O documento apresenta uma introdução à geografia do Nordeste brasileiro, abordando sua ocupação inicial pela produção de cana-de-açúcar no século XVI, a expansão da pecuária no século XVII e a decadência econômica da região no século XVIII. Também discute a construção recente do conceito de "Nordeste" e os preconceitos enfrentados pelos nordestinos.
O documento apresenta uma introdução à geografia do Nordeste brasileiro, abordando sua ocupação inicial pela produção de cana-de-açúcar no século XVI, a expansão da pecuária no século XVII e a decadência econômica da região no século XVIII. Também discute a construção recente do conceito de "Nordeste" e os preconceitos enfrentados pelos nordestinos.
O documento apresenta uma introdução à geografia do Nordeste brasileiro, abordando sua ocupação inicial pela produção de cana-de-açúcar no século XVI, a expansão da pecuária no século XVII e a decadência econômica da região no século XVIII. Também discute a construção recente do conceito de "Nordeste" e os preconceitos enfrentados pelos nordestinos.
O documento apresenta uma introdução à geografia do Nordeste brasileiro, abordando sua ocupação inicial pela produção de cana-de-açúcar no século XVI, a expansão da pecuária no século XVII e a decadência econômica da região no século XVIII. Também discute a construção recente do conceito de "Nordeste" e os preconceitos enfrentados pelos nordestinos.
Eu viajo para conhecer a minha Geografia! Walter Benjamin.
A matria de Geografia associada a Conhecimentos Gerais tm feito parte do programa de estudo de diversos concursos, incluindo o concurso do Banco do Nordeste, retratando o carter inovador da disciplina a partir da abordagem crtica. O material traz uma viso una e mltipla sobre a Geografia, abordando especificidades fsicas e humanas. Natureza e sociedade se misturam e moldam o planeta em seus vrios recantos. Os temas abordados adentram na explicao da natureza e do dia-a-dia dos habitantes do planeta, abordando os mais variados temas. Vrias temticas vm acompanhadas de textos complementares para que um maior arcabouo terico possa ser oferecido ao candidato. Acreditamos que a partir dessa leitura possamos ampliar o conhecimento de nossa realidade.
Sucesso!
Prof. Italo Trigueiro.
Prof. Joanilson Jr.
No , somente, agindo sobre o corpo dos flagelados, roendo-lhes as vsceras e abrindo chagas e buracos na sua pele, que a fome aniquila a vida do sertanejo, mas, tambm, atuando sobre o seu esprito, sobre a sua estrutura mental, sobre sua conduta social. (...) Nenhuma calamidade capaz de desagregar to profundamente e num sentido to nocivo a personalidade humana como a fome quando alcanada os limites da verdadeira inanio. Josu de Castro. In: Geografia da Fome. INTRODUO
O Nordeste uma das cinco macrorregies do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica), apresentando uma superfcie de 1.554.257,004 km, ocupando cerca de 18,2% do territrio nacional, o que lhe assegura a posio de terceira regio em extenso territorial do pas, atrs do Norte e do Centro-Oeste e bem maior que o Sul e o Sudeste. As ltimas estimativas do IBGE apontam para um crescimento demogrfico no qual a populao da regio atingiu, em 2009, o nmero de 53.591.197 habitantes.
ESTADOS REA (km) POPULAO MARANHO 331.983,293 6.367.138 PIAU 251.529,186 3.145.325 CEAR 148.825,602 8.547.809 R. G. DO NORTE 52.796,791 3.137.541 PARABA 56.439,838 3.769.977 PERNAMBUCO 98.311,616 8.810.256 ALAGOAS 27.767,661 3.156.108 SERGIPE 21.910,348 2.019.679 BAHIA 564.692,669 14.637.364 Fonte: IBGE, 2009.
composta por nove estados Maranho, Piau, Cear, Rio Grande do Norte (incluindo o Atol das Rocas), Paraba, Pernambuco (incluindo o arquiplago de Fernando de Noronha e o arquiplago de So Pedro e So Paulo), Alagoas, Sergipe e Bahia , sendo assim a regio que apresenta o maior nmero de estados. Porm este Nordeste, enquanto regio e posto da forma como se encontra, no uma rea cristalizada, ela apresentou inmeras alteraes ao longo dos anos at atingir a atual configurao.
Est situado entre os paralelos de 01 02' 30" e 18 20' 07" de latitude sul e entre os meridianos de 34 47' 30" e 48 45' 24" a oeste do meridiano de Greenwich. Limita-se a norte e a leste com o Oceano Atlntico; ao sul com os estados de Minas Gerais e Esprito Santo e a oeste com os estados do Par, Tocantins e Gois. Contudo, a conscincia de uma unidade territorial construiu-se apenas no sculo XX. Ela foi, em grande parte, fruto das mitologias existentes em torno de sua regio que foram criadas pelas elites aliadas a figura da mdia.
GEOGRAFIA DO NORDESTE BNB Profs.: Italo Trigueiro / Joanilson Jr.
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O PRECONCEITO CONTRA O NORDESTINO
O Nordeste, como recorte espacial, como uma identidade regional parte, nem sempre existiu, como faz crer quase toda a produo artstica, literria e acadmica contemporneas, que normalmente se referem ao Nordeste como este tendo existido desde o perodo colonial; os portugueses j teriam desembarcado no Nordeste e teria sido esta a rea onde primeiro se efetivou a implantao da colonizao portuguesa, com o sucesso da produo aucareira. Esta designao Nordeste para nomear uma regio especfica do pas, tendo pretensamente uma histria particular, s vai surgir, no entanto, muito recentemente, na dcada de 10 do sculo XX. Antes, a diviso regional do Brasil se fazia apenas entre o Norte, que abrangia todo o atual Nordeste e toda a atual Amaznia e o Sul que abarcava toda a parte do Brasil que ficava abaixo do estado da Bahia. Por isso, ainda hoje, os nordestinos so comumente chamados de nortistas em So Paulo ou em outros estados do Sul e do Sudeste e os moradores destas regies dizem que vo passar frias no Norte, para se referirem ao Nordeste. Isto indica, tambm, que a criao da idia de Nordeste e, conseqentemente, da idia de ser nordestino, surgiram nesta prpria rea, foram produzidas pelas elites polticas e pelos letrados deste prprio espao, no foi uma criao feita de fora, por membros das elites de outras regies. O sentimento, as prticas e os discursos regionalistas que iro dar origem regio que conhecemos, hoje, como Nordeste, emergiram entre as elites ligadas s atividades agrcolas e agrrias tradicionais, como produo do acar, do algodo ou ligadas pecuria, mesmo que muitos destes vivessem nas cidades, exercessem profisses liberais ou fossem comerciantes, de parte do ento chamado Norte do pas, no final do sculo XIX. Este regionalismo, como vimos, fruto da prpria forma como se constituiu o Estado Nacional brasileiro, caracterizando, por um lado, pela centralizao das decises, e por outro, por sua presena episdica e sua incapacidade de dar solues para os problemas que afetam os interesses das elites de certas reas do pas, notadamente daquelas que representavam reas que eram ou se tornaram perifricas do ponto de vista econmico ou que ficavam distantes do centro das decises polticas. JNIOR, Durval Muniz de Albuquerque. Preconceito contra a origem geogrfica e de lugar: as fronteiras da discrdia. So Paulo: Ed. Cortez, 2007, p. 90. OCUPAO
As primeiras mudas de cana chegaram ao Brasil com Martim Afonso de Sousa, em 1531. Em pouco tempo a lavoura canavieira foi introduzida na Zona da Mata nordestina. Na segunda metade do sculo XVI, a regio nordeste da colnia havia se firmado como o centro da empresa agrcola. O acar produzido nos engenhos era transportado por rios ou em carros de boi at os portos exportadores Recife e Salvador. A maioria dos navios era de origem portuguesa, porm, os comerciantes eram holandeses que refinavam e negociavam o produto. A empresa agrcola implantada pelos colonizadores no sculo XVI fincou-se no litoral. O sculo XVII marcou a expanso pastoril e a exportao de fumo nas receitas coloniais. O tabaco produzido principalmente no Recncavo Baiano e em Alagoas era exportado para o mercado europeu, alm de servir como moeda de troca com os aparelhos negreiros da costa africana. Com o sucesso comercial do acar na Europa, houve um aumento da rea de cultivo e as terras de pasto diminuram substancialmente. O gado foi expulso das terras nobres da zona litornea e ganhou os sertes. O sculo XVIII marca a decadncia da regio nordeste do pas e a era do ouro nas Minas Gerais, no sudeste brasileiro. Na segunda metade do sculo XIX, o comrcio do caf se tornou o ncleo das relaes no Brasil, confirmando a hegemonia econmica da regio centro-sul do pas.
ECONOMIA COLONIAL NORDESTINA SC.XVI
FAE. Atlas histrico escolar. So Paulo: 1993, p.15.
O Nordeste concentra um conjunto de mitologias polticas e sociais de bases geogrficas. O Nordeste , antes de tudo, uma inveno, uma regio socialmente produzida. No sculo XVI, ele praticamente se resumia cana-de-acar, onde se expandiam as plantations e se multiplicavam os engenhos de cana. O cultivo da cana-de-acar foi a primeira atividade econmica que deu origem a vrias cidades e iniciou a ocupao territorial do Nordeste. Os engenhos de acar localizavam-se na faixa litornea, onde as condies naturais eram mais favorveis ao cultivo do produto. O litoral mido do Nordeste, que se estende do Rio Grande do Norte ao sul da Bahia, foi uma das primeiras reas brasileiras a serem colonizadas pelos portugueses.
Engenho de acar, litogravura de Johann Moritz Rugendas (1802-1858).
Por ter sido a primeira rea de ocupao esta rea foi por praticamente dois sculos a rea mais desenvolvida do pas, e o estado de Pernambuco o mais rico. Porm, o declnio da cana-de-acar na metade do sculo XIX, devido a concorrncia exercida pelas Antilhas e o desenvolvimento da regio Sudeste do pas tornaram-na a mais desenvolvida do pas, aliada claro a estagnao do territrio nordestino. O Nordeste hoje concentra mais de 50 milhes de habitantes distribudos nos nove estados da regio. E Profs.: Italo Trigueiro / Joanilson Jr. GEOGRAFIA DO NORDESTE BNB
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onde trs cidades destacam-se como metrpoles nacionais: Salvador, Fortaleza e Recife.
O NORDESTE E SEU PAPEL NO MUNDO ATUAL
O CRESCIMENTO ECONMICO DO NORDESTE
O crescimento econmico da regio Nordeste foi discutido no encontro promovido pela Federao Nacional das Agncias de Propaganda (FENAPRO), realizado em junho de 2008. Na ocasio, foi apresentado o estudo Um pas chamado Nordeste, que aborda o desenvolvimento regional e o potencial de expanso da propaganda na regio. (...) no apenas de sol, praias e Carnaval que vive o Nordeste. A regio vem se transformando, redesenhando seu perfil. O programa bolsa-famlia injetou mais dinheiro na regio, h muitas indstrias vindo pra c, e isto exige que se pense o Nordeste de outra forma, afirmou o scio-diretor da agncia que elaborou o documento. Os dados do estudo reforam essa avaliao. A renda per capita do Nordeste cresceu 50% nos ltimos 25 anos. O PIB da regio, de R$ 214 598 milhes j equivale a 14% do PIB brasileiro e tem crescido, em mdia, acima deste. O perfil da populao, com 53 milhes de consumidores potenciais o equivalente a um tero da populao brasileira , aponta um crescimento das classes A, B e C, que eram 55% da populao em 1996 e passaram a 59% em 2006. O Nordeste passou de produtor de bens tradicionais a produtor de itens de base tecnolgica, como aos especiais, automveis, equipamentos para irrigao e softwares, entre outros. Na regio, so fabricados, por exemplo, produtos como eletrnicos, equipamentos para irrigao, barcos chips e calados. No agronegcio, a participao da regio expressiva. O Nordeste o terceiro maior produtor de frutas do mundo, o maior plo exportador de uva de mesa do Brasil, o maior produtor de matria-prima para biodiesel e o segundo de cana-de-acar. Alm disso, destaca-se que a extrao de petrleo e gs natural na regio responde por cerca de 35% da produo nacional. Em Pernambuco, o plo gesseiro instalado em Araripina atende 95% do consumo do pas. Adicione-se a isso o crescimento do turismo na regio, que conta com 3.338 km de praias, e o fato de que Olinda, So Lus e o Pelourinho so Patrimnio Cultural da Humanidade. Adaptado de Crescimento econmico da regio Nordeste um dos destaques do encontro da Fenapro, 16/06/2008. In: O mundo em transio. Jos William Vesentini.
O Nordeste ocupa no plano nacional a condio de periferia, dependente dos produtos industrializados do Centro-Sul, alm de ser o maior gerador de mo-de-obra barata do Brasil, mo-de-obra esta que abastece a regio Centro-Sul. O baixo nvel de desenvolvimento social e econmico, caracterizado entre outros motivos, pela reduzida oferta de empregos e pssimos salrios, tem colaborado para a expulso do nordestino, que nas ltimas dcadas vm se reduzindo. A regio-problema a que apresenta os piores indicadores sociais do pas. A atual situao socioeconmica do Nordeste caracterizada em boa parte, pela estrutura fundiria desigual e pela influncia dos lderes polticos, geralmente grandes empresrios ou grandes proprietrios de terra.
QUADRO NATURAL
RELEVO
Jurandyr L. S. Ross (org.). Geografia do Brasil. Edusp/FDE, 1996.
Na topografia 1 nordestina encontram-se duas formas predominantes de relevo: planaltos e depresses, porm, todo o litoral nordestino composto por plancies e tabuleiros. Praticamente por toda a extenso do Maranho, Piau e extremo oeste da Bahia estendem-se os planaltos e chapadas da Bacia do Parnaba.
PLANALTO NORDESTINO
O Planalto Nordestino faz parte do Planalto Atlntico, estendendo-se do Cear at a Bahia. formado por rochas cristalinas do perodo pr-cambriano com elevaes sedimentares como as do Araripe e da Ibiapaba, no Cear. Pode ser dividido em:
Serras Cristalinas: localizam-se na parte leste da regio Nordeste; formada pelas reas elevadas da Borborema, Diamantina, Pereiro, Baturit, interferindo no clima da regio como um todo. Chapadas Sedimentares: localizam-se na poro oeste; so fruto de intensa eroso e formada pelas chapadas do Araripe, Apodi e Ibiapaba. a onde se formam os chamados morros testemunhos.
PLANCIE LITORNEA
Acompanha o litoral: mais larga no Maranho, estreita-se em direo ao sul at a Bahia. formada, predominantemente, por terrenos recentes, os tabuleiros 2 , onde aparecem:
Mangues: vegetao lodosa que se desenvolve ao longo do litoral. Dunas: acumulaes de areia encontradas especialmente no litoral do Maranho, com a denominao de lenis maranhenses. Recifes: acumulaes de sedimentos de rochas (arenito) ou matria orgnica (coral) junto ao litoral de Pernambuco e do Rio Grande do Norte. Falsias: acumulaes fixas de areia junto ao litoral, muito comuns no Cear (Formao Barreiras).
1 TOPOGRAFIA: Configurao de uma poro do terreno com todos os acidentes geogrficos.
2 TABULEIRO: Superfcie com altitude entre 20 e 50 metros, com topo plano, situada ao longo da faixa litornea.
GEOGRAFIA DO NORDESTE BNB Profs.: Italo Trigueiro / Joanilson Jr.
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SUB-UNIDADES
Plancies e Tabuleiros Litorneos correspondem a inmeras pores do litoral brasileiro e quase sempre ocupam reas muito pequenas. Geralmente localizam-se na foz de rios que desguam no mar, especialmente daqueles de menor porte. Apresentam-se muito largas no litoral norte e quase desaparecem no litoral sudeste. E em trechos do litoral nordestino, essas pequenas plancies apresentam-se intercaladas com reas de maior elevao as barreiras tambm de origem sedimentar. Planalto da Borborema 3 corresponde a uma rea de terrenos formados de rochas pr-cambrianos e sedimentares antigas, aparecendo na poro oriental no nordeste brasileiro, a leste do estado de Pernambuco, como um grande ncleo cristalino e isolado, atingindo altitudes em torno de 1.000 m. Depresso Sertaneja e do So Francisco ocupam uma extensa faixa de terras que se alonga desde as proximidades do litoral do Cear e Rio Grande do Norte, at o interior de Minas Gerais, acompanhando quase todo o curso do rio So Francisco. Apresentam variedade de formas e de estruturas geolgicas, porm destaca-se a presena do relevo tabular, as chapadas, como as do Araripe (PE-CE) e do Apodi (RN). Planaltos e Chapadas da Bacia do Parnaba constituem-se tambm de terrenos de uma bacia sedimentar, estendendo-se das reas centrais do pas (GO-TO), at as proximidades do litoral, onde se alargam, na faixa entre Par e Piau, sendo cortados de norte a sul, pelas guas do rio Parnaba. A encontramos a predominncia das formas tabulares, conhecidas como chapadas. Depresso do Tocantins acompanha todo o trajeto do rio Tocantins, quase sempre em terrenos de formao cristalinas pr-cambrianas. Suas altitudes declinam de norte para sul, variando entre 200 e 500 m.
RELEVO E HIPSOMETRIA
Jurandyr L.S. Ross (org.). Geografia do Brasil. Edusp/FDE, 1996.
3 BORBOREMA: O Planalto da Borborema (com quase 1.000 metros de altitude) exerce enorme influncia no clima da regio. Devido a sua localizao, o Planalto atua como barreira natural da dinmica de ventos. Isso faz com que esses ventos depositem toda sua umidade no litoral oriental, enquanto o Serto a rea mais seca do pas. Chapada Maranhense Sedimentar (MA). Cuesta Ibiapaba Sedimentar (CE-PI). Chapada do Araripe Sedimentar (CE-PE). Chapada do Apodi Sedimentar (CE-RN). Serra de Baturit (inselberg) Cristalino (CE). Planalto da Borborema (Agreste) Cristalino essa elevao se estende do norte de Alagoas at o sul do Rio Grande do Norte. Serra do Espinhao Cristalino (BA-MG). Chapada do Espigo Mestre Sedimentar (BA-GO). Chapada Diamantina (maior morro testemunho do Nordeste) Cristalino (BA).
O maior pico do Nordeste, o Pico das Almas, com 1.850m localiza-se na Chapada Diamantina, no estado da Bahia.
Vista area da Chapada Diamantina (BA).
APROPRIAES DA NATUREZA NA CHAPADA DIAMANTINA
(...) A regio denominada Chapada Diamantina se destaca, na agenda das questes ambientais e no cenrio do ecoturismo, como uma poro do territrio baiano dotado de atributos excepcionais que justificaram tanto a implantao de vrias unidades de conservao, em especial o Parque Nacional da Chapada Diamantina, quanto a sua ampla divulgao em roteiros de viagem disponveis no mercado (...) No contexto da regionalizao do territrio baiano, a Chapada Diamantina se insere na grande rea do serto semi- rido que abrange 257 dos 417 municpios, 65% do territrio e quase 50% da populao do estado da Bahia. onde se verificam os mais altos ndices de pobreza, baixos nveis de produtividade agrcola e alta concentrao fundiria (...). LDA, Renato. Apropriaes da natureza da Chapada Diamantina: turismo, estratgias de reestruturao regional e suas representaes discursivas. In: Litoral e Serto: natureza e sociedade no nordeste brasileiro. Fortaleza, 2006.
TREMORES DE TERRA NO NORDESTE BRASILEIRO
No final do sculo passado e incio deste sculo inmeros registros de eventos ssmicos que ocorriam no Brasil e, em particular, no Nordeste brasileiro, marcaram a histria geologia do pas, e da regio.
ESTADO E DATA ESCALA RICHTER Joo Cmara (RN) 30/11/1986 5,1graus Pacajus (CE) 20/11/1980 5,2 graus Joo Cmara (RN) 10/03/1989 5,0 graus Tapiraba (CE) 19/04/1991 4,9 graus Fonte: www.estadao.com.br (2007)
NOTCIAS
Um tremor de terra de 2,5 graus na escala Richter foi registrado nos municpios de Sobral e Corea, no Cear, s 0h28min, pelo Laboratrio Sismolgico da Profs.: Italo Trigueiro / Joanilson Jr. GEOGRAFIA DO NORDESTE BNB
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Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O tremor foi sentido por moradores, que perceberam a terra e as telhas da casa tremerem, mas segundo o coordenador da Defesa Civil de Sobral, Jorge Trindade, no houve danos materiais e ningum ficou ferido. (...) De acordo com o tcnico em sismologia da UFRN Eduardo Alexandre de Menezes, o epicentro do tremor foi na cidade de Corea, mas o fenmeno atingiu uma rea de 30 quilmetros, sendo sentido tambm em Sobral, cidade vizinha. O tremor considerado de pequeno efeito pela UFRN. O Globo on Line, em 04/01/2010.
O Nordeste a regio com um dos maiores nveis de atividade ssmica do Brasil, segundo o Instituto de Astronomia, Geofsica e Cincias Atmosfricas (IAG) da Universidade de So Paulo (USP). Rio Grande do Norte, Cear e Pernambuco tm maior incidncia de abalos, de acordo com laboratrio de sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) (...) At dois anos atrs, 60% dos tremores registrados com um espao de tempo menor entre um e outro ficaram concentrados nesses trs estados. uma caracterstica local por causa das falhas que existem na regio, disse Eduardo Alexandre Menezes, da UFRN. G1 Portal de Notcias, em 13/01/2010.
CLIMA DO NORDESTE
Fonte: Atlas Nacional, IBGE, 2000.
O clima sem dvida o aspecto natural mais marcante do Nordeste, com enorme influncia nos fatores como vegetao, relevo, hidrografia, etc. O Nordeste do Brasil apresenta temperaturas elevadas cuja mdia anual varia de 20 a 28C. Nas reas situadas acima de 200m e no litoral oriental as temperaturas variam de 24 a 26C. As mdias anuais inferiores a 20C encontram-se nas reas mais elevadas da chapada Diamantina e da Borborema. O ndice de precipitao anual varia de 300 a 2.000 mm. Trs dentre os vrios tipos de climas que existem no Brasil esto presentes no Nordeste, so eles:
Equatorial mido Presente em uma pequena parte do Maranho, na divisa com o Par; com elevada pluviosidade e elevadas temperaturas. Tropical mido Presente do litoral da Bahia ao do Rio Grande do Norte; sofre ao da MPA (Massa Polar Atlntica) e MTA (Massa Tropical Atlntica) no inverno. Tropical Semi-rido Presente em todo o serto. Apresenta chuvas irregulares e mal distribudas, com chuvas de vero.
O domnio das caatingas brasileiras um dos trs espaos semi-ridos da Amrica do Sul. Fato que o caracteriza como um dos domnios de natureza de excepcionalidade marcante no contexto climtico e hidrolgico de um continente dotado de grandes e contnuas extenses de terras midas (...) O contraste sobretudo mais expressivo quando se sabe que nosso pas apresenta 92% do seu espao total dominado por climas midos e submidos intertropicais e subtropicais, da Amaznia ao Rio Grande do Sul. As razes da existncia de um grande espao semi-rido, insulado num quadrante de um continente predominantemente mido, so relativamente complexas. De certo, h uma certa importncia no fato de a massa de ar EC (equatorial continental) regar as depresses interplanlticas nordestinas. Por outro lado, clulas de alta presso atmosfrica penetram fundo no espao dos sertes durante o inverno austral, a partir das condies meteorolgicas do Atlntico centro-ocidental. ABSABER, Aziz Nacib. Os domnios de natureza no Brasil: potencialidades paisagsticas. SP: Ateli, 2005, p. 82.
VEGETAO DO NORDESTE
A vegetao nordestina bastante rica e diversificada, vai desde a mata atlntica no litoral oriental mata dos cocais no Meio-Norte, ecossistemas como os manguezais, a caatinga, o cerrado, as restingas, dentre outros, possuem fauna e flora exuberantes, diversas espcies endmicas, uma boa parte da vida no planeta e animais ameaados de extino.
GEOGRAFIA DO NORDESTE BNB Profs.: Italo Trigueiro / Joanilson Jr.
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HILIA AMAZNICA
Floresta latifoliada equatorial, hilia (designao atribuda pelo gegrafo alemo Alexander Von Humboldt), floresta pluvial, floresta ombrfila e, por fim, floresta amaznica. O elemento de maior destaque dessa floresta , sem dvidas, a sua biodiversidade que chega a intrigar pesquisadores de todo o mundo quanto impossibilidade de catalogar um nmero to significativo de espcies. No Brasil, ocupa a quase totalidade da regio norte, a poro setentrional de Mato Grosso e a poro ocidental do Maranho. Caractersticas de clima quente e supermido, essa floresta extremamente heterognea e densa, quase impossibilitando a circulao de pessoas no seu interior.
CERRADO
Essa formao ocupava originalmente cerca de 25% do territrio brasileiro, sendo a segunda maior cobertura vegetal do pas. caracterizado pelo domnio de pequenas rvores e arbustos bastante retorcidos com casca grossa (cortia), que retm mais gua, geralmente caduciflias e com razes profundas. Muito parecido com a savana africana. A origem dos cerrados ainda uma incgnita. Para alguns ele resulta do clima, j que a alternncia entre as estaes mida e seca muito forte. Para outros sua origem est ligada ao solo extremamente cido e naturalmente pobre. Ocorre no Brasil nas reas de menor umidade, como o caso do Planalto Central (Gois, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, alm de trechos do Paran, So Paulo, Minas Gerais, Bahia, Maranho e Piau.
MATA DOS COCAIS
Esta formao vegetal est encravada entre a floresta amaznica, o cerrado e a caatinga. , portanto, uma mata de transio entre as formaes bastante distintas, constituda por palmeiras ou palmceas, com grande predominncia do babau e ocorrncia espordica de carnabas. Tanto o extrativismo do babau como o da carnaba no implicam em devastao, pois aproveitam-se apenas os cocos e as folhas, que so continuamente reproduzidas pelas palmeiras. No entanto, a expanso pecuarista particularmente nos estados de Tocantins e do Maranho, tem produzido grande destruio da vegetao com a criao de reas de pasto. Isso tem levado ao agravamento das condies de vida de milhes de pessoas, que dependem do extrativismo. O leo de babau utilizado na fabricao de sabes e sabonetes, alm de seu uso como lubrificantes nas indstrias de aparelhos de alta preciso como, por exemplo, na indstria de balanas. Depois de retirado o leo da semente, esta constitui um excelente alimento para o gado.
CAATINGA
Tpica do serto nordestino uma vegetao xerfila, adaptada ao clima semi-rido, na qual predomina um estrato caducifoliado e espinhosos; ocorrem tambm cactceas. Na poca das secas, muitas plantas da caatinga perdem suas folhas para diminuir a transpirao e evitar, assim, a perda de gua armazenada, produzindo uma paisagem seca e desolada. Algumas palmeiras e o juazeiro, que possuem razes bem profundas para absorver gua do subsolo, no perdem as folhas. Outras plantas possuem um mecanismo fisiolgico, o xeromorfismo, produo de uma cera que reveste os tecidos e faz com que percam menos gua na transpirao. Um exemplo a carnaubeira, que j foi denominada rvore da providncia, pois dela tudo se aproveita. Melhem Adas, 2000, p. 136.
FLORESTA TROPICAL (MATA ATLNTICA)
Essa floresta tambm uma formao exuberante que se assemelha bastante floresta equatorial. heterognea, intrincada, densa e aparece em diferentes pontos do pas, de temperaturas elevadas e alto teor de umidade. Floresta latifoliada, ela assim definida porque apresenta folhas grandes e largas e est situada ao longo do litoral oriental intertropical brasileiro, que vai do Rio Grande do Norte at o norte de So Paulo, onde entra para o interior. Nas reas de maior presena de umidade denominada floresta latifoliada mida de encosta. Essa formao foi altamente devastada ao longo da histria do Brasil.
CAMPOS
Formaes rasteiras ou herbceas, constitudas por gramneas que atingem at 60cm de altura. Sua origem pode estar associada a solos rasos ou temperaturas baixas em regies de altitudes elevadas, reas sujeitas a inundao peridica ou ainda solos arenosos.
VEGETAO LITORNEA
Nas praias e dunas, muito importante a ocorrncia de vegetao rasteira, responsvel pela fixao da areia, impedindo que seja transportada pelo vento. A restinga uma formao vegetal que se desenvolve na areia com predomnio de arbustos e ocorrncia de algumas rvores como o chapu-de-sol, o coqueiro e a goiabeira. Os mangues so nichos ecolgicos (poro restrita de um habitat onde vigoram condies especiais de ambiente). No se trata de conceito de lugar, mas da posio particular que a espcie ocupa na comunidade devido s suas adaptaes estruturais, seus ajustamentos fisiolgicos e aos padres de comportamento responsveis pela reproduo de milhares de espcies de peixes, moluscos e crustceos. Delza Menin. In: Ecologia de A a Z, 2000.
POLUIO LITORNEA
A poluio do litoral nordestino um dos graves problemas ambientais da regio. Inmeras indstrias qumicas costumam jogar seus detritos no mar, alguns deles extremamente nocivos a fauna marinha. Dos nove estados nordestinos, oito tm capitais litorneas, o que implica em ocupao humana na orla martima que degrada os recursos atravs do lanamento de lixo e esgotos no oceano, destruio da vegetao litornea (mangues, coqueirais, matas de restinga).
OCUPAO E DEGRADAO AMBIENTAL
Profs.: Italo Trigueiro / Joanilson Jr. GEOGRAFIA DO NORDESTE BNB
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Fonte: Atlas geogrfico escolar . Rio de Janeiro: IBGE, 2007.
HIDROGRAFIA
BACIA REA DRENADA (km 2 ) PARTICIPAO NA REGIO (%) So Francisco 394.914,5 25,30 Nordeste 857.388,1 54,92 Leste 277.697,8 17,79 Tocantins-Araguaia 31.177,4 1,99 Fonte: Anurio Estatstico do Brasil, IBGE, 1996.
O Nordeste possui importantes bacias hidrogrficas, aparecendo algumas classificaes diferenciadas de acordo com alguns rgos governamentais. O mapa e a tabela mostram a diviso mais difundida, a do IBGE:
Fonte: Baseado no Atlas Nacional do Brasil, IBGE, 2000.
Bacia do Atlntico Nordeste Ocidental: situada entre o Nordeste e o Norte, fica localizada, quase que em sua totalidade, no estado do Maranho. Algumas de suas sub-bacias constituem ricos ecossistemas, como manguezais, babauais, vrzeas, etc.
Bacia do Atlntico Nordeste Oriental: ocupa uma rea de 287.384 km, que abrange os estados do Cear, Paraba, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Alagoas. Os rios principais so o rio Jaguaribe, rio Piranhas-A, rio Capibaribe, rio Acara, rio Curimata, rio Munda, rio Paraba e rio Una.
Bacia do Atlntico Leste: compreende uma rea de 364.677 km, dividida entre 2 estados do Nordeste (Bahia e Sergipe) e dois do Sudeste (Minas Gerais e Esprito Santo). Na bacia, a pesca utilizada como atividade de subsistncia.
Bacia do Parnaba: a segunda mais importante, ocupando uma rea de cerca de 344.112 km (3,9% do territrio nacional) e drena quase todo o estado do Piau, parte do Maranho e Cear. O rio Parnaba um dos poucos no mundo a possuir um delta em mar aberto, com uma rea de manguezal de, aproximadamente, 2.700 km.
Bacia do So Francisco:
O rio So Francisco, eixo principal da bacia, o maior rio totalmente brasileiro, com 2.700 km de extenso. Sua bacia ocupa 640.000 km unindo as terras do Sudeste e do Nordeste do pas, da a denominao de rio da unidade nacional. O velho Chico como conhecido no nordestino, ainda que ele percorra grandes extenses nessa regio de secas. Ele nasce na Serra da Canastra em Minas Gerais e desgua no Atlntico, na divisa entre Alagoas e Sergipe, depois de percorrer longo trecho do serto nordestino. Possui declives acentuados em trechos prximos nascente ou foz, o que confere a posio de segunda bacia em produo hidroeltrica do Brasil. Abastece tanto a regio Sudeste, com a usina de Trs Marias (MG), como a Nordeste, com suas usinas de Sobradinho (PE/BA), Paulo Afonso (AL/BA), Xingo (AL/SE), usina Luiz Gonzaga tambm conhecida por Itaparica, (PE/BA) e Moxot (AL/BA). O So Francisco tambm apresenta longo trecho navegvel em seu curso mdio. A bacia uma das reas de planejamento regional no Brasil. A Constituio de 1946 reservou cerca de 1% do oramento federal para o desenvolvimento desta rea. Em 1948, por fora de lei, foi criada a CVSF (Comisso do Vale do So Francisco), que mais tarde se transformaria na atual CODEVASF (Companhia de Desenvolvimento do Vale do Rio So Francisco e do Parnaba).
CODEVASF
A CODEVASF uma empresa pblica, vinculada ao Ministrio da Integrao Nacional, que promove o desenvolvimento e a revitalizao das bacias dos rios So Francisco e Parnaba com a utilizao sustentvel GEOGRAFIA DO NORDESTE BNB Profs.: Italo Trigueiro / Joanilson Jr.
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dos recursos naturais e estruturao de atividades produtivas para a incluso econmica e social. A empresa mobiliza investimentos pblicos para a construo de obras de infraestrutura, particularmente para a implantao de projetos de irrigao e de aproveitamento racional dos recursos hdricos. reconhecida principalmente pela implantao de plos de irrigao, a exemplo do plo Petrolina-Juazeiro. Investe tambm na aplicao de novas tecnologias, diversificao de culturas, recuperao de reas ecologicamente degradadas, capacitao e treinamento de produtores rurais, alm da realizao de pesquisas e estudos socioeconmicos e ambientais, entre outras aes. Um trabalho que gera emprego e renda para a populao residente em sua rea de atuao. A CODEVASF participa do PAC (Programa de Acelerao do Crescimento), do governo federal, implantando obras em diversos municpios, no mbito do Programa de Revitalizao da Bacia Hidrogrfica do rio So Francisco. Por meio das PPPs (Parcerias Pblico-Privadas), a companhia tem buscado parceiros para viabilizar importantes projetos de irrigao em andamento. Uma ao de destaque na rea de responsabilidade social o Projeto Amanh, no qual a CODEVASF promove a capacitao profissional de jovens rurais em atividades agrcolas e no-agrcolas relacionadas com as necessidades do mercado regional.
ROTA DA TRANSPOSIO
Em agosto de 2009 a obra de integrao das bacias hidrogrficas nordestinas a partir do desvio de gua do rio So Francisco completar dois anos. Esto previstos dois eixos principais. O eixo norte que levar gua de Cabrobr (PE) para os sertes pernambucano, cearense e potiguar. J o eixo leste colher gua em Petrolndia (PE) para as reas mais prximas do litoral nos estados da Paraba e de Pernambuco. O governo pretende terminar o trecho norte ainda em 2010 e a obra terminar em 2017.
AS GUAS DO RIO NO SO A PANACIA PARA OS PROBLEMAS DO SEMI-RIDO
Nas discusses que ora se travam sobre a questo da transposio das guas do rio So Francisco para o setor norte do Nordeste seco, existem alguns argumentos to fantasiosos e mentirosos que merecem ser corrigidos em primeiro lugar. Referimo-nos ao fato de que a transposio das guas resolveria os grandes problemas sociais existentes na regio semi-rida do Brasil. Trata-se de um argumento completamente infeliz. O Nordeste seco, delimitado pelo espao at onde se estendem as caatingas e os rios intermitentes, sazonrios e exorricos (que chegam ao mar), abrange um espao fisiogrfico socioambiental da ordem de 750 mil km 2 , enquanto a rea que pretensamente receber grandes benefcios abrange dois projetos lineares que somam apenas alguns milhares de quilmetros nas bacias dos rios Jaguaribe (CE) e Piranhas/Au (RN). Um problema essencial na discusso das questes envolvidas no projeto de transposio de guas do So Francisco para os rios do Cear e Rio Grande do Norte diz respeito ao equilbrio que deveria ser mantido entre as guas que seriam obrigatrias para as importantssimas hidroeltricas j implantadas no mdio/baixo vale do rio Paulo Afonso, Itaparica, Xingo. Devendo ser registrado que as barragens ali implantadas so fatos pontuais, mas a energia ali produzida, e transmitida para todo o Nordeste, constitui um tipo planejamento da mais alta relevncia para o espao total da regio. De forma que o novo projeto no pode, em hiptese alguma, prejudicar o mais antigo, que reconhecidamente de uma importncia areolar. Mas parece que ningum no Brasil se preocupa em saber nada de planejamentos pontuais, lineares e areolares. A quem vai servir a transposio das guas? Os vazanteiros, que fazem horticultura no leito dos rios que perdem fluxo durante o ano, sero os primeiros prejudicados. A eles se deve conceder a prioridade em relao aos espaos irrigveis que viessem a ser identificados e implantados. De imediato, porm, sero os pecuaristas da beira alta e colinas sertanejas que tero gua disponvel para o gado nos meses em que os rios da regio no correm. Sobre a viabilidade ambiental pouca coisa se pode adiantar a no ser a falta de conhecimentos sobre a dinmica climtica e periodicidade do rio que vai perder gua e dos rios intermitentes-sazonrios que vo receber filetes das guas transpostas. Um projeto inteligente e vivel sobre a transposio de guas, captao e utilizao de guas das estaes chuvosas e multiplicao de poos ou cisternas tm de envolver obrigatoriamente conhecimento sobre a dinmica climtica regional do Nordeste. No caso de projetos de transposio de guas, h de se ter conscincia de que o perodo se maior necessidade ser aquele em que os rios sertanejos intermitentes perdem a correnteza por cinco a sete meses. Trata-se, porm do mesmo perodo em que o So Francisco se torna menos volumoso. Entretanto, nessa poca do ano em que haver maior necessidade de reservas de gua para hidroeltricas regionais. Trata- se de um impasse paradoxal, do qual, at agora, no se falou. Por outro lado, se essa gua tiver que ser elevada ao chegar regio final do seu uso, para desde um ponto mais alto descer e promover alguma irrigao por gravidade, o processo todo aumentar ainda mais a demanda regional por energia. E, ainda noutra direo, como se evitar uma grande evaporao dessa gua que atravessar o domnio da caatinga, onde o ndice de evaporao o maior de todos? Eis outro ponto obscuro, no tratado pelos arautos da transposio. A afoiteza com que se est pressionando o governo para se conceder grandes verbas para o incio das obras de transposio das guas do So Francisco ter conseqncias imediatas para os especuladores de todos os naipes. O risco final que, atravessando acidentes geogrficos considerveis, como a elevao da escarpa sul da Chapada do Araripe com grande gasto de energia, a transposio acabe por significar apenas um canal tmido de gua, de duvidosa validade econmica e interesse social, de grande custo, e que acabaria por Profs.: Italo Trigueiro / Joanilson Jr. GEOGRAFIA DO NORDESTE BNB
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movimentar o mercado especulativo da terra e da poltica. No fim, tudo apareceria como o movimento de transformar todo o espao em mercadoria. Aziz Nacib AbSaber, professor emrito da FFLCH/USP e professor honorrio do Instituto de Estudos Avanados/USP.
ASPECTOS POSITIVOS
Aumento da gua disponvel e diminuio da perda devido aos reservatrios, aumento da renda e do comrcio das regies beneficiadas, reduo de problemas trazidos pela seca, irrigao de reas abandonadas e criao de novas fronteiras agrcolas, reduo de doenas e bitos gerados pelo consumo de gua contaminada ou pela falta de gua, obras de revitalizao do rio, entre outros.
ASPECTOS NEGATIVOS
O grande empresrio (carcinicultura, flores, frutas) e outras atividades agrcolas seriam os grandes beneficiados, no haver a socializao da gua, canalizaes indevidas, incorporao de terra pelos latifundirios, impacto na produo de energia (diminuio da vazo do rio), gua de m qualidade (80% da populao no possuem saneamento bsico e despejam todo seu esgoto nas guas do rio), dvidas na relao custo/benefcio, impactos ambientais dos mais diversos, entre outros.
DESERTIFICAO NO NORDESTE
Fonte: EMBRAPA.
A desertificao definida como a degradao da terra nas zonas ridas, semi-ridas e sub-midas secas resultantes de fatores diversos tais como as variaes climticas e as atividades humanas. Esta definio foi criada na Conveno de Combate Desertificao em 1994 e delimita a problemtica da desertificao a 33% da superfcie terrestre. No Brasil as reas susceptveis localizam-se nas partes ridas, semi-ridas e sub-midas, secas do Nordeste brasileiro. Esta rea do Nordeste compreende 900 mil km, onde vivem aproximadamente 10 milhes de habitantes. Alm do Nordeste, parte da regio Sul do Brasil tambm sofre com a desertificao.
REGIONALIZAES DO BRASIL
H outra diviso regional do territrio brasileiro que no acompanha os limites estaduais, havendo estados que possuem parte do territrio em uma regio e parte em outra. Trata-se da diviso elaborada em 1967 pelo gegrafo Pedro Pinchas Geiger. uma classificao que considera a formao histrico- econmica do Brasil e a recente modernizao econmica, que se manifestou nos espaos urbano e rural, estabelecendo novas formas de relacionamento entre os lugares do territrio brasileiro e criando uma nova dinmica no relacionamento entre a sociedade e a natureza. Assim, o oeste do Maranho integra a Amaznia e o restante o Nordeste, com atuao, respectivamente, da SUDAM e da SUDENE. O norte de Minas Gerais (Vale do Jequitinhonha) integra o Nordeste, com atuao da SUDENE e do BNB e o restante o Centro-Sul. O norte do mato Grosso amaznico e o restante dos territrios integra a regio Centro-Sul.
1-Amaznia. 2-Centro-Sul. 3-Nordeste.
SUB-REGIES NORDESTINAS
C. Garcia. O que o Nordeste brasileiro? Brasiliense, 1984.
Observando a regio nordestina de Leste para o Oeste, temos Zona da Mata (extremamente mida), Agreste (sub-mido), Serto (semi-rido) e o Meio Norte (bastante mido).
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ZONA DA MATA
Corresponde orla oriental atlntica, que se estende do Rio Grande do Norte ao sul da Bahia. Foi o primeiro espao agrcola a ser ocupado na regio, com a cultura da cana-de-acar, que l encontrou condies naturais favorveis sua expanso (como o frtil solo argiloso de massap e o clima tropical, muito mido). Predominam as grandes propriedades e a monocultura voltada para o mercado externo, particularmente nas reas produtoras de cana-de-acar ainda hoje o principal produto da regio , de maior expresso em Pernambuco. importante ressaltar tambm a produo de cacau no sul da Bahia e o Recncavo Baiano, 3 maior rea de extrao de petrleo do pas.
AGRESTE
Constitui uma faixa paralela costa, entre a Zona da Mata e o Serto (a leste do topo da chapada de Borborema), menos mida que a primeira. Dominam as pequenas propriedades policultoras, dedicadas, sobretudo produo de gneros alimentcios: milho, mandioca, feijo, batata, frutas, caf, fava etc. Planta-se tambm algodo e sisal ou agave (fibra txtil). O Agreste apresenta importantes centros urbanos como Caruaru (PE), Campina Grande (PB) e Feira de Santana (BA).
SERTO
O serto, uma extensa rea de clima semi-rido, chega at o litoral, nos estados do Rio Grande do Norte e do Cear. As atividades agrcolas sofrem grande limitao, pois os solos so rasos e pedregosos e as chuvas, escassas e mal distribudas. A vegetao tpica a caatinga. O rio So Francisco a nica fonte de gua perene. a rea das mais baixas densidades demogrficas e de economia baseada na agricultura e pecuria.
O SERTO AGORA ASSIM
Num bom pedao do serto nordestino, o cenrio est mudando. Numa rea formada pelas zonas do cerrado nordestino do Maranho, do Piau, e da Bahia , culturas de soja, milho e algodo cada vez mais se misturam paisagem. Apelidada de MAPITOBA (nomenclatura que indica as iniciais dos trs estados nordestinos mais Tocantins) por alguns e BAMATOPI por outros, a regio j responde por 10% da soja produzida no pas e desponta como uma das maiores potncias no agronegcio. Com 2 milhes de habitantes, esse pedao do Brasil ainda apresenta um PIB modesto: 6 bilhes de dlares, equivalente ao de Belm. Mas a gerao de riquezas est se acelerando. Os produtores de gros estabelecidos h mais tempo so migrantes do Centro-Sul do Brasil, em sua maioria gachos e paranaenses. A eles se somou recentemente uma leva de investidores estrangeiros e empresas do agronegcio. Foram eles que fizeram 70% das aquisies de terras na regio em 2008. A estimativa conservadora que a economia do MAPITOBA esteja crescendo taxa de 10% ao ano. A expanso desordenada, algo muito visvel em Balsas, cidade com 80 mil habitantes no sul do Maranho. (...), fundada em 1918 como entreposto de negcios do serto. (...) Em 2000 a regio comeou de fato a deslanchar. Hoje, quem percorre a rodovia BR- 230, no sul do Maranho, v bolses de produo agrcola entremeando extenses com vegetao de cerrado. Balsas catica e paradoxal. Ao mesmo tempo em que boa parte das ruas no asfaltada e a telefonia celular ainda precria, um hipermercado e um restaurante japons so cones da chegada da modernidade. Enquanto bairros velhos estampam a pobreza, casas elegantes e jardins bem cuidados surgem em outros cantos (...). A movimentao de empresas abastecidas com dinheiro estrangeiro grande na regio. A Agrinvest, controlada pelo fundo americano Ridgefield Capital, comprou ano passado 20 mil hectares e arrendou mais 43 mil para produzir gros ao sul de Balsas. Fabiane Stefano. O serto agora assim. Exame, 09/07/2009.
CIDADES PLOS DE ATRAO
Fonte: http://portalexame.abril.com.br
O POLGONO DAS SECAS
Fonte: INPE
O Polgono das Secas compreende a rea do Nordeste brasileiro reconhecida pela legislao como sujeita repetidas crises de prolongamento das estiagens e, conseqentemente, objeto de especiais providncias do setor pblico. Constitui-se o Polgono das Secas de diferentes zonas geogrficas, com distintos ndices de aridez. Em algumas delas o balano hdrico acentuadamente negativo, onde somente se Profs.: Italo Trigueiro / Joanilson Jr. GEOGRAFIA DO NORDESTE BNB
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desenvolve a caatinga hiperxerfila sobre solos delgados. Em outras, verifica-se balano hdrico ligeiramente negativo, desenvolvendo-se a caatinga hipoxerfila. Existem tambm reas no Polgono, de balano hdrico positivo e presena de solos bem desenvolvidos. Contudo, na rea delimitada pela poligonal, ocorrem, periodicamente, secas anmalas que se traduzem na maioria das vezes em grandes calamidades, ocasionando srios danos agropecuria nordestina e graves problemas sociais. Compreende os estados do Piau, Cear, Rio Grande do Norte, Paraba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e norte de Minas Gerais (essa rea excede a diviso poltico- administrativa do Nordeste a regio mineira mais famosa que includa no Polgono das Secas a denominada Vale do Jequitinhonha).
ESTADOS POLGONO SEMI-RIDO MARANHO -------------- ------------------ PIAU 234.084 125.692 CEAR 143.080 119.081 R.GRANDE DO NORTE 51.210 48.344 PARABA 56.972 48.502 PERNAMBUCO 90.067 85.574 ALAGOAS 14.704 13.900 SERGIPE 13.163 10.928 BAHIA 120.701 392.955 NORTE DE MINAS GERAIS 57.530 ------------------ Fonte: IBGE
O Polgono das Secas foi criado pela Lei n 175, de 7 de janeiro de 1936 e posteriormente teve complementado o seu traado pelo decreto-lei n 9.857, de 13 de setembro de 1946. Pela Constituio de 1946, Art. 198, Pargrafos 1 e 2, foi regulamentada e disciplinada a execuo de um plano de defesa contra os efeitos da denominada seca do Nordeste. A Lei n 1.004, de 24 de dezembro de 1949 regulamentou as alteraes constantes na Lei Maior, entretanto no foi alterada a rea do Polgono. Desde o Imprio, o governo brasileiro adota uma postura de combate aos efeitos da seca, valendo-se da construo de audes para represar os rios locais e, assim, conseguir reservatrios de gua para tornar perenes os rios temporrios. Em 1909, foi criada a Inspetoria de Obras contra as Secas (IOCS) que mais tarde transformou-se em DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra a Seca). A primeira iniciativa desenvolvida pelo IOCS foi realizar estudos climticos, geolgicos, hidrolgicos, geomorfolgicos e botnicos sobre a regio e, em seguida desenvolver uma poltica de construo de reservatrios, para acumular gua nos anos chuvosos.
DNOCS 100 ANOS
Dentre os rgos regionais, o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas DNOCS, se constitui na mais antiga instituio federal com atuao no Nordeste. Criado sob o nome de Inspetoria de Obras Contra as Secas IOCS atravs do Decreto 7.619 de 21 de outubro de 1909 editado pelo ento Presidente Nilo Peanha, foi o primeiro rgo a estudar a problemtica do semi-rido. O DNOCS recebeu ainda em 1919 (Decreto 13.687), o nome de Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas IFOCS antes de assumir sua denominao atual, que lhe foi conferida em 1945 (Decreto-Lei 8.846, de 28/12/1945), vindo a ser transformado em autarquia federal, atravs da Lei n 4229, de 01/06/1963. Sendo, de 1909 at por volta de 1959, praticamente, a nica agncia governamental federal executora de obras de engenharia na regio, fez de tudo. Construiu audes, estradas, pontes, portos, ferrovias, hospitais e campos de pouso, implantou redes de energia eltrica e telegrficas, usinas hidroeltricas e foi, at a criao da SUDENE, o responsvel nico pelo socorro s populaes flageladas pelas cclicas secas que assolam a regio. Chegou a se constituir na maior "empreiteira" da Amrica Latina na poca em que o Governo Federal construa, no Nordeste, suas obras por administrao direta tendo marcado com a sua presena, praticamente, todo o solo nordestino. Alm de grandes audes, como Ors, Banabui, Araras, podemos registrar a construo da rodovia Fortaleza-Braslia e o incio da construo da barragem de Boa Esperana. Fonte: www.dnocs.gov.br/
MEIO NORTE
Formada pelos estados do Piau e Maranho, uma rea de transio entre o Serto e a Amaznia. Os ndices de pluviosidade so elevados na poro oeste e diminuem em direo ao leste e sul. Encerra a Zona dos Cocais, rea de vegetao peculiar, caracterizada por extensos babauais.
ECONOMIA
O Nordeste vem apresentando um crescimento econmico acelerado nos ltimos anos. A guerra fiscal implementada pelos estados tm atrado inmeras novas indstrias paras a regio, como por exemplo a Ford, na Bahia, e a Grendene e a Schincariol, no Cear. Na regio destaca-se ainda a produo petrolfera nos estados da Bahia, rea do Recncavo Baiano, e no Rio Grande do Norte, em cidades como Mossor.
TURISMO
O turismo aparece como uma das principais atividades econmicas da regio, o grande nmero de cidades litorneas com belssimas praias contribui para o desenvolvimento da atividade turstica. Os investimentos governamentais evidenciam esse potencial turstico, como podemos observar na tabela abaixo:
ESTADOS VALOR EM MILHES (prodetur + iniciativa privada) PRINCIPAIS AES BA R$ 500 Costa do Sauipe CE R$ 160 Costa do Sol SE R$ 298 Plo S.Cristovo - Plo Litoral Sul Plo Litoral Norte. MA R$ 74 So Lus AL R$ 71 Costa Dourada PE R$ 68,1 Plo Guadalupe PB R$ 349 Plo Cabo Branco PI R$ 54 Costa do Delta RN R$ 47 Costa das Dunas TOTAL R$ 900 ----------------------- Fonte: BNDES, 2005.
Os investimentos aplicados por programas como o PRODETUR-NE (Programa de Desenvolvimento do Turismo) objetivam melhorar a infraestrutura turstica (saneamento, transporte, urbanizao e outros) alm de implantar projetos de proteo ambiental e de alguns patrimnios histrico-culturais. O PRODETUR-NE investiu entre 1995 e 2003 cerca de 900 milhes de reais GEOGRAFIA DO NORDESTE BNB Profs.: Italo Trigueiro / Joanilson Jr.
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nos nove estados. Esses recursos so oriundos do BID e tm como rgo executor o BNB.
O PRODETUR/NE apresenta duas fases, a primeira fase foi realizada entre 1995 e 2003.
Fonte: Relatrio Final de Projeto do PRODETUR/NE 1.
Os estados com maior potencial turstico e infraestrutura instalada, como Bahia e Cear, receberam um volume maior de recursos para investir na atividade. O Programa prev ainda a recuperao do Patrimnio Histrico nas cidades de Aracaj, Joo Pessoa, Macei, Recife, Salvador e So Luis, alm, da recuperao de stios histricos como o de Alcntara (MA), Oeiras (PI), So Cristovo (SE) e Porto Seguro/Trancoso (BA).
TURISMO SEXUAL
De acordo com a OIT (Organizao Internacional do Trabalho), as desigualdades sociais da regio combinadas com o desenvolvimento do turismo provocam tambm efeitos negativos: a explorao de crianas e adolescente e o turismo sexual (prostiturismo) com destaque para Fortaleza e Recife , alm do trfico de mulheres, principalmente em Pernambuco e no Maranho.
DEMOGRAFIA
A populao a segunda maior do pas, com mais de 50 milhes de habitantes e cerca de 29% do total do pas. A maior parte desta populao, cerca de 70%, localiza-se na zona litornea, que representa apenas 20% do territrio da regio, evidenciando a desigual distribuio populacional da rea. As maiores cidades nordestinas, em termos populacionais, so: Salvador, Fortaleza, Recife, So Lus, Macei, Teresina, Natal, Joo Pessoa, Jaboato dos Guararapes, Feira de Santana, Aracaju, Olinda, Campina Grande, Caucaia, Paulista, Vitria da Conquista, Caruaru e Petrolina. Todos esses municpios possuem mais de 250 mil habitantes, segundo as listas de municpios de estados do Nordeste por populao. As maiores densidades situam-se prximo ao litoral, na Zona da Mata, Recncavo Baiano, sul da Bahia e Regies Metropolitanas, alm das reas midas, denominadas regionalmente de brejos. Em reas como centro-sul do Piau, oeste de Pernambuco e parte da Bahia (serto central) as densidades so as menores da regio. A expectativa de vida na regio de 70,1 anos, isso faz com que a regio tenha uma mdia bem abaixo da brasileira que de 76,3 anos. Outro ndice que evidencia os contrastes dentro do territrio brasileiro a mortalidade infantil. Enquanto no Sul a mortalidade de 15,6 para cada mil nascidos, a do Nordeste chega prximo dos 35 de acordo com os dados do IBGE (2008).
POPULAO NORDESTINA 2009*
ESTADOS POPULAO MARANHO 6.367.138 PIAU 3.145.325 CEAR 8.547.809 R.GRANDE DO NORTE 3.137.541 PARABA 3.769.977 PERNAMBUCO 8.810.256 ALAGOAS 3.156.108 SERGIPE 2.019.679 BAHIA 14.637.364 IBGE, 2009. Estimativa
MIGRAO
No Brasil, o preconceito por origem geogrfica marca, especialmente, os nordestinos. Este preconceito se expressa, por exemplo, atravs dos esteretipos do baiano e do paraba, denominaes que so usadas genericamente em So Paulo e no Rio de Janeiro, respectivamente, para se referirem aos migrantes vindos da regio Nordeste. JNIOR, Durval Muniz de Albuquerque. Preconceito contra a origem geogrfica e de lugar. As fronteiras da discrdia. So Paulo: Cortez, 2007, p. 89.
No primeiro censo demogrfico, o Nordeste era a regio mais populosa do pas, com cerca de 4,6 milhes de habitantes, quase metade da populao brasileira. No censo de 1890, o Sudeste superou a regio Nordeste. No sculo XIX a migrao rumo a regio Norte do pas, devido ao ciclo da borracha, foi a de maior intensidade. J no sculo XX o principal fator atrator foi a construo de Braslia, intensificando os fluxos para as regies Sudeste e Centro-Oeste.
URBANIZAO
REGIES % DE URBANIZAO Norte 78 Nordeste 72,4 Centro-Oeste 87,7 Sudeste 92,1 Sul 83,8 Fonte: IBGE
A concentrao da populao urbana passou de 60,6% no incio dos anos 90 para 72,4% em 2008, o que coloca a regio na ltima posio em relao as outras regies do pas. PLOS DE TURISMO 1. So Luis (MA). 2. Costa do Delta (PI). 3. Cear Costa do Sol (CE). 4. Costa das Dunas (RN). 5. Costa das Piscinas (PB). 6. Costa dos Arrecifes (PE). 7. Costa Dourada (AL). 8. Costa dos Coqueiros (SE). 9. Salvador e Entorno (BA). 10. Litoral Sul (BA). 11. Costa do Descobrimento (BA). 12. Chapada Diamantina (BA). Profs.: Italo Trigueiro / Joanilson Jr. GEOGRAFIA DO NORDESTE BNB
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No que se refere hierarquia das cidades nordestinas, as trs metrpoles nacionais localizam-se no litoral: Salvador, Fortaleza e Recife. As demais capitais so consideradas centros regionais, assim como: Petrolina, em Pernambuco, Ilhus, Itabuna, Feira de Santana e Juazeiro, na Bahia. Existem ainda centros urbanos de primeira grandeza, como Campina Grande, Crato e Juazeiro do Norte, Vitria da Conquista, Caruaru, Mossor e Imperatriz, respectivamente nos estados da Paraba, Cear, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Maranho.
Fonte: ALBUQUERQUE, Roberto Cavalcanti de. Amaznia e Nordeste: oportunidades de investimentos. Rio de Janeiro: INAE, 2008, p. 26.
Entre as regies metropolitanas da regio Nordeste podemos destacar a de Fortaleza, a que mais cresce na regio, a de Recife, que se consolida como centro de pesquisas eletroeletrnicas, e a de Salvador, como sendo ainda a principal Regio Metropolitana do Nordeste.
REGIES METROPOLITANAS 4 DO NORDESTE
As regies metropolitanas foram criadas pelo IBGE nos anos 1970 e depois includas na Constituio de 1988, que as tirou da esfera federal e deu autonomia aos estados para estabelecerem alteraes e criaes de suas reas metropolitanas. Entre as capitais nordestinas, somente Teresina no apresenta regio metropolitana, alm das capitais, existem ainda 4 regies metropolitanas no interior do Nordeste, nos estados do Maranho, Paraba, Cear e Alagoas.
Salvador (13 municpios) Salvador (sede); Camaari; Candeias; Dias dvila; Itaparica; Lauro de Freitas; Madre de Deus; Mata de So Joo; Pojuca; So Francisco do Conde; So Sebastio do Pass; Simes Filho; Vera Cruz.
4 REGIO METROPOLITANA: Conjunto de municpios contguos/vizinhos ou espacialmente interligados e integrados socioeconomicamente a uma cidade central, com servios pblicos e infra-estrutura comuns.
Fonte: IBGE, Contagem da Populao 2007. Rio de Janeiro: IBGE, 2008.
Segundo o IBGE (2009), a Grande Salvador apresenta uma rea territorial de 4.375,123 km, uma populao total de 3.866.004 habitantes e uma densidade demogrfica de aproximadamente 900 hab./km. O destaque econmico desta regio metropolitana e o centro industrial de Aratu e o plo petroqumico de Camaari, alem de importantes vias tais como o aeroporto internacional de Salvador e os portos de Aratu e Salvador.
Recife (14 municpios) Recife (sede); Abreu e Lima; Araoiaba; Cabo de Santo Agostinho; Camaragibe; Igarassu; Ipojuca; Itamarac; Itapissuma; Jaboato dos Guararapes; Moreno; Olinda; Paulista; So Loureno da Mata.
Fonte: IBGE, Contagem da Populao 2007. Rio de Janeiro: IBGE, 2008.
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Criada em 1973, foi uma das primeiras regies metropolitanas a ser formada no Brasil. De acordo com o IBGE (2009), a regio metropolitana de Recife conta com uma rea de 2.768,54 km, uma populao total de 3.768.902 habitantes e uma densidade demogrficas de 1.361,37 hab./km. a segunda maior aglomerao urbana do nordeste e a sexta do pas. O ponto alto da economia no momento o inicio da construo de plo petroqumico. Sua rea de influencia abrange todo o Pernambuco, alm dos estados de Alagoas, Paraba e Rio Grande do Norte. Alm do interior dos estados do Piau e Bahia.
Segundo o IBGE (2009), a Grande Fortaleza apresenta uma rea territorial de 5.785,822 km, uma populao total de 3.655.259 habitantes e uma densidade demogrfica de aproximadamente 631 hab./km. A RMF hoje a segunda maior regio metropolitana do Nordeste e a sexta do Brasil, tendo como rea de influncia todo o estado do Cear, o oeste do Rio Grande do Norte, o centro-norte do Piau, o leste do Maranho e a regio da divisa Cear/Pernambuco. Na regio metropolitana de Fortaleza, destaca-se a a indstria txtil, de bebidas, flores e mais recentemente os plos agropecurios. Fortaleza apresenta ainda importante porto e aeroporto internacional, patente vocao turstica, alm de outras atividades. O Porto do Pecm, construdo no municpio de So Gonalo do Amarante, abrigar um complexo industrial baseado na Siderrgica do Cear. Os investimentos permitiro a expanso da economia da regio metropolitana de modo mais equilibrado. O turismo e a expanso imobiliria so os principais mercados dos municpios com litoral (So Gonalo, Caucaia e Aquiraz). Existem projetos de resorts e complexos tursticos nestes litorais, os quais, a se concretizarem, podero melhorar o equilbrio destas cidades com relao a Fortaleza.
Cariri (9 municpios) Juazeiro do Norte; Crato; Barbalha; Cariria; Farias Brito; Nova Olinda; Jardim; Santana do Cariri; Misso Velha.
Fonte: www.cidades.ce.gov.br
Regio criada no ano de 2009, que tem como destaque a rea de conurbao entre Juazeiro, Crato e Barbalha, o CRAJUBAR, que dividem a sede da regio metropolitana.
Macei (11 municpios) Macei (sede); Barra de Santo Antnio; Barra de So Miguel; Coqueiro Seco; Marechal Deodoro; Messias; Paripueira; Pilar; Rio Largo; Santa Luzia do Norte; Satuba.
Fonte: IBGE, Contagem da Populao 2007. Rio de Janeiro: IBGE, 2008.
De acordo com o IBGE (2009) a regio metropolitana de Macei apresenta uma rea de 1.134,122 km, uma populao total de 1.160.393 habitantes e uma densidade demogrficas de 574,8 hab./km.
Agreste (20 municpios) Arapiraca (sede); Campo Grande; Coit do Nia; Crabas; Feira Grande; Girau do Ponciano; Igaci; Junqueiro; Lagoa da Canoa; Limoeiro de Anadia; Olho Dgua Grande; So Sebastio; Taquarana; Traipu; Palmeira dos ndios; Estrela de Alagoas; Belm; Tanque dArca; So Brs; Jaramataia.
Essa regio metropolitana foi criada no ano de 2009. Apresenta uma rea de aproximadamente 5.000 km e uma populao que ultrapassa os 600 mil habitantes.
Natal (09 municpios) Natal (sede), Cear-Mirim; Extremoz; Macaba; Monte Alegre; Nsia Floresta; Parnamirim; So Gonalo do Amarante e So Jos do Mipibu.
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Formada por nove municpios, a Regio Metropolitana de Natal apresenta-se como uma das regies de maior dinamismo econmico e social do Rio Grande do Norte. Do ponto de vista da urbanizao, apresenta uma acentuada diferena, pois a populao rural de alguns municpios superior populao urbana. A regio metropolitana corresponde a 5,16% do territrio estadual abrangendo uma superfcie de 2.719,574 km. Sua populao atingiu 1.312.123 habitantes (isto j representa mais de 40% da populao do Rio Grande do Norte) com densidade demogrfica de 482,47 hab./km. (IBGE, 2009)
So Lus (04 municpios) - So Luis (sede), Pao do Lumiar; Raposa; So Jos de Ribamar.
Fonte: IBGE, Contagem da Populao 2007. Rio de Janeiro: IBGE, 2008.
A regio metropolitana de So Lus possui uma economia diversificada. Destacam-se a grande usina de alumnio (Alumar), segunda maior do pas, a usina de ferro da Vale (ex-Vale do Rio Doce), o complexo porturio da ilha formado pelos terminais de Itaqui, Ponta da Madeira e Alumar, sendo um porto muito profundo e capaz de receber navios de grande calado. Nos demais municpios destacam-se atividades primrias como agricultura, pesca, extrativismo vegetal e explorao mineral. A infraestrutura da ilha conta com um aeroporto de mdio porte (Marechal Cunha Machado), o porto do Itaqui, j mencionado, o terminal rodovirio de So Lus, estao ferroviria, e dois terminais para barcos de passageiros, um em So Lus o outro em So Jos de Ribamar. Fica sediado na regio metropolitana de So Lus o centro de operaes do CLA (Centro de Lanamento de Foguetes de Alcntara). De acordo com o IBGE (2008) a regio metropolitana de So Lus apresenta uma rea de 1.410,015 km, uma populao total de 1.211.270 habitantes e uma densidade demogrficas de 859 hab./km.
Sudoeste Maranhense (8 municpios) Imperatriz (sede); Joo Lisboa; Buritirana; Senador La Rocque; Davinpolis; Governador Edison Lobo; Montes Altos; Ribamar Fiquene. Foi criada no ano de 2005. A populao total estimada para 2009 de 334.899 habitantes de acordo com o IBGE.
Joo Pessoa (9 municpios) Joo Pessoa (sede); Bayeux; Cabedelo; Conde; Cruz do Esprito Santo; Lucena; Mamanguape; Rio Tinto; Santa Rita; Alhandra; Pitimbu; Caapora. Criada no ano de 2003, a Regio Metropolitana de Joo Pessoa apresenta uma rea de 2.741,923 km e rene cerca de um tero da populao paraibana. Tem como destaque o porto de Cabedelo, que a principal via de exportao e importao do estado.
Campina Grande (23 municpios) Campina Grande (sede); Lagoa Seca; Barra de Santana; Caturit; Gado Bravo; Pocinhos; Matinhas; Serra Redonda; Aroeiras; Queimadas; Boqueiro; Esperana; Puxinan; Ing; Riacho do Bacamarte; Fagundes; Boa Vista; Montadas; Massarandura; Alagoa Nova; Areial; So Sebastio de Lagoa de Roa; Itatuba. Foi criada no ano de 2009 e possui cerca de 690 mil habitantes distribudos em uma rea de 4.974,123 km. A RMCG a maior regio metropolitana do interior nordestino.
Aracaju (4 municpios) Aracaju (sede); So Cristovo; Barra dos Coqueiros e Nossa Senhora do Socorro. Foi criada em 1995 e possui uma populao em torno de 795 mil habitantes de acordo com a estimativa do IBGE (2009).
RECURSOS NATURAIS DO NORDESTE
A natureza fornece-nos todos os recursos naturais de sobrevivncia, isto , todos os meios materiais de existncia. O homem, atravs do seu trabalho, transforma os recursos naturais em riquezas, ou seja, em produtos necessrios ao ser humano. Podemos classificar os recursos naturais em renovveis e no-renovveis.
Renovveis: aqueles que, uma vez utilizados pelo homem, regeneram-se espontaneamente ou atravs de prticas conservacionistas: Ex.: gua, ar, sol, solo, etc. No-Renovveis: aqueles que, uma vez esgotados, no mais se regeneram. Ex.: carvo mineral, ferro, petrleo.
RECURSOS MINERAIS
Entre as produes minerais do Nordeste, a de cloreto de sdio (sal) destaca-se como a mais importante. As maiores produes so oriundas do Rio Grande do Norte, cerca de 60% da produo nacional. Alm do sal marinho destacaremos ainda: Caulim (CE/PB/PE), Cobre (BA), Chumbo (BA), Ferro (BA/CE), Fosforita (RN/PE), Gipsita (RN/PB/PE/BA), Mangans (PE), Tungstnio (RN) e Urnio (CE).
AGRONEGCIO
As ltimas dcadas foram fundamentais para o desenvolvimento da agricultura nordestina. Atualmente diversos projetos de fruticultura irrigada para a exportao instalam-se em inmeros pontos do Nordeste. Petrolina e Juazeiro, so as reas tradicionais de cultivo de cereais e regies como o Vale do Rio Au, no Rio Grande do Norte, formam o novo nordeste empreendedor. O estado da Bahia o principal produtor agrcola da regio, ele responde por 96,2% da produo de caf, 61,6% da produo de soja, 41,3% da produo de feijo e 41, 3% da produo de milho do Nordeste. O estado do Maranho o responsvel pela maior produo de arroz do Nordeste brasileiro. O estado da Paraba o maior produtor de abacaxi e a Bahia o maior produtor de mamo da regio.
GEOGRAFIA DO NORDESTE BNB Profs.: Italo Trigueiro / Joanilson Jr.
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MOVIMENTO DA PRODUO DO AGRONEGCIO PELAS ESTRADAS FEDERAIS E PORTOS
Fonte: Litoral e Serto: natureza e sociedade no nordeste brasileiro.
RECURSOS VEGETAIS
Carnaba: utilizado na produo de cera, aplicao industrial: lubrificantes, vernizes, sabonetes, velas, leo, madeira, medicamentos, folhas, coberturas, etc. (encontrado nos estados do CE, RN, PI, MA). Babau: leo comestvel, celulose, rao animal, lcool, combustvel, perfumes, bebidas, etc. (MA 75% da produo). Castanha de Caju: leo comestvel, doces, alimentos, etc. (CE-RN). Caro: cordas, barbantes, tecidos. (PE); Lucuri: esteiras, doces, refrescos (fibras e frutos). (BA). Oiticica: oliaginosa. (CE). Piaava: escovas, vassouras. (BA).
A produo de flores vem apresentando desenvolvimento acentuado e em generosa expanso, principalmente a partir dos anos 1990. Os quatro principais produtores so Bahia, Pernambuco, Cear e Alagoas. Com o direcionamento de investimentos observa-se o crescimento de atividades importantes para o desenvolvimento da regio.
Cultivo de flores do Campo da empresa Flora Fogaa, em So Benedito (CE), na Serra da Ibiapaba.
PRINCIPAIS AGROPLOS DO NORDESTE
PLOS CARACTERSTICAS Sul do Maranho Culturas mecanizadas de soja, milho, arroz e feijo Piau (Uruu-Gurguia) Culturas mecanizadas de soja, milho, arroz e feijo Oeste da Bahia Setor de gros entre o semi-rido e o cerrado. Plo Jaguaribe-A-Mossor No Cear apresenta culturas diversificadas. Oeste do RN (plo fruticultura) destaque para melo e manga. Plo Cearense Cariri Milho, feijo, banana. Plo Petrolina-Juazeiro Situado no mdio so Francisco o maior complexo agroindustrial do Nordeste, destaque para as frutas para exportao in natura ou para processamento local destaque: uva, banana, coco, goiaba e manga. Plo da Bacia Leiteira de Sergipe Situado no agreste, esse plo um verdadeiro exemplo da modernizao rural. Formado por cerca de 2,5 mil criadores de gado de leite. Essa bacia leiteira o maior centro produtor de leite e laticnios do Nordeste.
TRANSPORTES NORDESTE
A malha viria da regio tem aproximadamente 400.000 km de rodovias que, em geral, esto sucateadas, com poucas excees. As principais vias de escoamento e transporte rodovirio so a BR-116 (Rodovia Santos Dumont) e a BR-101. Apesar de seu sistema ferrovirio ser precrio, suas cidades mais importantes dispem de adequada estrutura aeroporturia, sendo os aeroportos de Recife, Salvador e Fortaleza os principais destaques, recebendo milhes de turistas anualmente, oriundos principalmente da Europa e Estados Unidos.
PRINCIPAIS RODOVIAS DO NORDESTE
Fonte: Ministrio dos Transportes.
PRINCIPAIS PORTOS
Fonte: Ministrio dos Transportes.
1. Plo sul do Maranho (MA). 2. Plo Uruu-Gurguia (PI). 3. Plo Cariri Cearense (CE). 4. Plo Baixo Jaguaribe (CE). 5. Plo Au-Mossor (RN). 6. Plo Alto Piranhas (PB). 7. Plo Petrolina-Juazeiro (PE- BA). 8. Plo da Bacia Leiteira de Alagoas (AL). 9. Plo Sul de Sergipe (SE). 10. Plo Oeste Baiano (BA). Profs.: Italo Trigueiro / Joanilson Jr. GEOGRAFIA DO NORDESTE BNB
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PRINCIPAIS FERROVIAS DO NORDESTE
A Companhia Ferroviria do Nordeste ficou responsvel pela Malha Nordeste da RFFSA em 1997. Em 2008, esse grupo que administrado pela CSN alterou sua razo social para Transnordestina Logstica S/A.
ESTRADA DE FERRO CARAJS-ITAQUI
No dia 28 de fevereiro de 1985, era inaugurada a Estrada de Ferro Carajs, pertencente e diretamente operada pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), na regio Norte do pas, ligando o interior ao principal porto da regio, em So Lus. Com seus 892 quilmetros de linha singela, 73% de sua extenso em linha reta e 27% em curva, de excelentes condies tcnicas, a EFC uma das ferrovias com melhores ndices de produtividade do mundo. A Estrada de Ferro Carajs foi concebida para dar maior produtividade aos trens de minrio e hoje tem um dos centros de controle mais modernos do mundo, que possui um sistema integrado baseado em uma rede de telecomunicaes por fibra tica. A velocidade mxima durante o trfego de 80km/h com o trem vazio e 75km/h com o trem carregado e no percurso existem 347 curvas. A EFC conta hoje com 5.353 vages e 100 locomotivas. Conecta-se Companhia Ferroviria do Nordeste (CFN), Ferrovia Norte-Sul, Terminal Martimo de Ponta da Madeira (So Lus-MA), Porto de Itaqui (So Lus- MA), alm de beneficiar-se da integrao da sua malha com a estrutura de logstica da Vale, que conta com mais duas ferrovias, oito portos, servios de navegao costeira e armazns, o que possibilita a composio de inmeras solues intermodais para os clientes. Nos seus quase 20 anos de existncia, alm de minrio de ferro e mangans, tm passado pelos seus trilhos, anualmente, cerca de 5 milhes de toneladas de produtos como madeira, cimento, bebidas, veculos, fertilizantes, combustveis, produtos siderrgicos e agrcolas, com destaque para a soja produzida no sul do Maranho, Piau, Par e Mato Grosso. Fonte: www.transportes.gov.br
TRANSNORDESTINA
A Nova Transnordestina, que integrar sete estados do Nordeste, ter trens transportando 11 vezes mais do que as mquinas atuais, o que elevar a capacidade de escoamento, consumindo 80% menos combustvel e reduzindo em quatro vezes o custo operacional. A ferrovia deve escoar a produo agrcola do Norte e Nordeste, parte carente de logstica de transporte, para os portos do Pecm (CE) e de Suape (PE). A cidade de Misso Velha o marco zero do projeto em direo a Salgueiro (PE), num trecho de 110km, dos 1.860 previstos. A construo dos outros trs trechos da ferrovia Eliseu Martins (PI), a Araripina (PE), com 400km; Araripina a Salgueiro, com 210km; Salgueiro a Suape, com 483km; e Misso Velha a Pecm, com 622km tambm faz parte do projeto original.
PRINCIPAIS AEROPORTOS
SUDENE
A Superintendncia de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE) uma entidade de fomento econmico-desenvolvimentista, destinada a promover solues scio-econmicas regio Nordeste do Brasil. Criada originalmente pela lei 3.692 de 1959, o rgo foi idealizado no governo do presidente Juscelino Kubitscheck, tendo frente o economista Celso Furtado. Em 2001 o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso decidiu extinguir a SUDENE, atribuindo o ato a estrutura da estatal, em substituio ao rgo criada a ADENE (Agncia de Desenvolvimento do Nordeste). O presidente Luiz Incio Lula da Silva recria a SUDENE no ano de 2007 ligada ao Ministrio da Integrao Nacional. No dia 17 de fevereiro de 1959, no salo do Palcio do Catete, parlamentares, ministros, governadores do Nordeste e D. Helder Cmara, sentaram-se em torno de uma grande mesa tendo, um em cada cabeeira, o presidente Juscelino Kubitschek e Celso Furtado. Era o lanamento da Operao nordeste, a nova poltica que o governo implantaria na regio problema onde a seca, no ano anterior, deixara meio milho de flagelados. Para JK, a Meta 31, como ento foi chamada a Operao, chegava tarde mas demonstrava que ele tinha enfim um plano para o Nordeste, tratado at ento, se comparado com a acelerada construo de Braslia e o boom industrial do Centro-Sul, como o filho enjeitado. Para Celso, era o ponto de chegada do percurso iniciado em setembro de 1958: a volta ao Brasil, o desligamento da CEPAL, a diretoria do BNDE, o encontro com JK no palcio Rio Negro, o trabalho, feito em tempo recorde, sobre o Nordeste. O ponto de chegada logo se transformaria em ponto de partida de uma fecunda trajetria,levando-o a concretizar a ideia acariciada por muitos anos de um dia contribuir de forma decisiva para mudar o Nordeste. Na cerimnia do Catete, o presidente tambm assinou mensagem ao Congresso encaminhando projeto de lei para a criao de nova agncia, a Superintendncia de GEOGRAFIA DO NORDESTE BNB Profs.: Italo Trigueiro / Joanilson Jr.
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Desenvolvimento do Nordeste, e um decreto instituindo o Conselho de Desenvolvimento do Nordeste, que, com sede no Recife, implantaria a nova poltica enquanto a lei no fosse aprovada. FURTADO, Rosa Freire dAguiar. A batalha da SUDENE. In: Arquivos Celso Furtado. O Nordeste e a saga da SUDENE 1958-1964. Rio de Janeiro: Contraponto, 2009.
O BANCO DO NORDESTE E O DESENVOLVIMENTO DA REGIO
O Banco do Nordeste do Brasil S.A. (BNB) uma instituio financeira mltipla criada pela Lei Federal n 1649, de 1952, e organizada sob a forma de sociedade de economia mista, de capital aberto, tendo mais de 90% de seu capital sob o controle do Governo Federal. Com sede na cidade de Fortaleza, estado do Cear, o Banco atua em cerca de 2 mil municpios, abrangendo os nove estados da Regio Nordeste (Maranho, Piau, Cear, Rio Grande do Norte, Paraba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia), o norte de Minas Gerais (incluindo os Vales do Mucuri e do Jequitinhonha) e o norte do Esprito Santo. Maior instituio da Amrica Latina voltada para o desenvolvimento regional, o BNB opera como rgo executor de polticas pblicas, cabendo-lhe a operacionalizao de programas como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) e a administrao do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), principal fonte de recursos operacionalizada pela Empresa. Alm dos recursos federais, o Banco tem acesso a outras fontes de financiamento nos mercados interno e externo, por meio de parcerias e alianas com instituies nacionais e internacionais, incluindo instituies multilaterais, como o Banco Mundial (BIRD) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O BNB responsvel pelo maior programa de microcrdito da Amrica do Sul e o segundo da Amrica Latina, o Credi Amigo, por meio do qual o Banco j emprestou mais de R$ 3,5 bilhes a microempreendedores. O BNB tambm opera o Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste (PRODETUR/NE), criado para estruturar o turismo da Regio com recursos da ordem de US$ 900 milhes. So clientes do BNB os agentes econmicos e institucionais e as pessoas fsicas. Os agentes econmicos compreendem as empresas (micro, pequena, mdia e grande empresa), as associaes e cooperativas. Os agentes institucionais englobam as entidades governamentais (federal, estadual e municipal) e no-governamentais. As pessoas fsicas compreendem os produtores rurais (agricultor familiar, mini, pequeno, mdio e grande produtor) e o empreendedor informal. O BNB exerce trabalho de atrao de investimentos, apia a realizao de estudos e pesquisas com recursos no-reembolsveis e estrutura o desenvolvimento por meio de projetos de grande impacto. Mais que um agente de intermediao financeira, o BNB se prope a prestar atendimento integrado a quem decide investir em sua rea de atuao, disponibilizando uma base de conhecimentos sobre o Nordeste e as melhores oportunidades de investimento na Regio.
TURISMO
O Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste (PRODETUR/NE) um programa de crdito para o setor pblico (estados e municpios) que foi concebido tanto para criar condies favorveis expanso e melhoria da qualidade da atividade turstica na regio Nordeste, quanto para melhorar a qualidade de vida das populaes residentes nas reas beneficiadas. O PRODETUR/NE financiado com recursos do BID e tem o Banco do Nordeste como rgo executor. A rea de abrangncia do PRODETUR/NE compreende os nove estados nordestinos, alm do norte de Minas Gerais e do Esprito Santo, onde sua atuao ocorre por meio do financiamento de obras de infraestrutura (saneamento, transportes, urbanizao e outros), projetos de proteo ambiental e do patrimnio histrico e cultural, projetos de capacitao profissional e fortalecimento institucional das administraes de estados e municpios. O programa foi desenvolvido a partir de estudos encomendados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social (BNDES) no comeo da dcada de 90, para se identificar as atividades econmicas que apresentariam vantagens competitivas caso desenvolvidas na regio Nordeste. A concluso desses estudos identificou que uma das oportunidades mais viveis para a regio era o Turismo, pelo fato da Regio Nordeste apresentar recursos cnicos e culturais significativos, alm de mo-de-obra em abundncia e com custos relativamente baixos. Com isso, para financiar atividades nestas quatro reas, o BNDES inaugurou em 1994 o Programa Nordeste Competitivo (PNC). A iniciativa em turismo do PNC foi apoiada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Aps negociaes envolvendo a extinta SUDENE, o Banco do Nordeste (BNB), o BID, o ento Ministrio dos Esportes e Turismo e os estados do Nordeste, foi criado o PRODETUR/NE, cuja primeira fase foi iniciada ainda em 1994. Atualmente, o PRODETUR/NE est em sua segunda fase. Nesta, o Ministrio do Turismo (MTur) participa do Programa por meio do aporte da maior parte da contrapartida local, bem como compe o Grupo de Trabalho, juntamente com o BNB, para a anlise dos planos tursticos e projetos por ele apoiados. Busca-se, a partir da implementao do PRODETUR/NE, lanar bases para o desenvolvimento organizado e contnuo da atividade turstica na regio. Essa seo do PRODETUR/NE est organizada de modo a:
Disponibilizar informaes bsicas sobre o PRODETUR/NE-I e PRODETUR/NE-II, com descries sobre objetivos, componentes, principais resultados e situao atual de duas fases do Programa; Apresentar informaes sobre os Plos Tursticos dos estados nordestinos e do norte de Minas Gerais e do Esprito Santo e respectivos Conselhos de Turismo, associados ao desenvolvimento do PRODETUR/NE-II; Disponibilizar o Regulamento Operacional do PRODETUR/NE-II e informaes adicionais sobre o mesmo; Disponibilizar os Planos de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentvel (PDITS) dos plos tursticos envolvidos no Programa; Profs.: Italo Trigueiro / Joanilson Jr. GEOGRAFIA DO NORDESTE BNB
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Disponibilizar material adicional relacionado ao PRODETUR/NE e links para instituies relacionadas ou que interagem/interferem com o Programa; Funcionar como canal aberto e permanente para disponibilizar informaes a respeito do PRODETUR/NE e para receber contribuies/comentrios sobre este Programa, por meio do sistema Fale Conosco do Banco do Nordeste do Brasil.
O Banco do Nordeste realiza articulaes com seus diversos parceiros com atuao nas reas de inovao e difuso tecnolgica, para, juntamente com as diversas reas e projetos do Banco, conjugar esforos na busca do desenvolvimento tecnolgico regional. O desenvolvimento tecnolgico possui como uma de suas caractersticas mais marcantes a agregao de valor em larga escala, alm de criar uma presso positiva pela melhoria do nvel mdio de capacitao do agente produtivo.
CONSERVAO AMBIENTAL
Atravs da parceria com instituies governamentais e no-governamentais, a exemplo do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentvel (CEBDS), o Banco do Nordeste viabiliza na Regio, o Programa Nacional de Florestas, a Ao Empresarial Brasileira para o Desenvolvimento Sustentvel, entre outros. Para garantir sustentabilidade aos empreendimentos financiados, investe em polticas e programas de capacitao, orientando o agente produtivo regional para prticas ambientalmente corretas. A partir do Protocolo Verde, criado pela presidncia da Repblica em 1995, com a finalidade de definir diretrizes, estratgias e mecanismos operacionais para a incorporao da varivel ambiental no processo e gesto de crdito e incentivos fiscais das instituies financeiras oficiais, foi criado o Projeto Temtico de Meio Ambiente, no qual era responsvel pela sistematizao dos procedimentos do Banco do Nordeste, no que concerne s questes ambientais. Atualmente o Banco do Nordeste conta com Gerncia de Infraestrutura, Meio Ambiente e Responsabilidade Social, ligada a rea de Polticas de Desenvolvimento, cujo principal objetivo desenvolver aes inovadoras e dar suporte s diversas reas do Banco do Nordeste quanto aos aspectos ambientais, incluindo as polticas, programas, processo de crdito, aes de capacitao e relaes interinstitucionais. Como principal rgo financiador de atividades produtivas em sua rea de atuao, o Banco do Nordeste reconhece o importante papel que deve desempenhar na conservao dos recursos naturais e melhoria da qualidade ambiental da Regio, atendendo, ainda, o que prev a legislao ambiental brasileira (Lei 6938/81, Art. 12). Nesse sentido, sem perder de vista os aspectos econmicos e sociais, dispensa especial ateno dimenso ambiental de programas e projetos que objetivam o desenvolvimento sustentvel do Nordeste, norte de Minas Gerais e norte do Esprito Santo. As aes do Projeto Temtico de Meio Ambiente so desenvolvidas a partir de articulaes com as diversas reas do Banco (Direo Geral, Superintendncias Regionais, Centrais de Apoio Operacional, Agncias etc.) e por meio de parcerias com instituies governamentais, ONGs, empresas, associaes e agentes produtivos, procurando implementar medidas inovadoras no trato da questo ambiental. Esse processo possibilitou a insero da varivel ambiental no Sistema de Elaborao e Anlise de Projetos (SEAP) do Banco do Nordeste, vinculando, dessa forma, a concesso de financiamentos observncia de aspectos ambientais e apresentao das Licenas Ambientais necessrias. Este processo est em constante reviso e aperfeioamento. A Gerncia de Infraestrutura, Meio Ambiente e Responsabilidade Social responsvel pela publicao de vasto material sobre o meio ambiente, como o Manual de Impactos Ambientais, o Guia do Meio Ambiente para o Produtor Rural, os Guias de Prticas Ambientais para o Microcrdito, alm de folders e apresentaes temticas sobre diversos temas ligados questo ambiental e ao desenvolvimento sustentvel.
PARCERIAS
A Gerncia de Infraestrutura, Meio Ambiente e Responsabilidade Social atua em constante parceria com rgos ambientais locais, estaduais e nacionais, instituies governamentais e no-governamentais, visando atuar na promoo de atividades ligadas ao meio ambiente e facilitar o processo de concesso das Licenas Ambientais, de forma a torn-lo mais gil e eficaz. Dentre essas parcerias, merecem destaque:
Parceria com o Ministrio do Meio Ambiente (MMA) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis (IBAMA) para a realizao de diversas atividades, incluindo a divulgao de programas florestais no Nordeste e aes ligadas ao manejo florestal sustentvel na Regio. Parceria com o IBAMA e rgos estaduais de meio ambiente do Nordeste, objetivando facilitar o processo de licenciamento ambiental dos empreendimentos financiados pelo Banco. Fonte: www.bnb.gov.br
QUESTES PROPOSTAS
O Nordeste surgiu como unidade regional apenas a partir do ps-guerra, entretanto, considerando-se este recorte do Brasil dentro de uma perspecti va histrica, pode-se afirmar a existncia antiga de vrios nordestes com caractersticas naturais e de uso e ocupao bem diferentes entre si.
01..Sobre estas reas distintas do Nordeste brasileiro, verdadeiro afirmar que: a).o Polgono das Secas, rea dominada pelos cerrados, ocorre em relevo de depresso e planaltos e constituiu- se no nordeste produtor de alimentos para as cidades litorneas. b).o Meio-Norte, rea de transio entre os domnios semi-rido e tropical, ocorre em relevo de planaltos cristalinos e constituiu-se no nordeste produtor da cafeicultura. c).o Agreste, domnio da caatinga, ocorre em relevo preponderante de planaltos sedimentares e constituiu-se no nordeste algodoeiro-pecuarista. d).a Zona da Mata, faixa mida litornea, ocorre em relevo de plancies e tabuleiros e constituiu-se no nordeste produtor do acar e do cacau. e).o Serto, estreita faixa de transio ecolgica, ocorre em relevo de depresso sedimentar e constituiu-se no nordeste da policultura familiar.
GEOGRAFIA DO NORDESTE BNB Profs.: Italo Trigueiro / Joanilson Jr.
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Sertes de Canind: municpios do Serto de Canind esto castigados pela estiagem. H quem percorra at oito quilmetros em busca de gua para beber. A operao carro-pipa foi retomada, mas a ajuda insuficiente. Muitos agricultores perderam a safra e no tm o que comer. A paisagem de desolao. Jornal O Povo, 25/10/07.
02..O texto acima faz referncia a um problema recorrente no Nordeste brasileiro: o fenmeno das secas. Sobre o tema, assinale o item correto: a).consideradas como um fenmeno climtico anormal, as secas no podem ser entendidas como um fato social, uma vez que solues de emergncia atenuam o problema em questo. b).as reivindicaes de obras para combater os efeitos das secas no Nordeste tiveram resultados prticos, com a criao da SUDENE. c).por ser um fenmeno cclico, a atuao dos rgos pblicos permanente, estimulando prticas de convivncia no semi-rido. d).as elites regionais elaboraram um discurso competente sobre o fenmeno das secas, no permitindo que ficassem claras as ligaes entre a pobreza e as relaes de produo na regio.
03..So verdadeiras as afirmaes abaixo sobre o Nordeste brasileiro, exceto: a).a degradao generalizada dos recursos naturais renovveis em ambientes secos, semi-ridos ou submidos, implica a expanso do processo de desertificao nos sertes. b).na rea do bioma da caatinga, existem possibilidades de ocorrncia de fontes de energia oriundas do agroextrativismo. c).as serras midas esto sendo ordenadamente ocupadas em obedincia aos preceitos normativos da legislao ambiental. d).em relao ao consumo primrio de energia, as fontes mais importantes para o Nordeste so a hidroeletricidade, o petrleo e a produo de lenha e carvo.
O trao mais marcante da fisionomia do Nordeste o sofrimento. E no apenas o sofrimento do homem, mas tambm o sofrimento da terra. A terra e o homem, martirizados h sculos por uma espcie de compl de foras adversas: de foras naturais e de foras culturais.
Josu de Castro. Sete palmos de terra e um caixo: ensaio sobre o Nordeste, uma rea explosiva. So Paulo: Brasiliense, 1965, p. 38.
04..Com base na leitura de Josu de Castro sobre a geografia do Nordeste brasileiro, marque a opo incorreta: a).o texto procura, dentre outros aspectos, descrever o quanto as condies sociais da populao nordestina esto marcadas pela desigualdade e pelo agravamento da pobreza nas zonas urbanas e rurais. b).assim como no perodo de produo do referido texto, a seca continua sendo um problema social agudo no semi-rido nordestino, levando grande parte da populao de trabalhadores rurais e pequenos produtores a buscar os programas assistenciais do governo. c).desde o ano em que Josu de Castro escreveu o texto em destaque, muitas transformaes aconteceram no Nordeste, em especial o desenvolvimento da atividade industrial, o crescimento de importantes reas metropolitanas e a expanso da fronteira agrcola, com o plantio de soja e a fruticultura. d).o texto de Josu de Castro expressa bem uma realidade que perdura desde a dcada de 1960 no Nordeste brasileiro, isto , uma regio economicamente homognea, marcada inteiramente pelas agruras da seca, sempre vida por verbas pblicas, em que as tradicionais polticas compensatrias, de carter assistencialista, s contribuem para consolidar velhas estruturas socioeconmicas e polticas, perpetuadoras da misria.
Os processos tectnicos condicionam a formao das estruturas geolgicas na superfcie do nosso planeta, e as foras externas, atuando sobre estas ao longo do tempo geolgico, modelam o relevo, estabelecendo, portanto, uma relao entre estrutura e forma.
05..Marque a alternati va que apresenta uma correlao verdadeira entre as estruturas geolgicas destacadas e as unidades de relevo existentes no Nordeste brasileiro: a).sedimentar depresso sertaneja com presena de inselbergs. b).cristalina chapadas do Araripe, do Apodi e da Ibiapaba. c).sedimentar planaltos e chapadas da bacia do Parnaba. d).cristalina plancie e tabuleiros litorneos. e).sedimentar planalto da Borborema.
06..A respeito de bacias hidrogrficas, marque a opo incorreta: a).a maioria dos rios componentes de bacias nordestinas tm escoamento intermitente sazonal e caractersticas exorricas. b).o baixo potencial hidroenergtico da bacia do rio So Francisco decorre da predominncia de rios de plancie onde os perfis longitudinais so suaves e sem rupturas topogrficas. c).o escoamento superficial depende, essencialmente, dos condicionamentos climticos atravs da pluviometria, da natureza dos terrenos (permoporosidade) e dos padres de cobertura vegetal. d).independentemente das condies climticas atuais, toda a rede de drenagem do Brasil constituda por rios que drenam para o Oceano Atlntico, justificando as condies de rios exorricos.
Quando chega o ms de agosto, parece que a natureza morreu. No se vem nuvens no cu, a umidade do ar mnima, a gua chega a evaporar 7mm por dia, e a temperatura do solo pode atingir 60C. As folhas da maioria das rvores j caram e, assim, o gado e os animais nativos, como a ema, o pre, o moc e o camaleo, comeam a emagrecer. As nicas cores vi vas esto nas flores douradas do cajueiro, nos cactos e nos juazeiros. A maioria dos rios pra de correr, e as lagoas comeam a secar.
Atlas do meio ambiente do Brasil. EMBRAPA, 2 ed. Braslia: EMBRAPA-SPI: Terra Viva, 1996.
07..O texto acima apresenta caractersticas da dinmica natural do Domnio das Depresses Interplanlticas Semi-ridas do Nordeste do Brasil. Sobre as caractersticas descritas, possvel inferir de forma correta que: Profs.: Italo Trigueiro / Joanilson Jr. GEOGRAFIA DO NORDESTE BNB
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a).o cajueiro, o cactos e o juazeiro adaptam-se a condies climticas de semi-aridez. b).a rede de drenagem constituda por rios classificados como endorricos. c).a misria da populao decorre da desertificao em curso na regio. d).a ema, o pre, o moc e o camaleo so animais nativos em extino. e).a seca um fenmeno climtico que ocorre anualmente na regio.
08..A interiorizao da indstria no Nordeste brasileiro tem contribudo para eliminar gradativamente a separao entre cidade e campo, propiciando a unificao destes espaos. Assinale a alternati va que indica de modo correto um fator associado industrializao do campo que contribui para esta unificao: a).presena do trabalhador assalariado do campo (bia- fria) na periferia da cidade. b).melhoria significativa dos salrios dos trabalhadores do campo e da cidade. c).fim das prticas agrcolas em reas prximas a grandes centros urbanos. d).aumento das associaes conjuntas de trabalhadores urbanos e rurais. e).expanso de indstrias de sede local nas reas rurais.
09..Os municpios de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA) tm-se destacado no Nordeste como agroplos destinados produo comercial. Sobre a produo e a destinao dos produtos nesses municpios do interior nordestino, assinale a alternati va correta: a).fumo e cacau para o mercado nacional e internacional. b).mamona, dend e caju para a produo de biodiesel. c).cana-de-acar e beterraba para a produo de lcool. d).algodo arbreo para a indstria txtil regional. e).uva para produo de vinho tipo exportao.
O sonho acabou. Para muitos nordestinos que escolheram So Paulo como local para construir uma nova vida, o caminho agora de volta. A terra paulista, que foi nas ltimas dcadas o principal destino dos migrantes do Nordeste, perdeu seu principal atrativo. Os empregos, abundantes nas dcadas de 1980 e 1990, desapareceram com a precarizao do trabalho. Quando encontra um servio, o nordestino ganha menos. Na terra natal, alm de reencontrar os familiares, os programas sociais do governo, como o Bolsa Famlia, garantem a sobrevi vncia e so hoje um dos principais atrati vos para o retorno.
Jornal O Globo, 12/11/2006. p. 18.
10..Sobre a atual mobilidade espacial da populao brasileira, marque a opo verdadeira: a).no Brasil, com exceo do Sul e Sudeste, todas as demais regies vm recebendo benefcios do programa de governo Bolsa Famlia, responsveis, entre outros, pela redefinio dos fluxos migratrios no sentido periferia/centro do Territrio Nacional. b).diante do atual contexto do mercado de trabalho no Nordeste brasileiro, emerge uma nova dinmica demogrfica na regio, marcada, exclusivamente, pela atrao de uma populao de alta escolaridade, com excelente qualificao tcnica. c).apesar de o dinamismo das atuais transformaes econmicas na regio Nordeste no ter sido capaz de resolver o problema da demanda de empregos, ele significou, porm, um importante fator de atrao para uma populao estrangeira, sobretudo africana e latino- americana. d).no Sudeste brasileiro, a diminuio do nmero de empregos em setores da economia que tradicionalmente absorviam muita mo-de-obra, a exemplo da indstria de transformao e da construo civil, est entre as principais razes da migrao de retorno de nordestinos para os seus estados de origem.
O desenvol vimento dos sistemas de transporte e comunicao e o aumento da renda de grande parte das populaes no mundo globalizado, entre outros fatores, contriburam para a expanso da ati vidade turstica. Onde esta mais intensa podem ocorrer grandes alteraes no espao, o que vem acontecendo em diferentes reas do litoral do Nordeste brasileiro, nas quais a atividade teve um crescimento significativo.
11..Marque a alternati va que corresponde a uma mudana verdadeira ocorrida no litoral cearense: a).extino do dficit habitacional e do desemprego entre os nativos. b).reestruturao urbana em cidades litorneas do Estado. c).preservao dos ambientes naturais costeiros. d).desaparecimento do artesanato local. e).expanso da pesca artesanal.
12..Considere a seguinte tabela:
Quantidade de lixo coletado, por tipo de destino final, segundo os estados da Regio Nordeste 2000.
Estado Quantidade de lixo coletado, por tipo de destino final (%) Adequado Inadequado Maranho 28,4 71,6 Piau 3,7 96,3 Cear 72,0 28,0 R. G. do Norte 9,5 90,5 Paraba 3,8 96,2 Pernambuco 38,0 62,0 Alagoas 6,5 93,5 Sergipe 2,2 97,8 Bahia 39,6 60,4 Nordeste 36,6 63,4 Brasil 40,5 59,5 Pesquisa nacional de saneamento bsico, 2000. IBGE, 2002.
A respeito dos dados da tabela, examine os itens abaixo:
I..Observa-se que, na regio nordeste predomina o destino final inadequado do lixo coletado, ou seja, a maior parte do lixo lanado em vazadouros a cu aberto, vazadouros em reas alagadas, locais no fixos e outros destinos, como a queima a cu aberto. II..O acesso ao servio de coleta de lixo fundamental para a proteo das condies de sade da populao. Pode-se concluir, ento, que no Brasil, o destino final inadequado da maior parte do lixo coletado vetor de transmisso de muitas doenas. GEOGRAFIA DO NORDESTE BNB Profs.: Italo Trigueiro / Joanilson Jr.
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III..Os estados de Sergipe, Paraba e Piau apresentam os trs menores percentuais da regio nordeste, no que tange a quantidade de lixo coletado com destino inadequado. IV..H cinco estados da regio nordeste cujo percentual de lixo coletado com destino inadequado supera os 90%.
Assinale a alternati va verdadeira. a).I, II, III so certas e IV errada. b).I e II so certas e III e IV so erradas. c).I e IV so certas e II e III so erradas. d).I, II e IV so certas e III errada.
13..No contexto industrial brasileiro, a regio Nordeste do Brasil ocupa a terceira posio. Sobre a atividade industrial do Nordeste, afirma-se:
I..Recentemente, a participao do Estado foi decisiva para a instalao de uma grande siderrgica em Pernambuco. II..O processo de industrializao antigo e data da segunda metade do sculo XIX. III..Dois estados so responsveis pela produo industrial na regio: Bahia e Pernambuco. IV..No estado da Bahia destacam-se as indstrias petroqumicas que utilizam o petrleo extrado do Recncavo Baiano.
Est correto o que se afirma somente em: a).I e II. b).I e III. c).I e IV. d).II e III. e).III e IV.
O nordeste segue seco tendo muito mais gente do que as relaes de produo ali imperantes podem suportar. As secas espasmdicas que assolam a regio criam descontinuidades foradas na produo rural e conduzem a um desemprego macio dos que no tm acesso terra, relegando-os condio potencial de retirantes. Sem empregos e po ningum pode convi ver com as vicissitudes de uma natureza rstica (...)
Aziz Nacib AbSaber. Os Sertes: A originalidade da terra. Cincia Hoje, Eco-Brasil, volume especial, 1992.
14..De acordo com o texto, pode-se afirmar que: a).a rusticidade da vida econmica e social na regio independe da regularidade das chuvas. b).a seca est relacionada, do ponto de vista socioeconmico, grande concentrao de terra e de renda na regio. c).as relaes sociais de produo praticadas na regio colaboram para a soluo dos efeitos gerados pela seca. d).as conseqncias da seca esto relacionadas principalmente perda da produo agrcola nas reas de latifndio.
A mais extensa das sub-regies do Nordeste brasileiro uma rea de baixa densidade demogrfica e de solos rasos. Sua economia se baseia na pecuria extensi va de corte e na agricultura tradicional.
15..A descrio acima se refere: a).ao Meio-Norte. b).ao Agreste. c).ao Serto. d). Zona da Mata.
A seca nordestina um problema antigo e mal resol vido. A ineficincia oficial na soluo do caso implica inclusive na utilizao, pela opinio pblica, de expresses como indstria da seca, de cunho nitidamente crtico e desconfiado mesmo do destino que tem recebido os recursos pblicos aplicados nessa questo regional.
16..Com base no que tem sido publicado sobre esse problema e com ajuda do texto, pode-se concluir que: a).o fenmeno da seca vem sendo politicamente explorado. b).a seca nordestina, climaticamente inexiste. c).a seca tem contribudo para a indstria nordestina. d).a indstria regional publica, e a seca do interesse privado.
17..Observe o mapa e numere, no quadro a seguir, a coluna da direita de acordo com a da esquerda.
Caractersticas:
1..Clima semi-rido, e domnio da pecuria extensiva; baixas densidades demogrficas e graves problemas socioambientais. 2..Sub-regio mais urbanizada e de maiores densidades demogrficas com atividades industriais e de servios em suas principais cidades; latifndios monocultores e desmatamento em larga escala. 3..rea relativamente alta (de 500 a 800 metros), de vegetao com caractersticas de mata atlntica (leste) e de caatinga (oeste); expanso de latifndios monocultores nos tabuleiros sedimentares; presena de minifndios policultores. 4..Agricultura tradicional dominada pela produo de algodo, cana-de-acar e arroz; extrativismo nas matas de palmeiras (babau e carnaba); clima variando do semi-rido ao mido.
Sub-regio:
(X).Zona da Mata (X).Agreste (X).Serto (X).Zona dos Cocais
Assinale a opo que apresenta a seqncia correta da numerao. a).2-3-1-4. Profs.: Italo Trigueiro / Joanilson Jr. GEOGRAFIA DO NORDESTE BNB
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b).3-1-4-2. c).2-3-4-1. d).2-4-1-3. e).3-2-1-4.
18..Observe o mapa.
Relacione corretamente as reas identificadas no mapa com a ocorrncia correspondente:
19..A questo est relacionada ao mapa do Nordeste apresentado acima. Assinale a alternati va que indica o ttulo mais adequado para o mapa: a).Nordeste: principais reas de extrativismo vegetal. b).Nordeste: reas com maior ndice de modernizao da agricultura. c).Nordeste: principais reas de cultivo de algodo. d).Nordeste: reas com menor ndice de populao economicamente ativa. e).Nordeste: principais reas de pecuria extensiva de corte.
20..O mapa abaixo retrata o projeto Semi-rido da Companhia de Desenvol vimento do Vale do So Francisco (CODEVASF).
A idia consiste em roubar gua de bacias prximas ao So Francisco, onde a incidncia de seca no compromete o nvel dos rios. Desses tributrios forados, os rios Paranaba e Grande, que inclusive correm na direo contrria ao do So Francisco, pertencem bacia: a).amaznica. b).do nordeste. c).do Leste. d).do Paran. e).do Tocantins-Araguaia.
21..Na regio da Chapada do Araripe, no sul do estado do Cear, so encontrados fsseis de peixes e de insetos. Sobre o processo de fossilizao, considere as asserti vas a seguir:
I.. um fenmeno geologicamente recente, resultante do derramamento de lavas de antigos vulces. II..Pode ter-se desenvolvido em lagos e mares que foram recobertos por sedimentos. III..Desenvolveu-se em conseqncia dos fenmenos de secas climticas que atingem a regio.
Com base nas asserti vas acima, pode-se afirmar, de modo correto, que: a).apenas I e II so verdadeiras. b).apenas I verdadeira. c).apenas II e III so verdadeiras. d).apenas I e III so verdadeiras. e).apenas II verdadeira.
Alguns lugares do serto so particularmente favorecidos pela umidade e pelos solos. Constituem, ento, verdadeiros osis durante todo o ano, oferecendo, por outro lado, melhores condies de resistncia na ocasio das secas. Por isso mesmo, constituem focos de excepcionais atrativos, fixando uma populao bastante numerosa, abrigando parte dos retirantes das caatingas nos anos ruins.
Nilo Bernardes. Estudos Avanados, n 36, v. 13. Instituto de Estudos Avanados. maio/agosto, 1999, p. 77.
22..Os espaos sertanejos que apresentam as condies ambientais descritas acima so popularmente designados como: a).carrascos e caatingas. b).vazantes e baixios. c).vazantes e banhados. d).cacimbas e audes GEOGRAFIA DO NORDESTE BNB Profs.: Italo Trigueiro / Joanilson Jr.
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e).brejos e ps-de-serras.
23..O Oramento Geral da Unio reservou, em anos anteriores, o montante de 300 milhes de reais para as obras de transposio do rio So Francisco. Entretanto, esses recursos no incluem o custeio de medidas para a revitalizao do rio, como: a).revegetao com espcies nativas nas margens do So Francisco e de seus afluentes. b).construo de novas hidroeltricas nos trechos mais acidentados. c).criao de peixes exticos, como o tucunar. d).reflorestamento com eucalipto nas terras situadas ao longo do rio. e).incentivo ao estabelecimento de ncleos de povoamento nas suas margens.
O rio So Francisco tem sido uma presena constante na vida nacional. Inicialmente, ele foi a grande via fluvial que ligava reas do centro do Brasil poro litornea do Nordeste, tendo sido palco de lutas entre indgenas e colonizadores pela conquista e posse da terra, onde se traaram os caminhos de gado.
Manuel Correia de Andrade. In: Jornal do Comrcio, 10/9/2000.
24..Sobre o tema referido no texto, no podemos dizer que: a).o principal rio da bacia do So Francisco, embora esta se situe inteiramente no domnio morfoclimtico do semi- rido, tem um regime fluvial permanente. b).o projeto de transferncia de guas do So Francisco visa beneficiar bacias de rios intermitentes dos estados da Paraba, Rio Grande do Norte, Cear e Pernambuco. c).o rio So Francisco serviu como caminho de bandeirantes e pioneiros que se deslocaram de So Paulo para combater os ndios na Guerra dos Brbaros. d).o So Francisco, em face das caractersticas geomorfolgicas dominantes ao longo da maior parte do seu percurso, pode ser tido como um rio de planalto. e).o projeto de transferncia do So Francisco est localizado em trecho no navegvel do rio, no afetando acentuadamente a navegabilidade da rea entre Pirapora e Petrolina.
25..As cidades de Joo Pessoa e Campina Grande se destacam como as mais importantes do estado da Paraba. A razo de assumirem a condio de capitais regionais, polarizando, hierarquicamente, o espao urbano paraibano, deve-se ao fato de que essas cidades: a).exercem influncia regional sobre as vrias cidades a elas subordinadas. b).polarizam cidades de todos os tipos e tamanhos, no s da Paraba, mas tambm de toda a Regio Nordeste e at de outras reas do Brasil. c).possuem um raio de ao regional restrito aos respectivos territrios municipais. d).comandam a rede urbana da Paraba, sem, contudo, obedecer a qualquer ordem de tamanho das cidades. e).so os centros polarizadores do estado, devido densidade do povoamento ser mais intensa no litoral que no serto.
Do litoral para o interior, pode-se dizer que o Serto constitui a terceira sub-regio do Nordeste brasileiro. Visto por muitos como uma sub-regio problemtica, o Serto vem sendo, nos ltimos anos, no entanto, uma rea de expanso de importantes projetos de agricultura irrigada, a qual em vrias reas j supera em importncia econmica e social a ati vidade tradicional do Serto.
26..Esta ati vidade a(o): a).agricultura de vazante. b).pecuria bovina de corte. c).produo do coco-babau. d).extrativismo vegetal. e).cultivo da carnaba.
O desempenho econmico do Nordeste, nos ltimos anos, tem contribudo para reduzir disparidades caractersticas dessa regio frente s mais desenvolvidas do pas.
27..Esse desempenho positivo da economia nordestina pode ser atribudo a todos os seguintes fatores, exceto: a).aumento do fluxo de migrantes para outras regies, que refletiu na elevao da renda mdia da populao remanescente empregada nos setores primrios. b).diversificao das exportaes agrcolas, favorecida pela introduo de novas culturas e pela adoo de prticas de plantio mais modernas nas reas de agricultura comercial. c).expanso do turismo, graas aos investimentos particulares, nacionais e estrangeiros, beneficiados pela iniciativa pblica de implantao de infraestrutura especfica. d).investimentos industriais recentes, bem como a consolidao de iniciativas de dcadas anteriores, que suscitaram o crescimento do setor secundrio da regio.
28..Leia, a seguir, o trecho de Morte e Vida Severina , de Joo Cabral de Melo Neto, que retrata o fenmeno natural da seca e analise as afirmati vas seguintes, assinalando V para as verdadeiras ou F para as falsas.
() Eu tambm, antigamente, fui do subrbio dos indigentes, e uma coisa notei que jamais entenderei: essa gente do Serto que desce para o litoral, sem razo, fica vi vendo no meio da lama, comendo os siris que apanha; pois bem quando sua morte chega, temos de enterr-los em terra seca. Na verdade, seria mais rpido e tambm muito mais barato que os sacudissem de qualquer ponte dentro do rio e da morte. ()
(X).A situao descrita no texto est ligada ao catico processo de expanso da urbanizao e dificuldade de crescimento econmico de vastas reas do pas. (X).Localizado em sua maior parte na zona intertropical, com domnio de climas quentes e midos, cerca de 90% do territrio brasileiro recebe chuvas que variam entre 1.000mm e 3.000mm anuais. A nica grande rea que foge a este padro o serto nordestino que ocupa cerca de 10% do territrio nacional. (X).As causas das migraes, da misria e da pobreza da populao do Nordeste so naturais e no sociais e polticas. (X).Na Zona da Mata, rea tradicionalmente ocupada pela agroindstria da cana-de-acar e considerada a Profs.: Italo Trigueiro / Joanilson Jr. GEOGRAFIA DO NORDESTE BNB
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rea mais rica do Nordeste, a situao de desnutrio grave. nessa regio que vamos encontrar as pessoas que vivem na lama (linha 07) e sobrevivem da caa de crustceos nos mangues de Recife e de outras regies do Nordeste.
Assinale a opo que contm a seqncia correta: a).V-V-F-V. b).V-F-V-F. c).F-F-V-V. d).V-V-V-F. e).F-F-F-F.
29..As reas I e II, no mapa acima, representam duas zonas produtoras especializadas em dois gneros de agricultura de exportao. Esses dois gneros so, respecti vamente: a).borracha e algodo. b).soja e arroz. c).laranja e milho. d).cana-de-acar e cacau. e).frutas tropicais e oleaginosas.
30..A regio nordeste apresenta focos de dinamismo econmico e reas que apresentam estruturas tradicionais. Com base no mapa, assinale a alternati va que apresenta a correta associao entre os focos de maior dinamismo econmico e as principais atividades neles desenvol vidas: a).1 plo txtil e de confeces; 2 complexo mineral- metalrgico; 3 moderna agricultura de gros; 4 plo petroqumico; 5 plo agroindustrial (agricultura irrigada). b).1 complexo mineral-metalrgico; 2 moderna agricultura de gros; 3 plo txtil e de confeces; 4 plo agroindustrial (agricultura irrigada); 5 plo petroqumico. c).1 plo petroqumico; 2 plo txtil e de confeces; 3 moderna agricultura de gros; 4 complexo mineral- metalrgico; 5 plo agroindustrial (agricultura irrigada). d).1 plo agroindustrial (agricultura irrigada); 2 plo txtil e de confeces; 3 plo petroqumico; 4 plo petroqumico; 5 moderna agricultura de gros. e).1 plo petroqumico; 2 complexo mineral- metalrgico; 3 plo agroindustrial (agricultura irrigada); 4 moderna agricultura de gros; 5 plo txtil e de confeces.
A ao da SUDENE na regio Nordeste no se realizou de maneira uniforme em todas as suas sub- regies. A implantao de infraestruturas econmicas e a ampliao de servios concentraram-se no espao urbano litorneo, mais especificamente em algumas capitais.
31..No caso de Sergipe pode-se destacar: a).a ampliao da indstria qumica e petroqumica, utilizando a infraestrutura porturia na capital. b).o incentivo criao de infraestrutura turstica no litoral sul sergipano, atravs da abertura de vias de acesso. c).a implantao de indstrias mecnicas em Estncia devido proximidade do corredor Aracaju-Salvador. d).a expanso da capacidade do porto flvio-martimo de Propri, destinado exportao de frutas tropicais. e).a construo de um entreposto de pesca em So Cristvo, destinado ao processamento de camares.
32..Viajando do litoral de Pernambuco at o interior do Maranho, como representado no corte esquemtico acima, poderamos observar as seguintes unidades do relevo: a).planaltos residuais, depresso marginal e planalto oriental. b).tabuleiros litorneos, planalto central e depresso sertaneja. c).tabuleiros litorneos, planalto da Borborema, depresso sertaneja e chapadas da bacia do Parnaba. d).planalto da Borborema, depresso sertaneja, chapada diamantina e chapadas da bacia do Parnaba. e).planaltos e chapadas do rio Paraba, depresso sertaneja e planalto do Borborema.
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33..Considere a paisagem nordestina apresentada abaixo:
PEREIRA, Diamantino Alves Correia et alli. Geografia Cincia do Espao, v. 2. So Paulo: Atual, 1998. p. 89.
Seus conhecimentos sobre a dinmica espacial do Nordeste permitem afirmar que essa paisagem:
(X).Apresenta solos profundos e ricos em materiais orgnicos, predominando o intemperismo qumico e grandes possibilidades de eroso. (X).Pode ser facilmente encontrada no baixo curso do rio So Francisco, a leste de Sergipe. (X).Caracteriza-se pela presena de rios perenes, devido s condies fsico-climticas da regio. (X).Mostra vegetao do tipo xerfita, formada por arbustos e pequenas rvores. (X).Pode apresentar elementos tpicos do serto semi- rido como os inselbergs e os brejos.
Assinale a seqncia correta: a).V-V-F-V-V. b).F-F-F-V-V. c).V-V-V-F-F. d).F-V-F-V-F. e).F-F-V-V-F.
PARABA: A PIOR SECA DO SCULO
Os nmeros so to alarmantes como as conseqncias: 60% do total de 3,3 milhes de habitantes da Paraba, cerca de 2 milhes de pessoas, esto vi vendo a catstrofe da seca mais severa do sculo. At a capital Joo Pessoa e Campina Grande, a segunda maior cidade, foram afetadas. Cadernos do Terceiro Mundo n 214.
34..A partir do texto, podemos afirmar que: a).a rea atingida pela seca, inclusive em anos de estiagem muito severa, limita-se ao serto nordestino. b).o maior problema natural do serto nordestino a distribuio pluviomtrica irregular, pois as chuvas concentram-se apenas em uma estao do ano, regionalmente chamada inverno. c).os nmeros alarmantes, que aparecem no texto, refletem os graves problemas do serto que se devem a fatores naturais, ou seja, ao clima semi-rido. d).a Paraba sofre a mais severa seca do sculo, mas a adequada administrao dos recursos hdricos pelas autoridades garantem o abastecimento de alimentos e de gua de qualidade para a populao. e).o tipo de clima predominante no serto paraibano favorece a prtica da atividade agrcola intensiva.
35..O litoral setentrional do Rio Grande do Norte apresenta um clima tropical quente e seco com uma mdia pluviomtrica em torno de 400mm e 600mm por ano, distribuda entre janeiro e abril. Essa caracterstica climtica beneficia a seguinte ati vidade econmica: a).extrao do sal marinho. b).agricultura de subsistncia. c).cultivo do algodo herbceo. d).desenvolvimento da pecuria de corte.
36..Considere o texto apresentado abaixo.
A regio nordeste da Bahia, uma das que mais sofrem os efeitos da seca, vai perder pelo menos 35% da safra de feijo por causa do excesso de chuvas . O Estado de So Paulo.
Assinale a alternati va que explica corretamente a aparente contradio na notcia: a).a existncia de uma indstria da seca, no divulga a ocorrncia de chuvas no serto nordestino, mesmo em pocas de seca. b).a limitao dos centros de previso meteorolgica no Brasil, impede o acompanhamento do clima na regio Nordeste, no detectando a ocorrncia de chuvas isoladas. c).no clima semi-rido, as chuvas so escassas mas tambm irregulares, podendo ocorrer grandes quantidades concentradas em pouco tempo. d).o fenmeno conhecido como El Nio alterou o clima temporariamente na regio Nordeste, provocando a ocorrncia de chuvas em pleno perodo de seca. e).apesar de fazer parte do chamado Polgono da Seca, o clima predominante na Bahia o tropical, o que explica a ocorrncia de chuvas mesmo nas reas mais secas.
37..Com base nos conhecimentos sobre a regio do Polgono das Secas, pode-se afirmar: a).o Polgono das Secas , por vocao, uma regio em processo de desertificao, independente da atuao do homem. b).o cultivo intensivo do solo evita o processo de laterizao. c).o uso da irrigao seria por si s um fator que impediria o processo de desertificao da regio. d).o surgimento de novas fronteiras agrcolas seria a soluo para os problemas ambientais dessa regio. e).a ocupao predatria do solo e a devastao da cobertura vegetal fazem dessa regio rea propcia formao de deserto.
38..Considere o depoimento apresentado a seguir:
Trancaro todas as vrzeas pro mode prat arroiz, cum gua colocado pro uma bomba, ento a, essa gerao de pescador se acab pro completo, ta o Baixo So Francisco, agora t cum cinco meses que fizemos uma reunio com o chefe da CODEVASF, e ele disse que os pescadores aparicesse l pra arrum um pedecinho de terra que inchente do rio, nunca mais.
Adaptado de As Vrzeas Ameaadas Estudo de caso n 3. So Paulo: Programa de Pesquisa e Conservao de reas midas no Brasil, 1990, p. 105.
O tema abordado refere-se: a). questo da propriedade no vale do rio So Francisco, caracterizada pela disputa das reas de Profs.: Italo Trigueiro / Joanilson Jr. GEOGRAFIA DO NORDESTE BNB
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vrzea, onde se encontram os melhores solos para o plantio da cana-de-acar. b).s transformaes econmicas e sociais provocadas pelas intervenes governamentais no vale do rio So Francisco e seus impactos sobre as populaes ribeirinhas. c). transformao das vrzeas do rio So Francisco em reas de preservao ambiental, impedindo sua utilizao para a pesca e para as culturas de subsistncia como o arroz. d).ao rebaixamento da profundidade do rio So Francisco em sua foz, em decorrncia do represamento de seus rios tributrios e as conseqncias para a pesca. e).ao fim dos constantes estragos provocados pelas enchentes peridicas do rio So Francisco nas comunidades ribeirinhas, atravs da regularizao de seu regime pelas usinas hidroeltricas.
ROTA DE TRANSPOSIO DO RIO SO FRANCISCO
39..O sistema de transposio das guas do So Francisco prev, entre outros efeitos: a).o abastecimento de gua para todos os estados do Polgono das Secas. b).a irrigao de todo o semi-rido, num total de mais de 4 milhes de hectares. c).a eliminao de formas primitivas de abastecimento de gua, como as cisternas. d).a transformao de alguns rios temporrios das bacias do Nordeste em rios perenes. e).o equilbrio hdrico de reas sertanejas que abrigam mais de 50% da populao do Nordeste.
40..Considere o texto apresentado abaixo.
A expanso dessa cultura no Brasil data de 30 anos atrs, porm, tornou-se rapidamente um dos principais produtos de exportao do pas. Introduzida inicialmente nos estados do Rio Grande do Sul e Paran, a cultura expande-se para o norte, no estado de So Paulo, alcanando posteriormente os cerrados do Centro-Oeste e franjas da regio amaznica. Atualmente, a nova fronteira situa-se nos cerrados do oeste baiano e sul do Piau e do Maranho.
Adaptado de J-P, Laurent Bertrand et alli. O mundo da soja. So Paulo. Hucitec Edusp, 1987.
O texto destaca a expanso da cultura: a).da cana-de-acar. b).do algodo. c).do milho. d).do feijo. e).da soja.
41..O grande volume de produo de frutas tropicais do nordeste brasileiro, cujo grande consumidor o mercado europeu, deve-se: a).ao clima quente e mido, sem mudanas bruscas e ao aproveitamento das guas das nascentes do rio So Francisco. b). tecnologia de irrigao por gotejamento e ao aproveitamento das guas do rio Capibaribe. c).ao clima semi-rido e ao aproveitamento das guas do rio So Francisco para irrigao. d).ao clima tropical supermido e ao aproveitamento das fortes chuvas concentradas no vero. e).ao clima desrtico e utilizao de tecnologia israelense, aproveitando o orvalho, freqente na regio.
Nos ltimos anos vrias reas do Nordeste do Brasil foram irrigadas e se tornaram excelentes produtoras de frutas. A produo de uva no Nordeste tem localizao definida e tcnicas de culti vo diferenciadas das tradicionais plantaes da Regio Sul do Brasil.
42..Quanto prtica da irrigao, s caractersticas de temperatura e aos lugares de cultivo das videiras do Nordeste, assinale a alternativa correta: a).irrigao espordica, temperaturas amenas e cultivo principalmente no Vale Mdio do Rio So Francisco em Petrolndia (PE) e Barreiras (BA). b).irrigao sistemtica, temperatura pouco varivel e cultivo na Zona da Mata, em Feira de Santana (BA) e Garanhuns (PE). c).irrigao sistemtica, temperatura pouco varivel, devido proximidade do litoral, e cultivo em Ilhus/Itabuna (BA) e Sobral (CE). d).irrigao sistemtica, temperatura pouco varivel e cultivo principalmente no Vale Mdio do Rio So Francisco, em Petrolina (PE) e Juazeiro (BA). e).irrigao espordica, temperatura mais baixa, devido s maiores altitudes, e cultivo nas reas do Agreste, na Chapada Diamantina (BA) e na Chapada da Borborema (PB).
43. Texto I
A queimada da floresta para plantar cafezais foi a principal causa, mas no a nica, do desflorestamento no sculo XIX. O comrcio do caf induziu o crescimento demogrfico, a urbanizao, a industrializao e a implantao de ferrovias.
Warren Dean. A ferro e fogo: a histria e a devastao da Mata Atlntica. So Paulo, Cia. das Letras, 1997, p. 206.
Texto II
A ferro e fogo trata da ambio e bravura custa da depredao desenfreada dos recursos naturais brasileiros. Desde o incio do livro, Dean no deixa dvidas da sua posio a eliminao quase total da Mata Atlntica foi uma fatalidade que trouxe danos irreversveis ao ecossistema e ao clima .
Revista Veja, 30/10/96.
GEOGRAFIA DO NORDESTE BNB Profs.: Italo Trigueiro / Joanilson Jr.
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A partir dos dois textos, observe a seqncia de mapas a respeito da Mata Atlntica e julgue os itens a seguir.
(X).O desflorestamento da Mata Atlntica no tem relao com os sucessivos ciclos da economia brasileira e nem com a derrubada da mata para a utilizao do espao por ela ocupado. (X).A eliminao quase total da Mata Atlntica teve seu incio j nos primrdios da colonizao e prosseguiu ao longo dos diferentes perodos histricos, trazendo danos ao equilbrio ambiental. (X).A ocupao humana da regio sudeste acelerou-se, consideravelmente, a partir do sculo XIX, exigindo mais espaos, o que implicou o desmatamento da formao vegetal acima explicitada. (X).A observao dos mapas permite concluir que, nos anos 60, a poltica ambiental implementada pelos governos militares favoreceu, atravs de intensos reflorestamentos, a recuperao desse domnio morfoclimtico. (X).Como se pode observar nos mapas, originalmente a Mata Atlntica acompanhava, com pequenos intervalos, a faixa litornea brasileira, do Nordeste ao Rio Grande do Sul, e as reas remanescentes esto relacionadas instalao de parques nacionais, estaes ecolgicas e s escarpas das serras.
Assinale a seqncia correta: a).F-F-V-V-V. b).F-V-V-F-V. c).V-V-F-F-V. d).F-V-F-V-V.
A importncia das cidades na organizao do espao urbano decorre da sua capacidade de oferecer mercadorias e servios para um espao consumidor, maior do que seu prprio ncleo urbano.
44..As cidades brasileiras, cujas reas de influncia foram esboadas no cartograma a seguir so:
a).Joo Pessoa, Macei e So Luis. b).Natal, Recife e Aracaj. c).Salvador, Recife e Campina Grande. d).Fortaleza, Natal e Aracaj. e).Fortaleza, Recife e Salvador.
45..Observe o mapa e assinale a alternati va que corresponde formao vegetal da rea destacada e a suas caractersticas.
a).Caatinga vegetao xerfila, adaptada ao clima semi-rido; nela predomina um extrato arbustivo caducifoliado e espinhoso e h tambm cactceas. b).Cerrado pertencente classificao do bioma savana, possui grande biodiversidade e forma ecossistemas ricos, com espcies variadas como o pau- santo, o barbatimo, a gabiroba, o pequizeiro e a cataba. c).Mata dos Cocais chamada tambm de mata de transio, constituda de palmeiras ou palmceas, com grande predominncia de babau e ocorrncia de carnaba. d).Mata dos Pinhais chamada tambm de floresta aciculifoliada, est localizada em clima mido, com temperaturas de moderadas a baixas no inverno; tem em sua constituio predominantemente o pinheiro. e).Campos Naturais formaes rasteiras ou herbceas, constitudas por gramneas que atingem at 60 cm de altura; tm origem associada a solos rasos e a reas sujeitas a inundaes peridicas, ou, ainda, associada a solos arenosos.
46..Observe a figura:
Marque a alternati va que caracteriza a paisagem observada: Profs.: Italo Trigueiro / Joanilson Jr. GEOGRAFIA DO NORDESTE BNB
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a).ocorre entre os trpicos, nas terras baixas, recebendo uma precipitao elevada e bem distribuda ao longo do ano. So ecossistemas nos quais concentra-se uma grande biodiversidade terrestre. b).ocorre em uma regio em que as chuvas so irregulares, e seu solo no necessariamente pobre. Sua vegetao apresenta pequenas rvores espaadas, arbustos e gramneas. c).ocorre em uma rea onde as chuvas tm distribuio uniforme, com estaes bem marcadas. So ecossistemas em que prevalece a formao arbrea, como os pinheiros. d).ocorre em uma regio de altitudes mais elevadas, com chuvas bem distribudas durante o ano. Sua vegetao densa, formada principalmente por rvores, quase no h ocorrncia de arbustos e gramneas. e).ocorre em uma vasta plancie alagadia, onde as chuvas se concentram em um perodo do ano. Apresenta uma grande variao na cobertura vegetal, em funo das estaes seca e chuvosa.
47..Relacione as colunas para encontrar a ati vidade econmica de cada rea.
(1).Meio-Norte. (2).Serto. (3).Agreste. (4).Zona da Mata.
(X).rea de transio entre a Zona da Mata e o Serto, onde predomina a policultura. (X).Monocultura da cana-de-acar e industrializao em alguns centros urbanos. (X).A economia predominante a pecuria extensiva de corte. (X).Predomina o extrativismo vegetal e agricultura de arroz.
A seqncia correta : a).2-1-3-4. b).1-2-3-4. c).3-4-2-1. d).4-3-2-1. e).1-2-4-3.
48..Sobre a Mata Atlntica, so feitas as seguintes afirmaes:
I..O mecanismo de distribuio da umidade da massa polar atlntica o responsvel pela exuberncia e diversidade dessas florestas. Os ventos carregados de umidade so barrados, na zona costeira, por diversos acidentes orogrficos, descarregando grandes volumes de gua. II..Ao longo da histria brasileira, a floresta atlntica foi destruda para ceder lugar cana-de-acar e ao caf. Hoje, este quadro muito diferente, pois a criao de parques como o da Juria, o Marumbi e as reas de Proteo Ambiental, como a de Guaraqueaba, esto levando a floresta a se recompor e a previso a de que em breve ela recuperar sua rea original. III..A floresta atlntica , na aparncia, semelhante s matas amaznicas. , como aquelas, densa, com rvores altas em setores mais baixos do relevo, apesar das rvores amaznicas apresentarem, em mdia, desenvolvimento maior.
Est(o) correta(s) apenas a(s) afirmati va(s): a).I. b).II. c).I e III. d).III. e).I e II.
49..Relacionando os mapas acima, observa-se que no Nordeste brasileiro os piores ndices de mortalidade infantil e as mais elevadas taxas de populao trabalhadora com menos de 15 anos esto, respectivamente, nos estados de: a).Sergipe e Cear. b).Bahia e Maranho. c).Paraba e Rio Grande do Norte. d).Alagoas e Piau. e).Pernambuco e Bahia.
50..Na grande Depresso Sertaneja que se estende por vrios estados nordestinos, incluindo o Cear, freqente o aparecimento dos inselbergs que so: a).vales de rios que so inundados durante as chuvas. b).reas rebaixadas que se assemelham a canyons. c).espcies de dunas de areia em pleno serto. d).pequenos rios que se formam somente durante as chuvas. e).elevaes isoladas que se destacam na paisagem.
51..O interior semi-rido do Nordeste brasileiro apresenta amplas reas deprimidas e GEOGRAFIA DO NORDESTE BNB Profs.: Italo Trigueiro / Joanilson Jr.
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extensi vamente arrasadas por milenares fases erosi vas. Essas reas so, em geral, as mais secas da regio. Identifique-as: a).pediplanos. b).chapadas. c).inselbergs. d).plancies elicas. e).peneplanos.
Populao Total capitais selecionadas do Nordeste, 2000. Ano Capitais Selecionadas 1991 2000 Teresina 599.272 715.360 Fortaleza 1.768.637 2.141.402 Natal 606.887 712.317 Joo Pessoa 497.600 597.934 Recife 1.298.229 1.422.905 Salvador 2.075.273 2.443.107
52..A partir dos dados apresentados na tabela, correto dizer que: a).Salvador e Recife foram as capitais nordestinas que apresentaram maiores crescimentos percentuais de populao, entre 1991 e 2000. b).Fortaleza foi a capital nordestina cuja populao mais cresceu, entre 1991 e 2000, tanto em termos absolutos como percentuais. c).O crescimento percentual da populao de Joo Pessoa superou o de Fortaleza, entre 1991 e 2000. d).Salvador a capital nordestina com maior populao e com o maior crescimento percentual e absoluto da mesma, entre 1991 e 2000.
53..Embora a diviso regional do Brasil tenha se dado antes, somente no final dos anos 50 e durante a dcada de 60 que se deram as aes que difundiram o planejamento regional. Dentro desse contexto marque o que for correto: a).a primeira ao permanente de planejamento regional no Brasil iniciou-se em 1959 com a criao da SUDENE. b).a ao de planejamento numa economia capitalista sempre favorece as pequenas e mdias empresas em detrimento das grandes. c).o planejamento regional no Brasil fortaleceu os estados e municpios. d).o planejamento regional freou o processo de industrializao no Nordeste.
54..Leia o texto e observe os climogramas:
Emigrao e as Conseqncias
Quando h inverno abundante No meu Nordeste querido Fica o pobre em um instante Do sofrimento esquecido Tudo graa, paz e riso Reina um verde paraso Por vale, serra e serto Porm no havendo inverno Reina um verdadeiro inferno De dor e de confuso.
(Patativa do Assar: uma voz do Nordeste. Hedra, 2000, p. 91)
A confrontao do poema de Patati va do Assar com os climogramas apresentados permite afirmar que: a).o poeta desconhece o regime climtico do serto nordestino, visto que o inverno a estao meteorolgica com os menores ndices pluviomtricos na regio, conforme indicado no climograma I. b).o climograma II representa corretamente as caractersticas climticas do serto nordestino, mencionadas pelo poeta: predomnio de temperaturas elevadas no vero e amenas no inverno, alm do pico pluviomtrico nos meses de maro e abril. c).os dois grficos se complementam e confirmam a descrio feita pelo poeta pois, no climograma I, tem-se a representao de um ano de seca prolongada e, no climograma II, de um ano chuvoso, tanto no vero como no inverno. d).o climograma I representa corretamente as caractersticas do clima tropical semi-rido, marcado pelas baixas temperaturas nos meses de inverno, que favorecem a produo agrcola no serto nordestino. e).ao mencionar a importncia do inverno para o sertanejo, o poeta refere-se ao perodo de chuvas no serto que, conforme representado corretamente no climograma I, no coincide com o inverno meteorolgico.
55..De acordo com a classificao climtica de A. Strahler, adaptada para o Brasil por Carlos A. F. Monteiro, o grfico acima caracteriza o clima: a).semi-rido. b).subtropical. c).tropical mido. d).equatorial.
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56..Para responder questo, considere as afirmati vas abaixo, sobre a Regio Nordeste do Brasil.
I..A regio nordeste a maior regio do pas, concentrando mais de 50% da populao brasileira. II..A sub-regio nordestina do Serto caracterizada pelo clima semi-rido, com a predominncia de rios intermitentes. III..A transposio do rio So Francisco tem causado muita polmica, pois h temor de que a transferncia das guas possa destruir de vez esse ecossistema. IV..Os maiores problemas sociais do Nordeste esto no Agreste, onde h concentrao de misria associada a subemprego e a baixos salrios, principalmente nas metrpoles, como Recife e Salvador.
Esto corretas: a).I e II. b).I e III. c).I e IV. d).II e III. e).II, III e IV.
Aproximadamente 600 pessoas integrantes de diversos movimentos sociais ocupam, desde ontem pela manh, o prdio da 2 Superintendncia Regional da Companhia de Desenvol vimento do Vale do So Francisco (Codevasf) em Bom Jesus da Lapa (BA). Os manifestantes so contra o projeto do governo federal de transposio das guas do Rio S. Francisco (...) O comando da ao est a cargo da Articulao Popular pela Revitalizao do Rio So Francisco. Correio da Bahia. Manifestantes ocupam sede da Codevasf. 17/04/2007, Aqui Salvador, p. 03.
57..Um dos argumentos contra a obra de transposio das guas do rio So Francisco o de que seria mais importante revitaliz-lo, pois o rio estaria comprometido por transformaes em sua bacia. Sobre essas transformaes pode ser dito que: a).na regio do mdio So Francisco em direo a sua foz h a presena dinmica do agronegcio, grande consumidor das guas do rio. b).o regime de chuvas, em razo do aquecimento global, j foi alterado na regio da bacia do So Francisco, provocando uma diminuio do volume das guas. c).o rio, sobrecarregado com o uso de suas guas pelo agronegcio, sobrevive graas aos cuidados com as matas ciliares do seu curso e de seus afluentes. d).uma reserva de vitalidade para o rio so as represas, como de Sobradinho, que terminam funcionando como depsitos de guas despoludas. e).a grande industrializao nas margens e na bacia do Rio So Francisco, que se dirige para seu baixo curso, resulta num aumento da descarga poluente.
58..O Rio Grande do Norte tem apresentado um dinamismo motivado por atividades que envol vem diversos setores da economia. Nesse cenrio, a carcinicultura uma das que mais se expande, tendo ocupado lugar de destaque na pauta de exportaes do estado. O xito no cultivo do camaro no Rio Grande do Norte est atrelado a fatores de ordem ambiental, entre os quais se destacam: a).as altas temperaturas, os deltas dos rios e a baixa salinidade da gua no decorrer do ano inteiro. b).as mdias temperaturas, os deltas dos rios e a salinidade da gua existente no perodo chuvoso. c).as mdias temperaturas, os esturios dos rios e a baixa salinidade da gua no perodo de estiagem. d).as elevadas temperaturas, os esturios dos rios e a salinidade das guas existentes o ano todo.
59..Ultimamente, a imprensa tem utilizado a expresso guerra fiscal , para denominar o tipo de relacionamento entre os estados da Federao. Essa expresso significa: a).a realizao de blitz fiscal de um estado em territrio de outro. b).a discordncia por parte de alguns estados quanto privatizao de suas empresas. c).a concesso de amplos benefcios fiscais por parte de alguns estados para atrarem investimentos industriais em seu territrio. d).a moratria decretada por alguns estados, levando a outros a tambm deixarem de pagar suas dvidas com a Unio. e).a instalao de barreiras alfandegrias nas estradas que cruzam vrios estados, devido s diferentes formas de tributos.
60..Atravs da anlise do mapa acima, conclui-se que: a).a rea 3 grande produtora de caf e cacau, graas a seu solo tipo massap. b).a rea 2 constitui uma faixa de transio, produzindo, milho, arroz, feijo e mandioca. c).na rea 4, ocorre a produo de cana-de-acar e tambm a extrao do ltex. d).todas as reas numeradas no mapa pertencem ao Polgono da Seca, que tem como principal caracterstica fisiogrfica a existncia de desertos. e).a rea 1 produz uvas de excelente qualidade, concorrendo diretamente com as castas vinferas do Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul.
61..A Agncia Nacional de guas (ANA) realizou, em 2002, diagnstico ambiental das bacias hidrogrficas brasileiras. Analise este mapa, que foi elaborado com base nos resultados alcanados por essa Agncia no que se refere situao atual da bacia hidrogrfica do Rio So Francisco:
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Brasil: Recursos Hdricos e Aspectos Prioritrios, Agncia Nacional de guas (ANA), 2002.
Nesse mapa, de acordo com a legenda que o explica, est indicado o uso da terra dessa bacia em quatro tipos de reas I, II, III e IV.
A partir dessa anlise incorreto afirmar que: a).a rea I abriga grande nmero de atividades minerrias, que tm comprometido a qualidade da gua pela intensificao do assoreamento e do uso de produtos txicos. b).a rea II tem sido alvo de conflitos decorrentes do uso mltiplo da gua notadamente para gerao de hidroeletricidade e para imigrao. c).a rea III apresenta grande concentrao de projetos de irrigao fortemente dependente da vazo dos rios, tendo-se em vista as reduzidas mdias anuais de precipitao. d).a rea IV caracterizada por alta concentrao demogrfica e industrial, responsvel pela emisso de grande volume de cargas poluidoras na rede hidrogrfica.
62..O rio So Francisco considerado o rio da integrao nacional. Sobre algumas de suas caractersticas hidrogrficas correto afirmar. a).tem suas nascentes em Minas Gerais, escoando pelos estados da Bahia e Pernambuco, indo desembocar na divisa entre Sergipe e Alagoas. b). considerado o maior rio nacional, porque sua hidrografia faz parte de todas as regies brasileiras. c).todo o seu curso est inserido na regio semi-rida do Nordeste Brasileiro, apresentando, portanto, afluentes de regime perene. d).apesar de ser intermitente em seu alto curso, ele perenizado somente aps a Hidroeltrica de Paulo Afonso.
O oeste da Bahia hoje reconhecido como o novo Nordeste. Um novo espao econmico vem sendo construdo principalmente em funo da expanso da agroindstria da soja nos cerrados do Nordeste Ocidental.
63..A partir do texto, analise as afirmaes a seguir:
I..A ocupao do oeste baiano testemunhou a inverso de um processo migratrio dominante at os anos 80: foram os sulistas que, numa extenso de uma vasta rede regional construda no interior do Brasil, invadiram o Nordeste. II..Nessa rea ocorreu o encontro indito entre dois extremos da formao social brasileira: generalizando, o grupo mais influenciado pela cultura europia, os sulistas descendentes de italianos e alemes, e o mais influenciado pela cultura africana e cabocla, os baianos. III..No Novo Nordeste conjuga-se uma modernizao amplamente comandada pelos interesses privados e uma natureza dominada pela planura que estimula o padro geomtrico de ocupao e facilita a mecanizao agrcola. IV..Aqui, a rodovia, o asfalto, condicionou a organizao do espao, valorizando terras, dirigindo o comrcio, fazendo brotar cidades como que repetindo o papel da ferrovia e das estaes de trem na ocupao do oeste paulista nos anos 40.
Assinale o item verdadeiro: a).apenas as afirmativas I e II esto corretas. b).apenas as afirmativas III e IV esto corretas. c).apenas as afirmativas II e IV esto corretas. d).apenas as afirmativas I, III e IV esto corretas. e).todas as afirmativas esto corretas.
64..Observe as imagens:
AS DIVERSIDADES DE AMBIENTES DO NORDESTE BRASILEIRO
A anlise das ilustraes e os conhecimentos sobre o Nordeste brasileiro permitem afirmar:
(X).As chuvas frontais que, no perodo outono-inverno, atingem o litoral oriental do Nordeste, quando muito concentradas, causam grandes prejuzos em reas consideradas de risco, que so produzidas pela inadequada ocupao humana. (X).A mata dos cocais, localizada no Meio-Norte, constitui uma regio de transio entre o ecossistema do semi-rido e o das superfcies florestadas da Amaznia. (X).O rio So Francisco percorre regies do Nordeste que apresentam significativas variaes no regime das chuvas o que interfere, de forma decisiva, na variao do seu dbito anual. (X).Os afluentes da margem esquerda do rio So Francisco, no estado da Bahia, que fluem dos Profs.: Italo Trigueiro / Joanilson Jr. GEOGRAFIA DO NORDESTE BNB
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chapades ocidentais contribuem para a perenizao do seu curso dgua ao longo do serto nordestino. (X).O projeto de transposio do rio So Francisco tem o mrito de recolocar, na pauta das discusses, a questo da pobreza no serto nordestino, onde, no Polgono das Secas, a irrigao de terras representa a chave para a soluo de todos os problemas regionais. (X).O projeto de transposio do rio So Francisco, quando concretizado, ir viabilizar um maior aproveitamento das guas do Velho Chico em toda sua margem direita. (X).As cidades de Recife e Juazeiro apresentam a mesma variao trmica e pluviomtrica anual, apesar de estarem situadas em zonas climticas diferentes.
Qual das opes abaixo segue a seqncia correta? a).F-V-F-V-F-F-V. b).V-V-V-V-F-F-F. c).V-V-V-F-F-F-V. d).F-F-V-V-V-F-F. e).F-F-F-F-V-V-V.
No Piau, uma empresa fruticultora vem produzindo para exportao, sobretudo mangas para o mercado europeu. A regio, sem tradio no setor, tem terras frteis e baratas, reserva hdrica, luminosidade e altas temperaturas no vero. Em funo do clima, o ciclo de maturao dos frutos rpido, o que imps pesquisar e descobrir usos adequados de nutrientes e hormnios vegetais para controlar o amadurecimento. A empresa dispe de 18 poos artesianos para irrigar 400 hectares de rea plantada. Empregando 200 trabalhadores, exportou 800 toneladas de manga para a Europa. Pretende atingir 4 mil toneladas por ano e expandir-se para o mercado dos EUA.
Revista Globo Rural, abril de 1999, p. 61-63.
65..Assinale a alternati va que no corresponde ao contexto da situao acima descrita: a).as inovaes tcnicas e organizacionais na agropecuria brasileira, no perodo atual, concorrem para um novo uso da terra e do tempo no calendrio agrcola, e para reforar a rediviso territorial do trabalho no campo. b).o territrio brasileiro tem incorporado caractersticas da revoluo agrcola, especialmente nas culturas de exportao, que vem invadindo algumas reas antes destinadas agricultura alimentar bsica (como milho, feijo e arroz). c).a modernizao capitalista no campo, base de investimentos em cincia e tecnologia, elevou a produtividade e o volume da produo no pas. Com isso, diminuem as limitaes impostas pelas condies naturais. d).com a modernizao da produo agropecuria no Brasil, marcada pela forte participao do Estado, as empresas agroindustriais absorveram o excedente da mo-de-obra agrcola e aqueles que no tiveram acesso terra. e).a modernizao do campo concentrou-se basicamente no Centro-Sul do pas, expandindo-se a seguir em manchas descontnuas e especializadas (frutas, soja, legumes para industrializao etc.), como o caso de algumas reas do Nordeste.
66..A questo est relacionada ao mapa da regio Nordeste apresentado abaixo.
Observe o perfil do relevo.
Ele encontrado ao longo da linha a).1-2. b).3-2. c).3-4. d).5-4. e).6-7.
67..Os solos do semi-rido nordestino so, em geral, mais rasos que os solos do Sul e do Sudeste do Brasil, em virtude: a).da intensa lixiviao na regio, que provoca constante dissoluo e transporte dos elementos mais solveis contidos nos solos. b).da formao das lateritas, ocasionadas pelos baixos ndices pluviomtricos da regio. c).do aumento da acidificao, que compromete o uso do solo para as atividades agrrias. d).da fraca pluviosidade e da elevada evapotranspirao da regio. e).da diminuio de nutrientes minerais e orgnicos, decorrente do clima seco e quente.
68.. O projeto de transposio das guas do rio So Francisco vem reforar a infraestrutura hdrica de combate seca no semi-rido nordestino. A captao de gua envol ve uma modesta vazo que no representa nenhum perigo para o Velho Chico, mas poder beneficiar milhes de pessoas e abrir espao para a dinamizao da economia do semi- rido.
P. C. Magalhes. A transposio das guas do rio So Francisco. In: Cincia Hoje, 2005, vol. 37, n 217.
A respeito da geografia do rio So Francisco correto afirmar: a).o rio So Francisco nasce na Serra da Canastra (MG), percorrendo um total de 2.700 km at desaguar no litoral da Bahia junto ao Oceano Atlntico. b).ao longo do vale do rio So Francisco podemos encontrar importantes barragens como a de Trs Marias, Sobradinho, Itaparica, Paulo Afonso e Xingu. c).o clima semi-rido ao longo de toda a bacia hidrogrfica do rio So Francisco caracterizado por poucas chuvas e elevada evaporao. GEOGRAFIA DO NORDESTE BNB Profs.: Italo Trigueiro / Joanilson Jr.
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d).a transposio das guas do rio So Francisco visa atender regies semi-ridas dos estados do Cear, Paraba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. e).desde a poca colonial vem sendo construdos audes no semi-rido que beneficiam principalmente a populao mais pobre.
Em uma entrevista dada Folha de So Paulo, em fevereiro de 2005, o gegrafo Aziz AbSaber defende a idia contrria de transposio das guas do rio So Francisco, afirmando que o projeto atender apenas alguns milhares de quilmetros, enquanto o Nordeste seco, delimitado pelo espao da caatinga e os rios intermitentes e exorricos, abrange um espao fisiogrfico scio-ambiental muito maior, da ordem de 750.000 km 2 .
69..Entende-se pelos termos caatinga, intermitentes e exorricos, respecti vamente: a).vegetao tropfita, rios perenes e rios que correm para o mar. b).vegetao xerfita, rios temporrios e rios que correm para o mar. c).vegetao tropfita, rios temporrios e rios que correm para o interior do continente. d).vegetao halfita, rios perenes e rios que correm para o interior do continente. e).vegetao tropfita, rios temporrios e rios que secam antes de chegarem ao mar.
70..O corte topogrfico abaixo esquematiza o perfil do relevo da Regio Nordeste do Brasil entre o Planalto da Borborema e a Bacia do Parnaba. As reas identificadas pelos algarismos I e II correspondem, respecti vamente: a). Depresso Sertaneja e s falsias cristalinas. b). Depresso Sertaneja e aos tabuleiros litorneos. c). Depresso Nordestina e aos tabuleiros litorneos. d). Depresso Sertaneja e aos inselbergs. e). Depresso Nordestina e s falsias sedimentares.
71..A Depresso Sertaneja e os Macios Residuais midos representam duas unidades de paisagens existentes no Nordeste brasileiro. Sobre algumas das suas caractersticas naturais, considere as afirmaes seguintes.
I..Na Depresso Sertaneja, prevalecem o intemperismo fsico, rochas cristalinas, solos rasos e pouco profundos, vegetao caduciflia e drenagem intermitente. II..Nos Macios Residuais midos, predominam o intemperismo qumico, rochas cristalinas, solos profundos, vegetao subpereniflia e drenagem subperene. III..A Depresso Sertaneja e os Macios Residuais tm, em comum, o predomnio de rochas sedimentares, solos muito profundos, vegetao pereniflia e drenagem perene.
Da leitura das afirmaes acima, correto afirmar que: a).apenas I e II so verdadeiras. b).apenas I verdadeira. c).apenas I e III so verdadeiras. d).apenas III verdadeira. e).I, II e III so verdadeiras.
72..A floresta litornea brasileira (Mata Atlntica) vem sendo devastada desde a chegada dos primeiros colonizadores. No Rio Grande do Norte, essa devastao continua, em decorrncia, principalmente, da a).criao de camaro em cativeiro e extrao de madeira. b).expanso da atividade canavieira e ocupao desordenada do solo. c).expanso das reas de veraneio e da pecuria intensiva. d).criao dos engenhos de acar e dos distritos industriais.
73..No Rio Grande do Norte, a formao vegetal que, influenciada pelo clima, pelo solo e pelo relevo, se destaca por apresentar razes-suportes e razes respiratrias denomina-se matas de a).praias. b).dunas. c).restingas. d).mangues.
A vegetao... o afoga; abrevia-lhe o olhar; agride-o e estonteia-o; enlaa-o na trama espinescente e no o atrai; repulsa-o com as folhas urticantes, com o espinho, com os gravetos estalados em lanas; e desdobra-se-lhe na frente lguas e lguas, imutvel no aspecto desolado: rvores sem folhas, de galhos estorcidos e secos, revoltos, entrecruzados, apontando rijamente no espao ou estirando-se flexuosos pelo solo, lembrando um bracejar imenso, de tortura, da flora agonizante.
74..O trecho acima foi extrado da obra Os Sertes , escrita por Euclides da Cunha, no relato de um dos mais sangrentos episdios da histria brasileira. A alternati va que aponta corretamente a relao entre a vegetao descrita anteriormente e o episdio narrado : a).Caatinga Guerra dos Emboabas. b).Cerrado Guerra dos Emboabas. c).Mata de Araucria Guerra do Contestado. d).Caatinga Guerra de Canudos. e).Cerrado Guerra dos Farrapos.
Celso Antunes. Geografia e Participao. Scipione. p. 31.
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75..A populao sertaneja que se desloca nas estaes secas encontra na Zona da Mata uma demanda por mo-de-obra sazonalmente aquecida pela: a).formao de pastagens novas em reas de matas. b).realizao da colheita de cana-de-acar. c).necessidade de replantio de velhos cafezais. d).implantao de grandes projetos de reflorestamento. e).ocorrncia do plantio de lavouras de algodo.
O processo de industrializao do Nordeste iniciou- se na segunda metade do sculo XIX. No incio do sculo XX, sofreu a implantao de indstrias diferentes das at ento existentes. A SUDENE reanimou o desenvol vimento industrial nordestino.
76..Assinale a alternati va correta que se relaciona s afirmaes do texto anterior. a).a SUDENE criando novas indstrias nas dcadas de 60 e 70 aumentou sensivelmente o nmero de empregos, nas capitais nordestinas e reduziu as migraes para essas capitais. b).a SUDENE conseguiu reanimar as indstrias tradicionais, na primeira metade do sculo XX, incentivando a implantao de fbricas de extrao de leo de sementes de algodo, de mamona e de oiticica que no sendo automatizadas resolveram, em boa parte, a questo do emprego. c).a implantao de usinas de acar e de fbricas de tecidos ligadas produo do algodo, do agave e caro foram iniciadas apenas aps a criao da SUDENE, na dcada de 1950. d).apesar da SUDENE provocar um certo desenvolvimento industrial, no houve uma diversificao nos tipos de indstrias do Nordeste, aps a dcada de 1950, permanecendo a mesma estrutura industrial, baseada na manufatura de produtos agrcolas. e).incentivos fiscais contriburam para a implantao de novas indstrias e a modernizao de algumas das antigas, no entanto, a SUDENE investindo mais em reas que j apresentavam um certo dinamismo econmico, no minimizou a pobreza nordestina e as migraes para as grandes cidades.
77..A partir da dcada de 60, o Nordeste passou a receber a ajuda do governo atravs de incentivos fiscais, os quais no provocaram mudanas na sua estrutura porque: a).o campo no recebeu a devida ateno por parte dos fazendeiros, interessados apenas em usufruir diretamente os benefcios. b).a nova indstria era voltada para a produo de insumos com destino s indstrias do Centro-Sul. c).as antigas usinas aucareiras absorveram a ajuda do poder pblico, no diversificando, desta forma, os recursos que chegaram. d).a agroindstria da Zona da Mata no facilitou a gerao de novos empregos, dando continuidade s migraes j existentes. e).a transformao do antigo trabalhador em assalariado promoveu o aparecimento de uma classe que passou a viver exclusivamente do poder pblico.
Quando o pessoal via ns com o matulo nas costas j sabia: corumb. Era tempo que chegava o empreiteiro da usina aucareira, o cabo, e chamava aquelas turmas, 10, 12, at 20 trabalhadores de uma vez (...) Ah dona moa, ningum segura o trabalhador do agreste nas trovoadas de janeiro, aquilo uma festa, ver que j pode botar roado no seu stio, plantar sua mandioca, seu milho, seu feijo.
Tereza Sales. In: Agreste, Agrestes.
78..O texto reproduz palavras de um agricultor que: a).se dedica pecuria e migra sazonalmente para o Serto. b).se dedica a culturas de mercado e migra definitivamente para a Zona da Mata. c).se dedica agroindstria e migra sazonalmente do Agreste para o Serto. d).se dedica a culturas de exportao e migra da zona rural para a zona urbana. e).se dedica a culturas de subsistncia e migra sazonalmente para a Zona da Mata.
Na rea canavieira, algumas usinas absorveram engenhos, fazendas e propriedades vizinhas e at usinas menores, transformando-se em grandes indstrias. No Rio Grande do Norte, a Usina So Francisco absorveu as usinas que existiam no vale do Cear-Mirim Santa Terezinha, Ilha Bela e Guanabara e tem hoje o controle do vale; em Sergipe, a Usina Pinheiro dominou, com duas outras, toda a rea canavieira onde, no passado, funcionavam dezenas de pequenas usinas.
79..O texto relata exemplos de um processo desenvol vido no Nordeste: a).na zona da mata, onde houve, a acelerao da concentrao fundiria, aps a Segunda Guerra Mundial. b).na zona do agreste, onde houve a substituio das pequenas propriedades por extensas reas de criao de gado de corte, no final do sculo passado. c).na zona da mata, onde houve a fragmentao da propriedade, e a produo intensiva de fibras, tais como, o agave e o caro, no incio do sculo XX. d).nas zonas do agreste e da mata, onde a agroindstria do acar e do lcool reorganizou a pequena produo, aps a criao do Instituto do Acar e do lcool, na dcada de 1930. e).nas zonas do agreste e da mata, onde as usinas implantaram projetos de plantio do cacau, fumo e mangosto em terras antes ocupadas pela pequena propriedade policultora.
80..Considere o trecho do Poema Morte e Vida Severina , de Joo Cabral de Melo Neto.
(...) Somos muitos Severinos iguais em tudo e na sina: a de abrandar estas pedras suando-se muito em cima, a de tentar despertar terra sempre mais extinta, a de querer arrancar algum roado da cinza (...)
A leitura do texto e seus conhecimentos sobre a realidade nordestina permitem afirmar que o autor retratou: a).o corumb na Zona da Mata, onde o trabalho temporrio se reduz cada vez mais em funo da mecanizao do corte de cana. b).as dificuldades do mdio e pequeno produtor da Zona da Mata, cada vez produzindo menos em funo da perda de fertilidade do solo. GEOGRAFIA DO NORDESTE BNB Profs.: Italo Trigueiro / Joanilson Jr.
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c).o pequeno agricultor sertanejo, que sofre com a irregularidade do clima e sobretudo com a falta de terras para o plantio de subsistncia. d).o pobre agricultor do Meio-Norte que sofre com o avano do processo de desertificao provocado pelas sucessivas queimadas. e).o problema dos agricultores do Agreste que tm perdido grandes espaos agrcolas, em funo da laterizao dos solos agrcolas.
81..Considere a frase apresentada a seguir sobre o nordeste brasileiro.
O SERTO VAI VIRAR (PO) MAR!
Jos Arbex Jr. e Nelson Bacic Olic. O Brasil em regies Nordeste. So Paulo: Moderna, 1999, p. 38.
A frase faz referncia, principalmente, s mudanas recentes no uso do solo nordestino, a saber: a).o cultivo de cana-de-acar na regio do Cariri-CE, nos chamados brejos de encosta. b).a recuperao de grandes reas de produo de cacau, anteriormente devastadas por pragas como a vassoura de bruxa. c).a ampliao das reas de cultivo de coqueiros em direo ao interior nordestino. d).a introduo da fruticultura irrigada no mdio vale do Rio So Francisco. e).a explorao da Mata dos Cocais no Maranho, atravs de mtodos extrativistas sustentveis.
82..Analisando as relaes cidade e campo no Nordeste Brasileiro correto afirmar que: a).a liberao de mo-de-obra no campo em funo da mecanizao agrcola uma das caractersticas do espao rural. b).o espao rural vem se tornando cada vez mais independente do espao urbano. c).as elevadas taxas de produtividade agrcola, atravs da modernizao do setor, explicam o aumento do xodo rural. d).a pecuria na regio do serto hoje praticada de forma intensiva com elevados ndices de produtividade, liberando mo-de-obra do campo para as cidades. e).a migrao campo-cidade provoca intensa urbanizao produzindo periferias urbanas deficientes em infraestrutura e servios urbanos.
Em 10 anos, essa cultura cresceu 584,26% no oeste da Bahia, tornando a regio responsvel por 100% da produo atual do estado. A produo do oeste da Bahia representa 73,1% da produo do Nordeste e 4,6% do pas.
Internet: <http://www.bndes.cnpm.embrapa.br>.
83..A cultura agrcola qual o texto se refere e o tipo de vegetao original predominante no oeste baiano so, respecti vamente: a).O cacau e o cerrado. b).O milho e a caatinga. c).A cana-de-acar e a caatinga. d).A soja e o cerrado. e).O sisal e a floresta tropical mida.
O Urucia vem dos montes oestes. Mas, hoje, que na beira dele, tudo d fazendes de fazendas, almagem de vargens de bom render, as vazantes; culturas que vo de mata em mata, madeiras de grossura, at ainda virgens dessas h l. O geraes corre em volta. Esses gerais so sem tamanho. Enfim, cada um que quer aprova, o senhor sabe: po ou pes, questo de opinies (...). O Serto est em toda parte.
Joo Guimares Rosa. Grande Serto: Veredas. 10 ed. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1976, p. 9.
84..O trecho acima revela a viso particular de uma paisagem tpica do Brasil o serto que se caracteriza por apresentar: a).espaos interioranos ocupados por lavouras e pecuria extensiva. b).lugares constitudos de vales fluviais cercados por matas galerias e lavouras de subsistncia. c).reas litorneas de vegetao rasteira e explorao extrativa. d).regies de vegetao herbcea de domnio da pecuria intensiva. e).territrios de baixa densidade demogrfica cobertos por florestas densas.
85..A MQUINA D'GUA
No cu tempo de entrudo, Prenderam a gua no cu. No tem gua para o milho, Nem gua para o animal, Nem para a moa morena Lavar o corpo dengoso, Nem para a criana beber. O nordeste est esperando. ........................................... Ento o bom presidente Manda chamar o alemo. Encomenda um maquinismo Que custa, em ouro sonante, Seiscentos mil contos de ris. Parte gente pro nordeste, Acamparam, faz cidades; O nordeste est esperando A gua cair da mquina, J que do cu no caiu. O nordeste est esperando. Famlias j se mudaram Para o sul, para o Japo E muitas pro cemitrio. O nordeste est esperando. ........................................... A mquina est se fazendo, Est mas caprichando. A mquina j se aprontou, O nordeste inclina o corpo; Mas toda a gua que tem No maquinismo engenhoso Cai em cima de um navio Onde o rei Alberto vem, Se transforma num repuxo Luxuoso e multicor, O rei achou muito lindo, A rainha achou tambm; Chegaram na capital Bem limpinhos e lavados, Ficaram aqui no bem-bom, Caam libras do cu; Depois voltaram pra Europa, Quando passam no nordeste O nordeste j secou.
Murilo Mendes. Poesia completa e prosa. Aguilar, 1994, p. 180-181. Profs.: Italo Trigueiro / Joanilson Jr. GEOGRAFIA DO NORDESTE BNB
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No semi-rido nordestino existem cerca de 70.000 audes: mquinas d'gua destinadas irrigao de lavouras e ao abastecimento do homem e dos animais. Apesar de sua importncia para a populao local e regional, os audes geram problemas ambientais. Dentre esses problemas, destaca-se: a).a reduo do potencial aqfero dos audes, em funo do uso inapropriado por parte de pequenos e mdios agricultores; b).a inundao de reas agricultveis na poca das chuvas, em virtude da utilizao espordica dos grandes reservatrios aqferos; c).a salinizao dos corpos d'gua e, conseqentemente, das reas irrigadas, devido intensa evaporao e s caractersticas dos solos onde os audes se localizam; d).a alterao climtica provocada pela elevada evapotranspirao de pequenos e mdios reservatrios localizados nas chapadas e tabuleiros; e).o desmatamento das reas de vrzea provocado pelas obras de drenagem de rios e pelo uso extensivo dos recursos hdricos.
86..Considere os seguintes textos:
Texto I
As estradas que levam aos portos de Mossor Areia Branca e Macau esto cheias de retirantes, que vo se arrastando, fugindo do cal vrio da sua misria, havendo, entre esses, muitas vtimas que caem inanimadas por no suportarem as fadigas e a durao da viagem.
Jornal A Repblica, Rio Grande do Norte, set./1903.
Texto II
Metade dos municpios do Nordeste 51,7% est em situao emergencial por causa da seca. So 8,7 milhes de pessoas nessas reas em estado crtico, segundo relatrio da Secretaria Nacional da Defesa Civil. Jornal Folha de So Paulo, nov./1992.
A leitura dos dois textos e seus conhecimentos sobre a realidade nordestina permitem afirmar que: a).o agravamento da seca no Nordeste cclico e as pesquisas federais revelam que o problema limita-se irregularidade das chuvas e vem sendo reduzido ano a ano. b).no incio do sculo os problemas relacionados seca eram muito mais graves, pois no havia ainda a ajuda governamental e a concentrao das terras era muito grande. c).a perpetuao do problema da falta de gua no Nordeste tem a dupla finalidade de preservar o clientelismo e mascarar um grande problema da Regio que a m distribuio das terras. d).o nmero crescente de reas irrigadas tem permitido hoje evitar o xodo forado do sertanejo, como acontecia com maior freqncia no incio do sculo. e).atualmente o problema das secas enfrentado com muito mais seriedade que no incio do sculo, sendo prova disto a distribuio de cestas bsicas e a perfurao de poos nas zonas mais afetadas.
87..O rio So Francisco j recebeu vrias denominaes, dentre as quais se destaca a de Nilo brasileiro . Na atualidade, tal denominao perfeitamente adequada, porque: a).H enormes extenses de cultivo de papiro e algodo em suas margens fertilizadas naturalmente pelo material sedimentar carregado pelas guas do rio, tal como ocorria no Egito Antigo, cuja economia se baseava nesses produtos. b).O So Francisco, tal como o Nilo, por ser totalmente navegvel, extremamente importante para a circulao de pessoas e mercadorias em todo o vale do rio, sendo inclusive a nica via de circulao do serto nordestino. c).Atualmente se desenvolve em vrias reas semi- ridas do Nordeste uma prspera agricultura de irrigao, que s possvel graas s guas do So Francisco, tal como acontecia no Egito nas terras banhadas pelo rio Nilo; dessa forma, o Velho Chico est para o serto assim como o Nilo estava para o Egito antigo. d).Tanto o rio Nilo como o So Francisco so rios bastante encachoeirados; por isso, so aproveitados para o fornecimento de energia eltrica, estando localizadas no mdio vale do So Francisco suas principais hidroeltricas: Pirapora, Sobradinho e Itaipu.
88..Sob o aspecto natural, o Nordeste a mais diversificada dentre regies brasileiras. Os quadros agrrios tm muitas de suas caractersticas subordinadas aos solos, s condies climticas e ao relevo. Por tais razes, pode-se corretamente afirmar que: a).nos sertes, a variao de solos muito pequena em funo de relevos aplainados, onde se estabelece um sistema de pecuria semi-intensivo. b).as serras midas em rochas exclusivamente sedimentares tm uma ocupao agrcola muito variada. c).o litoral mido domnio da Mata Atlntica e da monocultura canavieira. d).a rea cacaueira, situada nos agrestes nordestinos, tem apresentado notvel crescimento de produtividade agrcola.
89..A respeito do clima da regio destacada no mapa, assinale a opo correta: a).aparece na periferia dos desertos, sem ocorrncia de chuvas durante o ano. b).caracteriza-se pela irregularidade das chuvas, com uma estao de seca prolongada. c). determinado pela atuao da massa equatorial atlntica, quente e seca. d).apresenta as menores mdias pluviomtricas do pas, pela atuao da massa equatorial continental. e).ocorre como conseqncia do fenmeno da friagem nos meses de seca.
GEOGRAFIA DO NORDESTE BNB Profs.: Italo Trigueiro / Joanilson Jr.
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A Regio Nordeste a parte do territrio nacional que mais desafios tem colocado compreenso... o territrio mais consolidado em termos de ocupao populacional e o que apresenta maior durabilidade de sua estrutura produtiva.
In E. de Castro. Seca vs Seca. In: Brasil: questes atuais da reorganizao do territrio. Bertrand Brasil, 1996.
90..Qual das alternati vas no se relaciona com o texto anterior? a).a Zona da Mata nordestina se mantm como importante rea aucareira. b).a pecuria continua sendo o elemento chave da estrutura produtiva do serto nordestino. c).os setores produtivos tradicionais se mantm mesmo com os avanos da industrializao e da urbanizao propiciados pelos incentivos fiscais articulados pela SUDENE. d).a Regio Nordeste oferece possibilidades para investimentos devido, entre outros aspectos, sua disponibilidade de recursos naturais e proximidade dos mercados. e).a manuteno de estruturas produtivas tradicionais demonstra a resistncia das elites nordestinas s mudanas.
91..A ilustrao refere-se aos problemas nordestinos. Sobre esse assunto, pode(m)-se afirmar:
I..A fome e a desnutrio no Nordeste no conseqncia exclusiva da estiagem, mas de um problema social e poltico ancorado na desigual distribuio de renda. II..A fome e a desnutrio constituem um problema exclusivo do serto nordestino. III..A poltica assistencialista do Estado o meio mais eficaz para sanar os problemas da fome e da desnutrio no Nordeste. IV..A fome e a desnutrio atingem o Nordeste em verdadeiros surtos, de forma espordica, justamente nos perodos de seca prolongada.
Est(o) correta(s):
a).apenas I. b).apenas I e II. c).apenas II e III. d).apenas II e IV. e).apenas III e IV.
Em 1989, quase todos os 407 operrios da cidade de Pacajus (Cear) estavam na fbrica de suco e castanha-de-caju Jandaia. Hoje, a cidade abriga a fbrica de jeans da Vicunha, a Rigesa, produtora de papel, e uma cadeia de fornecedores. O nmero de empregos chegou a 5.188, um salto de 1.147%. So Paulo j foi o Eldorado de todo cearense', diz o mecnico de tecelagem Genival Soares da Silva, que morou nove anos na capital paulista. Mas hoje o futuro est aqui, completa o operrio, que ganha R$ 550,00, metade do que recebia em So Paulo.
Folha de So Paulo, 19/09/1999.
92..A partir do texto, as mudanas na relao entre a economia paulista e algumas reas do Nordeste, no que tange ao emprego, podem ser traduzidas pela seguinte afirmao: a).a crise econmica no Centro-Sul estimula as migraes de retorno e a criao de empregos mais baratos no Nordeste b).a poltica de incentivos fiscais do governo paulista expulsa empresas e impulsiona o trabalho mais qualificado no Nordeste c).a saturao da cidade de So Paulo fora a desconcentrao industrial e estimula a absoro de empresas paulistas por nordestinas d).a ao do governo nordestino abre novas possibilidades de investimentos e dificulta a soluo dos problemas de poluio industrial no Sudeste
93..Considere os seguintes textos:
Texto I
Rio Grande do Norte, com uma rea de 2,8 mil hectares em produo de camaro no final do ano 2000, estima fechar o ano de 2001 com 10 mil hectares de viveiros. Os esturios e reas prximas ao litoral oriental vm sendo utilizados para criao comercial de camaro em cati veiro. A produo de camaro do Estado no ano 2000 gerou uma exportao da ordem de US$ 14 milhes e deve atingir US$ 45 milhes este ano.
Internet: <www.estado.estadao.com.br>.
Por outro lado, nos mangues, existe uma realidade socioeconmica diferente expressa no recorte a seguir:
Texto II
Aos 10 anos de idade, Jos Trajano da Silva, o Z Violo, aprendeu seu ofcio catar caranguejo. Z Violo trabalhou meio sculo na coleta de caranguejos no mangue do Rio Potengi. Hoje com 62 anos de idade o morador do bairro Igap, zona norte de Natal, desistiu da atividade. Os caranguejos sumiram. No d mais para vi ver dessa atividade. De acordo com o pescador, desde a instalao dos vi veiros de camaro localizados no mangue da zona norte os caranguejos comearam a morrer.
Internet: <www.tribunadonorte.com.br>.
A criao de camaro em cativeiro no Rio Grande do Norte, nas reas de mangue, est associada : a).reduo da produo de caranguejo pelas alteraes da salinidade dos esturios. b).demanda de consumo, melhorando os hbitos alimentares e as condies de vida da populao ribeirinha. c).ampliao do volume de negcios, provocando prejuzos ao ecossistema e populao que dele sobrevive. Profs.: Italo Trigueiro / Joanilson Jr. GEOGRAFIA DO NORDESTE BNB
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d).valorizao mercantil do camaro, em virtude da perda da qualidade da produo de caranguejo.
94..O fragmento a seguir refere-se ao Nordeste brasileiro, nas ltimas dcadas do sculo XX.
Mudanas importantes remodelaram a realidade econmica nordestina, questionando, inclusive, vises tradicionalmente consagradas sobre a regio. Nordeste regio problema, Nordeste da seca e da misria (...). Essas so apenas vises parciais sobre a regio nos dias presentes (...). No revelam a atual e crescente complexidade da realidade econmica regional e no permitem desvendar uma das mais marcantes caractersticas do Nordeste atual: a grande diversidade e a crescente heterogeneidade de suas estruturas econmicas.
Arajo, T. B. Revista Proposta, n 82, set./1999.
A partir do fragmento textual, pode-se concluir que, no Nordeste: a).existem plos econmicos dinmicos, como as reas de fruticultura irrigada e os complexos petroqumicos, convivendo atualmente com as atividades agropastoris tradicionais. b).permanecem, predominantemente, as estruturas econmicas tradicionais do complexo gado-algodo- agricultura de subsistncia. c).prevalece o dinamismo das estruturas econmicas tradicionais das reas produtoras de cacau e de cana- de-acar. d).predominam, como plo de dinamismo econmico, as reas de extrao da carnaba e do babau, convivendo recentemente com os complexos agropastoris tradicionais.
As 90 famlias que vi vem no distrito de Iguau, no serto nordestino, no tm nada. A estiagem, que j dura trs anos, secou riachos e olhos d'gua e inviabilizou as roas. (...) A gua cai do cu, bate no solo cristalino dos morros desmatados que j no so capazes de conter a umidade no solo e foge rpida em direo aos rios maiores e da para o litoral, deixando secos os riachos de Iguau.
Dirio de Natal, 05/12/1999.
95..O texto acima refere-se ao fenmeno chamado: a).desertificao. b).lixiviao. c).assoreamento. d).vooroca.
96..O projeto de transposio do rio So Francisco prev a construo de 700 km de canais em dois eixos: Leste e Norte, para levar gua para as regies dos estados do Cear, Paraba, Pernambuco e: a).Sergipe. b).Rio Grande do Norte. c).Minas Gerais. d).Maranho. e).Alagoas.
97..Leia os argumentos, extrados do Jornal Folha de So Paulo, sobre o projeto de transposio das guas do rio So Francisco.
Fragmento I
O projeto pretende pr fim indstria da seca , que usa a gua levada por carros-pipa para conseguir votos. Assim, a prioridade levar gua para a populao. Se houver sobra, ela ser usada na irrigao. Fragmento II
A distribuio de gua pelo projeto ficar sob controle dos governadores, que tero sua fora poltica ampliada. Como o custo da gua ser alto, ela somente ser usada em grandes fazendas. A populao pobre no ter benefcios.
A leitura comparati va dos fragmentos I e II permite afirmar corretamente que: a).ambos se restringem a uma viso tcnica do problema. b).ambos preconizam o fim da ideologia por meio da poltica. c).a perspectiva do primeiro se contrape do segundo. d).a concepo ambiental do primeiro refora a do segundo. e).o segundo texto justifica e explica o primeiro.
Fabiano procurou em vo perceber um toque de chocalho... penetrou num cercadinho cheio de plantas, viu um barreiro vazio, um bosque de catingueiras murchas, um p de turco e o prolongamento da cerca do curral... Fabiano aligeirou o passo, esqueceu a fome, a canseira e os ferimentos. As alpercatas dele estavam gastas nos saltos e a embira tinha-lhe aberto, entre os dedos rachaduras dolorosas... chegaram aos juazeiros... fazia tempo que no viam sombras.
98..Graciliano Ramos descreve uma paisagem localizada na rea: a).4. b).5. c).1. d).2. e).3.
GEOGRAFIA DO NORDESTE BNB Profs.: Italo Trigueiro / Joanilson Jr.
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99..Os famosos Lenis Maranhenses apresentam: a).paisagem litornea semelhante a um deserto com dunas, embora a pluviosidade da regio forme lagoas doces. b).esturio em forma de delta, constituindo uma plancie aluvial que se prolonga at a costa, onde ocorrem as dunas. c).falsias, denominao regional das dunas, decorrentes da ao erosiva marinha. d).vales fluviais submersos pelo mar que constituem rias cercadas de dunas. e).extensa baa, pela qual o mar penetra, formando cordes litorneos e dunas.
Cndido Portinari. Menino morto, srie Os Retirantes.
Iriam para diante, alcanariam uma terra desconhecida. Fabiano estava contente e acreditava nessa terra, porque no sabia como ela era nem onde era. (...) E andavam para o sul, metidos naquele sonho. Uma cidade grande, cheia de pessoas fortes. Os meninos em escolas, aprendendo coisas difceis e necessrias. (...) Retardaram-se, temerosos. Chegariam a uma terra desconhecida e ci vilizada, ficariam presos nela. E o serto continuaria a mandar gente para l. O serto mandaria para a cidade homens fortes, brutos, como Fabiano, sinh Vitria e os dois meninos. Graciliano Ramos. In: Vidas secas.
100..O quadro e o trecho retratam uma rea geogrfica e uma temtica muito presentes no cenrio poltico e cultural do Brasil nas dcadas de 1930 e 1940. Uma associao correta entre a identificao da rea e duas temticas est em: a).Serto semi-rido: fome e xodo rural b).Agreste nordestino: seca e imigrao estrangeira c).Vale do So Francisco: coronelismo e urbanizao d).Zona da Mata nordestina: latifndio e mortalidade infantil
preciso explicar porque o mundo de hoje, que horrvel, apenas um momento do longo desenvol vimento histrico e que a esperana sempre foi uma das foras dominantes das revolues e insurreies e eu ainda sinto a esperana como a minha concepo de futuro.
Jean Paul Sartre, 1963, Prefcio de Os condenados da Terra, de Frantz Fanon. ------------------------------------------------------------------------------------
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GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 D D C D C B A E E D 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 B D C B C A A E B D 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 E E A C A B D A D B 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 A C B B A C E B D E 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 C D B E C B C D D E 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 A B A E A D A D C B 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 A A E B D C D D B B 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 A B D D B E B E A C 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 D E D A C C C C B B 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 A A C A A B C E A A
Profs.: Italo Trigueiro / Joanilson Jr. GEOGRAFIA DO NORDESTE BNB
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MDULO COMPLEMENTAR
BNB 80 QUESTES DE ATUALIDADES E DE GEOGRAFIA DO NORDESTE DE PROVAS ANTERIORES (2000/2007)
Articulando as reas de Atualidades, Histria e Geografia, o professor Joanilson Jr. possui larga experincia na preparao para os mais diversos concursos. Em Fortaleza, professor de Conhecimentos Gerais & Atualidades para Concursos dos mais tradicionais cursos preparatrios, como Tiradentes Concursos; Curso Prof. Jorge Hlio; Farias Brito Concursos, Master Concursos; Curso Athenas; Sentido nico Cursos Jurdicos e Empresariais; Curso Prof. Manoel Ribeiro; entre outros.
PROGRAMA OFICIAL DE C. GERAIS 2010
Tpicos relevantes e atuais de diversas reas, tais como poltica (nacional e internacional), economia (nacional e internacional), educao, tecnologia, energia, relaes internacionais, ecologia, tica e responsabilidade social. O Nordeste brasileiro: geografia, atividades econmicas, contrastes intra-regionais, o polgono das secas e as caractersticas das regies naturais do Nordeste; o Nordeste no contexto nacional. BNB S.A.: programas e informaes gerais de sua atuao como agente impulsionador do desenvolvimento sustentvel da regio Nordeste.
Analista Bancrio BNB 2007 (FSADU)
01..A invaso do Iraque por foras militares de vrios pases, sob o comando dos Estados Unidos da Amrica, deu-se oficialmente porque aquele pas: a).estava em guerra civil. b).planejava a destruio de Israel. c).era o nico pas do Oriente que possuiria armas nucleares. d).aliou-se Coria do Norte. e).possuiria um arsenal de armas de destruio em massa.
02..O mundo assiste hoje ao que, comumente, chamado de globalizao. Nesse processo, massas enormes de capital, comandadas por grandes corporaes financeiras, circulam entre pases. Da decorre que: a).todos os pases participam igualmente da globalizao. b).fronteiras nacionais no mais existem. c).o comrcio e os investimentos internacionais so cada vez mais dominados por grandes grupos (oligoplios). d).a rivalidade econmica cessou entre grupos e pases em razo da crescente interdependncia econmica. e).fome e desemprego no mundo globalizado no mais existem.
03..Acreditar que a natureza inesgotvel constitui erro ainda hoje muito difundido. Essa crena constitui a base da justificati va daqueles que a exploram de forma predatria. Porm, para manter o equilbrio entre o homem e a natureza necessrio, exceto: a).respeitar as interdependncias existentes entre as estruturas de numerosas espcies de animais, e vegetais, no interior de um mesmo espao vital. b).submeter as consideraes econmicas de custo e eficincia necessidade de preservao da natureza. c).promover uma educao ecolgica e ambiental. d).restringir a explorao dos recursos naturais a nveis previamente determinados. e).conscientizar as empresas acerca de suas responsabilidades para com o meio ambiente.
04..O padro energtico mundial d mostras de esgotamento. Faz-se necessrio substitu-lo por outro: a).com base no petrleo e no carvo. b).renovvel e no-poluente. c).que use exclusivamente a fora do vento e das mars. d).de trao animal e humana. e).proveniente apenas da queima das biomassas hoje existentes.
05..So ati vidades econmicas tradicionais do Nordeste: a).cana, pecuria, algodo e cacau. b).microeletrnica, calados, fumo e bebidas. c).siderurgia, algodo, cana e pecuria. d).papel e celulose, minerao, indstrias metalmecnicas e alimentos. e).calados, vesturio, indstria qumica e farmacutica e leos vegetais.
06..Em 1951, o governo federal estabeleceu uma rea de 950.000 km 2 , que foi denominada de Polgono das Secas . Essa rea abrange: a).os estados do Piau, Cear, Rio Grande do Norte, Paraba, Pernambuco e Alagoas. b).uma rea contnua que vai do Cear at a Bahia. c).os estados do Cear, Rio Grande do Norte, Paraba e Sergipe. d).os estados da Paraba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais. e).desde o Piau at o norte de Minas, incluindo Cear, Rio Grande do Norte, Paraba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia.
07..O Nordeste no uma regio homognea. Nela convi vem 4 sub-regies nordestinas, que so: a).Zona da Mata, Serto, Agreste, Mata de Cocais. b).Zona da Mata, Caatinga, Serto, Meio-Norte. GEOGRAFIA DO NORDESTE BNB Profs.: Italo Trigueiro / Joanilson Jr.
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c).Zona da Mata, Serto, Pr-Amaznia, Meio-Norte. d).Zona da Mata, Serto, Agreste, Meio-Norte. e).Caatinga, Pr-Amaznia, Mata de Cocais, Mangue.
08..No cumprimento de sua misso de apoiar o desenvol vimento do Nordeste, os programas do BNB apiam prioritariamente empreendimentos e iniciativas que: a).alcancem as maiores taxas de rentabilidade possvel. b).gerem emprego e renda para os nordestinos. c).ofeream as maiores garantias reais ao Banco. d).fortaleam a atual estrutura fundiria da regio. e).contribuam prioritariamente para resolver os problemas do balano de pagamento do pas.
09..As pequenas e mdias empresas tm uma contribuio decisi va para a criao da ocupao e renda no Nordeste. Por isso, o BNB direciona sua ao visando apoiar, em primeiro lugar: a).as pequenas e mdias empresas nordestinas. b).os grandes exportadores de soja do sul do Maranho. c).a grande empresa regional. d).as empresas com uma grande relao capital/produto. e).as empresas poupadoras de mo-de-obra.
Tcnico de Nvel Superior-Economia BNB 2006 (ACEP)
10..Em 1999, o regime cambial brasileiro que vinha desde o incio do Plano Real foi alterado. O novo regime implementado foi o de: a).mini-desvalorizaes cambiais. b).cmbio fixo. c).cmbio flutuante. d).dolarizao. e).banda cambial.
11..Sobre a industrializao nordestina, incorreto afirmar: a).as oportunidades abertas com o sistema de incentivos fiscais e as vantagens relativas da regio (mercado e matrias-primas, principalmente) atraram empresas extra-regionais, especialmente grandes grupos nacionais e internacionais. b).a industrializao nordestina se fez em um ambiente de dependncia e complementaridade com a dinmica da regio Sudeste. c).a abertura da economia brasileira e as mudanas no padro de acumulao, com a retirada do Estado, levou os governos estaduais a criarem mecanismos prprios de atrao de empresas, por meio de vrios incentivos fiscais, resultando numa competitividade acirrada entre esses governos estaduais, conhecida como guerra fiscal. d).a industrializao nordestina foi desenvolvida como um projeto autnomo, com o objetivo de competir com o Centro-Sul, e no como extenso do processo brasileiro. e).em uma situao de concorrncia aberta e diante das mudanas tecnolgicas e estruturais, os subespaos da regio Nordeste ampliaram sua diferenciao.
12..A Agenda 21 uma importante estratgia de desenvol vimento. Sobre este assunto, pode-se afirmar que: a).nasceu por ocasio da realizao do 1 Frum Social Mundial, em Porto Alegre. b).nasceu na Eco-92, tendo como objetivo maior a parceria entre as esferas pblica e privada na busca do desenvolvimento local e sustentvel. c).foi criada pelo Banco do Nordeste do Brasil (BNB) com o objetivo de mobilizar atores na busca do desenvolvimento local. d).nasceu por recomendao do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social. e).nasceu como um desdobramento do Projeto Desenvolvimento Local Integrado e Sustentvel (DLIS).
13..Para efeito de anlise comparati va, o Programa das Naes Unidas para o Desenvol vimento (PNUD) estabelecia trs principais categorias de medidas, uma para o nvel Baixo Desenvol vimento Humano , outra para o nvel Mdio Desenvol vimento Humano e uma terceira medida para Elevado Desenvol vimento Humano . Contudo, recentemente, inaugurou-se uma quarta categoria, a de Muito Elevado Desenvol vimento Humano .
Qual foi o intervalo considerado pelo PNUD para classificar a regio no nvel mdio de desenvol vimento humano: a).0,4 IDH 0,6. b).0,5 < IDH < 0,8. c).0,5 < IDH < 0,7. d).0,6 IDH 0,8. e).0,5 IDH < 0,8.
14..No que se refere ao xodo rural no Brasil correta a afirmati va: a).em 1960, mais da metade da populao brasileira vivia na zona urbana. b).o maior fluxo migratrio do campo para a cidade se deu durante o modelo agroexportador. c).o processo de industrializao por substituio de importao evidenciou a ocorrncia de uma forte migrao do campo para a cidade. d).o principal fluxo migratrio que caracterizou a economia brasileira durante o sculo XIX foi o chamado xodo rural. e).o xodo rural no Brasil foi uma conseqncia direta da Lei de Terra de 1840.
Escriturrio BNB 2004 (ACEP)
15..O Governo brasileiro vem tratando com especial interesse a intensificao das relaes comerciais com a China. Assinale a alternativa com caractersticas que no dizem respeito economia chinesa: a).altos salrios, intensa utilizao de mo-de-obra e de tecnologia de ponta. b).elevado grau de abertura da economia. c).predominncia de monocultura agrcola com elevada participao da mo-de-obra familiar. d). atualmente um dos maiores plos de atrao de capitais estrangeiros. e).taxas de crescimento do PIB superiores a 7%.
16..A reforma agrria no Brasil ganhou espao nos meios de comunicao e continua a ser um dos grandes problemas estruturais do pas. Considerando apenas a regio Nordeste, julgue os itens, indicando V se verdadeiro e F se falso:
I..A concentrao da renda e da terra um dos traos marcantes da economia rural nordestina. II..A concentrao da renda e da terra um dos principais fatores causadores das migraes campo- cidade. Profs.: Italo Trigueiro / Joanilson Jr. GEOGRAFIA DO NORDESTE BNB
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III..O problema agrrio tem levado intensificao da violncia no campo e formao de movimentos sociais, dos quais faz parte o movimento dos sem-terra.
Assinale a alternati va com a seqncia correta dessas afirmativas: a).F-V-F. b).V-F-V. c).V-V-V. d).V-V-F. e).F-F-V.
17..Marque a alternati va com caractersticas que no constituem fatores causadores do xodo rural no Nordeste: a).a expanso de grandes monoculturas para exportao. b).substituio da agricultura de subsistncia por agricultura comercial. c).as secas peridicas que atingem principalmente aos agricultores sem terra. d).processo de grilagem que ocorre regularmente na regio. e).expanso da pecuria intensiva.
18..No Brasil, particularmente no Nordeste, encontra- se um acentuado nvel de participao da populao em idade ativa envol vida no setor informal. A respeito deste setor, considere as afirmativas abaixo:
I..Utilizao de recursos locais e tecnologia adaptada. II..Exerccio de habilidades adquiridas fora da educao formal. III..Produo em pequena escala e intensiva em trabalho. IV..Facilidade de entrada independente do grau de escolarizao. V..Elevada diviso do trabalho e com a definio clara de funes.
Assinale a alternati va com a seqncia correta dessas afirmativas: a).todos os itens so verdadeiros. b).apenas os itens I, II e III so verdadeiros. c).apenas os itens II, IV e V so verdadeiros. d).apenas os itens I, II, III e IV so verdadeiros. e).apenas os itens I, III e IV so verdadeiros.
19..O desemprego um dos maiores problemas da atualidade brasileira. No esto entre as causas desse problema: a).o aumento considervel das exportaes e importaes, que gera emprego nos outros pases. b).novas tecnologias que so adotadas e reduzem o nmero de empregos necessrios produo. c).o desaquecimento da economia, que provoca demisses em larga escala. d).o setor industrial, que vem empregando menos e enxugando seus custos. e).novas formas de gesto que procuram racionalizar o uso de recursos e de trabalho.
20..Nos ltimos anos, as questes sociais no Brasil tm-se constitudo um grande desafio para os governantes. Entre as di versas situaes, julgue as afirmati vas abaixo:
I..So grandes as desigualdades sociais e de distribuio de renda. II..Houve avanos dos indicadores sociais do pas. III..Na rea de sade, houve queda na mortalidade infantil e aumento da expectativa de vida. IV..Na educao, houve reduo do analfabetismo e elevao da escolarizao no nvel fundamental. V..Continua elevado o nvel de concentrao de renda no pas.
Assinale a alternati va com a seqncia correta: a).apenas os itens I, II e III so verdadeiros. b).apenas os itens I, II e IV so verdadeiros. c).apenas os itens I, III e V so verdadeiros. d).apenas os itens III, IV e V so verdadeiros. e).todos os itens so verdadeiros.
21..No Brasil persiste um importante problema agrrio que tem inquietado o Governo e a sociedade em geral. Este problema decorre da: a).interiorizao do crescimento econmico. b).concentrao fundiria. c).intensificao dos minifndios. d).expulso do homem do campo para as cidades. e).comercializao das terras devolutas.
22..Uma das importantes regies que avanaram no cenrio nordestino foi o Vale do So Francisco. Sobre essa importante regio, considere as afirmati vas abaixo como V se verdadeira e F se falsa:
I..Est dividido em quatro regies: o alto So Francisco, o mdio So Francisco, o submdio So Francisco e o baixo So Francisco. II..O So Francisco banha as seguintes zonas agro- climticas do Nordeste: Zona da Mata, Sertes (rido e semi-rido), Agreste (zona semi-mida) e Cerrados. III..Localiza-se no submdio So Francisco, o principal plo de agricultura irrigada do Nordeste. IV..O So Francisco o maior rio perene que passa pelo Nordeste.
Assinale a alternati va com a seqncia correta: a).V-F-F-V. b).V-V-V-F. c).V-F-V-V. d).V-V-F-V. e).V-V-V-V.
23..Atualmente verifica-se uma tendncia ao surgimento de novas atividades no nordeste brasileiro, caracterizando uma certa descentralizao da economia. Considerando os reflexos desse fenmeno, pode-se identificar como correta a alternati va: a).a expanso da caprinocultura na Zona da Mata. b).o crescimento acelerado da carcinicultura nos estados de Alagoas e Sergipe. c).a interiorizao da indstria petroqumica. d).a produo de soja nos cerrados dos estados da Bahia, Maranho e Piau. e).a implantao de uma importante hidrovia no rio Parnaba.
Escriturrio BNB 2003 (ACEP)
24..MERCOSUL e NAFTA so importantes reas de mercado das Amricas do Sul e do Norte, as quais podero ser incorporadas pela ALCA. A respeito desses blocos econmicos regionais, correto afirmar que: a).o MERCOSUL tem uma rea de mercado maior e mais dinmica do que o NAFTA. GEOGRAFIA DO NORDESTE BNB Profs.: Italo Trigueiro / Joanilson Jr.
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b).os principais parceiros comerciais do MERCOSUL so: Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Mxico. c).participam do NAFTA, entre outros, o Canad, os Estados Unidos, o Mxico e a Argentina. d).a proposta dos Estados Unidos de criao da ALCA exclui Cuba. e).os trs pases mais ricos da Amrica Latina (Brasil, Mxico e Argentina) integram o bloco do NAFTA.
25..No Brasil existe uma agricultura caracterizada pelo uso de tcnicas tradicionais e em solos pouco produtivos, enquanto outro importante segmento usa tecnologia moderna e produo em larga escala. Os principais produtos da agricultura moderna e de larga escala so: a).feijo e milho. b).feijo e mandioca. c).soja e cana-de-acar. d).cana-de-acar e mandioca. e).soja e feijo.
26..Em relao ao Mercosul, incorreto afirmar que ele tem por objetivos: a).promover a livre movimentao de bens e servios entre os pases-membros, eliminando gradativamente as barreiras tarifrias e no-tarifrias. b).adotar uma tarifa externa e uma poltica de comrcio comuns. c).harmonizar as legislaes internas, a fim de assegurar e fortalecer o processo de integrao. d).ampliar a capacidade competitiva dos pases integrantes do bloco. e).promover a integrao das reas de comrcio das Amricas.
27..O petrleo uma das mais importantes fontes de energia do Brasil. A produo nacional de petrleo est concentrada nos estados do(a)(e): a).Rio de Janeiro, Bahia e Rio Grande do Norte. b).Bahia, Amazonas e Gois. c).Mato Grosso, Rio de Janeiro e Par. d).Pernambuco, Alagoas e So Paulo. e).Bahia, Esprito Santo e Maranho.
28..Energia eltrica uma das principais fontes de gerao de fora que afetam significativamente a economia de um pas. Nos ltimos anos, o Governo brasileiro adotou um forte racionamento, tendo em vista evitar um colapso do sistema de fornecimento de energia eltrica. A origem do problema foi: a).o baixo nvel de gua nos reservatrios da regio Norte. b).as secas que vm sistematicamente assolando a regio nordestina. c).a elevao dos preos do petrleo. d).o conflito do Oriente Mdio. e).o baixo nvel de gua das barragens que abastecem as principais hidroeltricas do pas.
29..O Nordeste atual dispe da algumas reas caracterizadas como plos de desenvol vimento. Entre os principais plos com os respecti vos produtos mais relevantes, podem ser destacados: a).petroqumica, em Camaari-BA; txtil e confeces em So Lus-MA. b).fruticultura, em Au-RN; complexo mineiro-mecnico, em Paulista-PE. c).txtil e confeces, em Fortaleza-CE; fruticultura, em Au-RN. d).fruticultura, em Petrolina-PE e Juazeiro-BA; soja, no baixo e mdio Jaguaribe, no Cear. e).petroqumica, em Jaboato-PE; soja, nos cerrados piauienses.
30..As instncias para a fiscalizao e o julgamento dos gastos feitos pelo poder pblico no Brasil so o Tribunal de Contas da Unio (TCU), O Tribunal de Contas do Estado (TCE) e o Tribunal de Contas dos Municpios (TCM). Suas esferas de fiscalizao abrangem: a).TCU, gastos federais, estaduais e municipais. b).TCE, gastos do governo estadual e das prefeituras. c).TCM, gastos municipais e estaduais. d).TCU, gastos federais e municipais. e).Nenhuma das afirmativas verdadeira.
31..O sistema eleitoral brasileiro tem dois princpios, o majoritrio e o proporcional. Com base nesta afirmao, assinale o quesito correto: a).no sistema majoritrio so eleitos o presidente da Repblica, os governadores e os prefeitos, enquanto no sistema proporcional so eleitos os senadores, os deputados federais, os deputados estaduais e os vereadores. b).no sistema majoritrio so eleitos o presidente da Repblica, os governadores, os prefeitos, os senadores e os deputados federais, enquanto no sistema proporcional so eleitos os deputados estaduais e os vereadores. c).no sistema majoritrio so eleitos o presidente da Repblica, os governadores, os prefeitos e os senadores, enquanto no sistema proporcional so eleitos os deputados federais, os deputados estaduais e os vereadores. d).no sistema majoritrio so eleitos o presidente da Repblica, os governadores e os senadores, enquanto no sistema proporcional so eleitos os deputados federais, os deputados estaduais, os prefeitos e os vereadores. e).todos os itens anteriores esto incorretos.
32..A Lei de Responsabilidade Fiscal, sancionada pelo presidente da Repblica em 19 de outubro de 2000, estabelece: a).os limites de gastos e regras para endividamento apenas para o poder Executivo dos estados e dos municpios. b).os limites de gastos e regras para endividamento para o poder Executivo e Legislativo dos estados e dos municpios. c).os limites de gastos e regras para endividamento para os poderes Executivo, Legislativo e Judicirio da Unio, dos estados e dos municpios. d).exclui a Cmara de Vereadores das capitais, j que elas so fiscalizadas pelo Tribunal de Contas dos estados. e).no estabelece limites para o Congresso Nacional, nem para o Supremo Tribunal Federal.
Trainee Ps-Graduado BNB 2002 (Fuvest)
33..O assunto central tratado pelo Protocolo de Kyoto : a).os caminhos da globalizao. b).o perdo parcial da dvida dos pases do Terceiro Mundo. c).a reduo da emisso de gases poluentes na atmosfera. d).a indenizao aos povos que sofreram racismo. Profs.: Italo Trigueiro / Joanilson Jr. GEOGRAFIA DO NORDESTE BNB
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e).o auxlio internacional ao combate da AIDS.
34..A maior parte do territrio nordestino formada por extenso planalto, antigo e aplainado pela eroso. Em funo das diferentes caractersticas fsicas que apresenta, a regio Nordeste encontra-se dividida em quais sub-regies: a).Zona da Mata, Agreste e Serto. b).Zona Central, Zona da Mata, Agreste e Serto. c).Zona Atlntica, Agreste e Serto. d).Meio-Norte, Zona da Mata, Agreste e Serto. e).Meio-Norte, Zona Litornea, Zona da Mata, Agreste e Serto.
35..A assinatura do Protocolo de Cartagena, por representantes de 130 pases, refere-se a um acordo fechado em janeiro de 2000, durante reunio da ONU realizada em Montreal, no Canad. O texto do documento procura regulamentar, internacionalmente, a: a).emisso de gases poluentes da atmosfera. b).proibio da clonagem de seres humanos. c).produo internacional e o consumo de plantas transgnicas. d).cooperao no trabalho do Projeto Genoma. e).produo de medicamentos genricos.
36..O Nordeste uma regio muito rica em recursos minerais e bastante povoada, com a maior parte da populao concentrando-se na zona urbana. Qual das alternati vas abaixo no est correta? a).a regio responsvel pela produo de 95% do sal marinho consumido no Brasil. b).suas principais metrpoles so as cidades de Salvador, Recife e Fortaleza. c).o estado de Pernambuco responsvel pela produo de 95% do gesso nacional. d).o Rio Grande do Norte o segundo maior produtor de petrleo do pas. e).como decorrncia do estilo de vida, a expectativa de vida a maior do pas.
37.. uma atividade empresarial do Banco do Nordeste destinada a fazer emergir um ambiente favorvel capacidade empreendedora da comunidade, ou seja, um espao empresarial de discusso e viabilizao de solues para o desenvol vimento local integrado e sustentvel da regio nordestina. Trata-se: a).dos Plos de Desenvolvimento Integrado. b).do Programa de Apoio ao Setor Industrial do Nordeste. c).das Agncias Itinerantes. d).do Programa Nordeste Competitivo. e).do Farol do Desenvolvimento Banco do Nordeste.
38..As reunies da Organizao Mundial do Comrcio tm sido decepcionantes em razo da no concordncia em torno da abrangncia da pauta de negociaes. Qual das alternati vas a seguir no verdadeira? a).os Estados Unidos aceitam negociar a agricultura, mas se recusam a discutir legislao antidumping. b).os Estados Unidos, assim como a Unio Europia s aceitam discutir os subsdios agrcolas se houver um acordo para a elaborao de cotas de produo dos produtos. c).a Unio Europia resiste em negociar agricultura, mas quer incluir assuntos como regras para o comrcio eletrnico. d).o Brasil, junto com outros pases em desenvolvimento, quer discutir o fim das barreiras e dos subsdios aos produtos agrcolas. e).o Brasil, junto com outros pases em desenvolvimento, teme que as clusulas ambientais e trabalhistas se transformem em outra fonte de barreiras no-tarifrias para os pases pobres.
39..De acordo com o Tratado Interamericano de Assistncia Recproca (TIAR), o chamado Pacto do Rio, se um pas-membro sofrer um ataque armado ou tiver a sua integridade ameaada, ser considerado um ataque contra todos os signatrios. Este tratado faz parte do(a): a).ONU. b).OMC. c).MERCOSUL. d).OTAN. e).OEA.
40..Preocupado com o destino de produtos txicos e outros, o Governo Federal, atravs da resoluo 257/99 do Conselho Nacional do Meio Ambiente CONAMA , estabeleceu que: a). de exclusiva responsabilidade dos fabricantes o destino final de pilhas, baterias de celular e pneus. b). de responsabilidade dos fabricantes e comerciantes o destino final de pilhas, baterias de celular e pneus. c). de responsabilidade dos fabricantes e comerciantes o destino final de pilhas e baterias de celular. No caso dos pneus, estes podem ser destinados aos aterros sanitrios. d). de responsabilidade da prefeitura de cada municpio a coleta seletiva dos produtos txicos. e).os produtos txicos devem receber o mesmo tratamento que os produtos hospitalares.
41..Em pouco mais de dois anos, graas iniciati va da FAPESP Fundao de Amparo Pesquisa do Estado de So Paulo , o Brasil saiu da pr-histria da pesquisa gentica para tornar-se o primeiro pas do Hemisfrio Sul a contribuir com: a).o projeto genoma humano. b).o combate internacional contra a AIDS. c).a pesquisa sobre a origem da febre aftosa. d).a pesquisa sobre a clonagem humana. e).a pesquisa sobre os produtos transgnicos.
42..A recente Lei da Responsabilidade Fiscal, votada no Congresso em 2000, tem como objetivo primordial: a).punir o governante que gastar mais do que arrecadar. b).tornar os estados e municpios mais dependentes da administrao pblica federal. c).arrecadar mais impostos. d).a moralizao da administrao pblica, atravs da busca da responsabilidade e do bom uso dos recursos pblicos. e).proibir o constante pedido de rolagem da dvida dos governos estaduais e municipais.
Trainee Superior BNB 2002 (Fuvest)
43..Em 1997, na conferncia sobre o meio ambiente, diversos pases firmaram um acordo se comprometendo a reduzir a emisso de gases poluentes da atmosfera. Esse acordo ficou conhecido como: a).Protocolo de Kyoto. b).Protocolo de Tokyo. GEOGRAFIA DO NORDESTE BNB Profs.: Italo Trigueiro / Joanilson Jr.
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c).Protocolo de Keyo. d).Protocolo de Davos. e).Protocolo de Seattle.
44..Os crticos dos produtos geneticamente modificados dizem que a cincia no tem controle total sobre o funcionamento dos genes. Para eles, as pesquisas devem ser aprofundadas antes que os novos produtos sejam liberados, pois alguns desses produtos podem provocar efeitos inesperados no organismo dos consumidores, como alergias ou outro tipo de doena. De acordo com o enunciado estamos falando, especificamente: a).do projeto genoma. b).dos alimentos transgnicos. c).dos produtos clonados. d).da biotecnologia. e).da bioenergtica.
45..O protocolo de Cartagena, assinado em janeiro de 2000 por representantes de 130 pases visou: a).proibir a produo de alimentos transgnicos. b).permitir a produo de apenas dois tipos de alimentos transgnicos: a soja e o trigo. c).regulamentar, internacionalmente, a obrigatoriedade de informar, entre outras coisas, sempre que um produto possa conter organismos geneticamente modificados. d).liberar o consumo de alimentos transgnicos. e).permitir aos pases mais pobres a utilizao da tecnologia dos transgnicos sem o pagamento de royalties.
46..A imagem de cinema e o som de CD. As pessoas podero assistir a programas em alta definio, baixar jogos para computador, escutar msicas, comprar produtos de comerciais interati vos e at mesmo checar e-mails. Torcedores podero escolher o melhor ngulo para ver o gol de seu time. Estamos falando do (a): a).Banda C. b).MP3. c).TV analgica. d).DVD. e).TV digital.
47..No tocante ao Banco do Nordeste, qual das alternati vas abaixo no est correta? a).trata-se do maior banco de desenvolvimento regional da Amrica Latina. b).atua em todos os municpios nordestinos, norte de Minas Gerais e norte do Esprito Santo. c).por ser um banco do governo, est impedido de prestar servios de consultoria aos investidores. d).tem priorizado o atendimento ao pequeno agricultor e micro, pequena e mdia empresa, estimulando a competitividade empresarial por meio de programas de capacitao. e).o banco tem acesso a diversas fontes de financiamento nos mercados interno e externo, inclusive junto ao BID e ao BIRD.
48..Preencha as lacunas das seguintes frases com a alternati va que melhor fizer sentido: O grande nmero de cidades litorneas com belas praias no nordeste brasileiro contribui para o contnuo desenvol vimento do _______. Muitos estados investem na construo de parques aquticos e complexos hoteleiros. Esse crescimento, no entanto, favorece _______, que em muitos casos ameaa a preservao de importantes ecossistemas, especialmente reas de mangue e dunas . a).setor comercial; a imigrao de pessoas de outras regies. b).PIB do Nordeste; o desenvolvimento de doenas. c).turismo; a zona urbana. d).turismo; a especulao imobiliria. e).crescimento urbano; a desorganizao social.
49..O que vem a ser o Farol do Desenvol vimento Banco do Nordeste que tanto tem contribudo para o desenvol vimento da regio? a).trata-se de um programa de capacitao e treinamento para os microempresrios. b).trata-se de um plo de desenvolvimento integrado. c).trata-se de um programa de financiamento cujo objetivo implantao, expanso, modernizao e reforma de empreendimentos do setor turstico. d).trata-se de um espao empresarial de discusso e viabilizao de solues para o desenvolvimento sustentvel dos municpios. e).trata-se de um conjunto de programas especiais de financiamento para os pequenos e micro empreendedores.
50..A principal justificativa dos Estados Unidos para a realizao da Guerra do Golfo, ocorrida na dcada de 90 do sculo XX, foi: a).resposta aos ataques terroristas provocados pelos iranianos. b).libertao do Kuwait ocupado por tropas iraquianas. c).libertao dos Emirados rabes ocupado por tropas do Kuwait. d).libertao do Kuwait ocupado por tropas iranianas. e).libertao do principal parceiro econmico da regio, ocupado por tropas iranianas.
51..A Embraer, terceira maior fabricante mundial de aeronaves comerciais, produz: a).exclusivamente avies comerciais. b).avies comerciais e helicpteros. c).avies comerciais, corporativos e militares. d).avies comerciais, mas como alternativa para a queda de vendas resultante dos recentes atentados terroristas nos Estados Unidos, pretende comear a atuar no ramo de avies militares. e).avies comerciais e helicpteros corporativos.
52..A doena de Creutzfeldt-Jakob (CJD), at recentemente confinada no continente europeu, transmitida ao homem pelo animal e caracteriza-se por infeco generalizada do crebro decorrente da multiplicao da infeco em outras partes do organismo. Essa doena tambm ficou conhecida como: a).vaca louca. b).febre aftosa. c).antraz. d).raiva. e).gripe espanhola.
53..O principal problema socioambiental previsto pelos cientistas para o sculo XXI : a).a escassez de petrleo. b).o excesso de lixo nuclear. c).a escassez de gua. d).a extino de espcies. e).as zoonoses.
Profs.: Italo Trigueiro / Joanilson Jr. GEOGRAFIA DO NORDESTE BNB
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54..Qual das alternativas a seguir contempla a lei que veio combater o mau uso do dinheiro pblico nos governos, cujas punies vo desde penas de carter administrativo, como bloqueio de repasses federais, at priso para os administradores pegos brincando com o oramento? a).Lei da Responsabilidade Fiscal. b).Lei da Arrecadao Fiscal. c).Lei do Oramento Fiscal e Tributrio. d).Lei da Usura Fiscal. e).Lei da Responsabilidade Administrativa Civil e Penal.
Trainee Mdio BNB 2002 (Fuvest)
55..As sub-regies Zona da Mata, Meio-Norte, Agreste e Serto fazem parte de que regio do Brasil? a).Norte. b).Nordeste. c).Centro-Oeste. d).Sudeste. e).Sul.
56..A regio Nordeste do Brasil formada por quais estados? a).Maranho, Piau, Cear, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Tocantins, Alagoas, Sergipe e Bahia. b).Maranho, Cear, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Paraba e Bahia. c).Maranho, Piau, Cear, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Paraba, Minas Gerais e Bahia. d).Maranho, Cear, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Paraba, Acre, Tocantins, Par e Bahia. e).Maranho, Piau, Cear, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Paraba e Bahia.
57..Segundo especialistas do setor de energia eltrica, por que o Governo pode ser considerado o principal culpado pela crise de energia eltrica que recentemente assolou o pas? a).porque optou por investir nas estatais, que detm 80% da gerao de energia eltrica, para torn-las mais eficientes e ento poder privatiz-las a um preo melhor. b).porque investiu em usinas elicas e termoeltricas em detrimento das usinas hidroeltricas. c).porque optou por investir mais nas usinas nucleares e elicas em detrimento das usinas hidroeltricas. d).porque forneceu recursos financeiros do BNDES para financiar os grupos estrangeiros a comprar usinas j existentes e sobretudo distribuidoras ao invs de destinar maiores recursos ao setor para acompanhar a evoluo do consumo de energia. e).o governo no deveria ser considerado culpado, pois conseguiu aumentar a capacidade instalada de produo de energia eltrica em 3,3% nos ltimos 10 anos, suficiente para atender a demanda.
58..A poltica de baixa de juros adotada pelo FED, o Banco Central Americano, como forma de reanimar a economia dos Estados Unidos aps os atos terroristas do 11 de setembro, foi seguida por praticamente todos os bancos centrais do mundo, menos um. Qual pas no aderiu essa tendncia? a).Japo. b).Frana. c).Brasil. d).Sucia. e).Argentina.
59..Visando a diminuio do custo do tratamento de doenas no pas, o governo lanou em 2000, os medicamentos genricos. Qual das alternativas a seguir melhor justifica o fato desses remdios serem mais baratos que os tradicionais? a).porque so fabricados exclusivamente pelo prprio governo. b).como o fabricante no precisa investir em pesquisa e desenvolvimento, o remdio chega ao consumidor em mdia 40% mais barato do que os de marcas tradicionais. c).como so cpias dos remdios tradicionais, no precisam passar por testes que comprovem que a droga tem o mesmo efeito do produto original, o que acaba por baratear o preo. d).como os genricos so considerados remdios similares, no precisam fazer novos testes que comprovem sua qualidade e eficcia. e).como esses medicamentos esto isentos de impostos, o remdio chega ao consumidor bem mais barato do que os de marcas tradicionais.
60..A respeito do papel do Banco do Nordeste como agente impulsionador do desenvol vimento sustentvel da regio nordeste, julgue os itens:
I..A iniciativa do banco em fornecer o financiamento no envolve somente o ato de fornecer o crdito, mas tambm o de capacitar o agente produtivo para que ele tenha sucesso em seu negcio. II..O Banco do Nordeste dispe de uma variedade de linhas de crdito, distribudas nos principais setores do mercado. III..O banco possui uma central de informaes econmicas, sociais e tecnolgicas com o objetivo de proporcionar ao agente produtivo toda informao tecnolgica necessria para implementar melhorias em suas atividades e conhecer novas alternativas tecnolgicas. IV..O banco possui diferentes programas especiais para atender aos pequenos e micro empreendedores.
Esto de acordo com o enunciado esto corretas: a).I e III. b).I, II e III. c).I, II e IV. d).I, III e IV. e).Todas.
61..Desde 1789 os Estados Unidos tm realizado numerosas intervenes militares em territrios estrangeiros. Em muitos casos invadiram pases com a justificativa de libert-los de ocupaes de outros pases, proteger cidados americanos ou como resposta a atentados terroristas sofridos. Qual das alternati vas abaixo no faz parte dessas intervenes? a).Guerra do Golfo. b).Bombardeios no Lbano. c).Guerra das Malvinas. d).Invaso do Panam. e).Bombardeios na Lbia.
62..Qual das alternati vas a seguir indica a instituio que cuida da aplicao das normas mundiais de comrcio aprovadas pelos pases-membros? a).Organizao para a Cooperao e Desenvolvimento Econmico Mundial. b).Organizao Multidisciplinar do Comrcio. c).Comunidade Econmica Europia. GEOGRAFIA DO NORDESTE BNB Profs.: Italo Trigueiro / Joanilson Jr.
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d).Organizao Mundial do Comrcio. e).Organizao das Naes Unidas.
63..A Europa nos ltimos tempos tem enfrentado o problema da doena da Vaca Louca, cuja origem estava, basicamente: a).no concentrado alimentar. b).no agravamento da febre aftosa. c).na transmisso do vrus pron. d).no ser humano. e).nos pastos infectados.
64..A criao de um mercado-comum onde pases vizinhos possam trocar mercadorias, informaes e tecnologia o objetivo do(a): a).OEA. b).MERCOSUL. c).OTAN. d).OMC. e).ONU.
65..O principal movimento social em andamento no Brasil : a).PCC Primeiro Comando da Capital. b).MPT Movimento Pastoral da Terra. c).MST Movimento dos Sem-Terra. d).MST Movimento dos Sem-Teto. e).MSE Movimento Estudantil a favor da tica.
66..O Projeto Genoma, que rene centenas de instituies de pesquisa de vrios pases, tem como principal objetivo o seqenciamento dos genes. Qual das seguintes alternati vas no est de acordo com a proposta do projeto? a).atravs do seqenciamento ser possvel obter o maior nmero de informaes sobre o funcionamento do corpo e sobre as doenas. b).novos remdios podero ser fabricados, assim como novas e mais eficientes terapias podero ser usadas para grande nmero de males. c).na agricultura, por meio da engenharia gentica, ser possvel mostrar como cultivar produtos novos ou melhorar a produtividade dos j existentes. d).aps o completo seqenciamento dos genes humanos, os cientistas pretendem partir para a clonagem do ser humano. e).a expectativa dos cientistas de que a identificao dos genes desvende alguns dos segredos da biologia, uma vez que os genes controlam tudo o que acontece no organismo.
Tcnico de Nvel Superior BNB 2000 (Fuvest)
67..Marque a opo que indica a tendncia atual do poderio econmico no quadro da geopoltica mundial. a).ordem multipolar com a liderana da China, da ndia e do Japo. b).ordem unipolar, com liderana dos Estados Unidos. c).ordem multipolar com a liderana, principalmente, dos Estados Unidos, do Japo e da Unio Europia. d).ordem bipolar entre Japo e Estados Unidos. e).extino dos centros de influncia.
68..A globalizao um processo de amplas dimenses sociais, que atinge pases, instituies e pessoas de todo o mundo, caracterizada pela crescente integrao das economias em um mercado global, pela revoluo tcnico-cientfica a nvel mundial. Podemos considerar como efeitos da globalizao, exceto: a).a comunicao mundial integrada, principalmente atravs da internet, onipresente no dia-a-dia das comunicaes modernas. b).a elevao dos ndices de desemprego no mundo, principalmente nos pases perifricos. c).a disperso da produo, devido ao baixo custo de mo-de-obra em alguns pases. d).o aumento nos lucros dos pases economicamente ricos na mesma velocidade em que vem melhorando a vida nos pases mais pobres. e).o elevado nus para os pases subdesenvolvidos, por no poderem competir em p de igualdade no mercado global.
69..A liderana da luta contra o racismo e a posio pacifista na defesa da no-violncia, esto evidenciadas no sculo XX na postura de grandes personalidades, destacando-se, respecti vamente, nestes aspectos: a).Xanana Gusmo e Nelson Mandela. b).Mao Ts-Tung e Dalai Lama. c).Dalai Lama e Mahatma Gandhi. d).Nelson Mandela e Dalai Lama. e).Mikhail Gorbachev e Mahatma Gandhi.
70..O sculo XX foi marcado por conflitos mundiais desencadeados por motivos separatistas, religiosos, tnicos e econmicos. Assinale a opo que melhor exemplifica um conflito de moti vos predominantemente religiosos: a).conflitos entre os habitantes da Repblica da Irlanda e da Irlanda do Norte. b).incidentes sangrentos entre os albaneses de Kosovo e as foras srvias. c).combates violentos na ilha de Timor-Leste, ex-colnia portuguesa, sob forte presso militar da Indonsia. d).enfrentamentos entre a Coria do Sul e a Coria do Norte. e).ataques entre a Rssia e a Chechnia.
71..Faa a associao entre as colunas, e indique a alternati va com a seqncia correta:
(1) ALADI (2) UNESCO (3) BIRD (4) UNICEF (5) FUNAI
(X).Reconstruo e Desenvolvimento. (X).Educao, Cincia e Cultura. (X).Filantropia Infantil. (X).Direitos do ndio. (X).Integrao Latino-Americana.
72..Nos pases do Terceiro Mundo o acelerado processo de urbanizao, nas ltimas dcadas, no resultante apenas do desenvol vimento industrial ou do crescimento vegetati vo da populao urbana, mas principalmente do xodo rural, que no Brasil tem suas razes ligadas: Profs.: Italo Trigueiro / Joanilson Jr. GEOGRAFIA DO NORDESTE BNB
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a). ampliao do nmero das pequenas propriedades e transformao das relaes de trabalho. b).ao desaparecimento do latifndio de explorao em vrias das regies brasileiras. c).ao ensino escolar que, a partir da 4 srie, deve ser realizado nas escolas da cidade. d).s transformaes nas relaes de trabalho nas reas rurais, concentrao de terras e mecanizao dos campos. e). proibio do menor nos trabalhos agrcolas e ao aumento das mdias propriedades.
73..A formao scio-poltica e econmica brasileira tem se configurado na ltima dcada como uma sociedade: a).com grande descentralizao poltica e administrativa, constituindo-se um exemplo de federalismo. b).de altos ndices de mobilidade social. c).de concentrao de renda e de propriedade. d).cujo setor tercirio tem baixa participao no total da renda nacional. e).burocrtica, porm, sem controle sobre sindicatos e demais associaes.
74..Sobre a estrutura fundiria brasileira, todas as afirmati vas abaixo so corretas, exceto: a).no atual momento, os conflitos pela terra passaram para o plano de luta contra a poltica social do pas e no simplesmente contra o latifundirio. b).a maior parte das terras ocupadas e os melhores solos encontram-se nas mos dos minifndirios. c).no Brasil h concentrao de terras nas mos de poucos proprietrios e imenso nmero de latifndios improdutivos. d).milhes de pequenos proprietrios possuem reas de propriedades rurais extremamente pequenas. e).o crescimento das grandes propriedades rurais em detrimento dos minifndios provoca a baixa produo de gneros alimentcios bsicos e a elevada explorao de produtos agrcolas de exportao.
75.. O Projeto de Transposio de parte das guas do rio So Francisco para os rios localizados em outros estados nordestinos, tem suscitado questionamentos, s vezes controversos, por parte dos estados banhados pela Bacia do So Francisco.
Algumas afirmati vas abaixo so verdadeiras (V) e outras so falsas (F) com relao a esse assunto. Analise-as e indique a opo que contm a alternati va com a seqncia correta.
(X).Os Governos da Bahia e da Paraba tm demonstrado resistncia implantao do projeto, pela falta de garantia de que a vazo dgua no garanta a irrigao j existente nos dois estados e pelo risco da perda de navegabilidade em seu curso. (X).O Cear precisa das guas do So Francisco para incrementar o Projeto Castanho que fornecer gua para irrigao de reas agrcolas no estado e em pocas de estiagem abastecer cidades como Fortaleza. (X).O referido Projeto viabilizar apenas a perenizao do rio Jaguaribe no Cear.
a).F-V-F. b).V-V-F. c).V-F-F. d).F-V-V. e).V-F-V.
76.. ...Nunca se viu tanto sofrimento, misria e injustia. (...) E nunca se tinha visto o povo se movimentar e refletir sobre a seca como desta vez. Por isso, a seca no foi mais entendida por todos como uma desgraa natural, nem as mortes encaradas como uma fatalidade. Ampliou-se a compreenso de como os latifundirios e o governo se aproveitam do acontecimento natural para aumentar seu poder...
Fonte: O genocdio do Nordeste: 1979-1983.
O texto acima se refere seca que assolou o Nordeste brasileiro entre 1979 e 1983. Com base no que sugere o texto, verdadeiro afirmar que:
I..Os desmatamentos intensos e a falta de uma poltica adequada de combate seca, no tm influncia sobre o impacto da seca, uma vez que o problema uma decorrncia do quadro geogrfico caracterstico da regio. II..A luta pela sobrevivncia do homem rural nordestino se limita aos momentos de seca. III..As condies sociais, polticas e econmicas podem contribuir para que as adversidades naturais se transformem em flagelo social. IV..A compreenso dos problemas estruturais da regio desvirtuada pela viso ideolgica de que o problema do Nordeste se reduz seca.
Assinale a opo que indica somente as afirmati vas verdadeiras: a).III. b).I, II, III e IV. c).I, III e IV. d).III e IV. e).II e III.
77..Algumas afirmati vas abaixo so verdadeiras (V) e outras so falsas (F) com relao ao Nordeste brasileiro. Analise-as e indique a opo que contm a alternati va com a seqncia correta:
(X).O Nordeste divide-se em duas sub-regies: a Zona da Mata (que corresponde ao serto) e o Agreste (que corresponde ao litoral). (X).O Agreste a sub-regio nordestina que apresenta economia baseada na pecuria extensiva e a rea de atuao do DNOCS. (X).O meio rural nordestino tem revelado capacidade produtiva para os agronegcios da agricultura irrigada, fruticultura tropical, pecuria de corte, alm do turismo ecolgico e da implantao de complexos de laticnios, gros e carnes. (X).O Nordeste a regio que mais se destaca em alguns dos principais produtos agrcolas brasileiros, como o cacau e a uva. (X).A explorao agro-industrial aucareira e cacaueira e a explorao do petrleo so atividades econmicas do Nordeste.
78..Analise as afirmati vas abaixo e assinale a opo que indica apenas aquelas totalmente corretas quanto regio nordestina brasileira: GEOGRAFIA DO NORDESTE BNB Profs.: Italo Trigueiro / Joanilson Jr.
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I..Tanto a Floresta Equatorial, como a Mata de Cocais, o Cerrado, a Caatinga e a Mata Atlntica so vegetaes presentes no Nordeste. II..A Regio Nordeste a regio brasileira natural mais homognea, com povoamento linear e com predominncia do extrativismo vegetal. III..A rede hidrogrfica nordestina composta, em sua maioria, por rios intermitentes. IV..A populao nordestina se distribui de maneira irregular, havendo maior concentrao na zona litornea. V..A Regio Nordeste caracteriza-se, tradicionalmente, como uma regio de imigrao. VI..O clima semi-rido abrange a faixa litornea (Zona da Mata) do Nordeste localizada entre os estados do Maranho e Pernambuco. a).I, III, V, VI. b).I, IV, V, VI. c).IV, V, VI. d).I, III, IV. e).Todas esto corretas.
79..O Banco do Nordeste mantm o compromisso de trabalhar lado a lado com a sociedade com o objetivo de promover a sustentabilidade e o fortalecimento econmico da Regio Nordeste, por meio de aes que vo alm da concesso de crdito. Analise as afirmati vas abaixo e assinale a opo que indica os itens onde esto descritas aes diretas do Banco do Nordeste nesse sentido:
I..Criao do Programa de Capacitao destinado formao profissional e organizao dos agentes produtivos da Regio, contribuindo para a elevao da competitividade dos empreendimentos urbanos e rurais e para a gerao de emprego e renda. II..Manuteno de estudos e pesquisas feitos atravs do seu Escritrio Tcnico de Estudos Econmicos do Nordeste - ETENE, em parceria com universidades e centros de pesquisa, no pas e no exterior, que subsidiam a ao do BNB e da sociedade na busca de conectar a produo cientfica s vocaes econmicas regionais. III..Criao do Programa Nossa Terra Nossa Escola que prev a distribuio de ttulos de propriedades de terras para famlias j assentadas, que tero descontos na prestao do pagamento da terra se mantiverem os filhos na escola. IV..Criao do Projeto Novo Mundo Rural ligado Reforma Agrria. V..Lanamento do Guia do Meio Ambiente para o Produtor Rural e do Manual de Impactos Ambientais, publicaes voltadas para orientao dos agentes produtivos quanto insero da varivel ambiental em seus negcios.
a).I e II. b).I, II e V. c).I, II e IV. d).I, III e V. e).Todas esto corretas.
80..Assinale a afirmati va que est totalmente correta: a).o Programa Brasil Empreendedor um programa de atuao do Banco do Nordeste que busca o fortalecimento dos grandes empreendimentos produtivos, e condiciona o crdito capacitao do empreendedor. b). objetivo do Farol do Desenvolvimento Banco do Nordeste a formao de uma nova viso empresarial na Regio Nordeste a nvel municipal, elevando a competitividade dos negcios numa ao articulada, envolvendo parcerias entre o Banco, o Governo, empresrios, lideranas comunitrias e representantes de todos os segmentos da sociedade. c).o Protrabalho um programa de atuao do Banco do Nordeste associado a todos os setores de produo, exceto ao de Turismo. d).o Farol do Desenvolvimento Banco do Nordeste, coordenado pelo BNB, visa financiar sistema de iluminao pblica das principais rodovias que ligam o Nordeste s outras Regies brasileiras, de forma a garantir o desenvolvimento sustentvel da Regio. e).os clientes preferenciais do Banco do Nordeste so somente os pequenos produtores rurais com suas associaes e cooperativas.
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