Programa Pró-Ciências - Áreas Verdes
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CONCEITOS E DEFINIES
Existe uma dificuldade com relao aos diferentes termos utilizados sobre as
reas verdes urbanas. Similaridades e diferenciaes entre termos como reas
livres, espaos abertos, reas verdes, sistemas de lazer, praas, parques
urbanos, unidades de conservao em rea urbana, arborizao urbana e
tantos outros, confundem os profissionais que trabalham nessa rea. Esse
problema existe nos nveis de pesquisa, ensino, planejamento e gesto dessas
reas, e conseqentemente, nos veculos de comunicao. Nesse sentido foi
desenvolvido um trabalho por Lima et all ( 1994 ), na tentativa de definir esses
termos, atravs de consultas a profissionais que trabalham nessa rea e a
experincia do grupo que desenvolveu o trabalho. A seguir seguem algumas
definies retiradas desse trabalho:
a. Espao Livre: trata-se do conceito mais abrangente, integrando os
demais e contrapondo-se ao espao construdo, em reas urbanas.
Assim, a Floresta Amaznica no se inclui nessa categoria; j a Floresta
da Tijuca, localizada dentro da cidade do Rio de Janeiro, um espao
livre.
b. rea Verde: onde h o predomnio de vegetao arbrea, englobando as
praas, os jardins pblicos e os parques urbanos. Os canteiros centrais
de avenidas e os trevos e rotatrias de vias pblicas, que exercem
apenas funes estticas e ecolgicas, devem, tambm, conceituar-se
como rea verde. Entretanto, as rvores que acompanham o leito das
vias pblicas, no devem ser consideradas como tal, pois as caladas so
impermeabilizadas.
c. Parque Urbano: uma rea verde, com funo ecolgica, esttica e de
lazer, entretanto com uma exteno maior que as praas e jardins
pblicos.
d. Praa: como rea verde, tem a funo principal de lazer. Uma praa,
inclusive, pode no ser uma rea verde, quando no tem vegetao e
encontra-se impermeabilizada ( exemplo, a Praa da S em So Paulo).
No caso de ter vegetao considerada Jardim.
e. Arborizao Urbana: diz respeito aos elementos vegetais de porte
arbreo, dentro da cidade. Nesse enfoque, as rvores plantadas em
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caladas, fazem parte da arborizao urbana, porm, no integram o
sistema de reas verdes.
f. rea Livre e rea Aberta: so termos que devem ter sua utilizao
evitada, pela impreciso na sua aplicao.
g. Espao Aberto: traduzido erroneamente e ao p da letra do termo ingls
"open space". Deve ser evitada sua utilizao, preferindo-se o uso do
termo espao livre.
A CIDADE COMO UM ECOSSISTEMA E AS ALTERAES
AMBIENTAIS DECORRENTES DA URBANIZAO
As cidades, assim como o meio natural, possuem entrada, tocas e sada de
matria e energia. Nesse sentido, pode ser considerada como um
ecossistema. A Ecologia Urbana a rea do conhecimento responsvel pelo
estudo das cidades sob a tica ecolgica.
No entanto, o meio urbano no nem um pouco auto-sustentvel. H uma
grande quantidade de consumo de recursos naturais provenientes de outros
sistemas, como os naturais, os semi-naturais e os agrrios. Por exemplo, a
gua que consumimos, os alimentos que comemos, so provenientes,
originariamente, fora das cidades. Tudo para abastecer uma nica espcie
dominante que vive nas reas urbanas, o homem. Os rejeitos da utilizao de
bens e produtos so uma grande fonte de poluio para o prprio ambiente
das cidades, seu entorno e at mesmo de reas mais distantes. A ciclagem ou
reciclagem desses rejeitos ainda insignificante. A poluio atmosfrica por
gases e partculas, a contaminao das guas pelos esgotos urbanos e
industriais, o lixo e entulho gerados so os principais exemplos desse rejeitos.
Em suma, somos uma espcie que consome bastante recursos naturais,
desperdia muitos bens e produtos e polui bastante o ambiente que co-
habitamos com outros seres vivos.
A urbanizao em maior ou menor escala provoca alteraes no ambiente das
cidades. Essas alteraes ocorrem no micro-clima e atmosfera das cidades,
no ciclo hidrolgico, no relevo, na vegetao e na fauna .
A atmosfera se torna mais poluida e aquecida, devido: .presena de material
particulado ( poeira, fuligem ); .liberao de gases ( CO
2
, CO, e outros),
provenientes de veculos, indstrias e construes, provocando nuvens
produzidoras de sombra; .umidade relativa menor do que no meio natural e
agrrio e ; .temperaturas mais altas devido o aquecimento de grandes reas
concretadas e escassez de vegetao e corpos dgua.
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O ciclo das guas alterado pela impermeabilizao do solo, onde a gua
pluvial escorre por galerias e sistemas de drenagem, tornando essa gua
imprpria para uso. Os cursos dgua so retificados, no respeitando a
existncia e necessidade das matas ciliares. Assim as guas atingem os
fundos de vale rapidamente e, no tendo condies de vazo suficiente,
causam as enchentes. Alm disso, as guas carregam para os rios materiais,
como terra, lixo, entulho que contribuem com o assoreamento dos mesmos.
O maior problema com relao ao relevo so os cortes e aterros de grandes
extenes, causando compactao e eroso dos solos.
A vegetao natural quase totalmente dizimada e substituida por ruderais
ou por plantas exticas, muitas vezes com pequena funo ecolgica.
A fauna original totalmente dizimada em funo da destruio de seu
habitat natural. Algumas espcies de animais se sobressaem nas cidades,
devido as condies favorveis que encontram para o seu aumento
populacional e ausncia de seus predadores naturais, provocando um
desequilbrio inigualvel nas cadeias alimentares. Baratas, ratos, pombos,
pardais, escorpies, formigas, cupins, pernilongos, so os principais
exemplos de animais urbanos. Muitos deles vetores de doenas e indesejveis
devido a sua grande populao.
AS DIFERENTES FUNES DAS REAS VERDES URBANAS
As reas verdes urbanas proporcionam melhorias no ambiente
excessivamente impactado das cidades e benefcios para os habitantes das
mesmas.
A funo ecolgica deve-se ao fato da presena da vegetao, do solo no
impermeabilizado e de uma fauna mais diversificada nessas reas,
promovendo melhorias no clima da cidade e na qualidade do ar, gua e solo.
A funo social est intimamente relacionada com a possibilidade de lazer
que essas reas oferecem populao. Com relao este aspecto, deve-se
considerar a necessidade de hierarquizao, segundo as tipologias e
categorias de espaos livres, tema que ser abordado a seguir.
A funo esttica diz respeito diversificao da paisagem construida e o
embelezamento da cidade. Com relao a este aspecto deve ser ressaltado a
importncia da vegetao.
A funo educativa est relacionada com a possibilidade imensa que essas
reas oferecem como ambiente para o desenvolvimento de atividades extra-
classe e de programas de educao ambiental.
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A funo psicolgica ocorre, quando as pessoas em contato com os
elementos naturais dessas reas, relaxam, funcionando como anti-estresse.
Este aspecto est relacionado com o exerccio do lazer e da recreao nas
reas verdes.
No entanto, a serventia das reas verdes nas cidades est intimamente
relacionada com a quantidade, a qualidade e a distribuio das mesmas
dentro da malha urbana. Com relao quantidade, a seguir estaremos
discutindo a questo do ndice de reas verdes pblicas e outros ndices que
mensuram a quantidade de vegetao nas cidades. Com relao qualidade e
distribuio, pretende-se abordar a questo da hierarquizao dos espaos
livres e aspectos relacionados manuteno, conservao e planejamento
dessas reas.
NDICES
Na realidade pode-se falar em diferentes ndices para expressar o verde nas
cidades.
O ndice de reas verdes aquele que expressa a quantidade de espaos livres
de uso pblico, em Km
2
ou m
2
, pela quantidade de habitantes que vive em
uma determinada cidade. Ento, neste cmputo, entram as praas, os
parques e os cemitrios, ou seja, aqueles espaos cujo acesso da populao
livre. Vale salientar que dever-se-ia trabalhar com um primeiro valor que em
funo da quantidade total das reas existentes e um segundo, recalculado,
que expresse quantas dessas reas esto sendo realmente utilizadas, aps
uma avaliao do seu estado de uso e conservao. Este ndice se refere
quelas reas verdes que desempenham todas as funes descritas no item
anterior. No entanto, est intimamente ligado funo de lazer que
desempenham ou que podem desempenhar.
Outro ndice que pode ser gerado o ndice de cobertura vegetal em rea
urbana. Para obteno desse ndice necessrio o mapeamento de toda
cobertura vegetal de um bairro ou cidade e posteriormente quantificado em
m
2
ou Km
2
.Conhecendo-se a rea total estudada, tambm em m
2
ou km
2
,
chega-se posteriormente porcentagem de cobertura vegetal que existe
naquele bairro ou cidade. Se mapearmos somente as rvores, ento esse
ndice expressar somente a cobertura vegetal de porte arbreo. Nucci (1996),
em sua tese de doutorado, fez esse levamento para o Distrito de Santa Ceclia,
na cidade de So Paulo. Neste trabalho o autor mapeou as "manchas de
verde", obteve o valor em m
2
e depois dividiu pela populao residente
naquele bairro, chegando a um ndice que ele denominou ndice de verde por
habitante. Neste caso ele considerou todo o verde existente no bairro,
independente de ser rea pblica ou particular e no se preocupando, neste
caso, com o acesso da populao a essas reas. Em seguida o autor
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diferenciou as reas verdes pblicas das particulares e obteve tambm o
ndice de reas verdes.
Oliveira (1997), em sua dissertao de mestrado, fez um levantamento das
reas pblicas de So Carlos e obteve dois ndices diferentes. O primeiro,
denominado percentual de reas verdes (PVA), foi estimado para grandes
reas da cidade que o autor chamou de unidades de gerenciamento. Neste
ndice entraram todas as reas verdes pblicas da cidade, independentemente
da sua acessibilidade populao. Diferentes valores foram obtidos para as
diferentes unidades de gerenciamento. Em seguida, o autor calculou o ndice
de reas verdes (IAV), considerando somente aquelas reas verdes pblicas
de acesso livre para a populao. Neste caso os ndices foram obtidos para
setores da cidade. Tambm chegou ao ndice de reas verdes para a cidade
como um todo. O valor obtido foi de 2,65 m2/hab. Segundo o autor este
ltimo ndice um indicador de qualidade de vida da populao,
expressando a oferta de rea verde "per capta".
"Ainda em relao aos ndices importante comentar que est difundida e
arraigada no Brasil a assertiva de que a ONU, ou a OMS, ou a FAO,
considerariam ideal que cada cidade dispusesse de 12m
2
de rea
verde/habitante. Nas pesquisas, por carta, que fizemos junto essas
Organizaes, foi constatado que esse ndice no conhecido, como no o ,
entre as faculdades de paisagismo da Repblica Federal da Alemanha. Somos
levados a supor, depois de termos realizado muitos estudos, que esse ndice
se refira, to somente s necessidades de parque de bairro e
distritais/setoriais, j que so os que, dentro da malha urbana, devem ser
sempre pblicos e oferecem possibilidade de lazer ao ar livre" (Cavalheiro &
Del Picchia, 1992).
A falta de uma definio amplamente aceita sobre o termo "reas verdes" e
as diferentes metodologias utilizadas para obteno dos ndices , dificulta a
comparao dos dados obtidos para diferentes cidades brasileiras e destas
com cidades estrangeiras.
Estes ndices carregam consigo apenas uma informao quantitativa geral,
no expressando como essas reas verdes se encontram, como esto sendo
utilizadas e nem a distribuio das mesmas dentro da cidade. Imagine que
podemos ter um alto ndice de reas verdes em uma determinada cidade, mas
quando vamos observar onde esto localizadas essas reas, constatamos que
a grande maioria delas esto nos bairros de classe de alta renda. Soma-se a
isto, o fato de que as pessoas mais pobres, onde h uma carncia maior
dessas reas, no possuem acesso a clubes de lazer particulares e seus
quintais internos so pequenos ou mesmo inexistentes, tendo muitas vezes
que praticar esporte ou desenvolver algum tipo de recreao nas ruas do seu
bairro.
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HIERARQUIZAO DOS ESPAOS LIVRES
Os espaos livres de construo so classificados segundo:
a. Tipologia ( baseado em Grening, 1976 apud Escada, 1987 ), em:
Particulares: jardins, quintais, chcaras;
Potencialmente coletivos: clubes, escolas, fbricas, universidades;
Pblicos: praas, parques, cemitrios.
b) Categoria e Disponibilidade, veja Tabela 01.
Segundo Cavalheiro & Del Picchia (1992), os valores contidos na Tabela
devem servir como indicaes quanto capacidade de suporte para visitao,
a quantidade de equipamentos que possam conter e maximizao de sua
manuteno.
Os parques de vizinhana, segundo Escada (1992), so de uso localizado,
pois so planejados para servir uma unidade de vizinhana ou de habitao,
substituindo as ruas e os quintais de casas das cidades menores. So espaos
com tamanho reduzido, que devem abrigar alguns tipos de equipamentos
ligados recreao, vegetao e distar entre 100 e 1.000 m das residncias ou
do trabalho.
Os parques de bairro so de maiores dimenses, devendo conter uma gama
maior de equipamentos de lazer. Podem desempenhar funo paisagstica e
ambiental, se dotados de vegetao, espaos livres de impermeabilizao e
guas superficiais.
Os parques distritais so espaos livres de grandes dimenses. Segundo
Birkholz, 1983 apud Escada, 1992 so reas de bosques que contm
elementos naturais de grande significado, tais como montanhas, cachoeiras,
florestas, etc. Devem ser concebidos e equipados para permitir
acampamentos, possuir trilhas para passeios a p e a cavalo, locais de banho,
natao, esporte e outros.
Os parques metropolitanos tambm so espaos livres de grandes dimenses,
devendo possuir os espaos e equipamentos de lazer citados para os parques
distritais. A diferena maior com estes sua insero em reas
metropolitanas, servindo como um espao pblico para habitantes de
diferentes cidades prximas. Os dois maiores exemplos so o Central Park de
Nova York e o Parque do Ibirapuera, em So Paulo.
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MANUTENO, CONSERVAO E SEGURANA DAS REAS
VERDES
A disponibilidade de espaos para recreao e prtica de esporte nas cidades
no depende exclusivamente da existncia de reas para o desenvolvimento
dessas atividades. A conservao e manuteno de todos elementos que
compem uma praa ou um parque devem merecer ateno continuada dos
orgos pblicos que gerenciam essas reas e da populao que as utilizam. O
uso pblico de uma rea verde est intimamente ligado manuteno,
conservao e segurana que esta rea recebe.
Todo elemento natural constituinte de uma rea verde, principalmente a
vegetao deve ser manejada constantemente. Alguns tipos de manejo so
citados a seguir:
podas em rvores com galhos podres, secos ou lascados;
extraes de rvores com risco de queda ou que apresentam algum
problema fitosanitrio irreparvel;
plantio de novas rvores, visando a substituio daquelas extradas, ou
mesmo, para adensamento da vegetao de porte arbreo;
poda de levantamento de copa;
trato com os problemas de pragas e doenas;
capina do gramado e poda das arbustivas;
diversificao das espcies utilizadas e priorizao das nativas.
Tambm deve ser levado em considerao, na fase de planejamento de uma
rea verde, a preocupao com espcies que do maior demanda de
manuteno e altos custos de implantao, como as capinas de gramas
exticas. Em grandes parques possvel utilizar como substrato as herbceas
existentes na prpria rea. medida que as rvores crescem, essas invasoras
tendem a desaparecer dos espaos sombreados. Posteriormente, pode-se
pensar em gramar os espaos expostos ao sol pleno ou mesmo manter a
vegetao existente.
Com relao aos equipamentos de lazer e a todo mobilirio urbanoque faz
parte da rea verde, deve-se reparar todo dano existente e paralelamente,
desenvolver campanha educativa aos usurios para uso adequado e proteo
dos mesmos. Um banco quebrado ou uma luminria que no funcione
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motivo suficiente para reproduo desses e de outros tipos de danos.
Permanecer tranqilo em uma praa, hoje em dia, algo difcil de acontecer.
Na maioria das vezes no nos sentimos seguros. O que d segurana em uma
rea verde na cidade o seu uso constante pela populao e uma guarda
municipal que seja mais educativa que punitiva. Esse uso ocorrer se a praa
estiver dotada de iluminao eficiente, equipamentos funcionando, gramados
capinados, rvores de copas altas e muitos outros tens relacionados
conservao e manuteno dos elementos existentes na rea.
PLANEJAMENTO E LEGISLAO
O Cdigo de reas Verdes e Arborizao Urbana de uma cidade o
instrumento legal e de gerenciamento mais importante que pode existir para
assegurar a existncia de espaos que desempenhem funes de melhorias
do ambiente urbano e da qualidade de vida dos seus habitantes.
Com relao ao planejamento, deve-se pensar primeiro na cidade como um
todo, propondo a existncia e funcionalidade de um sistema municipal de
reas verdes ou de espaos livres, considerando a densidade populacional dos
bairros ou setores da cidade e o potencial natural das reas existentes.
Para cada bairro ou setor, no planejamento e projeo dos espaos livres ou
setor deve-se levar em considerao as faixas etrias predominantes e
existentes, a opinio dos moradores e o potencial de cada rea. Guzzo (1991),
em sua monografia de graduao, desenvolveu um trabalho de planejamento
dos espaos livres de uso pblico para um conjunto habitacional de Ribeiro
Preto/SP. Primeiro foi feita uma hierarquizao das reas verdes e sistemas
de lazer existentes no Projeto Urbanstico, segundo as categorias existentes
na Tabela 01. As reas foram classificadas em parques de vizinhana, parques
de bairro e verde de acompanhamento virio. Posteriormente a populao foi
consultada atravs de questionrio segundo seus desejos quanto aos
elementos que deveriam estar presentes nessas reas. Posteriormente, o autor
observou quais os tipos de lazer que as crianas desenvolviam nas ruas do
bairro. Com todas essas informaes foi feito dois pr-projetos paisagsticos
para uma rea categorizada como parque de vizinhana e outra como parque
de bairro. Este ltimo, com rea superior a 6,0 hectares se transformou em
1995, atravs de lei municipal, no Parque de Bairro Tom Jobim. Porm, at a
presente data, ainda no foi totalmente implantado. Apenas alguns
equipamentos esportivos e a arborizao externa da rea foi implementada.
Ainda com relao legislao, cita-se a seguir aquelas que devem merecer
ateno para quem for desenvolver algum tipo de trabalho com reas verdes e
arborizao urbana:
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- Lei 7.803/89, alterando a Lei 4.771/65 que estabelece o Cdigo Florestal
Brasileiro;
- Lei 6.766/79 que dispe sobre parcelamento do solo urbano;
- Lei Orgnica do Municpio e ;
- Plano Diretor do Municpio e leis complementares, como Cdigo Municipal
de Meio Ambiente, Lei Municipal de Parcelamento e Uso do Solo Urbano,
Plano Virio Municipal, Lei do Mobilirio Urbano e Lei Municipal de
Saneamento.
BIBLIOGRAFIA
CAVALHEIRO, F. & DEL PICCHIA, P.C.D. reas Verdes: conceitos, objetivos e diretrizes
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18/09/92. Anais I e II. 1992. P.29-35.
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So Jos dos Campos, 1992. 133 p.
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e reas verdes: diagnstico e propostas. (Dissertao de Mestrado ) UFSCar, So Carlos, 1996.
181 p.
TEXTO: Perci Guzzo
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