Manual de Orientações Ética Na Psicologia
Manual de Orientações Ética Na Psicologia
Manual de Orientações Ética Na Psicologia
Capítulo IV
Orientações sobre a Prática Profissional
IV.1 – Aspectos Gerais
Respeitadas as condições legais para o exercício profissional e para que este exercício paute-se
em condições teóricas, técnicas e éticas desejadas, é fundamental o profissional estar sempre
atualizado. Isso significa que o psicólogo deve buscar permanentemente manter-se informado em
nível teórico/técnico, por meio de leituras, cursos, participação em eventos, contatos com
profissionais da área, supervisão e outras fontes. Significa também acompanhar as Resoluções
que têm sido criadas ao longo da história da Psicologia como ciência e profissão que, por estar
estreitamente vinculada à história da sociedade, tem buscado responder a novas demandas e
exigências.
Do ponto de vista das referências criadas pelo CFP e que são fundamentais para o exercício
profissional, as normatizações servem como orientação para toda a categoria. Tais resoluções são
criadas a partir da identificação de determinados aspectos da prática que têm se mostrado
problemáticos ou gerado dificuldades para o profissional ou para o usuário e, assim, demandaram
uma atenção específica por parte do Conselho. As Resoluções são criadas a partir de um processo
que começa nos Conselhos Regionais e envolve todo o sistema, contando também com a
participação de psicólogos e algumas vezes com especialistas convidados relacionados à área a
que tais normatizações dizem respeito.
A revisão e atualização do Código de Ética, criado pela Resolução do CFP n.º 010/05, de
27/08/05, que instituiu o novo Código, foi feito a partir desse processo participativo.
Conforme dissemos, além das Leis e Decretos e do Código de Ética, as demais Resoluções são
criadas para que os psicólogos possam realizar uma ação uniformizada. Uniformizada não quer
dizer idêntica ou que impeça a forma pessoal de expressão do profissional, mas é como se criasse
um patamar comum de compreensão e definições, inclusive do ponto de vista técnico, orientadora
das atividades profissionais da categoria como um todo. Assim, são vários aspectos do exercício
profissional que têm um quadro a partir do qual o psicólogo pode obter uma referência clara e
específica ao “como” e “o quê” de determinada atividade profissional. É em virtude da variedade de
atividades que também se criou um igualmente variado conjunto de Resoluções e que aparece sob
a denominação de Legislação Profissional (inclusive consideradas as Leis e Decretos
regulamentares da profissão).
Pelo novo Código de Ética, a legislação profissional destaca-se como elemento de igual
importância comparativamente aos aspectos contidos no próprio Código. Conforme o Artigo 1º,
alínea “c”:
IV.2.1 – Sigilo
a) Afinal o que é o sigilo profissional?
O sigilo profissional, em qualquer código de ética, tem por finalidade proteger a pessoa atendida.
Como já é de conhecimento geral, todo psicólogo, em seu exercício profissional, está obrigado ao
sigilo, sendo este um dos pontos fundamentais sobre os quais se assenta o trabalho profissional,
cabendo, portanto, ao psicólogo criar as condições adequadas para que não haja a sua violação.
O sigilo significa manter sob proteção as informações e fatos conhecidos por meio da relação
profissional em que estão implicados a confiabilidade e exposição da intimidade do usuário.
Art. 9º - É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da
confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a que tenha acesso
no exercício profissional.
Em se tratando de prontuário que possa interessar a uma Equipe Multidisciplinar, devem ser
registradas apenas as informações necessárias ao cumprimento dos objetivos do trabalho,
lembrando que o usuário deve ser informado da existência do prontuário e que deve ser permitido
livre acesso ao mesmo.
O sigilo implica também que, quando houver necessidade de informar a respeito do atendimento a
quem de direito, deve-se oferecer apenas as informações necessárias para a tomada de decisão
que afete o usuário ou beneficiário.
Lembramos que, em havendo a necessidade do envio de informações sigilosas pelo correio para
algum outro profissional, é preciso que no envelope seja colocada uma identificação de documento
CONFIDENCIAL, para que a correspondência possa chegar às mãos do destinatário preservando-
se o devido sigilo.
Quando, por falta dos devidos cuidados, ocorrer a quebra do sigilo, o profissional está incorrendo
em falta ética e, sendo esta quebra de sigilo conhecida, o psicólogo pode ser denunciado junto ao
CRP e vir a sofrer um processo ético.
Art. 10º - Nas situações em que se configure conflito entre as exigências decorrentes
do disposto no Art. 9º e as afirmações dos princípios fundamentais
deste Código, excetuando-se os casos previstos em lei, o psicólogo poderá
decidir pela quebra de sigilo, baseando sua decisão na busca do menor prejuízo.
Parágrafo Único - Em caso de quebra do sigilo previsto no caput deste artigo,
o psicólogo deverá restringir-se a prestar as informações estritamente
necessárias.
Em caso de dúvida, é também importante que a situação da quebra de sigilo seja compartilhada e
discutida com outros profissionais envolvidos no atendimento ou, quando não houver, o psicólogo
busque algum profissional ou a orientação do próprio Conselho para auxiliá-lo na reflexão crítica
para uma tomada de decisão fundamentada.
Quando houver se decidido pela quebra de sigilo, o psicólogo deve tomar o devido cuidado para
dar a conhecer a outrém apenas aquilo que está sendo demandado e para aquele fim específico,
mantendo os demais aspectos não requisitados sob sigilo ou pertinentes ao sigilo.
Mesmo após o término de um trabalho, o sigilo das informações deve ser mantido.
O atendimento deve ser realizado em local diferenciado e apropriado, que garanta o sigilo
profissional e em condições de segurança, ventilação, higiene e acomodação adequadas aos que
estão em atendimento, respeitando-se critérios estabelecidos por órgãos públicos, como, por
exemplo, a Vigilância Sanitária.
Algumas técnicas e práticas ainda não regulamentadas ou não reconhecidas pela profissão
poderão ser utilizadas em processo de pesquisa, resguardados os princípios éticos fundamentais.
A psicoterapia praticada por psicólogo constitui-se como um processo científico, devendo ser
utilizados métodos e técnicas psicológicas reconhecidos pela ciência, pela prática e ética
profissional. Tem como finalidade promover a saúde mental e propiciar condições para o
enfrentamento de conflitos e/ou transtornos psíquicos de indivíduos ou grupos.
Embora a psicoterapia seja uma atividade que tem sido costumeiramente desenvolvida pelos
psicólogos, não é privativa ou exclusiva deste profissional.
Só será permitida a oferta de psicoterapia mediada por computador quando se tratar de pesquisa
conforme critérios da Resolução 196/96, do Conselho Nacional de Saúde, sendo que o usuário
deverá ser avisado e não poderá ser cobrada nenhuma taxa ou honorário.
A Resolução CFP n.° 02/1995 dispõe sobre a prestação de serviços psicológicos mediados por
telefone, e diz:
Estamos destacando o artigo que nos parece dar o tom dos cuidados a serem tomados neste tipo
de avaliação psicológica:
Resolução CFP n.º 001/2002
Art. 1º - A avaliação psicológica para fins de seleção de candidatos é um processo,
realizado mediante o emprego de um conjunto de procedimentos objetivos e científicos,
que permite identificar aspectos psicológicos do candidato para fins de prognóstico do
desempenho das atividades relativas ao cargo pretendido.
Conforme indica a Resolução, a avaliação deve ser realizada em seu conjunto e segundo os
preceitos técnicos científicos, tanto na seleção dos testes quanto na aplicação e mensuração dos
mesmos.
Pela Resolução CFP n.º 16/2002, o psicólogo que trabalha neste tipo de
atividade do trânsito, é considerado perito, portanto, não pode manter vínculos
com Centros de Formação de Condutores ou outros locais cujos agentes
manifestem interesse no resultado dos exames psicológicos. Há, além disso,
a legislação específica do DETRAN que o psicólogo credenciado pelo órgão
obriga-se a respeitar, sendo as principais Portarias:
• Portaria n.º 1335, de 06/12/2000 - Estabelece regras para a distribuição equitativa dos
exames de aptidão física e mental e de avaliação psicológica, regulados pela Portaria
Detran n. 541, de 15 de abril de 1999.
• Portaria n.º 1708 de 11/12/2002 - Dispõe sobre a acessibilidade das pessoas portadoras
de deficiência ou com mobilidade reduzida nas clínicas médicas e psicotécnicas
credenciadas pelo DETRAN/SP e altera dispositivos das Portarias DETRAN n.º 541, de 15
de abril de 1999 e 175, de 24 de janeiro de 2001.
• Resolução CONTRAN n.º 267 de 15 de fevereiro de 2008 (revogou as Portarias n.º 51/98 e
80/1998).
Para maiores informações sobre a avaliação psicológica para obtenção de CNH, consultar:
Resolução CFP n.º 012/2000 e Resolução CFP n.º 016/2002
Existe também a avaliação psicológica para a obtenção de porte ou uso de arma de fogo, que só
pode ser realizada por psicólogos inscritos no CRP e credenciados pela Polícia Federal.
Há alguns requisitos exigidos dos psicólogos, como:
O credenciamento é aberto, informado e realizado pela própria Polícia Federal, sendo que, neste
período, são realizadas visitas pela equipe de Psicologia da Polícia Federal para que a qualificação
técnica e o local sejam avaliados.
Importante
Veja também a matéria publicada no Jornal Psi n.° 155, ou no site www.crpsp.org.br , em
MÍDIA, opção JORNAL CRP SP, ver o n.º 155 a coluna: Orientação - Teste Psicológico o
que você precisa saber antes de escolher um.
c) E em relação ao uso de instrumentos e testes psicológicos, o que é importante saber?
A partir desta Resolução, os psicólogos somente poderão utilizar-se de testes que foram avaliados
e considerados pelo CFP em condições de uso.
Ainda quanto ao uso dos testes, estes devem ser utilizados dentro de uma avaliação psicológica22
Avaliação em Psicologia refere-se à coleta e interpretação de informações psicológicas,
resultante de um conjunto de procedimentos confiáveis que permitam ao Psicólogo avaliar
o comportamento. Aplica-se ao estudo de casos individuais e de grupos ou situações
(Manual para a Avaliação Psicológica de candidatos à Carteira Nacional de Habilitação –
CNH – Resolução CFP n.° 012/2000).. Desta forma, seu uso deve ser pautado pelo
conhecimento, experiência, instruções e orientações específicas constantes nos manuais próprios.
Não é permitido utilizar cópia reprográfica (xerox) do material dos testes.
Os documentos e o material que fundamentou a avaliação psicológica devem ser guardados pelo
prazo mínimo de cinco anos e o psicólogo e a instituição em que foi feita a avaliação psicológica
são responsáveis pelos materiais relativos à avaliação.
d)E como devo elaborar relatórios, laudos e outros documentos escritos?
Além dos cuidados técnicos e éticos na avaliação psicológica, na elaboração dos documentos,
frutos desta avaliação, há aspectos específicos a serem respeitados.
Quanto aos princípios éticos, o Manual enfatiza o cuidado que o psicólogo deverá ter em relação
aos deveres nas suas relações com a pessoa atendida, ao sigilo profissional, às relações com a
justiça e ao alcance das informações.
a) O que posso colocar no cartão de visita, nos panfletos, jornal ou em placa publicitária?
Como realizar a publicidade da minha atividade profissional?
A publicidade dos serviços de Psicologia, de um modo geral, inclusive nos sites da internet, deve
ser realizada de acordo com as orientações emanadas do Código de Ética e Resoluções do CFP.
Assim, deverá informar com exatidão o nome completo, a palavra psicólogo, o número de registro
e a sigla do Conselho Regional de Psicologia onde tenha sua inscrição (CRP 06/XXXX).
•não sejam utilizados títulos que não possua (ex.: Dr., Especialista);
• o preço não seja utilizado como forma de propaganda;
• não haja a previsão taxativa de resultados;
• não haja a autopromoção em detrimento de outros profissionais;
• não haja apresentação de atividades que sejam atribuições de outras categorias
profissionais;
• não haja divulgação sensacionalista das atividades profissionais;
• não se divulgue a prática da Psicologia juntamente com ciência e profissão
associada a crenças religiosas ou posições filosóficas alheias ao campo
da Psicologia.
Art. 41 - Toda publicidade veiculada por pessoa jurídica deverá conter seu número de
inscrição no Conselho Regional de Psicologia.
b) E em relação ao psicólogo na mídia? Tenho visto muitos que se apresentam de forma
questionável do ponto de vista ético e profissional. O que fazer? Como se comportar?
O psicólogo pode ser chamado pelo juiz em duas condições: como cidadão ou como profissional.
Em ambas ele terá que se apresentar perante a justiça, no entanto sob condições diferentes.
No caso de ser intimado como profissional, é importante considerar o Código de Ética Profissional:
Art. 10º - Nas situações em que se configure conflito entre as exigências decorrentes do
disposto no Art. 9º (que fala do sigilo) e as afirmações dos princípios fundamentais deste
Código, excetuando-se os casos previstos em lei, o psicólogo poderá decidir pela quebra
de sigilo, baseando sua decisão na busca do menor prejuízo.
Parágrafo Único - Em caso de quebra do sigilo previsto no caput deste artigo, o psicólogo
deverá restringir-se a prestar as informações estritamente necessárias.
Art. 11º - Quando requisitado a depor em juízo, o psicólogo poderá prestar informações,
considerando o previsto neste Código.
Depondo em juízo, o psicólogo pode decidir pela quebra do sigilo ou não, sendo que no segundo
caso o juiz poderá determinar a quebra. Em ambas as situações, quando for oferecer informações
obtidas por meio de seu trabalho, o psicólogo deverá tomar o cuidado para limitar-se àquelas
informações efetivamente necessárias para a elucidação do objeto do questionamento. Tomar
como referência a busca do menor prejuízo é também um elemento a ser considerado.
A prática em atendimento domiciliar na área da saúde vem crescendo, nos setores público e
privado, com argumentos que vão desde a relação custo-benefício até a busca da humanização do
tratamento. O atendimento domiciliar (muitas vezes denominado home care) em Psicologia é uma
modalidade de atuação ainda pouco conhecida pela maioria dos psicólogos e que tem trazido
algumas questões referentes à sua natureza e aos problemas éticos que podem estar envolvidos.
Ele pode ser definido como o atendimento que o profissional faz a pessoas que apresentem
dificuldades ou impedimentos de locomoção, devido a patologias ou outros motivos que as
impedem de se dirigir ao hospital ou ao consultório para receber tratamento. Em alguns casos, o
trabalho envolve orientação à família ou ao responsável pelos cuidados prescritos ao paciente. O
pedido ou a indicação para o atendimento psicológico domiciliar pode ser feito pelo próprio
paciente, por seus familiares, pelo médico ou pela equipe de saúde que o assiste. A partir disso, o
psicólogo deve proceder a uma avaliação, identificando as necessidades do atendimento. Caso
decida-se pelo atendimento, o trabalho a ser realizado deve ser feito da mesma forma como se
fosse realizado em local de trabalho do profissional, com as devidas adaptações que se fizerem
necessárias. Assim, as referências éticas, por exemplo, de sigilo e confidencialidade, devem ser
consideradas igualmente.
Vale reconhecer que atualmente novos dispositivos de intervenção em Psicologia vêm sendo
desenvolvidos a fim de abarcar novas demandas sociais. Como exemplo, podemos citar o trabalho
de Acompanhamento Terapêutico, que, por sua natureza e definição, desenvolve-se no território.
Lembramos que estas, como as demais práticas em Psicologia, devem sempre resguardar os
princípios éticos da profissão.
O psicólogo também não poderá utilizar-se da sua posição para dela retirar quaisquer outros tipos
de benefícios (doações, empréstimos, favores), limitando-se apenas ao recebimento da justa
remuneração acordada entre as partes (valor, periodicidade do pagamento etc.).
Além disso, o psicólogo deverá manter a qualidade do trabalho teórico, técnico e ético
independentemente do valor de seus honorários ou mesmo tratando-se de trabalho voluntário.
O CRP SP dispõe em seu site de uma Tabela Referencial de Honorários elaborada pela Fenapsi.
Os valores são meramente sugestivos e o psicólogo não está obrigado a seguir esses valores.
Não há obrigatoriedade de realizar o contrato por escrito. Fica a critério do profissional a redação
(ou não) de um contrato formal/escrito. O CRP não oferece modelo a respeito. Um contador poderá
dar a orientação mais adequada. Legislações complementares a respeito do assunto:
a) Quando sou contratado por uma organização, que cuidados devo ter?
O importante esclarecimento da postura ética a ser adotada pelo profissional encontra-se também
no Artigo 3º do Código de Ética:
Qualquer pessoa poderá representar aos Conselhos Regionais o profissional psicólogo que esteja
infringindo as legislações do CFP e/ou o Código de Ética Profissional. Há, inclusive, alerta quanto à
obrigatoriedade da denúncia para os psicólogos, conforme nos esclarece o Código de Ética:
Art. 1º - São deveres fundamentais dos psicólogos:
l) Levar ao conhecimento das instâncias competentes o exercício ilegal ou irregular da
profissão, transgressões a princípios e diretrizes deste Código ou da legislação
profissional.
A representação deve ser formalizada3 3 De acordo com o estabelecido pelo Código de
Processamento Disciplinar, Resolução CFP n.° 006/2007 que determina que os
encaminhamentos a serem seguidos para apuração de uma denúncia e trâmites de um
processo ético. deste modo:
Enviar carta endereçada ao Presidente do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo, com o
título “REPRESENTAÇÃO”, contendo:
Art. 19 - A representação, como disposto no Artigo 2.° deste Código, deverá ser
apresentada diretamente ao Presidente do respectivo Conselho, mediante documento
escrito e assinado pelo representante, contendo:
a) nome e qualificação do representante;
b) nome e qualificação do representado;
c) descrição circunstanciada do fato;
d) toda prova documental que possa servir à apuração do fato e de sua autoria; e
e) indicação dos meios de prova de que pretende o representante se valer para provar o
alegado;
Parágrafo Único - A falta dos elementos descritos das alíneas “d” e “e” não é impeditiva ao
recebimento da representação.
A fim de preservar o sigilo necessário, a carta só poderá ser enviada pelo correio ou entregue
pessoalmente, sendo que cartas enviadas por fax e e-mail não serão aceitas, por não se
constituírem em documentos oficiais.
Quando há alguma irregularidade praticada pelo psicólogo e que requeira a devida investigação
pela Comissão de Ética e não há uma pessoa que assuma tal representação, o órgão, por meio de
um conselheiro representante, pode assumir a representação diante da identificação da
possibilidade de infração ética para o seu devido encaminhamento para a Comissão de Ética.
O CRP SP funciona também como um Tribunal Regional de Ética Profissional, conforme o seu
Regimento Interno e assim procede aos julgamentos éticos quando o caso representado o exigir,
podendo o plenário de julgamento decidir-se pela absolvição ou punição do profissional. As
punições previstas e indicadas pelo Código de Ética, Art. 21, são:
a) Advertência;
b) Multa;
c) Censura pública;
d) Suspensão do exercício profissional por até 30 (trinta) dias, ad referendum do Conselho Federal
de Psicologia;
e) Cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho Federal de Psicologia.
O Conselho Federal de Psicologia é a instância em que tanto o profissional quanto o denunciante
podem recorrer em caso de discordância das decisões do julgamento.
As normas que regem os processos disciplinares estão previstas na Resolução CFP n.º 006/2007
que institui o Código de Processamento Disciplinar – CPD.