Introdução, Desenvolvimento Conclusão e Bibliografia

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INTRODUO

O lcool a substncia psicoativa mais antiga da humanidade. Os jovens esto a


beber mais e cada vez mais cedo, o que aumenta o risco de boa parte desta
juventude desenvolver o alcoolismo. Esta equao se repete praticamente em todo o
mundo, inclusive no nosso pas, apesar de as pesquisas sobre o tema ainda serem
bem escassas por aqui. Rapazes e moas esto a consumir bebidas alcolicas cada
vez mais cedo e o que a maioria no sabe, alertam especialistas, que se trata de
uma droga perigosa.

Em pases do mundo, a venda do lcool a menores proibida por lei do Governo,


mesmo assim comum ver jovens bebendo em lugares pblicos, festas ou at
mesmo em casa.

1 Alcoolismo na juventude

O alcoolismo o conjunto de problemas relacionados ao consumo excessivo e


prolongados do lcool; entendido como o vcio de ingesto excessiva e regular de
bebidas alcolicas, e todas as consequncias decorrentes.

Baseando-se em estudos recentemente realizados pelo Instituto Francs da Gallup


e da Organizao Mundial da Sade (OMS), referiu que o consumo destas
substncias prejudica a sade fsica e mental das pessoas, assim como degrada as
relaes sociais e considera o alcoolismo uma doena de carcter triplo, pois afecta
a mente, o fsico e o social. Ainda segundo as estatsticas, da OMS o leste europeu
a regio com maiores ndices de consumo de bebidas alcolicas e uma boa parte
so jovens. Num ranking publicado em 2013, pases como Moldvia, Repblica
Checa e Hungria ocupam os trs primeiros lugares. Em Angola actualmente a
iniciao ao uso do lcool se d cada vez mais cedo, aos doze anos, enquanto que
nos anos noventa ocorria aos catorze anos, embora exista a proibio da venda
menores, na maioria dos estabelecimentos as leis no so respeitadas. Segundo
pesquisa no Hospital de Clnicas de Benguela, cerca de 15% da populao angolana
sofre de alcoolismo. lcool tambm droga.

Especialistas explicam que o lcool uma substncia capaz de causar alteraes no


organismo. Desse modo, pessoas que ingerem bebidas alcolicas esto propensas
a ficarem mais agitadas, ou seja, expressarem mais significadamente a sua
personalidade. Como os jovens ainda esto em processo de desenvolvimento, o
lcool pode afectar o funcionamento cerebral acarretando problemas de percepo
cognitiva (problemas de ateno, memria, raciocnio).

Ainda assim, a facilidade de acesso bebida no deixa de ser um problema. A falta


de fiscalizao e o desinteresse dos comerciantes para com o consumo de bebidas

alcolicas por jovens, parte da premissa que vem de casa, o excesso de liberdade
dado pelos pais.
Portanto, uma poltica que poder ser exercida a fim de diminuir esses altos ndices
de irregularidade depende do pressuposto de cada um, ter em conscincia os seus
actos, considerando as possveis consequncias. Alm de um maior programa
educacional que analise essa necessidade porque, o consumo de bebidas
alcolicas na juventude, que tanto prejudicam a sociedade.

A faixa etria que abrange esta categoria social (a juventude) constituda por
elementos geralmente problemticos, pois a adolescncia uma fase dominada
pela crise do eu, e em que o indivduo est predisposto a novas experincias e a
desafiar a sociedade.

E nesta perspectiva que surge a problemtica do alcoolismo, em que o consumo


de lcool pelos jovens, quer na quantidade, quer na espcie, quer ainda no local,
depende, entre outros factores, da origem e do habitat social desses mesmos
jovens. O alcolatra no bebe por prazer, e sim para que o efeito comece logo.
Prefere comer um pouco enquanto bebe, para no diminuir o efeito da bebida. Se
comer, a oxidao do lcool ser maior, sua eliminao da corrente sangunea mais
rpida e o efeito menor. O alcoolismo uma doena incurvel, de determinao fatal
e progressiva at mesmo em perodo de abstinncia, entretanto, existem
tratamentos para interromper o crescimento da doena.

E na pesquisa para este trabalho, descobrimos que pases h em que os jovens


embebedam-se de maneiras no ortodoxa: inserindo bebida alcolica no canal
vaginal ou no reto chamado de slimming e pingar Vodka nos olhos, causando
gravssimos problemas de sade dizem os mdicos. As mucosas do intestino e da
vagina absorvem rapidamente o lcool e o usurio fica embriagado em questo de
minutos. Uma das razes que os adeptos do mtodo apresentam para justificar a
ingesto de bebida pelo nus ou vagina que dessa maneira evita-se a ingesto de

calorias, engordando menos, e tambm driblar o bafmetro. Outro ponto que o


mtodo faz com que o usurio no tenha o tradicional "bafo de bbado".

1.1 Causas do Alcoolismo na juventude

So varias as causas do alcoolismo por parte dos jovens, dentre eles podemos
encontrar os problemas familiares, o desemprego, problemas sociais etc. Dizer
tambm que os alcolatras arrumam os mais diversos pretextos para o primeiro
gole, depois para o segundo e assim por diante, como ressentimento, cime,
cansao, etc. Porque no h rituais para tantos abusos, o alcolico inventa-os para
se justificar: teste que correu bem se festeja; teste que correu mal se afoga; arranjou
namorada, celebra; levou um fora, mata a mgoa, perde algum se embriaga nasce
um novo membro na famlia bebe para festejar, bebe no frio para se esquentar e no
calor para se refrescar. Muitos alegam que bebem para esquecer ou para adquirir
coragem para expressar sentimentos que no conseguem quando esto sbrios. As
promoes em festas que a bebida livre, chamadas de Bar Aberto, faz com que o
jovem se sinta excludo caso no consumir nenhum liquido alcolico.

O director nacional do comrcio externo do Ministrio do Comrcio, Adriano Martins


revelou recentemente que o pas gasta muito dinheiro na importao de bebidas,
fazendo recurso s estatsticas de Setembro de 2013, Adriano Martins assegurou
que o pas gastou perto de quatrocentos milhes de dlares na importao de
bebidas. Perante a isso urge a necessidade de medidas urgentes.

Embora todas as causas do alcoolismo ainda no tenham sido descobertas,


acredita-se, acredita-se que um dos fatores seja a hereditariedade, ou seja, os filhos
de pais alcolatras tm mais probabilidade de sofrer da doena. Em sua maioria,
embora nem todos levem o vcio, os jovens comeam a beber para se sentirem mais
seguros ou engraados entre os amigos, e estarem integrados com seu grupo. O
lcool usado muitas vezes inconscientemente para fugir de uma realidade.

Foi comprovado tambm que a mdia, induz sim, e muito, ao transformar jovem em
alcolatra, pois os comerciais estimulam muito a cabea do adolescente que ainda
est cheia de duvidas e curiosidades.

1.2 Consequncias do alcoolismo na juventude

Entre as consequncias, principalmente em curto prazo, esto: mal-estar fsico e


psquico, perda do controle, comportamento antissocial, enjoo, vmitos, tontura,
ressaca, dor de cabea e depresso, hipertenso, cardiopatias, cirrose e alguns
tipos de derrame. Afecta gradativamente a sade.

Tambm o uso constante do lcool, acaba abrindo portas para o jovem experimentar
outras drogas, como o cigarro, liamba, cocana, herona entre outras. A principal
caracterstica do alcoolismo que est associado a uma sucesso de perdas. O
desejo incontrolvel da bebida e a incapacidade de estabelecer um limite
comprometem os relacionamentos profissionais, familiares e as amizades. O jovem
alcolatra perde o controle sobre sua vontade, depois o respeito pelos outros, a
memria, o raciocnio abstrato, a capacidade de concentrao, o trabalho e a
famlia, julga usar o lcool para resolver seus problemas, sem se dar conta de que
multiplica seus desconfortos fsicos e emocionais e passa a depender do lcool para
tudo, at para esquecer que dependente.

mais que comprovado por pesquisadores que o lcool atrapalha significativamente


no rendimento acadmico dos jovens, em casos mais grave os alunos demoram em
se lembrar de algum nome de pas, por exemplo, devido ao uso demasiado do
lcool, em quanto um aluno da mesma faixa de idade que no usa o lcool se
lembra em questo de segundos. Tambm todos sabem que uma boa parte do
nmero de acidentes de viao, brigas que terminam em mortes ou leses graves,
vrios delitos como furtos, conduo ilegal e vandalismo de bens pblicos
envolvendo jovens, esto ligados ao consumo excessivo do lcool. Segundo dados

da DNVT no nosso pas cerca de 50% dos acidentes na via pblica so resultantes
do excesso de velocidade devido conduo sob o efeito do lcool. O lcool
provoca o desejo, mas rouba o desempenho do homem nas relaes sexuais,
podendo torn-lo momentaneamente impotente.

H ainda o facto de o jovem beber em busca do seu espao e do seu tempo. A


sociedade contempornea, que urbana e capitalista, no tem lugar para o no
utilitrio (o lazer). Porm, o jovem tem uma necessidade vital de um espao e tempo
seu, onde possa expressar-se. Se a sociedade lhos retira ou probe, o jovem no
tem outro remdio que no seja o de procur-los nas drogas ou no lcool.

1.3 Sintomas do alcoolismo

O facto da existncia da dependncia psquica do lcool e consequentemente do


seu consumo regular, surge a partir dos estmulos atrs descritos e, segundo os
especialistas, quando o hbito de beber em grupo no atacado pelo tempo, a
bebida acaba por se tornar, a curto prazo, num dos interesses principais da vida do
jovem e as suas preocupaes dirias comeam a ser canalizadas para a busca da
bebida. O jovem passa a beber regularmente duas a trs vezes por semana e em
favor da bebida so abandonados: o estudo, o emprego e at as distraes como o
desporto, etc.

O alcoolismo d-se quando certa inclinao para o consumo de bebidas alcolicas


passa a ser uma paixo ou habito, enquanto meio de suscitar a euforia ou outros
estados agradveis. O grupo habitual deixa de ser indispensvel, servindo ao jovem
qualquer outro grupo que se dedique ao consumo de bebidas alcolicas.

Tambm frisar que um dos sintomas muito frequente actualmente, o jovem sair
sbrio pela manh para a escola ou trabalho e regressar pela tardinha ou de noite

embriagado. A insnia, falta de memria, em que o esquecimento se fez ou


aconteceu durante a bebedeira, so tambm indcios mais facilmente detectveis
nos jovens que bebem grandes quantidades de lcool.

1.4 Preveno contra o alcoolismo na juventude.

Todos ns conhecemos o famosssimo slogan beba com moderao, mas a surge


pergunta: Como se pode beber com moderao se a venda no feita com
moderao? Em Angola, por exemplo, normal ver a venda de lcool em plena via
publica aos olhos de todos, e vendida na sua maioria por adolescentes,
acrescentado com a grande quantidade da oferta e pelo baixo preo do produto. Por
sua vez a Revista Exame, na sua edio 26, revelou que nos ltimos cinco anos,
investiu-se cerca 700 milhes de dlares em quatro novas fbricas de cerveja e em
breve, haver mais quatro em Luanda. Bebe-se,segundo estimativas, nove milhes
de hectolitros de cerveja por ano, sendo 7500 fabricados no nosso pas e 1500
provenientes do exterior. A importao em grandes quantidades de bebidas
alcolicas no pas est com os dias contados, afirma a Ministra da Indstria,
Bernarda Gonalves Martins Henriques da Silva que 2017 seja o prazo limite.

A lei seca em no nosso pas instalou uma polmica. A vontade de o executivo


angolano restringir a publicidade de bebidas alcolicas vista j como uma ameaa
sobrevivncia da imprensa privada, uma vez que os anunciantes de bebidas
alcolicas se situam entre os trs primeiros lugares no volume de investimentos em
TV, imprensa, rdio e media exterior Claro est que quem usa este argumento
a Associao Angolana de Publicidade e Marketing, que nos revela, assim, que a
Imprensa do pas muito movida a lcool.

Em Angola proibida apenas a venda a menores, mas nada est regulamentado


sobre a idade para o consumo de bebidas alcolicas diferente de pases como

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Nambia, frica do Sul Brasil, Zimbabwe e tantos outros no mundo, onde s a partir
dos 18 anos o indivduo est autorizado a consumir determinadas espcies de
bebidas alcolicas.

Conhecer o problema a melhor forma de preveno, para acabar com o vcio, o


jovem usurio de lcool precisa ter conscincia do problema que est enfrentando e
o desejo de se livrar dele. Existem vrios tipos de tratamento para o caso como, por
exemplo, atravs da desintoxicao em Clnicas especializadas consulta a
psiclogos etc. Mas tudo isso com o indispensvel apoio e compreenso da famlia.5

As propagandas de bebidas alcolicas por parte da mdia devem ser moderadas se


no mesmo proibidas, pois podem influenciar o uso de uma droga silenciosa e
liberada. H a necessidade do envolvimento de instituies governamentais para
fazer cumprir as leis, de combate ao problema, envolvimento das instituies
religiosas,

educacionais,

sociais

principalmente

familiares, como

primeira

sociedade onde os indivduos se desenvolvem, com vista a se reduzir esse


fenmeno.

necessrio estar atento. Reconhecidos os primeiros sintomas, h que actuar com


prontido a fim de evitar que o vcio se instale. Caso contrrio, entra-se na segunda
fase, ou seja, a sndrome de abstinncia. O jovem sente uma enorme fraqueza,
sobe-lhe a tenso, mas no pode deixar de beber. O organismo passou a habituarse ao lcool, provocando o desejo ardente de beber. O vcio est ento implantado,
sendo neste caso, muito mais difcil abandon-lo sem um tratamento mdico
rigoroso.

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CONCLUSO

Como se procurou demonstrar ao longo deste trabalho, o consumo de lcool por


parte dos jovens traz claras consequncias orgnicas, comportamentais e na
estrutura de desenvolvimento da personalidade do jovem e da sociedade, pois que
os jovens so a fora motriz dentro dela.

Certamente se seguirmos um modo correcto de expor o lcool a todos,


principalmente pela mdia, logo teremos menos problemas com o seu consumo e
quem sabe talvez a sua possvel extino.

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BIBLIOGRAFIA

Revista Planto Mdico - Drogas, alcoolismo e Tabagismo


Jornal de Angola
http://merdiadevida.wordpress.com
http://www.angonoticias.com
Revista Exame edio 26

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