
2.196, de 01.04.1954)."
50
Parágrafo único. Quando condições especiais do serviço exigirem o aumento do número de
trabalhadores fixados para compor as turmas, este aumento será feito a critério das
administrações dos portos e a sua remuneração será idêntica à que couber aos trabalhadores
componentes normais das turmas. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 6.353, de 20.03.1944)"
Art. 288. (Revogado pela Lei nº 8.630, de 25.02.1993)
Nota: Assim dispunha o artigo revogado:
"Art. 288. As taxas aprovadas para retribuir a mão-de-obra serão aplicadas à quantidade de
mercadoria movimentada por cada turma e o produto será dividido na razão de uma quota
para cada trabalhador, uma para cada motorista interno do armazém, uma e meia para o
feitor, uma e um quarto para o ajudante do feitor, uma e meia para cada motorista do
guindaste do cais, uma e meia para cada conferente.
§ 1º. Estas quotas poderão ser modificadas de sorte a melhor se adaptarem à composição dos
ternos ou turmas, ora vigente nos portos.
§ 2º. Quando o serviço de capatazias não começar na hora para que tenham sido escalados
os operários, ou quando for interrompido por motivo de chuvas ou, ainda, quando obrigar a
espera e delongas, devidas à agitação das águas, os operários escalados perceberão pelo
tempo de paralisação ou de espera a metade dos salários que estiverem em vigor.
§ 3º. Quando o serviço de capatazias não começar à hora ou for paralisado por mais de 20
minutos consecutivos, por falta estranha aos operários e da responsabilidade de terceiros, os
operários escalados perceberão o tempo em que ficarem paralisados, na base dos salários
vigentes, cabendo às administrações dos portos, se não forem elas as responsáveis, o direito
de cobrar a quantia paga pela inatividade à entidade que motivar a paralisação.
§ 4º. Quando a quantidade de mercadorias a manipular por uma turma for tão pequena que
não assegure, para cada um dos operários e empregados escalados, o provento de meio dia
de salário, ao menos, os operários e empregados perceberão a remuneração correspondente
ao meio dia do salário vigente.
§ 5º. Se o trabalho a que se refere o parágrafo anterior exceder em duração a meio dia de
trabalho e, em quantidade, a 30 toneladas, os operários perceberão a remuneração por
salário, correspondente ao número de horas da efetiva duração do serviço.
§ 6º. Os operários mensalistas e os diaristas que, à data do Decreto-Lei nº 3.844, de 20 de
novembro de 1941, tinham direito a determinada remuneração mínima mensal, continuarão
com este direito assegurado e, sempre que no decurso do mês perceberem remuneração por
unidade inferior à remuneração mínima anteriormente assegurada, deverão ser pagos da
diferença pelos concessionários do porto."
51
dois turnos de quatro horas, separados pelo intervalo de uma a uma e meia hora, para
refeição e repouso.
§ 1º. O concessionário do porto poderá prorrogar os turnos de trabalho por duas horas,
remunerando o trabalho pelas taxas ou salários constantes das tabelas aprovadas, com um
acréscimo de 20% para cada hora suplementar.
§ 2º. Para ultimar a carga ou descarga dos grandes paquetes ou dos navios que estejam na
iminência de perder a maré, e para não interromper o trabalho dos navios frigoríficos, o
concessionário do porto poderá executar o serviço de capatazias durante as horas destinadas
às refeições dos operários, pagando-lhes, porém, como suplemento de remuneração, o dobro
do salário correspondente à duração da refeição.
§ 3º. O trabalho à noite e aos domingos e feriados será considerado extraordinário e, como tal,
pago com um acréscimo de 25% sobre o salário mensal."
SEÇÃO X
DO TRABALHO EM MINAS DE SUBSOLO
Art. 293. A duração normal do trabalho efetivo para os empregados em minas do subsolo não
excederá de seis horas diárias ou de trinta e seis semanais.
Art. 294. O tempo despendido pelo empregado da boca da mina ao local do trabalho e vice-
versa será computado para o efeito de pagamento do salário.
Art. 295. A duração normal do trabalho efetivo no subsolo poderá ser elevada até oito horas
diárias ou quarenta e oito semanais, mediante acordo escrito entre empregado e empregador
ou convenção coletiva de trabalho, sujeita essa prorrogação à prévia licença da autoridade
competente em matéria de medicina do trabalho.
Parágrafo único. A duração normal do trabalho efetivo no subsolo poderá ser inferior a seis
horas diárias, por determinação da autoridade de que trata este artigo, tendo em vista
condições locais de insalubridade e os métodos e processos do trabalho adotado.
Art. 296. A remuneração da hora prorrogada será no mínimo 25% superior à da hora normal e
deverá constar do acordo ou convenção coletiva de trabalho.
Art. 297. Ao empregado no subsolo será fornecida pelas empresas exploradoras de minas
alimentação adequada à natureza do trabalho, de acordo com as instruções estabelecidas
pela Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho, e aprovadas pelo Ministro do Trabalho.
Nota: Ver Lei nº 11.346, de 15.09.2006, DOU 18.09.2006, que cria o Sistema Nacional de
Segurança Alimentar e Nutricional - SISAN com vistas em assegurar o direito humano à
alimentação adequada.
Art. 298. Em cada período de três horas consecutivas de trabalho, será obrigatória uma pausa
de quinze minutos para repouso, a qual será computada na duração normal de trabalho
efetivo.
Art. 299. Quando nos trabalhos de subsolo ocorrer acontecimentos que possam comprometer
a vida ou saúde do empregado, deverá a empresa comunicar o fato imediatamente à
autoridade regional do trabalho, do Ministério do Trabalho.
52
Art. 300. Sempre que, por motivo de saúde, for necessária a transferência do empregado, a
juízo da autoridade competente em matéria de segurança e medicina do trabalho, dos serviços
no subsolo para os de superfície, é a empresa obrigada a realizar essa transferência,
assegurando ao transferido a remuneração atribuída ao trabalhador de superfície em serviço
equivalente, respeitada a capacidade profissional do interessado. (Redação dada ao caput
pela Lei nº 2.924, de 21.10.1956)
Art. 301. O trabalho no subsolo somente será permitido a homens, com idade compreendida
entre vinte e um e cinqüenta anos, assegurada a transferência para a superfície nos termos
previstos no artigo anterior.
SEÇÃO XI
DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS
Art. 302. Os dispositivos da presente Seção se aplicam aos que nas empresas jornalísticas
prestem serviços como jornalistas, revisores, fotógrafos, ou na ilustração, com as exceções
nele previstas.
§ 1º. Entende-se como jornalista o trabalhador intelectual cuja função se estende desde a
busca de informações até a redação de notícias e artigos e à organização, orientação e
direção desse trabalho.
§ 2º. Consideram-se empresas jornalísticas, para os fins desta Seção, aquelas que têm a seu
cargo a edição de jornais, revistas, boletins e periódicos, ou a distribuição de noticiário, e,
ainda, a radiodifusão em suas seções destinadas à transmissão de notícias e comentários.
Nota: Ver Constituição Federal artigos 5º e 220 a 222.
Art. 303. A duração normal do trabalho dos empregados compreendidos nesta Seção não
deverá exceder de cinco horas, tanto de dia como à noite.
Art. 304. Poderá a duração normal do trabalho ser elevada a sete horas, mediante acordo
escrito, em que se estipule aumento de ordenado, correspondente ao excesso do tempo de
trabalho, e em que se fixe um intervalo destinado a repouso ou a refeição.
Parágrafo único. Para atender a motivos de força maior, poderá o empregado prestar serviços
para mais tempo do que aquele permitido nesta Seção. Em tais casos, porém, o excesso deve
ser comunicado às Delegacias Regionais do Ministério do Trabalho, dentro de cinco dias, com
a indicação expressa dos seus motivos.
Art. 305. As horas de serviço extraordinário, quer as prestadas em virtude de acordo, quer as
que derivam das causas previstas no parágrafo único do artigo anterior, não poderão ser
remuneradas com quantia inferior à que resulta do quociente da divisão da importância do
salário mensal por 150 (cento e cinqüenta), para os mensalistas, e do salário diário por 5
(cinco) para os diaristas, acrescido de, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento).
Art. 306. Os dispositivos dos artigos 303, 304 e 305 não se aplicam àqueles que exercem as
funções de redator-chefe, secretário, subsecretário, chefe e subchefe de revisão, chefe de
oficina, de ilustração e chefe de portaria.
Parágrafo único. Não se aplicam, do mesmo modo, os artigos acima referidos aos que se
ocuparem unicamente em serviços externos.
53
Art. 307. A cada seis dias de trabalho efetivo corresponderá um dia de descanso obrigatório,
que coincidirá com o domingo, salvo acordo escrito em contrário, no qual será expressamente
estipulado o dia em que se deve verificar o descanso.
Art. 308. Em seguida a cada período diário de trabalho haverá um intervalo mínimo de dez
horas, destinado ao repouso.
Art. 309. Será computado como de trabalho efetivo o tempo em que o empregado estiver à
disposição do empregador.
Art. 315. O Governo Federal, de acordo com os governos estaduais, promoverá a criação de
escolas de preparação ao jornalismo, destinadas à formação dos profissionais da imprensa.
SEÇÃO XII
DOS PROFESSORES
Art. 317. O exercício remunerado do magistério, em estabelecimentos particulares de ensino,
exigirá apenas habilitação legal e registro no Ministério da Educação. (Redação dada pela Lei
nº 7.855, de 24.10.1989)
Nota: Ver Constituição Federal artigo 37, XVI e XVII.
Art. 318. Num mesmo estabelecimento de ensino não poderá o professor dar, por dia, mais de
quatro aulas consecutivas, nem mais de seis, intercaladas.
Art. 319. Aos professores é vedado, aos domingos, a regência de aulas e o trabalho em
exames.
Art. 320. A remuneração dos professores será fixada pelo número de aulas semanais, na
conformidade dos horários.
§ 1º. O pagamento far-se-á mensalmente, considerando-se para este efeito cada mês
constituído de quatro semanas e meia.
§ 2º. Vencido cada mês será descontada, na remuneração dos professores, a importância
correspondente ao número de aulas a que tiverem faltado.
§ 3º. Não serão descontadas, no decurso de nove dias, as faltas verificadas por motivo de gala
ou de luto em consequência de falecimento do cônjuge, do pai ou mãe, ou de filho.
Art. 321. Sempre que o estabelecimento de ensino tiver necessidade de aumentar o número
de aulas marcado nos horários, remunerará o professor, findo cada mês, com uma
importância correspondente ao número de aulas excedentes.
54
§ 1º. Não se exigirá dos professores, no período de exames, a prestação de mais de oito
horas de trabalho diário, salvo mediante o pagamento complementar de cada hora excedente
pelo preço correspondente ao de uma aula.
§ 2º. No período de férias, não se poderá exigir dos professores outro serviço senão o
relacionado com a realização de exames.
§ 3º. Na hipótese de dispensa sem justa causa, ao término do ano letivo ou no curso de férias
escolares, é assegurado ao professor o pagamento a que se refere o caput deste artigo.
(Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.013, de 30.03.1995)
Nota: Ver Enunciado nº 10, do TST.
Art. 323. Não será permitido o funcionamento do estabelecimento particular de ensino que não
remunere condignamente os seus professores ou não lhes pague pontualmente a
remuneração de cada mês.
Parágrafo único. Compete ao Ministério da Educação e Cultura fixar os critérios para a
determinação da condigna remuneração devida aos professores, bem como assegurar a
execução do preceito estabelecido no presente artigo.
Art. 324. (Revogado pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)
SEÇÃO XIII
DOS QUÍMICOS
b) aos diplomados em química por instituto estrangeiro de ensino superior, que tenham, de
acordo com a lei e a partir de 14 de julho de 1934, revalidado os seus diplomas;
§ 1º. Aos profissionais incluídos na alínea "c" deste artigo se dará, para os efeitos da presente
Seção, a denominação de "licenciados".
§ 2º. O livre exercício da profissão de que trata o presente artigo só é permitido a estrangeiros,
quando compreendidos:
55
§ 3º. O livre exercício da profissão a brasileiros naturalizados está subordinado à prévia
prestação do serviço militar, no Brasil.
§ 4º. Só aos brasileiros é permitida a revalidação dos diplomas de químicos, expedidos por
institutos estrangeiros de ensino superior.
Art. 326. Todo aquele que exercer ou pretender exercer as funções de químico é obrigado ao
uso da Carteira de Trabalho e Previdência Social, devendo os profissionais que se
encontrarem nas condições das alíneas "a" e "b" do artigo 325 registrar os seus diplomas de
acordo com a legislação vigente.
§ 1º. A requisição de Carteiras de Trabalho e Previdência Social, para uso dos químicos, além
do disposto no capítulo "Da Identificação Profissional", somente será processada mediante
apresentação dos seguintes documentos que provem: (Redação dada pelo Decreto-Lei nº
926, de 10.10.1969)
c) de três exemplares de fotografia exigida pelo artigo 329 e de uma folha com as declarações
que devem ser lançadas na Carteira de Trabalho e Previdência Social, de conformidade com o
disposto nas alíneas do mesmo artigo e seu parágrafo único.
Art. 327. (Revogado pelo artigo 26 da Lei nº 2.800, de 18.06.1956, DOU 25.06.1956)
Art. 328. Só poderão ser admitidos a registro os diplomas, certificados de diplomas, cartas e
outros títulos, bem como atestados e certificados que estiverem na devida forma e cujas
56
firmas hajam sido regularmente reconhecidas por tabelião público e, sendo estrangeiros, pela
Secretaria de Estado das Relações Exteriores, acompanhados estes últimos da respectiva
tradução, feita por intérprete comercial brasileiro.
Parágrafo único. (Revogado pelos artigos 8º e 13 da Lei nº 2.800, de 18.06.1956, DOU
25.06.1956)
Art. 329. A cada inscrito e como documento comprobatório do registro, será fornecida pelo
Conselho Regional de Química uma Carteira de Trabalho e Previdência Social numerada, que,
além da fotografia, medindo 3 x 4 centímetros, tirada de frente, com a cabeça descoberta, e
das impressões do polegar, conterá as declarações seguintes:
h) a assinatura do inscrito.
Art. 330. A Carteira de Trabalho e Previdência Social, expedida nos termos desta Seção, é
obrigatória para o exercício da profissão, substitui em todos os casos o diploma ou título e
servirá de carteira de identidade. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 5.922, de 25.10.1943)
Art. 331. Nenhuma autoridade poderá receber impostos relativos ao exercício profissional de
químico, senão à vista da prova de que o interessado se acha registrado de acordo com a
presente Seção, e essa prova será também exigida para a realização de concursos periciais e
todos os outros atos oficiais que exijam capacidade técnica de químico.
Art. 332. Quem, mediante anúncios, placas, cartões comerciais ou outros meios capazes de
ser identificados, se propuser ao exercício da química, em qualquer dos seus ramos, sem que
esteja devidamente registrado, fica sujeito às penalidades aplicáveis ao exercício ilegal da
profissão.
57
c) o magistério nas cadeiras de química dos cursos especializados em química;
d) a engenharia química.
§ 1º. Aos químicos, químicos industriais e químicos industriais agrícolas que estejam nas
condições estabelecidas no artigo 325, alíneas "a" e "b", compete o exercício das atividades
definidas nos itens "a", "b" e "c" deste artigo, sendo privativa dos engenheiros químicos a do
item "d".
§ 2º. Aos que estiverem nas condições do artigo 325, alíneas "a" e "b", compete, como aos
diplomados em medicina ou farmácia, as atividades definidas no artigo 2º, alíneas "d", "e" e "f"
do Decreto nº 20.377, de 8 de setembro de 1931, cabendo aos agrônomos e engenheiros
agrônomos as que se acham especificadas no artigo 6º, alínea "h", do Decreto nº 23.196, de
12 de outubro de 1933.
Nota: Ver Resolução Normativa CFQ nº 179, de 25.01.2002, DOU 29.01.2002, que autoriza o
cadastramento das categorias mencionadas neste artigo, para o exercício profissional nas
atividades que menciona.
c) de fabricação de produtos industriais que são obtidos por meio de reações químicas
dirigidas, tais como: cimento, açúcar e álcool, vidro, curtume, massas plásticas artificiais,
explosivos, derivados de carvão ou de petróleo, refinação de óleos vegetais ou minerais,
sabão, celulose e derivados.
Art. 336. No preenchimento de cargos públicos, para os quais se faz mister a qualidade de
químico, ressalvadas as especializações referidas no § 2º do artigo 334, a partir da data da
publicação do Decreto nº 24.693, de 12 de julho de 1934, requer-se, como condição essencial,
que os candidatos previamente hajam satisfeito as exigências do artigo 333 desta Seção.
Art. 337. Fazem fé pública os certificados de análises químicas, pareceres, atestados, laudos
de perícias e projetos relativos a essa especialidade, assinados por profissionais que
satisfaçam as condições estabelecidas nas alíneas "a" e "b" do artigo 325.
Nota: Ver Resolução CFQ nº 195, de 14.04.2004, DOU 19.04.2004, que regulamenta em
caráter de exclusividade este artigo.
Art. 338. É facultado aos químicos que satisfizerem as condições contantes do artigo 325,
alíneas "a" e "b", o ensino da especialidade a que se dedicarem, nas escolas superiores,
oficiais ou oficializadas.
Art. 339. O nome do químico responsável pela fabricação dos produtos de uma fábrica, usina
ou laboratório deverá figurar nos respectivos rótulos, faturas e anúncios, compreendida entre
estes últimos a legenda impressa em cartas e sobrecartas.
Nota: A Resolução Normativa CFQ nº 35, de 14.11.1973, DOU 30.11.1973, regulamenta a
aplicação deste artigo.
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Art. 340. Somente os químicos habilitados, nos termos do artigo 325, alíneas "a" e "b",
poderão ser nomeados ex-officio para os exames periciais de fábricas, laboratórios e usinas e
de produtos aí fabricados.
Art. 341. Cabe aos químicos habilitados, conforme estabelece o artigo 325, alíneas "a" e "b", a
execução de todos os serviços que, não especificados no presente regulamento, exijam por
sua natureza o conhecimento de química.
Nota: Ver Resolução CFQ nº 195, de 14.04.2004, DOU 19.04.2004, que regulamenta em
caráter de exclusividade este artigo.
a) examinar os documentos exigidos para o registro profissional de que trata o artigo 326 e
seus §§ 1º e 2º e o artigo 327, proceder à respectiva inscrição e indeferir o pedido dos
interessados que não satisfizerem as exigências desta Seção;
b) registrar as comunicações e contratos, a que aludem o artigo 350 e seus parágrafos e dar
as respectivas baixas;
Art. 344. (Revogado implicitamente pela Lei nº 2.800, de 18.06.1956, DOU 25.06.1956)
Nota: Assim dispunha o artigo revogado:
"Art. 344. Aos sindicatos de químicos devidamente reconhecidos é facultado auxiliar a
fiscalização, no tocante à observação da alínea c do artigo anterior.
Art. 345. Verificando-se, pelo Ministério do Trabalho, serem falsos os diplomas ou outros
títulos dessa natureza, atestados, certificados e quaisquer documentos exibidos para os fins
de que trata esta Seção, incorrerão os seus autores e cúmplices nas penalidades
estabelecidas em lei.
Parágrafo único. A falsificação de diploma ou outros quaisquer títulos, uma vez verificada,
implicará a instauração, pelo respectivo Conselho Regional de Química, do processo que no
caso couber. (Redação conforme a Lei nº 2.800, de 18.06.1956, DOU 25.06.1956)
Art. 346. Será suspenso do exercício de suas funções, independentemente de outras penas
em que possa incorrer, o químico, inclusive o licenciado, que incidir em alguma das seguintes
faltas:
b) concorrer com seus conhecimentos científicos para a prática de crime ou atentado contra a
pátria, a ordem social ou a saúde pública;
59
Parágrafo único. O tempo de suspensão a que alude este artigo variará entre um mês e um
ano, a critério do Conselho Regional de Química, após processo regular, ressalvada a ação da
justiça pública. (Redação do artigo conforme a Lei nº 2.800, de 18.06.1956, DOU 25.06.1956)
Art. 347. Aqueles que exercerem a profissão de químico sem ter preenchido as condições do
artigo 325 e suas alíneas, nem promovido o seu registro, nos termos do artigo 326, incorrerão
na multa de 4 (quatro) valores de referência a 100 (cem) valores de referência regionais, que
será elevada ao dobro, no caso de reincidência. (Redação dada pela Lei nº 6.205, de
29.04.1975)
Art. 348. Aos licenciados a que alude o § 1º do artigo 325, poderão, por ato do respectivo
Conselho Regional de Química, sujeito à aprovação do Conselho Federal de Química, ser
cassadas as garantias asseguradas por esta Seção, desde que interrompam, por motivo de
falta prevista no artigo 346, a função pública ou particular em que se encontravam por ocasião
da publicação do Decreto nº 24.693, de 12 de julho de 1943.
Art. 350. O químico que assumir a direção técnica ou cargo de químico de qualquer usina,
fábrica, ou laboratório industrial ou de análise deverá, dentro de 24 horas e por escrito,
comunicar essa ocorrência ao órgão fiscalizador, contraindo, desde essa data, a
responsabilidade da parte técnica referente à sua profissão, assim como a responsabilidade
técnica dos produtos manufaturados.
§ 2º. Comunicação idêntica à de que trata a primeira parte deste artigo fará o químico, quando
deixar a direção técnica ou o cargo de químico, em cujo exercício se encontrava, a fim de
ressalvar a sua responsabilidade e fazer-se o cancelamento do contrato. Em caso de falência
do estabelecimento, a comunicação será feita pela firma proprietária.
SEÇÃO XIV
DAS PENALIDADES
Art. 351. Os infratores dos dispositivos do presente capítulo incorrerão na multa de 3 (três) a
300 (trezentos) valores-de-referência regionais segundo a natureza da infração, sua extensão
e a intenção de quem a praticou, aplicada em dobro no caso de reincidência, oposição à
fiscalização ou desacato à autoridade. (Redação dada ao caput pela Lei nº 7.855, de
24.10.1989)
CAPÍTULO II
DA NACIONALIZAÇÃO DO TRABALHO
SEÇÃO I
DA PROPORCIONALIDADE DE EMPREGADOS BRASILEIROS
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Art. 352. As empresas, individuais ou coletivas, que explorem serviços públicos dados em
concessão, ou que exerçam atividades industriais ou comerciais, são obrigadas a manter, no
quadro do seu pessoal, quando composto de três ou mais empregados, uma proporção de
brasileiros não inferior à estabelecida no presente capítulo.
Nota: Ver CF, artigo 5º, inciso XIII.
d) na indústria da pesca;
i) nos estabelecimentos de ensino remunerado, excluídos os que neles trabalhem por força de
voto religioso;
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2) Ver Constituição Federal artigo 12, § 1º
Art. 353. Equiparam-se aos brasileiros, para os fins deste capítulo, ressalvado o exercício de
profissões reservadas aos brasileiros natos ou aos brasileiros em geral, os estrangeiros que,
residindo no país há mais de dez anos, tenham cônjuge ou filho brasileiro, e os portugueses.
(Redação de acordo com a Lei nº 6.651, de 23.05.1979).
Nota: Ver anotações no artigo anterior.
Art. 356. Sempre que uma empresa ou indivíduo explore atividades sujeitas a
proporcionalidades diferentes, observar-se-á, em relação a cada uma delas, a que lhe
corresponder.
Art. 358. Nenhuma empresa, ainda que não sujeita à proporcionalidade, poderá pagar a
brasileiro que exerça função análoga, a juízo do Ministério do Trabalho, à que é exercida por
estrangeiro a seu serviço, salário inferior ao deste, excetuando-se os casos seguintes:
SEÇÃO II
DAS RELAÇÕES ANUAIS DE EMPREGADOS
Art. 359. Nenhuma empresa poderá admitir a seu serviço empregado estrangeiro sem que
este exiba a carteira de identidade de estrangeiro devidamente anotada.
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Parágrafo único. A empresa é obrigada a assentar no registro de empregados os dados
referentes à nacionalidade de qualquer empregado estrangeiro e o número de respectiva
carteira de identidade.
Art. 360. Toda empresa compreendida na enumeração do artigo 352, § 1º, deste capítulo,
qualquer que seja o número de seus empregados, deve apresentar anualmente às repartições
competentes do Ministério do Trabalho, de 2 de maio a 30 de junho, uma relação, em duas
vias, de todos os seus empregados, segundo o modelo que for expedido. (Redação dada ao
caput pelo Decreto-Lei nº 6.353, de 20.03.1944)
§ 1º. Nas relações será assinalada, em tinta vermelha, a modificação havida com referência à
última relação apresentada. Se se tratar de nova empresa, a relação, encimada pelos dizeres -
Primeira Relação - deverá ser feita dentro de 30 dias de seu registro no Departamento
Nacional da Indústria e Comércio ou repartições competentes.
Art. 361. Apurando-se, das relações apresentadas, qualquer infração, será concedido ao
infrator o prazo de dez dias para defesa, seguindo-se o despacho pela autoridade competente.
§ 1º. As certidões de quitação farão prova até 30 de setembro do ano seguinte àquele a que
se referirem e estarão sujeitas à taxa correspondente a 1/10 (um décimo) do valor de
referência. Sem elas nenhum fornecimento ou contrato poderá ser feito com o Governo da
União, dos Estados ou Municípios, ou com as instituições paraestatais a eles subordinadas,
nem será renovada autorização a empresa estrangeira para funcionar no país.
§ 2º. A primeira via da relação, depois de considerada pela repartição fiscalizadora, será
remetida anualmente à Secretaria do Emprego e Salário (SES), como subsídio ao estudo das
condições de mercado de trabalho, de um modo geral, e, em particular, no que se refere à
mão-de-obra qualificada.
§ 3º. A segunda via da relação será devolvida à empresa, devidamente autenticada. (Redação
do caput e parágrafos de acordo com o Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967).
SEÇÃO III
DAS PENALIDADES
Art. 363. O processo das infrações do presente capítulo obedecerá ao disposto no título "Do
Processo de Multas Administrativas", no que lhe for aplicável, com observância dos modelos
de auto a serem expedidos.
Nota: Ver a Portaria MTb nº 290, de 11.04.1997, que aprova normas para a imposição de
multas administrativas previstas na legislação trabalhista.
Art. 364. As infrações do presente capítulo serão punidas com a multa de 6 (seis) a 600
(seiscentos) valores regionais de referência. (Redação dada ao caput pela Lei nº 7.855, de
24.10.1989)
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Parágrafo único. Em se tratando de empresa concessionária de serviço público, ou de
sociedade estrangeira autorizada a funcionar no país, se a infratora, depois de multada, não
atender afinal ao cumprimento do texto infringido, pode ser-lhe cassada a concessão ou
autorização.
Nota: Ver a Portaria MTb nº 290, de 11.04.1997, que aprova normas para a imposição de
multas administrativas previstas na legislação trabalhista.
SEÇÃO IV
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 365. O presente capítulo não derroga as restrições vigentes quanto às exigências de
nacionalidade brasileira para o exercício de determinadas profissões, nem as que vigoram
para as faixas de fronteiras, na conformidade da respectiva legislação.
Art. 367. A redução a que se refere o artigo 354, enquanto a Secretaria de Mão-de-Obra não
dispuser dos dados estatísticos necessários à fixação da proporcionalidade conveniente para
cada atividade, poderá ser feita por ato do Ministro do Trabalho, mediante representação
fundamentada da associação sindical.
SEÇÃO V
DAS DISPOSIÇÕES ESPECIAIS SOBRE A NACIONALIZAÇÃO DA MARINHA MERCANTE
Art. 368. O comando de navio mercante nacional só poderá ser exercido por brasileiro.
Art. 369. A tripulação de navio ou embarcação nacional será constituída, pelo menos, de dois
terços de brasileiros natos.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos navios nacionais de pesca, sujeitos
à legislação específica. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 5.863, de 21.07.1971)
Art. 370. As empresas de navegação organizarão as relações dos tripulantes das respectivas
embarcações, enviando-as no prazo a que se refere a Seção II deste capítulo à Delegacia do
Trabalho Marítimo onde as mesmas tiverem sede.
Art. 371. A presente Seção é também aplicável aos serviços de navegação fluvial e lacustre e
à praticagem nas barras, portos, rios, lagos e canais.
CAPÍTULO III
DA PROTEÇÃO DO TRABALHO DA MULHER
SEÇÃO I
DA DURAÇÃO, CONDIÇÕES DO TRABALHO E DA DISCRIMINAÇÃO CONTRA A
MULHER
Notas:
1) Título da Seção alterado pela Lei nº 9.799, de 26.05.1999, DOU 27.05.1999.
2) Assim dispunha o Título da Seção alterado:
64
"SEÇÃO I
DA DURAÇÃO E CONDIÇÕES DE TRABALHO"
Art. 372. Os preceitos que regulam o trabalho masculino são aplicáveis ao trabalho feminino,
naquilo em que não colidirem com a proteção especial instituída por este capítulo.
Parágrafo único. Não é regido pelos dispositivos a que se refere este artigo o trabalho nas
oficinas em que sirvam exclusivamente pessoas da família da mulher e esteja esta sob a
direção do esposo, do pai, da mãe, do tutor ou do filho.
Notas:
1) Ver Constituição Federal artigos 5º, I, 7º, XX, XXX e 226;
2) Ver ADCT artigo 10, II, alínea "b".
Art. 373. A duração normal do trabalho da mulher será de oito horas diárias, exceto nos casos
para os quais for fixada duração inferior.
Notas:
1) Ver Constituição/88, artigo 7º, XIII.
2) Ver Enunciados nº 85 e 108, do TST.
Art. 373-A. Ressalvadas as disposições legais destinadas a corrigir as distorções que afetam o
acesso da mulher ao mercado de trabalho e certas especificidades estabelecidas nos acordos
trabalhistas, é vedado:
I - publicar ou fazer publicar anúncio de emprego no qual haja referência ao sexo, à idade, à
cor ou situação familiar, salvo quando a natureza da atividade a ser exercida, pública e
notoriamente, assim o exigir;
III - considerar o sexo, a idade, a cor ou situação familiar como variável determinante para fins
de remuneração, formação profissional e oportunidades de ascensão profissional;
Parágrafo único. O disposto neste artigo não obsta a adoção de medidas temporárias que
visem ao estabelecimento das políticas de igualdade entre homens e mulheres, em particular
as que se destinam a corrigir as distorções que afetam a formação profissional, o acesso ao
emprego e as condições gerais de trabalho da mulher. (Artigo acrescentado pela Lei nº 9.799,
de 26.05.1999, DOU 27.05.1999)
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"Art. 376. Somente em casos excepcionais, por motivo de força maior, poderá a duração do
trabalho diurno elevar-se além do limite legal ou convencionado, até o máximo de doze horas,
e o salário-hora será, pelo menos, 50% (cinqüenta por cento) superior ao da hora normal.
(Redação de acordo com a Constituição Federal de 1988, artigo 7º, XVI)
Parágrafo único. A prorrogação extraordinária de que trata este artigo deverá ser comunicada
por escrito à autoridade competente, dentro do prazo de quarenta e oito horas."
Art. 377. A adoção de medidas de proteção ao trabalho das mulheres é considerada de ordem
pública, não justificando, em hipótese alguma, a redução de salário.
Nota: Ver Constituição/88, artigo 7º, XX.
SEÇÃO II
DO TRABALHO NOTURNO
Art. 379. (Revogado pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)
Art. 380. (Revogado pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)
Art. 381. O trabalho noturno das mulheres terá salário superior ao diurno.
Nota: Ver Decreto nº 5.005, de 08.03.2004, DOU 09.03.2004, que promulga a Convenção nº
171 da Organização Internacional do Trabalho relativa ao Trabalho Noturno.
§ 1º. Para os fins deste artigo, os salários serão acrescidos de uma percentagem adicional de
20% (vinte por cento) no mínimo.
§ 2º. Cada hora do período noturno de trabalho das mulheres terá cinqüenta e dois minutos e
trinta segundos.
SEÇÃO III
DOS PERÍODOS DE DESCANSO
Art. 382. Entre duas jornadas de trabalho, haverá um intervalo de onze horas consecutivas, no
mínimo, destinado ao repouso.
Art. 383. Durante a jornada de trabalho, será concedido à empregada um período para
refeição e repouso não inferior a uma hora nem superior a duas horas, salvo a hipótese
prevista no artigo 71, § 3º.
Art. 385. O descanso semanal será de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas e coincidirá no
todo ou em parte com o domingo, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade
imperiosa de serviço, a juízo da autoridade competente, na forma das disposições gerais, caso
em que recairá em outro dia.
Art. 386. Havendo trabalho aos domingos, será organizada uma escala de revezamento
quinzenal que favoreça o repouso dominical.
66
Nota: Ver Lei nº 605, de 05.01.1949, e Regulamento aprovado pelo Decreto nº 27.048, de
12.08.1949.
SEÇÃO IV
DOS MÉTODOS LOCAIS DE TRABALHO
III - a instalar vestiários com armários individuais privativos das mulheres, exceto os
estabelecimentos comerciais, escritórios, bancos e atividades afins, em que não seja exigida a
troca de roupa, e outros, a critério da autoridade competente em matéria de segurança e
medicina do trabalho, admitindo-se como suficientes as gavetas ou escaninhos, onde possam
as empregadas guardar seus pertences;
§ 1º. Os estabelecimentos em que trabalharem pelo menos 30 (trinta) mulheres, com mais de
16 (dezesseis) anos de idade, terão local apropriado onde seja permitido às empregadas
guardar sob vigilância e assistência os seus filhos no período da amamentação.
§ 2º. A exigência do § 1º poderá ser suprida por meio de creches distritais mantidas,
diretamente ou mediante convênios, com outras entidades públicas ou privadas, pelas
próprias empresas, em regime comunitário, ou a cargo do SESI, do SESC, da LBA ou de
entidades sindicais. (Redação de acordo com o Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967).
Nota: Ver Constituição/88, artigo 7º, XXV.
Art. 390. Ao empregador é vedado empregar a mulher em serviço que demande o emprego de
força muscular superior a 20 (vinte) quilos, para o trabalho contínuo, ou 25 (vinte e cinco)
quilos, para o trabalho ocasional.
Nota: Ver Constituição/88, artigo 7º, XXX.
Parágrafo único. Não está compreendida na determinação deste artigo a remoção de material
feita por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, de carros de mão ou quaisquer
aparelhos mecânicos.
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Art. 390B. As vagas dos cursos de formação de mão-de-obra, ministrados por instituições
governamentais, pelos próprios empregadores ou por qualquer órgão de ensino
profissionalizante, serão oferecidas aos empregados de ambos os sexos. (Artigo acrescentado
pela Lei nº 9.799, de 26.05.1999, DOU 27.05.1999)
Art. 390C. As empresas com mais de cem empregados, de ambos os sexos, deverão manter
programas especiais de incentivos e aperfeiçoamento profissional de mão-de-obra. (Artigo
acrescentado pela Lei nº 9.799, de 26.05.1999, DOU 27.05.1999)
Art. 390D. (VETADO na Lei nº 9.799, de 26.05.1999, DOU 27.05.1999)
SEÇÃO V
DA PROTEÇÃO À MATERNIDADE
Art. 391. Não constitui justo motivo para a rescisão do contrato de trabalho da mulher o fato de
haver contraído matrimônio ou de encontrar-se em estado de gravidez.
Art. 392. A empregada gestante tem direito à licença-maternidade de 120 (cento e vinte) dias,
sem prejuízo do emprego e do salário. (Redação dada ao caput pela Lei nº 10.421, de
15.04.2002, DOU 16.04.2002)
Notas:
1) Assim dispunha o caput alterado:
"Art. 392. É proibido o trabalho da mulher grávida no período de 4 (quatro) semanas antes e 8
(oito) semanas depois do parto."
2) O artigo 7º, XVIII, da CF/88 ampliou de 84 para 120 dias o período durante o qual fica
proibido o trabalho da mulher grávida.
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Nota: Assim dispunha o parágrafo alterado:
"§ 2º. Em casos excepcionais, os períodos de repouso antes e depois do parto poderão ser
aumentados de mais 2 (duas) semanas cada um, mediante atestado médico, na forma do §
1º."
§ 3º Em caso de parto antecipado, a mulher terá direito aos 120 (cento e vinte) dias previstos
neste artigo. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 10.421, de 15.04.2002, DOU
16.04.2002)
Notas:
II - dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para a realização de, no mínimo,
seis consultas médicas e demais exames complementares. (Redação dada ao parágrafo pela
Lei nº 9.799, de 26.05.1999, DOU 27.05.1999)
Art. 392-A. À empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança
será concedida licença-maternidade nos termos do art. 392, observado o disposto no seu § 5º.
§ 1º No caso de adoção ou guarda judicial de criança até 1 (um) ano de idade, o período de
licença será de 120 (cento e vinte) dias.
§ 2º No caso de adoção ou guarda judicial de criança a partir de 1 (um) ano até 4 (quatro)
anos de idade, o período de licença será de 60 (sessenta) dias.
§ 3º No caso de adoção ou guarda judicial de criança a partir de 4 (quatro) anos até 8 (oito)
anos de idade, o período de licença será de 30 (trinta) dias.
§ 4º A licença-maternidade só será concedida mediante apresentação do termo judicial de
guarda à adotante ou guardiã. (Artigo acrescentado pela Lei nº 10.421, de 15.04.2002, DOU
16.04.2002)
Art. 393. Durante o período a que se refere o artigo 392, a mulher terá direito ao salário
integral e, quando variável, calculado de acordo com a média dos 6 (seis) últimos meses de
69
trabalho, bem como os direitos e vantagens adquiridos, sendo-lhe ainda facultado reverter à
função que anteriormente ocupava.
Notas:
1) O pagamento do salário-maternidade é feito diretamente pela previdência social, conforme
artigo 93 do Decreto nº 3.048, de 06.05.1999, DOU 07.05.1999, rep. DOU 12.05.1999.
2) Ver artigo 72 da Lei nº 8.213/91.
2) Ver Enunciados nºs 142, e 260, do TST.
Art. 394. Mediante atestado médico, à mulher grávida é facultado romper o compromisso
resultante de qualquer contrato de trabalho, desde que este seja prejudicial à gestação.
Art. 395. Em caso de aborto não criminoso, comprovado por atestado médico oficial, a mulher
terá um repouso remunerado de 2 (duas) semanas, ficando-lhe assegurado o direito de
retornar à função que ocupava antes de seu afastamento.
Art. 396. Para amamentar o próprio filho, até que este complete 6 (seis) meses de idade, a
mulher terá direito, durante a jornada de trabalho, a dois descansos especiais, de meia hora
cada um.
Parágrafo único. Quando o exigir a saúde do filho, o período de 6 (seis) meses poderá ser
dilatado, a critério da autoridade competente.
Art. 397. O SESI, o SESC, a LBA e outras entidades públicas destinadas à assistência à
infância manterão ou subvencionarão, de acordo com suas possibilidades financeiras, escolas
maternais e jardins de infância, distribuídos nas zonas de maior densidade de trabalhadores,
destinados especialmente aos filhos das mulheres empregadas. (Redação de acordo com o
Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967).
Art. 399. O Ministro do Trabalho conferirá diploma de benemerência aos empregadores que se
distinguirem pela organização e manutenção de creches e de instituições de proteção aos
menores em idade pré-escolar, desde que tais serviços se recomendem por sua generosidade
e pela eficiência das respectivas instalações.
Notas:
1) Ver Constituição/88, artigo 7º, XXV.
2) Ver Convenção OIT nº 182, promulgada pelo Decreto nº 3.597, de 12.09.2000, DOU
13.09.2000, que dispõe sobre a Proibição das Piores Formas de Trabalho Infantil e a Ação
Imediata para sua Eliminação.
Art. 400. Os locais destinados à guarda dos filhos das operárias, durante o período da
amamentação, deverão possuir, no mínimo, um berçário, uma saleta de amamentação, uma
cozinha dietética e uma instalação sanitária.
SEÇÃO VI
DAS PENALIDADES
Art. 401. Pela infração de qualquer dispositivo deste capítulo, será imposta ao empregador a
multa de 6 (seis) a 60 (sessenta) valores-de-referência regionais, aplicada pelas Delegacias
Regionais do Trabalho ou por aquelas que exerçam funções delegadas. (Redação dada ao
caput pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)
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a) se ficar apurado o emprego de artifício ou simulação para fraudar a aplicação dos
dispositivos deste capítulo;
§ 2º. O processo na verificação das infrações, bem como na aplicação e cobrança das multas,
será o previsto no título "Do Processo de Multas Administrativas", observadas as disposições
deste artigo.
Nota: Ver a Portaria MTb nº 290, de 11.04.1997, que aprova normas para a imposição de
multas administrativas previstas na legislação trabalhista.
Art. 401A. (VETADO na Lei nº 9.799, de 26.05.1999, DOU 27.05.1999)
Art. 401B. (VETADO na Lei nº 9.799, de 26.05.1999, DOU 27.05.1999)
CAPÍTULO IV
DA PROTEÇÃO DO TRABALHO DO MENOR
Notas:
1) Ver Convenção OIT nº 182, promulgada pelo Decreto nº 3.597, de 12.09.2000, DOU
13.09.2000, que dispõe sobre a Proibição das Piores Formas de Trabalho Infantil e a Ação
Imediata para sua Eliminação.
2) Ver Resolução CONANDA nº 69, de 15.05.2001, DOU 01.06.2001, que dispõe sobre a
idade mínima para admissão ao emprego e ao trabalho.
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 402. Considera-se menor para os efeitos desta Consolidação o trabalhador de quatorze
até dezoito anos. (NR) (Redação dada ao caput pela Lei nº 10.097, de 19.12.2000, DOU
20.12.2000)
Notas:
1) Assim dispunha o caput alterado:
"Art. 402. Considera-se menor para os efeitos desta Consolidação o trabalhador de 12 (doze)
a 18 (dezoito) anos."
3) Ver Convenção OIT nº 182, promulgada pelo Decreto nº 3.597, de 12.09.2000, DOU
13.09.2000, que dispõe sobre a Proibição das Piores Formas de Trabalho Infantil e a Ação
Imediata para sua Eliminação.
Art. 403. É proibido qualquer trabalho a menores de dezesseis anos de idade, salvo na
condição de aprendiz, a partir dos quatorze anos. (NR)
Notas:
1) O artigo 7º, XXXIII da Constituição, elevou de 12 para 14 anos a idade mínima do menor
para os efeitos da CLT.
71
2) Ver Convenção OIT nº 138, promulgada pelo Decreto nº 4.134, de 15.02.2002, DOU
18.02.2002, que dispõe sobre a idade mínima de admissão ao emprego.
3) Ver Convenção OIT nº 182, promulgada pelo Decreto nº 3.597, de 12.09.2000, DOU
13.09.2000, que dispõe sobre a Proibição das Piores Formas de Trabalho Infantil e a Ação
Imediata para sua Eliminação.
Parágrafo único. O trabalho do menor não poderá ser realizado em locais prejudiciais à sua
formação, ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social e em horários e locais que
não permitam a freqüência à escola. (NR)
a) revogada;
b) revogada. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 10.097, de 19.12.2000, DOU 20.12.2000)
Parágrafo único. O trabalho dos menores de 12 (doze) anos a 14 (quatorze) anos fica sujeito
às seguintes condições, além das estabelecidas neste Capítulo:
a) garantia de freqüência à aula que assegure sua formação ao menos em nível primário;
b) serviços de natureza leve que não sejam nocivos à sua saúde e ao seu desenvolvimento
normal."
Art. 404. Ao menor de 18 anos é vedado o trabalho noturno, considerado este o que for
executado no período compreendido entre as 22 (vinte e duas) e as 5 (cinco) horas.
Notas:
1) Ver Decreto nº 5.005, de 08.03.2004, DOU 09.03.2004, que promulga a Convenção nº 171
da Organização Internacional do Trabalho relativa ao Trabalho Noturno.
2) Ver Convenção OIT nº 182, promulgada pelo Decreto nº 3.597, de 12.09.2000, DOU
13.09.2000, que dispõe sobre a Proibição das Piores Formas de Trabalho Infantil e a Ação
Imediata para sua Eliminação.
I - nos locais e serviços perigosos ou insalubres, constantes de quadro para esse fim aprovado
pela Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho;
Nota: Ver Portaria SIT/DSST nº 20, de 13.09.2001, DOU 14.09.2001, que especifica as
atividades proibidas ao trabalho do menor de 18 (dezoito) anos.
72
§ 2º. O trabalho exercido nas ruas, praças e outros logradouros dependerá de prévia
autorização do Juiz de Menores, ao qual cabe verificar se a ocupação é indispensável à sua
própria subsistência ou à de seus pais, avós ou irmãos e se dessa ocupação não poderá advir
prejuízo à sua formação moral.
Nota: Ver artigo 146 da Lei nº 8.069, de 13.07.1990, DOU 16.07.1990.
§ 5º. Aplica-se ao menor o disposto no artigo 390 e seu parágrafo único. (Redação do caput e
parágrafos de acordo com o Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967).
Art. 406. O Juiz de Menores poderá autorizar ao menor o trabalho a que se referem as letras a
e b do § 3º do artigo 405:
Nota: Ver Convenção OIT nº 182, promulgada pelo Decreto nº 3.597, de 12.09.2000, DOU
13.09.2000, que dispõe sobre a Proibição das Piores Formas de Trabalho Infantil e a Ação
Imediata para sua Eliminação.
I - desde que a representação tenha fim educativo ou a peça de que participe não possa ser
prejudicial à sua formação moral;
Art. 407. Verificado pela autoridade competente que o trabalho executado pelo menor é
prejudicial à sua saúde, ao seu desenvolvimento físico ou à sua moralidade, poderá ela
obrigá-lo a abandonar o serviço, devendo a respectiva empresa, quando for o caso,
proporcionar ao menor todas as facilidades para mudar de funções.
Nota: Ver Convenção OIT nº 182, promulgada pelo Decreto nº 3.597, de 12.09.2000, DOU
13.09.2000, que dispõe sobre a Proibição das Piores Formas de Trabalho Infantil e a Ação
Imediata para sua Eliminação.
Parágrafo único. Quando a empresa não tomar as medidas possíveis e recomendadas pela
autoridade competente para que o menor mude de função, configurar-se-á a rescisão do
contrato de trabalho, na forma do artigo 483. (Redação do caput e parágrafo de acordo com o
Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967).
73
Art. 408. Ao responsável legal do menor é facultado pleitear a extinção do contrato de
trabalho, desde que o serviço possa acarretar para ele prejuízo de ordem física ou moral.
(Redação dada pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
Nota: Ver Convenção OIT nº 182, promulgada pelo Decreto nº 3.597, de 12.09.2000, DOU
13.09.2000, que dispõe sobre a Proibição das Piores Formas de Trabalho Infantil e a Ação
Imediata para sua Eliminação.
Art. 409. Para maior segurança do trabalho e garantia da saúde dos menores, a autoridade
fiscalizadora poderá proibir-lhes o gozo dos períodos de repouso nos locais de trabalho.
Nota: Ver Convenção OIT nº 182, promulgada pelo Decreto nº 3.597, de 12.09.2000, DOU
13.09.2000, que dispõe sobre a Proibição das Piores Formas de Trabalho Infantil e a Ação
Imediata para sua Eliminação.
Art. 410. O Ministro do Trabalho poderá derrogar qualquer proibição decorrente do quadro a
que se refere o inciso I do artigo 405 quando se certificar haver desaparecido, parcial ou
totalmente, o caráter perigoso ou insalubre, que determinou a proibição.
SEÇÃO II
DA DURAÇÃO DO TRABALHO
Art. 411. A duração do trabalho do menor regular-se-á pelas disposições legais relativas à
duração do trabalho em geral, com as restrições estabelecidas neste capítulo.
Nota: Ver Convenção OIT nº 182, promulgada pelo Decreto nº 3.597, de 12.09.2000, DOU
13.09.2000, que dispõe sobre a Proibição das Piores Formas de Trabalho Infantil e a Ação
Imediata para sua Eliminação.
Art. 412. Após cada período de trabalho efetivo, quer contínuo, quer dividido em dois turnos,
haverá um intervalo de repouso, não inferior a onze horas.
Art. 413. É vedado prorrogar a duração normal diária do trabalho do menor, salvo:
Nota: Ver Convenção OIT nº 182, promulgada pelo Decreto nº 3.597, de 12.09.2000, DOU
13.09.2000, que dispõe sobre a Proibição das Piores Formas de Trabalho Infantil e a Ação
Imediata para sua Eliminação.
II - excepcionalmente, por motivo de força maior, até o máximo de 12 (doze) horas, com
acréscimo salarial de, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) sobre a hora normal e desde
que o trabalho do menor seja imprescindível ao funcionamento do estabelecimento.
Nota: Ver artigo 7º, XVI, da Constituição Federal, que determina altera, para, no mínimo, 50%
(cinqüenta por cento), o acréscimo sobre a hora normal.
74
Art. 414. Quando o menor de 18 anos for empregado em mais de um estabelecimento, as
horas de trabalho em cada um serão totalizadas.
Nota: Ver Convenção OIT nº 182, promulgada pelo Decreto nº 3.597, de 12.09.2000, DOU
13.09.2000, que dispõe sobre a Proibição das Piores Formas de Trabalho Infantil e a Ação
Imediata para sua Eliminação.
SEÇÃO III
DA ADMISSÃO EM EMPREGO E DA CARTEIRA DE TRABALHO DO MENOR
Art. 415. (Revogado tacitamente pelo Decreto-Lei nº 926, de 10.10.1969, que instituiu a
Carteira de Trabalho e Previdência Social, a qual passou a ser adotada também pelo menor)
Art. 416. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 926, de 10.10.1969)
Art. 417. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 926, de 10.10.1969)
Art. 418. (Revogado pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)
Art. 419. (Revogado pela Lei nº 5.686, de 03.08.1971)
Art. 420. (Revogado pela Lei nº 5.686, de 03.08.1971)
Art. 421. (Revogado pela Lei nº 5.686, de 03.08.1971)
Art. 422. (Revogado pela Lei nº 5.686, de 03.08.1971)
Art. 423. (Revogado pela Lei nº 5.686, de 03.08.1971)
SEÇÃO IV
DOS DEVERES DOS RESPONSÁVEIS LEGAIS DE MENORES E DOS EMPREGADORES.
DA APRENDIZAGEM
Nota: Ver Decreto nº 5.598, de 01.12.2005, DOU 02.12.2005, que regulamenta a contratação
de aprendizes.
Art. 424. É dever dos responsáveis legais de menores, pais, mães, ou tutores, afastá-los de
empregos que diminuam consideravelmente o seu tempo de estudo, reduzam o tempo de
repouso necessário à sua saúde e constituição física ou prejudiquem a sua educação moral.
Nota: Ver Convenção OIT nº 182, promulgada pelo Decreto nº 3.597, de 12.09.2000, DOU
13.09.2000, que dispõe sobre a Proibição das Piores Formas de Trabalho Infantil e a Ação
Imediata para sua Eliminação.
Art. 425. Os empregadores de menores de 18 anos são obrigados a velar pela observância,
nos seus estabelecimentos ou empresas, dos bons costumes e da decência pública, bem
como das normas de segurança e medicina do trabalho.
Nota: Ver Convenção OIT nº 182, promulgada pelo Decreto nº 3.597, de 12.09.2000, DOU
13.09.2000, que dispõe sobre a Proibição das Piores Formas de Trabalho Infantil e a Ação
Imediata para sua Eliminação.
Art. 426. É dever do empregador, na hipótese do artigo 407, proporcionar ao menor todas as
facilidades para mudar de serviço.
Nota: Ver Convenção OIT nº 182, promulgada pelo Decreto nº 3.597, de 12.09.2000, DOU
13.09.2000, que dispõe sobre a Proibição das Piores Formas de Trabalho Infantil e a Ação
Imediata para sua Eliminação.
Art. 427. O empregador, cuja empresa ou estabelecimento ocupar menores, será obrigado a
conceder-lhes o tempo que for necessário para a frequência às aulas.
Nota: Ver Convenção OIT nº 182, promulgada pelo Decreto nº 3.597, de 12.09.2000, DOU
13.09.2000, que dispõe sobre a Proibição das Piores Formas de Trabalho Infantil e a Ação
Imediata para sua Eliminação.
75
analfabetos, de 14 (quatorze) a 18 (dezoito) anos, serão obrigados a manter local apropriado
em que lhes seja ministrada a instrução primária.
Nota: Ver Constituição/88, artigo 227, § 3º, III.
Art. 428. Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e
por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de 14
(quatorze) e menor de 24 (vinte e quatro) anos inscrito em programa de aprendizagem
formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e
psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e diligência as tarefas necessárias a essa
formação. (Redação dada ao caput pela Lei nº 11.180, de 23.09.2005, DOU 26.09.2005)
Notas:
2) Ver Convenção OIT nº 182, promulgada pelo Decreto nº 3.597, de 12.09.2000, DOU
13.09.2000, que dispõe sobre a Proibição das Piores Formas de Trabalho Infantil e a Ação
Imediata para sua Eliminação.
§ 2º Ao menor aprendiz, salvo condição mais favorável, será garantido o salário mínimo hora.
(AC) (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 10.097, de 19.12.2000, DOU 20.12.2000)
§ 3º O contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado por mais de dois anos. (AC)
(Parágrafo acrescentado pela Lei nº 10.097, de 19.12.2000, DOU 20.12.2000)
§ 5º A idade máxima prevista no caput deste artigo não se aplica a aprendizes portadores de
deficiência. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 11.180, de 23.09.2005, DOU 26.09.2005)
Nota: Assim dispunha o parágrafo alterado:
"§ 5º A idade máxima prevista no caput não se aplica a aprendizes com deficiência. (Parágrafo
acrescentado pela Medida Provisória nº 251, de 14.06.2005, DOU 15.06.2005)"
76
"§ 6º Para os fins do contrato de aprendizagem, a comprovação da escolaridade de aprendiz
com deficiência mental deve considerar, sobretudo, as habilidades e competências
relacionadas com a profissionalização. (Parágrafo acrescentado pela Medida Provisória nº
251, de 14.06.2005, DOU 15.06.2005)"
§ 1º-A. O limite fixado neste artigo não se aplica quando o empregador for entidade sem fins
lucrativos, que tenha por objetivo a educação profissional. (AC)
77
"Art. 430. Terão preferência, em igualdade de condições, para admissão aos lugares de
aprendizes de um estabelecimento industrial, em primeiro lugar, os filhos, inclusive os órfãos
e, em segundo lugar, os irmãos dos seus empregados."
Art. 431. A contratação do aprendiz poderá ser efetivada pela empresa onde se realizará a
aprendizagem ou pelas entidades mencionadas no inciso II do artigo 430, caso em que não
gera vínculo de emprego com a empresa tomadora dos serviços. (NR)
a) revogada;
b) revogada;
c) revogada. (Redação dada ao caput pela Lei nº 10.097, de 19.12.2000, DOU 20.12.2000)
Parágrafo único. Aos candidatos rejeitados pela seleção profissional deverá ser dada, tanto
quanto possível, orientação profissional para ingresso em atividade mais adequada às
qualidades e aptidões que tiverem demonstrado.
Art. 432. A duração do trabalho do aprendiz não excederá de seis horas diárias, sendo
vedadas a prorrogação e a compensação de jornada. (NR)
Nota: Ver Convenção OIT nº 182, promulgada pelo Decreto nº 3.597, de 12.09.2000, DOU
13.09.2000, que dispõe sobre a Proibição das Piores Formas de Trabalho Infantil e a Ação
Imediata para sua Eliminação.
§ 1º O limite previsto neste artigo poderá ser de até oito horas diárias para os aprendizes que
já tiverem completado o ensino fundamental, se nelas forem computadas as horas destinadas
à aprendizagem teórica. (NR)
§ 2º Revogado. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 10.097, de 19.12.2000, DOU 20.12.2000)
Nota: Assim dispunha o artigo alterado:
"Art. 432. Os aprendizes são obrigados à frequência do curso de aprendizagem em que
estejam matriculados.
§ 1º. O aprendiz que faltar aos trabalhos escolares do curso de aprendizagem em que estiver
matriculado, sem justificação aceitável, perderá o salário dos dias em que se der a falta.
§ 2º. A falta reiterada no cumprimento do dever de que trata este artigo, ou falta de razoável
aproveitamento, será considerada justa causa para dispensa do aprendiz."
Notas:
1) Assim dispunha o caput alterado:
"O contrato de aprendizagem extinguir-se-á no seu termo ou quando o aprendiz completar
vinte e quatro anos, ressalvada a hipótese prevista no § 5º do art. 428, ou ainda
antecipadamente nas seguintes hipóteses: (Redação dada ao caput pela Medida Provisória nº
251, de 14.06.2005, DOU 15.06.2005)"
78
2) Ver Convenção OIT nº 182, promulgada pelo Decreto nº 3.597, de 12.09.2000, DOU
13.09.2000, que dispõe sobre a Proibição das Piores Formas de Trabalho Infantil e a Ação
Imediata para sua Eliminação.
a) revogada; (Redação dada á alínea pela Lei nº 10.097, de 19.12.2000, DOU 20.12.2000)
III - ausência injustificada à escola que implique perda do ano letivo; ou (AC) (Inciso
acrescentado pela Lei nº 10.097, de 19.12.2000, DOU 20.12.2000)
IV - a pedido do aprendiz. (AC) (Inciso acrescentado pela Lei nº 10.097, de 19.12.2000, DOU
20.12.2000)
Parágrafo único. Revogado. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 10.097, de 19.12.2000,
DOU 20.12.2000)
§ 2º Não se aplica o disposto nos artigos 479 e 480 desta Consolidação às hipóteses de
extinção do contrato mencionadas neste artigo. (AC) (Parágrafo acrescentado pela Lei nº
10.097, de 19.12.2000, DOU 20.12.2000)
SEÇÃO V
DAS PENALIDADES
Art. 434. Os infratores das disposições deste capítulo ficam sujeitos à multa de valor igual a 30
vezes o valor de referência regional, aplicada tantas vezes quantos forem os menores
empregados em desacordo com a lei, não podendo, todavia, a soma das multas exceder a
150 vezes o valor de referência, salvo no caso de reincidência, em que este total poderá ser
elevado ao dobro. (Redação dada ao artigo pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967).
Notas:
1) Ver a Portaria MTb nº 290, de 11.04.1997, que aprova normas para a imposição de multas
administrativas previstas na legislação trabalhista.
79
2) Ver Convenção OIT nº 182, promulgada pelo Decreto nº 3.597, de 12.09.2000, DOU
13.09.2000, que dispõe sobre a Proibição das Piores Formas de Trabalho Infantil e a Ação
Imediata para sua Eliminação.
Art. 435. Fica sujeita à multa de valor igual a 30 (trinta) vezes o valor-de-referência regional e
ao pagamento da emissão de nova via a empresa que fizer na Carteira de Trabalho e
Previdência Social do menor anotação não prevista em lei. (Redação dada ao artigo pelo
Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967, e de acordo com a Lei nº 7.855, de 24.10.1989)
Notas:
1) Ver a Portaria MTb nº 290, de 11.04.1997, que aprova normas para a imposição de multas
administrativas previstas na legislação trabalhista.
2) Ver Convenção OIT nº 182, promulgada pelo Decreto nº 3.597, de 12.09.2000, DOU
13.09.2000, que dispõe sobre a Proibição das Piores Formas de Trabalho Infantil e a Ação
Imediata para sua Eliminação.
2) Exame médico abolido, com a nova redação do artigo 16, dada pela Lei nº 8.260/91.
2) Ver Convenção OIT nº 182, promulgada pelo Decreto nº 3.597, de 12.09.2000, DOU
13.09.2000, que dispõe sobre a Proibição das Piores Formas de Trabalho Infantil e a Ação
Imediata para sua Eliminação.
Art. 438. São competentes para impor as penalidades previstas neste capítulo os Delegados
Regionais do Trabalho ou os funcionários por eles designados para tal fim. (Redação dada
pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
Parágrafo único. O processo, na verificação das infrações, bem como na aplicação e cobrança
das multas, será o previsto no título "Do Processo de Multas Administrativas", observadas as
disposições deste artigo.
SEÇÃO VI
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 439. É lícito ao menor firmar recibo pelo pagamento dos salários. Tratando-se, porém, de
rescisão do contrato de trabalho, é vedado ao menor de 18 anos dar, sem assistência dos
seus responsáveis legais, quitação ao empregador pelo recebimento da indenização que lhe
for devida.
80
Nota: Ver Convenção OIT nº 182, promulgada pelo Decreto nº 3.597, de 12.09.2000, DOU
13.09.2000, que dispõe sobre a Proibição das Piores Formas de Trabalho Infantil e a Ação
Imediata para sua Eliminação.
Art. 440. Contra os menores de 18 anos não corre nenhum prazo de prescrição.
Nota: Ver Convenção OIT nº 182, promulgada pelo Decreto nº 3.597, de 12.09.2000, DOU
13.09.2000, que dispõe sobre a Proibição das Piores Formas de Trabalho Infantil e a Ação
Imediata para sua Eliminação.
Art. 441. O quadro a que se refere o item I do artigo 405 será revisto bienalmente. (Redação
dada pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
Nota: Ver Portaria SIT/DSST nº 20, de 13.09.2001, DOU 14.09.2001, que especifica as
atividades proibidas ao trabalho do menor de 18 (dezoito) anos.
TÍTULO IV
DO CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO
Doutrina Vinculada
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Parágrafo único. Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não existe
vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores de serviços
daquela. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 8.949, de 09.12.1994)
Nota: Ver Enunciado nº 129, do TST.
Art. 443. O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente,
verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado.
§ 1º. Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência dependa
de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo
acontecimento suscetível de previsão aproximada. (Antigo parágrafo único renumerado pelo
Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
Art. 444. As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes
interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, às
convenções coletivas que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes.
Notas:
1) Ver Constituição/88, artigo 5º, XIII.
2) Ver Enunciado nº 81, do TST.
81
Art. 445. O contrato de trabalho por prazo determinado não poderá ser estipulado por mais de
2 (dois) anos, observada a regra do artigo 451.
Nota: Ver artigo 30 da Lei nº 9.615, de 24.03.1998, DOU 25.03.1998 - Lei Pelé.
Art. 447. Na falta de acordo ou prova sobre condição essencial ao contrato verbal, esta se
presume existente, como se a tivessem estatuído os interessados, na conformidade dos
preceitos jurídicos adequados à sua legitimidade.
§ 2º. Havendo concordata na falência, será facultado aos contratantes tornar sem efeito a
rescisão do contrato de trabalho e consequente indenização, desde que o empregador pague,
no mínimo, a metade dos salários que seriam devidos ao empregado durante o interregno.
Art. 451. O contrato de trabalho por prazo determinado que, tácita ou expressamente, for
prorrogado mais de uma vez, passará a vigorar sem determinação de prazo.
Art. 452. Considera-se por prazo indeterminado todo contrato que suceder, dentro de seis
meses, a outro contrato por prazo determinado, salvo se a expiração deste dependeu da
execução de serviços especializados ou da realização de certos acontecimentos.
82
§ 2º. O ato de concessão de benefício de aposentadoria a empregado que não tiver
completado 35 anos de serviço, se homem, ou trinta, se mulher, importa em extinção do
vínculo empregatício. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.528, de 10.12.1997)
Notas:
1) Ver Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 1.721-3.
Art. 454. (Revogado pela Lei nº 5.772, de 21.12.1971 - artigos 40 e seguintes - Código de
Propriedade Industrial)
Nota: Ver Constituição/88, artigo 5º, XXIX.
Parágrafo único. Ao empreiteiro principal fica ressalvada, nos termos da lei civil, ação
regressiva contra o subempreiteiro e a retenção de importâncias a este devidas, para a
garantia das obrigações previstas neste artigo.
Art. 456. A prova do contrato individual do trabalho será feita pelas anotações constantes da
Carteira de Trabalho e Previdência Social, ou por instrumento escrito e suprida por todos os
meios permitidos em direito.
Parágrafo único. À falta de prova ou inexistindo cláusula expressa a tal respeito, entender-se-á
que o empregado se obrigou a todo e qualquer serviço compatível com a sua condição
pessoal.
Nota: Ver Enunciado nº 256, do TST.
CAPÍTULO II
DA REMUNERAÇÃO
Art. 457. Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além
do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as
gorjetas que receber. (Redação de acordo com a Lei nº 1.999, de 01.10.1953)
Nota: Ver Constituição/88, artigos 7º, VII, VIII, X, XI, 201, § 6º, 218, § 4º.
§ 1º. Integram o salário, não só a importância fixa estipulada, como também as comissões,
percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagem e abonos pagos pelo empregador.
(Redação de acordo com a Lei nº 1.999, de 01.10.1953)
§ 2º. Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para viagem que
não excedam de cinqüenta por cento do salário percebido pelo empregado. (Redação de
acordo com a Lei nº 1.999, de 01.10.1953)
Nota: Ver Enunciados nºs 02, 03, 34, 45, 46, 50, 52, 101, 115, 148, 181, 186, 206, 209, 225,
240, 247, 250 e 251, do TST.
Art. 458. Além do pagamento em dinheiro, compreendem-se no salário, para todos os efeitos
legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações in natura que a empresa, por
83
força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será
permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas. (Redação dada ao caput
pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
Notas:
1) Ver Instrução Normativa SIT nº 30, de 17.10.2002, DOU 21.10.2002, que dispõe sobre os
procedimentos a serem adotados pelos Auditores Fiscais do Trabalho nas ações de
divulgação e fiscalização do Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT.
2) Ver Portaria SIT/DSST nº 66, de 19.12.2003, DOU 22.12.2003, que dispõe sobre o
recadastramento das pessoas jurídicas beneficiárias, fornecedoras e prestadoras de serviços
de alimentação coletiva do Programa de Alimentação do Trabalhador.
§ 1º. Os valores atribuídos às prestações in natura deverão ser justos e razoáveis, não
podendo exceder, em cada caso, os dos percentuais das parcelas componentes do salário
mínimo (artigos 81 e 82). (Redação dada ao parágrafo pelo Decreto-Lei nº 229, de
28.02.1967)
§ 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes
utilidades concedidas pelo empregador:
VI - previdência privada;
VII - (VETADO) (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 10.243, de 19.06.2001, DOU
20.06.2001)
§ 3º. A habitação e a alimentação fornecidas como salário-utilidade deverão atender aos fins a
que se destinam e não poderão exceder, respectivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e
20% (vinte por cento) do salário-contratual. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 8.860, de
24.03.1994)
Notas:
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1) Ver Constituição/88, artigo 7º, IV e VII.
2) Ver Enunciados nºs 241 e 258, do TST.
Art. 459. O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser
estipulado por período superior a um mês, salvo no que concerne a comissões, percentagens
e gratificações.
§ 1º Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o mais tardar,
até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido. (Parágrafo com a redação da Lei nº
7.855, de 24.10.1989)
Notas:
1) Parágrafo numerado conforme a Lei nº 7.855, de 24.10.1989.
Art. 460. Na falta de estipulação do salário ou não havendo prova sobre a importância
ajustada, o empregado terá direito a perceber salário igual ao daquele que, na mesma
empresa, fizer serviço equivalente, ou do que for habitualmente pago para serviço semelhante.
Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo
empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo,
nacionalidade ou idade. (Redação dada ao caput pela Lei nº 1.723, de 08.11.1952)
Nota: Ver Constituição/88, artigo 7º, XXX e XXXI.
§ 1º. Trabalho de igual valor, para os fins deste capítulo, será o que for feito com igual
produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de
serviço não for superior a dois anos. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 1.723, de
08.11.1952)
§ 2º. Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal
organizado em quadro de carreira, hipótese em que as promoções deverão obedecer aos
critérios de antigüidade e merecimento. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 1.723, de
08.11.1952)
Nota: Ver Enunciados nºs 06, 19, 120 e 231, do TST.
§ 3º. No caso do parágrafo anterior, as promoções deverão ser feitas alternadamente por
merecimento e por antigüidade, dentro de cada categoria profissional. (Redação dada ao
parágrafo pela Lei nº 1.723, de 08.11.1952)
§ 4º. O trabalhador readaptado em nova função, por motivo de deficiência física ou mental
atestada pelo órgão competente da Previdência Social, não servirá de paradigma para fins de
equiparação salarial. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 5.798, de 31.08.1972)
Art. 462. Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado,
salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou convenção coletiva.
(Redação dada ao caput pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
Notas:
1) Ver Constituição/88, artigo 7º, X.
2) Ver Lei nº 10.820, de 17.12.2003, DOU 18.12.2003, que dispõe sobre a autorização para
desconto de prestações em folha de pagamento.
85
§ 1º. Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde que esta
possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado. (Antigo parágrafo
único renumerado pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
§ 2º. É vedado à empresa que mantiver armazém para venda de mercadorias aos
empregados ou serviços destinados a proporcionar-lhes prestações in natura exercer qualquer
coação ou induzimento no sentido de que os empregados se utilizem do armazém ou dos
serviços. (Parágrafo acrescentado pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
§ 3º. Sempre que não for possível o acesso dos empregados a armazém ou serviços não
mantidos pela empresa, é lícito à autoridade competente determinar a adoção de medidas
adequadas, visando a que as mercadorias sejam vendidas e os serviços prestados a preços
razoáveis, sem intuito de lucro e sempre em benefício dos empregados. (Parágrafo
acrescentado pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
§ 4º. Observado o disposto neste Capítulo, é vedado às empresas limitar, por qualquer forma,
a liberdade dos empregados de dispor do seu salário. (Parágrafo acrescentado pelo Decreto-
Lei nº 229, de 28.02.1967)
Art. 463. A prestação em espécie do salário será paga em moeda corrente do país.
Parágrafo único. O pagamento do salário realizado com inobservância deste artigo considera-
se como não feito.
Art. 464. O pagamento do salário deverá ser efetuado contra recibo, assinado pelo
empregado; em se tratando de analfabeto, mediante sua impressão digital, ou, não sendo esta
possível, a seu rogo.
Parágrafo único. Terá força de recibo o comprovante de depósito em conta bancária, aberta
para esse fim em nome de cada empregado, com o consentimento deste, em estabelecimento
de crédito próximo ao local de trabalho. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.528, de
10.12.1997)
Nota: Ver Resolução BACEN nº 3.402, de 06.09.2006, DOU 08.09.2006, que dispõe sobre a
prestação de serviços de pagamento de salários, aposentadorias e similares sem cobrança de
tarifas.
Art. 465. O pagamento dos salários será efetuado em dia útil e no local do trabalho, dentro do
horário do serviço ou imediatamente após o encerramento deste, salvo quando efetuado por
depósito em conta bancária, observado o disposto no artigo anterior. (Redação dada pela Lei
nº 9.528, de 10.12.1997)
§ 1º. Nas transações realizadas por prestações sucessivas, é exigível o pagamento das
percentagens e comissões que lhes disserem respeito proporcionalmente à respectiva
liquidação.
§ 2º. A cessação das relações de trabalho não prejudica a percepção das comissões e
percentagens devidas na forma estabelecida por este artigo.
Art. 467. Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia sobre o montante
das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao trabalhador, à data do
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comparecimento à Justiça do Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob pena de
pagá-las acrescidas de cinqüenta por cento. (NR) (Redação dada ao artigo pela Lei nº 10.272,
de 05.09.2001, DOU 06.09.2001)
Notas:
1) Assim dispunha o artigo alterado:
"Art. 467. Em caso de rescisão do contrato de trabalho, motivada pelo empregador ou pelo
empregado, e havendo controvérsia sobre parte da importância dos salários, o primeiro é
obrigado a pagar a este, à data do seu comparecimento ao tribunal do trabalho, a parte
incontroversa dos mesmos salários, sob pena de ser, quanto a essa parte, condenado a pagá-
la em dobro.
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica à União, aos Estados, ao Distrito Federal,
aos Municípios, e às suas autarquias e fundações públicas.(NR) (Parágrafo acrescentado pela
Medida Provisória nº 2.180-35, de 24.08.2001, DOU 27.08.2001)
CAPÍTULO III
DA ALTERAÇÃO
Art. 468. Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas
condições por mútuo consentimento, e, ainda assim, desde que não resultem, direta ou
indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta
garantia.
Nota: Ver Enunciado nº 265, do TST.
Art. 469. Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para
localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não
acarretar necessariamente a mudança de seu domicílio.
§ 1º. Não estão compreendidos na proibição deste artigo os empregados que exerçam cargos
de confiança e aqueles cujos contratos tenham como condição implícita ou explícita, a
transferência, quando esta decorra de real necessidade de serviço. (Redação dada ao
parágrafo pela Lei nº 6.203, de 17.04.1975)
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Nota: Ver Enunciado nº 43, do TST.
CAPÍTULO IV
DA SUSPENSÃO E DA INTERRUPÇÃO
Art. 471. Ao empregado afastado do emprego são asseguradas, por ocasião de sua volta,
todas as vantagens que, em sua ausência, tenham sido atribuídas à categoria a que pertencia
na empresa.
§ 1º. Para que o empregado tenha direito a voltar a exercer o cargo do qual se afastou em
virtude de exigência do serviço militar ou de encargo público, é indispensável que notifique o
empregador dessa intenção, por telegrama ou carta registrada, dentro do prazo máximo de
trinta dias, contados da data em que se verificar a respectiva baixa ou a terminação do
encargo a que estava obrigado. (Revogado parcialmente pelos artigos 60 e 61 da Lei nº 4.375,
de 17.08.1964).
§ 2º. Nos contratos por prazo determinado, o tempo de afastamento, se assim acordarem as
partes interessadas, não será computado na contagem do prazo para a respectiva terminação.
§ 3º. Ocorrendo motivo relevante de interesse para a segurança nacional poderá a autoridade
competente solicitar o afastamento do empregado do serviço ou do local de trabalho, sem que
se configure a suspensão do contrato de trabalho.
§ 4º. O afastamento a que se refere o parágrafo anterior será solicitado pela autoridade
competente diretamente ao empregador, em representação fundamentada, com audiência da
Procuradoria Regional do Trabalho, que providenciará, desde logo, a instalação do
competente inquérito administrativo.
Art. 473. O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço, sem prejuízo do salário:
(Redação do caput e incisos do Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
88
Nota: O item III foi tacitamente revogado pelo artigo 10, § 1º, do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias, que dilatou de 1 para 5 dias o prazo, até regulamentação do texto
pelo Congresso Nacional.
V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos termos da lei
respectiva;
VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para
ingresso em estabelecimento de ensino superior; (Inciso acrescentado pela Lei nº 9.471, de
14.07.1997)
VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo; (Inciso
acrescentado pela Lei nº 9.853, de 27.10.1999, DOU 28.10.1999)
Art. 474. A suspensão do empregado por mais de 30 dias consecutivos importa na rescisão
injusta do contrato de trabalho.
Nota: Ver Enunciado nº 77, do TST.
Art. 475. O empregado que for aposentado por invalidez terá suspenso o seu contrato de
trabalho durante o prazo fixado pelas leis de Previdência Social para a efetivação do benefício.
§ 2º. Se o empregador houver admitido substituto para o aposentado, poderá rescindir, com
este, o respectivo contrato de trabalho sem indenização, desde que tenha havido ciência
inequívoca da interinidade ao ser celebrado o contrato.
Art. 476-A. O contrato de trabalho poderá ser suspenso, por um período de dois a cinco
meses, para participação do empregado em curso ou programa de qualificação profissional
oferecido pelo empregador, com duração equivalente à suspensão contratual, mediante
previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho e aquiescência formal do empregado,
observado o disposto no art. 471 desta Consolidação.
89
§ 1º Após a autorização concedida por intermédio de convenção ou acordo coletivo, o
empregador deverá notificar o respectivo sindicato, com antecedência mínima de quinze dias
da suspensão contratual.
§ 7º O prazo limite fixado no caput poderá ser prorrogado mediante convenção ou acordo
coletivo de trabalho e aquiescência formal do empregado, desde que o empregador arque com
o ônus correspondente ao valor da bolsa de qualificação profissional, no respectivo período.
(NR) (Artigo acrescentado pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 24.08.2001, DOU
27.08.2001, em vigor conforme o art. 2º da EC nº 32/2001)
CAPÍTULO V
DA RESCISÃO
Art. 477. É assegurado a todo empregado, não existindo prazo estipulado para a terminação
do respectivo contrato, e quando não haja ele dado motivo para cessação das relações de
trabalho, o direito de haver do empregador uma indenização, paga na base da maior
remuneração que tenha percebido na mesma empresa. (Redação dada ao caput pela Lei nº
5.584, de 26.06.1970)
Notas:
1) Ver Enunciados nºs 60, 132 e 148, do TST.
2) Ver Portaria MTE nº 329, de 14.08.2002, DOU 15.08.2002, que estabelece procedimentos
para a instalação e o funcionamento das Comissões de Conciliação Prévia e Núcleos
Intersindicais de Conciliação Trabalhista.
90
§ 2º. O instrumento de rescisão ou recibo de quitação, qualquer que seja a causa ou forma de
dissolução do contrato, deve ter especificada a natureza de cada parcela paga ao empregado
e discriminado o seu valor, sendo válida a quitação, apenas, relativamente às mesmas
parcelas. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 5.584, de 26.06.1970)
Nota: Ver Enunciados nºs 41 e 54, do TST.
§ 3º. Quando não existir na localidade nenhum dos órgãos previstos neste artigo, a assistência
será prestada pelo Representante do Ministério Público, ou, onde houver, pelo Defensor
Público e, na falta ou impedimento destes, pelo Juiz de Paz. (Redação dada ao parágrafo pela
Lei nº 5.584, de 26.06.1970)
§ 4º. O pagamento a que fizer jus o empregado será efetuado no ato da homologação da
rescisão do contrato de trabalho, em dinheiro ou em cheque visado, conforme acordem as
partes, salvo se o empregado for analfabeto, quando o pagamento somente poderá ser feito
em dinheiro. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 5.584, de 26.06.1970)
§ 5º. Qualquer compensação no pagamento de que trata o parágrafo anterior não poderá
exceder o equivalente a um mês de remuneração do empregado. (Redação dada ao parágrafo
pela Lei nº 5.584, de 26.06.1970)
§ 7º. O ato da assistência na rescisão contratual (parágrafos 1º e 2º) será sem ônus para o
trabalhador e empregador. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)
§ 8º. A inobservância do disposto no § 6º deste artigo sujeitará o infrator à multa de 160 BTN,
por trabalhador, bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado, em valor
equivalente ao seu salário, devidamente corrigido pelo índice de variação do BTN, salvo
quando, comprovadamente, o trabalhador der causa à mora. (Parágrafo acrescentado pela Lei
nº 7.855, de 24.10.1989)
Art. 478. A indenização devida pela rescisão de contrato por prazo indeterminado será de um
mês de remuneração por ano de serviço efetivo, ou por ano e fração igual ou superior a seis
meses.
§ 1º. O primeiro ano de duração do contrato por prazo indeterminado é considerado como
período de experiência, e, antes que se complete, nenhuma indenização será devida.
§ 2º. Se o salário for pago em dia, o cálculo da indenização terá por base 30 (trinta) dias.
§ 3º. Se pago por hora, a indenização apurar-se-á na base de 220 (duzentas e vinte) horas por
mês (artigo 7º, XIII, da CF).
Nota: Ver Súmula nº 459 do STF.
§ 4º. Para os empregados que trabalhem à comissão ou que tenham direito a percentagens, a
indenização será calculada pela média das comissões ou percentagens percebidas nos
últimos 12 (doze) meses de serviço. (Redação dada ao parágrafo pelo Decreto-Lei nº 229, de
28.02.1967)
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§ 5º. Para os empregados que trabalhem por tarefa ou serviço feito, a indenização será
calculada na base média do tempo costumeiramente gasto pelo interessado para realização
de seu serviço, calculando-se o valor do que seria feito durante trinta dias.
Notas:
1) Ver Enunciados nºs 78, 148 e 152, do TST.
2) Ver Lei nº 8.036, de 11.05.1990.
Art. 479. Nos contratos que tenham termo estipulado, o empregador que, sem justa causa,
despedir o empregado, será obrigado a pagar-lhe, a título de indenização, e por metade, a
remuneração a que teria direito até o termo do contrato.
Parágrafo único. Para a execução do que dispõe o presente artigo, o cálculo da parte variável
ou incerta dos salários será feito de acordo com o prescrito para o cálculo da indenização
referente à rescisão dos contratos por prazo indeterminado.
Art. 480. Havendo termo estipulado, o empregado não se poderá desligar do contrato, sem
justa causa, sob pena de ser obrigado a indenizar o empregador dos prejuízos que desse fato
lhe resultarem.
§ 1º. A indenização, porém, não poderá exceder àquela a que teria direito o empregado em
idênticas condições.
§ 2º. (Revogado pela Lei nº 6.533, de 24.05.1978 - DOU 26.05.1978)
Art. 481. Aos contratos por prazo determinado, que contiverem cláusula assecuratória do
direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado, aplicam-se, caso seja
exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que regem a rescisão dos contratos
por prazo indeterminado.
Nota: Ver Enunciado nº 163, do TST.
Art. 482. Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador:
a) ato de improbidade;
Nota: Ver Constituição/88, artigo 37, §§ 4º e 5º.
c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando
constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial
ao serviço;
i) abandono de emprego;
92
Nota: Ver Enunciados nºs 32, 62 e 73, do TST.
j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas
físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
k) ato lesivo da honra e boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e
superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
Parágrafo único. Constitui igualmente justa causa para dispensa de empregado, a prática,
devidamente comprovada em inquérito administrativo, de atos atentatórios à segurança
nacional. (Parágrafo acrescentado pelo Decreto-Lei nº 3, de 27.01.1966)
Notas:
1) Ver Constituição/88, artigo 109, VI.
2) Ver Enunciados nºs 77 e 150, do TST.
Art. 484. Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato de trabalho, o
tribunal de trabalho reduzirá a indenização à que seria devida em caso de culpa exclusiva do
empregador, por metade.
Nota: Ver Enunciado nº 14, do TST.
Art. 485. Quando cessar a atividade da empresa por morte do empregador, os empregados
terão direito, conforme o caso, à indenização a que se referem os artigos 477 e 497.
Art. 486. No caso de paralisação temporária ou definitiva do trabalho, motivada por ato de
autoridade municipal, estadual ou federal, ou pela promulgação de lei ou resolução que
impossibilite a continuação da atividade, prevalecerá o pagamento da indenização, que ficará
a cargo do governo responsável. (Redação dada pela Lei nº 1.530, de 26.12.1951)
§ 1º. Sempre que o empregador invocar em sua defesa o preceito do presente artigo, o
tribunal do trabalho competente notificará a pessoa de direito público apontada como
responsável pela paralisação do trabalho, para que, no prazo de 30 dias, alegue o que
entender devido, passando a figurar no processo como chamada à autoria. (Redação dada
pelo Decreto-Lei nº 6.110, de 16.12.1943)
§ 2º. Sempre que a parte interessada, firmada em documento hábil, invocar defesa baseada
na disposição deste artigo e indicar qual o juiz competente, será ouvida a parte contrária, para,
dentro de três dias, falar sobre essa alegação. (Redação dada pela Lei nº 1.530, de
26.12.1951)
§ 3º. Verificada qual a autoridade responsável, a Junta de Conciliação ou Juiz dar-se-á por
incompetente, remetendo os autos ao Juiz da Justiça Federal, perante o qual correrá o feito
nos termos previstos no processo comum. (Redação dada pela Lei nº 1.530, de 26.12.1951)
CAPÍTULO VI
DO AVISO PRÉVIO
Art. 487. Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o
contrato, deverá avisar a outra da sua resolução, com a antecedência mínima de:
I - oito dias, se o pagamento for efetuado por semana ou tempo inferior; (Redação dada pela
Lei nº 1.530, de 26.12.1951)
Jurisprudência Vinculada
93
II - trinta dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que tenham mais de doze meses
de serviço na empresa. (Redação dada pela Lei nº 1.530, de 26.12.1951)
Notas:
1) Ver Constituição/88, artigo 7º, XXI.
2) Ver Enunciados nºs 05, 73, 76, 94, 182, 230 e 276, do TST.
3) Ver Súmula nº 79, do TFR.
§ 1º. A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários
correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu
tempo de serviço.
§ 3º. Em se tratando de salário pago na base de tarefa, o cálculo, para os efeitos dos
parágrafos anteriores, será feito de acordo com a média dos últimos doze meses de serviço.
§ 4º. É devido o aviso prévio na despedida indireta. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 7.108,
de 05.07.1983)
Nota: Ver Enunciados nºs 05, 44, 73 e 163, do TST.
§ 5º O valor das horas extraordinárias habituais integra o aviso prévio indenizado. (AC)
(Parágrafo acrescentado pela Lei nº 10.218, de 11.04.2001, DOU 12.04.2001)
§ 6º O reajustamento salarial coletivo, determinado no curso do aviso prévio, beneficia o
empregado pré-avisado da despedida, mesmo que tenha recebido antecipadamente os
salários correspondentes ao período do aviso, que integra seu tempo de serviço para todos os
efeitos legais. (AC) (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 10.218, de 11.04.2001, DOU
12.04.2001)
Parágrafo único. É facultado ao empregado trabalhar sem a redução das 2 (duas) horas
diárias prevista neste artigo, caso em que poderá faltar ao serviço, sem prejuízo do salário
integral, por 1 (um) dia, na hipótese do inciso I, e por 7 (sete) dias corridos, na hipótese do
inciso II do artigo 487 desta Consolidação. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 7.093, de
25.04.1983)
Art. 489. Dado o aviso prévio, a rescisão torna-se efetiva depois de expirado o respectivo
prazo, mas, se a parte notificante reconsiderar o ato, antes do seu termo, à outra parte é
facultado aceitar ou não a reconsideração.
Art. 490. O empregador que, durante o prazo do aviso prévio dado ao empregado, praticar ato
que justifique a rescisão imediata do contrato, sujeita-se ao pagamento da remuneração
correspondente ao prazo do referido aviso, sem prejuízo da indenização que for devida.
Art. 491. O empregado que, durante o prazo do aviso prévio, cometer qualquer das faltas
consideradas pela lei como justas para a rescisão, perde o direito ao restante do respectivo
prazo.
94
CAPÍTULO VII
DA ESTABILIDADE
Art. 492. O empregado que contar mais de dez anos de serviço na mesma empresa não
poderá ser despedido senão por motivo de falta grave ou circunstância de força maior,
devidamente comprovadas.
Notas:
1) Ver Constituição/88, artigo 7º, I, II, III.
2) Ver ADCT, artigo 10, I.
Parágrafo único. Considera-se como de serviço todo o tempo em que o empregado esteja à
disposição do empregador.
Nota: Ver Enunciados nº 21, 54 e 138 do TST.
Art. 493. Constitui falta grave a prática de qualquer dos fatos a que se refere o artigo 482,
quando por sua repetição ou natureza representem séria violação dos deveres e obrigações
do empregado.
Art. 494. O empregado acusado de falta grave poderá ser suspenso de suas funções, mas a
sua despedida só se tornará efetiva após o inquérito em que se verifique a procedência da
acusação.
Nota: Ver Orientação Jurisprudencial da SDI-II nº 137.
Parágrafo único. A suspensão, no caso deste artigo, perdurará até a decisão final do
processo.
Art. 495. Reconhecida a inexistência de falta grave praticada pelo empregado, fica o
empregador obrigado a readmiti-lo no serviço e a pagar-lhe os salários a que teria direito no
período da suspensão.
Art. 496. Quando a reintegração do empregado estável for desaconselhável, dado o grau de
incompatibilidade resultante do dissídio, especialmente quando for o empregador pessoa
física, o tribunal do trabalho poderá converter aquela obrigação em indenização devida nos
termos do artigo seguinte.
Art. 499. Não haverá estabilidade no exercício dos cargos de diretoria, gerência ou outros de
confiança imediata do empregador, ressalvado o cômputo do tempo de serviço para todos os
efeitos legais.
§ 1º. Ao empregado garantido pela estabilidade, que deixar de exercer cargo de confiança, é
assegurada, salvo no caso de falta grave, a reversão ao cargo efetivo que haja anteriormente
ocupado.
95
§ 2º. Ao empregado despedido sem justa causa, que só tenha exercido cargo de confiança e
que contar mais de dez anos de serviço na mesma empresa, é garantida a indenização
proporcional ao tempo de serviço nos termos dos artigos 477 e 478.
Nota: Ver Enunciado nº 98, do TST.
Art. 500. O pedido de demissão do empregado estável só será válido quando feito com a
assistência do respectivo Sindicato e, se não o houver, perante autoridade local competente
do Ministério do Trabalho ou da Justiça do Trabalho. (Redação dada ao artigo pela Lei nº
5.584, de 26.06.1970)
CAPÍTULO VIII
DA FORÇA MAIOR
Art. 501. Entende-se como força maior todo acontecimento inevitável, em relação à vontade
do empregador, e para a realização do qual este não concorreu direta ou indiretamente.
§ 2º. À ocorrência do motivo de força maior que não afetar substancialmente, nem for
suscetível de afetar, em tais condições, a situação econômica e financeira da empresa, não se
aplicam as restrições desta lei referentes ao disposto neste capítulo.
Art. 502. Ocorrendo motivo de força maior que determine a extinção da empresa, ou de um
dos estabelecimentos em que trabalhe o empregado, é assegurada a este, quando despedido,
uma indenização na forma seguinte:
II - não tendo direito à estabilidade, metade da que seria devida em caso de rescisão sem
justa causa;
III - havendo contrato por prazo determinado, aquela a que se refere o artigo 479 desta lei,
reduzida igualmente à metade.
Art. 503. É lícita, em caso de força maior ou prejuízos devidamente comprovados, a redução
geral dos salários dos empregados da empresa, proporcionalmente aos salários de cada um,
não podendo, entretanto, ser superior a 25%, respeitado, em qualquer caso, o salário mínimo.
Art. 504. Comprovada a falsa alegação do motivo de força maior, é garantida a reintegração
aos empregados estáveis e aos não estáveis o complemento da indenização já percebida,
assegurado a ambos o pagamento da remuneração atrasada.
CAPÍTULO IX
DISPOSIÇÕES ESPECIAIS
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Art. 505. São aplicáveis aos trabalhadores rurais os dispositivos constantes dos Capítulos I, II,
VI do presente Título.
Nota: Ver Lei nº 5.889, de 08.06.1973, que ampliou os direitos trabalhistas dos trabalhadores
rurais.
Art. 506. No contrato de trabalho agrícola é lícito o acordo que estabelecer a remuneração in
natura, contanto que seja de produtos obtidos pela exploração do negócio e não exceda de
um terço do salário total do empregado.
Nota: Ver Lei nº 5.889, de 08.06.1973.
Art. 507. As disposições do Capítulo VII do presente Título não serão aplicáveis aos
empregados em consultórios ou escritórios de profissionais liberais.
Art. 508. Considera-se justa causa, para efeito de rescisão de contrato de trabalho de
empregado bancário, a falta contumaz de pagamento de dívidas legalmente exigíveis.
Art. 510. Pela infração das proibições constantes deste Título, será imposta à empresa a multa
de valor igual a 30 (trinta) valores-de-referência regionais, elevada ao dobro no caso de
reincidência, sem prejuízo das demais cominações legais. (Redação dada pela Lei nº 5.562,
de 12.12.1968, e de acordo com a Lei nº 7.855, de 24.10.1989)
Nota: Ver a Portaria MTb nº 290, de 11.04.1997, que aprova normas para a imposição de
multas administrativas previstas na legislação trabalhista.
TÍTULO V
DA ORGANIZAÇÃO SINDICAL
CAPÍTULO I
DA INSTITUIÇÃO SINDICAL
SEÇÃO I
DA ASSOCIAÇÃO EM SINDICATO
Art. 511. É lícita a associação para fins de estudo, defesa e coordenação dos seus interesses
econômicos ou profissionais de todos os que, como empregadores, empregados, agentes ou
trabalhadores autônomos, ou profissionais liberais, exerçam, respectivamente, a mesma
atividade ou profissão ou atividades ou profissões similares ou conexas.
Nota: Ver Súmulas nºs 629, 630 e 677 do STF.
§ 3º. Categoria profissional diferenciada é a que se forma dos empregados que exerçam
profissões ou funções diferenciadas por força de estatuto profissional especial ou em
consequência de condições de vida singulares.
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Art. 512. Somente as associações profissionais constituídas para os fins e na forma do artigo
anterior e registradas de acordo com o artigo 558 poderão ser reconhecidas como sindicatos e
investidas nas prerrogativas definidas nesta lei. (Prejudicado pelo artigo 8º da nova
Constituição)
b) celebrar convenções coletivas de trabalho; (Redação dada à alínea pelo Decreto-Lei nº 229,
de 28.02.1967)
d) colaborar com o Estado, como órgãos técnicos e consultivos, no estudo e solução dos
problemas que se relacionam com a respectiva categoria ou profissão liberal; (Alínea
acrescentada pela Lei nº 6.200, de 16.04.1975)
Nota: Ver Constituição Federal artigo 10.
Notas:
1) Ver Enunciado nº 224, do TST.
2) Ver Constituição Federal artigo 8º, IV.
3) Ver Portaria MTE nº 160, de 13.04.2004, DOU 16.04.2004, que dispõe sobre o desconto em
folha de pagamento de salário das contribuições instituídas pelos sindicatos.
d) sempre que possível e de acordo com as suas possibilidades, manter no seu quadro de
pessoal, em convênio com entidades assistenciais ou por conta própria, um assistente social
com as atribuições específicas de promover a cooperação operacional na empresa e a
integração profissional na classe. (Alínea acrescentada pela Lei nº 6.200, de 16.04.1975)
SEÇÃO II
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DO RECONHECIMENTO E INVESTIDURA SINDICAL
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"Art. 519. A investidura sindical será conferida sempre à associação profissional mais
representativa, a juízo do Ministro do Trabalho, constituindo elementos para essa apreciação,
entre outros (revogado):
a) o número de associados;
b) os serviços sociais fundados e mantidos;
c) o valor do patrimônio."
SEÇÃO III
DA ADMINISTRAÇÃO DO SINDICATO
Art. 522. A administração do sindicato será exercida por uma diretoria constituída, no máximo,
de sete e, no mínimo, de três membros e de um conselho fiscal composto de três membros,
eleitos esses órgãos pela assembléia geral.
§ 3º. Constituirá atribuição exclusiva da diretoria do sindicato e dos delegados sindicais, a que
se refere o artigo 523, a representação e a defesa dos interesses da entidade perante os
poderes públicos e as empresas, salvo mandatário com poderes outorgados por procuração
da diretoria ou associado investido em representação prevista em lei. (Parágrafo acrescentado
pelo Decreto-Lei nº 9.502, de 23.07.1946)
Art. 523. Os delegados sindicais destinados à direção das delegacias ou seções instituídas na
forma estabelecida no § 2º do artigo 517 serão designados pela diretoria dentre os associados
radicados no território da correspondente delegacia.
100
Art. 524. Serão sempre tomadas por escrutínio secreto, na forma estatutária, as deliberações
da assembléia geral concernentes aos seguintes assuntos: (Redação dada ao caput pela Lei
nº 2.693, de 23.12.1955)
§ 1º. A eleição para cargos de diretoria e conselho fiscal será realizada por escrutínio secreto,
durante seis horas contínuas pelo menos, na sede do sindicato, na de suas delegacias e
seções e nos principais locais de trabalho, onde funcionarão as mesas coletoras designadas
pelos Delegados Regionais do Trabalho. (Parágrafo acrescentado pelo Decreto-Lei nº 9.502,
de 23.07.1946)
§ 3º. A mesa apuradora será presidida por membro do Ministério Público do Trabalho, ou
pessoa de notória idoneidade, designada pelo Procurador-geral da Justiça do Trabalho ou
procuradores regionais. (Parágrafo acrescentado pelo Decreto-Lei nº 9.502, de 23.07.1946)
§ 4º. O pleito só será válido na hipótese de participarem da votação mais de 2/3 (dois terços)
dos associados com capacidade para votar. Não obtido esse coeficiente, será realizada nova
eleição dentro de 15 (quinze) dias a qual terá validade se nela tomarem parte mais de 50%
(cinqüenta por cento) dos referidos associados. Na hipótese de não ter sido alcançado, na
segunda votação, o coeficiente exigido, será realizado o terceiro e último pleito, cuja validade
dependerá de voto de mais 40% (quarenta por cento) dos aludidos associados, proclamando o
presidente da mesa apuradora em qualquer dessas hipóteses os eleitos, os quais serão
empossados automaticamente na data do término do mandato expirante, não tendo efeito
suspensivo os protestos ou recursos oferecidos na conformidade da lei. (Parágrafo
acrescentado pelo Decreto-Lei nº 9.502, de 23.07.1946, modificado pela Lei nº 2.693, de
23.12.1955)
101
§ 5º. Não sendo atingido o coeficiente legal para a eleição, o Ministério do Trabalho declarará
a vacância da administração, a partir do término do mandato dos membros em exercício, e
designará administrador para o sindicato, realizando-se novas eleições dentro de seis meses.
(Parágrafo acrescentado pelo Decreto-Lei nº 9.502, de 23.07.1946)
Art. 527. Na sede de cada sindicato haverá um livro de registro, autenticado pelo funcionário
competente do Ministério do Trabalho, e do qual deverão constar:
SEÇÃO IV
102
DAS ELEIÇÕES SINDICAIS
Art. 529. São condições para o exercício do direito do voto como para a investidura em cargo
de administração ou representação econômica ou profissional:
a) ter o associado mais de seis meses de inscrição no quadro social e mais de dois anos de
exercício da atividade ou da profissão; (Redação dada à alínea pelo Decreto-lei nº 8.080, de
11.10.1945)
Notas:
1) Ver Constituição Federal, artigo 8º, VII;
2) Ver Súmula 04/90, do TSJ.
Art. 530. Não podem ser eleitos para cargos administrativos ou de representação econômica
ou profissional, nem permanecer no exercício desses cargos: (Redação dada ao caput pelo
Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
III - os que não estiverem desde dois (2) anos antes, pelo menos, no exercício efetivo da
atividade ou da profissão dentro da base territorial do sindicato, ou no desempenho de
representação econômica ou profissional; (Redação dada ao inciso pelo Decreto-Lei nº 229,
de 28.02.1967)
IV - os que tiverem sido condenados por crime doloso enquanto persistirem os efeitos da
pena; (Redação dada ao inciso pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
V - os que não estiverem no gozo de seus direitos políticos; (Redação dada ao inciso pelo
Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
VI - (Revogado pela Lei nº 8.865, de 29.03.1994)
Doutrina Vinculada
Art. 531. Nas eleições para cargo de diretoria e do conselho fiscal serão considerados eleitos
os candidatos que obtiverem maioria absoluta de votos em relação ao total dos associados
eleitores.
§ 1º. Não concorrendo à primeira convocação maioria absoluta de eleitores, ou não obtendo
nenhum dos candidatos essa maioria, proceder-se-á à nova convocação para dia posterior,
103
sendo então considerados eleitos os candidatos que obtiverem maioria dos eleitores
presentes.
§ 2º. Havendo somente uma chapa registrada para as eleições, poderá a assembléia, em
última convocação, ser realizada duas horas após a primeira convocação, desde que do edital
respectivo conste essa advertência.
§ 3º. Concorrendo mais de uma chapa, poderá o Ministério do Trabalho designar o presidente
da seção eleitoral, desde que o requeiram os associados que encabeçarem as respectivas
chapas. (Redação dada ao parágrafo pelo Decreto-Lei nº 8.080, de 11.10.1945)
Art. 532. As eleições para a renovação da diretoria e do conselho fiscal deverão ser
procedidas dentro do prazo máximo de sessenta dias e mínimo de trinta dias, antes do término
do mandato dos dirigentes em exercício. (Redação dada ao caput pelo Decreto-Lei nº 8.080,
de 11.10.1945)
§ 1º. Não havendo protesto na ata da assembléia eleitoral ou recurso interposto por algum dos
candidatos, dentro de quinze dias a contar da data das eleições, a posse da diretoria eleita
independerá da aprovação das eleições pelo Ministério do Trabalho. (Redação dada ao
parágrafo pelo Decreto-Lei nº 8.080, de 11.10.1945)
§ 2º. Competirá à diretoria em exercício, dentro de trinta dias da realização das eleições e não
tendo havido recurso, dar publicidade ao resultado do pleito, fazendo comunicação ao órgão
local do Ministério do Trabalho da relação dos eleitos, com os dados pessoais de cada um e a
designação da função que vai exercer. (Redação dada ao parágrafo pelo Decreto-Lei nº 8.080,
de 11.10.1945)
§ 3º. Havendo protesto na ata da assembléia eleitoral ou recurso interposto dentro de quinze
dias da realização das eleições, competirá à diretoria em exercício encaminhar, devidamente
instruído, o processo eleitoral ao órgão local do Ministério do Trabalho, que o encaminhará
para decisão do Ministro do Estado. Nesta hipótese permanecerão na administração, até
despacho final do processo, a diretoria e o conselho fiscal que se encontrem em exercício.
(Redação dada ao parágrafo pelo Decreto-Lei nº 8.080, de 11.10.1945)
§ 4º. Não se verificando as hipóteses previstas no parágrafo anterior, a posse da nova diretoria
deverá se verificar dentro de trinta dias subsequentes ao término do mandato da anterior.
(Redação dada ao parágrafo pelo Decreto-Lei nº 8.080, de 11.10.1945)
SEÇÃO V
DAS ASSOCIAÇÕES SINDICAIS DE GRAU SUPERIOR
Art. 534. É facultado aos sindicatos, quando em número não inferior a 5 (cinco), desde que
representem a maioria absoluta de um grupo de atividades ou de profissões idênticas,
similares ou conexas, organizarem-se em federação. (Redação dada pela Lei nº 3.265, de
22.09.1957)
104
§ 1º. Se já existir federação no grupo de atividades ou profissões em que deva ser constituída
a nova entidade, a criação desta não poderá reduzir a menos de 5 (cinco) o número de
sindicatos que àquela devam continuar filiados. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 3.265, de
22.09.1957)
§ 2º. As federações serão constituídas por Estados, podendo o Ministro do Trabalho autorizar
a constituição de federações interestaduais ou nacionais. (Antigo parágrafo 1º renumerado
pela Lei nº 3.265, de 22.09.1957)
§ 3º. É permitido a qualquer federação, para o fim de lhes coordenar os interesses, agrupar os
sindicatos de determinado município ou região a ela filiados, mas a união não terá direito de
representação das atividades ou profissões agrupadas. (Antigo parágrafo 2º renumerado pela
Lei nº 3.265, de 22.09.1957)
Art. 535. As confederações organizar-se-ão com o mínimo de três federações e terão sede na
Capital da República.
Art. 537. O pedido de reconhecimento de uma federação será dirigido ao Ministro do Trabalho
acompanhado de um exemplar dos respectivos estatutos e das cópias autenticadas das atas
da assembléia de cada sindicato ou federação que autoriza a filiação.
§ 2º. A carta de reconhecimento das federações será expedida pelo Ministro do Trabalho, na
qual será especificada a coordenação econômica ou profissional conferida e mencionada a
base territorial outorgada.
§ 3º. O reconhecimento das confederações será feito por decreto do Presidente da República.
105
Art. 538. A administração das federações e confederações será exercida pelos seguintes
órgãos:
a) Diretoria;
b) Conselho de Representantes;
§ 2º. Só poderão ser eleitos os integrantes dos grupos das federações ou dos planos de
confederações, respectivamente. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 2.693, de
23.12.1955)
§ 3º. O presidente da federação ou confederação será escolhido dentre os seus membros,
pela diretoria. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 2.693, de 23.12.1955)
§ 4º. O Conselho de Representantes será formado pelas delegações dos sindicatos ou das
federações filiadas, constituída cada delegação de 2 (dois) membros com mandato por 3 (três)
anos, cabendo um voto a cada delegação. (Redação dada ao parágrafo pelo Decreto-Lei nº
771, de 19.08.1969)
Jurisprudência Vinculada
Art. 539. Para a constituição e administração das federações serão observadas, no que for
aplicável, as disposições das Seções II e III do presente Capítulo.
SEÇÃO VI
DOS DIREITOS DOS EXERCENTES DE ATIVIDADES OU PROFISSÕES E DOS
SINDICALIZADOS
Art. 540. A toda empresa ou indivíduo que exerçam, respectivamente, atividade ou profissão,
desde que satisfaçam às exigências desta lei, assiste o direito de ser admitido no sindicato da
respectiva categoria, salvo o caso de falta de idoneidade, devidamente comprovada, com
recurso para o Ministério do Trabalho.
§ 1º. Perderá os direitos de associado o sindicalizado que por qualquer motivo deixar o
exercício de atividade ou de profissão.
Art. 541. Os que exercerem determinada atividade ou profissão onde não haja sindicato da
respectiva categoria, ou de atividade ou profissão similar ou conexa, poderão filiar-se a
sindicato de profissão idêntica, similar ou conexa, existente na localidade mais próxima.
106
Parágrafo único. O disposto neste artigo se aplica aos sindicatos em relação às respectivas
federações, na conformidade do quadro de atividades e profissões a que se refere o artigo
577.
Art. 542. De todo o ato lesivo de direitos ou contrários a esta lei, emanado da diretoria, do
conselho ou da assembléia geral da entidade sindical, poderá qualquer exercente de atividade
ou profissão recorrer, dentro de 30 dias, para a autoridade competente do Ministério do
Trabalho.
§ 5º. Para os fins deste artigo, a entidade sindical comunicará por escrito à empresa, dentro de
24 (vinte e quatro) horas, o dia e a hora do registro da candidatura do seu empregado e, em
igual prazo, sua eleição e posse, fornecendo, outrossim, a este comprovante no mesmo
sentido. O Ministério do Trabalho fará no mesmo prazo a comunicação no caso da designação
referida no final do § 4º. (Redação dada ao parágrafo pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
§ 6º. A empresa que, por qualquer modo, procurar impedir que o empregado se associe ao
sindicato, organize associação profissional ou sindical ou exerça os direitos inerentes à
condição de sindicalizado, fica sujeita à penalidade prevista na letra "a" do artigo 553, sem
prejuízo da reparação a que tiver direito o empregado. (Redação dada ao parágrafo pelo
Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
I - para a admissão nos trabalhos de empresa que explore serviços públicos ou mantenha
contrato com os poderes públicos; (Redação dada ao inciso pelo Decreto-Lei nº 229, de
28.02.1967)
107
II - para ingresso em funções públicas ou assemelhadas, em caso de cessação coletiva de
trabalho por motivo de fechamento de estabelecimento; (Redação dada ao inciso pelo
Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
III - nas concorrências para aquisição de casa própria, pelo Plano Nacional de Habitação ou
por intermédio de quaisquer instituições públicas; (Redação dada ao inciso pelo Decreto-Lei nº
229, de 28.02.1967)
IV - nos loteamentos urbanos ou rurais, promovidos pela União, por seus órgãos de
administração direta ou indireta ou sociedade de econmia mista;
VIII - para admissão nos serviços portuários e anexos, na forma da legislação específica;
Art. 545. Os empregadores ficam obrigados a descontar em folha de pagamento dos seus
empregados, desde que por eles devidamente autorizados, as contribuições devidas ao
sindicato, quando por este notificados, salvo quanto à contribuição sindical, cujo desconto
independe dessas formalidades. (Redação dada ao caput pelo Decreto-Lei nº 925, de
10.10.1969)
Nota: Ver Portaria MTE nº 160, de 13.04.2004, DOU 16.04.2004, que dispõe sobre o desconto
em folha de pagamento de salário das contribuições instituídas pelos sindicatos.
Parágrafo único. Antes da posse ou exercício das funções a que alude o artigo anterior ou de
concessão dos favores, será indispensável comprovar a sindicalização, ou oferecer prova
108
mediante certidão negativa, da autoridade regional do Ministério do Trabalho, de que não
existe sindicato no local onde o interessado exerce a respectiva atividade ou profissão.
SEÇÃO VII
DA GESTÃO FINANCEIRA DO SINDICATO E SUA FISCALIZAÇÃO
a) as contribuições devidas aos sindicatos pelos que participem das categorias econômicas ou
profissionais ou das profissões liberais representadas pelas referidas entidades, sob a
denominação de contribuição sindical, pagas e arrecadadas na forma do Capítulo III deste
Título;
d) as doações e legados;
Art. 549. A receita dos sindicatos, federações e confederações só poderá ter aplicação na
forma prevista nos respectivos orçamentos anuais, obedecidas as disposições estabelecidas
na lei e nos seus estatutos.
§ 1º. Para alienação, locação ou aquisição de bens imóveis, ficam as entidades sindicais
obrigadas a realizar avaliação prévia, pela Caixa Econômica Federal ou pelo Banco Nacional
da Habitação ou, ainda, por qualquer outra organização legalmente habilitada a tal fim.
§ 2º. Os bens imóveis das entidades sindicais não serão alienados sem a prévia autorização
das respectivas assembléias gerais, reunidas com a presença da maioria absoluta dos
associados com direito a voto ou dos Conselhos de Representantes com a maioria absoluta
dos seus membros.
§ 3º. Caso não seja obtido o quorum estabelecido no parágrafo anterior, a matéria poderá ser
decidida em nova assembléia geral, reunida com qualquer número de associados com direito
a voto, após o transcurso de 10 (dez) dias da primeira convocação.
§ 4º. Nas hipóteses previstas nos §§ 2º e 3º a decisão somente terá validade se adotada pelo
mínimo de 2/3 (dois terços) dos presentes, em escrutínio secreto.
§ 6º. A venda do imóvel será efetuada pela diretoria da entidade, após a decisão da
Assembléia Geral ou do Conselho de Representantes, mediante concorrência pública, com
edital publicado no "Diário Oficial" da União e na imprensa diária, com antecedência mínima
de 30 (trinta) dias da data de sua realização.
§ 7º. Os recursos destinados ao pagamento total ou parcelado dos bens imóveis adquiridos
serão consignados, obrigatoriamente, nos orçamentos anuais das entidades sindicais.
(Redação dada ao artigo pela Lei nº 6.386, de 09.12.1976)
109
Art. 550. Os orçamentos das entidades sindicais serão aprovados, em escrutínio secreto,
pelas respectivas Assembléias Gerais ou Conselho de Representantes, até 30 (trinta) dias
antes do início do exercício financeiro a que se referem, e conterão a discriminação da receita
e da despesa, na forma das instruções e modelos expedidos pelo Ministério do Trabalho.
§ 4º. A abertura dos créditos adicionais depende da existência de receita para sua
compensação, considerando-se, para esse efeito, desde que não comprometidos:
§ 5º. Para efeito orçamentário e contábil sindical, o exercício financeiro coincidirá com o ano
civil, a ele pertencendo todas as receitas arrecadadas e as despesas compromissadas.
(Redação dada ao artigo pela Lei nº 6.386, 09.12.1976)
Art. 551. Todas as operações de ordem financeira e patrimonial serão evidenciadas pelos
registros contábeis das entidades sindicais, executados sob a responsabilidade de contabilista
legalmente habilitado, em conformidade com o plano de contas e as instruções baixadas pelo
Ministério do Trabalho.
§ 1º. A escrituração contábil a que se refere este artigo será baseada em documentos de
receita e despesa, que ficarão arquivados nos serviços de contabilidade, à disposição dos
órgãos responsáveis pelo acompanhamento administrativo e da fiscalização financeira da
própria entidade, ou do controle que poderá ser exercido pelos órgãos da União, em face da
legislação específica.
110
§ 2º. Os documentos comprobatórios dos atos de receita e despesa, a que se refere o
parágrafo anterior, poderão ser incinerados, após decorridos 5 (cinco) anos da data de
quitação das contas pelo órgão competente.
§ 3º. É obrigatório o uso do livro Diário, encadernado, com folhas seguidas e tipograficamente
numeradas, para a escrituração, pelo método das partidas dobradas, diretamente ou por
reprodução, dos atos ou operações que modifiquem ou venham a modificar a situação
patrimonial da entidade, o qual conterá, respectivamente, na primeira e na última páginas, os
termos de abertura e de encerramento.
§ 4º. A entidade sindical que se utilizar de sistema mecânico ou eletrônico para sua
escrituração contábil, poderá substituir o Diário e os livros facultativos ou auxiliares por fichas
ou formulários contínuos, cujos lançamentos deverão satisfazer a todos os requisitos e normas
de escrituração exigidos com relação aos livros mercantis, inclusive no que respeita a termos
de abertura e de encerramento e numeração sequencial e tipográfica.
§ 7º. As entidades sindicais manterão registro específico dos bens de qualquer natureza de
sua propriedade, em livros ou fichas próprias, que atenderão às mesmas formalidades
exigidas para o livro Diário, inclusive no que se refere ao registro e autenticação da Delegacia
Regional do Trabalho local.
§ 8º. As contas dos administradores das entidades sindicais serão aprovadas, em escrutínio
secreto, pelas respectivas Assembléias Gerais ou Conselhos de Representantes, com prévio
parecer do Conselho Fiscal, cabendo ao Ministro do Trabalho estabelecer prazos e
procedimentos para sua elaboração e destinação. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 6.386,
09.12.1976)
SEÇÃO VIII
DAS PENALIDADES
Art. 553. As infrações ao disposto neste capítulo serão punidas, segundo seu caráter e a sua
gravidade, com as seguintes penalidades: (Redação dada ao caput nos termos da Lei nº
6.205, 29.04.1975)
111
d) fechamento de sindicato, federação ou confederação por prazo nunca superior a 6 (seis)
meses;
f) multa de 1/3 (um terço) do salário mínimo regional, aplicável ao associado que deixar de
cumprir, sem causa justificada, o disposto no parágrafo único do artigo 529. (Alínea
acrescentada pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
§ 1º. A imposição de penalidades aos administradores não exclui a aplicação das que este
artigo prevê para a associação. (Antigo parágrafo único renumerado pelo Decreto-Lei nº 925,
de 10.10.1969)
Art. 554. Destituída a administração, na hipótese da alínea "c" do artigo anterior, o Ministro do
Trabalho e Previdência Social nomeará um delegado para dirigir a associação e proceder,
dentro do prazo de 90 (noventa) dias, em assembléia geral por ele convocada e presidida, à
eleição dos novos diretores e membros do conselho fiscal. (Prejudicado pelo artigo 8º, I, da
CF).
Art. 555. A pena de cassação da carta de reconhecimento será imposta à entidade sindical:
c) que criar obstáculos à execução da política econômica adotada pelo Governo. (Prejudicado
pelo artigo 8º, I, da CF) (Redação dada à alínea pelo Decreto-Lei nº 8.080, de 11.10.1945)
Parágrafo único. No caso de dissolução, por se achar a associação incursa nas leis que
definem crimes contra a personalidade internacional, a estrutura e a segurança do Estado e a
ordem política e social, os seus bens, pagas as dívidas decorrentes das suas
responsabilidades, serão incorporados ao patrimônio da União e aplicados em obras de
assistência social. (Prejudicado pelo artigo 8º, I, da CF).
a) as das alíneas "a" e "b", pelo Secretário da Secretaria de Relações do Trabalho, com
recurso para o Ministro de Estado;
112
§ 1º. Quando se tratar de associações de grau superior, as penalidades serão impostas pelo
Ministro de Estado, salvo se a pena for de cassação da carta de reconhecimento de
confederação, caso em que a pena será imposta pelo Presidente da República.
§ 2º. Nenhuma pena será imposta sem que seja assegurada defesa ao acusado. (Prejudicado
pelo artigo 8º, I, da CF).
SEÇÃO IX
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 558. São obrigadas ao registro todas as associações profissionais constituídas por
atividades ou profissões idênticas, similares ou conexas, de acordo com o artigo 511 e na
conformidade do quadro de atividades e profissões a que alude o Capítulo II deste Título. As
associações profissionais registradas nos termos deste artigo poderão representar, perante as
autoridades administrativas e judiciárias, os interesses individuais dos associados relativos à
sua atividade ou profissão, sendo-lhes também extensivas as prerrogativas contidas na alínea
"d" e no parágrafo único do artigo 513.
Nota: Ver Súmula nº 677 do STF.
§ 3º. As alterações dos estatutos das associações profissionais não entrarão em vigor sem
aprovação da autoridade que houver concedido o respectivo registro.
Art. 560. Não se reputará transmissão de bens, para efeitos fiscais, a incorporação do
patrimônio de uma associação profissional ao da entidade sindical, ou das entidades aludidas
entre si.
Art. 561. A denominação "sindicato" é privativa das associações profissionais de primeiro grau,
reconhecidas na forma desta lei.
113
Art. 568. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
Art. 569. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
CAPÍTULO II
DO ENQUADRAMENTO SINDICAL
Art. 571. Qualquer das atividades ou profissões concentradas na forma do parágrafo único do
artigo anterior poderá dissociar-se do sindicato principal, formando um sindicato específico,
desde que o novo sindicato, a juízo da Comissão do Enquadramento Sindical, ofereça
possibilidade de vida associativa regular e de ação sindical eficiente.
Art. 572. Os sindicatos que se constituírem por categorias similares ou conexas, nos termos
do parágrafo único do artigo 570, adotarão denominação em que fiquem, tanto quanto
possível, explicitamente mencionadas as atividades ou profissões concentradas, de
conformidade com o quadro das atividades e profissões, ou se se tratar de subdivisões, de
acordo com o que determinar a Comissão do Enquadramento Sindical.
Art. 573. O agrupamento dos sindicatos em federações obedecerá às mesmas regras que as
estabelecidas neste Capítulo para o agrupamento das atividades e profissões em sindicatos.
Art. 574. Dentro da mesma base territorial, as empresas industriais do tipo artesanal poderão
constituir entidades sindicais, de primeiro e segundo graus, distintas das associações das
empresas congêneres, de tipo diferente.
Art. 575. O quadro de atividades e profissões será revisto de dois em dois anos, por proposta
da Comissão do Enquadramento Sindical, para o fim de ajustá-lo às condições da estrutura
econômica e profissional do País.
114
§ 1º. Antes de proceder à revisão do quadro, a Comissão deverá solicitar sugestões às
entidades sindicais e às associações profissionais.
a) indicação dos titulares das Pastas, quanto aos representantes dos outros Ministérios;
§ 3º. Será de 3 (três) anos o mandato dos representantes das categorias econômica e
profissional.
115
Art. 577. O quadro de atividades e profissões em vigor fixará o plano básico do
enquadramento sindical. (Revogado pela CF)
CAPÍTULO III
DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL
SEÇÃO I
DA FIXAÇÃO E DO RECOLHIMENTO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL
Nota: Ver inc. II do art. 53 da Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006, DOU 15.12.2006, que
dispõe sobre tratamento especial ao empresário com receita bruta anual no ano-calendário
anterior de até R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais).
Art. 578. As contribuições devidas aos sindicatos pelos que participem das categorias
econômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas pelas referidas
entidades, serão, sob a denominação de "Contribuição Sindical", pagas, recolhidas e
aplicadas na forma estabelecida neste Capítulo.
Art. 579. A contribuição sindical é devida por todos aqueles que participarem de uma
determinada categoria econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, em favor do
sindicato representativo da mesma categoria ou profissão ou, inexistindo este, na
conformidade do disposto no artigo 591. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 229, de
28.02.1967)
Art. 580. A contribuição sindical será recolhida, de uma só vez, anualmente, e consistirá:
§ 1º. A contribuição sindical prevista na tabela constante do item III deste artigo corresponderá
à soma da aplicação das alíquotas sobre a porção do capital distribuído em cada classe,
observados os respectivos limites.
§ 2º. Para efeito do cálculo de que trata a tabela progressiva inserta no item III deste artigo,
considerar-se-á o valor-de-referência fixado pelo Poder Executivo, vigente à data de
competência da contribuição, arredondando-se para Cr$ 1,00 (um cruzeiro) a fração
porventura existente.
116
§ 3º. É fixado em 60% (sessenta por cento) do valor-de-referência a que alude o parágrafo
anterior, a contribuição mínima devida pelos empregadores, independentemente do capital
social da firma ou empresa, ficando, do mesmo modo, estabelecido o capital social
equivalente a 800.000 (oitocentas mil) vezes o valor-de-referência, para efeito do cálculo da
contribuição máxima, respeitada a tabela progressiva constante do item III. (Redação dada
pela Lei nº 7.047, de 01.12.1982)
§ 5º. As entidades ou instituições que não estejam obrigadas ao registro de capital social,
considerarão, como capital, para efeito do cálculo de que trata a tabela progressiva constante
do item III deste artigo, o valor resultante da aplicação do percentual de 40% (quarenta por
cento) sobre o movimento econômico registrado no exercício imediatamente anterior, do que
darão conhecimento à respectiva entidade sindical ou à Delegacia Regional do Trabalho,
observados os limites estabelecidos no § 3º deste artigo.
Art. 581. Para os fins do item III do artigo anterior, as empresas atribuirão parte do respectivo
capital às suas sucursais, filiais ou agências, desde que localizadas fora da base territorial da
entidade sindical representativa da atividade econômica do estabelecimento principal, na
proporção das correspondentes operações econômicas, fazendo a devida comunicação às
Delegacias Regionais do Trabalho, conforme a localidade da sede da empresa, sucursais,
filiais ou agências.
§ 1º. Quando a empresa realizar diversas atividades econômicas, sem que nenhuma delas
seja preponderante, cada uma dessas atividades será incorporada à respectiva categoria
econômica, sendo a contribuição sindical devida à entidade sindical representativa da mesma
categoria, procedendo-se, em relação às correspondentes sucursais, agências ou filiais, na
forma do presente artigo.
§ 1º. Considera-se um dia de trabalho, para efeito de determinação da importância a que alude
o item I do artigo 580, o equivalente:
a) a uma jornada normal de trabalho, se o pagamento ao empregado for feito por unidade de
tempo;
b) a 1/30 (um trinta avos) da quantia percebida no mês anterior, se a remuneração for paga
por tarefa, empreitada ou comissão.
117
§ 2º. Quando o salário for pago em utilidades, ou nos casos em que o empregado receba,
habitualmente, gorjetas, a contribuição sindical corresponderá a 1/30 (um trinta avos) da
importância que tiver servido de base, no mês de janeiro, para a contribuição do empregado à
Previdência Social. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 6.386, de 09.12.1976)
Art. 584. Servirá de base para o pagamento da contribuição sindical, pelos agentes ou
trabalhadores autônomos e profissionais liberais, a lista de contribuintes organizada pelos
respectivos sindicatos e, na falta destes, pelas federações ou confederações coordenadoras
da categoria. (Redação dada pela Lei nº 6.386, de 09.12.1976)
Art. 585. Os profissionais liberais poderão optar pelo pagamento da contribuição sindical
unicamente à entidade sindical representativa da respectiva profissão, desde que a exerçam,
efetivamente, na firma ou empresa e como tal sejam nelas registrados.
Art. 586. A contribuição sindical será recolhida, nos meses fixados no presente Capítulo, à
Caixa Econômica Federal, ao Banco do Brasil, ou aos estabelecimentos bancários nacionais
integrantes do sistema de arrecadação dos tributos federais, os quais, de acordo com
instruções expedidas pelo Conselho Monetário Nacional, repassarão à Caixa Econômica
Federal as importâncias arrecadadas.
§ 1º. Integrarão a rede arrecadadora as Caixas Econômicas Estaduais, nas localidades onde
inexistam os estabelecimentos previstos no caput deste artigo.
§ 3º. A contribuição sindical devida pelos empregados e trabalhadores avulsos será recolhida
pelo empregador e pelo sindicato, respectivamente. (Redação dada ao artigo pela Lei nº
6.386, de 09.12.1976)
118
Art. 588. A Caixa Econômica Federal manterá conta corrente intitulada "Depósitos da
Arrecadação da Contribuição Sindical", em nome de cada uma das entidades sindicais
beneficiadas, cabendo ao Ministério do Trabalho cientificá-la das ocorrências pertinentes à
vida administrativa dessas entidades.
§ 1º. Os saques na conta corrente referida no caput deste artigo far-se-ão mediante ordem
bancária ou cheque com as assinaturas conjuntas do presidente e do tesoureiro da entidade
sindical.
§ 2º. A Caixa Econômica Federal remeterá, mensalmente, a cada entidade sindical, um extrato
da respectiva conta corrente, e, quando solicitado, aos órgãos do Ministério do Trabalho.
(Redação dada ao artigo pela Lei nº 6.386, de 09.12.1976)
Nota: A Portaria MTE nº 488, de 23.11.2005, DOU 24.11.2005, aprova o modelo da Guia de
Recolhimento de Contribuição Sindical Urbana - GRCSU.
Art. 590. Inexistindo confederação, o percentual previsto no item I do artigo anterior caberá à
federação representativa do grupo.
§ 2º. Na falta de entidades sindicais de grau superior, o percentual que àquelas caberia será
destinado à "Conta Especial Emprego e Salário".
§ 3º. Não havendo sindicato, nem entidade sindical de grau superior, a contribuição sindical
será creditada, integralmente, à "Conta Especial Emprego e Salário". (Redação dada ao artigo
pela Lei nº 6.386, de 09.12.1976)
Art. 591. Inexistindo sindicato, o percentual previsto no item III do artigo 589 será creditado à
federação correspondente à mesma categoria econômica ou profissional.
SEÇÃO II
DA APLICAÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL
Art. 592. A contribuição sindical, além das despesas vinculadas à sua arrecadação,
recolhimento e controle, será aplicada pelos sindicatos, na conformidade dos respectivos
estatutos, visando aos seguintes objetivos:
Nota: Ver artigo 8º, I, da Constituição Federal.
119
c) realização de estudos econômicos e financeiros;
d) agências de colocação;
e) cooperativas;
f) bibliotecas;
g) creches;
h) congressos e conferências;
i) medidas de divulgação comercial e industrial no País, e no estrangeiro, bem como em outras
tendentes a incentivar e aperfeiçoar a produção nacional;
j) feiras e exposições;
l) prevenção de acidentes do trabalho;
m) finalidades desportivas.
II - Sindicatos de empregados:
a) assistência jurídica;
b) assistência médica, dentária, hospitalar e farmacêutica;
c) assistência à maternidade;
d) agências de colocação;
e) cooperativas;
f) bibliotecas;
g) creches;
h) congressos e conferências;
i) auxílio-funeral;
j) colônias de férias e centros de recreação;
l) prevenção de acidentes do trabalho;
m) finalidades desportivas e sociais;
n) educação e formação profissional;
o) bolsas de estudo.
120
l) educação e formação profissional;
m) finalidades desportivas e sociais.
§ 1º. A aplicação prevista neste artigo ficará a critério de cada entidade, que, para tal fim,
obedecerá, sempre, às peculiaridades do respectivo grupo ou categoria, facultado ao Ministro
do Trabalho permitir a inclusão de novos programas, desde que acegurados os serviços
assistenciais fundamentais da entidade.
§ 2º. Os sindicatos poderão destacar, em seus orçamentos anuais, até 20% (vinte por cento)
dos recursos da contribuição sindical para o custeio das suas atividades administrativas,
independentemente de autorização ministerial.
§ 3º. O uso da contribuição sindical prevista no § 2º não poderá exceder do valor total das
mensalidades sociais consignadas nos orçamentos dos sindicatos, salvo autorização expressa
do Ministro do Trabalho. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 6.386, de 09.12.1976)
Art. 593. As percentagens atribuídas às entidades sindicais de grau superior serão aplicadas
de conformidade com o que dispuserem os respectivos conselhos de representantes.
SEÇÃO III
DA COMISSÃO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL
Art. 595. (Revogado pela Lei nº 4.589, de 11.12.1964, DOU 17.12.1964)
Art. 596. (Revogado pela Lei nº 4.589, de 11.12.1964, DOU 17.12.1964)
Art. 597. (Revogado pela Lei nº 4.589, de 11.12.1964, DOU 17.12.1964)
SEÇÃO IV
DAS PENALIDADES
Art. 598. Sem prejuízo da ação criminal e das penalidades previstas no artigo 553, serão
aplicadas multas de 3/5 (três quintos) a 600 (seiscentos) valores-de-referência regionais, pelas
infrações deste Capítulo, impostas pelas Delegacias Regionais do Trabalho. (Redação dada
ao caput pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)
Art. 600. O recolhimento da contribuição sindical, efetuado fora do prazo referido neste
Capítulo, quando espontâneo, será acrescido da multa de 10% (dez por cento), nos 30 (trinta)
primeiros dias, com o adicional de 2% (dois por cento) por mês subseqüente de atraso, além
de juros de mora de 1% (um por cento) ao mês e correção monetária, ficando, nesse caso, o
infrator, isento de outra penalidade.
121
§ 2º. Na falta de sindicato ou entidade de grau superior, o montante a que alude o parágrafo
precedente reverterá à conta "Emprego e Salário". (Redação dada ao artigo pela Lei nº 6.181,
de 11.12.1974, e de acordo com as Leis nºs 6.986, de 13.04.1982, e 7.855, de 24.10.1989)
SEÇÃO V
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 602. Os empregados que não estiverem trabalhando no mês destinado ao desconto da
contribuição sindical, serão descontados no primeiro mês subsequente ao do reinício do
trabalho.
Parágrafo único. De igual forma se procederá com os empregados que forem admitidos depois
daquela data e que não tenham trabalhado anteriormente nem apresentado a respectiva
quitação.
Art. 606. Às entidades sindicais cabe, em caso de falta de pagamento da contribuição sindical,
promover a respectiva cobrança judicial, mediante ação executiva, valendo como título de
dívida a certidão expedida pelas autoridades regionais do Ministério do Trabalho. (Redação
dada ao caput pelo Decreto-Lei nº 925, de 10.10.1969)
§ 2º. Para os fins da cobrança judicial da contribuição sindical são extensivos às entidades
sindicais, com exceção do foro especial, os privilégios da Fazenda Pública, para cobrança da
dívida ativa. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 925, de 10.10.1959)
Nota: Ver Súmula nº 87, do TFR.
Art. 608. As repartições federais, estaduais ou municipais não concederão registro ou licenças
para funcionamento ou renovação de atividades aos estabelecimentos de empregadores e aos
escritórios ou congêneres dos agentes ou trabalhadores autônomos e profissionais liberais,
122
nem concederão alvarás de licença ou localização, sem que sejam exibidas as provas de
quitação da contribuição sindical, na forma do artigo anterior.
Parágrafo único. A não observância do disposto neste artigo acarretará, de pleno direito, a
nulidade dos atos nele referidos, bem como dos mencionados no artigo 607. (Parágrafo único
acrescentado pela Lei nº 6.386, de 09.12.1976)
Art. 610. As dúvidas no cumprimento deste Capítulo serão resolvidas pelo Secretário de
Relações do Trabalho, que expedirá as instruções que se tornarem necessárias à sua
execução. (Redação dada pela Lei nº 4.589, de 11.12.1964)
TÍTULO VI
DAS CONVENÇÕES COLETIVAS DE TRABALHO
Art. 611. Convenção Coletiva de Trabalho é o acordo de caráter normativo, pelo qual dois ou
mais sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições
de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais de
trabalho.
Parágrafo único. O quorum de comparecimento e votação será de 1/8 (um oitavo) dos
associados em segunda convocação, nas entidades sindicais que tenham mais de 5.000
(cinco mil) associados. (Redação dada ao artigo pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
II - prazo de vigência;
IV - condições ajustadas para reger as relações individuais de trabalho durante sua vigência;
V - normas para a conciliação das divergências surgidas entre os convenentes por motivo da
aplicação de seus dispositivos;
123
VI - disposições sobre o processo de sua prorrogação e de revisão total ou parcial de seus
dispositivos;
Parágrafo único. As Convenções e os Acordos serão celebrados por escrito, sem emendas
nem rasuras, em tantas vias quantos forem os Sindicatos convenentes ou as empresas
acordantes, além de uma destinada a registro. (Redação dada ao artigo pelo Decreto-Lei nº
229, de 28.02.1967)
§ 1º. As Convenções e os Acordos entrarão em vigor 3 (três) dias após a data de entrega dos
mesmos no órgão referido neste artigo.
§ 2º. Cópias autenticadas das Convenções e dos Acordos deverão ser afixadas de modo
visível, pelos Sindicatos convenentes, nas respectivas sedes e nosestabelecimentos das
empresas compreendidas no seu campo de aplicação, dentro de 5 (cinco) dias da data do
depósito previsto neste artigo.
§ 3º. Não será permitido estipular duração de Convenção ou Acordo superior a 2 (dois) anos.
(Redação dada ao artigo pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
124
§ 1º. Verificando-se recusa à negociação coletiva, cabe aos Sindicatos ou empresas
interessadas dar ciência do fato, conforme o caso, à Sercretaria de Relações de Trabalho ou
aos órgãos regionais do Ministério do Trabalho, para convocação compulsória dos Sindicatos
ou empresas recalcitrantes. (Redação dada ao parágrafo pelo Decreto-Lei nº 229, de
28.02.1967)
§ 3º. Havendo convenção, acordo ou sentença normativa em vigor, o dissídio coletivo deverá
ser instaurado dentro dos sessenta dias anteriores ao respectivo termo final, para que o novo
instrumento possa ter vigência no dia imediato a esse termo. (Redação dada pelo Decreto-Lei
nº 424, de 21.01.1969)
§ 4º. Nenhum processo de dissídio coletivo de natureza econômica será admitido sem antes
se esgotarem as medidas relativas à formalização da Convenção ou Acordo correspondente.
(Redação dada ao parágrafo pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
Art. 617. Os empregados de uma ou mais empresas que decidirem celebrar Acordo Coletivo
de Trabalho com as respectivas empresas darão ciência de sua resolução, por escrito, ao
Sindicato representativo da categoria profissional, que terá o prazo de 8 (oito) dias para
assumir a direção dos entendimentos entre os interessados, devendo igual procedimento ser
observado pelas empresas interessadas com relação ao Sindicato da respectiva categoria
econômica.
§ 1º. Expirado o prazo de 8 (oito) dias sem que o Sindicato tenha se desincumbido do encargo
recebido, poderão os interessados dar conhecimento do fato à Federação a que estiver
vinculado o Sindicato e, em falta dessa, à correspondente Confederação, para que, no mesmo
prazo, assuma a direção dos entendimentos. Esgotado esse prazo, poderão os interessados
prosseguir diretamente na negociação coletiva até final.
§ 2º. Para o fim de deliberar sobre o Acordo, a entidade sindical convocará assembléia geral
dos diretamente interessados, sindicalizados ou não, nos termos do artigo 612. (Redação
dada ao artigo pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
Art. 618. As empresas e instituições que não estiverem incluídas no enquadramento sindical a
que se refere o artigo 577 desta Consolidação poderão celebrar Acordos Coletivos de
Trabalho com os Sindicatos representativos dos respectivos empregados, nos termos deste
Título. (Redação dada ao artigo pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
Art. 619. Nenhuma disposição de contrato individual de trabalho que contrarie normas de
Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho poderá prevalecer na execução do mesmo, sendo
considerada nula de pleno direito. (Redação dada ao artigo pelo Decreto-Lei nº 229, de
28.02.1967)
Art. 621. As Convenções e os Acordos poderão incluir entre suas cláusulas disposição sobre a
constituição e funcionamento de comissões mistas de consulta e colaboração, no plano da
empresa e sobre participação nos lucros. Estas disposições mencionarão a forma de
125
constituição, o modo de funcionamento e as atribuições das comissões, assim como o plano
de participação, quando for o caso. (Redação dada ao artigo pelo Decreto-Lei nº 229, de
28.02.1967)
Parágrafo único. A multa a ser imposta ao empregado não poderá exceder da metade daquela
que, nas mesmas condições, seja estipulada para a empresa. (Redação dada ao artigo pelo
Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
Art. 623. Será nula de pleno direito disposição de Convenção ou Acordo que, direta ou
indiretamente, contrarie proibição ou norma disciplinadora da política econômico-financeira do
Governo ou concernente à política salarial vigente, não produzindo quaisquer efeitos perante
autoridades e repartições públicas, inclusive para fins de revisão de preços e tarifas de
mercadorias e serviços.
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, a nulidade será declarada, de ofício ou mediante
representação, pelo Ministro do Trabalho, ou pela Justiça do Trabalho em processo submetido
ao seu julgamento. (Redação dada ao artigo pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
Art. 624. A vigência de cláusula de aumento ou reajuste salarial, que implique elevação de
tarifas ou de preços sujeitos à fixação por autoridade pública ou repartição governamental,
dependerá de prévia audiência dessa autoridade ou repartição e sua expressa declaração no
tocante à possibilidade de elevação da tarifa ou do preço e quanto ao valor dessa elevação.
(Redação dada ao artigo pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
TÍTULO VI-A
DAS COMISSÕES DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA
(Título acrescentado pela Lei nº 9.958, de 12.01.2000, DOU 13.01.2000, em vigor a partir de
90 dias da data de publicação)
Notas:
1) Ver Portaria MTE nº 329, de 14.08.2002, DOU 15.08.2002, que estabelece procedimentos
para a instalação e o funcionamento das Comissões de Conciliação Prévia e Núcleos
Intersindicais de Conciliação Trabalhista.
2) Ver Portaria SRT nº 2, de 12.07.2002, DOU 15.07.2002, que dispõe sobre a forma de
produção de dados estatísticos, levantamentos e identificação de irregularidades no
funcionamento das Comissões de Conciliação Prévia.
3) Ver Portaria MTE nº 264, de 05.06.2002, DOU 07.06.2002, que fixa, no âmbito do Ministério
do Trabalho e Empregos, normas para acompanhamento e levantamento de dados
relacionados ao funcionamento das Comissões Prévia.
126
Parágrafo único. As Comissões referidas no caput deste artigo poderão ser constituídas por
grupos de empresas ou ter caráter intersindical. (Artigo acrescentado pela Lei nº 9.958, de
12.01.2000, DOU 13.01.2000, em vigor a partir de 90 dias da data de publicação)
Art. 625-B. A Comissão instituída no âmbito da empresa será composta de, no mínimo, dois e,
no máximo, dez membros, e observará as seguintes normas:
I - a metade de seus membros será indicada pelo empregador e a outra metade eleita pelos
empregados, em escrutínio secreto, fiscalizado pelo sindicato da categoria profissional;
II - haverá na Comissão tantos suplentes quantos forem os representantes titulares;
III - o mandato dos seus membros, titulares e suplentes, é de um ano, permitida uma
recondução.
Art. 625-C. A Comissão instituída no âmbito do sindicato terá sua constituição e normas de
funcionamento definidas em convenção ou acordo coletivo. (Artigo acrescentado pela Lei nº
9.958, de 12.01.2000, DOU 13.01.2000, em vigor a partir de 90 dias da data de publicação)
Notas:
1) Ver Portaria SRT nº 2, de 12.07.2002, DOU 15.07.2002, que dispõe sobre a forma de
produção de dados estatísticos, levantamentos e identificação de irregularidades no
funcionamento das Comissões de Conciliação Prévia.
2) Ver Portaria MTE nº 264, de 05.06.2002, DOU 07.06.2002, que fixa, no âmbito do Ministério
do Trabalho e Empregos, normas para acompanhamento e levantamento de dados
relacionados ao funcionamento das Comissões Prévia.
§ 1º A demanda será formulada por escrito ou reduzida a termo por qualquer dos membros da
Comissão, sendo entregue cópia datada e assinada pelo membro aos interessados.
127
Art. 625-E. Aceita a conciliação, será lavrado termo assinado pelo empregado, pelo
empregador ou seu preposto e pelos membros da Comissão, fornecendo-se cópia às
partes.
Art. 625-F. As Comissões de Conciliação Prévia têm prazo de dez dias para a realização da
sessão de tentativa de conciliação a partir da provocação do interessado.
Parágrafo único. Esgotado o prazo sem a realização da sessão, será fornecida, no último dia
do prazo, a declaração a que se refere o § 2º do art. 625-D. (Artigo acrescentado pela Lei nº
9.958, de 12.01.2000, DOU 13.01.2000, em vigor a partir de 90 dias da data de publicação)
Nota: Ver Portaria MTE nº 329, de 14.08.2002, DOU 15.08.2002, que estabelece
procedimentos para a instalação e o funcionamento das Comissões de Conciliação Prévia e
Núcleos Intersindicais de Conciliação Trabalhista.
TÍTULO VII
DO PROCESSO DE MULTAS ADMINISTRATIVAS
CAPÍTULO I
DA FISCALIZAÇÃO, DA AUTUAÇÃO E DA IMPOSIÇÃO DE MULTAS
Parágrafo único. Os fiscais do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), e das entidades
paraestatais em geral, dependentes do Ministério do Trabalho, serão competentes para a
fiscalização a que se refere o presente artigo, na forma das instruções que forem expedidas
pelo Ministro do Trabalho.
Art. 627. A fim de promover a instrução dos responsáveis no cumprimento das leis de proteção
do trabalho, a fiscalização deverá observar o critério da dupla visita nos seguintes casos:
128
b) em se realizando a primeira inspeção dos estabelecimentos ou dos locais de trabalho,
recentemente inaugurados ou empreendidos.
Art. 627-A. Poderá ser instaurado procedimento especial para a ação fiscal, objetivando a
orientação sobre o cumprimento das leis de proteção ao trabalho, bem como a prevenção e o
saneamento de infrações à legislação mediante Termo de Compromisso, na forma a ser
disciplinada no Regulamento da Inspeção do Trabalho. (NR) (Artigo acrescentado pela Medida
Provisória nº 2.164-41, de 24.08.2001, DOU 27.08.2001, em vigor conforme o art. 2º da EC nº
32/2001)
Nota: Ver Decreto nº 4.552, de 27.12.2002, DOU 30.12.2002, que aprova o Regulamento da
Inspeção do Trabalho.
Art. 628. Salvo o disposto nos arts. 627 e 627-A, a toda verificação em que o Auditor-Fiscal do
Trabalho concluir pela existência de violação de preceito legal deve corresponder, sob pena
de responsabilidade administrativa, a lavratura de auto de infração. (NR) (Redação dada ao
caput pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 24.08.2001, DOU 27.08.2001, em vigor conforme
o art. 2º da EC nº 32/2001)
§ 1º. Ficam as empresas obrigadas a possuir o livro intitulado "Inspeção do Trabalho", cujo
modelo será aprovado por portaria ministerial. (Redação dada ao parágrafo pelo Decreto-Lei
nº 229, de 28.02.1967)
§ 2º. Nesse livro, registrará o fiscal do trabalho sua visita ao estabelecimento, declarando a
data e a hora do início e término da mesma, bem como o resultado da inspeção, nele
consignando, se for o caso, todas as irregularidades verificadas e as exigências feitas, com os
respectivos prazos para seu atendimento e, ainda, de modo legível, os elementos de sua
identificação funcional. (Redação dada ao parágrafo pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
§ 4º. A lavratura de autos contra empresas fictícias e de endereços inexistentes, assim como a
apresentação de falsos relatórios, constituem falta grave punível na forma do § 3º. (Redação
dada ao parágrafo pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
Art. 629. O auto de infração será lavrado em duplicata, nos termos dos modelos e instruções
expedidos, sendo uma via entregue ao infrator, contra recibo, ou ao mesmo enviada, dentro de
10 (dez) dias da lavratura, sob pena de responsabilidade, em registro postal, com franquia e
recibo de volta.
§ 1º. O auto não terá o seu valor probante condicionado à assinatura do infrator ou de
testemunhas e será lavrado no local da inspeção, salvo havendo motivo justificado que será
declarado no próprio auto, quando então deverá ser lavrado no prazo de 24 (vinte e quatro)
horas, sob pena de responsabilidade.
129
§ 2º. Lavrado o auto de infração, não poderá ele ser inutilizado, nem sustado o curso do
respectivo processo, devendo o agente de inspeção apresentá-lo à autoridade competente,
mesmo se incidir em erro.
§ 3º. O infrator terá, para apresentar defesa, o prazo de 10 (dez) dias contados do
recebimento do auto.
§ 4º. O auto de infração será registrado com a indicação sumária de seus elementos
característicos, em livro próprio que deverá existir em cada órgão fiscalizador, de modo a
assegurar o controle do seu processamento. (Redação dada ao artigo pelo Decreto-Lei nº 229,
de 28.02.1967)
Art. 630. Nenhum Agente da Inspeção do Trabalho poderá exercer as atribuições do seu cargo
sem exibir a carteira de identidade fiscal dos Agentes da Inspeção do Trabalho devidamente
autenticada, fornecida pela autoridade competente.
§ 1º. É proibida a outorga de identidade fiscal a quem não esteja autorizado, em razão do
cargo ou função, a exercer ou praticar, no âmbito da legislação trabalhista, atos de
fiscalização.
§ 2º. A credencial a que se refere este artigo deverá ser devolvida para inutilização, sob as
penas da lei, em casos de provimento em outro cargo público, exoneração ou demissão, bem
como nos de licenciamento por prazo superior a 60 (sessenta) dias e de suspensão do
exercício do cargo.
§ 3º. O Agente da Inspeção do Trabalho terá livre acesso a todas as dependências dos
estabelecimentos sujeitos ao regime da legislação trabalhista, sendo as empresas, por seus
dirigentes ou prepostos, obrigadas a prestar-lhe os esclarecimentos necessários ao
desempenho de suas atribuições legais e a exibir-lhe, quando exigidos, quaisquer documentos
que digam respeito ao fiel cumprimento das normas de proteção ao trabalho.
§ 4º. Os documentos sujeitos à inspeção deverão permanecer, sob as penas da lei, nos locais
de trabalho, somente se admitindo, por exceção, a critério da autoridade competente, sejam
os mesmos apresentados em dia e hora previamente fixados pelo Agente da Inspeção.
§ 5º. No território do exercício de sua função, o Agente da Inspeção gozará de passe livre nas
empresas de transportes, públicas ou privadas, mediante a apresentação da carteira de
identidade fiscal.
§ 7º. Para o efeito do disposto no § 5º, a autoridade competente divulgará, em janeiro e julho
de cada ano, a relação dos Agentes da Inspeção do Trabalho titulares da carteira de
identidade fiscal.
§ 8º. As autoridades policiais, quando solicitadas, deverão prestar aos Agentes da Inspeção do
Trabalho a assistência de que necessitem para o fiel cumprimento de suas atribuições legais.
(Redação dada ao artigo pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
130
Art. 631. Qualquer funcionário público federal, estadual ou municipal, ou representante legal
de associação sindical, poderá comunicar à autoridade competente do Ministério do Trabalho
as infrações que verificar.
Art. 632. Poderá o autuado requerer a audiência de testemunhas e as diligências que lhe
parecerem necessárias à elucidação do processo, cabendo, porém, à autoridade, julgar da
necessidade de tais provas.
Art. 633. Os prazos para defesa ou recurso poderão ser prorrogados, de acordo com
despacho expresso da autoridade competente, quando o autuado residir em localidade diversa
daquela onde se achar essa autoridade.
Art. 634. Na falta de disposição especial, a imposição das multas incumbe às autoridades
regionais competentes em matéria de trabalho, na forma estabelecida por este Título.
CAPÍTULO II
DOS RECURSOS
Art. 635. De toda decisão que impuser multa por infração das leis e disposições reguladoras
do trabalho, e não havendo forma especial de processo, caberá recurso para a Secretaria do
Ministério do Trabalho, que for competente na matéria.
Parágrafo único. As decisões serão sempre fundamentadas. (Redação dada ao artigo pelo
Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
Art. 636. Os recursos devem ser interpostos no prazo de 10 (dez) dias, contados do
recebimento da notificação, perante a autoridade que houver imposto a multa, a qual, depois
de os informar, encaminhá-los-á à autoridade de instância superior.
§ 2º. A notificação somente será realizada por meio de edital, publicado no órgão oficial,
quando o infrator estiver em lugar incerto e não sabido.
§ 3º. A notificação de que trata este artigo fixará igualmente o prazo de 10 (dez) dias para que
o infrator recolha o valor da multa, sob pena de cobrança executiva.
§ 5º. A segunda via da guia do recolhimento será devolvida pelo infrator à repartição que a
emitiu, até o sexto dia depois de sua expedição, para a averbação no processo.
§ 6º. A multa será reduzida de 50% (cinqüenta por cento) se o infrator, renunciando ao
recurso, a recolher ao Tesouro Nacional dentro do prazo de 10 (dez) dias contados do
recebimento da notificação ou da publicação do edital.
131
§ 7º. Para a expedição da guia, no caso do § 6º, deverá o infrator juntar a notificação com a
prova da data do seu recebimento, ou a folha do órgão oficial que publicou o edital. (Redação
dada ao artigo pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
Art. 637. De todas as decisões que proferirem em processos de infração das leis de proteção
ao trabalho e que impliquem arquivamento destes, observado o disposto no parágrafo único
do artigo 635, deverão as autoridades prolatoras recorrer de ofício para a autoridade
competente de instância superior. (Redação dada ao artigo pelo Decreto-Lei nº 229, de
28.02.1967)
Art. 638. Ao Ministro do Trabalho é facultado avocar ao seu exame e decisão, dentro de 90
(noventa) dias do despacho final do assunto, ou no curso do processo, as questões referentes
à fiscalização dos preceitos estabelecidos nesta Consolidação.
CAPÍTULO III
DO DEPÓSITO, DA INSCRIÇÃO E DA COBRANÇA
Art. 642. A cobrança judicial das multas impostas pelas autoridades administrativas do
trabalho obedecerá o disposto na legislação aplicável à cobrança da dívida ativa da União,
sendo promovida, no Distrito Federal e nas capitais dos Estados em que funcionarem
Tribunais Regionais do Trabalho, pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, e, nas demais
localidades, pelo Ministério Público Estadual, nos termos do Decreto-Lei nº 960, de 17 de
dezembro de 1938.
Notas:
1) Ver Constituição Federal artigo 131.
2) Ver ADCT, artigo 29 e § 5º.
TÍTULO VIII
DA JUSTIÇA DO TRABALHO
Notas:
1) Ver Constituição Federal artigos 109, I, II e VI e 114.
2) Ver ADCT artigo 46, I, II e IV.
CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO
132
Art. 643. Os dissídios oriundos das relações entre empregados e empregadores, bem como de
trabalhadores avulsos e seus tomadores de serviços em atividades reguladas na legislação
social, serão dirimidos pela Justiça do Trabalho, de acordo com o presente título e na forma
estabelecida pelo processo judiciário do trabalho. (Redação dada pela Lei nº 7.494, de
17.06.1986)
Notas:
1) Ver Súmula nº 736 do STF.
§ 1º. (Revogado pela Lei nº 3.807, de 26.08.1960 - Lei Orgânica da Previdência Social)
Notas:
1) A Lei Complementar nº 37, de 13.11.1979, dá aos tribunais de alçada competência para
julgar recursos em ações de acidentes do trabalho e doenças profissionais.
2) Ver Constituição Federal artigos 5º, LXX, b, 92, 96, 111, 114 e 133.
Art. 645. O serviço da Justiça do Trabalho é relevante e obrigatório, ninguém dele podendo
eximir-se, salvo motivo justificado.
CAPÍTULO II
DAS JUNTAS DE CONCILIAÇÃO E JULGAMENTO
SEÇÃO I
DA COMPOSIÇÃO E FUNCIONAMENTO
Art. 647. Cada Junta de Conciliação e Julgamento terá a seguinte composição:
Nota: Conforme Emenda Constitucional nº 24/1999, a Vara do Trabalho substituiu a Junta de
Conciliação e Julgamento.
a) um juiz do trabalho, que será seu presidente;
133
b) dois juízes classistas, sendo um representante dos empregadores e outro dos empregados.
Parágrafo único. Haverá um suplente para cada juiz classista. (Redação dada ao artigo pelo
Decreto-Lei nº 9.797, de 09.09.1946, e de acordo com a CF/88, artigo 116 e § único)
Notas:
1) Ver Constituição Federal artigos 116 e 117.
Art. 648. São incompatíveis entre si, para os trabalhos da mesma Junta, os parentes
consanguíneos e afins até o terceiro grau civil.
§ 2º. Na execução e na liquidação das decisões funciona apenas o presidente. (Redação dada
ao artigo pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19.01.1946)
SEÇÃO II
DA JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA DAS JUNTAS
Art. 650. A jurisdição de cada Junta de Conciliação e Julgamento abrange todo o território da
Comarca em que tem sede, só podendo ser estendida ou restringida por lei federal.
Nota: Conforme Emenda Constitucional nº 24/1999, a Vara do Trabalho substituiu a Junta de
Conciliação e Julgamento.
Parágrafo único. As leis locais de Organização Judiciária não influirão sobre a competência de
Juntas de Conciliação e Julgamento já criadas, até que lei federal assim determine. (Redação
dada pelo ao artigo pela Lei nº 5.442, de 24.05.1968)
Nota: Ver Enunciado nº 136, do TST, e Súmula nº 150, do TFR.
§ 1º Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta
da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja
subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha
domicílio ou a localidade mais próxima. (NR) (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 9.851,
de 27.10.1999, DOU 28.10.1999)
134
§ 2º. A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo,
estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o
empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário.
a) conciliar e julgar:
135
f) exercer, em geral, no interesse da Justiça do Trabalho, quaisquer outras atribuições que
decorram da sua jurisdição.
SEÇÃO III
DOS PRESIDENTES DAS JUNTAS
Art. 654. O ingresso na magistratura do trabalho far-se-á para o cargo de juiz do trabalho
substituto. As nomeações subseqüentes por promoção, alternadamente, por antigüidade e
merecimento. (Redação dada ao caput pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
Nota: Ver Resolução CSJT nº 21, de 23.05.2006, DJU 02.06.2006, que regula o exercício do
direito de remoção, a pedido, de Juiz do Trabalho Substituto, entre Tribunais Regionais do
Trabalho.
§ 1º. Nas 7ª e 8ª Regiões da Justiça do Trabalho, nas localidades fora das respectivas sedes,
haverá suplentes de juiz do trabalho presidente de Junta, sem direito a acesso, nomeados
pelo Presidente da República, dentre brasileiros, bacharéis em direito, de reconhecida
idoneidade moral, especializados em direito do trabalho, pelo período de 2 (dois) anos,
podendo ser reconduzidos. (Redação dada ao parágrafo pelo Decreto-Lei nº 229, de
28.02.1967) (Revogado tacitamente pela Lei nº 7.221, de 02.10.1984)
§ 2º. Os suplentes e juiz do trabalho receberão, quando em exercício, vencimentos iguais aos
dos juízes que substituírem. (Redação dada ao parágrafo pelo Decreto-Lei nº 229, de
28.02.1967) (Revogado tacitamente pela Lei nº 7.221, de 02.10.1984)
§ 3º. Os Juízes Substitutos serão nomeados após aprovação em concurso público de provas e
títulos realizado perante o Tribunal Regional do Trabalho da Região, válido por dois anos e
prorrogável, a critério do mesmo órgão, por igual período, uma só vez, e organizado de acordo
com as instruções expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho. (Redação dada pela Lei nº
6.087, de 16.07.1974)
Nota: Ver Constituição Federal artigos 93, I e 96.
§ 4º. Os candidatos inscritos só serão admitidos ao concurso após apreciação prévia, pelo
Tribunal Regional do Trabalho da respectiva Região, dos seguintes requisitos: (Redação dada
ao parágrafo pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
a) idade maior de 25 (vinte e cinco) anos e menor de 45 (quarenta e cinco) anos;
§ 5º. O preenchimento dos cargos de Presidente de Junta, vagos ou criados por lei, será feito
dentro de cada Região: (Redação dada ao parágrafo pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
a) pela remoção de outro presidente, prevalecendo a antigüidade no cargo, caso haja mais de
um pedido, desde que a remoção tenha sido requerida, dentro de quinze dias, contados da
abertura da vaga, ao Presidente do Tribunal Regional, a quem caberá expedir o respectivo
ato; (Redação dada à alínea pela Lei nº 6.090, de 16.07.1974)
Nota: Ver Resolução CSJT nº 26, de 11.10.2006, DJU 18.10.2006, que dispõe sobre a
validade desta alínea.
b) pela promoção de substituto, cuja aceitação será facultativa, obedecido o critério alternado
de antigüidade e merecimento.
Nota: Ver Constituição Federal artigo 93, II e VII.
§ 6º. Os juízes do trabalho presidentes de Junta, juízes substitutos e suplentes de juiz tomarão
posse perante o Presidente do Tribunal da respectiva Região. Nos Estados que, não forem
sede de Tribunal Regional do Trabalho, a posse dar-se-á perante o Presidente do Tribunal de
136
Justiça, que remeterá o termo ao Presidente do Tribunal da jurisdição do empossado. Nos
Territórios, a posse dar-se-á perante o Presidente do Tribunal Regional do Trabalho da
respectiva Região. (Redação dada ao parágrafo pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
Art. 656. O Juiz do Trabalho Substituto, sempre que não estiver substituindo o Juiz-Presidente
de Junta, poderá ser designado para atuar nas juntas de Conciliação e Julgamento.
§ 1º. Para o fim mencionado no caput deste artigo, o território da Região poderá ser dividido
em zonas, compreendendo a jurisdição de uma ou mais juntas, a juízo do Tribunal Regional
do Trabalho respectivo.
Art. 658. São deveres precípuos dos presidentes das Juntas, além dos que decorram do
exercício de sua função: (Redação dada ao artigo pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19.01.1946)
c) residir dentro dos limites de sua jurisdição, não podendo ausentar-se sem licença do
Presidente do Tribunal Regional;
d) despachar e praticar todos os atos decorrentes de suas funções, dentro dos prazos
estabelecidos, sujeitando-se ao desconto correspondente a um dia de vencimento para cada
dia de retardamento.
Art. 659. Competem privativamente aos presidentes das Juntas, além das que lhe forem
conferidas neste Título e das decorrentes de seu cargo, as seguintes atribuições:
II - executar as suas próprias decisões, as proferidas pela Junta e aquelas cuja execução lhes
for deprecada;
III - dar posse aos juízes classistas nomeados para a Junta, ao chefe de Secretaria e aos
demais funcionários da Secretaria;
137
Nota: A Emenda Constitucional nº 24, de 1999, DOU 10.12.1999, extinguiu a representação
classista.
IX - conceder medida liminar, até decisão final do processo, em reclamações trabalhistas que
visem a tornar sem efeito transferência disciplinada pelos parágrafos do artigo 469 desta
Consolidação. (Inciso acrescentado pela Lei nº 6.203, de 17.04.1975)
X - conceder medida liminar, até decisão final do processo, em reclamações trabalhistas que
visem reintegrar no emprego dirigente sindical afastado, suspenso ou dispensado pela
empregador. (Inciso acrescentado pela Lei nº 9.270, de 17.04.1996)
Nota: Ver Orientação Jurisprudencial da SDI-II nº 142.
SEÇÃO IV
DOS JUÍZES CLASSISTAS DAS JUNTAS
Nota: A Emenda Constitucional nº 24, de 1999, DOU 10.12.1999, extinguiu a representação
classista.
Art. 660. Os juízes classistas das Juntas são designados pelo Presidente do Tribunal Regional
da respectiva jurisdição.
Nota: A Emenda Constitucional nº 24, de 1999, DOU 10.12.1999, extinguiu a representação
classista.
Art. 661. Para o exercício da função de juiz classista da Junta ou suplente deste são exigidos
os seguintes requisitos:
Nota: A Emenda Constitucional nº 24, de 1999, DOU 10.12.1999, extinguiu a representação
classista.
Doutrina Vinculada
a) ser brasileiro; (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
b) ter reconhecida idoneidade moral;
c) ser maior de 25 anos e ter menos de 70 (setenta) anos de idade; (Redação dada pelo
Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
d) estar no gozo dos direitos civis e políticos;
e) estar quite com o serviço militar;
f) contar mais de dois anos de efetivo exercício na profissão e ser sindicalizado.
Parágrafo único. A prova da qualidade profissional a que se refere a alínea f deste artigo é
feita mediante declaração do respectivo sindicato.
138
Art. 662. A escolha dos juízes classistas das Juntas e seus suplentes far-se-á dentre os
nomes constantes das listas que, para esse efeito, forem encaminhadas pelas associações
sindicais de primeiro grau ao Presidente do Tribunal Regional.
Nota: A Emenda Constitucional nº 24, de 1999, DOU 10.12.1999, extinguiu a representação
classista.
§ 1º. Para esse fim, cada sindicato de empregadores e de empregados, com base territorial
extensiva à área de jurisdição da Junta, no todo ou em parte, procederá, na ocasião
determinada pelo Presidente do Tribunal Regional, à escolha de três nomes que comporão a
lista, aplicando-se à eleição o disposto no artigo 524 e seus §§ 1º a 3º. (Redação dada pela
Lei nº 5.657, de 04.06.1971)
Nota: Ver Constituição Federal artigo 111.
§ 2º. Recebidas as listas pelo presidente do Tribunal Regional, designará este, dentro de cinco
dias, os nomes dos juízes classistas e dos respectivos suplentes, expedindo para cada um
deles um título, mediante a apresentação do qual será empossado.
§ 3º. Dentro de quinze dias, contados da data da posse, pode ser contestada a investidura do
juiz classista ou do suplente, por qualquer interessado, sem efeito suspensivo, por meio de
representação escrita, dirigida ao presidente do Tribunal Regional.
§ 6º. Em falta de indicação pelos sindicatos, de nomes para representantes das respectivas
categorias profissionais e econômicas nas Juntas de Conciliação e Julgamento, ou nas
localidades onde não existirem sindicatos, serão esses representantes livremente designados
pelo presidente do Tribunal Regional do Trabalho, observados os requisitos exigidos para o
exercício da função. (Parágrafo acrescentado pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
Art. 663. A investidura dos juízes classistas das Juntas e seus suplentes é de 3 (três) anos,
podendo, entretanto, ser dispensado, a pedido, aquele que tiver servido sem interrupção,
durante metade desse período. (Redação dada pela Lei nº 2.244, de 23.06.1954)
Nota: A Emenda Constitucional nº 24, de 1999, DOU 10.12.1999, extinguiu a representação
classista.
§ 1º. Na hipótese da dispensa do juiz classista a que alude este artigo, assim como nos casos
de impedimento, morte ou renúncia, sua substituição far-se-á pelo suplente, mediante
convocação do presidente da Junta. (Redação dada pela Lei nº 2.244, de 23.06.1954)
§ 2º. Na falta do suplente, por impedimento, morte ou renúncia, serão designados novo juiz
classista e o respectivo suplente, dentre os nomes constantes das listas a que se refere o
artigo 662, servindo os designados até o fim do período.
Art. 664. Os juízes classistas das Juntas e seus suplentes tomam posse perante o presidente
da Junta em que têm de funcionar.
Nota: A Emenda Constitucional nº 24, de 1999, DOU 10.12.1999, extinguiu a representação
classista.
139
Art. 665. Enquanto durar sua investidura, gozam os juízes classistas das Juntas e seus
suplentes das prerrogativas asseguradas aos jurados.
Nota: A Emenda Constitucional nº 24, de 1999, DOU 10.12.1999, extinguiu a representação
classista.
Art. 666. Por audiência a que comparecerem, até o máximo de vinte por mês, os juízes
classistas das Juntas e seus suplentes perceberão a gratificação fixada em lei. (Redação dada
pela Lei nº 4.439, de 27.10.1964)
Nota: A Emenda Constitucional nº 24, de 1999, DOU 10.12.1999, extinguiu a representação
classista.
Art. 667. São prerrogativas dos juízes classistas das Juntas, além das referidas no artigo 665:
Nota: A Emenda Constitucional nº 24, de 1999, DOU 10.12.1999, extinguiu a representação
classista.
a) tomar parte nas reuniões do tribunal a que pertençam;
b) aconselhar às partes a conciliação;
c) votar no julgamento dos feitos e nas matérias de ordem interna do tribunal, submetidas às
suas deliberações;
d) pedir vista dos processos pelo prazo de vinte e quatro horas;
e) formular, por intermédio do presidente, aos litigantes, testemunhas e peritos, as perguntas
que quiserem fazer, para esclarecimento do caso.
Nota: Ver Constituição Federal artigos 113, 114 e 117.
CAPÍTULO III
DOS JUÍZOS DE DIREITO
Art. 668. Nas localidades não compreendidas na jurisdição das Juntas de Conciliação e
Julgamento, os Juízos de Direito são os órgãos de administração da Justiça do Trabalho, com
a jurisdição que lhes for determinada pela lei de organização judiciária local.
Notas:
1) Ver Constituição Federal artigo 112.
2) Ver Súmula 180 do STJ
Art. 669. A competência dos Juízos de Direito, quando investidos na administração da Justiça
do Trabalho, é a mesma das Juntas de Conciliação e Julgamento, na forma da Seção II do
Capítulo II.
§ 1º. Nas localidades onde houver mais de um Juízo de Direito a competência é determinada,
entre os juízes do cível, por distribuição ou pela divisão judiciária local, na conformidade da lei
de organização respectiva.
§ 2º. Quando o critério de competência da lei de organização judiciária for diverso do previsto
no parágrafo anterior, será competente o juiz do cível mais antigo.
Nota: Ver Constituição Federal artigo 112.
CAPÍTULO IV
DOS TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO
SEÇÃO I
DA COMPOSIÇÃO E DO FUNCIONAMENTO
Notas:
1) Ver Resolução Administrativa TST nº 752, de 07.12.2000, DJU 13.12.2000, que dispõe
sobre o preenchimento de vagas dos Juízes Classistas nos Tribunais Regionais do Trabalho.
140
2) Ver Resolução Administrativa TST nº 757, de 12.12.2000, DJU 15.12.2000, que dispõe
sobre a convocação de Juízes Titulares de Varas do Trabalho para atuarem nos Tribunais
Regionais do Trabalho.
141
5) Após a Lei nº 6.904/82, a composição dos TRTs teve novas modificações pelas Leis nº
7.119, de 30.08.1983, nº 6.325, de 18.06.1985, nº 7.421, de 17.12.1985, nº 7.617, de
08.09.1987, nº 7.119, de 07.12.1989, nº 8.190, de 07.06.1991, e nº 8.217, de 27.08.1991.
§ 2º. Nos Tribunais Regionais constituídos de seis ou mais juízes togados, e menos de onze,
um deles será escolhido dentre advogados, um dentre membros do Ministério Público da
União junto à Justiça do Trabalho e os demais dentre juízes do Trabalho Presidentes de Junta
da respectiva Região, na forma prevista no parágrafo anterior. (Redação dada ao parágrafo
pela Lei nº 5.442, de 24.05.1968)
Nota: Ver Constituição Federal artigos 93, III, XI, 94 e 115.
§ 5º. Haverá um suplente para cada juiz classista. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº
5.442, de 24.05.1968)
Art. 671. Para os trabalhos dos Tribunais Regionais existe a mesma incompatibilidade prevista
no artigo 648, sendo idêntica a forma de sua resolução.
Art. 672. Os Tribunais Regionais, em sua composição plena, deliberarão com a presença,
além do Presidente, da metade e mais um do número de seus juízes, dos quais, no mínimo,
um representante dos empregados e outro dos empregadores.
Nota: A Emenda Constitucional nº 24, de 1999, DOU 10.12.1999, extinguiu a representação
classista.
§ 1º. As Turmas somente poderão deliberar presentes, pelo menos, três dos seus juízes, entre
ele os dois classistas. Para a integração desse quorum, poderá o Presidente de uma Turma
convocar juízes de outra, da classe a que pertencer o ausente ou impedido.
§ 2º. Nos Tribunais Regionais, as decisões tomar-se-ão pelo voto da maioria dos juízes
presentes, ressalvada, no Tribunal Pleno, a hipótese de declaração de inconstitucionalidade
de lei ou ato do Poder Público (artigo 116 da Constituição)
Nota: Ver CF/88 artigo 97.
142
§ 3º. O Presidente do Tribunal Regional, excetuada a hipótese de declaração de
inconstitucionalidade de lei ou ato do poder público, somente terá voto de desempate. Nas
sessões administrativas, o Presidente votará como os demais juízes, cabendo-lhe, ainda, o
voto de qualidade.
Art. 673. A ordem das sessões dos Tribunais Regionais será estabelecida no respectivo
regimento interno.
SEÇÃO II
DA JURISDIÇÃO E DA COMPETÊNCIA
Art. 674. Para efeito da jurisdição dos Tribunais Regionais, o território nacional é dividido nas
dezoito regiões seguintes:
143
Brasília (10ª Região);
Manaus (11ª Região);
Florianópolis (12ª Região);
João Pessoa (13ª Região);
Porto Velho (14ª Região);
Campinas (15ª Região);
São Luís (16ª Região);
Vitória (17ª Região);
Goiânia (18ª Região);
Maceió (19ª Região);
Aracaju (20ª Região);
Natal (21ª Região);
Teresina (22ª Região);
Cuiabá (23ª Região) e
Campo Grande (24ª Região).
Art. 675. (Revogado pela Lei nº 5.442, de 24.05.1968)
Art. 677. A competência dos Tribunais Regionais determina-se pela forma indicada no artigo
651 e seus parágrafos e, nos casos de dissídio coletivo, pelo local onde este ocorrer.
II - às Turmas.
a) julgar os recursos ordinários previstos no artigo 895, alínea "a";
144
b) julgar os agravos de petição e de instrumento, estes de decisões denegatórias de recursos
de sua alçada;
Art. 679. Aos Tribunais Regionais não divididos em Turmas, compete o julgamento das
matérias a que se refere o artigo anterior, exceto a de que trata o inciso I, alínea c, item 1,
como os conflitos de jurisdição entre Turmas. (Redação dada pela Lei nº 5.442, de
24.05.1968)
SEÇÃO III
DOS PRESIDENTES DOS TRIBUNAIS REGIONAIS
Art. 681. Os presidentes e vice-presidentes dos Tribunais Regionais tomarão posse perante os
respectivos Tribunais. (Redação dada pela Lei nº 6.320, de 05.04.1976)
Art. 682. Competem privativamente aos presidentes dos Tribunais Regionais, além das que
forem conferidas neste e no título e das decorrentes do seu cargo, as seguintes atribuições:
Nota: A Emenda Constitucional nº 24, de 1999, DOU 10.12.1999, extinguiu a representação
classista.
145
X - requisitar às autoridades competentes, nos casos de dissídio coletivo, a força necessária,
sempre que houver ameaça de perturbação da ordem;
XI - exercer correição, pelo menos uma vez por ano, sobre as Juntas, ou parcialmente,
sempre que se fizer necessário, e solicitá-la, quando julgar conveniente, ao presidente do
Tribunal de Justiça, relativamente aos juízes de direito investidos na administração da Justiça
do Trabalho;
XII - distribuir os feitos, designando os juízes que os devem relatar;
XIII - designar, dentre os funcionários do Tribunal e das Juntas existentes em uma mesma
localidade, o que deve exercer a função de distribuidor;
XIV - assinar as folhas de pagamento dos juízes e servidores do Tribunal.
Art. 683. Na falta ou impedimento dos presidentes dos Tribunais Regionais, e como auxiliares
destes, sempre que necessário, funcionarão seus substitutos. (Redação do caput e parágrafos
dada pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19.01.1946, com as alterações do Decreto-Lei nº 9.797, de
09.09.1946)
§ 1º. Nos casos de férias, por trinta dias, licença, por morte ou renúncia, a convocação
competirá diretamente ao presidente do Tribunal Superior do Trabalho.
SEÇÃO IV
DOS JUÍZES REPRESENTANTES CLASSISTAS DOS TRIBUNAIS REGIONAIS
Nota: A Emenda Constitucional nº 24, de 1999, DOU 10.12.1999, extinguiu a representação
classista.
Art. 684. Os juízes representantes classistas dos Tribunais Regionais são designados pelo
Presidente da República.
Parágrafo único. Aos juízes representantes classistas dos empregados e dos empregadores,
nos Tribunais Regionais, aplicam-se as disposições do artigo 661. (Parágrafo renumerado
para único em virtude da revogação do parágrafo segundo pela Lei nº 5.442, de 24.05.1968)
Nota: A Emenda Constitucional nº 24, de 1999, DOU 10.12.1999, extinguiu a representação
classista.
146
Art. 685. A escolha dos juízes e suplentes dos Tribunais Regionais, representantes dos
empregadores e empregados, é feita dentre os nomes constantes das listas para esse fim
encaminhadas ao presidente do Tribunal Superior do Trabalho pelas associações sindicais de
grau superior com sede nas respectivas regiões.
Nota: A Emenda Constitucional nº 24, de 1999, DOU 10.12.1999, extinguiu a representação
classista.
§ 1º. Para o efeito deste artigo, o conselho de representantes de cada associação sindical de
grau superior, na ocasião determinada pelo presidente do Tribunal Superior do Trabalho,
organizará, por maioria de votos, uma lista de três nomes.
§ 2º. O presidente do Tribunal Superior do Trabalho submeterá os nomes constantes das listas
ao Presidente da República, por intermédio do Ministro da Justiça. (Redação dada pela Lei nº
2.244, de 23.06.1954)
Art. 687. Os juízes representantes classistas dos Tribunais Regionais tomam posse perante o
respectivo presidente.
Nota: A Emenda Constitucional nº 24, de 1999, DOU 10.12.1999, extinguiu a representação
classista.
Art. 688. Aos juízes representantes classistas dos Tribunais Regionais aplicam-se as
disposições do artigo 663, sendo a nova escolha feita dentre os nomes constantes das listas a
que se refere o artigo 685 ou na forma indicada no artigo 686 e bem assim, as dos artigos 665
e 667.
Parágrafo único. Os juízes representantes classistas que retiverem processos além dos
prazos estabelecidos no regimento interno dos Tribunais Regionais, sofrerão,
automaticamente, na gratificação mensal a que teriam direito, desconto equivalente a 1/30 por
processo retido.
Nota: A Emenda Constitucional nº 24, de 1999, DOU 10.12.1999, extinguiu a representação
classista.
Art. 689. Por sessão a que comparecem, até o máximo de 15 (quinze) por mês, perceberão os
Juízes representantes classistas e suplentes dos Tribunais Regionais a gratificação fixada em
Lei;
Parágrafo único. Os Juízes representantes classistas que retiverem processos além dos
prazos estabelecidos no Regimento Interno dos Tribunais Regionais sofrerão
automaticamente, na gratificação mensal a que teriam direito, desconto equivalente a 1/30 (um
trinta avos) por processo retido. (Redação dada ao artigo pelo Decreto-Lei nº 8.737, de
19.01.1946)
Nota: A Emenda Constitucional nº 24, de 1999, DOU 10.12.1999, extinguiu a representação
classista.
CAPÍTULO V
DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 690. O Tribunal Superior do Trabalho, com sede na Capital da República e jurisdição em
todo o território nacional, é a instância superior da Justiça do Trabalho. (Redação dada ao
caput pela Lei nº 2.244, de 23.06.1954, e de acordo com a Lei nº 7.701, de 21.12.1988)
147
Parágrafo único. O Tribunal funciona na plenitude de sua composição ou dividido em turmas,
com observância da paridade de representação de empregados e empregadores. (Redação
dada ao parágrafo pela Lei nº 2.244, de 23.06.1954, e de acordo com a Lei nº 7.701, de
21.12.1988)
SEÇÃO II
DA COMPOSIÇÃO E FUNCIONAMENTO DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
Notas:
1) A Emenda Constitucional nº 24, de 1999, DOU 10.12.1999, extinguiu a representação
classista.
2) Ver Resolução Administrativa TST nº 908, de 21.11.2002, DJU 27.11.2002, que aprova o
Regimento Interno do Tribunal Superior do Trabalho - TST.
Art. 693. (Prejudicado pelo artigo 111, §§ 1º e 2º, da Constituição):
Nota: Ver CF/88 artigos 52, III, 84, XIV, 111, 113 e 117.
§ 1º. Dentre os juízes togados do Tribunal Superior do Trabalho, alheios aos interesses
profissionais, serão eleitos o presidente, o vice-presidente e o corregedor, além dos
presidentes das turmas, na forma estabelecida em seu regimento interno. (Redação dada ao
parágrafo pela Lei nº 2.244, de 23.06.1954)
§ 2º. Para nomeação trienal dos juízes classistas, o presidente do Tribunal Superior do
Trabalho publicará edital, com antecedência mínima de 15 (quinze) dias, convocando as
associações sindicais de grau superior, para que cada uma, mediante maioria de votos do
respectivo conselho de representantes, organize uma lista de 3 (três) nomes, que será
encaminhada, por intermédio daquele Tribunal, ao Ministro da Justiça, dentro do prazo que for
fixado no edital. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 2.244, de 23.06.1954) (Prejudicado
pelo artigo 111, da Constituição)
Nota: A Emenda Constitucional nº 24, de 1999, DOU 10.12.1999, extinguiu a representação
classista.
§ 3º. Na lista de que trata o parágrafo anterior figurarão somente brasileiros natos, de
reconhecida idoneidade, maiores de 25 anos, quites com o serviço militar, que estejam no
gozo de seus direitos civis e políticos e contem mais de dois anos de efetivo exercício da
profissão ou se encontrem no desempenho de representação profissional prevista em lei.
(Redação dada pelo Decreto-Lei nº 9.797, de 09.09.1956) (Prejudicado pelo artigo 111, da
Constituição)
Art. 696. Importará em renúncia o não comparecimento do membro do Tribunal, sem motivo
justificado, a mais de três sessões ordinárias consecutivas. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº
8.737, de 19.01.1946)
148
§ 2º. Para os efeitos do parágrafo anterior, a designação do substituto será feita dentre os
nomes constantes das listas de que trata o § 2º do artigo 693. (Redação dada pela Lei nº
2.244, de 23.06.1954)
Art. 697. Em caso de licença superior a trinta dias ou de vacância, enquanto não for
preenchido o cargo, os Ministros do Tribunal poderão ser substituídos mediante convocação
de juízes, de igual categoria, de qualquer dos Tribunais Regionais do Trabalho, na forma que
dispuser o Regimento do Tribunal Superior do Trabalho. (Redação dada ao artigo pela Lei nº
6.289, de 11.12.1975)
Art. 700. O Tribunal reunir-se-á em dias previamente fixados pelo presidente, o qual poderá,
sempre que for necessário, convocar sessões extraordinárias. (Redação dada pelo Decreto-
Lei nº 8.737, de 19.01.1946)
§ 2º. Nas sessões do Tribunal os debates poderão tornar-se secretos, desde que, por motivo
de interesse público, assim resolva a maioria de seus membros. (Redação dada ao caput e
parágrafos pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19.01.1946)
Nota: Ver CF/88 artigos 93, XI, 111, 112, 113, 114, 115, 116 e 117.
SEÇÃO III
DA COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL PLENO
149
SEÇÃO IV
DA COMPETÊNCIA DA CÂMARA DE JUSTIÇA DO TRABALHO
SEÇÃO V
DA COMPETÊNCIA DA CÂMARA DE PREVIDÊNCIA SOCIAL
SEÇÃO VI
DAS ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
Notas:
1) Ver arts. 96, I, a, 111, § 3º e 113, da Constituição Federal.
2) Ver Resolução Administrativa TST nº 908, de 21.11.2002, DJU 27.11.2002, que aprova o
Regimento Interno do Tribunal Superior do Trabalho - TST.
SEÇÃO VII
DAS ATRIBUIÇÕES DO VICE-PRESIDENTE
Art. 708. Compete ao vice-presidente do Tribunal:
a) substituir o presidente e o corregedor em suas faltas e impedimentos;
b) (Revogada pela Lei nº 2.244, de 23.06.1954 - DOU 30.06.1954)
Parágrafo único. Na ausência do presidente e do vice-presidente, será o Tribunal presidido
pelo juiz togado mais antigo, ou pelo mais idoso quando igual a antigüidade. (Redação dada
ao artigo pela Lei nº 2.244, de 23.06.1954)
Nota: Ver observação no início da seção anterior.
150
SEÇÃO VIII
DAS ATRIBUIÇÕES DO CORREGEDOR
Art. 709. Compete ao corregedor, eleito dentre os Ministros togados do Tribunal Superior do
Trabalho: (Redação dada ao caput pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
I - exercer funções de inspeção e correição permanente com relação aos Tribunais Regionais
e seus presidentes; (Redação dada ao inciso pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
II - decidir reclamações contra os atos atentatórios da boa ordem processual praticados pelos
Tribunais Regionais e seus presidentes quando inexistir recurso específico; (Redação dada ao
inciso pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
§ 1º. Das decisões proferidas pelo corregedor, nos casos do artigo, caberá o agravo
regimental, para o Tribunal Pleno. (Redação dada ao parágrafo pelo Decreto-Lei nº 229, de
28.02.1967)
§ 2º. O corregedor não integrará as Turmas do Tribunal, mas participará, com voto, das
sessões do Tribunal Pleno quando não se encontrar em correição ou em férias, embora não
relate nem revise processos, cabendo-lhe, outrossim, votar em incidente de
inconstitucionalidade, nos processos administrativos e nos feitos em que estiver vinculado por
visto anterior à sua posse na Corregedoria. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 7.121, de
08.09.1983)
Nota: Ver observação ao artigo 707.
CAPÍTULO VI
DOS SERVIÇOS AUXILIARES DA JUSTIÇA DO TRABALHO
SEÇÃO I
DA SECRETARIA DAS JUNTAS DE CONCILIAÇÃO E JULGAMENTO
Art. 710. Cada Junta terá uma secretaria, sob a direção do funcionário que o presidente do
Tribunal Regional do Trabalho designar para exercer a função de diretor da secretaria, e que
receberá, além dos vencimentos correspondentes ao seu padrão, a gratificação de função
fixada em lei. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19.01.1946, modificado pela Lei nº
409, de 25.09.1948)
Nota: Ver Constituição Federal artigo 96, I, b
151
Art. 712. Compete especialmente aos diretores de secretaria das Juntas de Conciliação e
Julgamento:
a) superintender os trabalhos da secretaria, velando pela boa ordem do serviço;
b) cumprir e fazer cumprir as ordens emanadas do presidente e das autoridades superiores;
c) submeter a despacho e assinatura do presidente o expediente e os papéis que devam ser
por ele despachados e assinados;
d) abrir a correspondência oficial dirigida à Junta e ao seu presidente, a cuja deliberação será
submetida;
e) tomar por termo as reclamações verbais nos casos de dissídios individuais;
f) promover o rápido andamento dos processos, especialmente na fase de execução e a
pronta realização dos atos e diligências deprecadas pelas autoridades superiores;
g) secretariar as audiências da Junta, lavrando as respectivas atas;
h) subscrever as certidões e os termos processuais;
i) dar aos litigantes ciência da reclamações e demais atos processuais de que devam ter
conhecimento, assinando as respectivas notificações;
j) executar os demais trabalhos que lhes forem atribuídos pelo presidente da Junta.
Parágrafo único. Os serventuários que, sem motivo justificado, não realizarem os atos, dentro
dos prazos fixados, serão descontados em seus vencimentos, em tantos dias quantos os do
excesso. (Redação dada ao artigo pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19.01.1946)
SEÇÃO II
DOS DISTRIBUIDORES
Art. 713. Nas localidades em que existir mais de uma Junta de Conciliação e Julgamento
haverá um distribuidor.
Nota: Conforme Emenda Constitucional nº 24/1999, a Vara do Trabalho substituiu a Junta de
Conciliação e Julgamento.
Art. 714. Compete ao distribuidor:
a) a distribuição, pela ordem rigorosa de entrada, e sucessivamente a cada Junta, dos feitos
que, para esse fim, lhe forem apresentados pelos interessados;
b) o fornecimento, aos interessados, do recibo correspondente a cada feito distribuído;
c) a manutenção de dois fichários dos feitos distribuídos, sendo um organizado pelos nomes
dos reclamantes e o outro dos reclamados, ambos por ordem alfabética;
d) o fornecimento a qualquer pessoa que o solicite, verbalmente ou por certidão, de
informações sobre os feitos distribuídos;
e) a baixa na distribuição dos feitos, quando isto lhe for determinado pelos presidentes das
Juntas, formando, com as fichas correspondentes, fichários à parte, cujos dados poderão ser
consultados pelos interessados, mas não serão mencionados em certidões.
Art. 715. Os distribuidores são designados pelo presidente do Tribunal Regional, dentre os
funcionários das Juntas e do Tribunal Regional, existentes na mesma localidade, e ao mesmo
presidente diretamente subordinados.
SEÇÃO III
DO CARTÓRIO DE JUÍZOS DE DIREITO
Art. 717. Aos escrivães dos Juízos de Direito, investidos na administração da Justiça do
Trabalho, competem especialmente as atribuições e obrigações dos diretores de secretarias
152
das Juntas; e aos demais funcionários dos cartórios, as que couberem nas respectivas
funções, entre as que competem às secretarias das Juntas enumeradas no artigo 711.
SEÇÃO IV
DAS SECRETARIAS DOS TRIBUNAIS REGIONAIS
Art. 718. Cada Tribunal Regional tem uma secretaria, sob a direção do funcionário designado
para exercer a função de secretário, com a gratificação de função fixada em lei. (Redação
dada pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19.01.1946)
Art. 719. Competem à secretaria dos Tribunais, além das atribuições estabelecidas no artigo
711, para a secretaria das Juntas, mais as seguintes:
a) a conclusão dos processos ao presidente e sua remessa, depois de despachados, aos
respectivos relatores;
b) a organização e a manutenção de um fichário de jurisprudência do Tribunal, para consulta
dos interessados.
Parágrafo único. No regimento interno dos Tribunais Regionais serão estabelecidas as demais
atribuições, o funcionamento e a ordem dos trabalhos de suas secretarias.
Art. 720. Competem aos secretários dos Tribunais Regionais as mesmas atribuições
conferidas no artigo 712 aos diretores de secretaria das Juntas, além das que lhes forem
fixadas no regimento interno dos Tribunais.
SEÇÃO V
DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA E OFICIAIS DE JUSTIÇA AVALIADORES
Art. 721. Incumbe aos Oficiais de Justiça e Oficiais de Justiça Avaliadores da Justiça do
Trabalho a realização dos atos decorrentes da execução dos julgados das Juntas de
Conciliação e Julgamento e dos Tribunais Regionais do Trabalho, que lhes forem cometidos
pelos respectivos presidentes.
§ 1º. Para efeito de distribuição dos referidos atos, cada Oficial de Justiça ou Oficial de Justiça
Avaliador funcionará perante uma Junta de Conciliação e Julgamento, salvo quando da
existência, nos Tribunais Regionais do Trabalho, de órgão específico, destinado à distribuição
de mandados judiciais.
Nota: Conforme Emenda Constitucional nº 24/1999, a Vara do Trabalho substituiu a Junta de
Conciliação e Julgamento.
§ 2º. Nas localidades onde houver mais de uma Junta, respeitado o disposto no parágrafo
anterior, a atribuição para o cumprimento do ato deprecado ao Oficial de Justiça ou Oficial de
Justiça Avaliador será transferida a outro oficial sempre que, após o decurso de 9 (nove) dias,
sem razões que o justifiquem, não tiver sido cumprido o ato, sujeitando-se o serventuário às
penalidades da lei.
§ 3º. No caso de avaliação, terá o Oficial de Justiça Avaliador, para cumprimento do ato, o
prazo previsto no artigo 888.
§ 4º. É facultado aos presidentes dos Tribunais Regionais do Trabalho cometer a qualquer
Oficial de Justiça ou Oficial de Justiça Avaliador a realização dos atos de execução das
decisões desses Tribunais.
CAPÍTULO VII
153
DAS PENALIDADES
SEÇÃO I
DO "LOCK-OUT" E DA GREVE
Nota: Ver Lei nº 7.783, de 28.06.1989, que dispõe sobre o direito de greve.
§ 1º. Se o empregador for pessoa jurídica, as penas previstas nas alíneas b e c incidirão sobre
os administradores responsáveis.
§ 3º. Sem prejuízo das sanções cominadas neste artigo, os empregadores ficarão obrigados a
pagar os salários devidos aos seus empregados, durante o tempo de suspensão do trabalho.
"Art. 723. Os empregados que, coletivamente sem prévia autorização do tribunal competente,
abandonarem o serviço, ou desobedecerem a qualquer decisão proferida em dissídio,
incorrerão nas seguintes penalidades:
a) suspensão do emprego até seis meses, ou dispensa do mesmo;
b) perda do cargo de representação profissional em cujo desempenho estiverem;
c) suspensão, pelo prazo de dois a cinco anos, do direito de serem eleitos para cargo de
representação profissional."
154
coligação de empregadores ou de empregados, incorrerá na pena de prisão prevista na
legislação penal, sem prejuízo das demais sanções cominadas.
§ 1º. Tratando-se de serviços públicos, ou havendo violência contra pessoa ou coisa, as penas
previstas neste artigo serão aplicadas em dobro.
§ 2º. O estrangeiro que incidir nas sanções deste artigo, depois de cumprir a respectiva
penalidade, será expulso do País, observados os dispositivos da legislação comum."
SEÇÃO II
DAS PENALIDADES CONTRA OS MEMBROS DA JUSTIÇA DO TRABALHO
Art. 726. Aquele que recusar o exercício da função de juiz classista de Junta de Conciliação e
Julgamento ou de juiz representante classista de Tribunal Regional, sem motivo justificado,
incorrerá nas seguintes penas:
Nota: Conforme Emenda Constitucional nº 24/1999, a Vara do Trabalho substituiu a Junta de
Conciliação e Julgamento, extinguindo a representação classista.
a) sendo representante de empregadores, multa de 6 (seis) a 60 (sessenta) valores-de-
referência regionais e suspensão do direito de representação profissional por dois a cinco
anos;
Nota: Ver a Portaria MTb nº 290, de 11.04.1997, que aprova normas para a imposição de
multas administrativas previstas na legislação trabalhista.
Parágrafo único. Se a falta for de presidente, incorrerá ele na pena de perda do cargo, além da
perda dos vencimentos correspondentes aos dias em que tiver faltado às audiências ou
sessões consecutivas.
Nota: Ver artigos 40 a 49 da Lei Complementar nº 35 (Lei Orgânica da Magistratura).
Art. 728. Aos presidentes, membros, juízes, juízes classistas e funcionários auxiliares da
Justiça do Trabalho, aplica-se o disposto no Título XI do Código Penal.
Nota: A Emenda Constitucional nº 24, de 1999, DOU 10.12.1999, extinguiu a representação
classista.
SEÇÃO III
DE OUTRAS PENALIDADES
Art. 729. O empregador que deixar de cumprir decisão passada em julgado sobre readmissão
ou reintegração de empregado, além do pagamento dos salários deste, incorrerá na multa de
3/5 (três quintos) a 3 (três) valores-de-referência regionais por dia, até que seja cumprida a
decisão.
Nota: Ver a Portaria MTb nº 290, de 11.04.1997, que aprova normas para a imposição de
multas administrativas previstas na legislação trabalhista.
155
§ 1º. O empregador que impedir ou tentar impedir que empregado seu sirva como juiz
classista em Tribunal de Trabalho, ou perante este preste depoimento, incorrerá na multa de
30 (trinta) a 300 (trezentos) valores-de-referência regionais.
Notas:
1) A Emenda Constitucional nº 24, de 1999, DOU 10.12.1999, extinguiu a representação
classista.
2) Ver a Portaria MTb nº 290, de 11.04.1997, que aprova normas para a imposição de multas
administrativas previstas na legislação trabalhista.
§ 2º. Na mesma pena do parágrafo anterior incorrerá o empregador que dispensar seu
empregado pelo fato de haver servido como juiz classista ou prestado depoimento como
testemunha, sem prejuízo da indenização que a lei estabeleça.
Nota: A Emenda Constitucional nº 24, de 1999, DOU 10.12.1999, extinguiu a representação
classista.
Art. 730. Aqueles que se recusarem a depor como testemunhas, sem motivo justificado,
incorrerão na multa de 3 (três) a 30 (trinta) valores-de-referência regionais. (Redação dada
pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)
Nota: Ver a Portaria MTb nº 290, de 11.04.1997, que aprova normas para a imposição de
multas administrativas previstas na legislação trabalhista.
Art. 731. Aquele que, tendo apresentado ao distribuidor reclamação verbal, não se apresentar
no prazo estabelecido no parágrafo único do artigo 786, à Junta ou Juízo para fazê-la tomar
por termo, incorrerá na pena de perda, pelo prazo de seis meses, do direito de reclamar
perante a Justiça do Trabalho.
Art. 732. Na mesma pena do artigo anterior incorrerá o reclamante que, por duas vezes
seguidas, der causa ao arquivamento de que trata o artigo 844.
Jurisprudência Vinculada
Art. 733. As infrações de disposições deste Título, para as quais não haja penalidades
cominadas, serão punidas com multa de 3 (três) a 300 (trezentas) valores-de-referência
regionais, elevada ao dobro na reincidência. (Redação dada pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)
Nota: Ver a Portaria MTb nº 290, de 11.04.1997, que aprova normas para a imposição de
multas administrativas previstas na legislação trabalhista.
CAPÍTULO VIII
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 735. As repartições públicas e as associações sindicais são obrigadas a fornecer aos
juízes e Tribunais do Trabalho e à Procuradoria da Justiça do Trabalho as informações e os
dados necessários à instrução e ao julgamento dos feitos submetidos à sua apreciação.
Parágrafo único. A recusa de informações ou dados a que se refere este artigo, por parte de
funcionários públicos, importa na aplicação das penalidades previstas pelo Estatuto dos
Funcionários Públicos por desobediência.
TÍTULO IX
DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO
Notas:
1) Ver Constituição Federal artigos 127, 128, 129 e 130.
2) Ver ADCT artigo 29, § 4º.
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
156
Art. 736. O Ministério Público do Trabalho é constituído por agentes diretos do Poder
Executivo, tendo por função zelar pela exata observância da Constituição Federal, das leis e
demais atos emanados dos poderes públicos, na esfera de suas atribuições.
Doutrina Vinculada
Parágrafo único. Para o exercício de suas funções, o Ministério Público do Trabalho reger-se-á
pelo que estatui esta Consolidação e, na falta de disposição expressa, pelas normas que
regem o Ministério Público Federal.
CAPÍTULO II
DA PROCURADORIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO
SEÇÃO I
DA ORGANIZAÇÃO
Art. 743. Haverá, nas Procuradorias Regionais, substitutos de procurador adjunto ou, quando
não houver este cargo, de procurador regional, designados previamente por decreto do
Presidente da República, sem ônus para os cofres públicos.
§ 1º. O substituto tomará posse perante o respectivo procurador regional, que será a
autoridade competente para convocá-lo.
§ 2º. O procurador regional será substituído, em suas faltas e impedimentos, pelo respectivo
procurador adjunto, quando houver, e havendo mais de um, pelo que for por ele designado.
§ 3º. O procurador adjunto será substituído, em suas faltas e impedimentos, pelo respectivo
procurador substituto.
§ 4º. Será dispensado, automaticamente, o substituto que não atender à convocação, salvo
motivo de doença, devidamente comprovada.
§ 5º. Nenhum direito ou vantagem terá o substituto além do vencimento do cargo do
substituído e somente durante o seu impedimento legal.
Art. 744. A nomeação do procurador geral deverá recair em bacharel em ciências jurídicas e
sociais, que tenha exercido, por cinco ou mais anos, cargo de magistratura ou de Ministério
Público, ou a advocacia.
Art. 745. Para a nomeação dos demais procuradores, atender-se-á aos mesmos requisitos
estabelecidos no artigo anterior, reduzido a dois anos, no mínimo, o tempo de exercício.
SEÇÃO II
157
DA COMPETÊNCIA DA PROCURADORIA GERAL
Art. 746. Compete à Procuradoria Geral da Justiça do Trabalho: (Redação dada ao artigo pelo
Decreto-Lei nº 8.737, de 19.01.1946)
SEÇÃO III
DA COMPETÊNCIA DAS PROCURADORIAS REGIONAIS
SEÇÃO IV
DAS ATRIBUIÇÕES DO PROCURADOR GERAL
Art. 748. Como chefe da Procuradoria Geral da Justiça do Trabalho, incumbe ao procurador
geral: (Redação dada ao artigo pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19.01.1946)
158
SEÇÃO V
DAS ATRIBUIÇÕES DOS PROCURADORES
SEÇÃO VI
DAS ATRIBUIÇÕES DOS PROCURADORES REGIONAIS
Art. 750. Incumbe aos procuradores regionais: (Redação dada ao artigo pelo Decreto-Lei nº
8.737, de 19.01.1946)
a) dirigir os serviços da respectiva Procuradoria;
b) funcionar nas sessões do Tribunal Regional, pessoalmente ou por intermédio do procurador
adjunto que designar;
Doutrina Vinculada
c) apresentar, semestralmente, ao procurador geral, um relatório das atividades da respectiva
Procuradoria, bem como dados e informações sobre a administração da Justiça do Trabalho
na respectiva região;
d) requerer e acompanhar perante as autoridades administrativas ou judiciárias as diligências
necessárias à execução das medidas e providências ordenadas pelo procurador geral;
e) prestar ao procurador geral as informações necessárias sobre os feitos em andamento e
consultá-lo nos casos de dúvida;
f) funcionar, em juízo, na sede do respectivo Tribunal Regional;
g) exarar o seu "ciente" nos acórdãos do Tribunal;
h) designar o procurador que o substitua nas faltas e impedimentos e o secretário da
Procuradoria.
Art. 751. Incumbe aos procuradores adjuntos das Procuradorias Regionais: (Redação dada ao
artigo pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19.01.1946)
a) funcionar, por designação do procurador regional, nas sessões do Tribunal Regional;
b) desempenhar os demais encargos que lhes forem atribuídos pelo procurador regional.
SEÇÃO VII
DA SECRETARIA
Art. 752. A secretaria da Procuradoria Geral funcionará sob a direção de um chefe designado
pelo procurador geral e terá o pessoal designado pelo Ministro do Trabalho. (Redação dada ao
artigo pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19.01.1946)
159
Art. 754. Nas procuradorias regionais os trabalhos a que se refere o artigo anterior serão
executados pelos funcionários para esse fim designados.
CAPÍTULO III
DA PROCURADORIA DE PREVIDÊNCIA SOCIAL
Art. 755. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 72, de 21.11.1966 - DOU 22.11.1966)
Art. 756. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 72, de 21.11.1966 - DOU 22.11.1966)
Art. 757. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 72, de 21.11.1966 - DOU 22.11.1966)
Art. 758. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 72, de 21.11.1966 - DOU 22.11.1966)
Art. 759. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 72, de 21.11.1966 - DOU 22.11.1966)
Art. 760. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 72, de 21.11.1966 - DOU 22.11.1966)
Art. 761. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 72, de 21.11.1966 - DOU 22.11.1966)
Art. 762. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 72, de 21.11.1966 - DOU 22.11.1966)
TÍTULO X
DO PROCESSO JUDICIÁRIO DO TRABALHO
Nota: O Provimento CGJT nº 5, de 09.10.2003, DJU 13.10.2003, revogado pelo Provimento
CGJT s/nº, de 06.04.2006, DJU 12.04.2006 recomendava a identificação precisa das partes a
fim de facilitar a obtenção de dados necessários à execução mais célere no âmbito da Justiça
do Trabalho.
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 763. O processo da Justiça do Trabalho, no que concerne aos dissídios individuais e
coletivos e à aplicação de penalidades, reger-se-á, em todo o território nacional, pelas normas
estabelecidas neste Título.
Nota: Ver Constituição Federal artigos 5º, XXXV, XXXVI, 22 e 24, XI, §§ 1º a 4º.
§ 1º. Para os efeitos deste artigo, os juízes e Tribunais do Trabalho empregarão sempre os
seus bons ofícios e persuasão no sentido de uma solução conciliatória dos conflitos.
§ 3º. É lícito às partes celebrar acordo que ponha termo ao processo, ainda mesmo depois de
encerrado o juízo conciliatório.
Art. 765. Os juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e
velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência
necessária ao esclarecimento delas.
Art. 766. Nos dissídios sobre estipulação de salários, serão estabelecidas condições que,
assegurando justo salário aos trabalhadores, permitam também justa retribuição às empresas
interessadas.
Art. 767. A compensação ou retenção só poderá ser argüida como matéria de defesa.
(Redação dada pelo Decreto-Lei nº 6.353, de 20.03.1944)
Nota: Ver Enunciados nºs 18 e 48, do TST.
Art. 768. Terá preferência em todas as fases processuais o dissídio cuja decisão tiver de ser
executada perante o juízo da falência.
160
Art. 769. Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito
processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título.
Nota: Ver artigos 5º, XXXV, XXXVII, 22 e 24 da Constituição Federal.
CAPÍTULO II
DO PROCESSO EM GERAL
SEÇÃO I
DOS ATOS, TERMOS E PRAZOS PROCESSUAIS
Art. 770. Os atos processuais serão públicos, salvo quando o contrário determinar o interesse
social, e realizar-se-ão nos dias úteis das 6 às 20 horas.
Nota: Ver Constituição Federal artigo 5º, LX.
Art. 771. Os termos e atos processuais poderão ser escritos a tinta, datilografados ou a
carimbo.
Art. 772. Os atos e termos processuais, que devam ser assinados pelas partes interessadas,
quando estas, por motivo justificado, não possam fazê-lo, serão firmados a rogo, na presença
de duas testemunhas, sempre que não houver procurador legalmente constituído.
Art. 773. Os termos relativos ao movimento dos processos constarão de simples notas,
datadas e rubricadas pelos chefes de secretaria ou escrivães. (Redação dada ao artigo pela
Lei nº 409, de 25.09.1948)
Art. 774. Salvo disposições em contrário, os prazos previstos neste Título contam-se,
conforme o caso, a partir da data em que for feita pessoalmente, ou recebida a notificação,
daquela em que for publicado o edital no jornal oficial ou no que publicar o expediente da
Justiça do Trabalho, ou, ainda, daquela em que for afixado o edital, na sede da Junta, Juízo ou
Tribunal. (Redação dada pela Lei nº 2.244, de 23.06.1954)
Nota: Ver Orientação Jurisprudencial da SDI-II nº 146.
Art. 775. Os prazos estabelecidos neste Título contam-se com exclusão do dia do começo e
inclusão do dia de vencimento, e são contínuos e irreleváveis, podendo, entretanto, ser
prorrogados pelo tempo estritamente necessário pelo Juiz do Tribunal, ou em virtude de força
maior, devidamente comprovada.
Parágrafo único. Os prazos que se vencerem em sábado, domingo ou dia feriado terminarão
no primeiro dia útil seguinte. (Redação dada ao artigo pelo Decreto-Lei nº 8.737, de
19.01.1946)
Nota: Ver Enunciado nº 262, do TST.
161
Art. 776. O vencimento dos prazos será certificado nos processos pelos escrivães ou chefes
de secretaria. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 409, de 25.09.1948)
Art. 778. Os autos dos processos da Justiça do Trabalho não poderão sair dos cartórios ou
secretarias, salvo se solicitados por advogado regularmente constituído por qualquer das
partes, ou quando tiverem de ser remetidos aos órgãos competentes, em caso de recurso ou
requisição. (Redação dada pela Lei nº 6.598, de 01.12.1978)
Art. 779. As partes, ou seus procuradores, poderão consultar, com ampla liberdade, os
processos nos cartórios ou secretarias.
Nota: Ver Constituição Federal artigo 5º, LX.
Art. 780. Os documentos junto aos autos poderão ser desentranhados somente depois de
findo o processo, ficando traslado.
Art. 781. As partes poderão requerer certidões dos processos em curso ou arquivados, as
quais serão lavradas pelos escrivães ou chefes de secretaria. (Redação dada ao artigo pela
Lei nº 409, de 25.09.1948)
Nota: Ver Enunciado nº 1, do TST.
Parágrafo único. As certidões dos processos que correrem em segredo de justiça dependerão
de despacho do juiz ou presidente.
SEÇÃO II
DA DISTRIBUIÇÃO
Art. 783. A distribuição das reclamações será feita entre as Juntas de Conciliação e
Julgamento, ou os Juízes de Direito do Cível, nos casos previstos no artigo 669, § 1º, pela
ordem rigorosa de sua apresentação ao distribuidor, quando o houver.
Art. 784. As reclamações serão registradas em livro próprio, rubricado em todas as folhas pela
autoridade a que estiver subordinado o distribuidor.
Art. 786. A reclamação verbal será distribuída antes de sua redução a termo.
Nota: Ver os Enunciados nºs 25 e 36, do TST.
Parágrafo único. Distribuída a reclamação verbal, o reclamante deverá, salvo motivo de força
maior, apresentar-se no prazo de cinco dias, ao cartório ou à secretaria, para reduzi-la a
termo, sob a pena estabelecida no artigo 731.
Art. 787. A reclamação escrita deverá ser formulada em duas vias e desde logo acompanhada
dos documentos em que se fundar.
Jurisprudência Vinculada
162
Doutrina Vinculada
Art. 788. Feita a distribuição, a reclamação será remetida pelo distribuidor à Junta ou Juízo
competente, acompanhada do bilhete de distribuição.
SEÇÃO III
DAS CUSTAS E EMOLUMENTOS
(Redação dada ao título da Seção pela Lei nº 10.537, de 27.08.2002, DOU 28.08.2002, com
efeitos após trinta dias da data da publicação)
Notas:
1) Assim dispunha o título da Seção alterado:
"SEÇÃO III
DAS CUSTAS"
2) Ver Constituição Federal artigos 5º, XXXIV, XXXVI, 24, IV e 95, § único.
Art. 789. Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas ações e
procedimentos de competência da Justiça do Trabalho, bem como nas demandas propostas
perante a Justiça Estadual, no exercício da jurisdição trabalhista, as custas relativas ao
processo de conhecimento incidirão à base de 2% (dois por cento), observado o mínimo de R$
10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos) e serão calculadas:
Notas:
1) Ver Instrução Normativa TST nº 20, de 24.09.2002, DJU 27.09.2002, que dispõe sobre os
procedimentos para o recolhimento de custas e emolumentos devidos à União no âmbito da
Justiça do Trabalho.
2) Ver Ato Declaratório Executivo CORAT nº 110, de 21.10.2002, DOU 22.10.2002, que
divulga códigos de arrecadação das custas e emolumentos da Justiça do Trabalho.
§ 1º As custas serão pagas pelo vencido, após o trânsito em julgado da decisão. No caso de
recurso, as custas serão pagas e comprovado o recolhimento dentro do prazo recursal.
§ 2º Não sendo líquida a condenação, o juízo arbitrar-lhe-á o valor e fixará o montante das
custas processuais.
§ 3º Sempre que houver acordo, se de outra forma não for convencionado, o pagamento das
custas caberá em partes iguais aos litigantes.
163
III - acima de duas e até cinco vezes o valor-de-referência, 6% (seis por cento);
IV - acima de cinco e até dez vezes o valor-de-referência, 4% (quatro por cento);
V - acima de dez vezes o valor-de-referência, 2% (dois por cento). (Redação dada ao caput
pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
§ 1º. Nas Juntas, nos Tribunais Regionais e no Tribunal Superior do Trabalho, o pagamento
das custas será feito na forma das instruções expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho.
Nos Juízos de Direito, a importância das custas será dividida proporcionalmente entre os
funcionários que tiverem funcionando no feito, excetuados os distribuidores, cujas custas
serão pagas no ato, de acordo com o regimento local. (Redação dada ao parágrafo pelo
Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
Nota: Suspensa, por inconstitucional, a expressão "o juiz e", que antecedia as palavras
"os funcionários" (Resolução nº 19, de 1974, do Senado Federal, em virtude de decisão do
STF.
§ 4º. As custas serão pagas pelo vencido, depois de transitada em julgado a decisão ou, no
caso de recurso, dentro de 5 (cinco) dias da data de sua interposição, sob pena de deserção,
salvo quando se tratar de inquérito, caso em que o pagamento das custas competirá à
empresa, antes de seu julgamento pela Junta ou Juízo de Direito. (Redação dada ao
parágrafo pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
§ 5º. Os emolumentos de traslados e instrumentos serão pagos dentro de quarenta e oito (48)
horas após a sua extração, feito, contudo, no ato do requerimento, o depósito prévio do valor
estimado pelo funcionário encarregado, sujeito à complementação, com ciência da parte, sob
pena de deserção. (Redação dada ao parágrafo pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
§ 6º. Sempre que houver acordo, se de outra forma não for convencionado, o pagamento das
custas caberá em partes iguais aos litigantes. (Redação dada ao parágrafo pelo Decreto-Lei nº
229, de 28.02.1967)
§ 7º. Tratando-se de empregado sindicalizado que não tenha obtido o benefício da justiça
gratuita, ou isenção de custas, o sindicato que houver intervindo no processo responderá
solidariamente pelo pagamento das custas devidas. (Redação dada ao parágrafo pelo
Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
§ 9º. É facultado aos presidentes dos Tribunais do Trabalho conceder, de ofício, o benefício da
justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário
igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, ou provarem o seu estado de miserabilidade.
(Redação dada ao parágrafo pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.02.1967)
Nota: Ver os Enunciados nºs 04, 49 e 50, do TST.
164
§ 10. O sindicato da categoria profissional prestará assistência judiciária gratuita ao
trabalhador desempregado ou que perceber salário inferior a cinco salários mínimos ou que
declare, sob responsabilidade, não possuir, em razão dos encargos próprios e familiares,
condições econômicas de prover à demanda. (NR) (Parágrafo acrescentado pela Lei nº
10.288, de 20.09.2001, DOU 21.09.2001)"
III - agravo de instrumento: R$ 44,26 (quarenta e quatro reais e vinte e seis centavos);
VII - impugnação à sentença de liquidação: R$ 55,35 (cinqüenta e cinco reais e trinta e cinco
centavos);
VIII - despesa de armazenagem em depósito judicial - por dia: 0,1% (um décimo por cento) do
valor da avaliação;
IX - cálculos de liquidação realizados pelo contador do juízo - sobre o valor liquidado: 0,5%
(cinco décimos por cento) até o limite de R$ 638,46 (seiscentos e trinta e oito reais e quarenta
e seis centavos). (Artigo acrescentado pela Lei nº 10.537, de 27.08.2002, DOU 28.08.2002,
com efeitos após trinta dias da data da publicação)
Art. 789-B. Os emolumentos serão suportados pelo Requerente, nos valores fixados na
seguinte tabela:
Nota: Ver Instrução Normativa TST nº 20, de 24.09.2002, DJU 27.09.2002, que dispõe sobre
os procedimentos para o recolhimento de custas e emolumentos devidos à União no âmbito
da Justiça do Trabalho.
165
V - certidões - por folha: R$ 5,53 (cinco reais e cinqüenta e três centavos). (Artigo
acrescentado pela Lei nº 10.537, de 27.08.2002, DOU 28.08.2002, com efeitos após trinta dias
da data da publicação)
Art. 790. Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos Tribunais e no Tribunal Superior
do Trabalho, a forma de pagamento das custas e emolumentos obedecerá às instruções que
serão expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho.
Notas:
1) Ver Instrução Normativa TST nº 20, de 24.09.2002, DJU 27.09.2002, que dispõe sobre os
procedimentos para o recolhimento de custas e emolumentos devidos à União no âmbito da
Justiça do Trabalho.
2) Ver Ato Declaratório Executivo CORAT nº 110, de 21.10.2002, DOU 22.10.2002, que
divulga códigos de arrecadação das custas e emolumentos da Justiça do Trabalho.
Art. 790-A. São isentos do pagamento de custas, além dos beneficiários de justiça gratuita:
Nota: Ver Instrução Normativa TST nº 20, de 24.09.2002, DJU 27.09.2002, que dispõe sobre
os procedimentos para o recolhimento de custas e emolumentos devidos à União no âmbito
da Justiça do Trabalho.
Parágrafo único. A isenção prevista neste artigo não alcança as entidades fiscalizadoras do
exercício profissional, nem exime as pessoas jurídicas referidas no inciso I da obrigação de
reembolsar as despesas judiciais realizadas pela parte vencedora. (Artigo acrescentado pela
Lei nº 10.537, de 27.08.2002, DOU 28.08.2002, com efeitos após trinta dias da data da
publicação)
166
Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte
sucumbente na pretensão objeto da perícia, salvo se beneficiária de justiça gratuita. (Artigo
acrescentado pela Lei nº 10.537, de 27.08.2002, DOU 28.08.2002, com efeitos após trinta dias
da data da publicação)
Nota: Ver Instrução Normativa TST nº 20, de 24.09.2002, DJU 27.09.2002, que dispõe sobre
os procedimentos para o recolhimento de custas e emolumentos devidos à União no âmbito
da Justiça do Trabalho.
SEÇÃO IV
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
§ 2º. Nos dissídios coletivos é facultada aos interessados a assistência por advogado.
Notas:
1) Ver Constituição Federal artigo 5º, LXX.
2) Ver os Enunciados nºs 164, 219, 220 e 255, do TST.
Art. 792. Os maiores de 18 e menores de 21 anos e as mulheres casadas poderão pleitear
perante a Justiça do Trabalho sem a assistência de seus pais, tutores ou maridos.
Nota: Ver Constituição Federal artigo 226, § 5º.
Art. 793. A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus representantes
legais e, na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo
Ministério Público estadual ou curador nomeado em juízo. (NR) (Redação dada ao artigo pela
Lei nº 10.288, de 20.09.2001, DOU 21.09.2001)
Notas:
1) Assim dispunha o artigo alterado:
"Art. 793. Tratando-se de maiores de 14 anos e menores de 18 anos, as reclamações poderão
ser feitas pelos seus representantes legais ou, na falta destes, por intermédio da Procuradoria
da Justiça do Trabalho. Nos lugares onde não houver Procuradoria, o juiz ou presidente
nomeará pessoa habilitada para desempenhar o cargo de curador à lide."
2) Ver Convenção OIT nº 182, promulgada pelo Decreto nº 3.597, de 12.09.2000, DOU
13.09.2000, que dispõe sobre a Proibição das Piores Formas de Trabalho Infantil e a Ação
Imediata para sua Eliminação.
SEÇÃO V
DAS NULIDADES
Art. 794. Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só haverá nulidade
quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes.
Art. 795. As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais
deverão argüí-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos.
167
§ 2º. O juiz ou Tribunal que se julgar incompetente determinará, na mesma ocasião, que se
faça remessa do processo, com urgência, à autoridade competente, fundamentando sua
decisão.
Art. 797. O juiz ou Tribunal que pronunciar a nulidade declarará os atos a que ela se estende.
Art. 798. A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele dependam ou sejam
consequência.
SEÇÃO VI
DAS EXCEÇÕES
Art. 799. Nas causas da jurisdição da Justiça do Trabalho, somente podem ser opostas, com
suspensão do feito, as exceções de suspeição ou incompetência.
§ 2º. Das decisões sobre exceções de suspeição e incompetência, salvo, quanto a estas, se
terminativas do feito, não caberá recurso, podendo, no entanto, as partes alegá-las novamente
no recurso que couber da decisão final. (Redação dada ao artigo pelo Decreto-Lei nº 8.737, de
19.01.1946)
Nota: Ver Constituição Federal artigo 5º, XXXVI.
Art. 800. Apresentada a exceção de incompetência, abrir-se-á vista dos autos ao exceto, por
24 horas improrrogáveis, devendo a decisão ser proferida na primeira audiência ou sessão
que se seguir.
Art. 801. O juiz, presidente ou juiz classista, é obrigado a dar-se por suspeito, e pode ser
recusado, por alguns dos seguintes motivos, em relação à pessoa dos litigantes:
Nota: A Emenda Constitucional nº 24, de 1999, DOU 10.12.1999, extinguiu a representação
classista.
a) inimizade pessoal;
b) amizade íntima;
c) parentesco por consanguinidade ou afinidade até o terceiro grau civil;
d) interesse particular na causa.
Parágrafo único. Se o recusante houver praticado algum ato pelo qual haja consentido na
pessoa do juiz, não mais poderá alegar exceção de suspeição, salvo sobrevindo novo motivo.
A suspeição não será também admitida, se do processo constar que o recusante deixou de
alegá-la anteriormente, quando já a conhecia, ou que, depois de conhecida, aceitou o juiz
recusado ou, finalmente, se procurou de propósito o motivo de que ela se originou.
Art. 802. Apresentada a exceção de suspeição, o juiz ou Tribunal designará audiência, dentro
de 48 horas, para instrução e julgamento da exceção.
§ 1º. Nas Juntas de Conciliação e Julgamento e nos Tribunais Regionais, julgada procedente a
exceção de suspeição, será logo convocado, para a mesma audiência ou sessão, ou para a
168
seguinte, o suplente do membro suspeito, o qual continuará a funcionar no feito até decisão
final. Proceder-se-á da mesma maneira quando algum dos membros se declarar suspeito.
Notas:
1) Ver Constituição Federal artigos 102, I, 105, I, "d" e "g".
2) Ver Súmula 180 do STJ.
Art. 806. É vedado à parte interessada suscitar conflitos de jurisdição quando já houver oposto
na causa exceção de incompetência.
Art. 807. No ato de suscitar o conflito deverá a parte interessada produzir a prova de
existência dele.
Art. 808. Os conflitos de jurisdição de que trata o artigo 803 serão resolvidos: (Redação dada
ao caput pelo Decreto-Lei nº 6.353, de 20.03.1944)
a) pelos Tribunais Regionais, os suscitados entre Juntas e entre Juízos de Direito, ou entre
umas e outros, nas respectivas regiões;
Nota: Ver Súmula 180 do STJ
Art. 809. Nos conflitos de jurisdição entre as Juntas e os Juízos de Direito observar-se-á o
seguinte:
I - o juiz ou presidente mandará extrair dos autos as provas do conflito e, com a sua
informação, remeterá o processo assim formado, no mais breve prazo possível, ao presidente
do Tribunal Regional competente;
169
II - no Tribunal Regional, logo que der entrada o processo, o presidente determinará a
distribuição do feito, podendo o relator ordenar imediatamente às Juntas e aos Juízos, nos
casos de conflito positivo, que sobrestejam o andamento dos respectivos processos e solicitar,
ao mesmo tempo, quaisquer informações que julgue conveniente. Seguidamente, será ouvida
a Procuradoria, após o que o relator submeterá o feito a julgamento, na primeira sessão;
Art. 810. Aos conflitos de jurisdição entre os Tribunais Regionais aplicar-se-ão as normas
estabelecidas no artigo anterior.
Art. 811. Nos conflitos suscitados na Justiça do Trabalho entre as autoridades deste e os
órgãos da Justiça Ordinária, o processo do conflito, formado de acordo com o inciso I do artigo
809, será remetido diretamente ao presidente do Supremo Tribunal Federal.
Nota: Ver Constituição Federal artigos 102, I "o" e 105, I "d".
SEÇÃO VIII
DAS AUDIÊNCIAS
Art. 813. As audiências dos órgãos da Justiça do Trabalho serão públicas e realizar-se-ão na
sede do Juízo ou Tribunal em dias úteis previamente fixados, entre 8 e 18 horas, não podendo
ultrapassar cinco horas seguidas, salvo quando houver matéria urgente.
§ 1º. Em casos especiais, poderá ser designado outro local para a realização das audiências,
mediante edital afixado na sede do Juízo ou Tribunal, com a antecedência mínima de 24
horas.
§ 2º. Sempre que for necessário, poderão ser convocadas audiências extraordinárias,
observado o prazo do parágrafo anterior.
Art. 815. À hora marcada, o juiz ou presidente declarará aberta a audiência, sendo feita pelo
chefe de secretaria ou escrivão a chamada das partes, testemunhas e demais pessoas que
devam comparecer.
Nota: Ver os Enunciados nºs 122 e 197, do TST.
Parágrafo único. Se, até 15 minutos após a hora marcada, o juiz ou presidente não houver
comparecido, os presentes poderão retirar-se, devendo o ocorrido constar do livro de registro
das audiências. (Redação dada pela Lei nº 409, de 25.09.1948)
Art. 816. O juiz ou presidente manterá a ordem nas audiências, podendo mandar retirar do
recinto os assistentes que a perturbarem.
Art. 817. O registro das audiências será feito em livro próprio, constando de cada registro os
processos apreciados e a respectiva solução, bem como as ocorrências eventuais.
Parágrafo único. Do registro das audiências poderão ser fornecidas certidões às pessoas que
o requererem.
170
SEÇÃO IX
DAS PROVAS
Art. 819. O depoimento das partes e testemunhas que não souberem falar a língua nacional
será feito por meio de intérprete nomeado pelo juiz ou presidente.
§ 2º. Em ambos os casos de que este artigo trata, as despesas correrão por conta da parte a
que interessar o depoimento.
Art. 820. As partes e testemunhas serão inquiridas pelo juiz ou presidente, podendo ser
reinquiridas, por seu intermédio, a requerimento dos juízes classistas, das partes, seus
representantes ou advogados. (Redação dada pela Lei nº 409, de 25.09.1948)
Nota: A Emenda Constitucional nº 24, de 1999, DOU 10.12.1999, extinguiu a representação
classista.
Art. 821. Cada uma das partes não poderá indicar mais de três testemunhas, salvo quando se
tratar de inquérito, caso em que esse número poderá ser elevado a seis. (Redação dada pelo
Decreto-Lei nº 8.737, de 19.01.1946)
Art. 822. As testemunhas não poderão sofrer qualquer desconto pelas faltas ao serviço,
ocasionadas pelo seu comparecimento para depor, quando devidamente arroladas ou
convocadas.
Nota: Ver Enunciado nº 155, do TST.
Art. 823. Se a testemunha for funcionário civil ou militar, e tiver de depor em hora de serviço,
será requisitado ao chefe da repartição para comparecer à audiência marcada.
Art. 824. O juiz ou presidente providenciará para que o depoimento de uma testemunha não
seja ouvido pelas demais que tenham de depor no processo.
Art. 826. (Revogado tacitamente pela Lei nº 5.584, de 26.06.1970, que determina sejam os
exames periciais realizados por perito único designado pelo juiz)
Art. 828. Toda testemunha, antes de prestar o compromisso legal, será qualificada, indicando
o nome, nacionalidade, profissão, idade, residência, e, quando empregada, o tempo de serviço
prestado ao empregador, ficando sujeita, em caso de falsidade, às leis penais.
171
Parágrafo único. Os depoimentos das testemunhas serão resumidos, por ocasião da
audiência, pelo chefe de secretaria da Junta ou funcionário para esse fim designado, devendo
a súmula ser assinada pelo presidente do Tribunal e pelos depoentes. (Redação dada ao
parágrafo pela Lei nº 409, de 25.09.1948)
Nota: Ver Constituição Federal artigo 228.
Art. 829. A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou inimigo de
qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples
informação.
Art. 830. O documento oferecido para prova só será aceito se estiver no original ou em
certidão autêntica, ou quando conferida a respectiva pública-forma ou cópia perante o juiz ou
tribunal.
Nota: Ver Ato TST nº 27, de 02.02.2004, DJU 05.02.2004, que dispõe sobre autenticação de
cópias de documentos no âmbito do TST.
SEÇÃO X
DA DECISÃO E SUA EFICÁCIA
Art. 831. A decisão será proferida depois de rejeitada pelas partes a proposta de conciliação.
Parágrafo único. No caso de conciliação, o termo que for lavrado valerá como decisão
irrecorrível, salvo para a Previdência Social quanto às contribuições que lhe forem devidas.
(NR) (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 10.035, de 25.10.2000, DOU 26.10.2000)
Notas:
1) Assim dispunha o parágrafo alterado:
"Parágrafo único. No caso de conciliação, o termo que for lavrado valerá como decisão
irrecorrível."
Art. 832. Da decisão deverão constar o nome das partes, o resumo do pedido e da defesa, a
apreciação das provas, os fundamentos da decisão e a respectiva conclusão.
§ 2º. A decisão mencionará sempre as custas que devam ser pagas pela parte vencida.
§ 4º O INSS será intimado, por via postal, das decisões homologatórias de acordos que
contenham parcela indenizatória, sendo-lhe facultado interpor recurso relativo às contribuições
que lhe forem devidas. (AC) (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 10.035, de 25.10.2000, DOU
26.10.2000)
172
Art. 834. Salvo nos casos previstos nesta Consolidação, a publicação das decisões e sua
notificação aos litigantes, ou seus patronos, consideram-se realizadas nas próprias audiências
em que forem as mesmas proferidas.
Art. 836. É vedado aos órgãos da Justiça do Trabalho conhecer de questões já decididas,
excetuados os casos expressamente previstos neste Título e a ação rescisória, que será
admitida na forma do disposto no Capítulo IV do Título IX da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de
1973 - Código de Processo Civil, dispensado o depósito referido nos artigos 488, inciso II, e
494 daquele diploma legal. (Redação dada pela Lei nº 7.351, de 27.08.1985)
Notas:
1) Ver Enunciados nºs 33, 83, 99, 100, 107, 144, 158, 169, 187, 192, 193, 194, 199, 211, 259,
289 e 299, do TST.
2) Ver Súmula nº 234, do TFR.
3) Ver Súmulas 338, 343 e 514, do STF.
Parágrafo único. A execução da decisão proferida em ação rescisória far-se-á nos próprios
autos da ação que lhe deu origem, e será instruída com o órgão da rescisória e a respectiva
certidão de trânsito em julgado. (NR) (Parágrafo acrescentado pela Medida Provisória nº
2.180-35, de 24.08.2001, DOU 27.08.2001, em vigor conforme o art. 2º da EC nº 32/2001)
CAPÍTULO III
DOS DISSÍDIOS INDIVIDUAIS
SEÇÃO I
DA FORMA DE RECLAMAÇÃO E DA NOTIFICAÇÃO
Art. 837. Nas localidades em que houver apenas uma Junta de Conciliação e Julgamento, ou
um escrivão do cível, a reclamação será apresentada diretamente à secretaria da Junta, ou ao
cartório do Juízo.
Nota: Conforme Emenda Constitucional nº 24/1999, a Vara do Trabalho substituiu a Junta de
Conciliação e Julgamento.
Art. 838. Nas localidades em que houver mais de uma Junta ou mais de um Juízo, ou escrivão
do cível, a reclamação será, preliminarmente, sujeita a distribuição na forma do disposto no
Capítulo II, Seção II, deste Título.
Nota: Ver Enunciado nº 16, do TST.
173
§ 2º. Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em duas vias datadas e assinadas pelo
escrivão ou chefe de secretaria, observado, no que couber, o disposto no parágrafo anterior.
(Redação de acordo com a Lei nº 409, de 25.09.1948).
Nota: Ver Constituição Federal artigos 5º, LV, LXVIII, LXIX, LXX, LXXI e 93, IX.
§ 1º. A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o reclamado criar embaraços
ao seu recebimento, ou não for encontrado, far-se-á a notificação por edital, inserto no jornal
oficial ou no que publicar o expediente forense, ou, na falta, afixado na sede da Junta ou
Juízo.
Art. 842. Sendo várias as reclamações e havendo identidade de matéria, poderão ser
acumuladas num só processo, se se tratar de empregados da mesma empresa ou
estabelecimento.
SEÇÃO II
DA AUDIÊNCIA DE JULGAMENTO
§ 1º. É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto
que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o proponente.
§ 2º. Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, não for
possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro
empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato.
Art. 846. Aberta a audiência, o Juiz ou presidente proporá a conciliação. (Redação dada ao
caput pela Lei nº 9.022, de 05.04.1995)
174
§ 1º. Se houver acordo lavrar-se-á termo, assinado pelo presidente e pelos litigantes,
consignando-se o prazo e demais condições para seu cumprimento. (Parágrafo acrescentado
pela Lei nº 9.022, de 05.04.1995)
§ 2º. Entre as condições a que se refere o parágrafo anterior, poderá ser estabelecida a de
ficar a parte que não cumprir o acordo obrigada a satisfazer integralmente o pedido ou pagar
uma indenização convencionada, sem prejuízo do cumprimento do acordo. (Parágrafo
acrescentado pela Lei nº 9.022, de 05.04.1995)
Art. 847. Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa, após a
leitura da reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as partes. (Redação dada
pela Lei n º 9.022, de 05.04.1995)
Nota: Ver Constituição Federal artigo 5º, LV.
Art. 848. Terminada a defesa, seguir-se-á a instrução do processo, podendo o presidente, ex-
officio ou a requerimento de qualquer juiz temporário, interrogar os litigantes. (Redação dada
ao caput pela Lei nº 9.022, de 05.04.1995)
§ 1º. Findo o interrogatório, poderá qualquer dos litigantes retirar-se, prosseguindo a instrução
com o seu representante.
Art. 849. A audiência de julgamento será contínua; mas, se não for possível, por motivo de
força maior, concluí-la no mesmo dia, o juiz ou presidente marcará a sua continuação para a
primeira desimpedida, independentemente de nova notificação.
Art. 850. Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não
excedente de dez minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a
proposta de conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão.
Parágrafo único. O presidente da Junta, após propor a solução do dissídio, tomará os votos
dos juízes classistas e, havendo divergência entre estes, poderá desempatar ou proferir
decisão que melhor atenda ao cumprimento da lei e ao justo equilíbrio entre os votos
divergentes e ao interesse social.
§ 1º. Nos processos de exclusiva alçada das Juntas, será dispensável, a juízo do presidente, o
resumo dos depoimentos, devendo constar da ata a conclusão do Tribunal quanto à matéria
de fato.
§ 2º. A ata será, pelo presidente ou juiz, junta ao processo, devidamente assinada, no prazo
improrrogável de 48 horas, contado da audiência de julgamento, e assinada pelos juízes
classistas presentes à mesma audiência.
Notas:
1) A Emenda Constitucional nº 24, de 1999, DOU 10.12.1999, extinguiu a representação
classista.
175
2) Ver o Enunciado nº 30, do TST.
Art. 852. Da decisão serão os litigantes notificados, pessoalmente, ou por seu representante
na própria audiência. No caso de revelia, a notificação far-se-á pela forma estabelecida no § 1º
do artigo 841.
SEÇÃO II-A
Do Procedimento Sumaríssimo
(Seção acrescentada pela Lei nº 9.957, de 12.01.2000, DOU 13.01.2000, em vigor a partir de
60 dias da data de publicação)
Nota: Ver Ato TST nº 174, de 09.05.2002, DJU 13.05.2002, que determina que os processos
sujeitos ao procedimento sumaríssimo tenham identificação específica no TST.
Art. 852-A. Os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo
vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento
sumaríssimo.
II - não se fará citação por edital, incumbindo ao autor a correta indicação do nome e endereço
do reclamado;
III - a apreciação da reclamação deverá ocorrer no prazo máximo de quinze dias do seu
ajuizamento, podendo constar de pauta especial, se necessário, de acordo com o movimento
judiciário da Junta de Conciliação e Julgamento.
Nota: Conforme Emenda Constitucional nº 24/1999, a Vara do Trabalho substituiu a Junta de
Conciliação e Julgamento.
§ 1º O não atendimento, pelo reclamante, do disposto nos incisos I e II deste artigo importará
no arquivamento da reclamação e condenação ao pagamento de custas sobre o valor da
causa.
Art. 852-C. As demandas sujeitas a rito sumaríssimo serão instruídas e julgadas em audiência
única, sob a direção de juiz presidente ou substituto, que poderá ser convocado para atuar
simultaneamente com o titular. (Artigo acrescentado pela Lei nº 9.957, de 12.01.2000, DOU
13.01.2000, em vigor a partir de 60 dias da data de publicação)
Nota: Ver Provimento TST nº 5, de 03.06.2005, DJU 10.06.2005, que estabelece padrão
obrigatório de registro dos processos de tramitação preferencial e/ou de rito sumaríssimo, na
Justiça do Trabalho.
Art. 852-D. O juiz dirigirá o processo com liberdade para determinar as provas a serem
produzidas, considerado o ônus probatório de cada litigante, podendo limitar ou excluir as que
176
considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias, bem como para apreciá-las e dar
especial valor às regras de experiência comum ou técnica. (Artigo acrescentado pela Lei nº
9.957, de 12.01.2000, DOU 13.01.2000, em vigor a partir de 60 dias da data de publicação)
Art. 852-E. Aberta a sessão, o juiz esclarecerá as partes presentes sobre as vantagens da
conciliação e usará os meios adequados de persuasão para a solução conciliatória do litígio,
em qualquer fase da audiência. (Artigo acrescentado pela Lei nº 9.957, de 12.01.2000, DOU
13.01.2000, em vigor a partir de 60 dias da data de publicação)
Art. 852-G. Serão decididos, de plano, todos os incidentes e exceções que possam interferir
no prosseguimento da audiência e do processo. As demais questões serão decididas na
sentença. (Artigo acrescentado pela Lei nº 9.957, de 12.01.2000, DOU 13.01.2000, em vigor a
partir de 60 dias da data de publicação)
Art. 852-H. Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda
que não requeridas previamente.
§ 4º Somente quando a prova do fato o exigir, ou for legalmente imposta, será deferida prova
técnica, incumbindo ao juiz, desde logo, fixar o prazo, o objeto da perícia e nomear perito.
§ 5º (VETADO)
§ 6º As partes serão intimadas a manifestar-se sobre o laudo, no prazo comum de cinco dias.
Art. 852-I. A sentença mencionará os elementos de convicção do juízo, com resumo dos fatos
relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório.
§ 1º O juízo adotará em cada caso a decisão que reputar mais justa e equânime, atendendo
aos fins sociais da lei e as exigências do bem comum.
§ 2º (VETADO)
177
SEÇÃO III
DO INQUÉRITO PARA APURAÇÃO DE FALTA GRAVE
Art. 853. Para a instauração de inquérito para apuração de falta grave contra empregado
garantido com estabilidade, o empregador apresentará reclamação por escrito à Junta ou
Juízo de Direito, dentro de 30 dias, contados da data da suspensão do empregado.
CAPÍTULO IV
DOS DISSÍDIOS COLETIVOS
SEÇÃO I
DA INSTAURAÇÃO DA INSTÂNCIA
Art. 857. A representação para instaurar a instância em dissídio coletivo constitui prerrogativa
das associações sindicais, excluídas as hipóteses aludidas no artigo 856, quando ocorrer
suspensão do trabalho. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 7.321, de 14.02.1945)
Art. 858. A representação será apresentada em tantas vias quantos forem os reclamados e
deverá conter:
Art. 859. A representação dos sindicatos para instauração da instância fica subordinada à
aprovação de assembléia, da qual participem os associados interessados na solução do
dissídio coletivo, em primeira convocação, por maioria de 2/3 (dois terços) dos mesmos, ou,
em segunda convocação, por 2/3 (dois terços) dos presentes. (Redação dada pelo Decreto-Lei
nº 7.321, de 14.02.1945)
Notas:
1) Ver Enunciado nº 177, do TST.
2) Ver Constituição Federal artigos 7º, XXVI, 8º, III, IV e 114.
SEÇÃO II
DA CONCILIAÇÃO E DO JULGAMENTO
178
Art. 860. Recebida e protocolada a representação, e estando na devida forma, o presidente do
Tribunal designará a audiência de conciliação dentro do prazo de dez, dias determinando a
notificação dos dissidentes, com observância do disposto no artigo 841.
Parágrafo único. Quando a instância for instaurada, ex-officio, a audiência deverá ser
realizada dentro do prazo mais breve possível, após o reconhecimento do dissídio.
Art. 861. É facultado ao empregador fazer-se representar na audiência pelo gerente, ou por
qualquer outro preposto que tenha conhecimento do dissídio, e por cujas declarações será
sempre responsável.
Art. 864. Não havendo acordo, ou não comparecendo ambas as partes ou uma delas, o
presidente submeterá o processo a julgamento, depois de realizadas as diligências que
entender necessárias e ouvida a Procuradoria. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 8.737, de
19.01.1946)
Art. 865. Sempre que, no decorrer do dissídio, houver ameaça de perturbação da ordem, o
presidente requisitará à autoridade competente as providências que se tornarem necessárias.
Art. 866. Quando o dissídio ocorrer fora da sede do Tribunal, poderá o presidente, se julgar
conveniente, delegar à autoridade local as atribuições de que tratam os artigos 860 e 862.
Nesse caso, não havendo conciliação, a autoridade delegada encaminhará o processo ao
Tribunal, fazendo exposição circunstanciada dos fatos e indicando a solução que lhe parecer
conveniente.
a) a partir da data de sua publicação, quando ajuizado o dissídio após o prazo do artigo 616, §
3º, ou, quando não existir acordo, convenção ou sentença normativa em vigor, na data do
ajuizamento;
SEÇÃO III
DA EXTENSÃO DAS DECISÕES
Art. 868. Em caso de dissídio coletivo que tenha por motivo novas condições de trabalho, e no
qual figure como parte apenas uma fração de empregados de uma empresa, poderá o tribunal
competente, na própria decisão, estender tais condições de trabalho, se julgar justo e
conveniente, aos demais empregados da empresa que forem da mesma profissão dos
dissidentes.
179
Parágrafo único. O Tribunal fixará a data em que a decisão deve entrar em execução, bem
como o prazo de sua vigência, o qual não poderá ser superior a quatro anos.
Art. 869. A decisão sobre novas condições de trabalho poderá também ser estendida a todos
os empregados da mesma categoria profissional compreendida na jurisdição do Tribunal:
Art. 870. Para que a decisão possa ser estendida, na forma do artigo anterior, torna-se preciso
que três quartos dos empregadores e três quartos dos empregados, ou os respectivos
sindicatos, concordem com a extensão da decisão.
§ 1º. O tribunal competente marcará o prazo, não inferior a trinta nem superior a sessenta
dias, a fim de que se manifestem os interessados.
§ 2º. Ouvidos os interessados e a Procuradoria da Justiça do Trabalho, será o processo
submetido ao julgamento do Tribunal.
Art. 871. Sempre que o Tribunal estender a decisão, marcará a data em que a extensão deva
entrar em vigor.
SEÇÃO IV
DO CUMPRIMENTO DAS DECISÕES
Nota: Ver os Enunciados nºs 180, 246, 255, 271 e 286, do TST.
Jurisprudência Vinculada
SEÇÃO V
DA REVISÃO
Art. 873. Decorrido mais de um ano de sua vigência, caberá revisão das decisões que fixarem
condições de trabalho, quando se tiverem modificado as circunstâncias que as ditaram, de
modo que tais condições se hajam tornado injustas ou inaplicáveis.
Art. 874. A revisão poderá ser promovida por iniciativa do Tribunal prolator, da Procuradoria da
Justiça do Trabalho, das associações sindicais ou de empregador ou empregadores no
cumprimento da decisão.
Parágrafo único. Quando a revisão for promovida por iniciativa do Tribunal prolator ou da
Procuradoria, as associações sindicais e o empregador ou empregadores interessados serão
180
ouvidos no prazo de trinta dias. Quando promovida por uma das partes interessadas, serão as
outras ouvidas também por igual prazo.
Art. 875. A revisão será julgada pelo tribunal que tiver proferido a decisão, depois de ouvida a
Procuradoria da Justiça do Trabalho.
CAPÍTULO V
DA EXECUÇÃO
SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 876. As decisões passadas em julgado ou das quais não tenha havido recurso com efeito
suspensivo; os acordos, quando não cumpridos; os termos de ajuste de conduta firmados
perante o Ministério Público do Trabalho e os termos de conciliação firmados perante as
Comissões de Conciliação Prévia serão executados pela forma estabelecida neste Capítulo.
(NR) (Redação dada ao caput pela Lei nº 9.958, de 12.01.2000, DOU 13.01.2000, em vigor a
partir de 90 dias da data de publicação)
Notas:
1) Assim dispunha o caput alterado:
"Art. 876. As decisões passadas em julgado ou das quais não tenha havido recurso com efeito
suspensivo, os acordos, quando não cumpridos, serão executados pela forma estabelecida
neste Capítulo. "
Art. 877. É competente para a execução das decisões o juiz ou presidente do Tribunal que
tiver conciliado ou julgado originariamente o dissídio.
Art. 877-A. É competente para a execução de título executivo extrajudicial o juiz que teria
competência para o processo de conhecimento relativo à matéria. (Artigo acrescentado pela
Lei nº 9.958, de 12.01.2000, DOU 13.01.2000, em vigor a partir de 90 dias da data de
publicação)
Art. 878. A execução poderá ser promovida por qualquer interessado, ou ex-officio, pelo
próprio juiz ou presidente ou tribunal competente, nos termos do artigo anterior.
Parágrafo único. Quando se tratar de decisão dos Tribunais Regionais, a execução poderá ser
promovida pela Procuradoria da Justiça do Trabalho.
Art. 878-A. Faculta-se ao devedor o pagamento imediato da parte que entender devida à
Previdência Social, sem prejuízo da cobrança de eventuais diferenças encontradas na
execução ex officio. (AC) (Artigo acrescentado pela Lei nº 10.035, de 25.10.2000, DOU
26.10.2000)
Art. 879. Sendo ilíquida a sentença exequenda, ordenar-se-á, previamente, a sua liquidação,
que poderá ser feita por cálculo, por arbitramento ou por artigos. (Redação dada ao caput pela
Lei nº 2.244, de 23.05.1954)
181
§ 1º. Na liquidação, não se poderá modificar, ou inovar, a sentença liquidanda, nem discutir
matéria pertinente à causa principal. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 8.432, de
11.06.1992)
§ 2º. Elaborada a conta e tornada líquida, o Juiz poderá abrir às partes prazo sucessivo de 10
(dez) dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da
discordância, sob pena de preclusão. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 8.432, de
11.06.1992)
Nota: Ver Enunciados TST nºs 193 e 246, e Súmula nº 10 do STJ .
§ 3º Elaborada a conta pela parte ou pelos órgãos auxiliares da Justiça do Trabalho, o juiz
procederá à intimação por via postal do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, por
intermédio do órgão competente, para manifestação, no prazo de dez dias, sob pena de
preclusão. (AC) (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 10.035, de 25.10.2000, DOU 26.10.2000)
SEÇÃO II
DO MANDADO DA PENHORA
Art. 880. O juiz ou presidente do tribunal, requerida a execução, mandará expedir mandado de
citação ao executado, a fim de que cumpra a decisão ou o acordo no prazo, pelo modo e sob
as cominações estabelecidas, ou, em se tratando de pagamento em dinheiro, incluídas as
contribuições sociais devidas ao INSS, para que pague em quarenta e oito horas, ou garanta a
execução, sob pena de penhora. (NR) (Redação dada ao caput pela Lei nº 10.035, de
25.10.2000, DOU 26.10.2000)
Notas:
1) Assim dispunha o caput alterado:
"Art. 880. O juiz ou presidente do Tribunal, requerida a execução, mandará expedir mandado
de citação ao executado a fim de que cumpra a decisão ou o acordo no prazo, pelo modo e
sob as cominações estabelecidas, ou, em se tratando de pagamento em dinheiro, para que
pague em 48 horas, ou garanta a execução, sob pena de penhora."
2) Ver Portaria MPS nº 516, de 07.05.2003, DOU 08.05.2003, que dispõe sobre os aspectos
administrativos da determinação constitucional de cobrança da contribuição previdenciária por
meio de execução de ofício, cuja iniciativa compete à Justiça do Trabalho.
§ 1º. O mandado de citação deverá conter a decisão exequenda ou o termo de acordo não
cumprido.
182
§ 3º. Se o executado, procurado por duas vezes, no espaço de 48 horas, não for encontrado,
far-se-á a citação por edital, publicado no jornal oficial ou, na falta deste, afixado na sede na
Junta ou Juízo, durante cinco dias.
Art. 881. No caso de pagamento da importância reclamada, será este feito perante o escrivão
ou chefe de secretaria, lavrando-se termo de quitação, em duas vias, assinadas pelo
exeqüente, pelo executado e pelo mesmo escrivão ou chefe de secretaria, entregando-se a
segunda via ao executado e juntando-se a outra ao processo. (Redação dada ao caput pela
Lei nº 409, de 25.09.1948)
Parágrafo único. Não estando presente o exequente, será depositada a importância, mediante
guia, em estabelecimento oficial de crédito ou, em falta deste, em estabelecimento bancário
idôneo. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 7.305, de 02.04.1985)
Art. 882. O executado que não pagar a importância reclamada poderá garantir a execução
mediante depósito da mesma, atualizada e acrescida das despesas processuais, ou
nomeando bens à penhora, observada a ordem preferencial estabelecida no artigo 655 do
Código Processual Civil. (Redação dada pela Lei nº 8.432, de 11.06.1992)
Art. 883. Não pagando o executado, nem garantindo a execução, seguir-se-á penhora dos
bens, tantos quantos bastem ao pagamento da importância da condenação, acrescida de
custas e juros de mora, sendo estes, em qualquer caso, devidos a partir da data em que for
ajuizada a reclamação inicial. (Redação dada pela Lei nº 2.244, de 23.06.1954)
Nota: Ver Enunciado nº 200, do TST.
SEÇÃO III
DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO E DA SUA IMPUGNAÇÃO
Art. 884. Garantida a execução ou penhorados os bens, terá o executado cinco dias para
apresentar embargos, cabendo igual prazo ao exequente para impugnação.
Nota: Ver artigo 1º-B da Lei nº 9.494, de 10.09.1997, acrescentado pela Medida Provisória nº
2.180-35, de 24.08.2001, DOU 27.08.2001, em vigor conforme o art. 2º da EC nº 32/2001, que
altera, para 30 dias, o prazo previsto neste artigo.
Notas:
1) Assim dispunha o parágrafo alterado:
"§ 4º. Julgar-se-ão na mesma sentença os embargos e a impugnação à liquidação. (Redação
dada ao parágrafo pela Lei nº 2.244, de 23.06.1954)"
183
2) Ver os Enunciados nºs 126 e 183, do TST.
SEÇÃO IV
DO JULGAMENTO E DOS TRÂMITES FINAIS DA EXECUÇÃO
Art. 885. Não tendo sido arroladas testemunhas na defesa, o juiz, ou presidente, conclusos os
autos, proferirá sua decisão, dentro de cinco dias, julgando subsistente ou insubsistente a
penhora.
Art. 886. Se tiverem sido arroladas testemunhas, finda a sua inquirição em audiência, o
escrivão ou diretor fará, dentro de 48 horas, conclusos os autos ao juiz ou presidente, que
proferirá sua decisão, na forma prevista no artigo anterior.
§ 2º. Julgada subsistente a penhora, o juiz, ou presidente, mandará proceder logo à avaliação
dos bens penhorados.
Art. 887. (Prejudicado pelo artigo 721, na redação dada pela Lei nº 5.442, de 24.05.1968 -
DOU 28.05.1968)
Art. 888. Concluída a avaliação, dentro de dez dias, contados da data da nomeação do
avaliador, seguir-se-á a arrematação, que será anunciada por edital afixado na sede do juízo
ou tribunal e publicado no jornal local, se houver, com a antecedência de 20 (vinte) dias.
§ 1º. A arrematação far-se-á em dia, hora e lugar anunciados e os bens serão vendidos pelo
maior lance, tendo o exequente preferência para a adjudicação.
§ 2º. O arrematante deverá garantir o lance com o sinal correspondente a 20% (vinte por
cento) do seu valor.
§ 3º. Não havendo licitante, e não requerendo o exequente a adjudicação dos bens
penhorados, poderão os mesmos ser vendidos por leiloeiro nomeado pelo juiz ou presidente.
§ 4º. Se o arrematante, ou seu fiador, não pagar dentro de 24 (vinte e quatro) horas, o preço
da arrematação, perderá, em benefício da execução, o sinal de que trata o § 2º deste artigo,
voltando à praça os bens executados. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 5.584, de
26.06.1970)
Art. 889. Aos trâmites e incidentes do processo da execução são aplicáveis, naquilo em que
não contravierem ao presente Título, os preceitos que regem o processo dos executivos
fiscais para a cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública Federal.
Nota: Ver artigo 3º do Decreto-Lei 2.322, de 26.02.1987.
184
Art. 889-A. Os recolhimentos das importâncias devidas, referentes às contribuições sociais,
serão efetuados nas agências locais da Caixa Econômica Federal ou do Banco do Brasil S.A.,
por intermédio de documento de arrecadação da Previdência Social, dele se fazendo constar o
número do processo. (AC)
SEÇÃO V
DA EXECUÇÃO POR PRESTAÇÕES SUCESSIVAS
Art. 890. A execução para pagamento de prestações sucessivas, far-se-á com observância
das normas constantes desta Seção, sem prejuízo das demais estabelecidas neste Capítulo.
Art. 891. Nas prestações sucessivas por tempo determinado, a execução pelo não pagamento
de uma prestação compreenderá as que lhe sucederem.
CAPÍTULO VI
DOS RECURSOS
I - embargos;
II - recurso ordinário;
III - recurso de revista;
Notas:
1) Ver Resolução TST nº 118, de 05.08.2003, DJU 14.08.2003, que dispõe sobre petições de
recurso de revista.
§ 1º. Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio juízo ou tribunal, admitindo-se a
apreciação do merecimento das decisões interlocutórias somente em recurso da decisão
definitiva. (Redação dada ao parágrafo pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19.01.1946)
§ 2º. A interposição de recurso para o Supremo Tribunal Federal não prejudicará a execução
do julgado. (Redação dada ao parágrafo pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19.01.1946)
Notas:
1) Ver Constituição Federal artigos 96 e 102.
185
2) Ver Súmula nº 633 do STF.
3) Ver os Enunciados nºs 40, 42, 114, 165, 175, 192, 195, 196, 201, 214, 216, 217, 221, 245,
277 e 283, do TST.
Art. 894. Cabem embargos, no Tribunal Superior do Trabalho, para o Pleno, no prazo de 8
(oito) dias a contar da publicação da conclusão do acórdão. (Redação dada ao caput pela Lei
nº 5.442, de 24.05.1968, e de acordo com a Lei nº 7.701, de 21.12.1988)
a) das decisões a que se referem as alíneas b e c do inciso I do artigo 702; (Redação dada à
alínea pela Lei nº 5.442, de 24.05.1968, e de acordo com a Lei nº 7.701, de 21.12.1988)
b) das decisões das Turmas contrárias à letra de lei federal, ou que divergirem entre si, ou da
decisão proferida pelo Tribunal Pleno, salvo se a decisão recorrida estiver em consonância
com súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho. (Redação dada à
alínea pela Lei nº 7.033, de 05.10.1982, e de acordo com a Lei nº 7.701, de 21.12.1988)
Parágrafo único. Enquanto não forem nomeados e empossados os titulares dos novos cargos
de juiz, criados nesta lei e instaladas as Turmas, fica mantida a competência residual de cada
Tribunal na sua atual composição e de seus Presidentes, como definido na legislação vigente.
(Redação dada à alínea pela Lei nº 5.442, de 24.05.1968)
a) das decisões definitivas das juntas e juízos, no prazo de 8 (oito) dias; (Prazo estabelecido
pela Lei nº 5.584, de 26.06.1970)
Nota: Ver os Enunciados TST nºs 23, 38, 40, 154, 158, 183, 192, 197, 214 e 296.
I - (VETADO)
II - será imediatamente distribuído, uma vez recebido no Tribunal, devendo o relator liberá-lo
no prazo máximo de dez dias, e a Secretaria do Tribunal ou Turma colocá-lo imediatamente
em pauta para julgamento, sem revisor;
III - terá parecer oral do representante do Ministério Público presente à sessão de julgamento,
se este entender necessário o parecer, com registro na certidão;
IV - terá acórdão consistente unicamente na certidão de julgamento, com a indicação
suficiente do processo e parte dispositiva, e das razões de decidir do voto prevalente. Se a
sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a certidão de julgamento, registrando tal
circunstância, servirá de acórdão. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.957, de 12.01.2000,
DOU 13.01.2000, em vigor a partir de 60 dias da data de publicação)
186
Art. 896. Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das
decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais
Regionais do Trabalho, quando:
Nota: Ver Resolução TST nº 118, de 05.08.2003, DJU 14.08.2003, que dispõe sobre petições
de recurso de revista.
a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado
outro Tribunal Regional, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do
Tribunal Superior do Trabalho, ou a Súmula de Jurisprudência Uniforme dessa Corte;
c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à
Constituição Federal. (Redação dada ao caput pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998, DOU
18.12.1998)
§ 2º. Das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou por suas Turmas, em
execução de sentença, inclusive em processo incidente de embargos de terceiro, não caberá
Recurso de Revista, salvo na hipótese de ofensa direta e literal de norma da Constituição
Federal. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998, DOU 18.12.1998)
187
§ 3º. Os Tribunais Regionais do Trabalho procederão, obrigatoriamente, à uniformização de
sua jurisprudência, nos termos, do Livro I, Título IX, Capítulo I do CPC, não servindo a súmula
respectiva para ensejar a admissibilidade do Recurso de Revista quando contrariar Súmula da
Jurisprudência Uniforme do Tribunal Superior do Trabalho. (Redação dada ao parágrafo pela
Lei nº 9.756, de 17.12.1998, DOU 18.12.1998)
§ 4º. A divergência apta a ensejar o Recurso de Revista deve ser atual, não se considerando
como tal a ultrapassada por súmula, ou superada por iterativa e notória jurisprudência do
Tribunal Superior do Trabalho. (NR) (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 9.756, de
17.12.1998, DOU 18.12.1998)
Notas:
1) Ver os Enunciados nºs 8, 23, 42, 126, 184, 208, 210, 218, 221, 266, 285, 296 e 297, do
TST.
2) Ver Constituição Federal artigo 111, § 3º.
Notas:
1) Ver Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 2.527-9.
2) Ver Resolução TST nº 118, de 05.08.2003, DJU 14.08.2003, que dispõe sobre petições de
recurso de revista.
188
b) de instrumento, dos despachos que denegarem a interposição de recursos.
§ 2º. O agravo de instrumento interposto contra o despacho que não receber agravo de
petição não suspende a execução da sentença.
§ 3º Na hipótese da alínea a deste artigo, o agravo será julgado pelo próprio tribunal, presidido
pela autoridade recorrida, salvo se se tratar de decisão de Juiz do Trabalho de 1ª Instância ou
de Juiz de Direito, quando o julgamento competirá a uma das Turmas do Tribunal Regional a
que estiver subordinado o prolator da sentença, observado o disposto no artigo 679, a quem
este remeterá as peças necessárias para o exame da matéria controvertida, em autos
apartados, ou nos próprios autos, se tiver sido determinada a extração de carta de sentença.
(NR) (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 10.035, de 25.10.2000, DOU 26.10.2000)
§ 4º. Na hipótese da alínea "b" deste artigo, o agravo será julgado pelo Tribunal que seria
competente para conhecer o recurso cuja interposição foi denegada. (Redação dada ao artigo
pela Lei nº 8.432, de 11.06.1992)
II - facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis ao deslinde da matéria
de mérito controvertida. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998, DOU
18.12.1998)
§ 6º. O agravado será intimado para oferecer resposta ao agravo e ao recurso principal,
instruindo-a com as peças que considerar necessárias ao julgamento de ambos os recursos.
(Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998, DOU 18.12.1998)
189
após contraminuta. (AC) (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 10.035, de 25.10.2000, DOU
26.10.2000)
Art. 897-A. Caberão embargos de declaração da sentença ou acórdão, no prazo de cinco dias,
devendo seu julgamento ocorrer na primeira audiência ou sessão subseqüente a sua
apresentação, registrado na certidão, admitido efeito modificativo da decisão nos casos de
omissão e contradição no julgado e manifesto equívoco no exame dos pressupostos
extrínsecos do recurso.
Art. 898. Das decisões proferidas em dissídio coletivo que afete empresa de serviço público,
ou em qualquer caso, das proferidas em revisão, poderão recorrer, além dos interessados, o
presidente do Tribunal e a Procuradoria da Justiça do Trabalho.
Notas:
1) Ver Instrução Normativa TST nº 26, de 02.09.2004, DJU 14.09.2004, que dispõe sobre a
guia de recolhimento do depósito recursal.
§ 1º. Sendo a condenação de valor até 10 (dez) vezes o valor-de-referência regional, nos
dissídios individuais, só será admitido o recurso, inclusive o extraordinário, mediante prévio
depósito da respectiva importância. Transitada em julgado a decisão recorrida, ordenar-se-á o
levantamento imediato da importância do depósito, em favor da parte vencedora, por simples
despacho do juiz.
§ 4º. O depósito de que trata o § 1º far-se-á na conta vinculada do empregado a que se refere
o artigo 2º da Lei nº 5.107, de 13 de setembro de 1966, aplicando-se-lhe os preceitos dessa
lei, observado, quanto ao respectivo levantamento, o disposto no § 1º.
Nota: Ver os Enunciados nºs 161, 165, 210, 217 e 245, do TST.
§ 5º. Se o empregado ainda não tiver conta vinculada aberta em seu nome, nos termos do
artigo 2º da Lei nº 5.107, de 13 de setembro de 1966, a empresa procederá à respectiva
abertura, para efeito do disposto no § 2º.
190
§ 6º. Quando o valor da condenação, ou o arbitrado para fins de custas, exceder o limite de 10
(dez) vezes o valor-de-referência regional, o depósito para fins de recursos será limitado a
este valor. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 5.442, de 24.05.1968, e de acordo com as Leis
nºs 7.701, de 21.12.1988, e 8.177, de 01.03.1991)
Art. 900. Interposto o recurso, será notificado o recorrido para oferecer as suas razões em
prazo igual ao que tiver tido o recorrente.
Art. 901. Sem prejuízo dos prazos previstos neste Capítulo, terão as partes vista dos autos em
cartório ou na secretaria.
Parágrafo único. Salvo quando estiver correndo prazo comum, aos procuradores das partes
será permitido ter vista dos autos fora do cartório ou secretaria. (Parágrafo acrescentado pela
Lei nº 8.638, de 31.03.1993)
CAPÍTULO VII
DA APLICAÇÃO DAS PENALIDADES
Art. 903. As penalidades estabelecidas no Título anterior serão aplicadas pelo juiz, ou
Tribunal, que tiver de conhecer da desobediência, violação, recusa, falta ou coação, ex officio,
ou mediante representação de qualquer interessado ou da Procuradoria da Justiça do
Trabalho. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19.01.1946)
Nota: Ver artigos 102, I, c, 105, I, a e 108, I, a, da CF.
Art. 905. Tomando conhecimento do fato imputado, o juiz, ou Tribunal competente, mandará
notificar o acusado, para apresentar, no prazo de quinze dias, defesa por escrito.
§ 1º. É facultado ao acusado, dentro do prazo estabelecido neste artigo, requerer a produção
de testemunhas, até o máximo de cinco. Nesse caso, será marcada audiência para a
inquirição.
§ 2º. Findo o prazo de defesa, o processo será imediatamente concluso para julgamento, que
deverá ser proferido no prazo de dez dias. (Artigo revogado tacitamente pela Lei
Complementar nº 35, 14.03.1979)
Art. 906. Da imposição das penalidades a que se refere este Capítulo, caberá recurso
ordinário para o tribunal superior, no prazo de dez dias, salvo se a imposição resultar de
dissídio coletivo, caso em que o prazo será de vinte dias.
Art. 907. Sempre que o infrator incorrer em pena criminal far-se-á remessa das peças
necessárias à autoridade competente.
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Art. 908. A cobrança das multas estabelecidas neste Título será feita mediante executivo
fiscal, perante o juiz competente para a cobrança de dívida ativa da Fazenda Pública Federal.
Parágrafo único. A cobrança das multas será promovida, no Distrito Federal e nos Estados em
que funcionarem os Tribunais Regionais, pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, e, nos
demais Estados, de acordo com o disposto no Decreto-Lei nº 960, de 17 de dezembro de
1938.
CAPÍTULO VIII
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 909. A ordem dos processos no Tribunal Superior do Trabalho será regulada em seu
regimento interno.
Art. 910. Para os efeitos deste Título, equiparam-se aos serviços públicos os de utilidade
pública, bem como os que forem prestados em armazéns de gêneros alimentícios, açougues,
padarias, leiterias, farmácias, hospitais, minas, empresas de transportes e comunicações,
bancos e estabelecimentos que interessem à segurança nacional.
TÍTULO XI
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 912. Os dispositivos de caráter imperativo terão aplicação imediata às relações iniciadas,
mas não consumadas antes da vigência desta Consolidação.
Art. 913. O Ministro do Trabalho expedirá instruções, quadros, tabelas e modelos que se
tornarem necessários à execução desta Consolidação.
Parágrafo único. O Tribunal Superior do Trabalho adaptará o seu regimento interno e o dos
Tribunais Regionais do Trabalho às normas contidas nesta Consolidação.
Nota: Ver Constituição Federal artigos 5º, § 1º e 87, § único, II.
Art. 915. Não serão prejudicados os recursos interpostos com apoio em dispositivos alterados
ou cujo prazo para interposição esteja em curso à data da vigência desta Consolidação.
Art. 916. Os prazos de prescrição fixados pela presente Consolidação começarão a correr da
data da vigência desta, quando menores do que os previstos pela legislação anterior.
Art. 917. O Ministro do Trabalho marcará prazo para adaptação dos atuais estabelecimentos
às exigências contidas no Capítulo "Da Segurança e da Medicina do Trabalho". Compete
ainda àquela autoridade fixar os prazos dentro dos quais, em cada Estado, entrará em vigor a
obrigatoriedade do uso da Carteira de Trabalho e Previdência Social, para os atuais
empregados.
Parágrafo único. O Ministro do Trabalho fixará, para cada Estado e quando julgar conveniente,
o início da vigência de parte ou de todos os dispositivos contidos no Capítulo "Da Segurança e
Medicina do Trabalho". (Redação dada ao artigo pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
Art. 918. Enquanto não for expedida a Lei Orgânica da Previdência Social, competirá ao
presidente do Tribunal Superior do Trabalho julgar os recursos interpostos com apoio no artigo
1º, "c", do Decreto-Lei nº 3.710, de 14 de outubro de 1941, cabendo recurso de suas decisões,
nos termos do disposto no artigo 734, "b", desta Consolidação.
192
Parágrafo único. Ao diretor do Departamento Nacional de Previdência Social incumbirá
presidir às eleições para a constituição do Conselho Fiscal do Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS) e julgar, com recurso para a intância superior, os recursos sobre matéria
técnico-administrativa dessa instituição. (Artigo revogado tacitamente pelo Decreto-Lei nº 72,
de 21.11.1966)
Art. 919. Ao empregado bancário, admitido até da data da vigência da presente Lei, fica
assegurado o direito à aquisição da estabilidade nos termos do artigo 15 do Decreto nº 24.615,
de 9 de julho de 1934.
Art. 921. As empresas que não estiverem incluídas no enquadramento sindical de que trata o
artigo 577 poderão firmar contratos coletivos de trabalho com os sindicatos representativos da
respectiva categoria profissional.
Art. 922. O disposto no artigo 301 regerá somente as relações de emprego iniciadas depois da
vigência desta Consolidação. (Acrescentado pelo Decreto-Lei nº 6.353, de 20.03.1944)
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