Matematica 2011

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MATEMTICA
Sistema de Numerao Decimal
03
Teoria dos Conjuntos
04
Nmeros Relativos Inteiros e Fracionrios, Operaes e Propriedades.
08
Conjunto dos nmeros naturais
11
Conjunto dos nmeros inteiros
15
Regras de divisibilidade
20
Mnimo Mltiplo Comum e Mximo Divisor Comum
21
Operaes com fraes
24
Nmeros decimais
29
Conjuntos dos Nmeros Racionais (Q)
32
Sistema de Medidas Usuais
33
Volumes dos Principais Slidos Geomtricos
37
Medidas de tempo
38
Mdia aritmtica
38
Razes e propores
40
Grandezas Proporcionais E Diviso Proporcional
45
Regra de sociedade
48
Regra de trs simples e composta
51
Porcentagem
53
Jursos simples e compostos
57
Desconto
60
lgebra Equaes de 1 e 2 graus
73
Equaes do 1. Grau Com Duas Variveis Ou Sistema De Equaes Lineares
73
Geometria: Ponto, Reta, Plano ngulos, Polgonos, Tringulos, Quadrilteros, Circunferncia, Crculo E Seus
Elementos Respectivos Figuras Geomtricas Planas (Permetros E reas) Slidos Geomtricos (Figuras
Espaciais): Seus Elementos E Volumes; Resoluo De Problemas
93
Funes de 1 e 2 graus
122
Probabilidades
148
Anlise Combinatria
159
Progresses aritmtica e geomtrica
171
Matrizes, determinantes e sistemas lineares
185
Trigonometria
203
Funo Exponencial
235
Funao Logartmica
240
A Trigonometria do Tringulo Retngulo
283
Nmeros complexos
287
Polinmios
294
Nmeros Binomiais E Binmio De Newton
304
Conjunto dos Nmeros Reais (R)
314
A MAGIA DOS NMEROS
Antes mesmo do surgimento dos nmeros, os povos se utilizavam de smbolos como ferramentas auxiliares
em processos envolvendo contagem. Os vrios povos que constituram civilizaes no decorrer da histria,
buscavam desenvolver tcnicas matemticas capazes de solucionar problemas cotidianos. Entre os povos
podemos citar: maias, incas, astecas, sumrios, egpcios, gregos, chineses, romanos, povos da regio
mesopotmica, entre outros.
Dentre os estudos surgiram sistemas de numerao, tcnicas de contagem, smbolos numricos,
calendrios baseados no sistema solar, objetos de contagem como o baco, posicionamento numrico e
diversas outras descobertas. Os clculos matemticos e os mistrios da natureza sempre fascinaram o
homem, que buscou e ainda busca nos nmeros, desvendar determinadas situaes. O surgimento do sistema
de numerao indo-arbico facilitou o crescimento da Matemtica e de outras cincias, pois a base decimal
facilitava os clculos numricos objetivando respostas a algumas situaes consideradas incgnitas.
Nos sculos seguintes, a introduo do sistema de base decimal na Europa pelos rabes e os grandes
gnios da Matemtica despertaram suas habilidades intelectuais para o desenvolvimento de novas tcnicas. O
surgimento de importantes relaes caracterizadas por nmeros constantes como o (pi) e o (nmero de

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ouro) constituram importantes passos para a cincia dos nmeros. Os mistrios da natureza comeavam a ser
desvendados e explicados com a ajuda dos mesmos.
Os nmeros constituem o alicerce da Matemtica, pois sem estes, ela no teria evoludo como evoluiu. At
hoje, os nmeros intrigam as pessoas ligadas rea de exatas atravs de situaes que conduzem a
resultados fascinantes. A criatividade e a habilidade em manobrar os nmeros, levam a um mundo cheio de
mistrios e segredos. Observe as seguintes situaes:
1x8+1=9
12 x 8 + 2 = 98
123 x 8 + 3 = 987
1234 x 8 + 4 = 9876
12345 x 8 + 5 = 987 65
123456 x 8 + 6 = 987654
1234567 x 8 + 7 = 9876543
12345678 x 8 + 8 = 98765432
123456789 x 8 + 9 = 987654321
1 x 9 + 2 = 11
12 x 9 + 3 = 111
123 x 9 + 4 = 1111
1234 x 9 + 5 = 11111
12345 x 9 + 6 = 111111
123456 x 9 + 7 = 1111111
1234567 x 9 + 8 = 11111111
12345678 x 9 + 9 = 111111111
123456789 x 9 +10= 1111111111
9 x 9 + 7 = 88
98 x 9 + 6 = 888
987 x 9 + 5 = 8888
9876 x 9 + 4 = 88888
98765 x 9 + 3 = 888888
987654 x 9 + 2 = 8888888
9876543 x 9 + 1 = 88888888
98765432 x 9 + 0 = 888888888
1x1=1
11 x 11 = 121
111 x 111 = 12321
1111 x 1111 = 1234321
11111 x 11111 = 123454321
111111 x 111111 = 12345654321
1111111 x 1111111 = 1234567654321
11111111 x 11111111 = 123456787654321
111111111 x 111111111 = 12345678987654321
A disposio dos nmeros envolvendo as operaes da adio e da multiplicao resultaram em
sequncias numricas com certo grau de curiosidade, e como diria Pitgoras, um clebre matemtico grego:
Os nmeros governam o mundo. Por Marcos No
A Matemtica na Regio Mesopotmica
Atualmente, utilizamos um sistema de numerao baseado em dez algarismos, denominado decimal. Com
os algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9 podemos formar qualquer nmero envolvendo dezenas, centenas,
milhares, e assim sucessivamente. Antes mesmo do surgimento desses nmeros, outras formas eram
desenvolvidas e utilizadas por civilizaes antigas. Por exemplo, os babilnicos, povos da regio da
Mesopotmia (atual Iraque), eram detentores de uma incrvel habilidade matemtica.
Devido sua linguagem matemtica acessvel, dominavam os clculos e desenvolviam tcnicas de
resoluo de equaes quadradas e biquadradas. E no ramo da Geometria, possuam frmulas para o clculo
de reas e volumes de slidos geomtricos.

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Os babilnios, bem como os outros povos da regio mesopotmica, desenvolveram tcnicas para
resoluo de clculos envolvendo multiplicao e diviso, raiz quadrada e raiz cbica, valor posicional dos
nmeros, e criaram smbolos responsveis por expressarem nmeros envolvendo unidades e dezenas. A
unidade era associada ao smbolo v e a dezena ao smbolo <. Dessa forma, os nmeros eram escritos
pela organizao posicional desses smbolos, observe:
3: vvv
4: vvv v
15: < vvv vv
21: << v
33: <<< vvv
48: <<< < vvv vvv vv
63: <<< <<< vvv
92: <<< <<< <<< vv
Por Marcos No
SISTEMA DE NUMERAO DECIMAL
NUMERAO
Numerao o modo de utilizarmos ou empregarmos um mnimo de smbolos e palavras na representao
dos nmeros.
SISTEMA DE NUMERAO
o conjunto de um mnimo de regras para indicarmos os nmeros. um sistema de contagem.
Principio da posio decimal
Todo algarismo colocado esquerda de outro tem um valor 10 vezes maior do que teria se estivesse no
lugar desse outro.
Princpio da posio geral
Todo algarismo colocado esquerda de outro representa unidades de ordem superior ordem desse outro.
0 sistema de numerao decimal tem as seguintes caractersticas:
a) de base 10.
b) usa somente os algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9 para escrever todos os nmeros.
c) obedece ao principio da posio decimal.
ORDENS
So as unidades, dezenas, centenas, milhares etc. .., tambm chamadas de posies.
Valor relativo ou posicional de um algarismo
o valor que ele possui conforme o lugar que ocupa no numeral.
O sistema de base 10 emprega o principio do valor posicional, e o smbolo zero para indicar as ordens
vazias.
Valor absoluto de um algarismo
o valor que ele representa considerado isoladamente.
BASE DE UM SISTEMA DE NUMERAO
o conjunto de nomes ou smbolos necessrios para representar qualquer nmero.

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Base 7 - No sistema de base 7, os elementos de um conjunto so contados de 7 em 7, por meio dos
algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7. Contando-se os 365 dias do ano de 7 em 7, obtemos o nmero de semanas
num ano.
Base 5 - No sistema de base 5 ou quinrio, contamos de 5 em 5, empregando os algarismos 0, 1, 2, 3, 4 e
5.
Base 2 - No sistema de base 2 ou binrio contamos de 2 em 2, utilizando apenas os algarismos 0 e 1.
Os computadores eletrnicos empregam o sistema binrio, traduzindo o algarismo 1 por uma lmpada
acesa (circuito fechado) e o algarismo 0 por uma lmpada apagada (circuito aberto). E a leitura dos nmeros
feita no quadro do computador de acordo com o que as lmpadas acusam
LEITURA E ESCRITA DE NMEROS
Nossa numerao:
0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9
Numeral a palavra varivel que indica quantidade, ordem, mltiplos ou frao.
Quanto a Classificao o Numeral pode ser:
Cardinal Aqueles que expressam nmero e quantidade. um, dois, trs, quinze, trinta...
Ordinal Aqueles que indicam a ordem ocupada pelo substantivo. primeiro, quarto, dcimo quinto...
Multiplicativo Aqueles que indicam a multiplicao que foi feita. triplo, sxtuplo, cntuplo...
Fracionrio Aqueles que indicam quantas vezes o substantivo foi dividido meio, metade, onze avos...
Incluem-se entre os Numerais as seguintes palavras:
Zero grau zero, zero hora, zero quilmetro...
Ambos e ambas os dois, um e outro - as duas, uma e outra Par, dezena, dcada, dzia, vintena,
centena, centria, grosa, milheiro, milhar, e outros que indicam um agrupamento numericamente
determinado, exato.
Binio, trinio, quadrinio, lustro ou qinqnio, dcada ou decnio, milnio, centenrio e
sesquicentenrio (150 anos), que so numerais coletivos referentes a anos.
Observao !...As palavras relacionadas nos dois ltimos itens tambm podem ser classificadas como
substantivos coletivos numricos.
As palavras ltimo e penltimo so consideradas adjetivos.
Flexo dos Numerais
Alguns Numerais flexionam, outros no. Os cardinais, com exceo de um (uma), dois (duas), e
daqueles terminados em -entos e -o (duzentas, trezentos, milhes, etc...), so invariveis.
Os ordinais variam em gnero e nmero: primeira volta, primeiros resultados, as segundas eleies,
etc...
No plural flexionam-se os Numerais cardinais substantivados que terminam por fonemas voclicos: dois
cinqentas, dois setes, trs oitos, dois cens, quatro uns, etc. Permanecem invariveis os que finalizam por
fonema consonantal: Pedro tirou quatro seis e dois dez.
Leitura e escrita dos nmeros
Intercalam-se a conjuno "e" entre as centenas e as dezenas e entre estas e as unidades.
Exemplo: 3.655.264 = trs milhes seiscentos e cinqenta e cinco mil duzentos e sessenta e quatro.
Observao !...Na escrita dos nmeros por extenso no se pe vrgula entre uma classe e outra.
Formas duplas Os seguintes Numerais apresentam mais de uma forma: undcimo ou dcimo primeiro
duodcimo ou dcimo segundo catorze ou quatorze septuagsimo ou setuagsimo septingentsimo ou
setingentsimo nongentsimo ou noningentsimo.

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TEORIA DOS CONJUNTOS
CONCEITOS:
Conjunto: representa uma coleo de objetos.
O conjunto de todos os brasileiros.
O conjunto de todos os nmeros naturais.
O conjunto de todos os nmeros reais tal que x-4=0.
Em geral, um conjunto denotado por uma letra maiscula do alfabeto: A, B, C, ..., Z.
Elemento: um dos componentes de um conjunto.
Jos da Silva um elemento do conjunto dos brasileiros.
1 um elemento do conjunto dos nmeros naturais.
-2 um elemento do conjunto dos nmeros reais que satisfaz equao x-4 = 0.
Em geral, um elemento de um conjunto, denotado por uma letra minscula do alfabeto: a, b, c, ..., z.
Pertinncia: a caracterstica associada a um elemento que faz parte de um conjunto.
Jos da Silva pertence ao conjunto dos brasileiros.
1 pertence ao conjunto dos nmeros naturais.
-2 pertence ao conjunto de nmeros reais que satisfaz equao x-4 = 0.
Smbolo de pertinncia: Se um elemento pertence a um conjunto utilizamos o smbolo
"pertence".

que se l:

Para afirmar que 1 um nmero natural ou que 1 pertence ao conjunto dos nmeros naturais, escrevemos:

Para afirmar que 0 no um nmero natural ou que 0 no pertence ao conjunto dos nmeros naturais,
escrevemos:
0

Um smbolo matemtico muito usado para a negao a barra / traada sobre o smbolo normal.

Algumas notaes para conjuntos

Muitas vezes, um conjunto representado com os seus elementos dentro de duas chaves { e } atravs de
duas formas bsicas e de uma terceira forma geomtrica:
Apresentao: Os elementos do conjunto esto dentro de duas chaves { e }.
A={a,e,i,o,u}
N={1,2,3,4,...}
M={Joo,Maria,Jos}
Descrio: O conjunto descrito por uma ou mais propriedades.
A={x: x uma vogal}
N={x: x um nmero natural}
M={x: x uma pessoa da famlia de Maria}
Diagrama de Venn-Euler: (l-se: "Ven-iler") Os conjuntos so mostrados graficamente.

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Subconjuntos
Dados os conjuntos A e B, diz-se que A est contido em B, denotado por A B, se todos os elementos de A
tambm esto em B. Algumas vezes diremos que um conjunto A est propriamente contido em B, quando o
conjunto B, alm de conter os elementos de A, contm tambm outros elementos. O conjunto A denominado
subconjunto de B e o conjunto B o superconjunto que contm A.
Alguns conjuntos especiais
Conjunto vazio: um conjunto que no possui elementos. representado por { } ou por . O conjunto vazio
est contido em todos os conjuntos.
Conjunto universo: um conjunto que contm todos os elementos do contexto no qual estamos trabalhando
e tambm contm todos os conjuntos desse contexto. O conjunto universo representado por uma letra U. Na
seqncia no mais usaremos o conjunto universo.
Reunio de conjuntos
A reunio dos conjuntos A e B o conjunto de todos os elementos que pertencem ao conjunto A ou ao
conjunto B.
A

B = { x: x

A ou x

B}

Exemplo: Se A={a,e,i,o} e B={3,4} ento

B={a,e,i,o,3,4}.

Interseo de conjuntos
A interseo dos conjuntos A e B o conjunto de todos os elementos que pertencem ao conjunto A e ao
conjunto B.
A B = { x: x

Aex

B}

Exemplo: Se A={a,e,i,o,u} e B={1,2,3,4} ento A B=.

Quando a interseo de dois conjuntos A e B o conjunto vazio, dizemos que estes conjuntos so
disjuntos.
Propriedades dos conjuntos
Fechamento: Quaisquer que sejam os conjuntos A e B, a reunio de A e B, denotada por A
interseo de A e B, denotada por A B, ainda so conjuntos no universo.
Reflexiva: Qualquer que seja o conjunto A, tem-se que:
A

A=A e A

A=A

Incluso: Quaisquer que sejam os conjuntos A e B, tem-se que:


A

B, B A

B, A

A, A

Incluso relacionada: Quaisquer que sejam os conjuntos A e B, tem-se que:


A

B equivale a A

B=B

B equivale a A

B=A

Associativa: Quaisquer que sejam os conjuntos A, B e C, tem-se que:


A

(B C) = (A

B) C

(B C) = (A

B) C

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B e a

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Comutativa: Quaisquer que sejam os conjuntos A e B, tem-se que:
A

B=B

B=B

Elemento neutro para a reunio: O conjunto vazio o elemento neutro para a reunio de conjuntos, tal
que para todo conjunto A, se tem:
A

=A

Elemento "nulo" para a interseo: A interseo do conjunto vazio com qualquer outro conjunto A, fornece
o prprio conjunto vazio.
A

Elemento neutro para a interseo: O conjunto universo U o elemento neutro para a interseo de
conjuntos, tal que para todo conjunto A, se tem:
A U=A
Distributiva: Quaisquer que sejam os conjuntos A, B e C, tem-se que:
A
(A

(B

C ) = (A

B)

(A

B)

(A

C) A

(B

C) =

C)

Os grficos abaixo mostram a distributividade.

Diferena de conjuntos
A diferena entre os conjuntos A e B o conjunto de todos os elementos que pertencem ao conjunto A e
no pertencem ao conjunto B.
A-B = {x: x

Aex

B}

Do ponto de vista grfico, a diferena pode ser vista como:

Complemento de um conjunto
O complemento do conjunto B contido no conjunto A, denotado por C AB, a diferena entre os conjuntos A
e B, ou seja, o conjunto de todos os elementos que pertencem ao conjunto A e no pertencem ao conjunto B.
CAB = A - B = {x: x

Aex

B}

Graficamente, o complemento do conjunto B no conjunto A, dado por:

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Quando no h dvida sobre o universo U em que estamos trabalhando, simplesmente utilizamos a letra c
posta como expoente no conjunto, para indicar o complemento deste conjunto. Muitas vezes usamos a palavra
complementar no lugar de complemento.
c

Exemplos: =U e U =.
Leis de Augustus De Morgan
O complementar da reunio de dois conjuntos A e B a interseo dos complementares desses conjuntos.
(A

B) = A

O complementar da reunio de uma coleo finita de conjuntos a interseo dos complementares desses
conjuntos.
c

(A1

A2 ... An) = A1

A2

... An

O complementar da interseo de dois conjuntos A e B a reunio dos complementares desses conjuntos.


(A

B) = A

O complementar da interseo de uma coleo finita de conjuntos a reunio dos complementares desses
conjuntos.
c

(A1

A2 ... An) = A1

A2

... An

Diferena simtrica
A diferena simtrica entre os conjuntos A e B o conjunto de todos os elementos que pertencem reunio
dos conjuntos A e B e no pertencem interseo dos conjuntos A e B.
A B={x:x

Bex

B}

O diagrama de Venn-Euler para a diferena simtrica :

Exerccio: Dados os conjuntos A, B e C, pode-se mostrar que:


A= se, e somente se, B=A

B.

O conjunto vazio o elemento neutro para a operao de diferena simtrica. Usar o item anterior.
A diferena simtrica comutativa.
A diferena simtrica associativa.
A

A= (conjunto vazio).

A interseo entre A e B
C) = (A B)

C distributiva, isto :

(B

B est contida na reunio de A

(A

C)

(B

(A C)
C e de

C, mas esta incluso prpria, isto :

C)

Fonte: http://pessoal.sercomtel.com.br

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NMEROS RELATIVOS INTEIROS E FRACIONRIOS, OPERAES E PROPRIEDADES.
Conjunto o agrupamento de elementos que possuem caractersticas semelhantes.
Os Conjuntos numricos especificamente so compostos por nmeros.
Divididos em:
Conjunto dos Naturais (N),
Conjunto dos Inteiros (Z),
Conjunto dos Racionais (Q),
Conjunto dos Irracionais (I),
Conjunto dos Reais (R).
Conjuntos numricos podem ser representados de diversas formas. A forma mais simples dar um nome
ao conjunto e expor todos os seus elementos, um ao lado do outro, entre os sinais de chaves. Veja o exemplo
abaixo:
A = {51, 27, -3}
Esse conjunto se chama "A" e possui trs termos, que esto listados entre chaves.
Os nomes dos conjuntos so sempre letras maisculas. Quando criamos um conjunto, podemos utilizar
qualquer letra.
Vamos comear nos primrdios da matemtica.
- Se eu pedisse para voc contar at 10, o que voc me diria?
- Um, dois, trs, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove e dez.
Pois , estes nmeros que saem naturalmente de sua boca quando solicitado, so chamados de nmeros
NATURAIS, o qual representado pela letra
.
Foi o primeiro conjunto inventado pelos homens, e tinha como inteno mostrar quantidades.
*Obs.: Originalmente, o zero no estava includo neste conjunto, mas pela necessidade de representar uma
quantia nula, definiu-se este nmero como sendo pertencente ao conjunto dos Naturais. Portanto:
N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ...}
Obs.2: Como o zero originou-se depois dos outros nmeros e possui algumas propriedades prprias,
algumas vezes teremos a necessidade de representar o conjunto dos nmeros naturais sem incluir o zero.
Para isso foi definido que o smbolo * (asterisco) empregado ao lado do smbolo do conjunto, iria representar a
ausncia do zero. Veja o exemplo abaixo:
N* = {1, 2, 3, 4, 5, 6, ...}
Estes nmeros foram suficientes para a sociedade durante algum tempo. Com o passar dos anos, e o
aumento das "trocas" de mercadorias entre os homens, foi necessrio criar uma representao numrica para
as dvidas.
Com isso inventou-se os chamados "nmeros negativos", e junto com estes nmeros, um novo conjunto: o
conjunto dos nmeros inteiros, representado pela letra
.
O conjunto dos nmeros inteiros formado por todos os nmeros NATURAIS mais todos os seus
representantes negativos.
Note que este conjunto no possui incio nem fim (ao contrrio dos naturais, que possui um incio e no
possui fim).
Assim como no conjunto dos naturais, podemos representar todos os inteiros sem o ZERO com a mesma
notao usada para os NATURAIS.
Z* = {..., -2, -1, 1, 2, ...}
Em algumas situaes, teremos a necessidade de representar o conjunto dos nmeros inteiros que NO
SO NEGATIVOS.

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Para isso emprega-se o sinal "+" ao lado do smbolo do conjunto (vale a pena lembrar que esta simbologia
representa os nmeros NO NEGATIVOS, e no os nmeros POSITIVOS, como muita gente diz). Veja o
exemplo abaixo:
Z+ = {0,1, 2, 3, 4, 5, ...}
Obs.1: Note que agora sim este conjunto possui um incio. E voc pode estar pensando "mas o zero no
positivo". O zero no positivo nem negativo, zero NULO.
Ele est contido neste conjunto, pois a simbologia do sinalzinho positivo representa todos os nmeros NO
NEGATIVOS, e o zero se enquadra nisto.
Se quisermos representar somente os positivos (ou seja, os no negativos sem o zero), escrevemos:
Z*+ = {1, 2, 3, 4, 5, ...}
Pois assim teremos apenas os positivos, j que o zero no positivo.
Ou tambm podemos representar somente os inteiros NO POSITIVOS com:
Z - ={...,- 4, - 3, - 2, -1 , 0}
Obs.: Este conjunto possui final, mas no possui incio.
E tambm os inteiros negativos (ou seja, os no positivos sem o zero):
Z*- ={...,- 4, - 3, - 2, -1}
Fonte: http://www.tutorbrasil.com.br/estudo_matematica_online/conjuntos/conjuntos.php
Assim:
Conjunto dos Nmeros Naturais: So todos os nmeros inteiros positivos, incluindo o zero.
representado pela letra maiscula N. Caso queira representar o conjunto dos nmeros naturais no-nulos
(excluindo o zero), deve-se colocar um * ao lado do N:
N = {0,1,2,3,4,5,6,7,8,9,10, ...}
N* = {1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11, ...}
Conjunto dos Nmeros Inteiros: So todos os nmeros que pertencem ao conjunto dos Naturais mais os
seus respectivos opostos (negativos). So representados pela letra Z:
Z = {... -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, ...}
O conjunto dos inteiros possui alguns subconjuntos, eles so:
- Inteiros no negativos: So todos os nmeros inteiros que no so negativos. Logo percebemos que
este conjunto igual ao conjunto dos nmeros naturais.
representado por Z+:
Z+ = {0,1,2,3,4,5,6, ...}
- Inteiros no positivos: So todos os nmeros inteiros que no so positivos. representado por Z-:
Z- = {..., -5, -4, -3, -2, -1, 0}
- Inteiros no negativos e no-nulos: o conjunto Z+ excluindo o zero. Representa-se esse subconjunto
por Z*+:
Z*+ = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ...}
Z*+ = N*
- Inteiros no positivos e no nulos: So todos os nmeros do conjunto Z- excluindo o zero. Representase por Z*-.
Z*- = {... -4, -3, -2, -1}
Conjunto dos Nmeros Racionais: Os nmeros racionais um conjunto que engloba os nmeros inteiros
(Z), nmeros decimais finitos (por exemplo, 743,8432) e os nmeros decimais infinitos peridicos (que repete
uma seqncia de algarismos da parte decimal infinitamente), como "12,050505...", so tambm conhecidas
como dzimas peridicas.
Os racionais so representados pela letra Q.

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Conjunto dos Nmeros Irracionais: formado pelos nmeros decimais infinitos no-peridicos. Um bom
exemplo de nmero irracional o nmero PI (resultado da diviso do permetro de uma circunferncia pelo seu
dimetro), que vale 3,14159265 .... Atualmente, supercomputadores j conseguiram calcular bilhes de casas
decimais para o PI. Tambm so irracionais todas as razes no exatas, como a raiz quadrada de 2 (1,4142135
...)
Conjunto dos Nmeros Reais: formado por todos os conjuntos citados anteriormente (unio do conjunto
dos racionais com os irracionais). Representado pela letra R.
Representao geomtrica de
A cada ponto de uma reta podemos associar um nico nmero real, e a cada nmero real podemos
associar um nico ponto na reta.
Dizemos que o conjunto
denso, pois entre dois nmeros reais existem infinitos nmeros reais (ou seja,
na reta, entre dois pontos associados a dois nmeros reais, existem infinitos pontos).
Veja a representao na reta de

Fonte:http://www.infoescola.com/matematica/conjuntos-numericos/
CONJUNTOS DOS NMEROS NATURAIS
IN = {0, 1, 2, 3, 4,...} e
IN* = { 1, 2, 3, 4, ...} = Conjunto dos nmeros naturais no nulos.
Obs.: Dados dois nmeros naturais, a e b, temos que: a = b ou ab, se a b, temos que a < b ou a > b.
Operaes em IN
Dados: a, b, c e n IN, temos:
a + b = c Adio
a - b = c Subtrao com a > b
a. b = c Multiplicao
a: b = c Diviso com a mltiplo de b.
n

a = b radiciao com a IN

Quadrado perfeito (se n = 2), cubo perfeito


e se

(se n = 3), etc.

a = b bn = a

a = a.a.a. . . . a, particularmente se a = a . a (l-se a ao quadrado)


3

a = a. a. a (l-se a ao cubo)
Propriedades Operatrias
a) (a + b) + c = a + (b + c), associativa da adio.
b) (a. b) . c = a. (b . c), associativa da multiplicao.

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c) a + b = b + a, comutativa da adio.
d) a. b = b . a, comutativa da multiplicao.
e) a + 0 = a, elemento neutro da adio.
f) a. 1 = a, elemento neutro da multiplicao.
g) a .(b + c) = a. b + a. c, distribuio da multiplicao em relao adio.
0

h) a =1 com a = 0
Obs.:1 - Seqncias para resolver expresses.
1.) eliminar parnteses: ( )
2.) eliminar colchetes: [ ]
3.) eliminar chaves: { }
Obs.: 2 - Prioridade nas Operaes
1.) Potenciao e Radiciao
2.) Multiplicaes e Diviso
3.) Adio e Subtrao
1) 1+[3+(7- 2)]+5
2

2) 3 + {5+[4 -( 16 .5)]+
2

25 }
0

3) 4 :2 +{ 12+[9 :(4 +11)-3 ]}


Respostas: 1)14

2) 63

3) 16
USANDO LETRAS PARA RESOLVER PROBLEMAS:

Quando preciso, em um problema, achar um nmero desconhecido, voc deve colocar a letra, facilitando
sua resoluo. Por exemplo, se eu tiver um problema como este:
Meus 45 cavalos sero divididos entre meus filhos da seguinte maneira:
O filho do meio ter o dobro do caula.
O mais velho ter o triplo do caula mais 3.
Voc deve estar se perguntando: como farei isso? muito simples: voc monta uma equao da seguinte
forma:
So 45 cavalos a serem divididos assim:
O caula ter o valor X (um valor desconhecido).
Como havia dito, precisamos usar uma letra para representar o valor que no est sendo dito.
O filho do meio ter 2.X (o dobro do caula, que duas vezes o X) e o mais velho ter 3.X+3 (o triplo do caula
mais 3, que 3 vezes X mais 3). Agora precisamos montar a equao para encontrarmos o valor de X .
X+2.X+3.X+3 = 45
Para ficar mais fcil, somaremos todos os termos em X. Ficar assim:
6.X+3 = 45
Agora resolveremos a equao (precisamos fazer a conta inversa):
6.X = 45 - 3
6.X = 42

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X = 42/6 (ou seja, 42 dividido por 6)
X=7
Ento o caula ter 7, pois o valor de X 7.
O do meio ter 14, pois o valor de X que 7, vezes 2, ou ainda o dobro de 7.
E o mais velho ter 24, que seria o triplo de X mais 3.
Pronto ! A resoluo desse problema foi feita e deu para perceber como o uso da letra facilitou sua resoluo.
Outros exemplos:
A soma das idades de Andr e Carlos 22 anos. Descubra as idades de cada um deles, sabendo-se que
Andr 4 anos mais novo do que Carlos.
Soluo:
Primeiro passaremos o problema para a linguagem matemtica. Vamos tomar a letra c para a idade de
Carlos e a letra a para a idade de Andr, logo a=c-4. Assim:
c + a = 22
c + (c - 4) = 22
2c - 4 = 22
2c - 4 + 4 = 22 + 4
2c = 26
c = 13
Resposta: Carlos tem 13 anos e Andr tem 13-4=9 anos.
A populao de uma cidade A o triplo da populao da cidade B. Se as duas cidades juntas tm uma
populao de 100.000 habitantes, quantos habitantes tem a cidade B?
Soluo: Identificaremos a populao da cidade A com a letra a e a populao da cidade com a letra b.
Assumiremos que a=3b. Dessa forma, poderemos escrever:
a + b = 100.000
3b + b = 100.000
4b = 100.000
b = 25.000
Resposta: Como a = 3b, ento a populao de A corresponde a: a=325.000=75.000 habitantes.
2

Uma casa com 260m de rea construda possui 3 quartos de mesmo tamanho. Qual a rea de cada
2
quarto, se as outras dependncias da casa ocupam 140m ?
Soluo: Tomaremos a rea de cada dormitrio com letra x.
3x + 140 = 260
3x = 260 -140
3x = 120
x = 40
2
Resposta: Cada quarto tem 40m .
Como achar o valor de x (termo desconhecido) nas quatro operaes bsicas
01. Determine um nmero natural que, multiplicado por 17, resulte 238.
X . 17 = 238
X = 238 : 17
X = 14
Prova: 14 . 17 = 238
02. Determine um nmero natural que, dividido por 62, resulte 49.
x : 62 = 49
x = 49 . 62

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x = 3038
03 Determine um nmero natural que, adicionado a 15, d como resultado 32
x + 15 = 32
x = 32 - 15
x =17
04. Quanto devemos adicionar a 112, a fim de obtermos 186?
x 112 = 186
x = 186 - 112
x = 74
05. Quanto devemos subtrair de 134 para obtermos 81?
134 x = 81
- x = 81 - 134
- x = - 53 (multiplicando por -1)
x = 53
Prova: 134 - 53 = 81
06. Ricardo pensou em um nmero natural, adicionou-lhe 35, subtraiu 18 e obteve 40 no resultado. Qual o
nmero pensado?
x + 35 - 18 = 40
x = 40 - 35 + 18
x = 23
Prova: 23 + 35 - 18 = 40
07. Adicionando 1 ao dobro de certo nmero obtemos 7. Qual esse numero?
2 . x +1 = 7
2x=71
2x =6
x =6:2
x =3
O nmero procurado 3. Prova: 2. 3 +1 = 7
08. Subtraindo 12 do triplo de certo nmero obtemos 18. Determinar esse nmero.
3 . x -12 = 18
3 x = 18 + 12
3 x = 30
x = 30 : 3
x = 10
09. Dividindo 1736 por um nmero natural, encontramos 56. Qual o valor deste numero natural?
1736 : x = 56
1736 = 56 . x
56 . x = 1736
x. 56 = 1736
x = 1736 : 56
x = 31
10. O dobro de um nmero igual a 30. Qual o nmero?
2 . x = 30
2x = 30
x = 30 : 2
x = 15
11. O dobro de um nmero mais 4 igual a 20. Qual o nmero ?
2 . x + 4 = 20

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2 x = 20 - 4
2 x = 16
x = 16 : 2
x=8
12. Paulo e Jos tm juntos 12 lpis. Paulo tem o dobro dos lpis de Jos. Quantos lpis tem cada menino?
Jos: x
Paulo: 2x
Paulo e Jos: x + x + x = 12
3x = 12
x = 12 : 3
x=4
Jos: 4 - Paulo: 8
13. A soma de dois nmeros 28. Um o triplo do outro. Quais so esses nmeros?
um nmero: x
o outro nmero: 3x
x + x + x + x = 28 (os dois nmeros)
4 x = 28
x = 28 : 4
x = 7 (um nmero)
3x = 3 . 7 = 21 (o outro nmero).
Resposta: 7 e 21
14. Pedro e Marcelo possuem juntos 30 bolinhas. Marcelo tem 6 bolinhas a mais que Pedro. Quantas bolinhas
tem cada um?
Pedro: x
Marcelo: x + 6
x + x + 6 = 30 ( Marcelo e Pedro)
2 x + 6 = 30
2 x = 30 - 6
2 x = 24
x = 24 : 2
x = 12 (Pedro)
Marcelo: x + 6 =12 + 6 =18
Problemas
1 - Em uma adio uma das parcelas 27. Sabe-se que a soma 115. Calcule a outra parcela.
2 - A diferena entre dois nmeros 45.O subtraendo 27. Qual o nmero?
3 - Em uma diviso exata o dividendo 495 e o quociente 11. Qual o divisor.
Respostas: 1) 88

2) 72

3) 45

CONJUNTO DOS NMEROS INTEIROS RELATIVOS


Sobre a origem dos sinais
A idia sobre os sinais vem dos comerciantes da poca. Os matemticos encontraram a melhor notao
para expressar esse novo tipo de nmero. Veja como faziam tais comerciantes:
Suponha que um deles tivesse em seu armazm duas sacas de feijo com 10 kg cada. Se esse
comerciante vendesse num dia 8 Kg de feijo, ele escrevia o nmero 8 com um trao (semelhante ao atual
sinal de menos) na frente para no se esquecer de que no saco faltava 8 Kg de feijo.

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Mas se ele resolvesse despejar no outro saco os 2 Kg que restaram, escrevia o nmero 2 com dois traos
cruzados (semelhante ao atual sinal de mais) na frente, para se lembrar de que no saco havia 2 Kg de feijo a
mais que a quantidade inicial.
Com essa nova notao,os matemticos poderiam, no somente indicar as quantidades, mas tambm
representar o ganho ou a perda dessas quantidades, atravs de nmeros, com sinal positivo ou negativo.
O conjunto Z dos Nmeros Inteiros
Definimos o conjunto dos nmeros inteiros como a reunio do conjunto dos nmeros naturais, o conjunto
dos opostos dos nmeros naturais e o zero. Este conjunto denotado pela letra Z (Zahlen=nmero em
alemo). Este conjunto pode ser escrito por:
Z = {..., -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4,...}
Exemplos de subconjuntos do conjunto Z
Conjunto dos nmeros inteiros exceto o nmero zero:
Z* = {..., -4, -3, -2, -1, 1, 2, 3, 4,...}
Conjunto dos nmeros inteiros no negativos:
Z+ = {0, 1, 2, 3, 4,...}
Conjunto dos nmeros inteiros no positivos:
Z- = {..., -4, -3, -2, -1, 0}
Observao: No existe padronizao para estas notaes.
Reta Numerada
Uma forma de representar geometricamente o conjunto Z construir uma reta numerada, considerar o
nmero 0 como a origem e o nmero 1 em algum lugar, tomar a unidade de medida como a distncia entre 0 e
1 e por os nmeros inteiros da seguinte maneira:

Ao observar a reta numerada notamos que a ordem que os nmeros inteiros obedecem crescente da
esquerda para a direita, razo pela qual indicamos com uma seta para a direita. Esta considerao adotada
por conveno, o que nos permite pensar que se fosse adotada outra forma, no haveria qualquer problema.
Baseando-se ainda na reta numerada podemos afirmar que todos os nmeros inteiros possuem um e
somente um antecessor e tambm um e somente um sucessor.
Ordem e simetria no conjunto Z
O sucessor de um nmero inteiro o nmero que est imediatamente sua direita na reta (em Z) e o
antecessor de um nmero inteiro o nmero que est imediatamente sua esquerda na reta (em Z).
Exemplos:
3 sucessor de 2 e 2 antecessor de 3
-5 antecessor de -4 e -4 sucessor de -5
0 antecessor de 1 e 1 sucessor de 0
-1 sucessor de -2 e -2 antecessor de -1
Todo nmero inteiro exceto o zero, possui um elemento denominado simtrico ou oposto -z e ele
caracterizado pelo fato geomtrico que tanto z como -z esto mesma distncia da origem do conjunto Z que
0.
Exemplos:
O oposto de ganhar perder, logo o oposto de +3 -3
O oposto de perder ganhar, logo o oposto de -5 +5
Mdulo de um nmero Inteiro

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O mdulo ou valor absoluto de um nmero Inteiro definido como sendo o maior valor (mximo) entre um
nmero e seu elemento oposto e pode ser denotado pelo uso de duas barras verticais | |. Assim:
|x| = max{-x,x}
Exemplos:
|0| = 0, |8| = 8, |-6| = 6
Observao: Do ponto de vista geomtrico, o mdulo de um nmero inteiro corresponde distncia deste
nmero at a origem (zero) na reta numrica inteira.
Soma (adio) de nmeros inteiros
Para melhor entendimento desta operao, associaremos aos nmeros inteiros positivos a idia de ganhar
e aos nmeros inteiros negativos a idia de perder.
ganhar 3 + ganhar 4 = ganhar 7
(+3) + (+4) = (+7)
perder 3 + perder 4 = perder 7
(-3) + (-4) = (-7)
ganhar 8 + perder 5 = ganhar 3
(+8) + (-5) = (+3)
perder 8 + ganhar 5 = perder 3
(-8) + (+5) = (-3)
Ateno: O sinal (+) antes do nmero positivo pode ser dispensado, mas o sinal (-) antes do nmero
negativo nunca pode ser dispensado.
Exemplos:
-3 + 3 = 0, 6 + 3 = 9, 5 - 1 = 4
Propriedades da adio de nmeros inteiros
Fecho: O conjunto Z fechado para a adio, isto , a soma de dois nmeros inteiros ainda um nmero
inteiro.
Associativa: Para todos a,b,c em Z:
a+(b+c)=(a+b)+c
2+(3+7)=(2+3)+7
Comutativa: Para todos a,b em Z:
a+b=b+a
3+7=7+3
Elemento neutro: Existe 0 em Z, que adicionado a cada z em Z, proporciona o prprio z, isto :
z+0=z
7+0=7
Elemento oposto: Para todo z em Z, existe (-z) em Z, tal que
z + (-z) = 0
9 + (-9) = 0
Multiplicao (produto) de nmeros inteiros
A multiplicao funciona como uma forma simplificada de uma adio quando os nmeros so repetidos.
Poderiamos analisar tal situao como o fato de estarmos ganhando repetidamente alguma quantidade, como
por exemplo, ganhar 1 objeto por 30 vezes consectivas, significa ganhar 30 objetos e esta repetio pode ser
indicada por um x, isto :
1 + 1 + 1 + ... + 1 + 1 = 30 x 1 = 30
Se trocarmos o nmero 1 pelo nmero 2, teremos:
2 + 2 + 2 + ... + 2 + 2 = 30 x 2 = 60
Se trocarmos o nmero 2 pelo nmero -2, teremos:

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(-2) + (-2) + ... + (-2) = 30 x (-2) = -60
Observamos ento que a multiplicao um caso particular da adio onde os valores so repetidos.
Na multiplicao o produto dos nmeros a e b, pode ser indicado por axb, a.b ou ainda ab sem nenhum
sinal entre as letras.
Para realizar a multiplicao de nmeros inteiros, devemos obedecer seguinte regra de sinais:
(+1)(+1)=(+1)
(+1)(-1)=(-1)
(-1)(+1)=(-1)
(-1)(-1)=(+1)
Com o uso das regras acima, podemos concluir que:
Sinais dos nmeros

Resultado do produto

iguais

positivo

diferentes

negativo

Propriedades da multiplicao de nmeros inteiros


Fecho: O conjunto Z fechado para a multiplicao, isto , a multiplicao de dois nmeros inteiros ainda
um nmero inteiro.
Associativa: Para todos a,b,c em Z:
ax(bxc)=(axb)xc
2x(3x7)=(2x3)x7
Comutativa: Para todos a,b em Z:
axb=bxa
3x7=7x3
Elemento neutro: Existe 1 em Z, que multiplicado por todo z em Z, proporciona o prprio z, isto :
zx1=z
7x1=7
-1

Elemento inverso: Para todo inteiro z diferente de zero, existe um inverso z =1/z em Z, tal que
-1

z x z = z x (1/z) = 1
-1
9 x 9 = 9 x (1/9) = 1
Propriedade mista (distributiva)
Distributiva: Para todos a,b,c em Z:
ax(b+c)=(axb)+(axc)
3x(4+5)=(3x4)+(3x5)
Potenciao de nmeros inteiros
n

A potncia a do nmero inteiro a, definida como um produto de n fatores iguais. O nmero a


denominado a base e o nmero n o expoente.
n

a = a a a a ... a
a multiplicado por a n vezes
Exemplos:
5

2 = 2 x 2 x 2 x 2 x 2 = 32
3
(-2) = (-2) x (-2) x (-2) = -8
2
(-5) = (-5) x (-5) = 25
2
(+5) = (+5) x (+5) = 25
com os exemplos acima, podemos observar que a potncia de todo nmero inteiro elevado a um expoente
par um nmero positivo e a potncia de todo nmero inteiro elevado a um expoente mpar um nmero que
conserva o seu sinal.

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Observao: Quando o expoente n=2, a potncia a^2 pode ser lida como: "a elevado ao quadrado" e
3
quando o expoente n=3, a potncia a pode ser lida como: "a elevado ao cubo". Tais leituras so
provenientes do fato que rea do quadrado pode ser obtida por A=a^2 onde a o lado e o volume do cubo
3
pode ser obtido por V=a onde a o lado do cubo.
Fonte: http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/index.html
Potenciao
Sejam a, b Z e n IN.
a = a. a. a ... a n vezes
n

Se a =b, se a > 0 b > 0


todo n IN ,se a < 0 e n mpar
b < 0 se a < 0 e n par b > 0.
n

Propriedade da potenciao
Sejam a e b Z, e n e m IN, temos que:
n

n+m

a) a . a = a
n
n
n
c) ( a. b) = a .b
n
e) 0 = 0

n -m

b) a : a = a
0
d)a =1 com a 0
n
f) 1 = 1

Radiciao
Sejam a e b Z e n IN
temos

a = b. Se a < 0 e n par no existe raiz.

Exerccios:
I - Completar com os smbolos > , < ou =
a) -3 ___0
c) | -3|___ | +3|

b) 7 ___-8

Respostas: a) <

b)>

c) =

II - Efetuar:
a) 10 +5 3 +6 -2 b) (-6) . (-3) + 2.(-4)
c) 15 : 3 + 7. 2
d) 20:2
Respostas: a) 4

b) 10

c) +9

d) 10
Nmeros Pares e mpares

Os pitagricos estudavam natureza dos nmeros, e baseado nesta natureza criaram sua filosofia e modo
de vida. Vamos definir nmeros pares e mpares de acordo com a concepo pitagrica:
par o nmero que pode ser dividido em duas partes iguais, sem que uma unidade fique no meio, e mpar
aquele que no pode ser dividido em duas partes iguais, porque sempre h uma unidade no meio
Uma outra caracterizao, nos mostra a preocupao com natureza dos nmeros:
nmero par aquele que tanto pode ser dividido em duas partes iguais como em partes desiguais, mas de
forma tal que em nenhuma destas divises haja uma mistura da natureza par com a natureza mpar, nem
da mpar com a par. Isto tem uma nica exceo, que o princpio do par, o nmero 2, que no admite a
diviso em partes desiguais, porque ele formado por duas unidades e, se isto pode ser dito, do primeiro
nmero par, 2.

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Para exemplificar o texto acima, considere o nmero 10, que par, pode ser dividido como a soma de 5 e 5,
mas tambm como a soma de 7 e 3 (que so ambos mpares) ou como a soma de 6 e 4 (ambos so pares);
mas nunca como a soma de um nmero par e outro mpar. J o nmero 11, que mpar pode ser escrito como
soma de 8 e 3, um par e um mpar. Atualmente, definimos nmeros pares como sendo o nmero que ao ser
dividido por dois tm resto zero e nmeros mpares aqueles que ao serem divididos por dois tm resto diferente
de zero. Por exemplo, 12 dividido por 2 tm resto zero, portanto 12 par. J o nmero 13 ao ser dividido por 2
deixa resto 1, portanto 13 mpar.
REGRAS DE DIVISIBILIDADE
DIVISIBILIDADE POR 2
Um nmero divisvel por 2 quando par.
Nmeros pares so os que terminam em 0, ou 2, ou 4, ou 6 , ou 8.
Ex : 42 - 100 - 1.445.086 - 8 - 354 - 570
DIVISIBILIDADE POR 3
Um nmero divisvel por 3 quando a soma dos seus algarismos divisvel por 3.
Ex : 123 (S= 1 + 2 + 3 = 6) - 36 (S=9) - 1.478.391 ( S=33) - 570 (S=12)
DIVISIBILIDADE POR 4
Um nmero divisvel por 4 quando os dois ltimos algarismos formam um nmero divisvel por 4.
Ex : 956 - 844 - 1.336 - 120 - 8.357.916 - 752 - 200
DIVISIBILIDADE POR 5
Um nmero divisvel por 5 quando termina em 0 ou 5 .
Ex : 475 - 800 - 1.267.335 - 10 - 65
DIVISIBILIDADE POR 6
Um nmero divisvel por 6 quando divisvel por 2 e3 ao mesmo tempo.
Ex : 36 - 24 - 126 - 1476
DIVISIBILIDADE POR 7
Tomar o ltimo algarismo e calcular seu dobro. Subtrair esse resultado do nmero formado pelos algarismos
restantes. Se o resultado for divisvel por 7 ento, o nmero original tambm ser divisvel por 7.
Ex1 :
238 : 8 x 2 = 16
23 16 = 7 : como 7 divisvel por 7 , 238 tambm divisvel.
693 : 3 x 2 = 6
69 6 = 63
63 : 3 x 2 = 6
6 6 = 0 : como 0 divisvel por 7, 693 tambm divisvel.
Ex2 :
235 : 5 x 2 = 10
23 10 = 13 : como 13 no divisvel por 7, 235 tambm no divisvel.
DIVISIBILIDADE POR 8
Um nmero divisvel por 8 quando os trs ltimos algarismos formam um nmero divisvel por 8.
Ex : 876.400 - 152 - 245.328.168
DIVISIBILIDADE POR 9
Um nmero divisvel por 9 quando a soma dos seus algarismos divisvel por 9.
Ex : 36 - 162 - 5463 - 5.461.047
DIVISIBILIDADE POR 10

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Um nmero divisvel por 10 quando termina em 0.
Ex : 100 - 120 - 1.252.780 - 1.389.731.630
DIVISIBILIDADE POR 11
Quando a diferena entre as somas dos algarismos de ordem mpar e de ordem par, a partir da direita for
mltipla de 11.
Ex : 7.973.207
S (ordem mpar) = 7 + 2 + 7 + 7 = 23
S (ordem par) = 0 + 3 + 9 = 12
diferena = 11
MNIMO MLTIPLO COMUM E MXIMO DIVISOR COMUM
NMEROS PRIMOS
Nmero Primo - aquele que s tem dois divisores: 1 e ele prprio.
So Nmeros Primos : 2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, ... etc.
1 no primo, tem apenas um divisor.
2 o nico nmero par que primo.
NMEROS COMPOSTOS
So nmeros que possuem mais de dois divisores.
Ex. : 4, 6, 8, 9, 12, 14, 15, ... etc.
Obs.:
a) O nmero 1 no composto e nem primo.
b) Zero tambm, no composto e nem primo (possui infinitos divisores)
Decomposio de um nmero em fatores primos.
-

Divide - se o nmero dado pelo seu menor divisor primo.

Procede-se da mesma maneira com cada quociente obtido, at que se tenha o quociente 1.

Ex.:
72
36
18
9
3
1

2
2
2
3
3

72 = 2 . 3

e 2 e 3 so primos.

Exerccios
Decompor em fatores primos.
1) 36
2) 42
2

Respostas: 1) 2 .3

2) 2.3.7

3) 896
7

3) 2 . 7

MNIMO MLTIPLO COMUM (M.M.C.)


m.m.c. entre dois nmeros o menor dos mltiplos comuns entre os nmeros, excludo o zero.

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Ex.:
mltiplos de 10 = 0 ,20, 30, 40, ...
mltiplos de 15 = 0 ,15, 30, 45, 60,...
Vemos que 30 mltiplo de 10 e que 30 tambm mltiplo de 15, ento 30 m.m.c. entre 10 e 15 escrevese m.m.c. (10,15) = 30
Regra Prtica - Decompem-se os dois nmeros em fatores primos, simultaneamente.
Ex.:
10, 15 2
5,15 3
5, 5 5
,1

2.3.5 = 30 (m.m.c.)

Exerccios
Calcule o m.m.c. entre:
1) 18 e 24 2) 60 e 240
Respostas: 1) 72

3)18, 42 e 64

2) 240 3) 4032
MXIMO DIVISOR COMUM (M.D.C.)

Sejam os divisores de 12 = D (12) e os divisores de 18 = D (18):


D(12)= (1,2,3,4,6, 12} e
D(18) = (1,2,3,6,9, 18}
note que 6 o maior divisor comum entre 12 e 18.
Regra Prtica (Divises Sucessivas)

Exerccios:
Determine o m.d.c. entre:
1) 36 e 24
3) 384 e 120

2) 48 e 72
4) 72, 48 e 240

Respostas: 1) 12

2) 24

3) 24

4) 24

Problemas:
1)No Brasil o presidente permanece 5 anos no cargo, os senadores permanecem 8 anos e os deputados
federais permanecem 4 anos. Havendo eleies para os trs cargos em 1994, em que ano as eleies para
estes cargos ocorrero simultaneamente.
2)Trs navios fazem viagem entre dois portos. O primeiro cada 4 dias , o segundo cada 6 dias e o terceiro
cada 9 dias. Tendo estes navios partido juntos, depois de quanto dias voltaro a sair juntos novamente?

Matemtica

22

Livraria Multimarcas
3)Duas rodas de uma engrenagem tm 14 e 21 dentes respectivamente. Cada roda tem um dente
estragado. Se num dado instante estiverem em contato os dois dentes estragados, depois de quantas voltas se
repetir esse encontro?
Respostas:
1) em 2034

2) 36 dias

3) 42 voltas
RADICIAO

Sejam a e b Z e n IN
n

temos

a = b. Se a < 0 e n par no existe raiz.

Propriedades da raiz quadrada


J sabemos que todo nmero positivo possui raiz quadrada. Quanto vale a raiz quadrada de zero?
Pense:
Vale zero, claro, porque 0

2 2

= 0. E quanto ser a raiz quadrada de - 3?

Pense:
Essa no existe, porque quando elevamos qualquer nmero ao quadrado, o resultado sempre positivo.
Logo, nenhum nmero negativo possui raiz quadrada. A nossa primeira propriedade ser, ento:
I - Se a > 0 existe

a . Se a < 0, no existe

A nossa segunda propriedade uma consequncia da definio de raiz quadrada:


II - Se a > 0, ento

a. a =a

A terceira e a quarta propriedades vo nos ajudar a operar com as razes quadradas:


III- Se a e b so positivos, ento,

ab a b

IV- Se a e b so positivos (e b Se a e b so positivos, ento

a
a

b
b

Observe agora o exemplo seguinte, no qual aplicaremos essas propriedades na soluo de uma equao:
EXEMPLO
2

3x = 7
Soluo:
A primeira coisa a fazer dividir por 3 para isolar a incgnita.

3x 2 7

3
3
Agora vamos extrair a raiz quadrada. Neste caso, no precisaremos colocar o sinal + do lado direito porque
o enunciado s nos pede para determinar a soluo positiva. Temos ento:

7
3

Matemtica

23

Livraria Multimarcas
Observe agora como usamos as propriedades para dar a resposta de outra forma. Pela propriedade IV,
podemos escrever

3
sempre incmodo ter uma raiz no denominador de uma frao. Para resolver isso, multiplicamos o
numerador e o denominador da frao pelo prprio denominador. Chamamos isto de racionalizar o
denominador.

7x 3

3x 3
Pelas propriedades II e III temos que :

3 3 3 e ainda, 7

3 7 3 21 .

Ento,

21
3
NMEROS RACIONAIS (FRAES)

Um crculo foi dividido em duas partes iguais. Dizemos que uma unidade dividida em duas partes iguais e
indicamos 1/2.
onde: 1 = numerador e

2 = denominador

Um crculo dividido em 3 partes iguais indicamos (das trs partes hachuramos 2).
Quando o numerador menor que o denominador temos uma frao prpria. Observe:
Observe:

Quando o numerador maior que o denominador temos uma frao imprpria.


Fraes Equivalentes
Duas ou mais fraes so equivalentes, quando representam a mesma quantidade.

Matemtica

24

Livraria Multimarcas

Dizemos que:

Para obter fraes equivalentes, devemos multiplicar ou dividir o numerador por mesmo nmero diferente
de zero.
Ex:

1
2
3

2
4
6

1 2
2

ou
2 2
4

1 3
3
.
2 3
6

Para simplificar fraes devemos dividir o numerador e o denominador, por um mesmo nmero diferente de
zero.
Quando no for mais possvel efetuar as divises dizemos que a frao irredutvel.
Exemplo:

18 2
9
3
:

Frao Irredutvel ou Simplificada


12 2
6
6
1
3
Exemplo:
e
3
4
Calcular o mmc (3,4):
3,4 2
3,2 2x
ento mmc (3, 4) = 12
3,1 3
1,1 12

1
3
e
3
4

12 : 3 1

12

12 : 4 3
12

temos:

4
9
e
12
12
A frao

4
1
equivalente a
.
12
3

A frao

3
9
equivalente
.
4
12

Matemtica

25

Livraria Multimarcas
Exerccios:
1) Achar trs fraes equivalentes s seguintes fraes:
1)

1
4

2)

Respostas: 1)

2
3

2
3
4
4 6 8
2)
,
,
, ,
8 12 16
6 9 12

Comparao de fraes
a) Fraes de denominadores iguais.
Se duas fraes tem denominadores iguais a maior ser aquela: que tiver maior numerador.
Ex.:

3
1

4 4

1 3

4 4

ou

b) Fraes com numeradores iguais


Se duas fraes tiverem numeradores iguais, a menor ser aquela que tiver maior denominador.
Ex.:

7 7

4 5

ou

7
7

5
4

c) Fraes com numeradores e denominadores receptivamente diferentes.


Reduzimos ao mesmo denominador e depois comparamos. Exemplos:

2
1
denominadores iguais (ordem decrescente)

3
3
4
4
numeradores iguais (ordem crescente)

5
3
Simplificao de fraes
Para simplificar fraes devemos dividir o numerador e o denominador por um nmero diferente de zero.
Quando no for mais possvel efetuar as divises, dizemos que a frao irredutvel. Exemplo:

18 : 2 9 : 3 3

12 : 2 6 : 3 2
Frao irredutvel ou simplificada.
Exerccios: Simplificar

Respostas: 1)

3
4

2)

1)

9
12

2)

36
45

4
5

Reduo de fraes ao menor denominador comum


Ex.:

1
3
e
3
4

Matemtica

26

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Calcular o mmc (3,4):


3,4 2
3,2 2 x ento mmc (3, 4) = 12
3,1 3
1,1 12

1
3
=
e
3
4

12 : 3 1
12

12 : 4 3
12

temos:
4
9
e
12
12

4
1
equivalente a
.
12
3
3
9
A frao
equivalente
.
4
12
A frao

Exemplo:
2
4
?
numeradores diferentes e denominadores diferentes m.m.c.(3, 5) = 15
3
5

(15 : 3).2
(15.5).4
=
?
15
15
10
12
(ordem crescente)

15
15
Exerccios: Colocar em ordem crescente:

2
2
5
4
2)
e
e
5
3
3
3
5 2
4
3) ,
e
6 3
5
1)

Respostas: 1)
2)

4
5

3
3

2
2

5
3
3)

4
5
3

3
6
2

Operaes com fraes


1) Adio e Subtrao
a)

Ex:

b)

Com denominadores iguais somam-se ou subtraem-se os numeradores e conserva-se o denominador


comum.

2
5
1
2 5 1 8

3
3
3
3
3
4
3
43
1

5
5
5
5
Com denominadores diferentes reduz ao mesmo denominador depois soma ou subtrai.

Matemtica

27

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Ex:
1)

1 3 2
=
2 4 3

mmc. (2, 4, 3) = 12

(12 : 2).1 (12 : 4).3 (12.3).2 6 9 8 23

12
12
12
2)

4 2
= mmc. (3,9) = 9
3 9

(9 : 3).4 - (9 : 9).2 12 - 2 10

9
9
9
Exerccios. Calcular:

7
2
3)
3
1)

5 1

7 7
1 1

4 3

Respostas: 1)

2)

8
7

5 1

6 6

4 2

6 3

2)

3)

7
12

Multiplicao de Fraes
Para multiplicar duas ou mais fraes devemos multiplicar os numeradores das fraes entre si, assim como
os seus denominadores.
Exemplo:

2 3 2 3
6
3
. x

5 4 5 4 20 10
Exerccios: Calcular:

2 5
2 3 4
2)

5 2 3
5 4
1
3
2
1

3)
5 5 3 3
1)

Respostas:
10 5
24 4
1)
2)

30 5
12 6

3)

4
15

Diviso de fraes
Para dividir duas fraes conserva-se a primeira e multiplica-se pelo inverso da Segunda.
Exemplo:

4 2
4 3
12
6
: .

5 3
5 2
10
5

Exerccios. Calcular:
1)

4 2
:
3 9

Matemtica

2)

8 6
:
15 25

28

Livraria Multimarcas
2 3 4 1
3) :
5 5 3 3
Respostas: 1) 6

2)

20
9

3) 1

Potenciao de Fraes
Eleva o numerador e o denominador ao expoente dado. Exemplo:
3

23
8
2
3
3
27
3

Exerccios. Efetuar:

3
1)
4

1
2)
2

Respostas: 1)

4 1
3)
3 2

9
16

2)

1
16

3)

119
72

Radiciao de Fraes
Extrai raiz do numerador e do denominador.
Exemplo:

4
9

2
3

Exerccios. Efetuar:
1)

1
9

2)

Respostas: 1)

16
25

3)

1
3

9 1

16 2

2)

4
5

3) 1

NMEROS DECIMAIS
Toda frao com denominador 10, 100, 1000,...etc, chama-se frao decimal.
Ex:

3
4
7
, etc
,
,
10 100 100

Escrevendo estas fraes na forma decimal temos:

3
= trs dcimos,
10
4
= quatro centsimos
100
7
= sete milsimos
1000
Escrevendo estas fraes na forma decimal temos:

Matemtica

29

Livraria Multimarcas
3
=0,3
10

4
= 0,04
100

7
= 0,007
1000

Outros exemplos:

34
= 3,4
10

1)

2)

635
= 6,35
100

3)

2187
=218,7
10

Note que a vrgula caminha da direita para a esquerda, a quantidade de casas deslocadas a mesma
quantidade de zeros do denominador.
Exerccios. Representar em nmeros decimais:
1)

35
10

2)

473
100

3)

430
1000

Respostas: 1) 3,5 2) 4,73

3) 0,430

Leitura de um nmero decimal:


Ex.:

Operaes com nmeros decimais


Adio e Subtrao
Coloca-se vrgula sob virgula e somam-se ou subtraem-se unidades de mesma ordem. Exemplo 1:
10 + 0,453 + 2,832
10,000
+ 0,453
2,832
_______
13,285
Exemplo 2:
47,3 - 9,35
47,30
9,35
______
37,95
Exerccios. Efetuar as operaes:

Matemtica

30

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1) 0,357 + 4,321 +

31,45

2) 114,37 - 93,4
3) 83,7 + 0,53 - 15, 3
Respostas:

1) 36,128 2) 20,97

3) 68,93

Multiplicao com nmeros decimais


Multiplicam-se dois nmeros decimais como se fossem inteiros e separam-se os resultados a partir da
direita, tantas casas decimais quantos forem os algarismos decimais dos nmeros dados.
Exemplo:
5,32 x 3,8
5,32
2 casas,
x 3,8

1 casa aps a virgula


______
4256
1596 +
______
20,216 3 casas aps a vrgula
Exerccios. Efetuar as operaes:
1) 2,41 . 6,3
2) 173,4 . 3,5 + 5 . 4,6
3) 31,2 . 0,753
Respostas: 1) 15,183

2) 629,9 3) 23,4936

Diviso de nmeros decimais


Igualamos as casas decimais entre o dividendo e o divisor e quando o dividendo for menor que o divisor
acrescentamos um zero antes da vrgula no quociente.
Ex.:
a) 3:4
3 |_4_
30 0,75
20
0
b)

4,6:2
4,6 |2,0

46 | 20
60 2,3
0

Obs.: Para transformar qualquer frao em nmero decimal basta dividir o numerador pelo denominador.
Ex.: 2/5 =

2
20

| 5 ,ento 2/5=0,4
0,4

Exerccios
1) Transformar as fraes em nmeros decimais.
1)

1
5

Respostas: 1) 0,2

2)

4
5

2) 0,8

3)

1
4

3) 0,25

2) Efetuar as operaes:

Matemtica

31

Livraria Multimarcas
1) 1,6 : 0,4
3) 45,6 : 1,23

2) 25,8 : 0,2
4) 178 : 4,5-3,4.1/2

5) 235,6 : 1,2 + 5 . 3/4


Respostas: 1) 4
3) 35,07
4) 37,855

2) 129
5) 200,0833....

Problemas
1) Sabendo que uma pea de fazenda custa R$ 60,00. Quando custa 1/4 desta fazenda?
2) Tinha R$ 880,00 gastei 3/4 , quanto restou?
3) Um feirante vendeu 4/5 de uma caixa de laranjas, que inicialmente tinha 75 laranjas. Quantas laranjas
foram vendidas?
Respostas:
1) R$ 15,00

2) R$ 220,00 3) 60 laranjas
CONJUNTOS DOS NMEROS RACIONAIS (Q)

o conjunto formado por todos os nmeros fracionrios ou decimais finitos e decimais infinitos e peridicos.
Exemplo:

1
Q, 0,5 Q,
4

0,7777... Q,

2
Q, -1,34343434.. Q,
3
-17,2 Q

Os nmeros inteiros podem ser escritos com forma de frao


Ex.: 7 Q, pois 7 =

- 3 Q, pois

14
2

9
= -3
3

Os nmeros decimais infinitos e no peridicos no podem ser escritos em forma de fraes.


Ex.: 1,4142135... Q, 1,7320508... Q, 3,14159... Q
Conclumos que Z Q.
Exerccios
Completar com:
1) 2/3 _____ Q
2) 6_____ Q
3) 0,3 _____ Q,
4) -1,77777... _____ Q
5) 2,31097521078 ... _____ Q
Respostas: 1)

Matemtica

2)

3)

4)

5)

32

Livraria Multimarcas
Obs.:Para realizarmos operaes com fraes negativas, usamos o mesmo procedimento como nas fraes
positivas, j estudadas, obedecendo s regras decimais do conjunto Z.
Exerccios. Efetuar:

1 2

3 3
2 5
3)
5 4
1)

Respostas:
17
1) -1 2)
20

8 3

5 4
1 5
4) :

3 6
2)

3)

1
2

4)

2
5
SISTEMA DE MEDIDAS USUAIS

A) Unidades de Comprimento
B) Unidades de REA
C) reas Planas
D) Unidades de Volume e de Capacidade
E) Volumes dos principais slidos geomtricos
F) Unidades de Massa
A) UNIDADES DE COMPRIMENTO
Medidas de comprimento:
Medir significa comparar. Quando se mede um determinado comprimento, estamos comparando este
comprimento com outro tomado como unidade de medida. Portanto, notamos que existe um nmero seguido
de um nome: 4 metros o nmero ser a medida e o nome ser a unidade de medida.
Podemos medir a pgina deste livro utilizando um lpis; nesse caso o lpis foi tomado como unidade de
medida ou seja, ao utilizarmos o lpis para medirmos o comprimento do livro, estamos verificando quantas
vezes o lpis (tomado como medida padro) caber nesta pgina.
Para haver uma uniformidade nas relaes humanas estabeleceu-se o metro como unidade fundamental de
medida de comprimento; que deu origem ao sistema mtrico decimal, adotado oficialmente no Brasil.
Mltiplos e sub-mltiplos do sistema mtrico: Para escrevermos os mltiplos e sub-mltiplos do sistema
mtrico decimal, utilizamos os seguintes prefixos gregos:
KILO significa 1.000 vezes
HECTA
DECA
DECI
CENTI
MILI

significa 100 vezes


significa 10 vezes
significa dcima parte
significa centsima parte
significa milsima parte.

1km = 1.000m
1hm = 100m
1dam = 10m

Matemtica

1 m = 10 dm
e
1 m = 100 cm
1 m = 1000 mm

33

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Transformaes de unidades: Cada unidade de comprimento dez (10) vezes maior que a unidade
imediatamente. inferior. Na prtica cada mudana de vrgula para a direita (ou multiplicao por dez)
transforma uma unidade imediatamente inferior a unidade dada; e cada mudana de vrgula para a esquerda
(ou diviso por dez) transforma uma unidade na imediatamente superior.
Ex.: 45 Km 45 . 1.000 = 45.000 m
500 cm 500 100 = 5 m
8 Km e 25 m 8.000m + 25m = 8.025 m ou
8,025 Km.
Resumo

Permitido de um polgono: o permetro de um polgono a soma do comprimento de seus lados.

Permetro de uma circunferncia: Como a abertura do compasso no se modifica durante o traado v-se
logo que os pontos da circunferncia distam igualmente do ponto zero (0).

Elementos de uma circunferncia:

O permetro da circunferncia calculado multiplicando-se 3,14 pela medida do dimetro.

Matemtica

34

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3,14 . medida do dimetro = permetro.
B) UNIDADES DE REA: a ideia de superfcie j nossa conhecida, uma noo intuitiva. Ex.: superfcie
da mesa, do assoalho que so exemplos de superfcies planas enquanto que a superfcie de uma bola de
futebol, uma superfcie esfrica.
Damos o nome de rea ao nmero que mede uma superfcie numa determinada unidade.
Metro quadrado: a unidade fundamental de medida de superfcie (superfcie de um quadrado que tem 1 m
de lado).
Propriedade: Toda unidade de medida de superfcie 100 vezes maior do que a imediatamente inferior.

Mltiplos e submltiplos do metro quadrado:


Mltiplos
2
2
2
km : 1.000.000 m m
2
2
hm : 10.000 m
2
2
dam : 100 m
2

Submltiplos
2
2
cm : 0,0001 m
2
2
dm : 0,01 m
2
2
mm : 0,000001m

1km = 1000000 (= 1000 x 1000)m


2
2
1 hm = 10000 (= 100 x 100)m
2
2
1dam =100 (=10x10) m

Regras Prticas:

para se converter um nmero medido numa unidade para a unidade imediatamente superior deve-se
dividi-lo por 100.

para se converter um nmero medido numa unidade, para uma unidade imediatamente inferior, deve-se
multiplic-lo por 100.
Medidas Agrrias:
2
centiare (ca) o m
2
2
are (a) o dam (100 m )
2
2
hectare (ha) o hm (10000 m ).
C) REAS PLANAS
Retngulo: a rea do retngulo dada pelo produto da medida de comprimento pela medida da largura, ou,
medida da base pela medida da altura.

Quadrado: a rea do quadrado dada pelo produto lado por lado, pois sendo um retngulo de lados iguais,
base = altura = lado.

Tringulo: a rea do tringulo dada pelo produto da base pela altura dividido por dois.

Matemtica

35

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Trapzio: a rea do trapzio igual ao produto da semi-soma das bases, pela altura.

Losango: a rea do losango igual ao semi-produto das suas diagonais.

rea de polgono regular: a rea do polgono regular igual ao produto da medida do permetro (p) pela
medida do apotema (a) sobre 2.

AG Apolgono

p a
2

UNIDADES DE VOLUME E CAPACIDADE


Unidades de volume: volume de um slido a medida deste slido.
Chama-se metro cbico ao volume de um cubo cuja aresta mede 1 m.

Abrevia-se metro cbico por m

Propriedade: cada unidade de volume 1.000 vezes maior que a unidade imediatamente inferior.
Mltiplos e sub-mltiplos do metro cbico:
Mltipios
3

Sub-mltiplos
3

km ( 1 000 000 000m )


dm (0,001 m )
3
3
3
3
hm ( 1 000 000 m ) cm (0,000001m )
3
3
3
3
dam (1 000 m )
mm (0,000 000 001m )
Como se v:
3
1 km3 = 1 000 000 000 (1000x1000x1000)m
3
3
1 hm = 1000000 (100 x 100 x 100) m
3
3
1dam = 1000 (10x10x10)m

Matemtica

36

Livraria Multimarcas
3

1m =1000 (= 10 x 10 x 10) dm
3
3
1m =1000 000 (=100 x 100 x 100) cm
3
3
1m = 1000000000 ( 1000x 1000x 1000) mm

Unidades de capacidade: litro a unidade fundamental de capacidade. Abrevia-se o litro por

O litro o volume equivalente a um decmetro cbico.


Mltiplos

Submltiplos
hl ( 100 )
dal ( 10 )

litro

dl (0,1 )
cl (0,01 )
ml (0,001 )

Como se v:
1 hl = 100
1 dal = 10
1 l = 1000 ml

1 = 10 d
1 = 100 cl

VOLUMES DOS PRINCIPAIS SLIDOS GEOMTRICOS


Volume do paraleleppedo retngulo: o mais comum dos slidos geomtricos. Seu volume dado pelo
produto de suas trs dimenses.

Volume do cubo: o cubo um paralelepipedo retngulo de faces quadradas. Um exemplo comum de cubo,
o dado.

O volume do cubo dado pelo produto das medidas de suas trs arestas que so iguais.
V

= a. a . a = a cubo

Matemtica

37

Livraria Multimarcas
Volume do prisma reto: o volume do prisma reto dado pelo produto da rea da base pela medida da
altura.

Volume do cilindro: o volume do cilindro dado pelo produto da rea da base pela altura.

F) UNIDADES DE MASSA

A unidade fundamental para se medir massa de um corpo (ou a quantidade de matria que esse corpo
possui), o kilograma (kg).
3
o kg a massa aproximada de 1 dm de gua a 4 graus de temperatura.
Mltiplos e sub-mltiplos do kilograma:
Mltiplos
kg (1000g)
hg ( 100g)
dag ( 10 g)
Como se v:
1kg = 1000g
1 hg = 100 g
1 dag = 10g

Submltiplos
dg (0,1 g)
cg (0,01 g)
mg (0,001 g)

1g = 10 dg
1g= 100 cg
1g = 1000 mg

Para a gua destilada, 1. acima de zero.


volume
capacidade
massa
2
1dm
1l
1kg
Medidas de tempo:
No esquecer:
1dia = 24 horas

Matemtica

38

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1 hora = sessenta minutos
1 minuto = sessenta segundos
1 ano = 365 dias
1 ms = 30 dias
MDIA GEOMTRICA
Numa proporo contnua, o meio comum denominado mdia proporcional ou mdia geomtrica dos
extremos. Portanto no exemplo acima 8 a mdia proporcional entre 4 e 16. O quarto termo de uma proporo
contnua chamado terceira proporcional. Assim, no nosso exemplo, 16 a terceira proporcional depois de 4 e
8.
Para se calcular a mdia proporcional ou geomtrica de dois nmeros, teremos que calcular o valor do meio
comum de uma proporo continua. Ex.:
4
X

X 16
4 . 16 x . x
2

x = 64 x

64 =8
4. proporcional: o nome dado ao quarto termo de uma proporo no continua. Ex.:

4 12
,

8
x
4 . x = 8 . 12
96
x=
=24.
4
Nota: Esse clculo idntico ao clculo do elemento desconhecido de uma proporo).
Mdia Aritmtica Simples: (ma)
A mdia aritmtica simples de dois nmeros dada pelo quociente da soma de seus valores e pela
quantidade das parcelas consideradas.
Ex.: determinar a ma de: 4, 8, 12, 20

ma

4 8 12 20
44

11
4
4

Mdia Aritmtica Ponderada (mv):


A mdia aritmtica ponderada de vrios nmeros aos quais so atribudos pesos (que indicam o nmero de
vezes que tais nmeros figuraram) consiste no quociente da soma dos produtos que se obtm multiplicando
cada nmero pelo peso correspondente, pela soma dos pesos.
Ex.: No clculo da mdia final obtida por um aluno durante o ano letivo, usamos a mdia aritmtica
ponderada. A resoluo a seguinte:
Matria
Portugus
Matemtica
Histria

mp

Matemtica

Notas
60,0
40,0
70,0

Peso
5
3
2

60 . 5 40 3 70 . 2
532

39

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mp

300 120 140


56
10
SISTEMA MONETRIO BRASILEIRO

Nossa atual moeda o Real (R$)


R$ 1,00 = um real
R$ 10,00 = dez reais
R$ 100,00 = cem reais
Submltiplos: centavos
R$ 10,30 = dez reais e trinta centavos
R$ 11,50 = onze reais e cinquenta centavos
RAZES E PROPORES
Jos Lucivaldo Leite da Silva (Prof. Z)
Grandeza: uma relao numrica estabelecida com um objeto. Assim, a altura de uma rvore, o volume
de um tanque, o peso de um corpo, a quantidade pes, entre outros, so grandezas. Grandeza tudo que
voc pode contar, medir, pesar, enfim, enumerar.
Razo: a diviso ou relao entre duas grandezas. Exemplo: se numa classe tivermos 40 meninos e 30
meninas, qual a razo entre o nmero de meninos e o nmero de meninas?
Razo =
Razo inversa: o inverso da razo, assim

.
Proporo: a igualdade entre razes. Exemplo: meu carro faz 13km por litro de combustvel, ento para
26km preciso de 2L, para 39km preciso de 3L e assim por diante.
1 situao:

2 situao:

, logo formam uma proporo.


Observe:

se voc multiplicar em cruz o resultado ser o mesmo: 26 x 3 = 2 x 39 = 78.


Numa proporo, quando multiplicamos em cruz, o resultado o mesmo. Mas alm desta propriedade,
temos outras que sero muito teis:
Numa proporo quando somamos termo a termo:

Matemtica

40

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, a razo se mantm.
Numa proporo quando subtramos termo a termo:

, a razo se mantm.
Dadas as propores:

a c
ad bc
b d
a c ac ac

b d bd bd
a c ab cd

b d
b
d
Grandezas Proporcionais
O que estudaremos so grandezas que sejam diretamente ou inversamente proporcionais, embora existam
casos em que essas relaes no se observem, e que portanto, no faro parte de nosso estudo.
Por exemplo, "na partida de abertura de um campeonato, um jogador fez trs gols, quantos gols ele far ao
final do campeonato sabendo que o mesmo ter 46 partidas?".
Grandezas Diretamente Proporcionais
(G.D.P.)
Duas grandezas so ditas diretamente proporcionais, quando o aumento de uma implica no aumento da
outra, quando a reduo de uma implica na reduo da outra, ou seja, o que voc fizer com uma acontecer
com a outra.
Observao necessrio que satisfaa a propriedade destacada abaixo.
Exemplo: Se numa receita de pudim de microondas uso duas latas de leite condensado, 6 ovos e duas latas
de leite, para um pudim. Terei que dobrar a quantidade de cada ingrediente se quiser fazer dois pudins, ou
reduzir a metade cada quantidade de ingredientes se quiser, apenas meia receita.
Observe a tabela abaixo que relaciona o preo que tenho que pagar em relao quantidade de pes que
pea:
Preo
0,20
R$
N de
1
pes

0,40

1,00

2,00

10

4,00 10,00
20

50

Preo e quantidade de pes so grandezas diretamente proporcionais. Portanto se peo mais pes,
pago mais, se peo menos pes, pago menos. Observe que quando dividimos o preo pela quantidade de
pes obtemos sempre o mesmo valor.
Propriedade: Em grandezas diretamente proporcionais, a razo constante.
0,20
1

0,40
2

1,00
5

2,00
10

4,00
20

10,00
50

k (constante)

Grandezas Inversamente Proporcionais


(G.I.P.)
Duas grandezas so ditas inversamente proporcionais quando o aumento de uma implica na reduo da
outra, quando a reduo de uma implica no aumento da outra, ou seja, o que voc fizer com uma acontecer o
inverso com a outra.

Matemtica

41

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Observao: necessrio que satisfaa a propriedade destacada abaixo.
Exemplo: Numa viagem, quanto maior a velocidade mdia no percurso, menor ser o tempo de viagem.
Quanto menor for a velocidade mdia, maior ser o tempo de viagem.
Observe a tabela abaixo que relaciona a velocidade mdia e o tempo de viagem, para uma distncia de
600km.
Velocidade
mdia
(km/h)
Tempo de
viagem (h)

60

100

120

150

200

300

10

Velocidade mdia e Tempo de viagem so grandezas inversamente proporcionais, assim se viajo mais
depressa levo um tempo menor, se viajo com menor velocidade mdia levo um tempo maior. Observe que
quando multiplicamos a velocidade mdia pelo tempo de viagem obtemos sempre o mesmo valor.
Propriedade: Em grandezas inversamente proporcionais, o produto constante.
Exerccios Resolvidos:
01. De um grupo de 50 jovens, 20 praticam basquete. Determine a razo entre o nmero de pessoas que jogam
basquete e o total.
Soluo: A razo 20/50 = 2/5 , o que equivale a dizer que "de cada 5 jovens neste grupo, 2 jogam
basquete".
02. Na bula de um determinado remdio peditrico recomenda-se a seguinte dosagem: 5 gotas para cada 2 kg
do "peso" da criana. Se uma criana tem 12 kg, qual a dosagem correta?
Soluo: 5 gotas est para 2 kg assim como x gotas est para 12 kg. Assim, 5/2 = x/12. Ento 2x = 60,
logo x = 30 gotas. Este procedimento usualmente chamado de " REGRA DE TRS SIMPLES ".
03.Foram empregados 24 kg de fio para tecer 120 m de fazenda de 0,82 m de largura. Quantos metros da
mesma fazenda, de 1,23 m de largura sero tecidos com 30 kg do mesmo fio?
Soluo: Vamos comparar cada grupo de grandezas com o grupo em que estiver o termo desconhecido x.
Se aumentarmos o comprimento da fazenda (considerando que largura no varia), o "peso" da fazenda
aumenta (diretamente proporcional). Se aumentarmos a largura (considerando que o "peso" no varia), o
comprimento deve diminuir (inversamente proporcional). Ento, a razo desse grupo de grandezas
inversamente proporcionais deve ser invertida, a fim de tomar o mesmo sentido das grandezas diretamente
proporcionais. Conserva-se a razo que tem x e multiplicam-se entre si as demais razes:

120 24 1,23 6

x

x
30 0,82 5
6x = 100

x = 100 m

O procedimento adotado nesse exemplo comumente chamado de "REGRA DE TRS COMPOSTA".


05. Trs pessoas formaram uma sociedade, A entrou com R$ 24.000,00; B com R$ 30.000,00 e C com R$
36.000,00. Depois de trs meses tiveram um lucro de R$ 60.000,00. Calcule o lucro de cada scio.
Soluo: Para cada scio, a razo entre o lucro e o dinheiro investido igual a razo entre o lucro total da
sociedade e o total investido pela sociedade. Ento:

A
B
C

24000 30000 36000


A B C 60000 2

90000
90000 3
Assim, A/24000 = B/30000 = C/36000 = 2/3.

Matemtica

42

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Logo:
A = R$ 24.000,00 2/3 = R$ 16.000,00 ;
B = R$ 30.000,00 2/3 = R$ 20.000,00 ;
C = R$ 36.000,00 2/3 = R$ 24.000,00.
Este procedimento usualmente chamado de "REGRA DE SOCIEDADE " ou DIVISO EM PARTES
DIRETAMENTE PROPORCIONAIS.
06. (TRE) Para executar a tarefa de manuteno de 111 microcomputadores, trs tcnicos judicirios dividiram
o total de microcomputadores entre si, na razo inversa de suas respectivas idades: 24, 30 e 36 anos.
Assim sendo, quanto recebeu o tcnico de 30 anos?
Soluo: Sejam A, B e C as respectivas idades. Ento:

A
B
C

1
1
1
24 30 36
A B C

1
1
1

24 30 36
24
12
6
3
1
1
1

30
15
15
15
5
5
1

36
18
9
9
3
1
1

2
2
2
3
3
5

MMC (24,30,36) =
3
2
2 . 3 . 5 = 360

111
111

15
12
10
37

360 360 360 360


Logo: 24A = 30B = 36C = 1080
A = 1080/24 = 45
B = 1080/30 = 36
C = 1080/36 = 30 . Assim, a resposta procurada 36.
Este procedimento usualmente chamado de DIVISO EM PARTES INVERSAMENTE PROPORCIONAIS
07. Uma miniatura de um automvel foi construda na escala 1 : 40. As dimenses da miniatura so:
comprimento 12,5 cm e largura 5 cm. Quais as dimenses reais do automvel?
Soluo: Seja x o comprimento real e y o largura real. Temos que a razo entre a minutura e o tamanho real
1/40. Como a miniatura diretamente proporcional ao tamanho real, temos as proporo: 1/40 = 12,5/x =
5/y. Da, vem que: x = 40 12,5 = 500 cm = 5 m ; y = 40 5 = 200 cm = 2 m.
08. Um garoto de 1m de altura projeta uma sombra de 0,5 m. No mesmo instante, um edifcio projeta uma
sombra de 9 m. Qual altura do edifcio?
Soluo: Seja x a altura do edifcio.A altura e a sombra so grandezas diretamente proporcionais. Ento,
temos a proporo: 1 / 0,5 = x / 9. O que implica em x = 9 / 0,5 = 90 / 5 = 18 m
Por outro lado, como a sombra e a altura formam um ngulo de 90 graus, segue que a sombra e a altura
so catetos de um tringulo retngulo. Logo, temos dois tringulos retngulos semelhantes. Pelo Teorema
de Tales, os lados correspondentes dos tringulos semelhantes so proporcionais.
Ento, temos a proporo: 1 / 0,5 = x / 9. Assim, x = 9 / 0,5 = 90 / 5 = 18 m
09. (ENEM) A sombra de uma pessoa que tem 1,80 m de altura mede 60 cm. No mesmo momento, a seu lado,
a sombra projetada de um poste mede 2,00 m. Se, mais tarde, a sombra do poste diminuiu 50cm, a sombra
da pessoa passou a medir quanto?

Matemtica

43

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Soluo: Temos que
2,00 m = 200 cm e 1,80 m = 180 cm.
Como a altura e a sombra so grandezas diretamente proporcionais, temos a proporo: 180/60 = H/200,
onde H a altura do poste. Vem que, 3 = H/200 , o que implica em:
H = 3 200 = 600 cm.
Mais tarde teremos a proporo: 180/x = 600/(200-50) = 600/150 = 4. Ento, 180 = 4x. Logo: x = 180/4 = 45
cm.
Este problema poderia ser resolvido de outra maneira. Observe que a sombra do poste diminuiu de 50/200
= 1/4. Ento a sombra da pessoa tambm diminuiu de 1/4. Segue que a sombra da pessoa diminuiu de 1/4
60 = 15. Logo, a sombra da pessoa passou a medir: 60 - 15 = 45 cm.
10. Em 12 dias de trabalho, 16 costureiras fazem 960 calas. Em quantos dias 12 costureiras podero fazer 600
calas iguais s primeiras?
Soluo: Seja x o nmero de dias.
Temos que nmero de dias e nmero de costureiras so grandezas inversamente proporcionais. Por outro
lado, nmero de dias e nmero de calas so diretamente proporcionais.
Assim, teremos a proporo:
12/x = (12/16) (960/600) =
(3/4) (8/5) = 24/20 = 6/5.
Portanto, 12/x = 6/5 , o que implica em :
6x = 60.
Logo: x = 60/6 = 10 dias.
dias
12
x
dias
aumenta
diminui
dias
aumenta
diminui

costureiras
16
12
costureiras
diminui
aumenta
calcas
aumenta
diminui

calcas
960
600
calcas
constante
constante
costureiras
constante
constante

11. Um pai distribui R$ 50.000,00 aos seus trs filhos em partes diretamente proporcionais s suas idades, que
so 4, 7, 9 anos. Quanto coube a cada um?
Soluo: Sejam a, b e c as parte que cabem a cada um. Temos a proporo:
(a / 4) = (b / 7) = (c / 9) = (50.000/20) = 2500.
Ento:
a = 4 2500 = R$10.000,00 ;
b = 7 2500 = R$17.500,00 ;
c = 9 2500 = R$22.500,00
12. Se 8 pedreiros constroem em 6 dias um muro de 40 m de comprimento, quantos pedreiros sero
necessrios para construir, em 14 dias, um muro de 70 m de comprimentos?
Soluo: Seja x o nmero de dias.
Temos que nmero de pedreiros e nmero de dias so grandezas inversamente proporcionais.
pedreiros
8
x

Matemtica

dias
6
14

44

comprimento
40
70

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pedreiros
aumenta
diminui

dias
diminui
aumenta

comprimento
constante
constante

pedreiros
aumenta
diminui

comprimento
aumenta
diminui

dias
constante
constante

Por outro lado, nmero de pedreiros e nmero de comprimento so diretamente proporcionais.


Assim, teremos a proporo:
8/x = (14/6) (40/70) = (7/3) (4/7) = 4/3.
Da, vem que: 8/x = 4/3. Logo x = 3 8 / 4 = 24 / 4 = 6 pedreiros.(Prof. Ezequias).
GRANDEZAS PROPORCIONAIS E DIVISO PROPORCIONAL
1. INTRODUO:
No dia-a-dia, voc lida com situaes que envolvem nmeros, tais como: preo, peso, salrio, dias de
trabalho, ndice de inflao, velocidade, tempo, idade e outros. Passaremos a nos referir a cada uma dessas
situaes mensurveis como uma grandeza. Voc sabe que cada grandeza no independente, mas
vinculada a outra conveniente. O salrio, por exemplo, est relacionado a dias de trabalho. H pesos que
dependem de idade, velocidade, tempo etc. Vamos analisar dois tipos bsicos de dependncia entre
grandezas proporcionais.
2. PROPORO DIRETA
Grandezas como trabalho produzido e remunerao obtida so, quase sempre, diretamente proporcionais.
De fato, se voc receber $ 2,00 para cada folha que datilografar, sabe que dever receber $ 40,00 por 20
folhas datilografadas.
Podemos destacar outros exemplos de grandezas diretamente proporcionais:
1.

Velocidade mdia e distncia percorrida, pois, se voc dobrar a velocidade com que anda, dever, num
mesmo tempo, dobrar a distncia percorrida.

2.

rea e preo de terrenos.

3.

Altura de um objeto e comprimento da sombra projetada por ele.

Assim:
Duas
grandezas
So
diretamente
proporcionais quando, aumentando (ou
diminundo) uma delas numa determinada
razo, a outra diminui ( ou aumenta) nessa
mesma razo.
3. PROPORO INVERSA
Grandezas como tempo de trabalho e nmero de operrios para a mesma tarefa so, em geral,
inversamente proporcionais. Veja: Para uma tarefa que 10 operrios executam em 20 dias, devemos esperar
que 5 operrios a realizem em 40 dias.
Podemos destacar outros exemplos de grandezas inversamente proporcionais:
1.

Velocidade mdia e tempo de viagem, pois, se voc dobrar a velocidade com que anda, mantendo
fixa a distncia a ser percorrida, reduzir o tempo do percurso pela metade.

Matemtica

45

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2.

Nmero de torneiras de mesma vazo e tempo para encher um tanque, pois, quanto mais torneiras
estiverem abertas, menor o tempo para completar o tanque.
Podemos concluir que :

Duas grandezas so inversamente proporcionais quando, aumentando (ou diminuindo) uma delas numa
determinada razo, a outra diminui (ou aumenta) na mesma razo.
Vamos analisar outro exemplo, com o objetivo de reconhecer a natureza da proporo, e destacar a razo.
Considere a situao de um grupo de pessoas que, em frias, se instale num acampamento que cobra $100,00
a diria individual.
Observe na tabela a relao entre o nmero de pessoas e a despesa diria:

Nmero
de
pessoas
Despesa
diria ( $ )

10

100

200

400

500

1.000

Voc pode perceber na tabela que a razo de aumento do nmero de pessoas a mesma para o aumento
da despesa. Assim, se dobrarmos o nmero de pessoas, dobraremos ao mesmo tempo a despesa. Esta
portanto, uma proporo direta, ou melhor, as grandezas nmero de pessoas e despesa diria so
diretamente proporcionais.
Suponha tambm que, nesse mesmo exemplo,
a quantia a ser gasta pelo grupo seja sempre
$2.000,00. Perceba, ento, que o tempo de permanncia do grupo depender do nmero de pessoas.

de

Analise agora a tabela abaixo :

Nmero de
pessoas

10

Tempo de
permannci
a (dias)

20

10

Note que, se dobrarmos o nmero de pessoas, o tempo de permanncia se reduzir metade. Esta ,
portanto, uma proporo inversa, ou melhor, as grandezas nmero de pessoas e nmero de dias so inversamente proporcionais.
4. DIVISO EM PARTES PROPORCIONAIS
4. 1 Diretamente proporcional
Duas pessoas, A e B, trabalharam na fabricao de um mesmo objeto, sendo que A o fez durante 6 horas e
B durante 5 horas. Como, agora, elas devero dividir com justia os $ 660,00 apurados com sua venda? Na
verdade, o que cada um tem a receber deve ser diretamente proporcional ao tempo gasto na confeco do
objeto.
Dividir um nmero em partes diretamente proporcionais a outros nmeros dados encontrar partes desse
nmero que sejam diretamente proporcionais aos nmeros dados e cuja soma reproduza o prprio nmero.
No nosso problema, temos de dividir 660 em partes diretamente proporcionais a 6 e 5, que so as horas
que A e B trabalharam.
Vamos formalizar a diviso, chamando de x o que A tem a receber, e de y o que B tem a receber.

Matemtica

46

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Teremos ento:
X + Y = 660

X Y
=
6 5
Esse sistema pode ser resolvido, usando as propriedades de proporo. Assim:

X+Y
= Substituindo X + Y por 660, vem :
6+5
660 X
6 660
= X=
= 360
11 6
11
Como X +

Y = 660, ento Y = 300

Concluindo, A deve receber $ 360,00 enquanto B, $ 300,00.


4.2 Inversamente proporcional
E se nosso problema no fosse efetuar diviso em partes diretamente proporcionais, mas sim
inversamente? Por exemplo: suponha que as duas pessoas, A e B, trabalharam durante um mesmo perodo
para fabricar e vender por $ 160,00 um certo artigo. Se A chegou atrasado ao trabalho 3 dias e B, 5 dias, como
efetuar com justia a diviso? O problema agora dividir $160,00 em partes inversamente proporcionais a 3 e
a 5, pois deve ser levado em considerao que aquele que se atrasa mais deve receber menos.
Dividir um nmero em partes inversamente proporcionais a outros nmeros dados encontrar partes desse
nmero que sejam diretamente proporcionais aos inversos dos nmeros dados e cuja soma reproduza o
prprio nmero.
No nosso problema, temos de dividir 160 em partes inversamente proporcionais a 3 e a 5, que so os
nmeros de atraso de A e B. Vamos formalizar a diviso, chamando de x o que A tem a receber e de y o que B
tem a receber.
x + y = 160
Teremos:

x y
=
1 1
3 5

Resolvendo o sistema, temos:


x+y x
x+y x
=
=
1 1 1
8
1
+
3 5 3
15
3
Mas, como x + y = 160, ento

160 x
160 1
= x=

8
1
8 3
15 3
15
15 1
x = 160
x = 100
8 3
Como x + y = 160, ento y = 60. Conclundo, A deve receber $ 100,00 e B, $ 60,00.
4.3 Diviso proporcional composta

Matemtica

47

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Vamos analisar a seguinte situao: Uma empreiteira foi contratada para pavimentar uma rua. Ela dividiu o
trabalho em duas turmas, prometendo pag-las proporcionalmente. A tarefa foi realizada da seguinte maneira:
na primeira turma, 10 homens trabalharam durante 5 dias; na segunda turma, 12 homens trabalharam durante
4 dias. Estamos considerando que os homens tinham a mesma capacidade de trabalho. A empreiteira tinha $
29.400,00 para dividir com justia entre as duas turmas de trabalho. Como faz-lo?
Essa diviso no de mesma natureza das anteriores. Trata-se aqui de uma diviso composta em partes
proporcionais, j que os nmeros obtidos devero ser proporcionais a dois nmeros e tambm a dois outros.
Na primeira turma, 10 homens trabalharam 5 dias, produzindo o mesmo resultado de 50 homens,
trabalhando por um dia. Do mesmo modo, na segunda turma, 12 homens trabalharam 4 dias, o que seria
equivalente a 48 homens trabalhando um dia.
Para a empreiteira, o problema passaria a ser, portanto, de diviso diretamente proporcional a 50 (que 10
. 5), e 48 (que 12 . 4).
Para dividir um nmero em partes de tal forma que uma delas seja proporcional a m e n e a outra a p e q,
basta divida esse nmero em partes proporcionais a m . n e p . q.
Convm lembrar que efetuar uma diviso em partes inversamente proporcionais a certos nmeros
o mesmo que fazer a diviso em partes diretamente proporcionais ao inverso dos nmeros dados.
Resolvendo nosso problema, temos:
Chamamos de x: a quantia que deve receber a primeira turma; y: a quantia que deve receber a segunda
turma. Assim:
y
y
x
x
=
ou
=
10 5 12 4
50 48
x+y
x

=
50 + 48 50

Como x + y = 29400,ento

29400 x
=
98
50

29400 50
15.000
98
Portanto y = 14 400.
x=

Concluindo, a primeira turma deve receber $15.000,00 da empreiteira, e a segunda, $ 14.400,00.


Observao : Firmas de projetos costumam cobrar cada trabalho usando como unidade o homem-hora. O
nosso problema um exemplo em que esse critrio poderia ser usado, ou seja, a unidade nesse caso seria homem-dia. Seria obtido o valor de $ 300,00 que o resultado de 15 000 : 50, ou de 14 400 : 48.
REGRA DE SOCIEDADE
1. INTRODUO
Os problemas que este capitulo se prope a discutir e resolver, como voc logo perceber, no so nada
mais do que aplicaes dos casos de divises em partes proporcionais.
Por sociedade entendemos, aqui, um grupo de duas ou mais pessoas que se juntam, cada uma com um
determinado capital, o qual dever ser aplicado por um certo tempo, numa atividade qualquer, com o objetivo
de conseguir lucros.
Suponha, por exemplo, que trs amigos ganhem $9.000,00 na loteria, como resultado da premiao de um
jogo, cujo valor total era $ 4,50.
Considere que os scios contriburam com as seguintes quantias :
Scios

Matemtica

Capital ( $ )

48

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A

1,00

1,50

2,00

Quanto cada scio dever receber? Naturalmente, este um caso de diviso em partes diretamente
proporcionais s quantias investidas. Assim, temos:

B
C
A
1,00 = 1,50 = 2,00

A + B + C = 9.000,0
Resolvendo o sistema:

A+ B+C
A
B
C
=

1,00 + 1,50 + 2,00 1,00 1,50 2,00


9.000,00
A

4,50
1,00
9.000,00.1,00
A=
4,50
Ento A = 2.000,00
Usando o mesmo processo, encontraremos:
B = 3.000,00

C = 4.000,00

Portanto, A receber $ 2.000,00; B receber $ 3.000,00 e C receber $ 4.000,00.


Nos casos de sociedades mais complexas, importante tambm o perodo de tempo durante o qual cada
scio deixa seu dinheiro investido.
O que define uma sociedade como simples ou composta o fato de os capitais aplicados e de os perodos
de tempo da aplicao serem iguais ou diferentes para cada scio.
2. REGRA DE SOCIEDADE SIMPLES
Primeiro caso: Os capitais so diferentes, mas aplicados durante perodos de tempo iguais. Nesse caso
podemos afirmar que :
Os lucros ou prejuzos sero divididos em partes diretamente proporcionais aos capitais investidos.
Exemplo:
Gigi e Helena montaram uma casa de chocolates caseiros. Os capitais investidos foram:
Scios

Capital Investido

Gigi
Helena

2.500,00
2.000,00

Ao final de um ano, o balano apurou um lucro de $13.500,00. Quanto cada uma dever receber?
Chamando de x e y o que Gigi e Helena devem respectivamente receber, teremos:

Matemtica

49

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x
y

e x + y = 13 500
2 500 2 000
Aplicando as propriedades das propores j vistas, temos:
y
x y
x
13500

3
2 500 2000 2500 2000 4500
x
3 x 7500
2500
y
3 y 6000
2000
Portanto, Gigi receber $ 7.500,00 e Helena $ 6.000,00.
Segundo caso: Os capitais so iguais, mas aplicados durante perodos de tempo diferentes. Nesse caso
podemos afirmar que:
Os lucros ou prejuzos sero divididos em partes diretamente proporcionais aos perodos de tempo em que os
capitais ficaram investidos.
Exemplo:
Trs amigos, A, B e C, juntaram-se numa sociedade com idntica participao no capital inicial. A deixou
seu capital no negcio durante 4 meses, B por 6 meses e C durante 3 meses e meio. Dividir com justia, o
lucro auferido de $ 162.000,00.
Neste problema h a necessidade de, inicialmente, transformarmos os perodos de tempo para uma mesma
unidade: ou meses, ou dias. Vamos usar a unidade dias, considerando o ms comercial com 30 dias.

B
C
A
120 = 180 = 105

A + B + C = 162000

Aplicando as propriedades, temos:

A
B
C
A B C

120 180 105 120 180 105


162000
400
405

A
400 A 48000
120
B
400 B 72000
180
C
400 C 42000
105
Desta maneira, os lucros auferidos por A, B e C sero, respectivamente, $ 48.000,00, $ 72.000,00 e
$40.000,00.
3. REGRA DE SOCIEDADE COMPOSTA
Nas sociedades compostas, tanto os capitais quanto os perodos de investimento so diferentes para cada
scio. Trata-se, portanto de dividir os lucros ou os prejuzos em partes diretamente proporcionais, tanto ao
capital quanto ao perodo de investimento.

Matemtica

50

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Quando os capitais ou perodos de tempo forem diferentes, os lucros ou os prejuzos sero divididos em
partes diretamente proporcionais ao produto dos capitais pelos perodos de tempo respectivos.
Exemplo:
Uma sociedade lucrou $ 117.000,00. O primeiro scio entrou com $ 1.500,00 durante 5 meses, e o outro,
com $ 2.000,00 durante 6 meses. Qual foi o lucro de cada um?
Trata-se de um caso de regra de sociedade composta. Chamando de x o que o primeiro scio deve receber
e de y o que o segundo recebe, temos:

x
y

e x + y = 117000
1500 5 2000 6
Aplicando as propriedades, vem :

x
y
x y 117000

6
7500 12000 19500 19500

x
6 x 45000
7500
y
6 y 72000
12000

Portanto, o primeiro scio receber $ 45 000,00 e o segundo $ 72 000,00.


REGRA DE TRS SIMPLES E COMPOSTA
1. INTRODUO
Nos captulos anteriores, quando analisamos grandezas proporcionais, procuramos apenas reconhecer a
natureza da dependncia entre elas. Neste captulo, vamos ampliar nossa anlise, incluindo os valores
numricos envolvidos nessa dependncia e determinando os que so desconhecidos.
Um problema tpico, por exemplo, determinar a distncia que um automvel percorrer em 8 horas,
sabendo que, se a mesma velocidade for mantida durante 6 horas, o carro percorrer 900 km.
Para a resoluo deste problema, duas questes so colocadas: a primeira quanto natureza da
proporo entre as grandezas envolvidas; a segunda refere-se montagem da proporo.
Ao conjunto das respostas a essas duas questes propostas e determinao do valor desconhecido d-se
o nome de regra de trs.
2. REGRA DE TRS SIMPLES
Retomando o problema do automvel, vamos resolv-lo com o uso da regra de trs de maneira prtica.
Devemos dispor as grandezas, bem como os valores envolvidos, de modo que possamos reconhecer a
natureza da proporo e escrev-la. Assim :

Grandeza 1:
tempo
(horas)

Grandeza 2: distncia
percorrida
(km)

900

Matemtica

51

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Observe que colocamos na mesma linha valores que se correspondem: 6 horas e 900 km; 8 horas e o valor
desconhecido.
Vamos usar setas indicativas, como fizemos antes, para indicar a natureza da proporo. Se elas estiverem
no mesmo sentido, as grandezas so diretamente proporcionais; se em sentidos contrrios, so inversamente
proporcionais.
Nesse problema, para estabelecer se as setas tm o mesmo sentido, foi necessrio responder pergunta:
"Considerando a mesma velocidade, se aumentarmos o tempo, aumentar a distncia percorrida?" Como a
resposta a essa questo afirmativa, as grandezas so diretamente proporcionais.
J que a proporo direta, podemos escrever:
6 900

8
x
7200
Ento: 6 . x = 8 . 900 x =
= 1 200
6
Concluindo, o automvel percorrer 1 200 km em 8 horas.
Vamos analisar outra situao em que usamos a regra de trs.
Um automvel, com velocidade mdia de 90 km/h, percorre um certo espao durante 8 horas. Qual ser o
tempo necessrio para percorrer o mesmo espao com uma velocidade de 60 km/h?

Grandeza 1:
tempo
(horas)

Grandeza 2:
velocidade
(km/h)

90

60

A resposta pergunta "Mantendo o mesmo espao percorrido, se aumentarmos a velocidade, o tempo


aumentar?" negativa. Vemos, ento, que as grandezas envolvidas so inversamente proporcionais.
Como a proporo inversa, ser necessrio invertermos a ordem dos termos de uma das colunas,
tornando a proporo direta. Assim:
8

60

90

Escrevendo a proporo, temos:

8 60
8 90

x
= 12
x 90
60
Conclundo, o automvel percorrer a mesma distncia em 12 horas.
Regra de trs simples um processo prtico utilizado para resolver problemas que envolvam pares de
grandezas direta ou inversamente proporcionais. Essas grandezas formam uma proporo em que se
conhece trs termos e o quarto termo procurado.
3. REGRA DE TRS COMPOSTA
Vamos agora utilizar a regra de trs para resolver problemas em que esto envolvidas mais de duas
grandezas proporcionais. Como exemplo, vamos analisar o seguinte problema.

Matemtica

52

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Numa fbrica, 10 mquinas trabalhando 20 dias produzem 2 000 peas. Quantas mquinas sero
necessrias para se produzir 1 680 peas em 6 dias?
Como nos problemas anteriores, voc deve verificar a natureza da proporo entre as grandezas e escrever
essa proporo. Vamos usar o mesmo modo de dispor as grandezas e os valores envolvidos.

Grandeza 1:
nmero de
mquinas

Grandeza 2:
dias

Grandeza 3:
nmero de
peas

10

20

2000

1680

Natureza da proporo: para estabelecer o sentido das setas necessrio fixar uma das grandezas e
relacion-la com as outras.
Supondo fixo o nmero de dias, responda questo: "Aumentando o nmero de mquinas, aumentar o
nmero de peas fabricadas?" A resposta a essa questo afirmativa. Logo, as grandezas 1 e 3 so
diretamente proporcionais.
Agora, supondo fixo o nmero de peas, responda questo: "Aumentando o nmero de mquinas,
aumentar o nmero de dias necessrios para o trabalho?" Nesse caso, a resposta negativa. Logo, as grandezas 1 e 2 so inversamente proporcionais.
Para se escrever corretamente a proporo, devemos fazer com que as setas fiquem no mesmo sentido,
invertendo os termos das colunas convenientes. Naturalmente, no nosso exemplo, fica mais fcil inverter a
coluna da grandeza 2.
10

2000

1680

Agora, vamos escrever a proporo:

10 6 2000

x 20 1680
(Lembre-se de que uma grandeza proporcional a duas outras proporcional ao produto delas.)

10 12000
10 33600

x
28
x 33600
12000
Conclundo, sero necessrias 28 mquinas.
Regra de trs composta um processo prtico utilizado para resolver problemas que envolvem mais de duas
grandezas proporcionais.

PORCENTAGEM
RAZO CENTESIMAL (OU PORCENTUAL)
Denomina-se razo centesimal ou porcentual toda razo cujo conseqente igual a 100.
Exemplos

Matemtica

53

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3
, que pode ser representada pelo smbolo 3% (l-se: trs por cento).
100
25
, que pode ser representada pelo smbolo 25% (l-se: vinte e cinco por cento).
100
52
, que pode ser representada pelo smbolo 52% (l-se: cinqenta e dois por cento).
100
300
, que pode ser representada pelo smbolo 300% (l-se: trezentos por cento).
100
Uma razo comum, como por exemplo

3
pode ser transformada em razo porcentual, procedendo-se da
4

seguinte maneira:

SIGNIFICADO DA EXPRESSO %
Quando ouvimos ou lemos:
Grande loja est liquidando seus produtos, com descontos de 30%, significa que sobre cada R$ 100,00
do preo de uma mercadoria h um desconto de R$ 30,00.
Das pessoas entrevistadas, 50% votariam no candidato X para prefeito, significa que sobre cada 100
pessoas entrevistadas, 50 votariam no candidato X para prefeito.
MTODO PRATICO PARA CALCULAR A PORCENTAGEM
Vamos recordar que:

3
3
de 20 pode ser representado por:
x 20
4
4
7
7
de 500 pode ser representado por:
X 500
100
100
Aplicando este conhecimento, estudaremos um processo prtico para calcular a porcentagem.
1. exemplo:
Calcular 12% de R$ 500,00
12% =

12
= 0,12
100

12% de R$ 500,00 =
0,12 x R$ 500,00 = R$ 60,00
2. exemplo:

Matemtica

54

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O preo de uma televiso R$ 650,00. Para pagamento a vista, h um desconto de 15%. Calcular:
a) a quantia referente ao desconto;
b) preo da televiso para pagamento a vista.
15% =

15
= 0,15
100

15% de R$ 650,00 = 0,15 x R$ 650,00 = R$ 97,50 (desconto)


R$ 650,00 - R$ 97,50 = R$ 552,50 (preo para pagamento a vista)
Resposta:
a) O desconto foi de R$ 97,50.
b) O preo, para pagamento a vista, R$ 552,50.

3 exemplo:
O salrio de uma pessoa R$ 1600,00 e sofreu um reajuste de 32,5%. Qual o novo salrio dessa
pessoa?
32,5% =

32,5
= 0,325
100

32,5% de R$ 1600,00 =
0,325 X R$ 1600,00 = R$ 520,00 (reajuste)
R$ 1 600,00 + R$ 520,00 = R$ 2 120,00 (novo salrio)
Resposta: O novo salrio dessa pessoa R$ 2 120,00.

Exerccios:

1
das aulas dadas durante o ano. Isto o mesmo que dizer que no
4
pode faltar a mais de 25% das aulas dadas?

01- Um aluno no pode faltar a mais de

02- 10% de uma quantia o mesmo que

1
dessa quantia?
10

03- Uma comisso de venda de R$ 3,00 em cada R$ 25,00 a quantos por cento corresponde?
04- Exprimir as razes seguintes sob a forma de %:

3
11
; 2 : 5, 9 : 9;
.
4
200

05- Exprimir sob a forma de frao irredutvel: 5%; 2

1
%; 1,5%; 125%.
2

06- certo que para calcular i % de uma quantia basta multiplicar por i essa quantia e dividir o produto obtido
por 100?
07- Se voc tem um desconto de 3% ao pagar a vista uma conta de R$ 120,00, quantos cruzeiros voc teve
de abatimento ?
08- Quando um negociante faz a voc um abatimento de 15% sobre R$ 42,00, ele calcula o que voc tem de
pagar multiplicando 42,00 por 0,85. Est certo?
09- As editoras do 30% de comisso aos vendedores e 7% aos autores sobre o preo de venda. Quanto
ganham, respectivamente, o vendedor e o autor por um livro que vendido por R$ 30,00?

Matemtica

55

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10- Um negociante concede um abatimento de 5% sobre o preo marcado numa mercadoria e o desconto
de R$ 21,00. Qual o preo marcado?
11- Se um negociante lhe vende uma camisa de R$ 120,00 por R$ 102,00, quantos por cento lhe concedeu de
desconto?
12- Uma pessoa compra um terreno de R$ 20.000,00 e vende-o com lucro de R$ 4.000,00. Qual a
porcentagem de lucro?
13- Uma pessoa revende um automvel por R$ 15.000,00, lucrando 25% sobre o preo de compra. Por quanto
havia comprado o automvel?
14- Uma pessoa compra uma geladeira e a revende por R$ 1.440,00, com um prejuzo de 28% sobre o preo
de compra. Por quanto havia comprado a geladeira?
15- Uma pessoa compra uma propriedade por 11 mil cruzeiros. Paga de taxas, comisses e escrituras R$
1.200,00. Por quanto deve revend-la para lucrar 20%, sobre o custo?
16- Por quanto devo revender um objeto que comprei por R$ 40,00 de modo que tenha um lucro de 20% sobre
o preo de venda?
17- Um atirador faz 320 disparos contra um alvo, tendo acertado 288 vezes. Qual foi a porcentagem de tiros
certos e qual a de tiros errados?
18- Medindo-se um ngulo de 25, por imperfeio, acha-se 22 5648. Qual a porcentagem de erro?
19- Qual o preo de custo de uma mercadoria vendida por R$125,00, com prejuzo de 20% sobre o preo de
venda?
20- Na venda de um certo objeto houve lucro de R$ 12,00 correspondente a 16% do preo de custo. Qual o
preo do custo do objeto?
21- Certa mercadoria foi vendida por R$ 252,00, dando um lucro de 20% sobre o custo ao vendedor. Quanto
lhe custou a mercadoria?
22- Por R$ 750,00 vendi minha mquina fotogrfica com 25% de prejuzo sobre o seu custo. Por quanto
comprei a maquina?
23- Comprou-se certa mercadoria. Sobre o custo, pagou-se 5% de imposto e 3% de frete. Sendo a mercadoria
vendida por R$ 27,00 d um lucro de 25%. Por quanto foi comprada?
24- Patrcia comprou uma rdio com abatimento de 10% sobre o preo marcado e pagou, ento, R$ 360,00. O
preo marcado era:
a) R$ 396,00
b) R$ 324,00
c) R$ 400,00
d) R$ 36,00
e) R$ 3.600,00
25- Um negociante ao falir s pde pagar

17
do que devia. Se possusse mais R$ 23.600,00. poderia pagar
36

80% da dvida. Quanto ele devia?


Respostas

Matemtica

56

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1) Sim
2) Sim
3) 12%
4) 75%; 40%;100%;
1
5 %
2
1 1
3 5
5)
;
;
;
20 40 200 4
6) Sim
7) R$ 3,60
8) Sim
9) R$ 9,00 R$ 2,10
10) R$ 420,00
11) 15%
12) 20%

13) R$ 12.000,00
14) R$ 2.000,00
15) R$ 14.640,00
16) R$ 50,00
17) 90% e 10%
16
18) 8
%
75
19) R$ 150,00
20) R$ 75,00
21) R$ 210,00
22) R$ 1.000,00
23) R$ 20,00
24) C
25) R$ 72.000,00

JUROS SIMPLES
1.1 Conceito
A fim de produzir os bens de que necessita, o homem combina os fatores produtivos recursos
naturais, trabalho e capital. Organizando a produo, o homem gera as mercadorias e os servios destinados
ao seu consumo. A venda desses bens gera a renda, que distribuda entre os proprietrios dos fatores
produtivos. Assim, os proprietrios dos recursos naturais recebem remunerao na forma de aluguis; os
proprietrios da fora de trabalho recebem salrios; os organizadores da produo recebem lucros e os
proprietrios do capital recebem remunerao na forma de juros.
Desta forma, os juros constituem uma parte da renda, que distribuda aos proprietrios do capital
(mquinas, equipamentos, ferramentas etc.).
No clculo financeiro, juro uma compensao, em dinheiro pelo uso de um capital financeiro, por
determinado tempo, a uma taxa previamente combinada.
1.2 Clculo dos juros simples
O juro simples quando produzido unicamente pelo capital inicial.
Se, por exemplo, colocarmos o capital equivalente a 500 u.m. a juros durante 4 meses, taxa de 1% ao
ms, teremos em cada ms 5 u.m. de juros.
Os juros so todos iguais, pois so calculados sobre o mesmo valor (500), que o capital inicial. Podem
ser retirados no fim de cada ms ou no fim de 4 meses; o total ser o mesmo, ou seja, 20.
No exemplo acima, os juros (20) so obtidos fazendo: 5 x 4, onde 5 1% de 500 e 4 o nmero de
meses em que o capital esteve aplicado. Portanto: juro = 500 x 0,01 x 4.
O fator 0,01 constitui a taxa unitria e corresponde aos juros de uma unidade de capital.
Denominando:
j = juro,
C = capital (500),
i = taxa unitria (0,01 corresponde a 1%),
n = nmero de perodos (4 meses),
temos:
J=Cin

Matemtica

57

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Nesta frmula, a taxa e o nmero de perodos devem referir-se mesma unidade de tempo; isto , se a
taxa for anual, o tempo dever ser expresso em numero de anos; se a taxa for mensal, o tempo dever ser
expresso em nmero de meses etc.
A taxa empregada em todas as frmulas da matemtica financeira a unitria, que corresponde taxa
centesimal dividida por 100. Dessa forma, a taxa de 6% centesimal e a taxa unitria correspondente de
0,06; isto quer dizer que, se um capital de 100 produz 6 de juros, o capital de 1 produz 0,06 de juros.
EXEMPLOS
1. Determinar os juros de um capital 800 u.m., a 12% ao ano, durante 7 meses.
Neste exemplo, temos a taxa anual de 12% e o tempo em meses (7). Para aplicarmos a frmula ,
devemos tomar a taxa e o nmero de perodos na mesma unidade de tempo. Assim, 12% a.a. corresponde a
7
0,12 (taxa unitria anual) e 7 meses so
do ano.
12
j=Cin
7
j = 800 x 0,12 x
12
j = 56
Podemos, entretanto, empregar a taxa mensal proporcional a 12% ao ano, ou seja, 1% ao ms, que
corresponde taxa unitria 0,01e colocar o nmero de perodos em meses, 7. Portanto:
j=Cin
j = 800 x 0,01 x 7
j = 56
2. O capital 400 foi colocado a 20% ai. durante 9 meses. Determinar os juros. Neste problema, a taxa e o
nmero de perodos podem ser expressos com relao ao trimestre. A taxa de juros trimestral proporcional a
20% a.a. 5% (0,05), e 9 meses so 3 trimestres. Portanto:
j=Cin
j = 400 x 0,05 x 3
j = 60
1.3 Montante
Chama-se montante o capital acrescido de seus juros. A notao para montante Cn (capital com juros
acumulados em n perodos)
Cn = C + j
como j = C i n
Cn = C + C i n
Colocando o fator comum C em evidncia, temos

Cn=C (1 + in)
EXEMPLOS
1. Qual o montante de um capital 600, a 18% a.a, durante 8 meses?
Cn= C(1 +in)
i = 0,015 (1,5% ao ms)
n = 8 (meses)
Cn = 600(1+0,015x8)
Cn = 600x 1,12

Matemtica

58

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Cn = 672
2. Qual o capital que produz o montante de 285, a 28% ai., durante 6 meses? Da frmula do montante,
Cn= C(1 +i n) deduzimos a frmula para o clculo do capital
C
C n
1 in
onde:
Cn = C2 = 285
i = 0,07 (7% ao trimestre)
n = 2 (trimestres)
285
C
1 0,07x2
285
C
1,14
C = 250
1.4 Divisor fixo
Quando o tempo de aplicao de um capital for expresso em dias, s vezes h dificuldade para
converter a taxa e o nmero de per iodos na mesma unidade de tempo. Para contornar essa dificuldade podese usar o mtodo do divisor fixo para o clculo dos juros.
Chama-se divisor fixo (delta) a relao

36.000
, onde r a taxa centesimal anual dos juros.
r

Para obter a frmula dos juros com o emprego do divisor fixo, tomamos
j=Cin
r
onde i =
. Como r taxa anual, devemos transform-la em taxa diria, pois o
100
100
nmero de perodos ser representado por nmero de dias. Sendo o ano comercial r
r
considerado de 360 dias, dividindo
por 360 temos a taxa diria.
100

r
36.000
Substituindo a frmula dos juros;,
r
jC
n
36.000
Portanto: i

A expresso

jC

r
representa o inverso do divisor fixo. Assim,
36.000

1
n

Cn

EXEMPLOS
1. Determinar os juros do capital 300, a 24% a.a, durante 2 meses e 28 dias.

Cn

C = 300
j

Matemtica

59

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n = 88 (dias)

36.000 36.000

1.500
r
24

300x88
1.500

j = 17,60
2. Qual o montante do capital 80 no fim de 3 meses e 17 dias, a 18% a.a?
C
j n

C = 80
n = 107(dias)

36.000
2.000
18
80x 107
j
2.000
j = 4,28

C107 =80+4,28
C107 = 84,28
Para a soluo deste problema, pode-se deduzir uma frmula para calcular diretamente o montante com
emprego do divisor fixo.
Cn = C + j
C
j n

Cn

C Cn
Cn

C( n)
Cn

Cn C

Resolvendo o problema com esta frmula, temos:

C107

80(2.000 107)
2.000

C107 = 84,28
DESCONTOS SIMPLES
2.1 Conceito
Quando um titulo de crdito (duplicata, nota promissria, letra de cmbio) resgatado antes de seu
vencimento, ele sofre um abatimento, que denominado desconto.
Um ttulo possui um valor, chamado nominal, a ele declarado, que corresponde ao seu valor no dia do
vencimento. Antes disso, o titulo pode ser resgatado por um valor menor que o nominal, sendo denominado
valor atual ou valor presente.

Matemtica

60

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Chama-se desconto simples o calculado sobre um nico valor do ttulo (nominal ou atual). Se for
calculado sobre o valor nominal, chamado desconto comercial ou por fora e, se for calculado sobre o valor
atual, chamado desconto racional ou por dentro.
2.2 Clculo dos descontos simples
2.2.1 Desconto comercial ou por fora
O desconto comercial (ou por fora) equivale aos juros simples, onde o capital corresponde ao valor
nominal do ttulo.
Denominando N o valor nominal do ttulo e d o desconto comercial, temos:
d=Nin

Nn

EXEMPLOS
1. Uma duplicata de valor nominal equivalente a 200 um. foi resgatada trs meses antes do
vencimento, taxa de 9% a.a. Qual o desconto?
d=Nin
d = 200 x 0,0075 x 3
d = 4,50
2. Um ttulo de 320 u.m. foi resgatado um ms e 23 dias antes do vencimento, taxa de 18% a.a. Qual
o desconto?
Nn
d

N = 320
n = 53(dias)

36.000
2000
18

320x53
2.000

d = 8,48
2.2. 1.1 Valor atual ou valor presente
O valor atual ou presente de um titulo igual ao valor nominal menos o desconto. Denominando A,, o
valor atual, temos:
An,= N - d
Como d = N i n
An = N N i n
An = N(1 - i n)
Ou, substituindo d pelo seu valor

Matemtica

Nn

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Nn

N - Nn
An

An N -

An

N( - n)

EXEMPLOS
1. Qual o valor atual de uma duplicata de valor nominal equivalente a 120,75 u.m., taxa de 6% a.a., 4
meses antes do vencimento?
An = N(1 in)
N = 120,75
i = 0,005 (0,5% ao ms)
n = 4(meses)
A4 = 120,75 (1 0,005x4)
A4= 118,34
2. Uma letra de cmbio de valor nominal igual a 480 foi resgatada 2 meses e 26 dias antes do
vencimento, a 1,2% ao ms. Qual o valor do resgate?

N n

N = 480
An

n = 86(dias)

36.000
2.500
14,4
4802.500 86
A 86
2.500
A86 = 463,49

2.2.2 Desconto racional ou por dentro


O desconto racional ou por dentro equivale ao juro simples calculado sobre o valor atual do ttulo.
Denominando d o desconto racional, temos:
d = An i n
Entretanto, nessa equao h duas incgnitas, pois d eA,, so valores desconhecidos. Mas, sendo o
valor atual a diferena entre o valor nominal e o desconto, pode-se substituir, na frmula acima, A,, por N d~
Dessa forma,
d = (N - d )i n
d = N i n - di n
d + d i n = N i n
d( 1 + i n) = N i n

Nin
1 i n
Analogamente, a frmula do desconto racional, com emprego do divisor fixo, assim deduzida:
d'

Matemtica

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An n

N d 'n
d'

Nn - d' n
d'

d = N n - dn
d'

Ad+ d n = N n
d ( + n) = Nn

d'

Nn
n

EXEMPLOS
1. Determinar o desconto racional de um titulo de valor nominal equivalente a 135 u.m., pago 2 meses
antes do vencimento a 1% ao ms.

d'

Nin
1 i n

N = 135
i = 0,01 (1% ao ms)
n = 2 (meses)

135 x 0,01x 2
1 0,01x2

d = 2,65
2. Um ttulo de 200 u.m. sofreu o desconto racional de 20% a.a., 4 meses e 12 dias antes do
vencimento. Qual o valor do desconto?

d'

Nn
n

N = 200
n = 132(dias)
36.000

1.800
20

d'

200x132
1.800 132

d = 13,66
2.2.2.1 Valor atual ou valor presente
Sendo o valor atual a diferena entre o valor nominal e o desconto, temos:
An = N - d
Substituindo d pelo seu valor d '

Matemtica

Nin
1 i n

63

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Nin
1 i n
N(1 i n ) - N i n
An
1 i n
N Nin -Nin
An
1 i n

An N

An

N
1 i n

Ou, substituindo d pelo seu valor

Nn
temos:
n

Nn
n
N( n ) - N n
An
n
N N n - N n
An
n
N
An
N

An N

EXEMPLOS
1. Qual o valor atual de um ttulo de valor nominal equivalente a 180 u.m., 3 meses antes do
vencimento, pelo desconto racional de 2% ao ms?
N
An
1 i n
N = 180
i = 0,02 (2% ao ms)
n = 3 (meses)

A3

180
1 0,02 x 3

A3 = 169,81
2. Um ttulo de valor nominal igual a 75,40 u.m. sofreu o desconto racional de 1,5% ao ms, 1 ms e 17
dias antes do vencimento. Qual o valor atual?
N
An
N
N = 75,40
n = 47 (dias)

36.000
2.000
18
2.000x75,40
A 47
2.000 47

Matemtica

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A47 = 73,67

JUROS COMPOSTOS
M=C+J
TEMPO
1
z2
3

MONTANTE
C (1+i)
C (1+i) (1+i)
C (1+i) (1+i) (1+i)

Assim, M = C ( 1 + i )

FRMULA
C (1+i)
C (1+i)
C (1+i)

No montante composto em funo dos juros serem capitalizados ("juro sobre juro" ), o juro incide sobre o
capital j corrigido, assim o valor do juro crescente, enquanto que no juro simples o valor do juro constante.
CONVENO LINEAR E EXPONENCIAL
As convenes so utilizadas quando pedido no problema a resoluo atravs de uma das
convenes e dado o tempo fracionado, por exemplo: 2 meses e 5 dias ou 258 anos e 2 meses....
t'

LINEAR-> Para resolvermos esse tipo de problema usa-se a frmula M = C ( 1 + i ) x ( 1 + i t''), onde t'
a parte inteira e t'' a frao.
Obs: O termo linear refere-se ao fator ( 1 + it'') que nada mais do que uma funo linear ou de 1 grau.
Vamos exemplificar:
Se o tempo dado 5 anos e 6 meses, a taxa de juros 10% a.a. e o capital R$35.600,00 , ento:
5

M= 35.600 [1 + (10 100)] x [ 1 + (10 100) x (6 12)]


M = 35.600 ( 1,6105) x ( 1,05) = R$60.200,49.
EXPONENCIAL: A diferena da linear que se utiliza a seguinte frmula:
M=C(1+i)

t' + t''

Obs: O termo exponencial refere-se ao fator


(1+i)

t' + t''

que uma funo exponencial.


*Considerando os mesmos dados do problema anterior teremos:
M = 35.600 [ 1 + ( 10 100 ) ]

5 + ( 6 12 )

M = 35.600 ( 1,6891 ) = R$60.131,96


DESCONTO COMPOSTO RACIONAL

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Lembrete: C (capital) tambm conhecido como Valor Atual e M (montante) como Valor Nominal.
t

Dc = M - C = C ( 1+i ) - C =>
t

Dc = C [( 1+i) - 1]
EQUIVALNCIA E PROPORCIONALIDADE
No juro composto ser equivalente diferente de ser proporcional. Da mesma forma a taxa nominal
diferente da taxa efetiva.
DICA DE PROVA-> quando no h referncia clara na questo, utiliza-se a proporcionalidade.
PROPORCIONALIDADE
Ex. 12% a.a. proporcional a 1% a.m., ok ? Nesse caso 12% taxa nominal.
EQUIVALNCIA
Ex. 12% a.a. equivalente a 0,9488% a.m.. Vou explicar:
t

Na equivalncia considera-se o "juro sobre juro" ou seja (1+ i) .


12

Ento: ( 1 + 0,009488) = ( 1 + i ) ; com essa igualdade eu estou perguntando equao qual o fator
que elevado a 12 (meses) igual a outro fator elevado a 1 (ano).
Assim, se ( 1,009488 )

12

= 1,12 , ento 1,12 = 1 +i, indica que i = 1,12 - 1 ou i = 0,12, logo i = 12% a.a.

Nesse caso 12% taxa efetiva.


Ex. 15% a.t.(ao trimestre) equivalente a que taxa mensal ?
(1+0,15) = (1+i) => 1,15 = (1+i) => achando-se a raiz cbica dos dois termos encontramos 1,047689 =
1+i, assim a taxa mensal equivalente a 15% a.t. 4,76% a.m..
Fonte: http://www.matematicafinanceira.hpg.ig.com.br/juroscompostos.html

TESTES I
1)

Em qual das alternativas est indicado o ponto do eixo das abcissas onde o grfico da equao do 1 grau
y = 3.x 12 intercepta esse eixo ?
a) 4
b) 3
c) 36
d) -3

2)

Uma refinaria tinha, em 2004, capacidade para processar 224 mil barris de petrleo por dia. Com a
ampliao das instalaes, essa capacidade aumentou em3/8 no ano seguinte. Assim, pode-se concluir
que, em 2005, a capacidade de processamento dessa refinaria, em milhares de barris dirios, passou a
ser de:
a) 252
b) 308
c) 318
d) 352

Matemtica

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3)

Obtenha o mnimo mltiplo comum entre 6, 10 e 15.


a) 30
b) 60
c) 90
d) 120

4)

Para construir dez paredes preciso 4 sacos de cimento. Utilizando 28 sacos de cimento, qual o total de
paredes que poderei construir?
a) 70
b) 28
c) 10
d) 7

5)

Considere a seguinte proporo: 3,5/5 = x/7,7. Calcule o valor de x.


a) 3,35
b) 35,9
c) 5,39
d) 75,3

6)

O nmero - 5 resultado da equao:


a) x + 5 = 10
b) 2x - 10 = 0
c) 20 - 4x = 0
d) 15 + 3x = 0

7)

Determine o M.D.C. entre 135 e 150:


a) 10
b) 17
c) 15
d) 25

8)

Durante uma percia, o nico instrumento disponvel para medir comprimento era uma rgua de 30 cm.
Com ela mediu-se um corredor, obtendo-se 52 rguas. O comprimento do corredor, em metros, :
a) 0,156;
b) 1,56;
c) 15,6;
d) 156;

9)

Rubens estava precisando de dinheiro e resolveu pedir um emprstimo a um amigo. Pediu a quantia de R$
280,00 e foi informado pelo amigo que dentro de um ms deveria pagar R$ 40,00 de juros. Pergunta-se:
qual a taxa diria de juros simples proposto pelo amigo de Rubens para esse emprstimo?
a) 0,47%
b) 0,37%
c) 2,38%
d) 1,94%

10) Calcular os juros comerciais ou ordinrios, produzidos pelo capital de R$ 9.000,00, aplicado durante 2
anos 7 meses e 6 dias, taxa de 9% ao ano.
a) R$ 2.206,00
b) R$ 2.106,00
c) R$ 2.006,00
d) R$ 2.056,00
11) Trs tcnicos judicirios arquivaram um total de 382 processos, em quantidades inversamente
proporcionais s suas respectivas idades: 28, 32 e 36 anos. Nessas condies, correto afirmar que o
nmero de processos arquivados pelo mais velho foi
a) 112
b) 126
c) 144
d) 152

Matemtica

67

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12) Do terminal rodovirio de uma cidade saem nibus para diferentes bairros. Para o bairro A sai um nibus a
cada 40 minutos; para o bairro B, a cada 20 minutos e para o bairro C a cada 50 minutos. s 5 horas da
manh h uma sada conjunta para esses bairros. Ento a segunda sada conjunta ocorrer s: a
a) 8h 02min
b) 5h 50min
c) 6h 40min
d) 8h 20min
13) O professor anotou os resultados das provas de 25 estudantes. Obteve que a mdia da turma foi 72. Na
distribuio das provas, observou que errara a notao da nota de Joo. Dera a ele a nota 86 e anotara
36. Logo, a mdia CORRETA da turma :
a) 70.
b) 74.
c) 75.
d) 78.
14) A razo entre dois nmeros igual a 5/3. Se o nmero conseqente igual a 6 ento o antecedente
igual a:
a) 1
b) 5
c) 10
d) 20
15) Joo destinava 1/5 do seu salrio para pagamento do aluguel. Neste ms, porm, o valor do aluguel teve
um aumento e passou a representar 1/4 do seu salrio, que no teve nenhuma alterao. Portanto, podese concluir que o aluguel de Joo teve um aumento de:
a) 5%.
b) 8%.
c) 15%.
d) 25%.
16) Em uma prova do campeonato mundial de frmula 1, 1/4 dos carros bateram na largada e ficaram fora da
corrida. Durante a corrida, 2/7 dos carros tiveram de abandonar a prova por defeito mecnico. Apenas 13
carros terminaram a corrida. Nessas condies, quantos carros iniciaram a prova?
a) 20.
b) 22.
c) 24.
d) 28.
17) Numa indstria trabalham 255 mulheres. Esse nmero corresponde a 42,5% do total de empregados. Ao
todo trabalham nessa indstria:
a) 300 pessoas.
b) 400 pessoas.
c) 500 pessoas.
d) 600 pessoas.
18) Seu Joo pagou uma dvida em trs parcelas: a primeira correspondeu metade da dvida e a segunda,
tera parte da dvida. Se a terceira parcela correspondeu a R$ 108,00, o valor, em reais, da primeira
parcela paga por Seu Joo foi:
a) 324,00
b) 348,00
c) 436,00
d) 51 2,00
19) Numa indstria trabalham 255 mulheres. Esse nmero corresponde a 42,5% do total de empregados. Ao
todo trabalham nessa indstria:
a) 300 pessoas.
b) 400 pessoas.
c) 500 pessoas.
d) 600 pessoas.

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20) Uma refinaria tinha, em 2004, capacidade para processar 224 mil barris de petrleo por dia. Com a
ampliao das instalaes, essa capacidade aumentou em3/8 no ano seguinte. Assim, pode-se concluir
que, em 2005, a capacidade de processamento dessa refinaria, em milhares de barris dirios, passou a
ser de:
a) 252
b) 308
c) 318
d) 352
21) Em uma receita para preparar 30 brigadeiros, so necessrios uma lata de leite condensado, 200 g de
chocolate em p e meio tablete de margarina. Utilizando essa receita, e dispondo de 20 latas de leite
condensado, 2600 g de chocolate em p e 7 tabletes de margarina, o nmero mximo de brigadeiros que
poderemos fazer :
a) 600
b) 420
c) 400
d) 390
22) De cada R$100,00 do lucro de certa empresa, R$20,00 vinham das vendas no mercado interno e R$80,00,
de exportaes. Se o valor referente s exportaes fosse reduzido em 10%, o lucro total dessa empresa
se manteria inalterado se as vendas no mercado interno aumentassem em:
a) 8%
b) 10%
c) 20%
d) 40%
23) Em uma escola, 60% dos estudantes so do sexo masculino e, destes, 30% usam culos. Qual a
porcentagem de estudantes dessa escola que so do sexo masculino e usam culos?
a) 10%
b) 18%
c) 25%
d) 30%
24) Um capital no valor de R$ 80.000,00 aplicado a uma taxa de juros simples, durante 8 meses, resultando
em um montante igual a R$ 96.000,00 no final do perodo. Aplicando outro capital no valor de R$
100.000,00, durante um certo perodo de tempo t, com a mesma taxa de juros simples anterior, o montante
apresentado no final do perodo seria igual a R$ 115.000,00. Ento, t igual a:
a) 4 meses.
b) 5 meses.
c) 6 meses.
d) 7,5 meses.
25) Cinco trabalhadores de produtividade padro e trabalhando individualmente beneficiam ao todo 40 kg de
castanha por dia de trabalho de 8 horas. Considerando que existe uma encomenda de 1,5 toneladas de
castanha para ser entregue em 15 dias teis, quantos trabalhadores de produtividade padro devem ser utilizados para se atingir a meta pretendida, trabalhando dez horas por dia?
a) 5
b) 10
c) 15
d) 20
26) Carla aplicou 3/5 de um certo capital C a uma taxa de 10% ao ano e aplicou o restante a uma taxa de 15%
ao ano. Ao final de um ano Carla recebeu R$ 2.400,00 de juros. O valor de C :
a) R$ 6.400,00
b) R$ 20.000,00
c) R$ 14.400,00
d) R$ 16.000,00
27) De um recipiente cheio de gua, tiram-se 2 / 3 do contedo. Recolocando-se 30 litros de gua, o contedo
passa a ser a metade do volume inicial. A capacidade do recipiente :
a) 45 litros
b) 75 litros

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c) 180 litros
d) 150 litros
n

28) O mximo divisor comum dos nmeros 16 e 120 2 . O valor de n um nmero:


a) primo.
b) mltiplo de 5.
c) mltiplo de 7.
d) divisor de 8.
29) Foi prevista a execuo da reforma de um quartel em um tempo t, empregando certo nmero de
funcionrios que trabalhariam 8 horas dirias. A escassez de verbas obriga a executar a reforma com a
metade dos funcionrios previstos, trabalhando 6 horas por dia. Nessas condies, espera-se que o tempo
de execuo da reforma seja:
a) 2t
b) 3/2t
c) 8/3t
d) t
30) Uma empresa area que presta servios de helicptero transporta 2 passageiros por viagem. Sabe-se que
essa empresa area realiza sete viagens por dia de segunda a sexta-feira e oito viagens por dia aos
sbados e domingos. Considere o ms de janeiro que inicia em uma segunda feira e calcule o total de
passageiros transportados at a ltima viagem do dia 31. Considere tambm que cada passageiro fez uso
da companhia area somente uma vez.
a) 420
b) 176
c) 584
d) 450
RESPOSTAS
01.A
02.B
03.A
04.A
05.C
06.D
07.C
08.C
09.A
10.B

11.A
12.D
13.B
14.C
15.D
16.D
17.D
18.A
19.D
20.B

21.D
22.D
23.B
24.C
25.B
26.B
27.C
28.A
29.C
30.D

TESTES II
01) Um produto que custava R$ 200,00 teve um acrscimo no preo de R$ 16,00. A taxa percentual de
aumento foi de:
a) 16%
b) 20%
c) 8%
d) 1,6%
02) Um mesmo conjunto de farda vendido em duas lojas A e B, sendo R$ 40,00 mais caro na loja B. Se a
loja B oferecer 10% de desconto no preo do produto, este ainda assim ser 5 % mais caro do que custa na
loja A. O preo do conjunto na loja A :
a) R$ 300,00
b) R$ 280,00
c) R$ 260,00
d) R$ 240,00

Matemtica

70

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03) Em abril de 2007 foram arrecadados em impostos federais cerca de R$ 56,1 bilhes. Esse montante
representou 10% a mais do que foi arrecadado no mesmo ms em 2006. A arrecadao de impostos federais
no ms de abril de 2006, em bilhes de reais, foi:
a) 50,1;
b) 50,49;
c) 51,0;
d) 54,9;
04) Um funcionrio teve um aumento de 12% em seu salrio, que passou a ser de R$ 593,60.
Ento, o valor do salrio anterior era de:
a) R$ 463,00.
b) R$ 528,00.
c) R$ 530,00.
d) R$ 712,30.
05) Um municpio brasileiro promoveu um concurso para preencher as 28 vagas de merendeira. Inscreveramse 2.492 candidatos. O nmero de merendeiras que concorreu a cada vaga foi:
a) 90
b) 91
c) 92
d) 89
06) Jorge trabalha na copa da Secretaria de Educao. Sua tarefa fazer caf e servi-lo a todos os
funcionrios e visitantes. Diariamente Jorge serve 250 cafezinhos e gasta 100 gramas de p de caf para 25
xcaras. O gasto de p de caf dirio na Secretaria de 1 Kg:
a) 0,50 Kg;
b) 0,75 Kg;
c) 1 Kg;
d) 2,50 Kg;
07) Calcular os juros comerciais ou ordinrios, produzidos pelo capital de R$ 9.000,00, aplicado durante 2 anos
7 meses e 6 dias, taxa de 9% ao ano.
a) R$ 2.206,00
b) R$ 2.106,00
c) R$ 2.006,00
d) R$ 2.056,00
08) Um capital no valor de R$ 80.000,00 aplicado a uma taxa de juros simples, durante 8 meses, resultando
em um montante igual a R$ 96.000,00 no final do perodo. Aplicando outro capital no valor de R$ 100.000,00,
durante um certo perodo de tempo t, com a mesma taxa de juros simples anterior, o montante apresentado no
final do perodo seria igual a R$ 115.000,00. Ento, t igual a:
a) 4 meses.
b) 5 meses.
c) 6 meses.
d) 7,5 meses.
09) O vendedor informou-lhe que ela poderia comprar o mesmo aparelho de som em 5 vezes, mas com 10%
de juros. Nesse caso, por quanto sairia o aparelho?
a) R$ 380,80
b) R$ 381,80
c) R$ 382,80
d) R$ 382,00
10) A quantia de R$ 35.000,00, emprestada a juros simples de 2,2% ao ms, rende em 5 meses:
a) R$ 3.250,00
b) R$ 3.500,00
c) R$ 3.850,00
d) R$ 4.250,00
11) A alimentao de um cavalo com nvel leve de atividade deve conter 70% de fibra e 30% de rao.
Segundo essa recomendao, se o cavalo consumir em um dia 2,7 kg de rao, dever consumir de fibra
neste mesmo dia:

Matemtica

71

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a)
b)
c)
d)

3,0 kg;
3,2 kg;
6,3 kg;
7,0 kg;

12) Trabalhando ininterruptamente, dois tcnicos judicirios arquivaram um lote de processos em 4 horas. Se,
sozinho, um deles realizasse essa tarefa em 9 horas de trabalho ininterrupto, o esperado que o outro fosse
capaz de realiz-la sozinho se trabalhasse ininterruptamente por um perodo de:
a) 6 horas.
b) 6 horas e 10 minutos.
c) 6 horas e 54 minutos.
d) 7 horas e 12 minutos.
13)

Calcular os juros simples de R$ 1200,00 a 13 % a.t. por 4 meses e 15 dias.


a) 234
b) 187
c) 210
d) 243

14) Calcular os juros simples produzidos por R$40.000,00, aplicados taxa de 36% a.a., durante 125 dias.
a)
5.000,00
b)
5.200,00
c)
4.980,00
d)
4.760,00
15) Qual o capital que aplicado a juros simples de 1,2% a.m. rende R$3.500,00 de juros em 75 dias?
a)
R$116.666,67
b)
R$131.546,00
c)
R$132.129,08
d)
R$114.564,66
16) Se a taxa de uma aplicao de 150% ao ano, quantos meses sero necessrios para dobrar um capital
aplicado atravs de capitalizao simples?
a)
9 meses
b)
8 meses
c)
10 meses
d)
11 meses
17. (CFO-93) Se uma vela de 36 cm de altura, diminui 1,8 mm por minuto, quanto tempo levar para se
consumir?
a) 2 horas b) 3 horas c) 2h 36 min
d) 3h 20 min e) 3h 18min
18. (SESD-94) 30 operrios deveriam fazer um servio em 40 dias. 13 dias aps o incio das obras, 15
operrios deixaram o servio. Em quantos dias ficar pronto o restante da obra?
a) 53 b) 54
c) 56 d) 58
19. (FESP-96) Doze operrios, em 90 dias, trabalhando 8 horas por dia, fazem 36m de certo tecido. Podemos
afirmar que, para fazer 12m do mesmo tecido, com o dobro da largura, 15 operrios, trabalhando 6 horas por
dia levaro:
a) 90 dias b) 80 dias c) 12 dias
d) 36 dias e) 64 dias
20. (Colgio Naval) Vinte operrios constrem um muro em 45 dias, trabalhando 6 horas por dia. Quantos
operrios sero necessrios para construir a tera parte desse muro em 15 dias, trabalhando 8 horas por dia?
a) 10 b) 20 c) 15
c) 30 e) 6

Matemtica

72

Livraria Multimarcas
21. (EPCAr) Um trem com a velocidade de 45km/h, percorre certa distncia em trs horas e meia. Nas mesmas
condies e com a velocidade de 60km/h, quanto tempo gastar para percorrer a mesma distncia?
a) 2h30min18s b) 2h37min8s c) 2h37min30s
d) 2h30min30s e) 2h29min28s
22. (ETFPE-91) Se 8 homens levam 12 dias montando 16 mquinas, ento, nas mesmas condies, 15
homens montam 50 mquinas em:
a) 18 dias b) 3 dias c) 20 dias
d) 6 dias e) 16 dias
23. (ESA-88) 12 pedreiros fizeram 5 barraces em 30 dias, trabalhando 6 horas por dia. O nmero de horas por
dia, que devero trabalhar 18 pedreiros para fazerem 10 barraces em 20 dias :
a) 8 b) 9 c) 10
d) 12 e) 15
24. (UFMG) Ao reformar-se o assoalho de uma sala, suas 49 tbuas corridas foram substitudas por tacos. As
tbuas medem 3 m de comprimento por 15 cm de largura e os tacos 20 cm por 7,5 cm. O nmero de tacos
necessrios para essa substituio foi:
a) 1.029 b) 1.050 c) 1.470
d) 1.500 e) 1.874
25. (UFMG) Um relgio atrasa 1 min e 15 seg a cada hora. No final de um dia ele atrasar:
a) 24 min b) 30 min c) 32 min
d) 36 min e) 50 min
RESPOSTAS
01. C
02. D
03. C
04. C
05. D
06. C
07. B
08. C
09. C
10. C

11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.

C
D
A
A
A
B
D
B
E
C

21.
22.
23.
24.
25.

C
C
D
C
B

LGEBRA
EQUAES DO 1. GRAU
Equao: o nome dado a toda sentena algbrica que exprime uma relao de igualdade.
Ou ainda: uma igualdade algbrica que se verifica somente para determinado valor numrico atribudo
varivel. Logo, equao uma igualdade condicional.
Exemplo: 5 + x = 11

0
0
1 .membro 2 .membro
onde x a incgnita, varivel ou oculta.
Resoluo de equaes

Matemtica

73

Livraria Multimarcas
Para resolver uma equao (achar a raiz) seguiremos os princpios gerais que podem ser aplicados numa
igualdade.
Ao transportar um termo de um membro de uma igualdade para outro, sua operao dever ser invertida.
Exemplo:
2x + 3 = 8 + x
fica assim: 2x - x = 8 - 3 = 5 x = 5
Note que o x foi para o 1. membro e o 3 foi para o 2. membro com as operaes invertidas.
Dizemos que 5 a soluo ou a raiz da equao, dizemos ainda que o conjunto verdade (V).
Exerccios
Resolva as Equaes
1) 3x + 7 = 19
3) 7x - 26 = 3x -6

2) 4x +20=0

Respostas: 1) x = 4 ou V = {4}
2) x = -5 ou V = {-5} 3) x = -8 ou V = {-8}
EQUAES DO 1. GRAU COM DUAS VARIVEIS OU SISTEMA DE EQUAES LINEARES
Resoluo por adio.
Exemplo 1 :

x y7
,Soma-se membro a membro.

x y 1

1) I ) x + y 7 ,Sabendo que o valor de x igual 4 substitua este valor em qualquer uma das equaes ( I ou
II ),
II) x y = 1
2x +0 =8
2x = 8
8
x
2
x=4

Substitui em I fica:
4+y=7
y = 7 4

y=3

Se quisermos verificar se est correto, devemos substituir os valores encontrados x e y nas equaes
x+y=7
xy=1
4 +3 = 7
4-3=1
Dizemos que o conjunto verdade: V = {(4, 3)}

Exemplo 2 :

2x y 11

x y8

Note que temos apenas a operao +, portanto devemos multiplicar qualquer uma ( I ou II) por -1,
escolhendo a II, temos:

2x y 11
2x y 11

x y 8 ( - 1)
- x y 8
soma-se membro a membro

Matemtica

74

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2x y 11

- x- y-8
x0 3
x3

Agora, substituindo x = 3
na equao II: x + y = 8, fica: x + y = 8,
fica 3 + y = 11, portanto y = 8
Exemplo 3:

5x 2y 18

3x y 2

-
-

neste exemplo, devemos multiplicar a equao II por 2 (para desaparecer a varivel y).

5x 2y 18

3x y 2 .(2)

5x 2y 18

6x 2y 4

soma-se membro a membro:


5x + 2y = 18
6x 2y = 4
11x+ 0=22

11x = 22

x=

22
x=2
11

Substituindo x = 2 na equao I:
5x + 2y = 18

5 . 2 + 2y = 18
10 + 2y = 18
2y = 18 - 10
2y = 8
y = 8/2 y =4

ento V = {(2,4)}
Exerccios. Resolver os sistemas de Equao Linear:

7x y 20
1)
5x y 16

5x y 7
2)
8x 3y 2

8x 4y 28
3)
2x 2y 10
Respostas:
1) V = {(3,1)}

2) V = {(1,2)}

3) V {(2,3)}
INEQUAES DO 1. GRAU

Distinguimos as equaes das inequaes pelo sinal, na equao temos sinal de igualdade (=) nas
inequaes so sinais de desigualdade.
> maior que,
maior ou igual,
< menor que ,
menor ou igual
Exemplo 1:

Matemtica

75

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Determine os nmeros naturais de modo que
4 + 2x > 12.
4 + 2x > 12
2x > 12 - 4
2x > 8 x >8/2 x > 4
Exemplo 2: Determine os nmeros inteiros de modo que 4 + 2x 5x + 13
4+2x 5x + 13
2x - 5x 13 - 4
-. 3x 9 . (-1) 3x - 9, quando multiplicamos por (-1), invertemos o sinal d desigualdade para , fica:
3x - 9, onde x -9/3 ou x - 3
Exerccios. Resolva:
1) x - 3 1 x,
2) 2x + 1 6 x -2
3) 3 x -1 + x
Respostas: 1) x 2

2) x 3/4

3) x 2
PRODUTOS NOTVEIS

1. Caso: Quadrado da Soma.


2

(a+b) = (a+b). (a+b)= a + ab + ab + b



2
1. 2.
a + 2ab +b

Resumindo: O quadrado da soma igual ao quadrado do primeiro mais duas vezes o 1. pelo 2. mais o
quadrado do 2..
Exerccios. Resolver os produtos notveis:
1)(a+2)

2) (3+2a)

3) (x +3a)

Respostas: 1. caso
2
2
1) a + 4a + 4
2) 9 + 12a + 4a

3) x + 6x a + 9a

2. Caso : Quadrado da diferena


2

(a-b) = (a - b). (a - b) = a ab ab - b

2
1. 2.
a - 2ab + b

Resumindo: O quadrado da diferena igual ao quadrado do 1. menos duas vezes o 1. pelo 2. mais o
quadrado do 2..
Exerccios. Resolver os produtos notveis:
2
2
2
2
1) (a - 2)
2) (4 - 3a)
3) (y - 2b)
Respostas: 2. caso
2
2
1) a - 4a +4 2) 16 - 24a + 9a

3) y - 4y b + 4b

3. Caso: Produto da soma pela diferena


(a b) (a + b) =

Matemtica

a ab + ab +b = a - b

76

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1. 2. 1. 2.
Resumindo: O produto da soma pela diferena igual ao quadrado do 1. menos o quadrado do 2..
Exerccios. Efetuar os produtos da soma pela diferena:
1) (a - 2) (a + 2)
2) (2a - 3) (2a + 3)
2
2
3) (a - 1) (a + 1)
Respostas: 3. caso
2
2
1) a 4
2) 4a 9

3) a - 1
EQUAES DO 2. GRAU

Definio:

Denomina-se equao de 2. grau com varivel toda equao de forma:


2

ax + bx + c = 0
onde : x varivel e a,b, c R, com a 0.
Exemplos:
2

3x - 6x + 8 = 0
2
2x + 8x + 1 = 0
2
x + 0x 16 = 0
2
y -y+9 =0
2
- 3y - 9y+0 = 0
2
5x + 7x - 9 = 0
Coeficiente da Equao do 2. Grau
Os nmeros a, b, c so chamados de coeficiente da equao do 2. grau, sendo que:

a representa sempre o coeficiente do termo x .

b representa sempre o coeficiente do termo x.

c chamado de termo independente ou termo constante.

Exemplos:
2

a)3x + 4x + 1= 0
a =3,b = 4,c = 1
2

b) y + 0y + 3 = 0
a = 1,b = 0, c = 3
2

c) - 2x -3x +1 = 0
a = -2, b = -3, c = 1
2

d) 7y + 3y + 0 = 0
a = 7, b = 3, c = 0
Exerccios
Destaque os coeficientes:
2

1)3y + 5y + 0 = 0
2
3)5y - 2y + 3 = 0

Matemtica

2)2x - 2x + 1 = 0
2
4) 6x + 0x +3 = 0

77

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Respostas:
1) a =3, b = 5 e c = 0
2)a = 2, b = -2 e c = 1
3) a = 5, b = -2 e c =3
Equaes Completas e Incompletas
Pela definio, o coeficiente a sempre diferente de zero, os coeficiente b e c so diferentes de zero.

Exemplos:
2

3x - 2x - 1= 0
2

y 2y 3 = 0

So equaes completas.

y + 2y + 5 = 0
Quando uma equao incompleta, b = 0 ou c = 0, costuma-se escrever a equao sem termos de
coeficiente nulo.
Exemplos:
2

x - 16 = 0,
b = 0 (No est escrito o termo x)
2

x + 4x = 0,
c = 0 (No est escrito o termo independente ou termo constante)
2

x = 0,
b = 0, c = 0 (No esto escritos o termo x e termo independente)
Forma Normal da Equao do 2. Grau
2

ax + bx + c = 0
Exerccios
Escreva as equaes na forma normal:
2

1) 7x + 9x = 3x 1 2) 5x - 2x = 2x + 2
2

Respostas: 1)4x + 9x + 1= 0

2) 3x - 2x 2 = 0

Resoluo de Equaes Completas


Para resolver a equao do 2. Grau, vamos utilizar a frmula resolutiva ou frmula de Bscara.
A expresso b - 4ac, chamado discriminante de equao, representada pela letra grega (l-se deita).
2

= b - 4ac
2

logo se > 0 podemos escrever:

b
2a

RESUMO
NA RESOLUO DE EQUAES DO 2. GRAU COMPLETA PODEMOS USAR AS DUAS FORMAS:

Matemtica

78

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x

b b2 4 a c
2a

ou

= b - 4ac
2

b
2a

Exemplos:
2

a) 2x + 7x + 3 = 0

x
x

a = 2, b =7, c = 3

b b2 4 a c
2a
7

72 4 2 3
22

7 49 24
4
7 25
x
4

7 5
4
7 5 -2 -1
x'

4
4 2

7 5 -12

-3
4
4
1

S , - 3
2

x"

b) 2x +7x + 3 = 0

a = 2, b = 7, c = 3

b - 4.a. c
2

=7 - 4 . 2 . 3
2

= 49 - 24
= 25

7 25
4
7 5
x
4
7 5 -2 -1
x'

e
4
4 2
1

S , - 3
2

x"

7 5 -12

-3
4
4

Observao: fica ao SEU CRITRIO A ESCOLHA DA FORMULA.

Matemtica

79

Livraria Multimarcas
Exerccios
Resolva as equaes
do 2. grau completa:
2
1) x - 9x +20 = 0

Respostas
1) V = { 4,5)

2) 2x + x 3 = 0

2) V = {1, 3/4 }

3) 2x - 7x 15 = 0 3) V = {-3/4,5/2}
2

4) V = { -1, -2 }

5) V = {2}

4) x +3x + 2 = 0
5) x - 4x +4 = 0

Equao do 2. grau Incompleta


Estudaremos a resoluo das equaes incompletas do 2. grau no conjunto R.
2

Equao da forma: ax + bx = 0 onde c = 0


Exemplo:
2

2x - 7x = 0

Colocando-se o fator x em evidncia (menor expoente)

x (2x - 7) = 0

x=0

ou
2x 7 = 0

x=

7
2

Os nmeros reais 0 e 7/2 so as razes da equao


S = {0; 7/2)
2

Equao da forma: ax + c = 0, onde b = 0


Exemplos:
2

a)

x - 81 = 0

x = 81 transportando-se o termo independente para o 2. termo.


2

x = 81 pela relao fundamental.

x=9

b)

S = {+9; - 9 }
2

x +25 = 0

25 no representa nmero real, isto

25 R.

x = -25
a equao dada no tem razes em R.
x=

Matemtica

25

80

Livraria Multimarcas
S=

ou

S={ }

9x 81 = 0
2
9x = 81
81
2
x =
9
2
x = 9

c)

x
= 9
x = 3
S = { 3}
Equao da forma: ax = 0 onde b = 0, c = 0
A equao incompleta ax = 0 admite uma nica soluo x = 0. Exemplo:
2

3x = 0
0
2
x =
3
2
x =0
2

x= + 0
S={0}

Exerccios
2
1) 4x - 16 = 0
2
2) 5x - 125 = 0
2
3) 3x + 75x = 0

Respostas:
1) V = { -2, + 2}
2) V = { -5, +5}
3) V = { 0, -25}

Relaes entre coeficiente e razes


Seja a equao ax + bx + c = 0 ( a 0), sejam x e x as razes dessa equao existem x e x
dos coeficientes a, b, c.
2

x'

b
b
e x"
2a
2a

Relao: Soma das Razes

x'x"

x'x"

b b

2a
2a

b b
2a

x'x"

2b
b
x'x"
2a
a

Da a soma das razes igual a -b/a ou seja,


x+ x = -b/a
Relao da soma:
b
x' x"
a

Matemtica

81

reais

Livraria Multimarcas
Relao: Produto das Razes
b b
x' x"

2a
2a

x'x"

b b
4a2

b2 2

x'x"
b2 4 a c
2
4a

b2 b2 4ac

x'x"
2
4a

x'x"

b2 b2 4ac
4a2

x'x"

4ac
4a2

x'x"

c
a

Da o produto das razes igual a

c
ou seja:
a

c
( Relao de produto)
a

x'x"

Sua Representao:

Representamos a Soma por S

Sx'x"

b
a

Representamos o Produto pr P

P x 'x "

c
a

Exemplos:
2

1)

9x - 72x +45 = 0
a = 9, b = 72, c = 45.

Sx' x"
2)

-72 72 8
b
a
9
9

3x +21x 24= 0

P x'x"

a = 3, b = 21,c = -24

21 - 21 7
b
a
3
3
c - 24 24
P x'x"

8
a
3
3
Sx'x"

3) 4x - 16 = 0

Sx'x"

Matemtica

a = 4,
b = 0, (equao incompleta)
c = -16

b -0

0
a 4

82

c 45

5
a 9

Livraria Multimarcas
P x'x"

c - 16 16

4
a
4
4

4) ( a+1) - ( a + 1) x + 2a+ 2 = 0

a = a+1
b = - (a+ 1)
c = 2a+2

- a 1 a 1 1
b
a
a 1
a 1
c 2a 2 2a 1
P x'x"

2
a
a 1
a 1
Sx'x"

Se a = 1 essas relaes podem ser escritas:


b
x' x"
x ' x " b
1
c
x'x"
x'x"c
1
Exemplo:
2

x -7x+2 = 0

a = 1, b =-7, c = 2

- 7 7
b
a
1
c 2
P x'x" 2
a 1
Exerccios
Sx'x"

Calcule a Soma e Produto


2
1) 2x - 12x + 6 = 0
2
2) x - (a + b)x + ab = 0
2
3) ax + 3ax - 1 = 0
2
4) x + 3x - 2 = 0

Respostas:
1) S = 6 e P = 3
2) S = (a + b) e P= ab
3) S =3 e P =-1/a
4) S = -1 e P = -2

Aplicaes das Relaes


2

Se considerarmos a = 1, a expresso procurada x + bx + c: pelas relaes entre coeficientes e razes


temos:
x + x= -b
b = - ( x + x)
x . x = c

c = x . x
2

Da temos: x + bx + c = 0

Representao
Representando a soma

x + x = S

Representando o produto

x . x = P

Matemtica

83

Livraria Multimarcas
E TEMOS A EQUAO:

x - Sx + P = 0

Exemplos:
a)

razes 3 e -4
S = x+ x = 3 + (-4) =3 4 = -1
P = x .x = 3 . (-4) = -12
x - Sx + P = 0
2
x + x 12 = 0

b)

0,2 e 0,3
S = x+ x =0,2 + 0,3 = 0,5
P = x . x =0,2 . 0,3 = 0,06
2
x - Sx + P = 0
2
x + 0,5x + 0,06 = 0

c)

5
e
2

3
4

5
3 10 3 13
+ =

2
4
4
4
5 3 15
P=x.x=
. =
2 4
8
2
x - Sx + P = 0
13
15
2
x x+
=0
4
8
d)
4+ e 4
S = x +x = 4 + (-4) = 4 4 = 0
P = x . x = 4 . (-4) = -16
2
x Sx + P = 0
2
x 16 = 0
Exerccios
S = x+ x =

Componha a equao do 2. grau cujas razes so:


2) 6 e 5

1) 3 e 2
4) 3 +

5e3-

3) 2 e -4/5

5 5) 6 e 0

Respostas:
2
2
1) x -3x+6= 0
2) x - x - 30 = 0
2
2
3)x - 6x/5 - 8/5 = 0 4) x - 6x + 4 = 0
2
5) x - 6x = 0
Resoluo de Problemas
Um problema de 2. grau pode ser resolvido por meio de uma equao ou de um sistema de equaes do
2. grau.
Para resolver um problema do segundo grau deve-se seguir trs etapas:

Estabelecer a equao ou sistema de equaes correspondente ao problema (traduzir matematicamente), o enunciado do problema para linguagem simblica.

Resolver a equao ou sistema

Interpretar as razes ou soluo encontradas


Exemplo:

Matemtica

84

Livraria Multimarcas
Qual o nmero cuja soma de seu quadrado com seu dobro igual a 15?
Nmero procurado : x
2

equao: x + 2x = 15
Resoluo:
2

x + 2x 15 = 0
=b -4ac
2

= (2) - 4 . 1 . (-15)
2

= 4 + 60

2 64
2 1
2 8
x
2
2 8 6
x'
3
2
2
x

x"

2 8 10

5
2
2

= 64
Os nmeros so 3 e - 5.
Verificao:
2

x + 2x 15 = 0
2
(3) + 2 (3) 15 = 0
9 + 6 15 = 0
0=0
(V)

x + 2x 15 = 0
2
(-5) + 2 (-5) 15 = 0
25 10 15 = 0
0=0
(V)

Resolva os Problemas do 2. grau:


1)

O quadrado de um nmero adicionado com o qudruplo do mesmo nmero igual a 32.

2)

A soma entre o quadrado e o triplo de um mesmo nmero igual a 10. Determine esse nmero.

3)

O triplo do quadrado de um nmero mais o prprio nmero igual a 30. Determine esse numero.

4)

A soma do quadrado de um nmero com seu quntuplo igual a 8 vezes esse nmero, determine-o.

Respostas:
1) 4 e 8
2) -5 e 2

3) -1013 e 3

4) 0 e 3

GRAU SUPERIOR A DOIS/EQUAO BIQUADRADA


Definio: Denomina-se equao biquadrada com uma varivel toda equao da forma:
4
2
ax + bx + c=0 onde a, b, e R e a 0.
Exemplos:
4

a) 3x - 37x + 5 = 0 b) x -81 =0
4
2
4
2
c) 7y - 40y - 4 = 0 d) 3x - 27x = 0
Observaes:
A-) A equao do 4. grau.
B-) Os expoentes da varivel so nmeros pares.

Matemtica

85

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Resoluo da Equao Biquadrada
Para a resoluo das equaes biquadradas usaremos uma varivel auxiliar em substituio varivel
considerada.
4

2 2

A equao ax - bx + c = 0, podemos escrever na forma: a(x ) +b(x ) +c = 0


2

Substituio de x por y: ay + by + c = 0
Cada valor positivo de y na equao dada dar origem s duas razes da equao. Exemplo de Resoluo
de Equao Biquadrada, em R:
4

a) x - 8x + 15 = 0
2

Fazendo x = y e substituio x na equao


2
=b 4ac
4
2
2
x - 8x + 15 = 0
=(8) - 4.1.15
2 2
2
(x ) - 8x +15 = 0
= 64 - 60
2
y - 8y + 15 = 0
=4
equao do 2. grau

8 4
b
y

2 1
2a
8 2
y

2
8 2 10
y'

5
2
2
8 2 6
y' "
3
2
2
a 1

2
y - 8y 15 0b 8
c 15

x 2 y x 2 y"

2
como x = y x 2 5 x 2 3

x 5 x 3

S = 5, 5, 3, 3
4

S = 5, 3

b) x +3x + 2 = 0
2

Fazendo x = y substitumos x na equao


2
=b 4ac
4
2
2
x +3x + 2 = 0
=(3) - 4.1.2
2 2
2
(x ) + 3x +2 = 0
=9-8
2
y +3y + 2 = 0
=1
equao do 2. grau

2a
3 1
y

2
y

3 1

2 1
3 1 2
y'

1
2
2

y"

Matemtica

3 1 4

2
2
2

86

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a 1

y 3y 2 0b 3
c 2

x 2 y'

x 2 1
2
como x = y
x 1

x 2 y"
x 2 2
x 2
R

Resolva as Equaes Biquadradas:


4

Respostas:
1)V =

2)V =

1) 5x + 6x + 1 = 0 2) x + 6x + 10 = 0
4
2
4
2
3) x - 50x + 49 = 0 4) x - 7x + 12 = 0

3)V={ -1, 1, -49, 49} 4) V = { -2, 2, - 3 , 3 }


Vejamos a resoluo da equao de grau 3:
1)

Colocar em evidncia o menor coeficiente (nmero) e menor expoente.

2)

O fator em evidncia x = 0.

3)

Resolver equao do 2. grau completa ou incompleta.

4)

Vamos ter trs (3) respostas.

VEJAMOS A FORMA DA EQUAO DE GRAU 3:


3

ax +bx +cx = 0
2

A) x ( ax + bx + c) = 0
2
x = 0
e
ax + bx +c = 0
Exemplos:
3

a) 4x - 5x + x = 0
2
x (4x - 5x + 1) = 0
a 4

4x2 - 5x 1b -5
c 1

x = 0

=b 4ac
2
=(-5) - 4.4.1
=9
2

b
2a

5 9
5 3
x

24
8
53 8
x"
1
8
8
53 2 1
x' "

8
8 4

Matemtica

87

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1

S 0, 1,
4

b) x 6x = 0
x6=0

x ( x 6) =0 x = 0 x = 0
x=6
2

S = {0, 0, 6} OU S = {0, 6}
c) x - 16x = 0 x (x - 16) = 0 x = 0
3

x - 16 = 0 x = 16 x 16 x = 4
S = { 0,+4,-4}
2

Exerccios. Resolver:
3

1) 3x - 27x = 0
2) x + 4x - 21x = 0
3
2
3
2
3) y + 27y -24 = 0 4) x - 18x + 81x = 0
Respostas: 1) V = { -9, 0}
3)V={0}

2) V = { -7,0,3}
4)V={0,9}

EQUAO IRRACIONAL
Definio: Chama-se equao irracional toda equao que tem varivel ou incgnita sobre radical:
Exemplos:

x2 5

x 2 5x 4 2

1 x 1 x
x x 3

Resoluo de Equaes Irracionais


Para resolver uma Equao Irracional deve seguir a regra:
a)
Elevar ambos os membros a uma potncia conveniente a fim de transform-la numa equao
racional.
b)

A equao obtida nem sempre equivalente equao dada.

c)

A verificao OBRIGATRIA.

SISTEMA DE EQUAES DO 1 GRAU A DUAS INCGNITAS


Vamos resolver alguns problemas com o emprego de equaes do 1. grau com duas variveis. A resoluo
de um problema se faz de acordo com as seguintes fases:
1.

Fase: Traduzir em equaes as


sentenas do problema.
2. Fase: Resolver o sistema de equaes.
3.
Fase: Verificar se as solues so
compatveis com os dados do problema
Exemplos:
A soma de dois nmeros 40 e a sua diferena 32. Quais so os nmeros?
1. fase:

Matemtica

Sendo: 1. nmero: x
2. nmero: y

88

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x y 40
temos:
x - y 32
2. fase:
x y 40

x - y 32

2x

72 x

72
x 36
2

Substituindo x = 36 em x + y = 40,
temos:
36 + y = 40
y = 40 36
y=4
3. fase:

36 4 40
De fato:
36 - 4 32

Resposta: Os nmeros so 36 e 4.
A diferena entre dois nmeros 18; o maior igual ao dobro do menor menos 16 unidades. Determine-os.
1. fase:

O nmero maior: x
O nmero menor: y

x y 18
temos:
x 2y - 16
2. fase:
Substituindo x = 2y - 16 em x - y = 18, temos:
2y - 16 - y = 18
y = 18 + 16
y = 34
Ento: x = 2 . 34 16
x = 52
3. fase:

52 - 34 18
De fato:
52 2 . 34 - 16
Resposta: O maior nmero 52 e o menor 34.

A soma das Idades de dois irmos , hoje, 29 anos. H 7 anos passados, a idade do mais velho era o
dobro da idade do mais moo. Quais as idades?
1. fase:
Hoje: a idade do mais velho x.
e a idade do mais moo y.
Portanto:

x + y = 29 ( I )

H 7 anos: a idade do mais velho era x - 7 e a idade do mais moo era y - 7.

Matemtica

89

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Portanto:
ou:
ou ainda:

x - 7 = 2( y - 7)
x - 7 = 2y - 14
x 2y = - 7 (II)

( I ) e (II) formam o seguinte sistema:

x y 29

x - 2y - 7
2. fase:

x y 29

( - 1). x - 2y - 7

x y 29

- x 2y 7
3y 36 ou

y 12

Substituindo y = 12 na equao x + y = 29, temos:


x = 29 12
x = 17

x + 12 = 29

3. fase:
Soma das idades:
17 + 12 = 29 anos
H 7 anos: o idade do mais velho era

17 - 7 = 10 anos e a idade do mais moo era 12 - 7 = 5 anos.

Temos, ainda, que 10 = 2 . 5.


Resposta: A idade do mais velho 17 anos e a idade do mais moo 12 anos.

A soma de dois nmeros 40. O quociente do maior pelo menor 4. Determine o menor nmero.
1. fase: O nmero maior: x
O nmero menor: y
x y 40

temos: x
y 4

2. fase:

x y 40
x y 40


x
x - 4y 0 ( - 1)
y 4

x y 40
- x 4y 0
y 8

5y 40

Substituindo y = 8 na equao
x + y = 40, temos:
x + 8 = 40
x = 32
3. fase:

Matemtica

90

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32 8 40

De fato: 32
8 4

Resposta: O menor nmero 8.


Usando a letra x para representar um nmero qualquer, podemos escrever em linguagem simblica os
seguintes fatos relativos a esse nmero, como por exemplo:
a) o dobro do nmero; 2x
b) o triplo do nmero; 3x
c) o qudruplo do nmero; 4x
d) o quntuplo do nmero; 5x
x
e) a metade do nmero;
2
x
f) a tera parte do nmero;
3

x
4
x
h) a quinta parte do nmero;
5
2x
i) dois quintos do nmero;
5
3x
j) trs quartos do nmero;
4
l) a soma do nmero com dez; x + 10
g) a quarta parte do nmero;

m) a diferena entre o nmero e cinco; x - 5


n) o nmero aumentado de oito; x + 8
o) o dobro do nmero, menos cinco; 2x + 5
p) a metade do nmero, mais trs;

x
+3
2

q) a soma do nmero com o seu triplo; x + 3x


r) a soma do nmero com a sua tera parte; x +

x
3

s) a diferena entre o dobro e a metade do nmero; 2x t) dois teros do nmero, aumentados de um;

x
2

2x
1
3

u) adicionando-se sete ao triplo do nmero; 7 + 3x


v) subtraindo-se cinco ao qudruplo do nmero;

5 4x

x) o dobro do nmero mais os trs quartos do nmero; 2x +

Matemtica

91

3x
4

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z) a diferena entre a metade e a dcima parte do nmero:

x x

2 10

Exerccios:
Resolva os seguintes problemas, empregando sistemas do 1. grau com duas variveis:
01) Determine dois nmeros cuja soma 11 e a diferena entre eles 3.
02) A soma de dois nmeros 36. Determine-os, sabendo que um o dobro do outro.
03) A soma de dois nmeros igual a 28, sendo o triplo de um deles a metade do outro. Determine as
nmeros.
04) Uma frao equivalente a

2
e a soma de seus termos 27. Determine-a.
7

05) A soma de dois nmeros 23. Sabendo que um dos nmeros maior que o outro 3 unidades determineos.
06) A diferena entre 2 nmeros 30. Determine-os, sabendo que o quociente do primeiro por 10 igual
metade do segundo menos 5 unidades.
07) Calcule dois nmeros, sabendo que da diviso do maior pelo menor obtm-se 4 para quociente e que a
diferena entre os nmeros 75.
08) Divida o nmero 46 em duas partes, tais que estejam entre si assim como 8 : 15.
09) A soma das idades de um pai e um filho , hoje, 70 anos. H 8 anos passados, a idade do pai era o
quntuplo da do filho. Determine essas idades.
10) 175 cabeas e 500 ps. Quantas so as galinhas e quantos so os coelhos?
11) Determine uma frao, sabendo que se adicionarmos 4 unidades aos seus dois termos ela ficar
3
1
equivalente a
. Se subtrairmos 2 unidades de ambos os termos, ela ficar equivalente a .
4
2
12) A soma das idades de dois irmos 25 anos. Um mais novo que o outro 5 anos. Determine suas idades.
13) Um nmero formado por dois algarismos, cuja soma igual a 10. Determine esse nmero, sabendo que
o algarismo das dezenas supera o outro em 4 unidades.

2
. Somando 2 unidades ao numerador e tirando 2 unidades do denominador,
3
4
obtm-se uma frao equivalente a
. Determine-a.
5

14) Uma frao equivalente a

15) A soma de duas idades 58 anos. Determine-as, sabendo que o quociente da menor por 2 excede de 5
unidades o quociente da maior por 10.
16) Determine dois nmeros, sabendo que a quinta parte de um deles igual a metade do outro, e que a soma
dos dois 28.
17) Divida o nmero 108 em duas partes, tais que o quociente entre a maior parte e a diferena que existe
entre as partes seja 5.
18) A soma de dois nmeros 48. Determine-os, sabendo que o quociente entre eles 3 e o resto da diviso
4.

Matemtica

92

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19) Reparta R$ 1.080,00 entre duas pessoas, de modo que a tera parte da primeira exceda em R$ 62,50 a
quarta parte da segunda.
20) A idade de um pai o sxtuplo da idade de seu filho. Determine as idades, sabendo que daqui a 5 anos a
idade do pai exceder em 5 anos o triplo da idade do filho.

1
1
da idade de seu pai. Entretanto, h 5 anos passados, a idade do filho era
da
4
7
idade do pai. Quais so as idades?

21) A idade de um filho

22) Um nmero tem dois algarismos, sendo o das dezenas igual a 9. Invertendo-se a ordem dos algarismos, o
nmero diminui 18 unidades. Determine-o.
23) Um livreiro vende, num dia, 3 exemplares de Lngua Portuguesa e 7 de Matemtica, recebendo
R$3.240,00. No dia seguinte, vende 2 exemplares de Lngua Portuguesa e 5 de Matemtica e ento recebe
R$2.260,00. Qual o preo de cada exemplar?
24) Tenho 100 moedas, algumas de R$10,00 e outras de R$5,00, num total de R$600,00. Quantas e so as
moedas de cada espcie?
15) Numa loja h 36 cortes de pano, uns de 2 m e outros de 3 m. A soma total de 96 m. Quantos cortes h de
cada um?
26) A soma das medidas de dois ngulos 110. A medida do maior o triplo da do menor. Calcule a medido
de cada ngulo.
27) O permetro de um retngulo de 40 cm. A medida da largura igual a um tero da medida do
comprimento. Calcule as dimenses do retngulo.
Respostas:
1) 7 e 4
2) 24 e 12
3) 24 e 4
6
4)
21
5) 13 e 10
6) 50 e 20
7) 100 e 25
8) 16 e 30
9) 17 e 53 anos
10) 75 coelhos e 100 galinhas
5
11)
8
12) 10 e 15 anos
13) 73
18
14)
27
15) 40 e 18
16) 20 e 8
17) 60 e 48
18) 37 e 11
19) R$ 570,00 e R$ 510,00
20) 30 anos e 5 anos
21) 40 anos e 10 anos
22) 97
23) L. Port. R$ 380,00 e
Mat. R$300,00
24) 20 moedas de 10,00
80 moedas de 5,00

Matemtica

93

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25) 24 cortes de 3 m ; 12 cortes de 2 m
26) 8230 e 2730
27) 15 cm e 5 cm

GEOMETRIA: PONTO, RETA, PLANO NGULOS, POLGONOS, TRINGULOS, QUADRILTEROS,


CIRCUNFERNCIA, CRCULO E SEUS ELEMENTOS RESPECTIVOS FIGURAS GEOMTRICAS
PLANAS (PERMETROS E REAS) SLIDOS GEOMTRICOS (FIGURAS ESPACIAIS): SEUS
ELEMENTOS E VOLUMES; RESOLUO DE PROBLEMAS.
1.POSTULADOS
A reta ilimitada; no tem origem nem extremidades.
Na reta existem infinitos pontos.
Dois pontos distintos determinam uma nica reta (AB).
2. SEMI-RETA
Um ponto O sobre uma reta divide-a em dois subconjuntos, denominando-se cada um deles semi-reta.

3. SEGMENTO
Sejam A e B dois pontos distintos sobre a reta AB . Ficam determinadas as semi-retas: AB e BA .

AB BA AB
A interseco das duas semi-retas define o segmento

AB .

NGULO
A unio de duas semi-retas de mesma origem um ngulo.

ANGULO RASO
formado por semi-retas opostas.

ANGULOS SUPLEMENTARES
So ngulos que determinam por soma um ngulo raso.

Matemtica

94

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CONGRUNCIA DE NGULOS
O conceito de congruncia primitivo. No h definio. lntuitivamente, quando imaginamos dois ngulos
coincidindo ponto a ponto, dizemos que possuem a mesma medida ou so congruentes (sinal de congruncia:
).

NGULO RETO
Considerando ngulos suplementares e congruentes entre si, diremos que se trata de ngulos retos.

MEDIDAS
1 reto 90 (noventa graus)
1 raso 2 retos 180
1 60' (um grau - sessenta minutos)
1' 60" (um minuto - sessenta segundos)
As subdivises do segundo so: dcimos, centsimos etc.

90o = 89o 59
60

NGULOS COMPLEMENTARES
So ngulos cuja soma igual a um ngulo reto.

Matemtica

95

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REPRESENTAO
x o ngulo; (90 x) seu complemento e
(180 x) seu suplemento.
BISSETRIZ
a semi-reta que tem origem no vrtice do ngulo e o divide em dois ngulos congruentes.

ANGULOS OPOSTOS PELO VRTICE


So ngulos formados com as semi-retas apostas duas a duas.
ngulos apostos pelo vrtice so congruentes
(Teorema).

TEOREMA FUNDAMENTAL SOBRE RETAS PARALELAS


Se uma reta transversal forma com duas retas de um plano ngulos correspondentes congruentes, ento as
retas so paralelas.


a m

b n
ngulos correspondentes congruentes
c p

d q
Consequncias:

Matemtica

96

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ngulos alternos congruentes:


d n 180 0 (alternos

c m 180 0 internos)


a p (alternos

b q externos)

ngulos colaterais suplementares:


a q 180 o

(colaterais externos )
b p 180 o

d m 180 o
(colaterai s internos)

c n 180 o

EXERCCIOS RESOLVIDOS
Determine o complemento de 3415'34".
Resoluo:
89 59' 60"
- 34 15' 34"
55 44' 26"
Resp.: 55 44' 26"
As medidas 2x + 20 e 5x 70 so de ngulos opostos pelo vrtice. Determine-as.
Resoluo:
2x + 20 = 5x 70
+ 70 + 20 = 5x 2x
90 = 3x

x = 30
Resp. : os ngulos medem 80
As medidas de dois ngulos complementares esto entre si como 2 est para 7. Calcule-as.
Resoluo: Sejam x e y as medidas de 2 ngulos complementares. Ento:

x y 90 o
x y 90 o

x 2 x
2

1 1

y 7
7

y
x y 90o

x y 9
y 7

x y 90o

90o 9

7
y

x = 20 e y = 70
Resp.: As medidas so 20 e 70.
Duas retas paralelas cortadas por uma transversal formam 8 ngulos. Sendo 320 a soma dos ngulos
obtusos internos, calcule os demais ngulos.

Resoluo:
De acordo com a figura seguinte, teremos pelo enunciado:

Matemtica

97

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+ = 320

2 = 320 = 160

Sendo b a medida dos ngulos agudos, vem:


a + b = 180 ou 160 + b = 180 b = 20
Resp.: Os ngulos obtusos medem 160 e os agudos 20.
5) Na figura, determine x.

Resoluo: Pelos ngulos alternos internos:


x + 30 = 50

x = 20

TRINGULOS
ngulos

ABC AB BC CA
AB; BC; CA so os lados

A; B; C
so ngulos internos


A ex ; B ex ; C ex so angulos externos

LEI ANGULAR DE THALES:


A B C 180

Consequncias:

Matemtica

98

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A A ex 180


Aex B C
A B C 180

Analogamente:

Bex A

C ex B

Soma dos ngulos externos:

A ex B ex Cex 360
Classificao

Obs. : Se o tringulo possui os 3 ngulos menores que 90, acutngulo; e se possui um dos seus ngulos
maior do que 90, obtusngulo.
- Congruncia de tringulos
Dizemos que dois tringulos so congruentes quando os seis elementos de um forem congruentes com os
seis elementos correspondentes do outro.

A A'

B B'

C C'

AB A'B'

BC B' C'

AC A' C'

ABC A' B' C'

Matemtica

99

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- Critrios de congruncia
LAL:
LLL:
ALA :
LAAO :

Dois tringulos sero congruentes se possurem dois lados e o ngulo entre eles congruentes.
Dois tringulos sero congruentes se possurem os trs lados respectivamente congruentes.
Dois tringulos sero congruentes se possurem dois ngulos e o lado entre eles congruentes.
Dois tringulos sero congruentes se possurem dois ngulos e o lado oposto a um deles
congruentes.

- Pontos notveis do tringulo


O segmento que une o vrtice ao ponto mdio do lado oposto denominado MEDIANA.
O encontro das medianas denominado BARICENTRO.

G o baricentro
Propriedade: AG = 2GM
BG = 2GN
CG = 2GP
A perpendicular baixada do vrtice ao lado oposto denominada ALTURA.
O encontro das alturas denominado ORTOCENTRO.

INCENTRO o encontro das bissetrizes internas do tringulo. ( centro da circunferncia inscrita.)


CIRCUNCENTRO o encontro das mediatrizes dos lados do tringulo, l centro da circunferncia
circunscrita.)
Desigualdades
Teorema: Em todo tringulo ao maior lado se ope o maior ngulo e vice-Versa.
Em qualquer tringulo cada lado menor do que a soma dos outros dois.
- EXERCCIOS RESOLVIDOS
Sendo 8cm e 6cm as medidas de dois lados de um tringulo, determine o maior nmero inteiro possvel para
ser medida do terceiro lado em cm.

Resoluo:

Matemtica

100

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x < 6 + 8
6 < x + 8
8 < x + 6

x < 14
x > 2
x > 2

2 < x < 14

Assim, o maior numero inteiro possvel para medir o terceiro lado 13.
O permetro de um tringulo 13 cm. Um dos lados o dobro do outro e a soma destes dois lados 9 cm.
Calcule as medidas dos lados.
Resoluo:

a + b + c = 13
a
= 2b
a + b
= 9

b =3
Portanto:

3b = 9

a = 6

c = 4

As medidas so : 3 cm; 4 cm; 6 cm


Num tringulo issceles um dos ngulos da base mede 4732'. Calcule o ngulo do vrtice.
Resoluo:

x + 47 32' + 47 32' = 180


x + 94 64' = 180
x + 95 04' = 180
x = 180 95 04'
x = 84 56'
rascunho:
179 60'
95 04'
84 56'

Resp. : O ngulo do vrtice 84 56'.


Determine x nas figuras:
a)

Matemtica

101

Livraria Multimarcas

b)

Resoluo:
80 + x = 120 x = 40
x + 150 + 130 = 360 x = 80
Determine x no tringulo:
Resoluo:

B C e portanto:

B C 50 , pois A B C 180 .

Sendo ABC issceles, vem:

Assim, x = 80 + 50

x = 130
POLIGONOS lados e ngulos

O tringulo um polgono com o menor nmero de lados possvel (n = 3),


De um modo geral dizemos; polgono de n lados.
- Nmero de diagonais

n ( n - 3)
2

( n = nmero de lados )
De 1 vrtice saem (n 3) diagonais.
De n vrtices saem n . (n 3) diagonais; mas, cada uma considerada duas vezes.

Matemtica

102

Livraria Multimarcas
Logo ;

n ( n - 3)
2

- Soma dos ngulos internos

Si = 180 ( n 2 )
- Soma dos ngulos externos

Se = 360
Quadrilteros
Trapzio:
"Dois lados paralelos".

AB // DC

Paralelogramo:
Lados opostos paralelos dois a dois.

AB // DC

e AD // BC

Propriedades:
Lados opostos congruentes.
ngulos apostos congruentes.
Diagonais se encontram no ponto mdio
Retngulo:
"Paralelogramo com um ngulo reto".

Propriedades:
Todas as do paralelogramo.
Diagonais congruentes.
Losango:
"Paralelogramo com os quatro lados congruentes".

Matemtica

103

Livraria Multimarcas

Propriedades:
Todas as do paralelogramo.
Diagonais so perpendiculares.
Diagonais so bissetrizes internas.
Quadrado:
"Retngulo e losango ao mesmo tempo".

Obs: um polgono regular quando equingulo e equiltero.


SEMELHANAS
TEOREMA DE THALES
Um feixe de retas paralelas determina sobre um feixe de retas concorrentes segmentos correspondentes
proporcionais.

AB
EF
MN

...
CD
GH
PQ
AC
EG
MP

...
BC
FG
NP
etc...
SEMELHANA DE TRINGULOS
Dada a correspondncia entre dois tringulos, dizemos que so semelhantes quando os ngulos
correspondentes forem congruentes e os lados correspondentes proporcionais.
CRITRIOS DE SEMELHANA
a) (AAL)
Dois tringulos possuindo dois ngulos correspondentes congruentes so semelhantes.
(LAL) Dois tringulos, possuindo dois lados proporcionais e os ngulos entre eles formados congruentes,

Matemtica

104

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(LLL)

so semelhantes.
Dois tringulos, possuindo os trs lados proporcionais, so semelhantes.

Representao:

A A'

ABC ~ A' B' C' B B'

C C'

AB
BC
AC

k
A' B' B' C' A' C'
razo de semelhana
Exemplo: calcule x

Resoluo :

ABC ~ MNC
AB
AC
x 9

x 6
MN
MC 4 6

RELAES MTRICAS NO TRINGULO RETNGULO


Na figura:

A vrtice do ngulo reto ( = 90 )

B C 90

m = projeo do cateto c sobre a hipotenusa a


n = projeo do cateto b sobre a hipotenusa a
H o p da altura AH = h.
Relaes

AHB ~ CAB

AB
HB

CB
AB

AB 2 CB HB
2

c =a.m

Matemtica

105

Livraria Multimarcas
ou

(I)

AHC ~ BAC

AC HC

BC AC

AC 2 BC HC
2

ou

(II)

b =a.n

Cada cateto mdia proporcional entre a


hipotenusa e a sua projeo sobre a mesma.

AH HB

CH HA
AH 2 CH HB
AHB ~ CHA

h2 = m . n

ou

(III)

A altura mdia proporcional entre os


segmentos que determina sobre a
Consequncias: hipotenusa
(I) + (II) vem:

c2 b2 aman

c2 b2 a
mn
a

c b a
2

a2 + b 2 = c2
Exemplo:
Na figura, M ponto mdio de

BC , = 90 e M = 90. Sendo AB = 5 e AC = 2, calcule Al.

Resoluo:
a) Teorema de Pitgoras:

BC2 AB2 AC2 BC2 52 2 2

BC 29 5,38

b)

ABC ~ MBI

Matemtica

AB BC

MB BI

MB

29
2

ou

106

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5

AI = 2,1

Logo, sendo AI = AB - BI,


AI = 5 - 2,9

29
2
teremos:

RELAES MTRICAS NO CRCULO

Nas figuras valem as seguintes relaes:

2 =PA . PB=PM . PN

o nmero

denominado Potncia do ponto

P em relao circunferncia.

2=

d2 R2

POLGONOS REGULARES
Quadrado:

AB = lado do quadrado ( 4)
OM = aptema do quadrado (a4)
OA = OB = R = raio do crculo
Relaes:

AB 2 R 2 R 2
AB
OM

2
rea do quadrado:

Matemtica

a4

4
2

S 4 24

107

29
29
BI
2,9
BI
10

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b) Tringulo equiltero:

AC =

3 (lado do tringulo)

OA = R
OH = a

(raio do crculo)
(aptema do tringulo)

Relaes:
2

AC = AH + HC

3 3
2

(altura em funo do lado)

AO = 2 OH

R = 2a

(o raio o dobro do aptema)

3 R 3
(lado em funo do raio)

rea:

23 3
4

(rea do tringulo equiltero em funo do lado)


c) Hexgono regular:

AB =

6 (lado do hexgono)

OA = OB = R (raio do crculo)
OM = a (aptema)
Relaes:

Matemtica

108

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OAB equiltero
OM altura OAB
a

rea:

S 6 S ABC

R 3
2

3R 2 3
2

EXERCCIOS RESOLVIDOS
Num tringulo retngulo os catetos medem 9 cm e 12 cm. Calcule as suas projees sobre a hipotenusa.
Resoluo:

Pitgoras: a = b + c

a2 =122 + 92 a = 15
cm
2
2
C = a . m 9 = 15 . m
m = 5,4
cm
2

b =a.n

122 = 15 . n

n = 9,6
cm

As diagonais de um losango medem 6m e 8m. Calcule o seu permetro:


Resoluo:

2 4 2 32
O permetro :

5m

P = 4 X 5 m = 20
m

Calcule x na figura:

Matemtica

109

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Resoluo:
PA . PB = PM . PN

4 + 2 x = 40

2. ( 2 + x ) = 4 X 10

2 x = 36

x=18

Calcule a altura de um tringulo equiltero cuja rea


Resoluo:

9 3 m2:

2 3
2 3
9 3
6m
4
4
3
6 3
h
h
h3 3 m
2
2
A 2R 2R 4R 2
S

A T 2 R 2 4R 2 6R 2
V R 2 2R 2R 3
TEOREMA DE PITGORAS
Relembrando: Tringulo retngulo todo tringulo que possui um ngulo interno reto. ( = 90)

Obs: Num tringulo retngulo o lado oposto ao ngulo reto chamado hipotenusa e os lados adjacentes
ao ngulo reto so chamados catetos.
Teorema de Pitgoras
Enunciado: Num tringulo retngulo, o quadrado da medida da hipotenusa igual soma dos quadrados
das medidas dos catetos.
Exemplo:

Exemplo numrico:

Exerccios:
1) Num tringulo retngulo os catetos medem 8 cm e 6 cm; a hipotenusa mede:

Matemtica

110

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a) 5 cm
b) 14 cm
c) 100 cm
d) 10 cm

2) Num tringulo retngulo os catetos medem 5 cm e 12 cm. A hipotenusa mede:


a) 13cm
b) 17 cm c) 169 cm
d) 7 cm
3) O valor de x na figura abaixo :

Respostas: 1) d

2) a

3) x = 3
REA DAS FIGURAS PLANAS

RETNGULO
A=b.h
A = rea

b = base

h = altura

Permetro: 2b + 2h
Exemplo 1

Qual a rea de um retngulo cuja altura 2 cm e seu permetro 12 cm?


Soluo:
A = b. h
h
2 +b+2+b
2b+4
2b
2b
b
b
A=4 .2
2
A = 8 cm
QUADRADO

= 2 cm
= 12
= 12
= 12 - 4
=8
= 8 2=4
=4cm

PERMETRO: L + L + L + L = 4L
rea do quadrado:

A = = 2

Matemtica

111

Livraria Multimarcas

Exemplo 2
Qual a rea do quadrado de 5 cm de lado?
Soluo:
A = 2

= 5 cm
2
A=5
2
A = 25 cm
PARALELOGRAMO
A = rea do paralelogramo:

A=b.h
Permetro: 2b + 2h

Exemplo 3
A altura de um paralelogramo 4 cm e a
metade de sua base. Qual su rea ?
Soluo:
A = b .h
h = 4cm
b =2.h
b = 2 . 4 = 8cm
2
A =8.4
A = 32 m
TRINGULO
Permetro: a soma dos trs lados.

rea do tringulo:

A =

b h
2

Exemplo 4:
A altura de um tringulo 8 cm e a sua base a metade da altura. Calcular sua rea.
Soluo:

A =

b h
2

= 8cm

h 8
b =
4 cm
2 2

A=

84
2

A = 16 m

Matemtica

112

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TRAPZIO
Permetro: B + b + a soma dos dois lados.
rea do trapzio:
B = base maior
b = base menor
h = altura
Exemplo 5:
Calcular a rea do trapzio de base maior de 6 cm, base menor de 4 cm. e altura de 3 cm.
Soluo:

A=

B + b h
2

B = 6 cm
b = 4 cm
h
= 3 cm

A =
A

6 + 4 3
2

= 15 cm

LOSANGO

D= diagonal maior
d = diagonal menor
Permetro = a soma dos quatro lados.
rea do losango:

A =

D d
2

Exemplo 6:
Calcular a rea do losango de diagonais 6 cm
e 5 cm.
Soluo:

D d
2
6 5
A =
2
A =

A = 15 cm

CIRCULO
rea do crculo:

A = R2
A = rea do crculo
R = raio
= 3,14

Matemtica

113

Livraria Multimarcas
Exemplo 7
O raio de uma circunferncia 3 cm. Calcular a sua rea.
A = R2
2

A = 3,14 . 3
A = 3,14 . 9
2
A = 28,26 cm
Geometria no Espao
PRISMAS
So slidos que possuem duas faces apostas paralelas e congruentes denominadas bases.

a = arestas laterais
h = altura (distncia entre as bases)

Clculos:
A b = rea do polgono da base.

A = soma das reas laterais.


A T A 2A b

(rea total).
(volume)

V = Ab . h
Cubo
O cubo um prisma onde todas as faces so quadradas.

AT = 6 . a 2
V = a3

(rea total)

(volume)

a = aresta

Matemtica

114

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Para o clculo das diagonais teremos:

da 2

(diagonal de uma face)

Da 3

(diagonal do cubo)

- Paraleleppedo reto retngulo

dimenses a, b, c

AT = 2 ( ab + ac + bc
)
V = abc

(rea total)

(volume)

D a2 b2 c 2

(diagonal)

PIRMIDES
So slidos com uma base plana e um vrtice fora do plano dessa base.

Para a pirmide temos:

A b = rea da base

Matemtica

115

Livraria Multimarcas
A = lea dos tringulos faces laterais
(rea total)

AT A Ab

(volume)

1
Ab h
3

- Tetraedro regular
a pirmide onde todas as faces so tringulos equilteros.

Tetraedro de aresta a :

a 6
3

A T a2 3

a3 2
12

( altura )

(rea total)

( volume )

CILINDRO CIRCULAR RETO


As bases so paralelas e circulares; possui uma superfcie lateral.

A b R 2

Matemtica

( rea da base)

116

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A 2R h

( rea lateral )
( rea total )

A T 2A b A
V Ab h

( volume )

- Cilindro equiltero
Quando a seco meridiana do cilindro for quadrada, este ser equiltero.

Logo:

A 2R 2R 4R 2
A T 2 R 2 4R 2 6R 2
V R 2 2R 2R 3
CONE CIRCULAR RETO
g geratriz.

ABC seco meridiana.

g =h +R

A Rg

(rea lateral)

A b R

(rea da base)

AT A Ab
v

1
Ab h
3

Matemtica

(rea total)

(volume)

117

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- Cone equiltero
Se o ABC for equiltero, o cone ser denominado equiltero.

hR 3
A b R 2

(altura)
(base)

A R 2R 2R 2 (rea lateral)

A T 3R 2
1
V R 3 3
3

(rea total)
(volume)

ESFERA
Permetro do crculo maior: 2 R

rea da superfcie: 4 R

Volume:

4
R 3
3

rea da seco meridiana:

R2.

EXERCICIOS PROPOSTOS 1
Os 3/4 do valor do suplemento de um angulo de 60 so:
a) 30 b) 70 c) 60 d) 90 e) 100

Matemtica

118

Livraria Multimarcas
A medida de um ngulo igual ao dobro do seu complemento :
a) 60 b) 20 c) 35 d) 40 e) 50
O suplemento de 3612'28" :
a) 140 2712
b) 14347'32"
c) 14357'42"
d) 13403'03"
e) n.d.a.
nmero de diagonais de um polgono convexo de 7 lados :
a) 6 b) 8
c) 14
d) 11 e) 7
O polgono que tem o nmero de lados igual ao nmero de diagonais o:
a) quadrado
b) pentgono
c) hexgono
d) de15 lados
e) no existe
O nmero de diagonais de um polgono convexo o dobro do nmero de vrtices do mesmo. Ento o nmero
de lados desse polgono :
a) 2 b) 3 c) 4 d) 6 e) 7
A soma dos ngulos internos de um pentgono igual a:
a) 180 b) 90 c) 360
d) 540 e) 720
Um polgono regular tem 8 lados; a medida de um dos seus ngulos internos :
a) 135
b) 45
c) 20
d) 90
e) 120
O encontro das bissetrizes internas de um tringulo o:
a) bicentro
b) baricentro
c) incentro
d) metacentro
e) n.d.a.
As medianas de um tringulo se cruzam num ponto, dividindo-se em dois segmentos tais que um deles :
a) o triplo do outro
b) a metade do outro
c) um quinto do outro
2
d) os do outro
3
e) n.d.a.
Entre os.critrios abaixo, aquele que no garante a congruncia de tringulos :
a) LLL
b) ALA c) LAAO d) AAA
e) LAL
O menor valor inteiro para o terceiro lado de um tringulo, cujos outros dois medem 6 e 9, ser:
a) 4 b) 10 c) 6 d) 7 e) 1
Num paralelogramo de permetro 32cm e um dos lados10cm, a medida para um dos outros lados :
a) 6 cm b) 12 cm c) 20 cm
d) 22 cm e) 5 cm
RESPOSTAS AOS EXERCICIOS PROPOSTOS
1) d
2) a
3) b
4) c

Matemtica

6) e
7) d
8) a
9) c

11) d
12) a
13) a

119

Livraria Multimarcas
5) b

10) b
EXERCCIOS PROPOSTOS 2

Na figura
AB = 4 cm BC = 6 cm MN = 8 cm
Ento, NP vale:
a) 10 cm b) 8 cm c) 1 2 cm d) 6 cm
e) 9 cm
Com as retas suportes dos lados (AD e BC) no paralelos do trapzio ABCD, construmos o ABE. Sendo AE
= 12 cm; AD = 5 cm; BC = 3 cm. O valor de BE :
a) 6,4cm b) 7,2 cm c) 3,8 cm d) 5,2 cm e) 8,2cm
O lado AB de um ABC mede 16 cm. Pelo ponto D pertencente ao lado AB, distante 5 cm de A, constri-se
paralela ao lado BC que encontra o lado AC em E a 8 cm de A. A medida de AC :
a) 15,8 cm b) 13,9 cm c) 22,6 cm
d) 25,6 cm e) 14 cm
A paralela a um dos lados de um tringulo divide os outros dois na razo 3/4. Sendo 21cm e 42 cm as medidas
desses dois lados. O maior dos segmentos determinado pela paralela mede:
a) 9cm
b) 12cm
c) 18 cm
d) 25 cm
e) 24 cm
Num trapzio os lados no paralelos prolongados determinam um tringulo de lados 24 dm e 36 dm. O menor
dos lados no paralelos do trapzio mede 10 dm. O outro lado do trapzio mede:
a) 6 dm
b) 9 dm
c) 10 dm
d) 13 dm
e) 15 dm
Num tringulo os lados medem 8 cm; 10 cm e 15 cm. O lado correspondente ao menor deles, num segundo
tringulo semelhante ao primeiro, mede 16cm. O permetro deste ltimo tringulo :
a) 60 cm
b) 62 cm
c) 66 cm
d) 70 cm
e) 80 cm
Dois tringulos semelhantes possuem os seguintes permetros: 36 cm e 108 cm. Sendo 12 cm a medida de um
dos lados do primeiro, a medida do lado correspondente do segundo ser:
a) 36 cm
b) 48 cm
c) 27 cm
d) 11 cm
e) 25 cm
A base e a altura de um retngulo esto na razo
a) 12 cm
d) 8 cm

b) 24 cm
e) 5 cm

12
. Se a diagonal mede 26cm, a base medida ser:
5

c) 16 cm

A altura relativa hipotenusa de um tringulo mede 14,4 dm e a projeo de um dos catetos sobre a mesma
10,8 dm. O permetro do tringulo :
a) 15 dm
b) 32 dm
c) 60 dm

Matemtica

120

Livraria Multimarcas
d) 72 dm

e) 81 dm

A altura relativa hipotenusa de um tringulo retngulo de catetos 5 cm e 12 cm, mede:


a) 4,61cm
b) 3,12 cm
c) 8,1 cm
d) 13,2 cm
e) 4 cm
Duas cordas se cruzam num crculo. Os segmentos de uma delas medem 3 cm e 6 cm; um dos segmentos da
outra mede 2 cm. Ento o outro segmento medir:
a) 7 cm
b) 9 cm
c) 10 cm
d) 11 cm
e) 5 cm
RESPOSTAS AOS EXERCICIOS PROPOSTOS
1) c
2) b
3) d
4) e

5) e
6) c
7) a
8) b

9) d
10) a
11) b
EXERCCIOS PROPOSTOS 3

Um prisma pentagonal regular tem 1,8 m de altura e aresta da base 0,6 m. Calcule a rea lateral do prisma.
Calcule a rea total de um prisma hexagonal regular de 2m de altura e 1,5m de aresta na base.
A altura de um prisma reto tem 9,6 cm e as bases so quadrados cuja diagonal mede 2,25 cm. Calcule a rea
lateral.
3

Calcule a diagonal de um cubo cujo volume 47013,360 cm .


Em um prisma reto, a altura tem 7 m, a base um tringulo issceles cujo permetro 5 m e um dos lados tem
3 cm. Calcule o volume.
Do-se um prisma quadrangular e outro triangular, ambos regulares, de mesma altura, 3 m e mesma aresta da
base. De quanto se deve aumentar a altura do segundo para se ter o mesmo volume do primeiro?
Numa pirmide quadrangular regular a aresta lateral igual diagonal da base, que tem 1 m. Calcule o
volume.
Calcule a superfcie total de uma pirmide triangular regular que tem 25cm de aresta lateral e 8cm de aresta da
base.
calcule a rea lateral de um cilindro reto de 12,5 cm de altura e cuja base est inscrita num losango de diagonais 8 cm e 6 cm.
Um retngulo de 4 cm de lado e 5 cm de base gira em torno do lado maior determinando um slido no espao.
calcule a rea lateral do slido assim gerado.
calcule a rea de uma superficie gerada pela rotao de um tringulo equiltero de lado 6 cm, em torno de seu
lado.
2

Um cone circular reto de altura h seccionado por um plano distncia h/4 do vrtice; sendo 256 cm a rea
lateral do cone, calcule a rea lateral do cone parcial assim formado.
Com um setor circular de 15 cm de raio e 216 de ngulo central, constri-se um cone circular reto. calcule a
rea lateral do cone.
Calcule o volume de uma esfera inscrita num cone reto de 4m de altura e 3m de raio da base.
Calcule o volume de um cilindro equiltero circunscrto a uma esfera de raio m.
Determine o raio da esfera inscrita num cubo de aresta 8m.
Determine o raio da esfera inscrita num tetraedro de altura h.

Matemtica

121

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Determine o raio da esfera circunscrita ao cubo de diagonal D.
RESPOSTAS AOS EXERCCIOS PROPOSTOS
2

1) 5,4 m
2
2) 29,68 m
2
3) 61,084 cm
2
4) 6,6 cm
3
5) 21cm
6) 3,93 cm
3
7) 144,333 dm
8) 323,832
2
9) 60 cm
2
10) 40 cm

11) 36 3 cm
2
12) 16 cm
2
13) 135 cm
3
14) 415 cm
3
15) 2 cm
16) 4 m
17) h/4
18) D/2

FUNO DO 1 GRAU
Vamos iniciar o estudo da funo do 1 grau, lembrando o que uma correspondncia:
Correspondncia: qualquer conjunto de pares ordenados onde o primeiro elemento pertence ao primeiro
conjunto dado e o segundo elemento pertence ao segundo conjunto dado.
Assim: Dado os conjuntos A={1,2,3} e B={1,2,3,4,5,6} consideremos a correspondncia de A em B, de tal
modo que cada elemento do conjunto A se associa no conjunto B com o seu sucessor. Assim
;
;
. A correspondncia por pares ordenados seria:

Noes de funo:
Considere os diagramas abaixo:

Matemtica

122

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Condies de existncia:
(1) Todos os elementos de x tm um correspondente em y.
(2) Cada elemento de x tem um e somente um correspondente em y.
Analisando os diagramas acima:
O diagrama 1 no satisfaz a condio (1); os diagramas 3, 4 e 5 no satisfazem a condio (2).
Logo, somente o diagrama 2 representa uma funo.
Domnio, Contradomnio e Imagem
Observe o diagrama a seguir:

Chamemos esta funo de f, logo o conjunto de pares ordenados sero:


f={(1,2),(2,3),(3,4)}
O conjunto X={1,2,3} denomina-se domnio da funo f.
D(F)=X
O conjunto Y={1,2,3,4,5} denomina-se contradomnio da funo f.
C(F)=Y
Dizemos que 2 a imagem de 1 pela funo f.
f(1)=2
Ainda, f(2)=3 e f(3)=4.
Logo o conjunto das imagens de f e dado por:
Im(f)={2,3,4}
Determinao de funo:
Observe:
Associe cada elemento de X com o seu consecutivo:

Matemtica

123

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2) Associe cada elemento de X com a sua capital.

3) Determine o conjunto imagem de cada funo:


a) D(f) = {1,2,3}
y = f(x) = x + 1
[Sol] f(1) = 1+1 = 2
f(2) = 2+1 = 3
f(3) =3+1 = 4
Logo: Im(f) = {2,3,4}

b) D(f) = {1,3,5}
y = f(x) = x
[Sol] f(1) = 1 = 1
f(3) = 3 = 9
f(5) = 5 = 25
Logo: Im(f)={1,9,25}
Plano cartesiano

Matemtica

124

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Consideremos dois eixos x e y perpendiculares em 0, os quais determinam o plano A.


Dado um plano P qualquer, pertencente ao plano A, conduzamos por ele duas retas:
x // x' e y // y'
Denominemos P1 a interseo de x com y' e P2 a interseo de y com x'
Nessas condies, definimos:
Abscissa de P um nmero real representado por P1
Ordenada de P um nmero real representado por P2
A coordenada de P so nmeros reais x' e y' , geralmente indicados na forma de par ordenado ( x' , y' )
O eixo das abscissas o eixo x
O eixo das ordenadas o eixo y
A origem do sistema o ponto 0
Plano cartesiano o plano A.
Depois desta reviso, vamos finalmente ver a Funo do 1 grau!
Exemplo:
Numa loja, o salrio fixo mensal de um vendedor 500 reais. Alm disso, ele recebe de comisso 50 reais
por produto vendido.
a) Escreva uma equao que expresse o ganho mensal y desse vendedor, em funo do nmero x de
produto vendido.
[Sol] y = salrio fixo + comisso
y = 500 + 50x
b) Quanto ele ganhar no final do ms se vendeu 4 produtos?
[Sol] y =500+50x , onde x=4
y =500+50.4 = 500+200 = 700
c) Quantos produtos ele vendeu se no final do ms recebeu 1000 reais?
[Sol] y = 500+ 50x , onde y = 1000
1000 = 500 + 50x 50x =1000-500
50x = 500 x = 10
A relao assim definida por uma equao do 1 grau denominada funo do 1 grau, sendo dada por:

Matemtica

125

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y=f(x)=ax+b com

Grfico da funo do 1 grau:


O grfico de uma funo do 1
grau de R em R uma reta.
Exemplo:
1) Construa o grfico da funo determinada por f(x)=x+1:
[Sol] Atribuindo valores reais para x, obtemos seus valores correspondentes para y.
x

y=f(x)=x+1

-2

-1

-1

O conjunto dos pares ordenados determinados


1,0),(0,1),(1,2),(2,3)}

2) Construa o grfico da funo determinada por

f={(-2,-1),(-

f(x) = -x + 1.

[Sol] Atribuindo valores reais para x, obtemos seus valores correspondentes para y.
x

y=f(x)=-x+1

-2

-1

-1

O conjunto dos pares ordenados determinados

Matemtica

126

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f={(-2,3),(-1,2),(0,1),(1,0),(2,-1)}

Grficos crescente e decrescente respectivamente:


y = x+1 ( a> 0 ) ; onde a = 1

Funo crescente

y = -x+1 ( a<0 ); onde a=-1

Matemtica

127

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Funo decrescente
Raiz ou zero da funo do 1 grau:
Para determinarmos a raiz ou zero de uma funo do 1 grau, definida pela equao y = ax+b, como a
diferente de 0, basta obtermos o ponto de interseco da equao com o eixo x, que ter como coordenada o
par ordenado (x, 0).
1) Considere a funo dada pela equao y = x + 1, determine a raiz desta funo.
[Sol] Basta determinar o valor de x para termos

y=0

x+1 = 0 x =-1
Dizemos que -1 a raiz ou zero da funo.

Note que o grfico da funo y = x+1, interceptar (cortar) o eixo x em -1, que a raiz da funo.
2) Determine a raiz da funo y = -x+1 e esboce o grfico.
[Sol] Fazendo y=0, temos:
0 = -x+1 x = 1
Grfico:

Matemtica

128

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Note que o grfico da funo y=-x+1, interceptar (cortar) o eixo x em 1, que a raiz da funo.
Sinal de uma funo de 1 grau:
Observe os grficos:

a>0

a<0

Note que para x=-b/a, f(x)=0 (zero da funo). Para x>-b/a, f(x) tem o mesmo sinal de a. Para x<-b/a, f(x)
tem o sinal contrrio ao de a.
Exemplos:
1) Determine o intervalo das seguintes funes para que f(x)>0 e f(x)<0.
a) y = f(x) = x+1
[Sol] x+1>0 x>-1
Logo, f(x) ser maior que 0 quando x>-1
x+1<0 x<-1
Logo, f(x) ser menor que 0 quando x<-1
b) y = f(x) = -x+1
[Sol]* -x+1>0 -x>-1 x<1
Logo, f(x) ser maior que 0 quando x<1
-x+1<0 -x<-1 x>1
Logo, f(x) ser menor que 0 quando x>1
(*ao multiplicar por -1, inverte-se o sinal da desigualdade)
Exerccios:

Matemtica

129

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1) Represente graficamente a funo

definida por:

a) f(x) = 2x-1
b) f(x) = -1/2x+3
c) f(x) = 4x
d) f(x) = 1/3x+2
e) f(x) = -3x+6
2) Determine a raiz ou zero de cada uma das seguintes equaes:
a) f(x) = 2x+5
b) f(x) = -x+2
c) f(x) = 1/3x+3
d) f(x) = 1-5x
e) f(x) = 4x
Exerccio resolvido:
Determine a expresso da funo representada pelo grfico abaixo:

Uma equao do 1 grau definida por y=ax+b com


Pelo grfico, conclumos:
Quando x =0, y =2; portanto, o valor de b na expresso igual a 2
Quando y =0, x = -4 (raiz ou zero da funo)
Substituindo os valores em y = ax+b:
0 = -4a + 2
a = 1/2
Logo, a expresso y = 1/2x+2.
3) As figuras abaixo representam os grficos de funes, de R em R, determine as expresses que as definem.
a)

Matemtica

130

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b)

Respostas: 3: a) y = -1/2x+2; b) y = x-1


Fonte: http://www.exatas.mat.br/

FUNES 2 GRAU

Introduo
Vamos primeiro analisar o ttulo da matria. Por que funes? Por que do segundo grau?
Bem, funes porque obedecem todas as "leis" de uma funo. E do segundo grau pois o maior expoente
da varivel (no caso "x") 2.
Toda lei de associao de uma funo do segundo grau pode ser escrita da seguinte forma:

f(x) = y = ax2+bx+c
2

Onde temos trs coe ficientes (cada um com sua importncia), "a" que sempre fica junto com o termo x , "b"
que sempre fica junto do termo x, e "c" que sempre fica sozinho.
muito importante saber distingir cada um dos coeficientes, pois com eles que feito qualquer tipo de
clculo em uma funo do segundo grau!
Assim como a funo do primeiro grau tem sua representao grfica uma reta, a funo de segundo grau tem
como representao grfica uma "parbola" - Opa, o que isso? - s ao lado:

Matemtica

131

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Parbola esta figura geomtrica. Sua posio no plano ir depender dos coeficientes "a", "b", e "c".
A primeira coisa que iremos aprender sobre estas funes como calcular suas razes.
Funes 2 Grau - Clculo das razes (Bhaskara)
Vamos revisar o que raiz de uma funo.
- Raiz nada mais do que os valores de x para qual a funo vale zero!
O QU??????????????
Calma, isso quer dizer que devemos calcular quais so os valores de x em que a parbola "corta" o eixo dos
x.
Veja no exemplo abaixo o que "raiz", graficamente:

Como j deve ter percebido, o exemplo tem DUAS razes.


- E sempre duas razes?
Sim, uma funo do segundo grau sempre ter DUAS razes. Elas at podem ser iguais, mas sempre ter
DUAS (se fosse do terceiro grau teria TRS, do quarto grau teria QUATRO...).
E para calcular as razes desta funo do segundo grau, utilizamos uma frmula muito querida por todos
que estudam no ensino mdio (hehehe), a famosa frmula de Bhaskara:

b b2 4 a c
2a

Onde cada letra desta frmula representa os coeficientes da funo do segundo grau que queremos
resolver. Basta substituir e achar os valores. Podem notar que h um no meio da frmula. Pois , da que
ir sair dois resultados: um com o sinal de + e outro com o sinal de -. Veja o exemplo:
2

f(x)=2x - 6x - 20
Neste exemplo temos os coeficientes, a=2, b= -6 e c= -20
Agora substituindo na frmula de Bhaskara:

( 6) ( 6)2 4 2(20)
22

6 36 160
6 196
6 14

4
4
4

Matemtica

132

(Muita ateno para os sinais)

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Agora chegamos no momento crucial do clculo das razes.
Devemos separar esta conta em duas: uma com o sinal de + e a outra com o sinal de -. Assim:

6 14 20

5
4
4
6 14 8

2
4
4
Portanto as duas razes da funo
2

f(x) =2x - 6x - 20 so 5 e -2.

Calcule as razes das funes abaixo:


2

g(x) = x -1x -132


2

h(x) = 10x 29x+10


2

f(x) = x +13x-168
2

q(x) = 5x +2x-16
2

q(x)=x - 49
Respostas:
12 e 11
5/2 e 2/5
8 e 21
-2 e 8/5
7 e -7
Funes 2 Grau - Estudo dos Coeficientes
Agora que j aprendemos a calcular as razes, vamos ver como se desenha a parbola no famoso plano
cartesiano (plano XY).
Para fazer o desenho da parbola, temos que ter algumas caractersticas desta, e isso ns conseguimos
fazendo um estudo nos coeficientes da funo escolhida.
Os coeficientes so "a", "b" e "c". Cada um tem um papel no grfico, vamos analisar um por um:
COEFICIENTE "a"

Se este fosse negativo (a<0), a parbola teria concavidade para baixo (boca triste). Veja o exemplo:

Matemtica

133

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Este o coeficiente mais conhecido e mais fcil de todos, e o nico que no pode ser zero na funo, pois
seno ela deixa de ser do segundo grau e passa a ser do primeiro.
O coeficiente "b" o mais difcil, portanto vamos deixar ele para o final. Vamos agora ver o "c".
COEFICIENTE "c"
A funo do coeficiente "c" nos indicar onde a parbola "corta" o eixo Y. Se ele for positivo ela ir "cortar"
o eixo Y acima da origem; se for negativo ir "cortar" acima da origem e; se for ZERO, ir cortar o eixo Y na
origem, ou seja, ponto (0,0). Veja o exemplo:

Veja voc que os coeficiente no dependem um do outro. Podemos ter "a" positivo com "b" negativo; "a"
positivo com "b" positivo, ou seja, qualquer combinao de sinais.
COEFICIENTE "b"
Agora sim, o coeficiente "b". No que ele seja muito difcil de se interpretar, mas melhor voc aprend-lo
aps ter visto todos os outros. Ento, vamos l.
A anlise do coeficiente "b" nos diz a inclinao que a parbola toma aps passar o eixo Y. Viu como um
pouco complicado? Mas vamos falar em midos. Primeiro olhe a figura abaixo:

Matemtica

134

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Neste exemplo, o "b" negativo (b<0), pois seguindo a parbola para direita a partir do ponto de corte do
eixo Y, iremos descer; ento negativo. Veja outros exemplos:

Neste exemplo o "b" maior que zero, pois acompanhando a curva iremos subir aps o ponto de corte.

Neste exemplo, "b" igual a zero, pois logo aps o ponto de corte, iremos reto. Este exemplo muito
particular, porque voc pode achar que positivo, pois ir subir. Porm, a regra diz que tem que ser no ponto
mais prximo do corte, ou seja, milimetricamente, ento neste exemplo vai reto. b=0.
Funes 2 Grau - Exerccios Resolvidos
2

1) Esboce o grfico da funo f(x)=x -x-2::


- Desenvolvimento:
Vamos primeiro calcular as razes usando Bhaskara. Os coeficientes so: a=1, b=-1 e c=-2. Colocando na
frmula de Bhaskara, temos:

1(1) ( 1)2 4 1 ( 2)
2 1

1 1 8
2

' 1 3 4
x
2
1 9 1 3

2
2

2
2 " 1 3 2
x

2
2

As duas razes so 2 e 1, ento j sabemos os pontos por onde a parbola corta o eixo X. No grfico, fica:

Agora fazemos o estudo dos coeficientes. Vamos primeiro olhar para o c. Ele vale 2, ento o grfico da
parbola com certeza corta o eixo Y no ponto 2. Vamos marc-lo:

Matemtica

135

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Pelo coeficiente a sabemos que ela tem a concavidade para cima, e pelo b sabemos que logo aps o
ponto de corte com Y ela tem que descer. Traando o esboo, temos o seguinte:

Funes 2 Grau - Anlise do Discriminante


Vamos rever a frmula de Bhaskara dada na lio anterior:

b b 2 4ac
2a

Esta frmula est correta!


O que iremos mudar a parte de dentro da raiz (radicando), que chamada de "DISCRIMINANTE" e
representada pela letra grega (delta).
Portanto, a frmula "super correta" de Bhaskara , na verdade:

b
2a

b 2 4ac
Onde "a", "b" e "c" so os coeficientes dos termos de nossa funo quadrtica.
Neste captulo vamos estudar o papel desempenhado por esse "delta" no grfico de nossa funo.
Na frmula de Bhaskara, o est dentro de uma raiz ( um "radicando") e logo aps um sinal (mais ou
menos).
Este fato de primeiro somar e depois diminuir o que diferencia uma raiz da outra, pois "mais" diferente
de "menos" .
E se este delta for igual zero (=0), no teremos diferena entre as razes. Como uma funo quadrtica
sempre tem que ter duas razes, dizemos que a funo com =0 tem as duas razes idnticas. Se 0, ento a
funo tem duas razes distintas:
=0
0

razes reais e idnticas (iguais);


razes distintas (diferentes).

Matemtica

136

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Agora, quando 0 (razes distintas), teremos duas situaes: quando for positivo (>0)e quando for
negativo (<0).
Como o um radicando (est dentro de uma raiz quadrada), se for negativo (<0), as razes sero
nmeros complexos no reais, pois raiz de nmero negativo no real. E quando for positivo (>0), ento as
razes sero nmeros REAIS.
Veja o quadro de referncia rpida abaixo:
=
0

0
>
0
<
0

razes
(iguais);

reais

idnticas

razes distintas (diferentes);


razes REAIS;
razes
REAIS.

complexas

NO

Como sabemos, raiz de uma funo o ponto em que o grfico da funo corta o eixo X, ento podemos
agora analisar o comportamento do grfico para cada um dos tipos de discriminante.
> 0 Duas Razes REAIS
Com o discriminante positivo as razes so REAIS, ento existem dois pontos em que o grfico corta o
eixo X. O grfico pode ser destes dois tipos:

ou

Note que, nos dois exemplos, h dois pontos de corte.


= 0 Duas Razes Reais e IDNTICAS
Com o =0 teremos duas razes idnticas.
No grfico, a parbola ir apenas "tocar" no eixo X, no atravessando para o outro lado.
Veja os desenhos abaixo:

ou

< 0 Duas Razes distintas e NO REAIS


Quando tivermos < 0, as razes no sero reais, sero COMPLEXAS, portanto no iro tocar ou cortar o
eixo X, e o grfico poder ser:

Matemtica

137

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ou

Funes 2 Grau Fatorao


Primeiro devemos ter em mente: o que "FATOR"?
Se voc no se lembra l do primeiro grau, fator cada parte de uma multiplicao!! Veja a imagem abaixo:

Ento, o que devemos fazer em uma "fatorao de uma funo quadrtica" achar quais os fatores desta
funo, ou seja, achar alguma "conta de multiplicao" que resulte na funo desejada.
Veja o exemplo abaixo:
A funo f(x) x 7x 10 fatorada fica (x 5) (x 2) , ento seus fatores so (x 5) e (x 2) .
2

Para verificar se est correto, vamos efetuar a multiplicao:

x 2 - 2x - 5x 10

x 2 - 7x 10
Veja que, ao efetuarmos a multiplicao, voltamos funo inicial.
Agora, como devemos fazer para achar estes fatores?
A regra prtica diz o seguinte: sendo "r1" e "r2" as razes da funo que queremos fatorar, simplesmente
colocamos na frmula:

a x r1 x r2
2

Onde "a" o coeficiente de x na lei da funo, e "r1" e "r2" so as razes da funo. Vejamos uns exemplos:
2

f(x)= 2x - 6x - 20
Aplicando Bhaskara achamos as razes 5 e -2, e o valor de "a" 2 (a=2). Ento, fatorando esta funo,
temos:

2 x 5 x 2
Ateno para os sinais! Como a frmula a x r1 x r2 , ento o MENOS da frmula com o MENOS da
raiz fica MAIS.
2

f(x) = 3x + 24x + 36
razes so -6 e -2, e a=3. Portanto, a fatorao desta funo fica:

3 x 6 x 2
2

f(x) = x - 4
razes so 2 e -2, e a=1
Fatorao: x 2 x 2

Matemtica

138

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2

f(x) = x + 12x
razes: 0 e -12, a=1
Fatorao: x 0 x 12 x x 12
2

f(x) = 4x - 12x + 9
razes:

3
3
e ,a=4
2
2

Fatorao:

3
3
3

4 x x ou 4 x
2
2
2

Como j vimos anteriormente, uma funo quadrtica sempre ter duas razes, portanto sempre ter dois
fatores (mais o "a", que pode ser 1, mas nunca 0).
Fatorando uma funo, podemos ver com mais clareza o porqu das razes serem os "zeros" das funes.
Veja nesta funo fatorada: f(x)=(x-2)(x+2). Os "zeros" (ou razes da funo) so 2 e -2, pois se colocarmos
2 no lugar de "x" no primeiro fator, este fator ser 2-2, que zero, e qualquer coisa "vezes" zero resulta em
zero.
A funo toda zerada, e acontece a mesma coisa se colocarmos -2 no segundo fator.
Este tipo de situao pode ser pedido ao contrrio tambm. Ou seja, ao invs de pedir para fatorar uma
funo, pode ser pedido qual a funo que possua determinada raiz.
Veja os dois exemplos abaixo:
1) Qual a funo que possui apenas 3 e -4 como razes?
- Devemos utilizar diretamente a frmula da fatorao a x r1 x r2 efetuamos a multiplicao e est
pronto.
Como no pedido um valor especfico para "a", podemos utilizar a = 1.

x 3 x 4 x 2 4x 3x 12
f(x) x 2 x 12
Esta a funo pedida.
2) Qual a funo que possui possui as razes -4 e 2 e passa pelo ponto (2, 48)?
Usando a fatorao temos:

f(x) a x 4 x 2
Agora devemos encontrar o valor de "a", para isso utilizaremos o ponto dado no enunciado.
Se esta funo passa pelo ponto (2, 48), ento se substituirmos x=2 e y=48, teremos uma igualdade
(lembrando que y a mesma coisa que f(x).

48 a 2 4 2 2
48 a 6 4
48 a 24
a2
Portanto, a funo pedida :

Matemtica

139

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f(x) 2 x 4 x 2
Funes 2 Grau - Soma e Produto das razes
Em alguns exerccios pedido que se ache o valor da SOMA ou PRODUTO das razes de uma funo do
segundo grau.
Uma maneira seria aplicar Bhaskara, achar as duas e som-las ou multiplic-las, mas existe um mtodo
mais rpido. Veja s!
Vamos usar uma funo genrica do segundo grau, que tenha razes "r1" e "r2".
Usando seus fatores, ficamos com:

f(x) a x r1 x r2
Efetuando as multiplicaes, temos:

f(x) a x 2 - r2 x r1x r1r2

Nos termos que possuem "x" podemos coloc-lo em evidncia:

f(x) a [x 2 - (r2 r1 )x r1r2 ]


Agora, terminando de efetuar as multiplicaes, ficamos com:

f(x) a x 2 - a (r2 r1 )x a r1r2 ]


Verifique agora os coeficientes desta funo:

b -a (r2 r1 )
c a r2 r1
O coeficiente "b" nada mais do que a SOMA DAS razes (r1+r2), multiplicado por "-a". Ento, para a soma
de razes (S), podemos utilizar a frmula:

Olhando para o coeficiente "c", vemos tambm que ele o produto das razes (r1.r2) multiplicado por "a".
Portanto, tambm para o produto, usamos uma frmula:

Exemplos:

f(x) = x - x - 2

f(x) = 2x - 4x - 16
2

f(x) = 2x + 8x
2

f(x) = 4x - 24x + 36
2

Soma=-(-1)/1 = 1
Produto = -2/1 = -2
Obs.: No rateie no sinal de "b"!
Soma = -(-4)/2 = 2
Produto = -16/2 = -8
Soma = -(8)/2 = -4
Produto = 0/2 = 0
Soma = -(-24)/4 = 6
Produto = 36/4 = 9

f(x) = x - 25

Soma = -(0)/1 = 0

Matemtica

140

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Produto = (-25)/1

Funes 2 Grau - Vrtice e Imagem


Vamos nos situar nos estudos. O que vrtice de uma parbola?
- o ponto em que a parbola atinge seu valor mximo ou mnimo.
Como assim?
Veja os exemplos abaixo:

vrtice de todas as parbolas tem uma caracterstica prpria, ele sempre se encontra "equidistante" de
ambas as razes, ou seja, a coordenada "x" do vrtice fica exatamente no meio das coordenadas das duas
razes. Trocando em midos, a coordenada "x" do vrtice a mdia aritmtica das coordenadas "x" das razes,
isto , a soma das duas dividido por dois. Vamos cham-lo de Xv ("x" do vrtice):

Esta a frmula para encontrarmos o Xv. Se voc no conseguir se lembrar na hora, faa a deduo como
est a em cima. bem fcil!

Matemtica

141

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Agora que j sabemos o Xv, devemos descobrir o Yv ("y" do vrtice). Este valor podemos conseguir
substituindo o "x" da funo pelo "Xv", pois com isso estaremos calculando qual o valor de Y para o Xv, que
2
justamente o Yv ou f(Xv). A equao geral de uma funo do segundo grau f(x)=ax +bx+c. Ento vamos
substituir todos "x" pelo valor de Xv da frmula acima:

Veja que na ltima igualdade temos como denominador -(b -4ac) e isso justamente igual - , portanto a
frmula final para o clculo de Yv, tambm chamado de f(Xv) :
2

IMAGEM
Agora que j vimos como calcular o Yv, podemos calcular a imagem de qualquer funo do segundo grau.
Imagem, como vocs se lembram, o conjunto de todos os valores do eixo Y em que a funo existe.
O QU ?????
Hehehe, j explico.
Imaginem agora uma prensa "esmagando" toda funo em cima do eixo Y, como abaixo:

A imagem da funo ser o conjunto de todos valores de Y que conseguirmos esmagar a funo. No
exemplo acima, o conjunto imagem de 1 para cima, ou seja, o intervalo [1, +).
Para calcular a imagem de qualquer funo, temos que analisar somente duas coisas: a concavidade da
parbola (sinal do coeficiente "a") e o valor do Yv.
Se o "a" for positivo (a>0) a concavidade para cima, ento a imagem do Yv at "mais" infinito [Yv,+);
se o "a" for negativo (a<0) a concavidade para baixo, ento a imagem de "menos" infinito at o Yv ,Yv].
Veja os exemplos abaixo:

Matemtica

142

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2

f(x) = x - 15x +56


a>0 e

portanto, o conjunto imagem desta funo o intervalo


[-1/4,+)
2

f(x) = -2x + 12x - 16


a<0e

portanto, o conjunto imagem desta funo o intervalo


(-, +4]
Funes 2 Grau - Anlise de Sinal
Fazer uma anlise de sinais em uma funo quadrtica pode ser muito til para resolver inequaes e
tambm para determinar o domnio de algumas funes mais elaboradas (com diviso, com raiz quadrada...).
Vamos ver o que a tal de "anlise de sinal". D uma olhada na imagem abaixo:

Veja voc que esta parbola (vendo da esquerda para direita) vem l de cima (infinito) e vai descendo at o
vrtice, quando troca de sentido e passa a subir at o infinito novamente. Fazer a "anlise de sinais" verificar
qual o sinal de Y em cada ponto do eixo X. Olhe novamente a figura. At o ponto x=-3 a parbola est acima
do eixo X, portanto ela positiva. De -3 at 1 ela est abaixo do eixo X, portanto negativa. Se houver um
exerccio, pedindo qual o intervalo em que esta parbola negativa, a resposta ser:
S = (-3, 1)
Note que foi utilizado parnteses, isso indica que o ponto -3 no est no intervalo, pois nele a funo vale
zero (est em cima do eixo). Idem para o ponto 1.
Funes 2 Grau - Exerccios Resolvidos
2
1) A representao cartesiana da funo y = ax + bx + c a parbola abaixo. Tendo em vista esse grfico,
podemos afirmar que:

Matemtica

143

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(A) a<0, b<0 e c>0


(B) a>0, b>0 e c<0
(C) a>0, b>0 e c>0
(D) a<0, b>0 e c<0
(E) a<0, b>0 e c>0
Isto apenas anlise de coeficientes:
- a concavidade da parbola est para baixo, portanto, o coeficiente "a" negativo (a<0);
- a parbola corta o eixo Y (eixo vertical) em um ponto acima da origem, logo "c" positivo (c>0);
- aps o ponto de corte do eixo Y, a parbola sobe, ento "b" positivo;
- resposta certa letra "E".
2) Qual a funo que representa o grfico seguinte?

(A) y = 2x +3x -9
2
(B) y = -2x +3x -9
2
(C) y = 2x -3x -9
2
(D) y = -2x -3x -9
2
(E) y = 2x +3x +9
- no grfico indicado quais so as razes da funo (-3/2 e 3), ento sabemos quais so os fatores da
equao (x+3/2) e (x-3). Agora efetuando a multiplicao entre estes dois fatores, achamos uma suposta
equao para este grfico:

- mas esta somente uma suposta equao, pois veja quanto vale seu coeficiente "c". Ele vale -9/2, e no
grfico mostra que ele deve valer "-9". Ento, o que devemos fazer para -9/2 virar -9? Isso mesmo,
multiplicar TUDO por 2. Da teremos a equao certa.
2
2x -3x-9
Letra "C"
2
3) O valor mnimo do polinmio y = x +bx+c, cujo grfico mostrado na figura, :

Matemtica

144

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(A) -1
(B) -2
(C)

(D)
(E)

4
9

2
3
2

- este exerccio envolve dois tpicos de equaes quadrticas: calcular a equao e calcular o vrtice;
- dada uma equao incompleta, sendo indicado somente o valor de "a" (a=1). Porm, no grfico
podemos descobrir as razes e achar os fatores da funo. As razes so 0 e 3, portanto os fatores, (x-0) e
(x-3). Vamos multiplicar os fatores:
- agora sabemos qual a equao, e pedido o valor mnimo da funo (Yv). Colocando na frmula:

Resposta certa, letra "C"


2
4) (UFRGS) As solues reais da desigualdade
x + 1 > 2x so os nmeros x, tais que
(A) x R
(B) x 1
(C) x > 1
(D) x 1
(E) x < 1
- esta uma questo de anlise de sinal, pois a equao dada pode ser escrita da seguinte forma:
2
2
x +1>2x
=> x -2x+1>0
2
- agora, o que est sendo perguntado : quando a equao x -2x+1 positiva? Vamos fazer a anlise de
sinal, para isso devemos calcular as razes. Aplicando Bhaskara, achamos 1 e 1 (razes idnticas). Portanto,
o esboo do grfico assim:

- o exerccio pede quando ela positiva. Veja que ela est toda em cima da origem, mas ateno no ponto
x=1. Ela vale ZERO, e zero no positivo nem negativo, portanto ela ser positiva em todos os nmeros,
menos no 1. Resposta certa letra "D"

Matemtica

145

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5) (UFRGS) O movimento de um projtil, lanado para cima verticalmente, descrito pela equao
y=
2
-40x +200x. Onde y a altura, em metros, atingida pelo projtil x segundos aps o lanamento. A altura
mxima atingida e o tempo que esse projtil permanece no ar corresponde, respectivamente, a
(A) 6,25 m, 5s
(B) 250 m, 0s
(C) 250 m, 5s
(D) 250 m, 200s
(E) 10.000 m , 5s
- primeiro devemos fazer o esboo do grfico. Veja como :

- sabendo que o eixo X representa o tempo e o eixo Y representa a altura, ento calculando o Yv teremos a
altura mxima atingida, e a outra raiz ser o tempo que o projtil permanece no ar.

Resposta certa letra "C"


2
6) (UFRGS) Considere a funo
, definida por y = ax + bx +c, com a < 0 e c > 0. O grfico de f
(A) no intercepta o eixo das abscissas
(B) intercepta o eixo horizontal em dois pontos, de abscissas negativa e positiva respectivamente
(C) intercepta o eixo das abscissas em um nico ponto
(D) intercepta o eixo das abscissas em dois pontos, ambos positivos.
(E) intercepta o eixo das ordenadas em dois pontos.
- dito que o coeficiente "a" menor que zero, e o "c" maior que zero. Portanto, deve ter concavidade
para baixo (boca triste) e cortar o eixo Y em um ponto acima da origem. Podemos fazer um esboo grfico
da seguinte maneira:

- este um grfico que poderia ser da funo dada. A nica alternativa que bate com este grfico a letra
"B".
- P.S.: Eixo das Abscissas o eixo X e eixo das ordenadas o eixo Y.
2

7) A razo entre a soma e o produto das razes da equao 2x 7x +3 = 0


(A)

7
3

Matemtica

146

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(B)
(C)
(D)
(E)

7
2
3
2
3
7
2
7

- a soma vale 7/2 e o produto vale 3/2, portanto a razo entre a soma e o produto vale:

Resposta certa letra "A"


- Obs.: Sempre que for pedido razo de dois termos, o que vai em cima da diviso o que foi dito primeiro,
portanto ele pede a "soma" dividida pelo "produto".
2

8) A soluo de x - x >0
(A) (0, 1)
(B) (-, 0)U(1, +)
(C) (-1, 1)
(D) (-, -1)U(1,+)
(E) R
- aqui outro exerccio de "anlise de sinal". A equao dada s est um pouco "bagunada". Vamos
arrum-la:

- agora, o que pedido : quando a funo positiva?


- vamos fazer a anlise dos sinais, primeiro calculando as razes, que so 0 e 1. Portanto o esboo do
grfico o seguinte:

- portanto, ela positiva no intervalo de zero at um (0,1). Resposta certa letra "A".
2

9) (UFRGS) Para que a parbola da equao y=ax +bx-c contenha os pontos (-2; 1) e (3; 1), os valores de a e
b so, respectivamente,
(A) 3 e -3
(B)

1
3

(C) 3 e
(D)

1
3

(E) 1 e

3
1

e -3
1
3

Matemtica

147

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- os pontos dados so coordenadas (X, Y) ento o que devemos fazer substituir cada um deles em uma
equao:

- achamos duas equaes com duas incgnitas. Agora devemos resolver o sisteminha formado pelas
duas:

- substitumos o valor de a na primeira equao e substitumos na segunda:

Agora substituindo o valor de "a" na segunda equao:

Voltamos para a primeira equao e substitumos o valor de "b" para achar o valor de "a":

Resposta certa letra "B".


2

10) O vrtice da parbola que corresponde funo


y = (x 2) + 2
(A) (-2, -2)
(B) (-2, 0)
(C) (-2, 2)
(D) (2, -2)
(E) (2, 2)
- a nica dificuldade deste exerccio achar a funo escrita de um modo mais organizado. Vamos
calcular o parnteses, que est ao quadrado:

- agora s calcular o valor das coordenadas do vrtice, sabendo que a=1 b=-4 e c=6.

Matemtica

148

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Resposta certa letra "E"

PROBABILIDADES
Introduo
Quando usamos probabilidades?
Ouvimos falar desse assunto em situaes como: a probabilidade de ser sorteado, de acertar numa aposta,
de um candidato vencer uma eleio, de acertar o resultado de um jogo etc. Portanto, usamos probabilidades
em situaes em que dois ou mais resultados diferentes podem ocorrer e no possvel saber, prever, qual
deles realmente vai ocorrer em cada situao.
Ao lanarmos para o alto uma moeda e quisermos saber se o resultado cara ou coroa, no podemos
prever o resultado mas podemos calcular as chances de ocorrncia de cada um. Este clculo a probabilidade
de ocorrncia de um resultado.
Por meio dos exemplos desta aula, voc aprender o clculo de probabilidades.
EXEMPLO 1
Qual a chance de dar cara no lanamento de uma moeda?

Soluo:
Raciocinando matematicamente, os resultados cara e coroa tm as mesmas chances de ocorrer. Como so
duas possibilidades (cara ou coroa) podemos dizer que as chances de dar cara de 1 para 2. Isto o mesmo
que dizer que a probabilidade de o resultado ser cara ou 0,5 ou 50%.
Neste exemplo calculamos intuitivamente a probabilidade de o resultado ser cara e voc deve ter percebido
que a probabilidade de dar coroa a mesma, 50%.
No entanto, quando dizemos que a probabilidade ou 50% isso no significa que a cada 2 lanamentos
um vai ser cara e o outro vai ser coroa. O fato de a probabilidade ser ou 50% quer dizer apenas que as
chances so iguais e que, se fizermos muitos lanamentos, provvel que aproximadamente metade deles d
cara como resultado.
O conceito de probabilidade
EXEMPLO 2
O chefe de uma seo com 5 funcionrios deu a eles 1 ingresso da final de um campeonato para que fosse
sorteado. Aps escreverem seus nomes em papis idnticos, colocaram tudo num saco para fazer o sorteio.
Qual a chance que cada um tem de ser sorteado?
Soluo:
Os 5 funcionrios tm todos a mesma chance de serem sorteados. No caso de Paulo, por exemplo, as
chances de ser sorteado so de 1 para 5, ou 1/5. Ento, podemos dizer que a chance, ou a probabilidade, de
cada um deles ser sorteado de 1/5 , ou 0,2, ou ainda 20%.
EXEMPLO 3
No lanamento de um dado, qual a probabilidade de o resultado ser um nmero par?
Soluo:
Para que o resultado seja par devemos conseguir:

Matemtica

149

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Assim, temos 3 resultados favorveis (2, 4 ou 6) em um total de 6 resultados possveis (1, 2, 3, 4, 5, 6).
As chances de dar um resultado par so 3 num total de 6. Ento, podemos dizer que a probabilidade de
isso acontecer 3/6 ou 1/2 .
Generalizando essa soluo:
n
de
resultados
3 1
= = =
P (par) favorveis a E
6 2
=
n total de resultados
50%
possveis
Onde P (par) significa probabilidade de o resultado ser par.
Nos trs exemplos que acabamos de ver h dois ou mais resultados possveis, todos com a mesma chance
de ocorrer. A probabilidade de ocorrer um desses resultados ou um conjunto de resultados que satisfaam uma
condio ou exigncia E, representado por p (E) e calculado por:
n
de
resultados
favorveis a E
p (E) =
n total de resultados
possveis
EXEMPLO 4
No Exemplo 2 da Aula 48 vimos que, num restaurante que prepara 4 pratos quentes, 2 saladas e 3
sobremesas diferentes, existem 24 maneiras diferentes de um fregus se servir de um prato quente, uma
salada e uma sobremesa.
No Exemplo 3 daquela aula descobrimos que havia, dentre os 24 cardpios possveis, 6 cardpios
econmicos. Qual a probabilidade de um fregus desavisado escolher uma das opes mais caras?
Soluo:
J sabemos que a probabilidade de escolher os mais caros ser:
n de cardpios mais
p(mais caro) caros
=
n
de
cardpios
possveis
Se temos 6 opes econmicas num total de 24, temos 24 - 6 = 18 opes mais caras. Como o nmero de
cardpios possveis 24, ento:
p(mais caro) =

18 3
= = 0,75 = 75%
54 4

As chances de esse fregus escolher um dos cardpios mais caros de 75%.


EXEMPLO 5
Numa urna esto 10 bolas de mesmo tamanho e de mesmo material, sendo 8 pretas e 2 brancas. Pegandose uma bola qualquer dessa urna, qual a probabilidade de ela ser branca?
Soluo:
p(branca)
=

n
de
bolas
2 1
=
= =
brancas
10 5
n total de bolas 20%

EXEMPLO 6
De um baralho normal de 52 cartas e mais 2 coringas retiramos uma das cartas ao acaso. Qual a
probabilidade de:

Matemtica

150

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a) ser um s?
b) ser um coringa, em jogos que tambm consideram o 2 como coringa?
Soluo:
O nmero total de cartas 54 sendo que h 13 cartas (s, 2 a 10, valete, dama, rei) de cada um dos 4
naipes (copas, ouro, paus e espadas) e 2 coringas.
a)

n de ases
4
=
=
p (s) existentes
54
=
n total de cartas 7%

0,07 =

b) Como as 4 cartas com n 2 tambm so consideradas coringas, a probabilidade de tirar um coringa ser:
n de coringas

6
= 0,11
54
n total de cartas
11%

p(coringa) =

EXEMPLO 7
Em anlise combinatoria, vimos que, com 6 homens e 3 mulheres, podemos formar C 59 = 126 grupos de 5
pessoas e C 56 = 6 grupos de 5 pessoas nos quais s escolhemos homens. Supondo que as chances de cada
um dos grupos a mesma, qual a probabilidade de escolher:
a) um grupo onde no h mulheres;
b) um grupo onde haja pelo menos uma mulher.
Soluo:
a) p (no mulher) =

6
= 0,05 = 5%
126

b) p (pelo menos 1 mulher) =

120
= 0,95 = 95%
126

Os valores possveis para as probabilidades


No Exemplo 7 os grupos contados em a) e em b) completam todos os grupos possveis (6 + 120 = 126).
6
120 126
Portanto as possibilidades somadas daro
+
=
ou 100% (5% + 95%).
126 126 126
J sabemos que:
p (E) =

n de resultados favorveis a E
n total de resultados possveis

A quantidade m ser escolhida dentre as n existentes, por isso m dever ser menor ou igual a n (m n) e a
m
frao
ser menor ou igual a 1: p (E) 1.
n
Caso a condio E exigida no possa ser cumprida, ou seja, se no houver nenhum resultado favorvel a E,
m
o nmero m ser zero e p (E) =
=0
n
Percebemos ainda que a frao

m
ser sempre positiva pois m e n so nmeros naturais.
n

Assim, podemos concluir que:


0

m
1
n

ou

EXEMPLO 8

Matemtica

151

0 p (E) 1

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Com os algarismos 1, 3 e 5 formamos todos os nmeros de 3 algarismos possveis. Dentre eles escolhemos
um nmero, ao acaso.
a) Qual a probabilidade de escolher um nmero que seja mltiplo de 3?
b) Qual a probabilidade de o nmero escolhido ser par?
Soluo:
O total de nmeros formados por 3 algarismos igual ao nmero de permutaes possveis com os
algarismos 1, 3 e 5 em trs posies, ou seja, 3! = 6.
a) Como a soma dos algarismos 1 + 3 + 5 igual a 9, que um mltiplo de 3, qualquer um dos nmeros
formados ser mltiplo de 3. Assim, a probabilidade de isso ocorrer ser:
P (mltiplo de 3) =

6
=1
6

b) Como qualquer dos algarismos 1, 3 e 5 colocados no final do nmero formado gera um nmero mpar,
no formaremos nenhum nmero par.
Assim, como a quantidade de casos favorveis zero, temos:
p (par) =

0
=0
6

Um pouco de histria
Os primeiros estudos envolvendo probabilidades foram motivados pela anlise de jogos de azar. Sabe-se
que um dos primeiros matemticos que se ocupou com o clculo das probabilidades foi Cardano (1501-1576).
Data dessa poca a expresso que utilizamos at hoje para o clculo da probabilidade de um evento (nmero
de casos favorveis dividido pelo nmero de casos possveis).
Com Fermat (1601-1665) e Pascal (1623-1662), a teoria das probabilidades comeou a evoluir e ganhar
mais consistncia, passando a ser utilizada em outros aspectos da vida social, como, por exemplo, auxiliando
na descoberta da vacina contra a varola no sculo XVIII.
Atualmente, a teoria das probabilidades muito utilizada em outros ramos da Matemtica (como o Clculo e
a Estatstica), da Biologia (especialmente nos estudos da Gentica), da Fsica (como na Fsica Nuclear), da
Economia, da Sociologia etc.
Exerccios
Exerccio 1
De um baralho de 52 cartas retirada uma carta ao acaso.
a) Qual a probabilidade de a carta retirada ser um rei?
b) Qual a probabilidade de a carta retirada ser uma figura (valete, dama ou rei)?
Exerccio 2
No lanamento de um dado, qual a probabilidade de o nmero obtido ser menor ou igual a 4?
Exerccio 3
No lanamento de dois dados, um verde e outro vermelho, qual a probabilidade de que a soma dos
pontos obtidos seja:
a) 7
b) 1
c) maior que 12
d) um nmero par
Exerccio 4
Na Aula 48 vimos que na SENA existem 11.441.304.000 maneiras de escolher 6 nmeros de 01 a 50. Se
voc apostar em 6 nmeros, qual a probabilidade de sua aposta ser a sorteada?
Exerccio 5

Matemtica

152

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O que acontece se voc apostar em 5 nmeros de 01 a 100? Qual a probabilidade de voc acertar a quina
de nmeros sorteada?
Exerccio 6
Suponha que sejam iguais as chances de qualquer uma das placas novas para automveis (3 letras e 4
nmeros) ser escolhida para o seu automvel.
Qual a probabilidade de voc receber uma placa com as iniciais de seu nome em qualquer ordem?
Respostas:
1. a)

4
1
=
= 7,69%
52 13

b)

12 2
= = 23%
52 3

2.

4
1
=
= 67%
6 13

3. a)

1
6
= = 17%
36 6

b) 0
c) 0
d)

24
= 67%
36

4.

1
= 0,000 000 000 087 = 0,000 000 0087%
11441304000

5.

1
= 0,000 000 000 11 = 0,000 000 011%
9034502400

6.

3!
3

26 10

6
= 0,000 000 034 = 0,000 003 4%
175760000

Calculando probabilidades
Voc j aprendeu que a probabilidade de um evento E :
n
de
resultados
favorveis a E
p (E) =
n total de resultados
possveis

Iremos calcular a probabilidade de ocorrncia de um evento e outro, bem como a ocorrncia de um ou outro
evento. Em muitas situaes a ocorrncia de um fato qualquer depende da ocorrncia de um outro fato; nesse
caso dizemos que so ocorrncias dependentes. Em situaes onde no h essa dependncia, precisamos
calcular probabilidades de duas situaes ocorrerem ao mesmo tempo.
Para abordarmos situaes como as que acabamos de descrever, utilizaremos vrios exemplos durante
esta aula. Leia-os com bastante ateno e procure refazer as solues apresentadas.
Clculo da probabilidade de ocorrncia de um evento e de outro
EXEMPLO 1
Num grupo de jovens estudantes a probabilidade de que um jovem, escolhido ao acaso, tenha mdia acima
1
5
de 7,0
. Nesse mesmo grupo, a probabilidade de que um jovem saiba jogar futebol
. Qual a
5
6
probabilidade de escolhermos um jovem (ao acaso) que tenha mdia maior que 7,0 e saiba jogar futebol?
Soluo:

Matemtica

153

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O fato de ter mdia maior que 7,0 no depende do fato de saber jogar futebol, e vice-versa. Quando isso
ocorre, dizemos que os eventos so independentes.
Considere ento os eventos:
A: ter mdia acima de 7,0.
B: saber jogar futebol.
A e B: ter mdia acima de 7,0 e saber jogar futebol.
Como queremos calcular P (A e B), pense o seguinte: de todos os jovens,
sabem jogar futebol. Ora,
Portanto, P (A e B) =

1
5
tm mdia acima de 7,0 e
5
6

5
1
5
1
1
de
, ou seja,
x
=
, sabem jogar futebol e tm mdia acima de 7,0.
6
5
6
5
6

1
.
6

Repare que para encontrarmos P (A e B) efetuamos P (A) P (B). Ento, conclumos que, quando A e B so
eventos independentes (no tm nada a ver um com o outro):
P (A e B) = P (A) P (B)
EXEMPLO 2
Dos 30 funcionrios de uma empresa, 10 so canhotos e 25 vo de nibus para o trabalho. Escolhendo ao
acaso um desses empregados, qual a probabilidade de que ele seja canhoto e v de nibus para o trabalho?
Soluo:
Considere os eventos:
A : ser canhoto
B : ir de nibus para o trabalho
claro que A e B so eventos independentes, portanto um no depende em nada do outro. A probabilidade
de os dois eventos (A e B) ocorrerem simultaneamente calculada por P (A e B) = P (A) P (B).
Calculando:
P (A) =

10 1
=
30 3

P (B) =

25 5
=
30 6

P (A e B) = P (A) P (B) =

1 5 5
x =
3 6 18

A probabilidade de que ele seja canhoto e v de nibus para o trabalho de

5
.
18

EXEMPLO 3
Alguns atletas participam de um triathlon (prova formada por 3 etapas consecutivas: natao, corrida e
4
ciclismo). A probabilidade de que um atleta escolhido ao acaso termine a primeira etapa (natao)
. Para
7
continuar na competio com a segunda etapa (corrida) o atleta precisa ter terminado a natao. Dos atletas
3
que terminam a primeira etapa, a probabilidade de que um deles, escolhido ao acaso, termine a segunda .
4
Qual a probabilidade de que um atleta que iniciou a prova, e seja escolhido ao acaso, termine a primeira e a
segunda etapas?
Soluo:
A : terminar a 1 etapa da prova (natao).

Matemtica

154

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B : terminar a 2 etapa da prova (corrida), tendo terminado a 1.
Note que A e B no so eventos independentes pois, para comear a 2 etapa necessrio, antes, terminar
a 1.
Nesse caso dizemos que a ocorrncia do evento B depende (est condicionada) ocorrncia do evento A.
Utilizamos ento a notao B/A, que significa a dependncia dos eventos, ou melhor, que o evento B/A
denota a ocorrncia do evento B, sabendo que A j ocorreu. No caso deste exemplo, temos: B/A terminar a 2
etapa (corrida), sabendo que o atleta terminou a 1 etapa (natao).
E agora? Como calcular P (A e B)?
simples: no lugar de usarmos P(B) na frmula P(A e B) = P(A) P(B), usaremos P(B/A) j que a
ocorrncia de B depende da ocorrncia de A.
O enunciado deste problema nos diz que P(A) =
P(A e B) = P(A) P(B/A)=

4
3
P(B/A)= ; assim,
7
4

4 3 3
x =
7 4 7

A probabilidade de que um atleta, escolhido ao acaso, termine a 1 e a 2 etapas

3
.
7

Quando A e B no so eventos independentes a probabilidade de ocorrncia de A e B calculada por:


P (A e B) = P (A) P (B/A)
onde P (B/A) a probabilidade de B, dado que A j ocorreu.
EXEMPLO 4

9
. Depois
10
de ser aprovado na parte terica, h uma prova prtica de direo. Para os que j passaram no exame escrito,
2
a probabilidade de passar nessa prova prtica .
3
No exame para tirar a carteira de motorista, a probabilidade de aprovao na prova escrita

Qual a probabilidade de que, escolhido um candidato ao acaso, ele seja aprovado em ambas as provas
escrita e prtica e tire a carteira de motorista?
Soluo:
Considere os eventos:
A: aprovao na prova escrita.
B: aprovao na prova prtica de direo.
Os eventos A e B no so independentes, pois preciso ter aprovao na prova escrita e para fazer a
prova prtica de direo. Como a ocorrncia de B est condicionada ocorrncia de A, criamos o evento:
B/A: ter aprovao na prova prtica de direo, sabendo que o candidato foi aprovado na prova escrita.
Para calcular P(A e B), usamos: P(A e B) = P(A) P(B/A)
Calculando:
P(A) =

9
10

P(B/A) =

2
3

P(A e B) =

9 2 3
x =
10 3 5

A probabilidade de passar na prova escrita e na prova de direo

Matemtica

155

3
.
5

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Clculo da probabilidade de ocorrncia de um evento ou outro
EXEMPLO 5
Na Copa Amrica de 1995, o Brasil jogou com a Colmbia. No primeiro tempo, a seleo brasileira cometeu
10 faltas, sendo que 3 foram cometidas por Leonardo e outras 3 por Andr Cruz. No intervalo, os melhores
lances foram reprisados, dentre os quais uma falta cometida pelo Brasil, escolhida ao acaso. Qual a
probabilidade de que a falta escolhida seja de Leonardo ou de Andr Cruz?
Soluo:
Das 10 faltas, 3 foram de Leonardo e 3 de Andr Cruz. Portanto, os dois juntos cometeram 6 das 10 faltas
3
6
do Brasil. Assim, a probabilidade de que uma das faltas seja a escolhida dentre as 10
= .
5
10
Tambm podemos resolver este problema da seguinte maneira:
probabilidade de ser escolhida uma falta do Leonardo =

3
.
10

probabilidade de ser escolhida uma falta do Andr Cruz =

3
.
10

probabilidade de ser escolhida uma falta de um destes dois jogadores=

3
3
3
6
+
=
=
5
10
10
10

.
Lembre-se de que qualquer uma das duas escolhas ter um resultado favorvel.
Se A e B so os eventos (escolher uma falta de Leonardo ou escolher uma falta de Andr Cruz), estamos
interessados na probabilidade do evento A ou B.
Temos ento:
P(A ou B) = P(A) + P(B)
Note que isso vale porque uma falta no pode ser cometida pelos dois jogadores ao mesmo tempo, ou seja,
o evento A e B impossvel.
EXEMPLO 6
Uma empresa que fabrica suco de laranja fez uma pesquisa para saber como est a preferncia do
consumidor em relao ao seu suco e ao fabricado por seu principal concorrente. Essa empresa chamada
SOSUMO, e seu concorrente SUMOBOM. A pesquisa concluiu que dos 500 entrevistados, 300 preferiam o
SUMOBOM, 100 consumiam os dois, 250 preferiam SOSUMO e 50
nenhum dos dois. Um dos entrevistados foi escolhido ao acaso. Qual a probabilidade de que ele seja:
a) consumidor de SOSUMO e SUMOBOM;
b) consumidor de SOSUMO ou SUMOBOM.
Soluo:
a) De acordo com a pesquisa dos 500 entrevistados, 100 consomem os dois sucos. Logo, a probabilidade
100
1
de que um entrevistado, escolhido ao acaso, consuma os dois sucos :
= .
500
5
b) Usando o raciocnio do Exemplo 5, para saber a probabilidade da ocorrncia de um evento ou outro,
somamos as probabilidades de os dois eventos ocorrerem separadamente. Mas, neste exemplo, devemos
tomar cuidado com o seguinte: existem pessoas que consomem os dois sucos indiferentemente, compram o
que estiver mais barato, por exemplo. Assim, no podemos contar essas pessoas (que consomem um e outro)
duas vezes.
Observe que a soma dos resultados maior que o nmero de entrevistados (300 + 100 + 200 + 50 =
650), ou seja, h pessoas que, apesar de preferirem um dos sucos, consomem os dois. Para facilitar daremos
nomes aos eventos:
A : preferir o SOSUMO

Matemtica

156

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B: preferir o SUMOBOM
A e B: consumir SOSUMO e SUMOBOM
A ou B: consumir SOSUMO ou SUMOBOM
Repare que este ou quer dizer: apenas o SOSUMO ou apenas o SUMOBOM.
Fazendo P(A ou B) = P(A) + P(B) estamos contando duas vezes as pessoas que apesar de preferirem um
dos sucos, consomem os dois. Logo, devemos
subtrair de P(A) + P(B) o resultado de P(A e B) para retirar a contagem dobrada.
Temos ento:
P (A ou B) = P (A) + P (B) P (A e B)
Calculando:
P(A) =

250 1
=
500 2

P(B) =

300 3
=
500 5

P(A e B) =

100
1
=
500
5

P(A ou B) =

1 3 1 1 2 54 9
+ - = + =
=
2 5 5 2 5
10
10

A probabilidade de que o escolhido consuma um suco ou outro

9
.
10

Observao
Em exemplos como o que acabamos de ver h outras solues possveis.
Observe que o evento A ou B (consumir um suco ou outro) deve incluir como casos favorveis todas as
pessoas que no fazem parte do grupo dos que no consomem esses dois sucos.
Sabamos que dos 500 entrevistados, 50 pessoas consumiam nenhum dos dois e a probabilidade de
50
1
escolhermos uma dessas pessoas ao acaso era
, ou seja,
. Assim, podamos concluir que a
500
10
1
9
probabilidade de no fazer parte desse grupo era 1 =
, raciocinando por excluso.
10
10
Exerccios propostos.
Exerccio 1
Em uma cidade do interior do Brasil, a probabilidade de que um habitante escolhido ao acaso tenha
11
1
televiso em casa
. J a probabilidade de esse habitante ser um comerciante
. Escolhendo um
12
11
habitante dessa cidade ao acaso, qual a probabilidade de que ele tenha televiso em casa e seja comerciante?
Exerccio 2
Alguns professores esto prestando concurso para dar aulas em uma escola.
Inicialmente, eles faro uma prova escrita e, depois de serem aprovados nessa prova, faro uma prova
prtica. Aquele que for aprovado na prova prtica ser contratado. Sabendo que a probabilidade de aprovao
1
2
na prova escrita
e de aprovao na prova prtica (depois de ser aprovado na escrita)
, calcule a
4
3
probabilidade de que um professor, escolhido ao acaso, seja contratado.
Exerccio 3

Matemtica

157

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Em uma noite de sexta-feira, pesquisadores percorreram 500 casas perguntando em que canal estava
ligada a televiso. Desse modo, descobriram que em 300 casas assistiam ao canal VER-DE-PERTO, 100 viam
o canal VERMELHOR e outras 100 casas no estavam com a TV ligada. Escolhida uma
das 500 casas, ao acaso, qual a probabilidade de que a TV esteja sintonizada no canal VER-DE-PERTO ou
no canal VER-MELHOR?
Exerccio 4
Dos 140 funcionrios de uma fbrica, 70 preferem a marca de cigarros FUMAA, 80 preferem TOBACO e
30 fumam ambas sem preferncia.
Sabendo que 20 funcionrios no fumam, calcule a probabilidade de que um funcionrio, escolhido ao
acaso:
a) fume FUMAA e TOBACO
b) fume FUMAA ou TOBACO
Exerccio 5
Com as mesmas informaes do exerccio anterior, calcule a probabilidade de que um funcionrio,
escolhido ao acaso:
a) fume s FUMAA
b) fume s TOBACO
c) fume s FUMAA ou s TOBACO
d) no fume nenhuma das duas marcas de cigarro
e) no fume FUMAA
f) no fume TOBACO
Respostas
1. Eventos independentes:
2. Eventos dependentes:
3.

1
12

1
6

300 100 400 4


+
=
=
500 500 500 5

4. a) P (A e B) =

b) P (A ou B) =
5. a)

3
30
=
140 14

40 30 50 120 6
=
=
140
140 7

40 2
=
140 7

b)

5
50
=
140 14

c)

40 50 9
=
14
140

Matemtica

158

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d)

20 1
=
140 7

e)

50 20 70 1
=
=
140
140 2

f)

40 20 60 3
=
=
140
140 7

Fonte: http://www.bibvirt.futuro.usp.br

ANLISE COMBINATORIA
O PRINCPIO MULTIPLICATIVO
A palavra Matemtica, para um adulto ou uma criana, est diretamente relacionada com atividades e
tcnicas para contagem do nmero de elementos de algum conjunto. As primeiras atividades matemticas que
vivenciamos envolvem sempre a ao de contar objetos de um conjunto, enumerando seus elementos.
As operaes de adio e multiplicao so exemplos de .tcnicas. matemticas utilizadas tambm para a
determinao de uma quantidade. A primeira (adio) rene ou junta duas ou mais quantidades conhecidas; e
a segunda (multiplicao) normalmente aprendida como uma forma eficaz de substituir adies de parcelas
iguais.
A multiplicao tambm a base de um raciocnio muito importante em Matemtica, chamado princpio
multiplicativo. O princpio multiplicativo constitui a ferramenta bsica para resolver problemas de contagem sem
que seja necessrio enumerar seus elementos (como veremos nos exemplos).
Os problemas de contagem fazem parte da chamada anlise combinatria.
EXEMPLO 1
Maria vai sair com suas amigas e, para escolher a roupa que usar, separou 2 saias e 3 blusas. Vejamos
de quantas maneiras ela pode se arrumar.
Soluo:

O princpio multiplicativo, ilustrado nesse exemplo, tambm pode ser enunciado da seguinte forma:
Se uma deciso d1 pode ser tomada de n maneiras e, em seguida, outra deciso d2 puder ser tomada de m
maneiras, o nmero total de maneiras de tornarmos as decises d1 e d2 ser n m.
No exemplo anterior havia duas decises a serem tomadas:
d1: escolher uma dentre as 3 blusas
d2: escolher uma dentre as 2 saias
Assim, Maria dispe de 3 2 = 6 maneiras de tomar as decises d1 e d2, ou seja, 6 possibilidades diferentes
de se vestir.
EXEMPLO 2
Um restaurante prepara 4 pratos quentes (frango, peixe, carne assada, salsicho), 2 saladas (verde e
russa) e 3 sobremesas (sorvete, romeu e julieta, frutas).

Matemtica

159

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De quantas maneiras diferentes um fregus pode se servir consumindo um prato quente, uma salada e uma
sobremesa?
Soluo:
Esse e outros problemas da anlise combinatria podem ser representados pela conhecida rvore de
possibilidades ou grafo. Veja como representamos por uma rvore o problema do cardpio do restaurante.

Observe que nesse problema temos trs nveis de deciso:


d1: escolher um dentre os 4 tipo de pratos quentes.
d2: escolher uma dentre as 2 variedades de salada.
d3: escolher uma das 3 sobremesas oferecidas.
Usando o princpio multiplicativo, conclumos que temos 4 2 3 = 24 maneiras de tomarmos as trs
decises, ou seja, 24 opes de cardpio.
A representao grfica em rvore de possibilidades muito ilustrativa. Nela podemos ver claramente os
trs nveis de deciso d1, d2 e d3, consultando os vrios tipos de cardpios possveis. Observe que,
percorrendo as opes dadas pelos segmentos esquerda da rvore, o cardpio ficaria frango/salada
verde/sorvete enquanto que, escolhendo os segmentos direita, teramos salsicho/salada russa/ frutas. No
entanto, nosso objetivo saber as combinaes possveis e calcular o nmero total de possibilidades sem
precisar enumer-las, pois muitas vezes isso ser impossvel devido ao grande nmero de opes e/ou de
decises envolvidos num problema.
As tcnicas da anlise combinatria, como o princpio multiplicativo, nos fornecem solues gerais para
atacar certos tipos de problema. No entanto, esses problemas exigem engenhosidade, criatividade e uma plena
compreenso da situao descrita. Portanto, preciso estudar bem o problema, as condies dadas e as
possibilidades envolvidas, ou seja, ter perfeita conscincia dos dados e da resoluo que se busca.
EXEMPLO 3
Se o restaurante do exemplo anterior oferecesse dois preos diferentes, sendo mais baratas as opes que
inclussem frango ou salsicho com salada verde, de quantas maneiras voc poderia se alimentar pagando
menos?
Soluo:
Note que agora temos uma condio sobre as decises d1 e d2:
d1: escolher um dentre 2 pratos quentes (frango ou salsicho).
d2: escolher salada verde (apenas uma opo).
d3: escolher uma das 3 sobremesas oferecidas.
Ento, h 2 1 3 = 6 maneiras de montar cardpios econmicos. (Verifique os cardpios mais econmicos
na rvore de possibilidades do exemplo anterior).

Matemtica

160

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EXEMPLO 4
Quantos nmeros naturais de 3 algarismos distintos existem?
Soluo*:
Um nmero de 3 algarismos c d u formado por 3 ordens: Como o algarismo da ordem das centenas no
pode ser zero, temos ento trs decises:
d1: escolher o algarismo da centena diferente de zero (9 opes).
d2: escolher o algarismo da dezena diferente do que j foi escolhido para ocupar a centena (9 opes).
d3: escolher o algarismo da unidade diferente dos que j foram utilizados (8 opes).
Portanto, o total de nmeros formados ser
9 9 8 = 648 nmeros.
De acordo com o exemplo anterior, se desejssemos contar dentre os 648 nmeros de 3 algarismos
distintos apenas os que so pares (terminados em 0, 2, 4, 6 e 8), como deveramos proceder?
Soluo:

O algarismo da unidade poder ser escolhido de 5 modos (0, 2, 4, 6 e 8). Se o zero foi usado como ltimo
algarismo, o primeiro pode ser escolhido de 9 modos (no podemos usar o algarismo j empregado na ltima
casa). Se o zero no foi usado como ltimo algarismo, o primeiro s pode ser escolhido de 8 modos (no
podemos usar o zero, nem o algarismo j empregado na ltima casa).
Para vencer este impasse, temos trs alternativas:
a) Abrir o problema em casos (que alternativa mais natural). Contar separadamente os nmeros que
tm zero como ltimo algarismo (unidade = 0)
e aqueles cujo ltimo algarismo diferente de zero (unidade 0).
Terminando em zero temos 1 modo de escolher o ltimo algarismo, 9 modos de escolher o primeiro e 8
modos de escolher o do meio (algarismo da dezena), num total de 1 9 8 = 72 nmeros.
Terminando em um algarismo diferente de zero temos 4 modos de escolher o ltimo algarismo (2, 4, 6, ou
8), 8 modos de escolher o primeiro algarismo (no podemos usar o zero, nem o algarismo j usado na ltima
casa) e 8 modos de escolher o algarismo do meio (no podemos usar os dois algarismos j empregados nas
casas extremas). Logo, temos 4 8 8 = 256 nmeros terminados em um algarismo diferente de zero. A
resposta , portanto, 72 + 256 = 328 nmeros.
b) Ignorar uma das restries (que uma alternativa mais sofisticada).
Ignorando o fato de zero no poder ocupar a centena, teramos 5 modos de escolher o ltimo algarismo, 9
modos de escolher o primeiro e 8 modos de escolher o do meio, num total 5 8 9 = 360 nmeros. Esses 360
nmeros incluem nmeros comeados por zero, que devem ser descontados. Comeando em zero temos 1
modo de escolher o primeiro algarismo (0), 4 modos de escolher o ltimo (2, 4, 6 ou 8) e 8 modos de escolher o
do meio (no podemos usar os dois algarismos j empregados nas casas extremas), num total de 1 4 8 = 32
nmeros.
A resposta , portanto, 360 - 32 = 328 nmeros.
c) claro que tambm poderamos ter resolvido o problema determinando todos os nmeros de 3
algarismos distintos (9 9 8 = 648 nmeros), como o caso do Exemplo 4, e abatendo os nmeros mpares
de 3 algarismos distintos (5 na ltima casa, 8 na primeira e 8 na segunda), num total de 5 8 8 = 320
nmeros.
Assim, a resposta seria 648 - 320 = 328 nmeros.
Fonte: * Soluo proposta pelo prof. Augusto Csar de Oliveira Morgado no livro "Anlise Combinatria e
Probabilidade" - IMPA/VITAE/1991.

Matemtica

161

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EXEMPLO 6
As placas de automveis eram todas formadas por 2 letras (inclusive K, Y e W) seguidas por 4 algarismos.
Hoje em dia, as placas dos carros esto sendo todas trocadas e passaram a ter 3 letras seguidas e 4
algarismos. Quantas placas de cada tipo podemos formar?
Soluo:
No primeiro caso

Como cada letra (L) pode ser escolhida de 26 maneiras e cada algarismo (N) de 10 modos distintos, a
resposta :
26 26 10 10 10 10 = 6 760 000
No segundo caso

26 26 26 10 10 10 10 = 26 6 760 000 =
= 175 760 000
A nova forma de identificao de automveis possibilita uma variedade 26 vezes maior. A diferena de
169.000.000, ou seja, 169 milhes de placas diferentes a mais do que anteriormente.

AS PERMUTAES
um tipo muito comum de problemas de contagem, que est relacionado com as vrias formas de
organizar ou arrumar os elementos de um conjunto.
Organizar tais elementos uma atividade cotidiana que inclui vrias possibilidades, sendo que cada pessoa
adota uma estratgia. No entanto, muitas vezes precisamos saber de quantas maneiras podemos arrumar um
conjunto de elementos ou simplesmente saciar a curiosidade sobre o nmero total de possibilidades.
Consultando um dicionrio encontramos:
PERMUTAR dar mutuamente, trocar.
PERMUTAO:
ato ou efeito de permutar, troca, substituio;
transposio dos elementos de um todo para se obter uma nova combinao;
seqncia ordenada dos elementos de um conjunto.
EXEMPLO 1
No protocolo de uma repartio h um arquivo de mesa como o da figura abaixo. Cada funcionrio do setor
gosta de arrumar estas caixas em uma ordem diferente (por exemplo: entrada-pendncias-sada, pendnciassada-entrada etc.). De quantas maneiras possvel ordenar estas caixas?

Soluo:
Como temos 3 caixas - sada (S), pendncias (P) e entrada (E) vamos escolher uma delas para ficar
embaixo. Escolhida a caixa inferior, sobram 2 escolhas para a caixa que ficar no meio e a que sobrar ficar
sobre as outras.

Matemtica

162

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Ento, usando o princpio multiplicativo temos
3 2 1 = 6 opes
Assim, as solues so:

EXEMPLO 2
De quantas maneiras podemos arrumar 5 pessoas em fila indiana?
Soluo:
Para facilitar, vamos imaginar que as pessoas so P 1, P2, P3, P4, P5, P6 e que precisamos arrum-las nesta
fila:

Deste modo, podemos ter solues como:


P1

P3

P5

P2

P4

P5

P2

P1

P3

P4

etc.
Ao escolher uma pessoa para ocupar a primeira posio na fila temos cinco pessoas disposio, ou seja,
5 opes; para o 2 lugar , como uma pessoa j foi escolhida, temos 4 opes; para o 3 lugar sobram trs
pessoas a serem escolhidas; para o 4 lugar duas pessoas, e para o ltimo lugar na fila sobra apenas a pessoa
ainda no escolhida.
Pelo princpio multiplicativo temos:
5 4 3 2 1 = 120 opes
Permutao
Dado um conjunto formado por n elementos, chama-se permutao desses n elementos qualquer
seqncia de n elementos na qual apaream todos os elementos do conjunto.
Os Exemplos 1 e 2 so demonstraes de permutaes feitas com 3 caixas e 5 pessoas. No Exemplo 2,
como na maioria dos casos, no descrevemos ou enumeramos todas as permutaes que podemos encontrar,
pois apenas calculamos o nmero de permutaes que poderamos fazer.
Clculo do nmero de permutaes
O nmero de modos de ordenar n objetos distintos :
n (n - 1) (n - 2) ... 1
EXEMPLO 3
Quantos nmeros diferentes de 4 algarismos podemos formar usando apenas os algarismos 1, 3, 5 e 7?
Soluo:
Como so 4 algarismos diferentes, que sero permutados em 4 posies, a soluo :
4 3 2 1 = 24 nmeros diferentes

Matemtica

163

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Um novo smbolo
Uma multiplicao do tipo n (n - 1) (n - 2) ... 1 chamada fatorial do nmero n e representada por n!
(lemos n fatorial).
n! = n (n - 1) (n - 2) ... 1
Veja os exemplos:
a)

5! = 5 4 3 2 1 = 120

b)

4! = 4 3 2 1 = 24

c)

5! 4! = (5 4 3 2 1) (4 3 2 1) =
120 24 = 2880

d)

8! = 8 7!

e)

f)
EXEMPLO 4
Quantos so os anagramas da palavra MARTELO?
Voc sabe o que um anagrama?
Anagrama uma palavra formada pela transposio (troca) de letras de outra palavra. Existem tambm
anagramas de frases, nos quais se trocam as palavras, formando-se outra frase.
Soluo:
Cada anagrama da palavra MARTELO uma ordenao das letras M, A, R, T, E, L, O. Assim, o nmero de
anagramas o nmero de permutaes possveis com essas letras, ou seja:
7! = 7 6 5 4 3 2 1 = 5040
EXEMPLO 5
Quantos anagramas que comecem e terminem por consoantes podemos formar a partir da palavra
MARTELO?
Soluo:
A consoante inicial pode ser escolhida de 4 maneiras e a consoante final de 3 maneiras. As 5 letras
restantes sero permutadas entre as duas consoantes j escolhidas. Portanto, a resposta 4 3 5! = 1440
anagramas
EXEMPLO 6
Um grupo de 5 pessoas decide viajar de carro, mas apenas 2 sabem dirigir. De quantas maneiras possvel
dispor as 5 pessoas durante a viagem?
Soluo:
O banco do motorista pode ser ocupado por uma das 2 pessoas que sabem guiar o carro e as outras 4
podem ser permutadas pelos 4 lugares restantes, logo:
2 4! = 2 24 = 48 maneiras
Nos Exemplos 6 e 7 vemos que em alguns problemas (que envolvem permutaes dos elementos de um
conjunto) podem existir restries que devem ser levadas em conta na resoluo.
Portanto, fique sempre muito atento ao enunciado da questo, procurando compreend-lo completamente
antes de buscar a soluo.

Matemtica

164

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EXEMPLO 7
Num encontro entre presidentes de pases da Amrica do Sul, apenas 7 confirmaram presena.
Os organizadores dos eventos que ocorrero durante a visita gostariam de permutar os presidentes
possibilitando vrios contatos diferentes.
De quantas maneiras podemos permutar os presidentes em 7 cadeiras lado a lado?
Se 2 dos presidentes devem se sentar lado a lado, quantas so as possibilidades de organiz-los?
Se tivssemos 2 presidentes que no devem ficar juntos, quantas seriam as possibilidades de organiz-los?
Soluo:
a) O total de permutaes possveis dos 7 presidentes por 7 cadeiras 7! = 5040.
b) Observe que, agora, queremos contar apenas o nmero de permutaes nas quais os presidentes A e B
aparecem juntos, como, por exemplo:
ABCDEFG
BACGDFE
GABDCEF

etc.

Ento, preciso contar quantos so os casos em que A e B estariam juntos.


Eles estariam juntos na 1 e na 2 cadeiras, na 2 e na 3, 3 e 4, 4 e 5, 5 e 6 ou 6 e 7. Podemos
verificar que so 6 posies e que para cada uma delas poderamos ter A e B ou B e A (2 possibilidades: 6 2
= 12). Alm disso, devemos contar vrias vezes no total de permutaes cada uma dessas 12 possibilidades,
como, por exemplo, EFGCDAB, FEGCDAB, DEFGAB etc.
Para sabermos quantas vezes A e B aparecem nas posies 6 e 7, respectivamente, precisamos contar
todas as permutaes possveis dos outros 5 presidentes nas 5 posies restantes.
Considerando todos estes casos, o nmero total de posies em que A e B aparecem junto 2 6 5! = 12
120 = 1440 posies
c) Neste caso, do total de permutaes possveis com os 7 presidentes (5040) devemos retirar aquelas em
que A e B aparecem juntos (1440). Portanto, a resposta seria:
5040 - 1440 = 3600 possibilidades
Continuando com permutaes
Vimos vrios exemplos de permutaes denominadas permutaes simples e permutaes simples com
restries.
Voc deve ter notado que em todos aqueles exemplos permutamos objetos distintos: 3 caixas diferentes,
pessoas diferentes, nmeros formados por algarismos diferentes, anagramas da palavra MARTELO (que no
tm letras repetidas) etc. Como deveramos proceder se quisssemos saber o nmero de anagramas possveis
com as letras da palavra MADEIRA ou da palavra PRPRIO?
Voc estudar permutaes com objetos nem todos distintos.
Outro caso que ser estudado o que chamamos de permutao circular. S para voc j ir pensando, no
Exemplo dos 7 presidentes, eles sempre se sentavam lado a lado. O que aconteceria se fssemos arrum-los
numa mesa redonda? Ser que teramos o mesmo nmero de permutaes diferentes?
Alm de acompanhar cuidadosamente os exemplos, voc precisa resolver os exerccios, discutir sua
soluo com outras pessoas e at inventar problemas.
Matemtica se aprende fazendo!
Permutaes com repetio
EXEMPLO 1
A palavra MADEIRA possui sete letras, sendo duas letras A e cinco letras distintas: M, D, E, I, R.
Quantos anagramas podemos formar com essa palavra?
Soluo:

Matemtica

165

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O nmero de permutaes de uma palavra com sete letras distintas (MARTELO) igual a 7! = 5040. Neste
exemplo formaremos uma quantidade menor de anagramas, pois so iguais aqueles em que uma letra A
aparece na 2 casa e a outra letra A na 5 casa (e vice-versa).
Para saber de quantas maneiras podemos arrumar as duas letras A, precisamos de 2 posies. Para a
primeira letra A teremos 7 posies disponveis e para a segunda letra A teremos 6 posies disponveis (pois
uma das 7 j foi ocupada).
Temos ento, 7

6
21 opes de escolha.
2

A diviso por 2 necessria para no contarmos duas vezes posies que formam o mesmo anagrama
(como, por exemplo, escolher a 2 e 5 posies e a 5 e 2 posies).
Agora vamos imaginar que as letras A j foram arrumadas e ocupam a 1 e 2 posies:
AA_____
Nas 5 posies restantes devemos permutar as outras 5 letras distintas, ou seja, temos 5! = 120
possibilidades. Como as 2 letras A podem variar de 21 maneiras suas posies, temos como resposta:

76
5! 21 120 = 2520 anagramas da palavra MADEIRA
2
EXEMPLO 2
Uma urna contm 10 bolas: 6 pretas e 4 brancas. Quantas so as maneiras de se retirar da urna, uma a
uma, as 10 bolas?
Soluo:
Vejamos primeiro algumas possibilidades de se retirar as bolas da urna, uma a uma, sendo 6 bolas pretas e
4 bolas brancas.
Nesse exemplo temos uma permutao de 10 elementos. Caso fossem todos distintos, nossa resposta
seria 10!. No entanto, o nmero de permutaes com repetio de 6 bolas pretas e 4 bolas brancas ser
menor.
Se as bolas brancas (que so iguais) fossem numeradas de 1 a 4, as posies seriam diferentes.
Note que para cada arrumao das bolas brancas temos 4! = 24 permutaes que so consideradas
repeties, ou seja, que no fazem a menor diferena no caso de as bolas serem todas iguais.
Da mesma forma, para cada posio em que as 6 bolas pretas aparecerem no devemos contar as
repeties ou as trocas entre as prprias bolas pretas. O nmero de repeties 6! = 720.
Conclumos, ento, que as maneiras de se retirar uma a uma 6 bolas pretas e 4 bolas brancas, sem contar
as repeties, :

10! 3.628.800

210
4!6!
24.720
EXEMPLO 3
Quantos anagramas podemos formar com a palavra PRPRIO?
Soluo:
Este exemplo parecido com o das bolas pretas e brancas. Mas observe que aqui temos 7 letras a serem
permutadas, sendo que as letras P, R e O aparecem 2 vezes cada uma e a letra I, apenas uma vez.
Como no caso anterior, teremos 2! repeties para cada arrumao possvel da letra P (o mesmo ocorrendo
com as letras R e O). O nmero de permutaes sem repetio ser, ento:
etc...
nmero total de permutaes de 7
7!
2! 2! 2! letras.
produto das repeties possveis com
as letras P, R e O

Matemtica

166

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5040
630
222
Uma expresso geral para permutaes com objetos nem todos distintos
Havendo n elementos para permutar e dentre eles um elemento se repete p vezes e outro elemento se
repete q vezes, temos:

n!
p! q!
No exemplo anterior, voc viu que podemos ter mais de 2 elementos que se repetem. Neste caso, teremos
no denominador da expresso o produto dos fatoriais de todos os elementos que se repetem.
Simplificando fatoriais
Uma frao com fatoriais no numerador e no denominador pode ser facilmente simplificada.
Observe os exemplos:
a)

10! 10 9 8 7 6!

10 9 8 7
6!
6!

b)

5!
5!
1

7! 7 6 5! 7 6

c)

n(n - 1)!
n!

n
(n - 1)! (n - 1)!

d)

5!
5 4 3! 5 4

52
3!2!
3!2!
2 1
Permutaes circulares

Permutaes circulares so os casos de permutaes em que dispomos n elementos em n lugares em


torno de um crculo. Veja um exemplo.
De quantos modos podemos formar uma roda com 5 crianas?
Para formar uma roda com 5 crianas, no basta escolher uma ordem para elas. Vamos nomear as 5
crianas por A, B, C, D, E. Observe que as rodas por exemplo, so iguais.
Em cada uma dessas rodas, se seus elementos fossem arrumados em fila, teramos permutaes
diferentes; no entanto, dispostos de forma circular, no do origem a rodas diferentes; temos 5 rodas iguais,
pois a posio de cada criana em relao s outras a mesma e a roda foi apenas virada.
Como no queremos contar rodas iguais, nosso resultado no o nmero de permutaes com 5
elementos em 5 posies, ou seja, 5! = 120. J que cada roda pode ser virada de cinco maneiras, o nmero
total de permutaes, 120 rodas, contou cada roda diferente 5 vezes e a resposta do problema :

120
24
5
Uma expresso geral para permutaes circulares
Nas permutaes simples importam os lugares que os objetos ocupam e nas permutaes circulares
importa a posio relativa entre os objetos, ou seja, consideramos equivalentes as arrumaes que possam
coincidir por rotao.
Se temos n objetos, cada disposio equivalente por rotao pode ser obtida de n maneiras. Confirme isso
com os exemplos a seguir:
a) 3 elementos: A, B, C. Considere a roda ABC. As rodas BCA e CAB so rodas equivalentes.
b) 8 elementos: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8. Verifique que as 8 rodas abaixo so equivalentes:
1-2-3-4-5-6-7-8

Matemtica

167

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8-1-2-3-4-5-6-7
7-8-1-2-3-4-5-6
6-7-8-1-2-3-4-5
5-6-7-8-1-2-3-4
4-5-6-7-8-1-2-3
3-4-5-6-7-8-1-2
2-3-4-5-6-7-8-1
A expresso geral do nmero de permutaes circulares ser o nmero total de permutaes, n!,
dividido pelas n vezes que cada roda equivalente foi contada:

n! n(n 1)!

(n 10)!
n
n
EXEMPLO 4
Quantas rodas de ciranda podemos formar com 8 crianas?
Soluo:
Podemos formar

8!
7! 5040 rodas diferentes.
8
EXEMPLO 5
Se no encontro dos 7 presidentes as reunies fossem ocorrer ao redor de uma mesa, de quantas maneiras
poderamos organiz-los?
Soluo:

7!
6! 720 posies circulares diferentes.
7
EXEMPLO 6
Neste mesmo exemplo, o que ocorreria se dois dos 7 presidentes no devessem sentar juntos?
Soluo:
Neste caso, poderamos contar as permutaes circulares dos outros 5 presidentes e depois encaixar os 2
que devem ficar separados nos espaos entre os 5 j arrumados.
O nmero de permutaes circulares com 5 elementos 4! = 24, e entre eles ficam formados 5 espaos.
Se os presidentes F e G forem colocados em 2 destes 5 espaos, eles no ficaro juntos. Temos ento 5
opes para sentar o presidente F e 4 opes (uma foi ocupada por F) para sentar o presidente G.
A resposta a este problema 5 4 4! = 480
AS COMBINAES
At agora voc estudou problemas de anlise combinatria que envolviam o princpio multiplicativo e as
permutaes.
Se observar os problemas de permutaes ver que possuem duas caractersticas em comum:
todos os objetos so usados na hora de formar o agrupamento;
a ordem em que os objetos so arrumados no agrupamento faz diferena.
Nos problemas que envolviam anagramas com as letras de uma palavra, por exemplo, todas as letras da
palavra original tinham de ser usadas, e a ordem em que arrumvamos as letras era importante, pois cada
ordem diferente fornecia um novo anagrama.
Agora, voc estudar um tipo diferente de problema em que:
no utilizamos todos os objetos;
a ordem em que os objetos so arrumados no faz diferena.
Vamos comear compreendendo e resolvendo um problema.

Matemtica

168

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EXEMPLO 1
Em uma obra havia trs vagas para pedreiro. Cinco candidatos se apresentaram para preencher as vagas.
De quantas formas o encarregado da obra pode escolher os trs de que ele precisa?
Soluo:
Note que ele no vai usar todos os candidatos, de 5 escolher apenas 3.
Alm disso, a ordem em que ele vai escolh-los no faz diferena (se escolher primeiro Joo, depois Jos e
por ltimo Pedro, ou primeiro Jos, depois Pedro e por ltimo Joo, o grupo escolhido ser o mesmo).
Assim, voc j deve ter notado que este no um problema de permutaes.
Se a ordem de escolha dos candidatos importasse, poderamos usar o princpio multiplicativo. Nesse caso,
teramos 5 candidatos para a primeira vaga, 4 candidatos para a segunda e 3 candidatos para a ltima. A
soluo seria: 5 4 3 = 60. Portanto, haveria 60 formas de escolher os trs novos pedreiros.
Usando o princpio multiplicativo, no entanto, contamos vrias vezes o mesmo grupo de trs candidatos:
Joo
Joo
Pedro
Pedro
Jos
Jos

Jos
Pedro
Joo
Jos
Pedro
Joo

Pedro
Jos
Jos
Joo
Joo
Pedro

Estes seis grupos so iguais e foram contados como agrupamentos diferentes nas 60 formas de escolher
que encontramos. Para retirar as repeties destes e de outros grupos, vamos dividir o resultado pelo nmero
de vezes que eles se repetem na contagem. Que nmero esse?
Os grupos repetidos so as formas de .embaralhar. trs candidatos escolhidos.
Ora embaralhar trs objetos fazer permutaes! O nmero de permutaes de 3 objetos voc j sabe
que 3! = 6. Logo, basta dividir 60 por 6 para no contarmos as repeties dentro de cada grupo formado. Isso
significa que h 10 maneiras de escolher os trs novos pedreiros, entre os 5 candidatos.
Uma frmula para o clculo das combinaes
Esse tipo de agrupamento chama-se combinao. No caso do nosso exemplo, temos uma combinao de
5 objetos (os 5 candidatos) 3 a 3 (apenas 3 sero escolhidos).
Vamos supor que temos n objetos disponveis para escolha e que, destes, vamos escolher p objetos (p < n).
p
O nmero de maneiras de se fazer essa escolha chama-se combinao e representa-se por C n . Portanto, o
nmero de combinaes de n elementos p a p calculado por:

p
Cn

n!
(n p! )p!

Em nosso exemplo, temos n = 5 e p = 3. Aplicando a frmula, obtemos:

C 35

5!
5!

(5 3! )3! 2!3!

Vamos resolver mais alguns problemas nos prximos exemplos. Leia com ateno o enunciado, interprete-o
e tente resolver cada exemplo sozinho. S depois disso leia a soluo.
Assim voc poder verificar se realmente compreende o problema e sua soluo.
EXEMPLO 2
Em um hospital h apenas 5 leitos disponveis na emergncia. Dez acidentados de um nibus chegam e
preciso escolher 5 para ocupar os leitos. Os outros ficariam em macas, no corredor do hospital. De quantas
formas poderamos escolher 5 pessoas que ficariam nos leitos?
Soluo:
Na realidade, os responsveis pela emergncia estudariam cada caso e escolheriam os mais graves, mas
imagine que todos tenham a mesma gravidade.

Matemtica

169

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Nesse caso, h duas coisas a observar: de 10 pessoas, 5 sero escolhidas e a ordem em que a escolha
feita no importa. Trata-se, ento, de uma combinao onde:
n = 10 (nmero de objetos disponveis)
p = 5 (nmero de .objetos. a serem escolhidos)
Usando a frmula, temos:
5
C10

10!
10!

(10 5! )5! 5!5!

Logo, h 252 formas de escolher as 5 pessoas que iro ocupar os 5 leitos.


EXEMPLO 3
Uma pequena empresa quer formar um time de futebol e 15 funcionrios se inscreveram, dizendo que
aceitam jogar em qualquer posio. De quantas formas possvel escolher os 11 jogadores do time?
Soluo:
De 15 operrios, 11 sero escolhidos e a ordem de escolha no importa, pois queremos escolher apenas os
jogadores sem determinar as posies em campo.
Temos, ento, as caractersticas de uma combinao de 15 pessoas (n = 15) para formar grupos de 11 (p =
11).
Usando a frmula:

C11
15

15!
1365
(15 11! )11!

Assim, os jogadores podem ser escolhidos de 1 365 formas diferentes.


EXEMPLO 4
Os 15 funcionrios da empresa decidem escolher uma comisso de 3 membros para reivindicar apoio
financeiro da diretoria ao novo time de futebol. Beto comeou a pensar em todas as comisses possveis em
que ele pudesse ser um dos membros, e nas quais Edu no estivesse. Em quantas comisses Beto poderia
pensar?
Soluo:
Como Edu no pode participar de nenhuma das comisses pensadas por Beto, podemos retir-lo do
problema. Temos, ento, 14 funcionrios para formar comisses de 3.
Como um dos membros sempre o Beto, precisamos descobrir os outros dois membros que devem ser
escolhidos dentre 13 pessoas (Beto j foi escolhido).
Assim, conclumos que o nmero mximo de comisses diferentes que Beto poderia pensar :
2
C13

13!
13!

(13 2! )2! 11!2!

EXEMPLO 5
De quantos modos podemos formar 2 times de vlei com 12 moas?
Soluo:
6
Como cada um dos times deve ter 6 jogadoras, o primeiro pode ser escolhido de C 12
modos. Escolhido
6
esse time, sobram exatamente 6 moas para formar o segundo. A resposta, ento, parece ser C12
1 . No
entanto, contamos cada time duas vezes. Observe, por exemplo, que as formaes abaixo so idnticas:

a, b, c, d, e, f

g, h, i, j, l, m

g, h, i, j, l, m

a, b, c, d, e, f

ou

Matemtica

170

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A resposta correta :
6
C12
1 1 12!

462
2
2 6!6!

Assim, temos ento 462 modos de formar os 2 times.(Fonte: http://www.bibvirt.futuro.usp.br).

PROGRESSES ARITMTICAS
Introduo
Quando escrevemos qualquer quantidade de nmeros, um aps o outro, temos o que chamamos de
seqncia. As seqncias so, freqentemente, resultado da observao de um determinado fato ou
fenmeno.
Imagine, por exemplo, que uma pessoa da cidade de Mag (Rio de Janeiro) tenha anotado as temperaturas
mximas em cada dia do ms de abril de 1995.
O resultado pode ser visto na seguinte tabela:
DIA

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 ...

TEMPERATURA
31 32 32 29 31 34 33 34 26 25 28 27 30 29 ...
MXIMA ( C)
Na linha de cima, temos a seqncia dos dias e, na de baixo, a seqncia das temperaturas. Nessa
seqncia, dizemos que o primeiro termo 31, o segundo termo 32, o sexto termo 34.
conveniente representar cada termo de uma seqncia pela letra a, seguida de um ndice que indica a
sua ordem.
Assim, na seqncia das temperaturas, temos:
a1 = 31
a2 = 32
a6 = 34
a9 = 26 etc.
Quando desejamos falar sobre um termo qualquer de uma seqncia, escrevemos an. Assim, no exemplo
que acabamos de dar, an representa a temperatura mxima registrada no dia n.
Para que voc entenda bem o significado desta ltima frase, e de outras do mesmo tipo, substitua n por
nmeros naturais: 1, 2, 3 etc. Fazendo isso, voc obtm as seguintes frases:
a1 representa a temperatura mxima registrada no dia 1;
a2 representa a temperatura mxima registrada no dia 2; e assim por diante.
Voc pode usar as seqncias para registrar diversas observaes, como a produo de uma
fbrica em cada ms, o nmero de telefonemas que voc d por dia, a taxa de inflao mensal etc.
Vamos estudar certas seqncias muito especiais.
Por sua regularidade, conhecendo alguns termos, podemos calcular qualquer outro. A primeira delas
chama-se progresso aritmtica.
Uma progresso aritmtica uma seqncia na qual, dado um primeiro termo, obtemos todos os outros
acrescentando sempre a mesma quantidade.
Por exemplo, vamos partir do nmero 7 e acrescentar 3, diversas vezes:

Matemtica

171

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O valor que acrescentamos a cada termo para obter o seguinte chama-se razo (R). Portanto, nesse
exemplo, temos:
a1 = 7 e R = 3.
Veja agora outros exemplos de progresses aritmticas e sua classificao:
3, 7, 11, 15, 19, 23 ...
Temos R = 4.
uma progresso crescente.
9, 7, 5, 3, 1, - 1, - 3, - 5, ...
Temos R = - 2.
uma progresso decrescente.
4, 4, 4, 4, 4, 4, 4, ...
Temos R = 0.
uma progresso estacionria.
Dada uma progresso aritmtica, como calculamos sua razo? Pense!
No difcil. Como a razo a quantidade que acrescentamos a cada termo
para obter o seguinte, podemos dizer que:
A razo de uma progresso aritmtica a
diferena entre qualquer termo e o anterior.
Assim, retomando os trs ltimos exemplos, temos:
na 1 progresso:

na 2 progresso:

na 3 progresso:

=7-3=4

= 11 - 7 = 4

= 15 - 11 = 4 etc.

=7-9=-2

= 5 - 7 = - 2 etc.

=4-4=0

Passamos ento a generalizar o que vimos nos exemplos. Considere a seguinte progresso aritmtica (de
agora em diante representada por PA) de razo R:

Suponha que voc conhea o primeiro termo (a1), e a razo (R). Como faremos para calcular qualquer outro
termo? Observe as igualdades:
a2 = a1 + R
a3 = a1 + 2R
a4 = a1 + 3R
a5 = a1 + 4R
...................
a10 = a1 + 9R

Matemtica

172

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Vemos ento que, para calcular um termo qualquer (an) preciso somar ao 1 termo, n - 1 vezes a razo,
ou seja:
Frmula do termo geral
an = a1 + (n - 1) R
Para entender bem o que estamos fazendo, imagine que voc est no 1 degrau de uma escada e deseja
chegar ao 10. Quantos degraus deve subir?
claro que so 9. Se voc est no 1 degrau e deseja chegar ao 25, quantos deve subir? Deve subir 24,
lgico. Ento, para chegar ao degrau nmero n, devemos subir n - 1 degraus.
Observe a aplicao dessa frmula nos exemplos seguintes.
EXEMPLO 1
Qual o trigsimo (30) termo da progresso aritmtica: 10, 17, 24, 31, 38, ...?
Soluo: A razo da progresso R = 17 - 10 = 7 e o primeiro termo a1 = 10. Desejamos calcular o
trigsimo termo, ou seja, a30.
A partir da frmula do termo geral:
an = a1 + (n - 1)R
Substituindo a letra n por 30, obtemos:
a30 = a1 + (30 - 1)R
Da,
a30 = 10 + 29 . 7
a30 = 213
Portanto, o trigsimo termo da progresso dada 213.
EXEMPLO 2
Um aluno escreveu todos os nmeros mpares desde 17 at 63. Quantos nmeros ele escreveu?
Soluo: A progresso desse exemplo a seguinte:
17, 19, 21, 23, ..., 63.
O primeiro termo 17, o ltimo termo 63 e a razo 2. Escrevemos ento:
a1 = 17
an = 63
R=2
Substituindo esses valores na frmula do termo geral, calcularemos n que o nmero de termos da
progresso:
an = a1 + (n - 1)R
63 = 17 + (n - 1) . 2
63 - 17 = 2n - 2
46 = 2n - 2
48 = 2n
n = 24
A progresso tem, portanto, 24 termos.
EXEMPLO 3
Em janeiro de certo ano, Joo estava ganhando R$ 70,00 por ms. Seu patro prometeu aumentar seu
salrio em R$ 4,00 todos os meses. Quanto Joo estar ganhando em dezembro do ano seguinte?

Matemtica

173

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Soluo: Se o salrio de Joo aumenta R$ 4,00 todos os meses, ento a seqncia dos salrios uma
progresso aritmtica de razo 4.

2 ANO

1 ANO

Vamos organiz-la assim:


janeiro
fevereiro
..................
..................
dezembro

...
...

a1 = 70
a2 = 74
............
............
a12 =

janeiro
..................
..................
dezembro

...
...

a13 =
............
............
a24

Usando a frmula do termo geral, temos:


a24 = a1 + 23R
a24 = 70 + 23 . 4
a24 = 70 + 92
a24 = 162
Portanto, com esses pequenos aumentos mensais, Joo estar ganhando, em dezembro do ano seguinte,
R$ 162,00.
Algumas propriedades da progresso aritmtica
O grfico
Podemos visualizar os termos de uma progresso aritmtica por meio de um grfico como este:

Os valores dos termos so representados pelas barras verticais que formam o desenho de uma escada.
Nessa escada, a altura de cada degrau a razo da progresso aritmtica.
Uma outra frmula
Se voc est no 6 degrau de uma escada e deseja chegar ao 10, quantos degraus deve subir? A resposta
simples: 4 degraus. Podemos escrever isso em linguagem matemtica:
a10 = a6 + 4R
De modo geral, se estamos no degrau de nmero n e desejamos chegar ao degrau de nmero m,
devemos subir m - n degraus. A nossa nova frmula, que relaciona dois termos quaisquer, ento a seguinte:
am = an + (m - n)R

Matemtica

174

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EXEMPLO 4
Todos os anos, uma fbrica aumenta a produo, em uma quantidade constante. No 5 ano de
funcionamento, ela produziu 1.460 peas, e no 8 ano, 1.940. Quantas peas ela produziu no 1 ano de
funcionamento?
Se a produo aumentada a cada ano em uma quantidade constante, temos que a seqncia das
produes anuais forma uma progresso aritmtica. Nessa progresso, sabemos que a 5 = 1.460 e a8 =
1.940. Devemos calcular a1, ou seja, a produo inicial. Tomemos ento nossa ltima frmula:
am = an + (m - n)R
e faamos m = 8 e n = 5. Ela fica assim:
a8 = a5 + (8 - 5)R
Substituindo os valores conhecidos, temos:
1.940 = 1.460 + 3R
1.940 - 1.460 = 3R
480 = 3R
R = 160
Sabemos agora que a razo 160, ou seja, a produo da fbrica aumenta em 160 peas a cada ano.
Para calcular o primeiro termo da progresso, faamos m = 5 e n = 1 na frmula que estamos usando. Ela fica
assim:
a5 = a1 + (5 - 1)R ou
a5 = a1 + 4R
Como os valores de a5 e R so conhecidos, podemos fazer as substituies:
1.460 = a1 + 4 . 160
1.460 = a1 + 640
1.460 - 640 = a1
a1 = 820
Conclumos ento que, no primeiro ano de funcionamento, essa fbrica produziu 820 peas.
Para terminar, repare que temos duas frmulas, muito parecidas, para relacionar dois termos de uma
progresso aritmtica e sua razo. A segunda mais geral. Ela capaz de calcular qualquer termo de uma
PA se voc conhece a razo e, tambm, um outro termo qualquer.
EXERCCIOS:
Exerccio 1
Calcule o 25 termo da PA: 5, 8, 11, 14, ...
Exerccio 2
Uma caixa d.gua de 1.000 litros est completamente cheia e vaza 7 litros por hora.
a)

Complete alguns termos da progresso sugerida abaixo:

caixa cheia

a1 =

1.000 litros

1 hora depois

a2 =

993 litros

2 horas depois

a3 =

.....................

3 horas depois

a4 =

.....................

4 horas depois

a5 =

.....................

b)

Quantos litros ter a caixa 24 horas depois do instante em que estava cheia?

Exerccio 3
Uma criana est brincando de fazer quadrados com palitos de fsforo como mostra o desenho:

Matemtica

175

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Quantos quadrados ela fez com 250 palitos?


Sugesto: Forme uma progresso da seguinte forma:
1 quadrado = 4

palitos a1 = 4

2 quadrados = .... palitos a2 = ....


Exerccio 4
Faa um grfico mostrando os 6 primeiros termos da progresso aritmtica de razo - 3 cujo primeiro termo
11.
Exerccio 5
Em uma PA, a10 = 33 e a17 = 68. Calcule a32.
Exerccio 6
Um menino tem R$ 19,00 no seu cofre e, a partir de certo ms, passou a tirar R$ 0,80 todos os dias para
um sorvete.
a)

Organize uma PA mostrando a quantia que resta no cofre aps o sorvete dirio. Assim:

1 dia

a1 = 18,20

2 dia

a2 = ..................

3 dia

a3 = ..................

4 dia

a4 = ..................

5 dia

a5 = ..................

b)

Que quantia havia no cofre aps o sorvete do 15 dia?

c) Qual foi o 1 dia em que ele no pde tomar sorvete?


Exerccio 7
No acostamento de uma estrada, existem dois telefones para pedidos de socorro mecnico: um no km 51 e
outro no km 117. Entre eles, sero colocados mais 10 telefones, de modo que entre um e o seguinte se
tenha sempre a mesma distncia. Determine em que quilmetros ficaro os novos telefones.
Sugesto: Se j existem 2 telefones e mais 10 sero colocados entre eles, ento a progresso ter, ao todo,
12 termos. Considere ento a1 = 51 e a12 = 117. Com a frmula do termo geral, voc pode calcular a razo.
Respostas:
1. 77
2.
a) 1.000, 993, 986, 979, 972
b) 839
3. 83
4.

5. 143
6.
a) a1 = 18,20
a2 = 17,40
a3 = 16,60
a4 = 15,80
a5 = 15,00

Matemtica

176

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b) 7,00
c) Dia 24.
7. 57, 63, 69, 75, 81, 87, 93, 99, 105 e 111.
Somando os termos de uma progresso aritmtica
Introduo
Podemos somar rapidamente qualquer quantidade de termos de uma PA. Deduziremos a frmula da
soma dos termos de uma progresso aritmtica usando a mesma idia que um menino de 10 anos teve
no ano de 1787. Esse menino, que se tornou um dos maiores matemticos de todos os tempos,
chamava-se Carl Friedrich Gauss, e uma pequena parte de sua histria a que relatamos a seguir:
O menino Gauss era alemo e vivia na cidade de Brunswick, onde, aos 10 anos, freqentava a escola local.
Certo dia, para manter a classe ocupada, o professor mandou que os alunos somassem todos os nmeros de 1
a 100.
Mas, para sua enorme surpresa, o pequeno Gauss anunciou a resposta quase imediatamente: .D 5.050..
Vamos mostrar como ele calculou .de cabea. a soma:
1 + 2 + 3 + .....+ 100
Primeiro vamos representar por S essa soma.
Depois, escrevemos a mesma soma na ordem inversa e, em seguida, somamos as duas, termo a termo.
S=
1 +
2 +
3 +....+ 98 + 99 + 100
S = 100 + 99 + 98 +....+
3 +
2 +
1
2S= 101 + 101 + 101 +....+ 101 + 101 + 101
Assim, duas vezes S igual soma de 100 parcelas, todas iguais a 101.
Logo:
2S
2S
S

=
=
=

100 x 101
10.100
5.050

No h dvida de que esse episdio da vida do menino Gauss nos mostra uma idia brilhante. Vamos
aproveit-la para deduzir a frmula da soma dos termos de qualquer progresso aritmtica.
Um pouco de Histria
Como vimos na aula passada, podemos imaginar os termos de uma progresso aritmtica como os degraus
de uma escada. Veja uma de sete degraus, por exemplo:

Agora, como faremos para calcular a soma das alturas de todos os degraus?
Podemos usar a idia do menino Gauss. Vamos considerar duas escadas iguais e encaixar uma na outra,
como mostra o desenho a seguir:

Matemtica

177

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Observando o desenho, vemos que a1+ a7 igual a a2 + a6 que igual a a3 + a5 e assim por diante.
Temos ento:
S= a1 + a2
S= a7 + a6

+ a3 + a4 + a5 + a6 + a7
+ a 5 + a 4 + a 3 + a2 + a 1

Somando as duas igualdades, obtemos, do lado esquerdo, 2S e, do lado direito, 7 vezes a1+ a7. Logo:
2S = (a1 + a7 ) 7

(a 1 a 7 ) 7
2

O raciocnio utilizado para obter a soma dos 7 termos da progresso que nos serviu de exemplo pode ser
aplicado a qualquer outra. Portanto, se uma progresso tiver n termos, a soma de todos eles ser:

(a 1 a n ) n
2

Nessa frmula, bom lembrar que:


a1 o primeiro termo,
an o ltimo termo,
n o nmero de termos.
EXEMPLO 1
Calcule a soma dos 30 primeiros nmeros mpares.
Soluo: Os nmeros mpares so:
1, 3, 5, 7, 9, 11, ....
Eles formam uma progresso aritmtica de razo 2.
Para calcular o trigsimo (30) termo dessa progresso, precisamos usar a frmula a n = a1+ (n - 1)R que
aprendemos na aula passada. Substituindo ento n por 30, obtemos:
a30 = a1 + (30 - 1)R
a30 = 1 + 29 . 2
a30 = 59
Vamos usar a frmula da soma dos termos de uma progresso aritmtica, fazendo tambm n = 30:

(a 1 a 30 ) 30
2

Substituindo os valores do primeiro e do ltimo termo, temos:

(1 59 ) 30 60 30

900
2
2

Conclumos ento que a soma dos 30 primeiros nmeros mpares :

Matemtica

178

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1 + 3 + 5 + 7 + 9 + 11 + ..... + 59 = 900
EXEMPLO 2
No Exemplo 3 da aula passada, vimos que Joo ganhava R$ 70,00 em janeiro de certo ano e passou a
receber um aumento de R$ 4,00 todos os meses.
Desejamos saber agora qual foi o total que ele recebeu em dois anos de trabalho, ou seja, at dezembro do
ano seguinte.
Soluo: Ns vimos que o salrio de Joo forma uma progresso aritmtica de razo 4. O primeiro termo
70 e o vigsimo quarto
(24) termo foi calculado.
a1
70

a2
74

a3
78

................
................

a24
162

Vamos agora somar todos esses valores usando a frmula da soma dos termos de uma progresso
aritmtica. Com 24 parcelas, a frmula fica assim:

(a 1 a 24 ) 24
2

Substituindo os valores do primeiro termo e do ltimo, temos:

(70 162 ) 24
2.784
2

Conclumos que Joo ganhou, ao longo dos dois anos, um total de R$ 2.784,00.
A progresso aritmtica na mquina de calcular
Hoje em dia, todos ns usamos uma mquina simples para facilitar nossos clculos: a mquina de calcular.
Alm de realizar as quatro operaes (soma, subtrao, multiplicao e diviso), a mquina calcula raiz
quadrada e tem memria.

A maioria dessas calculadoras capaz de mostrar, com muita facilidade, os termos de uma progresso
aritmtica qualquer. Como exemplo, consideremos a progresso aritmtica de razo R = 7, comeando em a1 =
9. Para visualizar quantos termos voc quiser, digite:

A primeira vez que voc apertar a tecla


o visor mostrar 16, que o segundo termo da progresso.
Continuando a apertar a tecla
diversas vezes, o visor mostrar os termos seguintes da progresso: 23, 30,
37, 44 etc.
A mquina de calcular tambm soma os termos de uma progresso aritmtica. Se no forem muitos os
termos que precisamos somar, o uso da calculadora bastante eficiente. Vamos mostrar ento como obter a
soma dos 5 primeiros termos de uma PA, cujo primeiro termo 15,86 e cuja razo 0,17.
Para obter os 5 termos, procedemos como no exemplo anterior. Devemos apenas, aps cada termo que
aparecer no visor, apertar a tecla
. Isto faz com que os termos da progresso sejam acumulados na
memria da calculadora.

Matemtica

179

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Depois que voc apertar pela quinta vez a tecla
progresso aparecer no visor.

, aperte a tecla

e a soma dos 5 termos da

O esquema da operao que vamos fazer o seguinte:

Iniciando com a1 = 15,86 e com R = 0,17, e procedendo como indicamos acima, encontraremos, para a
soma dos 5 termos da progresso, o valor 81.
Exerccio 1
Dada a progresso: 5, 16, 27, 38, .........., calcule:
a) o vigsimo (20) termo;
b) a soma dos 20 primeiros termos.
Exerccio 2
Calcule a soma de todos os nmeros mpares de dois algarismos.
Sugesto: Os nmeros mpares de dois algarismos formam a progresso 11, 13, 15, 17, ....., 99. preciso
saber quantos termos ela possui. Para isso, utilize a frmula do termo geral: an = a1 + (n - 1) R, com a1 = 11 e
an = 99.
O valor de n que voc encontrar o nmero de termos da progresso.
Ultilize ento a frmula da soma.
Exerccio 3
Calcule a soma dos 25 primeiros termos da PA:
100, 94, 88, 82, .....
a1 M+ + R = M+ = M+ = M+ = M+ MR
9+7=====
Exerccio 4
Um corredor planejou seu treinamento da seguinte forma: pretende correr 5 km no primeiro dia e depois ir
aumentando a distncia em 500 m todos os dias.
a) Quanto ele estar correndo no trigsimo (30) dia do treinamento?
b) Nesses 30 dias, qual foi a distncia total que ele percorreu?
Sugesto: Construa uma PA da seguinte forma a1 = 5 km, a2 = 5,5 km etc.
Calcule a30 pela frmula do termo geral e depois some todos os termos.
Exerccio 5
Qual a soma de todos os mltiplos de 5 que possuem trs algarismos?
Exerccio 6
Em uma casa de campo existem, ao longo da cerca, uma torneira e 18 roseiras.
A torneira est a 15 m da primeira roseira e o espao entre as roseiras de 1m.

Matemtica

180

Livraria Multimarcas

O jardineiro tem apenas um balde. Ele enche o balde na torneira, rega a primeira roseira, volta para encher
o balde, rega a segunda roseira, e assim por diante. Aps regar a dcima oitava (18) roseira ele retorna para
deixar o balde junto torneira. Qual foi a distncia total percorrida pelo jardineiro?

PROGRESSES GEOMTRICAS
1 - DEFINIO
Vejamos a seqncia 2, 6, 18, 54, 162
Onde cada termo, a partir do 2., obtido multiplicando-se o termo anterior por 3, ou seja:
an = an 1 . 3
n = 2, 3, . . . , 5
Observe que o quociente entre dois termos sucessivos no muda, sendo uma constante.
a2
6

3
a1
2

a3
18

3
a2
6
a4
54

3
a3
18

a5
162

3
a4
54
Sequncias onde o quociente entre dois termos consecutivos uma constante tambm possuem
propriedades interessantes. So tambm teis para a Matemtica recebem um nome prprio:
PROGRESSES GEOMTRICAS.
PROGRESSES GEOMTRICAS toda sequncia em que cada termo, a partir do segundo, igual ao
produto do seu termo precedente por uma constante. Esta constante chamada razo da progresso
geomtrica.
Em smbolos:
AN = A N - 1 . Q
a2

ou seja:
a1

N = 1, 2, 3, . . .
a3 a4

. . .q
a2 a3

CLASSIFICAO E TERMO GERAL


Quanto ao nmero de termos, podemos classificar a Progresso Geomtrica em:
- FINITA: quando o n de termo for finito: 2, 4, 8, 16, 32, 64 ( 6 termos)
- INFINITA: quando o nmero de termos for infinito: 2, 4, 8, 16, 32, 64, . . .
Quanto razo, podemos classificar a PG em:

Matemtica

181

Livraria Multimarcas
-

CRESCENTE: quando cada termo maior que o anterior: 2, 4, 8, 16, 32


DECRESCENTE: quando cada termo menor que o anterior: 16, 8, 4, 2, 1, 1/2, 1/4, ..,
CONSTANTE: quando cada termo igual ao anterior: 3, 3, 3, 3, 3, . . . (q = 1)
OSCILANTE OU ALTERNANTE: quando cada termo, a partir do segundo tem sinal contrrio ao do termo
anterior.

Em alguns problemas, seria til existir uma relao entre o primeiro termo e um termo qualquer. Vejamos
como obt-la.
a2 = a1 . q
2
a3 = a2 . q = ( a1 . q ) . q = a1 . q
2
3
a4 = a3 . q = ( a1 . q ) . q = a1 . q
3
4
a5 = a4 . q = ( a1 . q ) . q = a1 . q
. . . . . . . . . . . . .
n -2
n -1
an = an -1 . q = ( a1 . q ) . q = a1 . q
N -1
AN = A1 . Q
Esta ltima expresso chamada termo geral de uma Progresso Geomtrica.
EXERCCIOS
1) Determinar o 9. termo (a9) da P.G. (1, 2, 4, 8;....).
Soluo:
an termo de ordem n
a1 1 termo
n nmero de termos
q razo
FRMULA DO TERMO GERAL: an = a1 . q
a1 = 1
q=4=2=2
n=9
2 1
9 1
8
a9 = 1 . 2
a9 = 1 . 2

a9 = 1 . 256 a9 = 256

n 1

a9 = ?

2) Determinar a1 (1 termo) da PG cuja a8 (8 termo) 729, sabendo-se que a razo 3.


Soluo:
a1 = ?
q=3
n=8
a8 = 729
8 1
a8 = a1 . 3
7
729 = a1 . 3
6
7
3 = a1 . 3
6
7
a1 = 3 : 3
1
1
a1 = 3 a1
3
3) Determinar a razo de uma PG com 4 termos cujos extremos so 1 e 64.
4 1
Soluo:
a4 = a1 . q
4 1
64 = 1 . q
3
3
4 =1 .q
3
3
4 =q
q =4
TERMOS EQUIDISTANTES
Em toda PG finita, o produto de dois termos equidistantes dos extremos igual ao produto dos extremos.
Exemplo:
( 1, 3, 9, 27, 81,
1 e 243 extremos
3 e 81 eqidistantes
9 e 27 equidistantes

243 )
produto = 243
produto = 3 . 81 = 243
produto = 9 . 27 = 243

Desta propriedade temos que:


Em toda Progresso Geomtrica finita com nmero mpar de termos, o termo mdio a mdia geomtrica
dos extremos.

Matemtica

182

Livraria Multimarcas
Exemplo: ( 3, 6, 12, 24, 48, 96, 192)
2
24 = 3 . 192
IV - PRODUTO DOS N PRIMEIROS TERMOS DE UMA PG
Sendo a1, a2, a3, ..., an uma PG de razo q, indicamos o produto dos seus n primeiros termos por: Pn = a1 .
a2 . a3 . ... . an
0bserve que:
2
3
n 1
Pn = a1. ( a1 . q ) . (a1 . q ) . (a1 . q ) ... (a1 . q )
1
2
3
n 1
Pn = ( a1. a1 . a1 . . . . a1 ) . ( q . q . q . . . q )

Pn a1n. q123 . . . (n -1)

Mas 1 + 2 + 3 + .... + (n 1) uma PA de (n 1) termos e razo 1. Considerando a frmula da soma dos


termos de uma PA, temos:
S

1 ( n - 1) n - 1 S n (n 1)
(a1 an )n
S
2
2
2

Assim, podemos afirmar que:

PN A N
1

n ( n -1)
Q 2

V - INTERPOLAO GEOMTRICA
Inserir ou interpolar k meios geomtricos entre os nmeros A e B, significa obter uma PG de k+2 termos,
B
onde A o primeiro termo e B o ltimo e a razo dada por: QK 1
A
VI - SOMA DOS N PRIMEIROS TERMOS DE UMA PG
Seja uma PG de n termos a1 , a2, a3, ...., an
A soma dos n primeiros termos ser indicada por: S n = a1 + a2 + a3 + .... + an
Observe que, se q = 1, temos S = n . a1. Suponhamos agora que, na progresso dada, tenhamos q 1.
Multipliquemos ambos os membros por q.
Sn . q = a1 . q + a2 . q + a3 . q +....+ an 1 . q + an . q
Como a1 . q = a2 , a2 . q = a3 , ... an 1 . q = an temos:
Sn . q = a2 + a3 + a4 +....+ an + an . q
E sendo a2 + a3 + a4 +....+ an = Sn a1 , vem:
Sn . q = Sn a1 + an . q
S n - S n . q = a1 - a n . q
a -a . q
Sn 1 n
( q 1)
1- q

Sn

a1 - a1 . qn -1 q
1- q

Sn

a1 - a1 . qn
1- q

Sn a1

1 - qn
1- q

( q 1)

VII - SOMA DOS TERMOS DE UMA PG INFINITA COM - 1 < Q < 1


Vejamos como calcular S 1 1 1 1 1 . . .
2

Matemtica

16

183

Livraria Multimarcas
Neste caso, temos a soma dos termos de uma PG infinita com q =

1
.
2

Multiplicando por 2 ambos os membros, temos:

1
111
2
S

1

.
.
.
2
481
6
S

2S=2+S S=2

1 1
1

...
3 9 27
Multiplicando por 3 ambos os membros, temos:
Calculemos agora S 1

11 1
3
S

1

.
.
.
39 2
7
S
3
3S = 3 + S 2S = 3 S
2
Vamos obter uma frmula para calcular a soma dos termos de uma PG infinita com -1 < q < 1, Neste caso a
soma converge para um valor que ser indicado por S
S = a1 + a2 + a3 +....+ an + . . .
2
n 1
S = a1 + a1 . q + a1 . q +....+ a1 . q + . . .
multiplicando por q ambos os membros, temos:
2
3
n
Sq = a1q+ a1 q + a1 q +....+ a1 q + . . .
Sq = S a1
S Sq = a1
a
S(1 q) = a1 S 1
1 q
Resumindo:
se - 1 < q < 1, temos:

S a1 a2 a3 .... an . . .

a1
1 q

EXERCCIOS
Determinar a soma dos termos da PG
Soluo: a1 = 1

( 1,

1 1
1
, , ...., )
2 4
64

1
2

a1 - an . q
1- q
1
1
1
1.
164
2 S 128
Sn
n
1
1
12
2
127
127
127
Sn 128
2 Sn
ou
1
128
64
2
Sn 1,984375

Sn

Determinar a soma dos oito primeiros termos da PG (2, 2 , 2 , . . .).


Soluo:
a1 = 2
q=2
n=8

Matemtica

184

Livraria Multimarcas
Sn

a1 ( 1 - qn )
1- q

2 ( 1 - 28 )
2 ( 1 - 256)

1- 2
-1
2 ( - 255)

510 S8 510
1

S8

1 1 1
; ; ; ... )
2 4 8
Soluo: De a2 = a1. q tiramos que:
a
1
1
q 2
q
a1 2
2

Determinar a razo da PG ( 2 ; 1;

Achar o stimo termo da PG (

1
; 1 ; 2 ; . . .)
2

Soluo:

1
e q=2
2
Aplicando ento a frmula do termo geral, teremos que o stimo termo :
1
1
a7 a1 q7 - 1 26 64
2
2
portanto ( ) a7 = 32
A

PG tal que a1

MATRIZES
Conceito
Matrizes formam um importante conceito matemtico, de especial uso n transformaes lineares. No
o propsito de o estudo de sta pgina a teoria dessas transformaes, mas apenas alguns fundamentos e
operaes bsicas com matrizes que as representam.
Uma matriz Amn pode ser entendida como um conjunto de mn (m multiplicado por n) nmeros ou variveis
dispostos em m linhas e n colunas e destacados por colchetes conforme abaixo:

A mxn

a11 a12 ... a1n

a 21 a 22 ... a 2n

.a a ...a
mn
m1 m2

Portanto, para a matriz da Figura 02, de 2 linhas e 3 colunas,


a11 = 4 a12 = 0 a13 = 9
a21 = 1 a22 = 7 a23 = 3

4 0 9
A 2x3


Rigorosamente, uma matriz Amn definida como uma funo cujo domnio o conjunto de todos os
pares de nmeros inteiros (i, j) tais que 1 i m e 1 j n. E os valores que a funo pode assumir so dados
pelos elementos aij.
Adio e subtrao
Essa operao s pode ser feita com matrizes de mesmo nmero de linhas e mesmo nmero de colunas.
Sejam duas matrizes Amn e Bmn. Ento a matriz R = A B uma matriz mn tal que cada elemento de
R dado por:

Matemtica

185

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rij = aij bij .
Exemplo:

4 0 8 2 4 1 6 4 9
1 3 3 2 5 4 3 8 7

Multiplicao por um escalar


Nessa operao, todos os elementos da matriz so multiplicados pelo escalar. Se Amn uma matriz
qualquer e c um escalar qualquer,
P = c A uma matriz mn tal que
pij = c aij
Exemplo:

4 0 2 8 0 4
2x

1 3 3 2 6 6
Algumas propriedades das operaes de adio e de multiplicao por escalar
Sejam as matrizes A e B, ambas mn, e os escalares a e b.
a (bA) = ab (A)
a (A + B) = aA + aB
se aA = aB, ento A = B
Matrizes nulas, quadradas, unitrias, diagonais e simtricas
Uma matriz mn dita matriz nula se todos os elementos so iguais a zero. Geralmente simbolizada por
Omn.
Assim, Oij = 0
Exemplo:

0 0 0
O 3x2

000

Matriz quadrada a matriz cujo nmero de linhas igual ao de colunas. Portanto, se Amn quadrada, m
= n. Pode-se ento dizer que A uma matriz mm ou nn.
Matriz unitria In (ou matriz identidade) uma matriz quadrada nn tal que
Iij = 1 se i = j e Iij = 0 se i j.
Exemplo:

1 0 0
I 3 0 1 0
0 0 1
Uma matriz quadrada Ann dita matriz diagonal se
aij = 0 para i j
Exemplo:

- 3 0
A 3x3 0 5
0 0

0
0
8

A matriz unitria , portanto, uma matriz diagonal com os elementos no nulos iguais a 1.

Matemtica

186

Livraria Multimarcas
Uma matriz quadrada Ann dita matriz simtrica se
a ij = a ji
Exemplo:

3
A 3x3 7
9

7
4
6

9
6
2

Multiplicao de matrizes
Sejam Amp e Bpn, isto , duas matrizes tais que o nmero de colunas da primeira (p) igual ao nmero de
linhas da segunda (p).
O produto C = AB uma matriz mn (Cmn) tal que
cij = k=1,p aik bkj

1 2
4 0 5
9 8

A
B 2 5 C AB

6 7
1 1 3
1 0
No exemplo acima,os clculos so:
c11 = 4.1 + 0.2 + 5.1 = 9
c12 = 4.2 + 0.5 + 5.0 = 8
c21 = 1.1 + 1.2 + 3.1 = 6
c22 = 1.2 + 1.5 + 3.0 = 7
Na linguagem prtica, pode-se dizer que se toma a primeira linha de A e se multiplica pela primeira coluna
de B (a soma a primeira linha e primeira coluna da matriz do produto). Depois, a primeira linha de A pela
segunda coluna de B. Depois, a segunda linha de A pela primeira coluna de B e assim sucessivamente.
Ordem dos fatores
Notar que, segundo a definio anterior de produto, s possvel calcular AB e BA se A e B so matrizes
quadradas.

1 1
2 2
3 3
B
AB
A

1 1
4 4
1 2
Entretanto, na multiplicao de matrizes, a ordem dos fatores no indiferente. Em geral, AB BA. Veja
exemplo:

1 1
2 2
4 8
BA
A

1 1
2 3
1 2

Isso significa que nem sempre ocorre a propriedade comutativa. Se AB = BA, as matrizes A e B so
denominadas comutativas.
Algumas propriedades do produto de matrizes
Sejam as matrizes A, B e C.
1) Se os produtos A (BC) e (AB) C so possveis de clculo, ento
A (BC) = (AB) C
2) Se os produtos AC e BC so possveis, ento
(A + B) C = AC + BC
3) Se os produtos CA e CB so possveis, ento
C (A + B) = CA + CB

Matemtica

187

Livraria Multimarcas
4) Se Ip a matriz unitria pp conforme visto em pgina anterior, ento valem as relaes:
Ip Apn = Apn
Bmp Ip = Bmp
Potncias de matrizes
Seja A uma matriz quadrada e n um inteiro n1. As relaes bsicas de potncias so:
0

A =I
n

A =AA

n1

Transposio de matrizes
T

Seja uma matriz Amn. A matriz transposta de A, usualmente simbolizada por A , uma matriz nm tal que
T

a ij = aji para 1 i n e 1 j m
Na prtica, as linhas de uma so as colunas da outra. Exemplo:

1 4
2 5

3 6

1 2 3

4 5 6

Algumas propriedades da transposio de matrizes


T T

(A ) = A
T

(A + B) = A + B
T

(kA) = k A
T

(AB) = B A
T

Se A = A , ento A simtrica
T

det(A ) = det(A)
Matriz inversa
1

Seja A uma matriz quadrada. A matriz inversa de A, usualmente simbolizada por A , uma matriz tambm
quadrada tal que
1

AA

=A

A=I

Ou seja, o produto de ambas a matriz unitria (ou matriz identidade).


Nem toda matriz quadrada admite uma matriz inversa. Se a matriz no possui inversa, ela dita matriz
singular. Se a inversa possvel, ela uma matriz no singular.
Algumas propriedades das matrizes inversas
1 1

(A )
(AB)

T 1

(A )

=A
1

=B

1 T

= (A )

Matriz ortogonal uma matriz quadrada cuja transposta igual sua inversa. Portanto,
T

AA =A A=I
Determinando a matriz inversa
Neste tpico so dados os passos para a determinao da matriz inversa pelo mtodo de Gauss-Jordan.
Seja a matriz da abaixo, cuja inversa se deseja saber.

2
1

2
Matemtica

1
1
3

1
1
2

188

Livraria Multimarcas
O primeiro passo acrescentar uma matriz unitria no lado direito conforme abaixo:

2 1 1
1 1 1

2 3 2

1 0 0
0 1 0
0 0 1

O objetivo somar ou subtrair linhas multiplicadas por escalares de forma a obter a matriz unitria no lado
esquerdo. Notar que esses escalares no so elementos da matriz. Devem ser escolhidos de acordo com o
resultado desejado.
1 linha = 1 linha + 2 linha multiplicada por 1.
Com essa operao, consegue-se 1 no elemento 11 (primeira linha, primeira columa) da matriz esquerda.

1 0 0
1 1 1

2 3 2

1 -1 0
0 1 0
0 0 1

Os elementos 12 e 13 tornaram-se nulos, mas apenas uma coincidncia. Em geral isso no ocorre logo
na primeira operao.
2 linha = 2 linha + 1 linha multiplicada por 1.
3 linha = 3 linha + 1 linha multiplicada por 2.

1 0 0 1 - 1 0
0 1 1 - 1 2 0

0 3 2 - 2 2 1
Com as operaes acima, os elementos 21 e 22 tornaram-se nulos, formando a primeira coluna da matriz
unitria.
3 linha = 3 linha + 2 linha multiplicada por 3.

1 0 0
0 1 1

0 0 - 1

0
- 1 2 0
1 - 4 1
1 -1

Essa operao formou a segunda coluna da matriz identidade.


3 linha = 3 linha multiplicada por 1.
Multiplicao executada para fazer 1 no elemento 33 da matriz esquerda.

1 0 0
0 1 1

0 0 1

0
- 1 2 0
- 1 4 - 1
1 -1

2 linha = 2 linha + 3 linha multiplicada por 1.


Essa operao forma a terceira e ltima coluna da desejada matriz identidade no lado esquerdo.

1 0 0
0 1 0

0 0 1

0
0 - 2 1
- 1 4 - 1
1 -1

E a matriz inversa a parte da direita.

Matemtica

189

Livraria Multimarcas
1 - 1 0
0 - 2 1

- 1 4 - 1
claro que h outros mtodos para a finalidade. Para matrizes 2x2, uma frmula rpida dada na Figura
08A (det = determinante.
Se

a b
A
,
c d
1

ento A

= ( 1 / det(A) ) =

d -b
- c a

Obs: o mtodo de Gauss-Jordan pode ser usado tambm para resolver um sistema de equaes lineares.
Nesse caso, a matriz inicial (Figura 01) a matriz dos coeficientes e a matriz a acrescentar a matriz dos
termos independentes.
Seja o sistema de equaes:
2x 5y + 4z = 3
x 2y + z =

x 4y + 6z = 10
Monta-se a matriz conforme abaixo:

2 - 5
1 - 2

1 - 4

4
1
6

10

-3

Usando procedimento similar ao anterior, obtm-se a matriz unitria:

1 0 0 124
0 1 0 75

0 0 1 31
E a soluo do sistema :
x = 124 y = 75 z = 31.

Fonte: http://www.mspc.eng.br

DETERMINANTES
Determinante um nmero que se associa a uma matriz quadrada. De modo geral, um determinante
indicado escrevendo-se os elementos da matriz entre barras ou antecedendo a matriz pelo smbolo det .
Assim, se

a b
A
, o determinante de A indicado por:
c d
a b a b
detA det

c d c d
O clculo de um determinante efetuado atravs de regras especficas que estudaremos mais adiante.
importante ressaltarmos alguns pontos:
Somente s matrizes quadradas que associamos determinantes.

Matemtica

190

Livraria Multimarcas
O determinante no representa o valor de uma matriz. Lembre-se, matriz uma tabela, e no h significado
falar em valor de uma tabela.
Determinante de 1 Ordem
Dada uma matriz quadrada de 1 ordem

M a11 , o seu determinante o nmero real a11 :

detM a11 a11


Exemplo

M [5] detM 5 ou | 5 | 5
Determinante de 2 Ordem
Dada a matriz

a11 a12
M
a 21 a 22

de ordem 2, por definio o determinante associado a

a11 a12
a21 a22

M , determinante de 2 ordem, dado por:

a11a 22 a12 a 21

Determinante de 3 Ordem
Para o clculo de determinantes de ordem 3 podemos utilizar uma regra prtica, conhecida como Regra de
Sarrus, que s se aplica a determinantes de ordem 3. A seguir, explicaremos detalhadamente como utilizar a
Regra de Sarrus para calcular o determinante

a11 a12 a13 a11 a12


D a 21 a 22 a 23 a 21 a 22
a 31 a32 a33 a 31 a 32
1 passo:
Repetimos as duas primeiras colunas ao lado da terceira:

a11 a12 a13 a11 a12


a 21 a 22 a 23 a 21 a 22
a 31 a32 a 33 a 31 a 32
2 passo:
Devemos encontrar a soma do produto dos elementos da diagonal principal com os dois produtos obtidos
pela multiplicao dos elementos das paralelas a essa diagonal:

multiplicar e somar
3 passo:
Encontramos a soma do produto dos elementos da diagonal secundria com os dois produtos obtidos pela
multiplicao dos elementos das paralelas a essa diagonal:

Matemtica

191

Livraria Multimarcas

multiplicar e somar
Assim, subtraindo o segundo produto do primeiro, podemos escrever o determinante como:

D a11a 22 a33 a12 a 23 a31 a13 a 21a32


- a13 a 22 a31 a11a 23 a32 a12 a 21a33

Menor Complementar
Chamamos de menor complementar relativo a um elemento

ai j

de uma matriz

M quadrada de ordem

n 1, o determinante MCi j , de ordem n 1 , associado matriz obtida de M quando suprimimos a linha e a


coluna que passam por

ai j . Por exemplo, dada a matriz:

a11 a12
M

a 21 a 22
de ordem 2, para determinar o menor complementar relativo ao elemento
e a coluna 2:

a11 MC11 , eliminamos a linha 1

De modo anlogo, para obtermos o menor complementar relativo ao elemento

a13 , eliminamos a linha 1 e a

coluna 2:

Para um determinante de ordem 3, o processo de obteno do menor complementar o mesmo utilizado


anteriormente, por exemplo, sendo

a11 a12 a13


M a 21 a 22 a 23
a31 a32 a33

de ordem 3, temos:

Cofator
Chama-se de cofator de um elemento

Ai j 1

i j

ai j de uma matriz quadrada o nmero A i j tal que

MCi j

Exemplo

Matemtica

192

Livraria Multimarcas
a11 a12 a13

Considerando M a 21 a 22 a 23

a31 a32 a33


calcularemos o cofator
Devemos calcular

Assim

A23 . Temos que i 2 e j 3 , logo: A23 1

2 3

MC23 .

MC 23 .

A23 1

23

a11a32 a12a31

Teorema de Laplace

mXn m 2 pode ser obtido pela soma dos produtos dos

O determinante de uma matriz quadrada M aij

elementos de uma fila qualquer (linha ou coluna) da matriz M pelos respectivos cofatores.
Desta forma, fixando j N , tal que 1 j m , temos:

det M i 1 aij Aij


m

em que

i1
m

o somatrio de todos os termos de ndice i , variando de 1 at m , m N .

Exemplo:
Calcule o determinante a seguir utilizando o Teorema de Laplace:

3 -4

D -2 1

Aplicando o Teorema de Laplace na coluna 1, temos:

D 2 111

1 2
5 6

2 121

3 -4
5

0 131

3 -4
1

D 2 14 2138 0 -8 76 68
Observao
Se calcularmos o determinante utilizando a Regra de Sarrus, obteremos o mesmo nmero real.
Propriedades dos determinantes
Quando todos os elementos de uma fila (linha ou coluna) so nulos, o determinante dessa matriz nulo.
Se duas filas de uma matriz so iguais, ento seu determinante nulo.
Se duas filas paralelas de uma matriz so proporcionais, ento seu determinante nulo.
Se os elementos de uma matriz so combinaes lineares dos elementos correspondentes de filas
paralelas, ento seu determinante nulo.
Teorema de Jacobi: o determinante de uma matriz no se altera quando somamos aos elementos de
uma fila, uma combinao linear dos elementos correspondentes de filas paralelas.
O determinante de uma matriz e o de sua transposta so iguais.
Multiplicando-se por um nmero real todos os elementos de uma fila em uma matriz, o determinante
dessa matriz fica multiplicado por esse nmero.
Quando trocamos as posies de duas filas paralelas, o determinante de uma matriz muda de sinal.

Matemtica

193

Livraria Multimarcas
Quando, em uma matriz, os elementos acima ou abaixo da diagonal principal so todos nulos, o
determinante igual ao produto dos elementos dessa diagonal.
Quando, em uma matriz, os elementos acima ou abaixo da diagonal secundria so todos nulos, o
determinante igual ao produto dos elementos dessa diagonal multiplicados por 1

n n 1
2

Para

A e B matrizes quadradas de mesma ordem n , det AB detA detB . Como A A 1 I ,

det A-1 1/det A .


Se k R , ento det k A k n det A .
Fonte: http://www.mundofisico.joinville.udesc.br

SISTEMAS LINEARES
Resolvendo sistemas
Introduo
Nas equaes de 1 grau, cada equao tem uma incgnita, em geral representada pela letra x.
Qualquer equao com duas incgnitas (x e y) no pode ser resolvida porque, para cada valor de x,
podemos calcular um valor diferente para y. Por exemplo, na equao 2x + y = 20, se fizermos x = 3 e x = 6
ento teremos, respectivamente:
2 3 + y = 20 y = 20 - 6 = 14
2 6 + y = 20 y = 20 - 12 = 8
e assim por diante. Vemos ento que, para saber os valores corretos de x e y precisamos de uma outra
informao a respeito das nossas incgnitas.
Se conseguimos obter duas equaes a respeito das mesmas incgnitas, temos um sistema.
Por exemplo:

2x y 20

3x - y 10
um sistema de duas equaes nas incgnitas x e y. possivel resolver esse sistema, ou seja, possivel
descobrir quais so os valores de x e y que satisfazem s duas equaes simultaneamente.
Voc pode verificar que x = 6 e y = 8 a soluo do nosso sistema, substituindo esses valores nas duas
equaes, temos:

2 6 8 20

3 6 - 8 10
Vamos aprender a resolver sistemas de duas equaes com duas incgnitas.
Mas, antes, vamos perceber que, para serem resolvidos, muitos problemas dependem dos sistemas.
Sistemas aparecem em problemas
Para que voc perceba que os sistemas aparecem em problemas simples, imagine a situao a seguir.
Pedro e Paulo conversam despreocupadamente quando chega Jos, um amigo comum, que est para se
aposentar. Jos fala sobre as idades das pessoas que se aposentam e percebe que os dois amigos aindam
esto longe da aposentadoria. Ento, ele pergunta:
- Que idade vocs tm?
Pedro, o mais velho, percebendo um pequeno erro na pergunta, responde:
- Ns temos 72 anos.
A conversa, ento, segue assim:
Jos - Como? Voc est brincando comigo. Esse a no passa de um garoto e voc certamente no
chegou aos 50.

Matemtica

194

Livraria Multimarcas
Pedro - Da maneira que voc perguntou, eu respondi. Ns, eu e Paulo, temos juntos 72 anos.
Jos - Est bem, eu errei. Eu devia ter perguntado que idades vocs tm. Mas, pela sua resposta, eu no
consigo saber as idades de cada um.
Pedro - claro que no. Voc tem duas coisas desconhecidas e apenas uma informao sobre elas.
preciso que eu lhe diga mais alguma coisa e, a sim, voc determina nossas idades.
Jos - Diga.
Pedro - Vou lhe dizer o seguinte. A minha idade o dobro da de Paulo. Agora, Jos, voc tem duas coisas
desconhecidas, mas tem tambm duas informaes sobre elas. Com a ajuda da matemtica, voc poder
saber nossas idades.
Vamos pensar um pouco na situao apresentada. Jos tem duas coisas a descobrir: a idade de Pedro e a
idade de Paulo. Essas so suas incgnitas.
Podemos ento dar nomes a essas incgnitas:
idade de Pedro = x
idade de Paulo = y
A primeira informao que temos que os dois juntos possuem 72 anos.
Ento, nossa primeira equao :
x + y = 72
A outra informao que temos que a idade de Pedro o dobro da idade de
Paulo. Com isso, podemos escrever a nossa segunda equao:
x = 2y
Essas duas equaes formam o nosso sistema:

x y 72

x 2y
Esse sistema, por simplicidade, pode ser resolvido sem necessidade de nenhuma tcnica especial. Se a
segunda equao nos diz que x igual a 2y, ento substituiremos a letra x da primeira equao por 2y. Veja.
x+y = 72
2y+y =

72

3y = 72

3y
72
=
3
3
y = 24
Como x = 2y, ento x = 2 24 = 48. Assim, concluimos que Pedro tem 48 anos e que Paulo tem 24.
Nem sempre os sistemas so to simples assim. Nesta aula, vamos aprender dois mtodos que voc pode
usar na soluo dos sistemas.
O mtodo da substituio
O sistema do problema que vimos foi resolvido pelo mtodo da substituio.
Vamos nos deter um pouco mais no estudo desse mtodo prestando ateno na tcnica de resoluo.
Agora, vamos apresentar um sistema j pronto, sem a preocupao de saber de onde ele veio. Vamos,
ento, resolver o sistema:

3x 2y 22

4x - y 11
Para comear, devemos isolar uma das letra em qualquer uma das equaes.
Observando o sistema, vemos que o mais fcil isolar a incgnita y na segunda equao; assim:

Matemtica

195

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4x - y =11
- y =11 - 4x
- y = -11 + 4x
Isso mostra que o valor de y igual a 4x - 11. Assim, podemos trocar um pelo outro, pois so iguais. Vamos
ento substituir y por 4x - 11 na primeira equao.
3x + 2y = 22
3x + 2(4x - 11) = 22
Temos agora uma equao com uma s incgnita, e sabemos o que temos de
fazer para resolv-la:
3x + 2(4x - 11) = 22
3x + 2 4x - 2 11 = 22
3x + 8x = 22 + 22
11x = 44

11x
44
=
11
11
x =4
J temos o valor de x. Repare que logo no inicio da soluo tnhamos concluido que y = - 11 + 4x. Ento,
para obter y, basta substituir x por 4.
y = - 11 + 4x
y = - 11 + 4 4
y = - 11 + 16
y =5
A soluo do nosso sistema , portanto, x = 4 e y = 5.
Observaes - Ao resolver um sistema, sempre aconselhvel conferir a resposta encontrada para ver se
no erramos na soluo. Os valores de x e de y encontrados estaro certos se eles transformarem as duas
equaes em igualdades verdadeiras.

3x 2y 22

4x - 0y 11

x = 4, y = 5

3 4 + 2 5 = 22 certo
4 4 - 5 = 11 certo
Tudo confere. Os valores encontrados esto corretos.
Outra coisa que desejamos esclarecer que isolamos a incgnita y na segunda equao porque isso nos
pareceu mais simples.
No mtodo da substituio, voc pode isolar qualquer uma das duas incgnitas em qualquer das
equaes e, depois, substituir a expresso encontrada na outra equao.
O mtodo da adio
Para compreender o mtodo da adio, vamos recordar inicialmente o que significa somar duas igualdades
membro a membro. Se temos:
A=B
e
C=D
podemos somar os dois lados esquerdos e os dois lados direitos, para concluir:

Matemtica

196

Livraria Multimarcas
A+C=B+D
Considere agora o seguinte problema.
Encontrar 2 nmeros, sabendo que sua soma 27 e que sua diferena 3.
Para resolv-lo, vamos chamar nossos nmeros desconhecidos de x e y. De acordo com o enunciado,
temos as equaes:
x + y = 27
x-y=3
10
Veja o que acontece quando somamos membro a membro as duas equaes:
x + y = 27
x - y = 03 +
x + x + y - y = 27 + 3

2x
30
=
2
2
2x = 30
x = 15
Encontramos o valor de x. Para encontrar o valor de y vamos substituir x por 15 em qualquer uma das
equaes. Por exemplo, na segunda:
15 - y = 3
- y = 3 - 15
- y = - 12
y = 12
A soluo do nosso problema , portanto, x = 15 e y = 12.
O mtodo da adio consiste em somar membro a membro as duas equaes, com o objetivo de eliminar
uma das incgnitas. No sistema que resolvemos, a incgnita y foi eliminada quando somamos membro a
membro as duas equaes. Mas isso freqentemente no acontece dessa forma to simples. Em geral,
devemos ajeitar o sistema antes de somar.
Vamos mostrar a tcnica que usamos resolvendo o seguinte sistema:

8x 3y 21

5x 2y 13
Para comear, devemos escolher qual das duas incgnitas vamos eliminar.
Por exemplo, o y ser eliminado.
Observe que, multiplicando toda a primeira equao por 2 e toda a segunda equao por 3, conseguimos
tornar os coeficientes de y iguais.

8x 3y 21 (x 2) 6x 6y 42

15x 6y 39
5x 2y 13
(x 3)

Para que o y seja eliminado, devemos trocar os sinais de uma das equaes e depois som-las membro a
membro.

Matemtica

197

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Veja:
- 16x + 6y = 42
- 15x - 6y = - 39

x=3

Em seguida, substituimos esse valor em qualquer uma das equaes do sistema. Por exemplo, na primeira.
8 3 + 3y = 21
24 + 3y = 21
3y = 21 - 24
3y = - 3

3y
3
=
3
3
y =-1
A soluo do nosso sistema , portanto, x = 3 e y = -1
Voc agora deve praticar fazendo os exerccios propostos. Procure resolver cada sistema pelos dois
mtodos para que, depois, voc possa decidir qual deles o de sua preferncia. No se esquea tambm de
conferir as respostas.
Exerccios
Exerccio 1

x - 3y 1

2x 5y 13

Exerccio 2

2x y 10

x 3y 15

Exerccio 3

3x y 13

2x - y 12

Exerccio 4

2x 7y 17

5x - y - 13

Exerccio 5

2x y 4

4x - 3y 3

Exerccio 6

x y 2

3x 2y 6

Exerccio 7

x y
3

2 3
x - y 1

Respostas:

Matemtica

198

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1. x = 4, y = 1

2. x = 3, y = 4

3. x = 5, y = - 2

4. x = - 2, y = 3

5. x = 3/2 , y = 1

6. x = 2, y = 0

7. x = 4, y = 3

Sistemas resolvem problemas


Mostramos como resolver sistemas de duas equaes de 1 grau com duas incgnitas. Agora vamos usar
essa importante ferramenta da matemtica na soluo de problemas.
Em geral, os problemas so apresentados em linguagem comum, ou seja, com palavras. A primeira parte
da soluo (que a mais importante) consiste em traduzir o enunciado do problema da linguagem comum para
a linguagem matemtica. Nessa linguagem, usamos os nmeros, as operaes, as letras que representam
nmeros ou quantidades desconhecidas, e as nossas sentenas so chamadas de equaes.
Para dar um exemplo, considere a seguinte situao: uma costureira de uma pequena confeco ganha R$
7,00 por dia mais uma determinada quantia por cada camisa que faz. Certo dia, ela fez 3 camisas e ganhou R$
19,00.
Se quisermos saber quanto essa costureira ganha por cada camisa que faz devemos traduzir em linguagem
matemtica a situao apresentada. Vamos ento representar por x a quantia que ela recebe por cada camisa.
Ela faz 3 camisas e ganha R$ 7,00 por dia, independentemente do nmero de camisas que faz. Se nesse dia
ela ganhou R$ 19,00, a equao que traduz o problema :
7 + 3x = 19
Como j sabemos resolver equaes e sistemas, daremos mais importncia, nesta aula, traduo do
enunciado dos problemas para linguagem matemtica. Agora vamos apresentar alguns problemas e suas
solues. Entretanto, procure resolver cada um antes de ver a soluo. Para ajudar, inclumos algumas
orientaes entre o enunciado e a soluo.
EXEMPLO 1
Em uma festa havia 40 pessoas. Quando 7 homens saram, o nmero de mulheres passou a ser o dobro do
nmero de homens. Quantas mulheres estavam na festa?
Pense um pouco e leia as orientaes a seguir.
Orientaes - A quantidade de homens e mulheres sero as nossas incgnitas. Ento:
o nmero de homens = x
o nmero de mulheres = y
Traduza em linguagem matemtica a frase: havia 40 pessoas na festa.
Se 7 homens saram, quantos ficaram na festa?
Traduza em linguagem matemtica a frase: o nmero de mulheres o dobro do nmero de homens que
ficaram na festa.
Soluo - Seguindo as nossas orientaes, temos como primeira equao x + y = 40. Depois, se tnhamos x
homens e 7 saram, ento ficaram na festa x - 7 homens. E, se o nmero de mulheres o dobro do nmero de
homens, podemos escrever y = 2 (x - 7).
O problema dado traduzido em linguagem matemtica pelo sistema:

x y 40

y 2 (x - 7)
Agora, vamos resolv-lo. Como a incgnita y est isolada na segunda equao, podemos usar o mtodo da
substituio. Temos, ento:
x + y = 40
x + 2 (x - 7) = 40
x + 2x - 14 = 40

Matemtica

199

Livraria Multimarcas
3x = 40 + 14

3x
54
=
3
3
x = 18
Substituindo esse valor na primeira equao, temos:
18 + y = 40
y = 40 - 18
y = 22
Na festa havia ento 22 mulheres.
EXEMPLO 2
Uma omelete feita com 2 ovos e 30 gramas de queijo contm 280 calorias.
Uma omelete feita com 3 ovos e 10 gramas de queijo contm tambm 280 calorias. Quantas calorias possui
um ovo? Pense um pouco e leia as orientaes a seguir.
Orientaes - A caloria uma unidade de energia. Todos os alimentos nos fornecem energia em maior ou
menor quantidade. Neste problema, vamos chamar de x a quantidade de calorias contida em um ovo. Para
diversos alimentos, a quantidade de calorias dada por grama. Isso ocorre porque um queijo pode ter diversos
tamanhos, assim como uma abbora pode tambm ter os mais variados pesos. Ento, no nosso problema,
vamos chamar de y a quantidade de calorias contidas em cada grama de queijo. l Se cada grama de queijo
possui y calorias, quantas calorias esto contidas em 30 gramas de queijo?
Quantas calorias possuem dois ovos?
Escreva em linguagem matemtica a frase: dois ovos mais 30 gramas de queijo possuem 280 calorias.
Escreva em linguagem matemtica a outra informao contida no enunciado.
Soluo - Vamos novamente seguir as orientaes para resolver o problema.
Se as nossas incgnitas esto bem definidas, no teremos dificuldade em traduzir o enunciado do problema
em linguagem matemtica. Temos que:
nmero de calorias contidas em um ovo = x
nmero de calorias contidas em um grama de queijo = y
Portanto, se dois ovos e 30 gramas de queijo possuem 280 calorias temos a equao:
2x + 30y = 280
Da mesma forma, se trs ovos e 10 gramas de queijos possuem 280 calorias podemos escrever:
3x + 10 y = 280
O sistema que dar a soluo do nosso problema
2x + 30 y = 280
3x + 10 y = 280
Repare que o problema pergunta qual o nmero de calorias contidas em um ovo. Portanto, se a resposta
do problema o valor de x, podemos usar o mtodo da adio e eliminar a incgnita y.
Observe que, multiplicando a segunda equao por 3, tornamos iguais os coeficientes de y.
Se, em seguida, mudamos todos os sinais da primeira equao, estamos prontos para eliminar a incgnita
y.

x (- 2)

2x 30y 280

3x 10y 280

Matemtica

2x - 30y = - 280

x (3)

9x + 30y = 840 +

200

Livraria Multimarcas
9x - 2x = 840 - 280
7x = 560

7x 560
=
7
7
x = 80
Conclumos, ento, que cada ovo contm 80 calorias.
EXEMPLO 3
Para ir de sua casa na cidade at seu stio, Joo percorre 105 km com seu automvel. A primeira parte do
percurso feita em estrada asfaltada, com velocidade de 60 km por hora. A segunda parte feita em estrada
de terra, com velocidade de 30 km por hora. Se Joo leva duas horas para ir de sua casa at o stio, quantos
quilmetros possui a estrada de terra?
Pense um pouco e leia as orientaes a seguir.
Orientaes - A velocidade de um automvel o nmero de quilmetros que ele percorre em uma hora. De
uma forma geral, a distncia percorrida igual ao produto da velocidade pelo tempo de percurso.
distncia = velocidade x tempo
Estabelea as incgnitas:
x = distncia percorrida na estrada asfaltada
y = distncia percorrida na estrada de terra
O esquema abaixo ajuda a compreender o problema.

Escreva uma equao com as distncias.


Procure escrever uma equao com o seguinte significado: o tempo em que Joo andou na estrada
asfaltada mais o tempo em que ele andou na de terra igual a duas horas.
Soluo - Mais uma vez, vamos resolver o problema seguindo as orientaes. Se Joo andou x km na
estrada asfaltada e y km na estrada de terra, ento a nossa primeira equao x + y = 105.
Observe novamente a relao:
(distncia) = (velocidade) x (tempo)
Na primeira parte do percurso, a distncia foi x, a velocidade foi 60 e o tempo gasto ser chamado de t1.
Temos, ento:
x = 60 t1 ou

x
= t1
60
Na segunda parte do percurso a distncia foi y, a velocidade foi 30 e o tempo gasto ser chamado de t2.
Temos, ento:
y = 30 t2 ou

y
= t2
30

Matemtica

201

Livraria Multimarcas
Como a soma dos dois tempos igual a 2 horas, conseguimos a segunda equao:

y
x
+
= 2
60 30
Vamos melhorar o aspecto dessa equao antes de formarmos o sistema.
Multiplicando todos os termos por 60, temos:

Temos, agora, o sistema formado pelas duas equaes:

x y 105

x 2y 120
O valor de y nesse sistema calculado imediatamente pelo mtodo da adio:

-x-y

= - 105

x + 2y = 120

2y - y = 120 - 105
y = 15
Conclumos, ento, que a estrada de terra tem 15 km.
Nesta aula voc viu a fora da lgebra na soluo de problemas. Entretanto, para adquirir segurana
preciso praticar. Para cada um dos exerccios, procure matematizar as situaes descritas usando o mtodo
algbrico. Escolha suas incgnitas e arme as equaes. Depois, resolva os sistemas e verifique se os valores
encontrados esto corretos.
Exerccios:
1) Determine dois nmeros, sabendo que sua soma 43 e que sua diferena 7.
2) Um marceneiro recebeu 74 tbuas de compensado. Algumas com 6 mm de espessura e outras com 8 mm
de espessura. Quando foram empilhadas, atingiram a altura de 50 cm. Quantas tbuas de 8mm ele
recebeu?
3) Em um estacionamento havia carros e motocicletas num total de 43 veculos e 150 rodas. Calcule o
nmero de carros e de motocicletas estacionados.
4) Uma empresa desejava contratar tcnicos e, para isso, aplicou uma prova com 50 perguntas a todos os
candidatos. Cada candidato ganhou 4 pontos para cada resposta certa e perdeu um ponto para cada
resposta errada. Se Marcelo fez 130 pontos, quantas perguntas ele acertou?
5) Certo dia, uma doceira comprou 3 kg de acar e 4 kg de farinha e, no total, pagou R$ 3,20. Outro dia, ela
comprou 4 kg de acar e 6 kg de farinha, pagando R$ 4,50 pelo total da compra. Se os preos foram os
mesmos, quanto estava custando o quilo do acar e o quilo da farinha?
6) Pedro e Paulo tm juntos R$ 81,00. Se Pedro der 10% do seu dinheiro a Paulo, eles ficaro com quantias
iguais. Quanto cada um deles tem?
7) A distncia entre duas cidades A e B de 66 km. Certo dia, s 8 horas da manh, um ciclista saiu da
cidade A, viajando a 10 km por hora em direo cidade B. No mesmo dia e no mesmo horrio um ciclista
saiu da cidade B, viajando a 12 km por hora em direo cidade A. Pergunta-se:
a) A que distncia da cidade A deu-se o encontro dos dois ciclistas?
b) A que horas deu-se o encontro?

Matemtica

202

Livraria Multimarcas
Respostas:
1. 25 e 18
2. 28
3. 32 automveis;;11 motos
4. 36
5. acar: R$ 0,60;; farinha: R$ 0,35
6. Pedro: R$ 45,00;; Paulo: R$ 36,00QQ
7. 30 km; 11hs
Fonte: http://www.bibvirt.futuro.usp.br

TRIGONOMETRIA
O papel da Trigonometria
A palavra Trigonometria formada por trs radicais gregos: tri (trs), gonos (ngulos) e metron (medir). Da
vem seu significado mais amplo: Medida dos Tringulos, assim atravs do estudo da Trigonometria podemos
calcular as medidas dos elementos do tringulo (lados e ngulos).
Com o uso de tringulos semelhantes podemos calcular distncias inacessveis, como a altura de uma
torre, a altura de uma pirmide, distncia entre duas ilhas, o raio da terra, largura de um rio, entre outras.
A Trigonometria um instrumento potente de clculo, que alm de seu uso na Matemtica, tambm
usado no estudo de fenmenos fsicos, Eletricidade, Mecnica, Msica, Topografia, Engenharia entre outros.
Ponto mvel sobre uma curva
Consideremos uma curva no plano cartesiano. Se um ponto P est localizado sobre esta curva,
simplesmente dizemos P pertence curva e que P um ponto fixo na mesma. Se assumirmos que este ponto
possa ser deslocado sobre a curva, este ponto receber o nome de ponto mvel.
Um ponto mvel
localizado sobre uma
circunferncia, partindo de
um ponto A pode percorrer
esta circunferncia em
dois sentidos opostos. Por
conveno, o sentido antihorrio (contrrio aos
ponteiros de um relgio)
adotado como sentido
positivo.
Arcos da circunferncia
Se um ponto mvel em uma circunferncia partir de A e parar em M, ele descreve um arco AM. O ponto A
a origem do arco e M a extremidade do arco.
Quando escolhemos um dos sentidos de percurso, o arco denominado arco orientado e simplesmente
pode ser denotado por AB se o sentido de percurso for de A para B e BA quando o sentido de percurso for de
B para A.

Matemtica

203

Livraria Multimarcas
Quando no consideramos a orientao dos arcos formados por dois pontos A e B sobre uma
circunferncia, temos dois arcos no orientados sendo A e B as suas extremidades.

Medida de um arco
A medida de um arco de circunferncia feita por comparao com um outro arco da mesma circunferncia
tomado como a unidade de arco. Se u for um arco de comprimento unitrio (igual a 1), a medida do arco AB,
o nmero de vezes que o arco u cabe no arco AB.
Na figura em anexo, a medida do arco AB 5 vezes a medida do arco u. Denotando a medida do arco AB
por m(AB) e a medida do arco u por m(u), temos m(AB)=5 m(u).
A medida de um arco
de circunferncia a
mesma em qualquer um
dos sentidos. A medida
algbrica de um arco AB
desta circunferncia, o
comprimento deste arco,
associado a um sinal
positivo se o sentido de
A para B for anti-horrio,
e negativo se o sentido
for horrio.
O nmero pi
Para toda circunferncia, a razo entre o permetro e o dimetro constante. Esta constante denotada
pela letra grega , que um nmero irracional, isto , no pode ser expresso como a diviso de dois nmeros
inteiros. Uma aproximao para o nmero dada por:
= 3,1415926535897932384626433832795...
Unidades de medida de arcos
A unidade de medida de arco do Sistema Internacional (SI) o radiano, mas existem outras medidas
utilizadas pelos tcnicos que so o grau e o grado. Este ltimo no muito comum.
Radiano: Medida de um arco que tem o mesmo comprimento que o raio da circunferncia na qual estamos
medindo o arco. Assim o arco tomado como unidade tem comprimento igual ao comprimento do raio ou 1
radiano, que denotaremos por 1 rad.

Matemtica

204

Livraria Multimarcas

Grau: Medida de um arco que corresponde a 1/360 do arco completo da circunferncia na qual estamos
medindo o arco.
Grado: a medida de um arco igual a 1/400 do arco completo da circunferncia na qual estamos medindo o
arco.
Exemplo: Para determinar a medida em radianos de um arco de comprimento igual a 12 cm, em uma
circunferncia de raio medindo 8 cm, fazemos,
comprimento do
arco(AB)

m(AB)=

12
=
8

comprimento do raio
Portanto m(AB)=1,5 radianos
Arcos de uma volta

Se AB o arco correspondente volta completa de uma circunferncia, a medida do arco igual a C=2r,
ento:
comprimento do arco(AB)
m(AB)=

2r
=

comprimento do raio

= 2
r

Assim a medida em radianos de um arco de uma volta 2 rad, isto ,


2 rad=360 graus
Podemos estabelecer os resultados seguintes

Desenho
Grau
Grado
Radiano

90
100
/2

180
200

270
300
3/2

360
400
2

0 graus = 0 grado = 0 radianos


Mudana de unidades
Consideremos um arco AB de medida R em radianos, esta medida corresponde a G graus. A relao entre
estas medidas obtida pela seguinte proporo,
2 rad 360 graus
R rad
G graus
Assim, temos a igualdade R/2=G/360, ou ainda,

Matemtica

205

Livraria Multimarcas
R

G
=
180

Exemplos
Para determinar a medida em radianos de um arco de medida 60 graus, fazemos
R

60
=
180

Assim R=/3 ou 60 graus=/3 rad


Para determinar a medida em graus de um arco de medida 1 radiano, fazemos:
1

G
=
180

Asim 1 rad=180/ graus.


Trigonometria: Exerccios sobre elementos gerais
Um arco AB de uma circunferncia tem comprimento L. Se o raio da circunferncia mede 4 cm, qual a medida
em radianos do arco AB, se:
(a) L=6cm (b) L=16cm (c) L=22cm (d) L=30cm
Resposta:
A medida em radianos de um arco AB dada por
comprimento do arco(AB)
m(AB)=
comprimento do raio
(a) m(AB) = ( 6cm)/( 4cm) = 1,5 rad
(b) m(AB) = (16cm)/(4cm) = 4 rad
(c) m(AB) = (22cm)/(4cm) = 5,5 rad
(d) m(AB) = (28cm)/(4cm) = 7 rad
Em uma circunferncia de raio R, calcule a medida de um arco em radianos, que tem o triplo do comprimento
do raio.
Resposta:
comprimento do arco(AB)
m(AB)=
comprimento do raio
Assim, como o comprimento do arco o triplo do comprimento do raio
m(AB) = 3R/R = 3rad
Um atleta percorre 1/3 de uma pista circular, correndo sobre uma nica raia. Qual a medida do arco
percorrido em graus? E em radianos?
Resposta:
Uma volta inteira na pista equivale a 360 graus, assim 1/3 de 360 graus 120 graus.
Uma volta inteira na pista equivale a 2 radianos, ento o atleta percorreu (2/3) .

Matemtica

206

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Em uma pista de atletismo circular com quatro raias, a medida do raio da circunferncia at o meio da primeira
raia (onde o atleta corre) 100 metros e a distncia entre cada raia de 2 metros. Se todos os atletas
corressem at completar uma volta inteira, quantos metros cada um dos atletas correria?

Resposta:
Para simplificar os resultados supomos pi=3,1415 e enumeramos as raias de dentro para fora como C1,
C2, C3, C4 e C5.
A primeira raia C1 tem raio de medida 10 m, ento:
m(C1)=2100=200=200 x 3,1415=628,3 metros
A raia C2 tem raio de medida 12 m, ento:
m(C2)=2102=204=204 x 3,1415=640,87 metros
A raia C3 tem raio de medida 14 m, ento:
m(C3)=2104=208=208 x 3,1415=653,43 metros
A raia C4 tem raio de medida 16 m, ento:
m(C4)=2106=212=212 x 3,1415=665,99 metros
Qual a medida (em graus) de trs ngulos, sendo que a soma das medidas do primeiro com o segundo 14
graus, a do segundo com o terceiro 12 graus e a soma das medidas do primeiro com o terceiro 8 graus.

Resposta:
Sejam a, b e c os trs ngulos, assim
m(a)+m(b)=14 graus
m(b)+m(c)=12 graus
m(a)+m(c)= 8 graus
resolvendo o sistema de equaes, obtemos:
m(a)=5 graus
m(b)=9 graus
m(c)=3 graus
Qual a medida do ngulo que o ponteiro das horas de um relgio descreve em um minuto? Calcule o ngulo
em graus e em radianos.
Resposta:

Matemtica

207

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O ponteiro das horas percorre em cada hora um ngulo de 30 graus, que corresponde a 360/12 graus.
Como 1 hora possui 60 minutos, ento o ngulo percorido igual a a=0,5 graus, que obtido pela regra de
trs:
60 min 30 graus
1 min a graus
Convertemos agora a medida do ngulo para radianos, para obter a=/360 rad, atravs da regra de trs:
180graus rad
0,5 graus a rad
Os dois ponteiros de um relgio se sobrepoem 0 horas. Em que momento os dois ponteiros coincidem pela
primeira vez novamente?
Resposta:
O ponteiro dos minutos percorre 360 enquanto o ponteiro das horas percorre 360/12=30. At 1:00h os
ponteiros no se encontraram, o que ocorrer entre 1:00h e 2:00h.

Consideraremos a situao original 1:00h, deste instante at o momento do encontro o ponteiro dos
minutos deslocou a e o ponteiro das horas deslocou (a-30), como est na figura, assim:
Ponteiro dos minutos ponteiro das horas
360

30

(a-30)

Pela tabela, tem-se que: 360(a-30)=30.a, de onde segue que 330a=10800e assim podemos concluir que
a=32,7272
O ponteiro dos minutos deslocou 32,7272 aps 1:00h, mas ainda precisamos verificar quantos minutos
corresponde este ngulo.
5 min 30 graus
x min 32,7272 graus
A regra de trs fornece x=5,4545'=5'27,27''. Assim, os ponteiros coincidem novamente aps s 12:00h 1
hora,5 minutos e 27,27 segundos
Calcular o menor ngulo formado pelos ponteiros de um relgio que marca 12h e 20minutos.
Resposta:
O ponteiro das horas
percorre em cada hora
um ngulo de 360/12
graus = 30 graus. Em
vinte minutos ele
percorre o ngulo a
60 min 30 graus

Matemtica

208

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20 min a graus
A regra de trs fornece a=10 graus, logo o ngulo formado entre os nmeros 12 e 4 de 120 graus, ento
o ngulo entre os ponteiros 120-10=110 graus.
Em um polgono regular um ngulo externo mede pi/14 rad. Quantos lados tem esse polgono?
28 lados
Escreva o ngulo a=1228' em radianos.
Resposta:
Usando o fato de que 1 grau possui 60 minutos, temos
1 grau 60 minutos
x graus 28 minutos
A regra de trs garante que x=28/60=0,4666 grause desse modo segue que 12
28'=(12+28/60)=12+0,4666=12,4666
Representando por M a medida do ngulo em radianos, temos
180 rad
12,4666M rad
e da regra de trs segue que:
M=12,4666. /180=0,2211 rad
Escreva o ngulo a=3612'58" em radianos.
Resposta:
Usando o fato de que 1 minuto possui 60 segundos, temos
1 min 60 segundos
x min 58 segundos
x=58/60=0,967 min, logo
3612'58''=36(12+0,967)'=3612,967'
Como 1 grau corresponde a 60', ento:
1 grau 60 minutos
x graus 12,967 minutos
x=12,967/60=0,2161 e
3612'58''=(36+0,2161)=36,2161
A medida M do ngulo em radianos,
M=36,2161./180=0,6321 rad, que foi obtida como soluo da regra de trs:
180 rad
36,2161 M rad
Dados os ngulos x=0,47623rad e y=0.25412rad, escreva-os em graus, minutos e segundos.
Resposta:
(a)Considere a seguinte regra de trs,
180 rad

Matemtica

209

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x0,47623 rad
Assim: x=0,47623 . 180/
=27,2911=2717,466'=2717'27''
(b) Analogamente obtemos:
y=0.25412180/=14,56=1433,6'=1433'36''
Em uma circunferncia de raio r, calcular a medida do arco subtendido pelo ngulo A em cada caso:
a. A=017'48"
6,2935cm

r=

b. A=1216'18" r =
0,2163cm
Resposta:
(a) Primeiro convertemos o ngulo para radianos para obter:
a=017'48''=0(17+48/60)'=(0+17,8)'=(0+17,8/60)=0,2967
Com a regra de trs:
180 rad
0,2967 a rad
obtemos a=0,2967. /180=0,0051778 rad e como a medida do arco dada pela medida do ngulo(rad) x
medida do raio, temos que medida do arco=0,00517786,2935 = 0,03286cm
(b) Analogamente, a = 121 6' 18'' =121,105. Em radianos, a medida do ngulo se torna a=121,105
/180=2,1137rad
Assim, a medida do arco=
2,11370,2163=0,4572cm
Em uma circunferncia de centro O e raio r, calcule a medida do ngulo AB subtendido pelo arco AB nos
seguintes casos.
a. AB = 0,16296 cm
r = 12,587cm.
b. AB = 1,3672cm
r = 1,2978cm.
Resposta:
(a) A medida do ngulo AB dada pelo comprimento de AB dividido pelo comprimento do raio, assim
m(AB)=0,16296/12,587=0,012947 rad = 0 44' 30''
(b) Analogamente:
m(AB)=1,3672/1,2978=1,0535rad=60,360=6021,6'=6021'35''
Em uma circunferncia, dado o comprimento do arco AB e o ngulo AB subtendido a este arco, calcule a
medida do raio.
AB=044'30" AB=0,032592cm
AB=6021'6" AB=0,4572cm
Resposta:

Matemtica

210

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a. Primeiramente devemos exprimir o ngulo em radianos.
AB = 0 44' 30''=0,7417 = 0,7417 x /180 = 0,01294 rad
A medida do raio dada pelo comprimento de AB dividido por m(AB), logo:
comprimento do raio = 0,032592/0,01294 = 2,518 cm
b. Analogamente,
AB=6021'6''=60,3517=60,3517 /180=1,0533rad
comprimento do raio =
0,4572/1,0533=0,4340cm
Crculo Trigonomtrico
Considere uma circunferncia de raio unitrio com centro na origem de um sistema cartesiano ortogonal e o
ponto A=(1,0). O ponto A ser tomado como a origem dos arcos orientados nesta circunferncia e o sentido
positivo considerado ser o anti-horrio. A regio contendo esta circunferncia e todos os seus pontos
interiores, denominada crculo trigonomtrico

.
Nos livros de lngua inglesa, a palavra crculo se refere curva envolvente da regio circular enquanto
circunferncia de crculo a medida desta curva. No Brasil, a circunferncia a curva que envolve a regio
circular.
Os eixos OX e OY decompem o crculo trigonomtrico em quatro quadrantes que so enumerados como
segue:
2. quadrante
abscissa: negativa
ordenada: positiva
90<ngulo<180

1. quadrante
abscissa: positiva
ordenada: positiva
0<ngulo<90

3. quadrante
abscissa: negativa
ordenada:
negativa
180<ngulo<270

4. quadrante
abscissa: positiva
ordenada:
negativa
270<ngulo<360

Os quadrantes so usados para localizar pontos e a caracterizao de ngulos trigonomtricos. Por


conveno, os pontos situados sobre os eixos no pertencem a qualquer um dos quadrantes.
Arcos com mais de uma volta
Em Trigonometria, algumas vezes precisamos considerar arcos cujas medidas sejam maiores do que 360.
Por exemplo, se um ponto mvel parte de um ponto A sobre uma circunferncia no sentido anti-horrio e para
em um ponto M, ele descreve um arco AM. A medida deste arco (em graus) poder ser menor ou igual a 360

Matemtica

211

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ou ser maior do que 360. Se esta medida for menor ou igual a 360, dizemos que este arco est em sua
primeira determinao.

Acontece que o ponto mvel poder percorrer a circunferncia uma ou mais vezes em um determinado
sentido, antes de parar no ponto M, determinando arcos maiores do que 360 ou arcos com mais de uma volta.
Existe uma infinidade de arcos mas com medidas diferentes, cuja origem o ponto A e cuja extremidade o
ponto M.
Seja o arco AM cuja primeira determinao tenha medida igual a m. Um ponto mvel que parte de A e pare
em M, pode ter vrias medidas algbricas, dependendo do percurso.

Se o sentido for o anti-horrio, o ponto M da circunferncia trigonomtrica ser extremidade de uma


infinidade de arcos positivos de medidas
m, m+2, m+4, m+6, ...
Se o sentido for o horrio, o ponto M ser extremidade de uma infinidade de arcos negativos de medidas
algbricas
m-2, m-4, m-6, ...
e temos assim uma coleo infinita de arcos com extremidade no ponto M.
Generalizando este conceito, se m a medida da primeira determinao positiva do arco AM, podemos
representar as medidas destes arcos por:
(AM) = m + 2k
onde k um nmero inteiro, isto , k pertence ao conjunto Z={...,-2,-3,-1,0,1,2,3,...}.
Famlia de arcos: Uma famlia de arcos {AM} o conjunto de todos os arcos com ponto inicial em A e
extremidade em M.
Exemplo: Se um arco de circunferncia tem origem em A e extremidade em M, com a primeira
determinao positiva medindo 2/3, ento os arcos desta famlia {AM}, medem:
Determinaes positivas (sentido anti-horrio)
k=0
(AM)=2/3

Matemtica

212

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k=1
k=2
k=3
...
k=n

(AM)=2/3+2=8/3
(AM)=2/3+4=14/3
(AM)=2/3+6=20/3
...
(AM)=2/3+2n=(2+6n) /3

Determinaes negativas (sentido horrio)


k=-1
(AM)=2/3-2=-4/3
k=-2
(AM)=2/3-4=-6/3
k=-3
(AM)=2/3-6=-16/3
k=-4
(AM)=2/3-8=-22/3
...
...
k=-n
(AM)=2/3-2n=(2-6n) /3
Arcos cngruos e ngulos
Arcos cngruos: Dois arcos so cngruos se a diferena de suas medidas um mltiplo de 2.
Exemplo: Arcos de uma mesma famlia so cngruos.
ngulos: As noes de orientao e medida algbrica de arcos podem ser estendidas para ngulos, uma
vez que a cada arco AM da circunferncia trigonomtrica corresponde a um ngulo central determinado pelas
semi-retas OA e OM.
Como no caso dos arcos, podemos considerar dois ngulos orientados um positivo (sentido anti-horrio)
com medida algbrica a correspondente ao arco AM e outro negativo (sentido horrio) com medida b=a-2
correspondente ao arco AM.
Existem tambm ngulos
com mais de uma volta e as
mesmas noes apresentadas
para arcos se aplicam para
ngulos.
Arcos de mesma origem, simtricos em relao ao eixo OX
Sejam os arcos AM e
AM' na circunferncia
trigonomtrica, com
A=(1,0) e os pontos M e
M' simtricos em relao
ao eixo horizontal OX.
Se a medida do arco AM
igual a m, ento a
medida do arco AM'
dada por: (AM')=2-m.
Os arcos da famlia {AM}, aqueles que tm origem em A e extremidades em M, tm medidas iguais a
2k+m, onde k um nmero inteiro e os arcos da famlia {AM'} tm medidas iguais a 2k-m, onde k um
nmero inteiro.
Arcos de mesma origem, simtricos em relao ao eixo OY

Matemtica

213

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Sejam os arcos AM e
AM' na circunferncia
trigonomtrica com A=(1,0)
e os pontos M e M'
simtricos em relao ao
eixo vertical OY. Se a
medida do arco AM for
igual a m, ento a medida
do arco AM' ser dada
pela expresso (AM')= m.
Os arcos da famlia {AM'}, isto , aqueles com origem em A e extremidade em M', medem 2k+-m=(2k+1)
-m onde k um nmero inteiro.
Arcos com a mesma origem e extremidades simtricas em relao origem
Sejam os arcos AM e AM'
na circunferncia
trigonomtrica com A=(1,0) e
os pontos M e M' simtricos em
relao a origem (0,0).
Se a medida do arco AM
igual a m, ento a medida do
arco AM' dada por: (AM')=
+m. Arcos genricos com
origem em A e extremidade em
M' medem:

(AM') = 2k + + m = (2k+1) + m
Trigonometria: Exerccios sobre o crculo trigonomtrico
Calcule a primeira determinao positiva do conjunto de arcos de mesma extremidade que o arco A de medida:
A= 810 graus.
Resposta:
Para o arco de 810 devemos obter quantas voltas completas este arco tem pois 810>360. Dividindo 810
por 360, obteremos:
810 360
90 2
Este resultado significa que precisaremos dar duas voltas completas e mais 90 para completarmos o arco
de 810. Assim a primeira determinao positiva ser 90.
Calcule a primeira determinao positiva do conjunto de arcos de mesma extremidade que o arco A de medida
A=-2000 graus.
Resposta:

Matemtica

214

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Para o arco de medida -2000
devemos obter quantas voltas
completas este arco tem pois
2000>360. Dividindo 2000
por 360 teremos.

2000
20

360
5

Como a orientao negativa, o ponto mvel se desloca no sentido horrio. O resultado da diviso significa
que o ponto mvel percorre a circunferncia 5 vezes mais um arco de 20 no sentido horrio, como pode ser
observado na figura ao lado.
A 1a. determinao positiva dada por 360-20=340.
Calcule a primeira determinao positiva do conjunto de arcos de mesma extremidade que o arco de medida
38/3
Respota:
Como 2=6/3=6.( /3) e 38/3=38.( /3), ento dividindo 38 por 6, obtemos 6 voltas inteiras mais o resto
que 2
Multiplicando o resto 2 por /3, d a medida do ngulo procurado A=2/3
Calcule a primeira determinao positiva do conjunto de arcos de mesma extremidade que o arco de medida:
(a) A=1620 (b) A=-37/3 (c)A=-600 (d) A=125/11
Respota:
a) 180 graus
b) 5/3rad
c) 336 graus
d) 14/11rad
Unindo as extremidades dos arcos da forma (3n+2) /6, para n=0,1,2,..., obtm-se qual dos polgonos
regulares?
(a) Quadrado (b) Hexgono (c) Octgono
Respota:
O correto o tem a: Quadrado, pois tomando An como os arcos para n=0,1,2,..., teremos:
A0= 5/6, A1= 8/6, A2=11/6, A3=14/6, A4=17/6=5/6+2.
Isto quer dizer que para n=4 temos a segunda determinao do arco 5/6 e para n>4 os arcos coincidem
com os arcos determinados anteriomente.
Alm disso, estes 4
pontos dividem a
circunferncia em 4 partes
iguais pois eles esto
3/6=/2 (rad) distantes um
do outro.
Assim as extremidades dos

Matemtica

215

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arcos determinam um
quadrado.
Verifique se os arcos de medidas 7/3 e 19/3 so arcos cngruos?
Respota:
Como a diferena entre as medidas de dois arcos dados :
d=19/3-7/3=4
que um mltiplo de 2, ento os arcos so cngruos.
Marcar no crculo trigonomtrico as extremidades dos arcos de medidas x=2k/3, onde k um nmero inteiro.
Respota:
Para para cada k: x0,
x1, x2, ... so as medidas
dos arcos, logo:
x0 = 0
x1 =2/3
x2 =4/3
x3 =6/3=2
Marcar no crculo trigonomtrico as extremidades dos arcos de medidas x=/4+2k/3, onde k um nmero
inteiro.
Respota:

Para para cada k: x0, x1, x2, ... so as medidas dos arcos, logo:
x0=/4
x1=/4+2/3=11/12
x3=/4+4/3=19/12
x4=/4+6/3=/4+2
Seno e cosseno
Dada uma circunferncia trigonomtrica contendo o ponto A=(1,0) e um nmero real x, existe sempre um
arco orientado AM sobre esta circunferncia, cuja medida algbrica corresponde a x radianos.
Seno: No plano cartesiano, consideremos uma circunferncia trigonomtrica, de centro em (0,0) e raio
unitrio. Seja M=(x',y') um ponto desta circunferncia, localizado no primeiro quadrante, este ponto determina
um arco AM que corresponde ao ngulo central a. A projeo ortogonal do ponto M sobre o eixo OX determina
um ponto C=(x',0) e a projeo ortogonal do ponto M sobre o eixo OY determina outro ponto B=(0,y').

Matemtica

216

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A medida do
segmento OB coincide
com a ordenada y' do
ponto M e definida
como o seno do arco AM
que corresponde ao
ngulo a, denotado por
sen(AM) ou sen(a).
Como temos vrias determinaes para o mesmo ngulo, escreveremos
sen(AM)=sen(a)=sen(a+2k)=y'
Para simplificar os enunciados e definies seguintes, escreveremos sen(x) para denotar o seno do arco de
medida x radianos.
Cosseno: O cosseno
do arco AM
correspondente ao
ngulo a, denotado por
cos(AM) ou cos(a), a
medida do segmento
0C, que coincide com a
abscissa x' do ponto M.
Como antes, existem vrias determinaes para este ngulo, razo pela qual, escrevemos
cos(AM) = cos(a) = cos(a+2k) = x'
Tangente
Seja a reta t tangente circunferncia trigonomtrica no ponto A=(1,0). Tal reta perpendicular ao eixo OX.
A reta que passa pelo ponto M e pelo centro da circunferncia intersecta a reta tangente t no ponto T=(1,t').
A ordenada deste
ponto T, definida como
a tangente do arco AM
correspondente ao
ngulo a.
Assim a tangente do
ngulo a dada pelas
suas vrias
determinaes:

tan(AM) = tan(a) = tan(a+k) = (AT) = t'


Podemos escrever M=(cos(a),sen(a)) e T=(1,tan(a)), para cada ngulo a do primeiro quadrante. O seno, o
cosseno e a tangente de ngulos do primeiro quadrante so todos positivos.

Matemtica

217

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Um caso particular importante quando o ponto M est sobre o eixo horizontal OX. Neste caso:
cos(0)=1,

sen(0)=0

tan(0)=0

Ampliaremos estas noes para ngulos nos outros quadrantes


ngulos no segundo quadrante
Se na circunferncia trigonomtrica, tomamos o ponto M no segundo quadrante, ento o ngulo a entre o
eixo OX e o segmento OM pertence ao intervalo /2<a<. Do mesmo modo que no primeiro quadrante, o
cosseno est relacionado com a abscissa do ponto M e o seno com a ordenada deste ponto. Como o ponto
M=(x,y) possui abscissa negativa e ordenada positiva, o sinal do seno do ngulo a no segundo quadrante
positivo, o cosseno do ngulo a negativo e a tangente do ngulo a negativa.

Outro caso particular importante quando o ponto M est sobre o eixo vertical OY e neste caso:
cos(/2)=0
sen(/2)=1

A tangente no est definida, pois a reta OM no intercepta a reta t, pois elas so paralelas.
ngulos no terceiro quadrante
O ponto M=(x,y) est localizado no terceiro quadrante, o que significa que o ngulo pertence ao intervalo:
<a<3/2. Este ponto M=(x,y) simtrico ao ponto M'=(-x,-y) do primeiro quadrante, em relao origem do
sistema, indicando que tanto a sua abscissa como a sua ordenada so negativos. O seno e o cosseno de um
ngulo no terceiro quadrante so negativos e a tangente positiva.

Em particular, se a= radianos, temos que


cos()=-1,
tan()=0

sen()=0

ngulos no quarto quadrante

Matemtica

218

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O ponto M est no
quarto quadrante,
3/2<a< 2. O seno de
ngulos no quarto
quadrante negativo, o
cosseno positivo e a
tangente negativa.
Quando o ngulo mede 3/2, a tangente no est definida pois a reta OP no intercepta a reta t, estas so
paralelas. Quando a=3/2, temos:
cos(3/2)=0, sin(3/2)=-1
Simetria em relao ao eixo OX

Em uma
circunferncia
trigonomtrica, se M
um ponto no primeiro
quadrante e M' o
simtrico de M em
relao ao eixo OX,
estes pontos M e M'
possuem a mesma
abscissa e as ordenadas
possuem sinais opostos.
Sejam A=(1,0) um ponto da circunferncia, a o ngulo correspondente ao arco AM e b o ngulo
correspondente ao arco AM', obtemos:
sen(a) = -sen(b)
cos(a) = cos(b)
tan(a) = -tan(b)
Simetria em relao ao eixo OU
Seja M um ponto da
circunferncia
trigonomtrica localizado
no primeiro quadrante, e
seja M' simtrico a M em
relao ao eixo OY, estes
pontos M e M' possuem a
mesma ordenada e as
abscissa so simtricas.
Sejam A=(1,0) um ponto da circunferncia, a o ngulo correspondente ao arco AM e b o ngulo
correspondente ao arco AM'. Desse modo:

Matemtica

219

Livraria Multimarcas
sen(a) = sen(b)
cos(a) = -cos(b)
tan(a) = -tan(b)
Simetria em relao origem
Seja M um ponto da
circunferncia
trigonomtrica localizado
no primeiro quadrante, e
seja M' simtrico de M
em relao a origem,
estes pontos M e M'
possuem ordenadas e
abscissas simtricas.
Sejam A=(1,0) um ponto da circunferncia, a o ngulo correspondente ao arco AM e b o ngulo
correspondente ao arco AM'. Desse modo:
sen(a) = -sen(b)
cos(a) = -cos(b)
tan(a) = tan(b)
Senos e cossenos de alguns ngulos notveis
Uma maneira de obter o valor do seno e cosseno de alguns ngulos que aparecem com muita frequncia
em exerccios e aplicaes, sem necessidade de memorizao, atravs de simples observao no crculo
trigonomtrico.

Primeira relao fundamental


Uma identidade fundamental na trigonometria, que realiza um papel muito importante em todas as reas da
Matemtica e tambm das aplicaes :

Matemtica

220

Livraria Multimarcas
sin(a) + cos(a) = 1
que verdadeira para todo ngulo a.
Necessitaremos do conceito de distncia entre dois pontos no plano cartesiano, que nada mais do que a
relao de Pitgoras. Sejam dois pontos, A=(x',y') e B=(x",y").

Definimos a distncia entre A e B, denotando-a por d(A,B), como:


D(A, B) =

"

x' y " y'

Se M um ponto da
circunferncia
trigonomtrica,
cujas
coordenadas
so
indicadas
por
(cos(a),sen(a))
e
a
distncia deste ponto
at a origem (0,0)
igual a 1. Utilizando a
frmula da distncia,
aplicada
a
estes
pontos,
d(M,0)
=
[(cos(a)-0)+(sen(a)1/2
0)] , de onde segue
que
1=cos(a)+sin(a).
Segunda relao fundamental
Outra relao fundamental na trigonometria, muitas vezes tomada como a definio da funo tangente,
dada por:
sen(a)
tan(a) =
cos(a)
Deve ficar claro, que este quociente somente far sentido quando o denominador no se anular.
Se a=0, a= ou a=2, temos que sen(a)=0, implicando que tan(a)=0, mas se a=/2 ou a=3/2, segue que
cos(a)=0 e a diviso acima no tem sentido, assim a relao tan(a)=sen(a)/cos(a) no verdadeira para estes
ltimos valores de a.
Para a 0, a , a 2, a /2 e a 3/2, considere novamente a circunferncia trigonomtrica na figura
seguinte.

Matemtica

221

Livraria Multimarcas
Os tringulos OMN e
OTA so semelhantes,
logo:
AT

OA
=

MN

ON

Como AT=|tan(a)|, MN=|sen(a)|, OA=1 e ON=|cos(a)|, para todo ngulo a, 0<a<2 com a /2 e a 3/2
temos
sen(a)
tan(a) =
cos(a)
Forma polar dos nmeros complexos
Um nmero complexo no nulo z=x+yi, pode ser representado pela sua forma polar:
z = r [cos(c) + i sen(c)]
onde r=|z|=R[x+y], i=-1 e c o argumento (ngulo formado entre o segmento Oz e o eixo OX) do nmero
complexo z.

A multiplicao de dois nmeros complexos na forma polar:


A = |A| [cos(a)+isen(a)]
B = |B| [cos(b)+isen(b)]
dada pela Frmula de De Moivre:
AB = |A||B|
[cos(a+b)+isen(a+b)]
Isto , para multiplicar dois nmeros complexos em suas formas trigonomtricas, devemos multiplicar os
seus mdulos e somar os seus argumentos.
Se os nmeros complexos A e B so unitrios ento |A|=1 e |B|=1, e nesse caso
A = cos(a) + i
sen(a)
B = cos(b) + i
sen(b)
Multiplicando A e B, obtemos

Matemtica

222

Livraria Multimarcas
AB = cos(a+b) + i
sen(a+b)
Existe uma importantssima relao matemtica, atribuda a Euler (l-se "iler"), garantindo que para todo
nmero complexo z e tambm para todo nmero real z:
iz

e = cos(z) + i
sen(z)
Tal relao, normalmente demonstrada em um curso de Clculo Diferencial, e, ela permite uma outra
forma para representar nmeros complexos unitrios A e B, como:
ia

A = e = cos(a) + i sen(a)
ib

B = e = cos(b) + i sen(b)
onde a o argumento de A e b o argumento de B. Assim,
i(a+b)

e
=
cos(a+b)+isen(a+b)
Por outro lado
i(a+b)

ia

ib

e
= e . e = [cos(a)+isen(a)]
[cos(b)+isen(b)]
e desse modo
i(a+b)

= cos(a)cos(b) - sen(a)sen(b)

+ i [cos(a)sen(b) + cos(b)sen(a)]
Para que dois nmeros complexos sejam iguais, suas partes reais e imaginrias devem ser iguais, logo
cos(a+b) = cos(a)cos(b) - sen(a)sen(b)
sen(a+b) = cos(a)sen(b) + cos(b)sen(a)
Para a diferena de arcos, substitumos b por -b nas frmulas da soma
cos(a+(-b)) = cos(a)cos(-b) - sen(a)sen(-b)
sen(a+(-b)) = cos(a)sen(-b) + cos(-b)sen(a)
para obter
cos(a-b) = cos(a)cos(b) + sen(a)sen(b)
sen(a-b) = cos(b)sen(a) - cos(a)sen(b)
Seno, cosseno e tangente da soma e da diferena
Na circunferncia trigonomtrica, sejam os ngulos a e b com 0a2 e 0b2, a>b, ento;
sen(a+b) = sen(a)cos(b) + cos(a)sen(b)
cos(a+b) = cos(a)cos(b) - sen(a)sen(b)
Dividindo a expresso de cima pela de baixo, obtemos:

Matemtica

223

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sen(a)cos(b)+cos(a)sen(b)
tan(a+b)=
cos(a)cos(b)-sen(a)sen(b)
Dividindo todos os quatro termos da frao por cos(a)cos(b), segue a frmula:
tan(a)+tan(b)
tan(a+b)=
1-tan(a)tan(b)
Como
sen(a-b) = sen(a)cos(b) - cos(a)sen(b)
cos(a-b) = cos(a)cos(b) + sen(a)sen(b)
podemos dividir a expresso de cima pela de baixo, para obter:
tan(a)-tan(b)
tan(a-b)=
1+tan(a)tan(b)
Trigonometria: Exerccios sobre seno, cosseno e tangente
Determine o valor de sen(4290).
Soluo:
Dividindo 4290 por 360, obtemos:
4290 360
690 11
330
Assim, 4290=11.360+330, isto , os arcos de medidas 4290 e 330 so cngruos. Ento:
sen(4290)=sen(330)=-1/2.

Determine os valores de cos(3555) e de sen(3555).


Soluo:
Dividindo 3555 por 360, obtemos
3555 360
315 9
Assim, 3555=9.360+315 e isto quer dizer que os arcos de medidas 3555 e 315 so cngruos, logo:
cos(3555)=cos(315)= 2 /2
sen(3555)=sen(315)=- 2 /2
Determine o valor de sen(-17/6).
Soluo:
Como
sen(-17/6)=sen(-17/6+4)=sen(7/6)
Ento
sen(-17/6)=-1/2
Determine o valor de cos(9/4).

Matemtica

224

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Soluo:
Como
cos(9/4)=cos(9/4-2)=cos(/4)
Ento
cos(9/4)= 2 /2
Determine o valor de tan(510).
Soluo:
Como
tan(510)=tan(510-360)=tan(150)
Ento
tan(510) = - 3 /3
Determine o valor de tan(-35/4).
Soluo:
Como
tan(-35/4)=tan(-35/4+5.2)=tan(5/4)
Portanto
tan(-35/4)=1
Se x est no segundo quadrante e cos(x)=-12/13, qual o valor de sen(x)?
Soluo:
Como sen(x)+cos(x)=1, ento:
sen(x)+(-12/13)=1
sen(x)=1-(144/169)
sen(x)=25/169
Como o ngulo x pertence ao segundo quadrante, o sen(x) deve ser positivo, logo:
sen(x)=5/13
Quais so os valores de y que satisfazem a ambas as igualdades:
sen(x)=(y+2)/y e cos(x)=(y+1)/y
Soluo:
Como sen(x)+cos(x)=1, segue que:
[(y+2)/y]+[(y+1)/y]=1
(y+4y+4)/y+(y+2y+1)/y=1
y+6y+5=0
y=3 e y=-1
Quais so os valores de m que satisfazem igualdade cos(x)=2m-1?
Soluo:
Para que a igualdade cos(x)=2m-1 seja satisfeita, devemos ter
-1 < 2m-1 < 1

Matemtica

225

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0 < 2m < 2
0<m<1
Quais so os valores de m que satisfazem igualdade sen(x)=2m-5?
Soluo:
Para que a igualdade sen(x)=2m-5 seja satisfeita, devemos ter
-1 < 2m-5 < 1
4 < 2m < 6
2<m<3
Mostre que a funo definida por f(x)=cos(x) par, isto , cos(-a)=cos(a), para qualquer a real.
Soluo:
cos(-a) = cos(2-a)
= cos(2).cos(a) + sen(2).sen(a)
= 1.cos(a) + 0.sen(a)
= cos(a)
Mostre que a funo definida por f(x)=sen(x) mpar, isto , sen(-a)=-sen(a), para qualquer a real.
Soluo:
sen(-a) = sen(2-a)
= sen(2).cos(a) - cos(2).sen(a)
= 0 . cos(a) - 1 . sen(a)
= -sen(a)
Mostre que a funo definida por f(x)=tan(x) mpar, isto , tan(-a)=-tan(a), para qualquer a real, tal que
cos(a) 0.
Soluo:
tan(-a)=sen(-a)/cos(-a)=-sen(a)/cos(a)=-tan(a)
Se x est no terceiro quadrante e tan(x)=3/4, calcular o valor de cos(x).
Soluo:
Se tan(x)=3/4, ento sen(x)/cos(x)=3/4, logo:
sen(x)=(3/4)cos(x)
Substituindo este ltimo resultado na relao fundamental da trigonometria: sen(x)+cos(x)=1, obtemos:
(9/16)cos(x)+cos(x)=1
Como x pertence ao terceiro quadrante, cos(x) negativo e resolvendo esta equao do segundo grau,
segue que:
cos(x)=-4/5.
Se x pertence ao segundo quadrante e sen(x)=1/ 26 , calcular o valor de tan(x).
Soluo:
Seja sen(x)=1/ 26 . Substituindo este dado na relao fundamental da trigonometria: sen(x)+cos(x)=1,
obtemos:
(1/ 26 )+cos(x)=1

Matemtica

226

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Como x pertence ao segundo quadrante, cos(x) negativo e resolvendo a equao do segundo grau, segue
que:
cos(x)=-5/ 26
tan(x)=(1/ 26 )/(-5/ 26 )=-1/5
Cotangente
Seja a reta s
tangente
circunferncia
trigonomtrica no ponto
B=(0,1). Esta reta
perpendicular ao eixo
OY. A reta que passa
pelo ponto M e pelo
centro da circunferncia
intersecta a reta
tangente s no ponto
S=(s',1).
A abscissa s' deste ponto, definida como a cotangente do arco AM correspondente ao ngulo a.
Assim a cotangente do ngulo a dada pelas suas vrias determinaes
cot(AM) = cot(a) = cot(a+2k) = (BS) = s'
Os tringulos OBS e ONM so semelhantes, logo:
BS

ON
=

OB

MN

Como a circunferncia unitria |OB|=1


cos(a)
cot(a)=
sen(a)
que equivalente a
1
cot(a)=
tan(a)
A cotangente de ngulos do primeiro quadrante positiva.
Quando a=0, a cotangente no existe, pois as retas s e OM so paralelas.
ngulos no segundo quadrante
Se o ponto M est no
segundo quadrante, de
modo que o ngulo
pertence ao intervalo
/2<a<, ento a
cotangente de a

Matemtica

227

Livraria Multimarcas
negativa. Quando a=/2,
tem-se que cot(/2)=0.
ngulos no terceiro quadrante
Se o ponto M est no
terceiro quadrante, o
ngulo est no intervalo
<a<3/2 e nesse caso,
a cotangente positiva.
Quando a=, a
cotangente no existe,
as retas que passam por
OM e BS so paralelas.
ngulos no quarto quadrante
Se o ponto M est
no quarto quadrante,
o ngulo a pertence
ao intervalo
3/2<a<2, assim a
cotangente de a
negativa. Se a=3/2,
cot(3/2)=0.

Secante e cossecante
Seja a reta r tangente
circunferncia
trigonomtrica no ponto
M=(x',y'). Esta reta
perpendicular reta que
contm o segmento OM.
A interseo da reta r
com o eixo OX
determina o ponto
V=(v,0). A abscissa do
ponto V, definida como
a secante do arco AM

Matemtica

228

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correspondente ao
ngulo a.
Assim a secante do ngulo a dada pelas suas vrias determinaes:
sec(AM) = sec(a) = sec(a+2k) = (OV) = v
A interseo da reta r com o eixo OY o ponto U=(0,u). A ordenada do ponto U, definida como a
cossecante do arco AM correspondente ao ngulo a. Ento a cossecante do ngulo a dada pelas suas vrias
determinaes
csc(AM) = csc(a) = csc(a+2k) = (OU) = u
Os tringulos OMV e Ox'M so semelhantes, deste modo,
OV

OM
=

OM

Ox'

que pode ser escrito como


1
sec(a)=
cos(a)
se cos(a) diferente de zero.
Os tringulos OMU e Ox'M so semelhantes, logo:
OU

OM
=

OM

x'M

que pode ser escrito como


1
csc(a)=
sen(a)
desde que sen(a) seja diferente de zero.
Algumas propriedades da secante e da cossecante
Observando as representaes geomtricas da secante e da cossecante, podemos constatar as seguintes
propriedades.
Como os pontos U e V sempre esto no exterior da circunferncia trigonomtrica, as suas distncias at o
centro da circunferncia sempre maior ou igual medida do raio unitrio. Da segue que:
sec(a)<-1

ou

sec(a)>1

csc(a)<-1

ou

csc(a)>1

O sinal da secante varia nos quadrantes como o sinal do cosseno, positivo no 1o. e no 4o. quadrantes e
negativo no 2o. e no 3o. quadrantes.
O sinal da cossecante varia nos quadrantes como o sinal do seno, positivo no 1o. e no 2o. quadrantes e
negativo no 3o. e no 4o. quadrantes.
No existe a secante de ngulos da forma a=/2+k, onde k um nmero inteiro, pois nesses ngulos o
cosseno zero.

Matemtica

229

Livraria Multimarcas
No existe a cossecante de ngulos da forma a=k, onde k um nmero inteiro, pois so ngulos cujo seno
zero.
Relaes trigonomtricas com secante e cossecante
Valem as seguintes relaes trigonomtricas
sec(a) = 1 + tan(a)
csc(a) = 1 + cot(a)
Estas frmulas so justificadas como segue
sen(a)
1+tan(a)=1+

1
=

cos(a)

=sec(a)
cos(a)

cos(a)
1+cot(a)=1+

1
=

sen(a)

=csc(a)
sen(a)

Trigonometria: Exerccios sobre cotangente, secante e cossecante


Calcular:
(a) sec(405) (b) csc(-150) (c) cot(19/3)
Soluo:
a) sec(405)=
sec(405-360)=
sec(45)=2/ 2 = 2
b) csc(-150)=
csc(-150+360)=
1/sen(210)=1/-sen(30)=-2
c) cot(19/3)=cot(/3)=
cos(/3)/sen(/3)=(1/2)/( 3 /2)=1/ 3
Mostre que:
sen(x)+2 cos(x)
= tan(x)+2cot(x)
sen(x)cos(x)

Soluo:
sen(x)+2cos(x)

sen(x)
=

sen(x)cos(x)

sen(x)cos(x)
sen(x)
=

sen(x)cos(x)
2cos(x)
+

cos(x)
= tan(x)+2cot(x)
Mostre que:

Matemtica

2cos(x)
+

230

sen(x)

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csc(x)
cos(x)

tan(x)+cot(x) =
Soluo:
tan(x)+cot(x) =

sen(x)
cos(x)
+
cos(x)
sen(x)

sen(x)+cos(x)
sen(x)cos(x)

1
sen(x)cos(x)

csc(x)
cos(x)

Verifique que
sen4(x)-cos4(x) = sen(x) - cos(x)
Soluo:
Sen4(x)-cos4(x) = [sen(x)-cos(x)].[sen(x)+cos(x)]
= [sen(x)-cos(x)].1
= sen(x)-cos(x)
Fazendo a substituio x=5 cos(t), com t no primeiro quadrante, demonstre que
(25-x)1/2 = 5 sen(t)
Soluo:
[25-x]1/2 =
=
=
=
=

[25-(5cos(t))]1/2
[25-25cos(t)]1/2
[25(1-cos(t))]1/2
[25sen(t)]1/2
5|sen(t)|

Como t um ngulo do primeiro quadrante sen(t)>0 ento 5|sen(t)|=5sen(t).


Fazendo a substituio x=2 tan(t), com t no quarto quadrante, demonstre que
1/(4+x)1/2 = cos(t)/2
Soluo:
[4+x]1/2 = [4-(2tan t)]1/2
= [4-4tan(t)]1/2
= [4(1+tan(t))]1/2
= [4sec(t)]1/2
= 2|sec(t)|
Como t um ngulo do quarto quadrante, ento cos(t)>0, logo:
2|sec(t)|=2|1/cos(t)|=2/cos(t).
Assim:
1/2

1/(4+x) =cos(t)/2

Matemtica

231

Livraria Multimarcas
Frmulas de arco duplo, arco triplo e arco metade
Conhecendo-se as relaes trigonomtricas de um arco de medida a, podemos obter estas relaes
trigonomtriuca para arcos de medidas 2a, 3a e a/2, que so consequncias imediatas das frmulas de soma
de arcos.
Frmulas de arco duplo
Como:
sen(a+b) = sen(a)cos(b) + cos(a)sen(b)
cos(a+b) = cos(a)cos(b) - sen(a)sen(b)
dividindo a primeira expresso pela segunda, obtemos:
tan(a+b) =

sen(a)cos(b)+cos(a)sen(b)
cos(a)cos(b)-sen(a)sen(b)

Dividindo todos os 4 termos da frao por cos(a)cos(b), segue a frmula:


tan(a)+tan(b)
tan(a+b) =
1tan(a)tan(b)
Tomando b=a, obtemos algumas frmulas do arco duplo:
sen(2a)=
sen(a)cos(a)+cos(a)sen(a)=
2sen(a)cos(a) cos(2a)=
cos(a)cos(a)-sen(a)sen(a)=
cos(a)-sin(a)
de onde segue que
tan(a)+tan(a)
tan(2a)=

2tan(a)
=

1-tan(a)tan(a)

1-tan(a)

Substituindo sin(a)=1-cos(a) nas relaes acima, obtemos uma relao entre o cosseno do arco duplo com
o cosseno do arco:
cos(2a) = cos(a) - sin(a)
= cos(a) - (1-cos(a)
= 2 cos(a) - 1
Substituindo cos(a)=1-sin(a) nas relaes acima, obtemos uma relao entre o seno do arco duplo com o
seno do arco:
cos(2a) = cos(a) - sin(a)
= 1 - sin(a) - sin(a))
= 1 - 2sin(a)
Frmulas de arco triplo
Se b=2a em
sen(a+b)=sen(a)cos(b)+cos(a)sen(b), ento
sen(3a)= sen(a+2a)

Matemtica

232

Livraria Multimarcas
= sen(a)cos(2a) + cos(a)sen(2a)
= sen(a)[1-2sin(a)]+[2sen(a)cos(a)]cos(a)
= sen(a)[1-2sin(a)]+2sen(a)cos(a))
= sen(a)[1-2sin(a)]+2sen(a)[1-sin(a)]
= sen(a)-2sin(a))+2sen(a)-2sin(a))
= 3 sen(a) - 4 sin(a)
Se b=2a em
cos(a+b)=cos(a)cos(b)-sen(a)sen(b), ento
cos(3a)= cos(a+2a)
= cos(a)cos(2a) - sen(a)sen(2a)
= cos(a)[2cos(a)-1]-sen(a)[2sen(a)cos(a)]
= cos(a)[2cos(a)-1]-2sen(a)cos(a)
= cos(a)[2cos(a)-1-2(1-cos(a))]
= cos(a)[2cos(a)-3+2cos(a)]
= cos(a)[4cos(a)-3]
= 4 cos(a) - 3 cos(a)
As frmulas do arco triplo so
sen(3a) = 3sen(a)-4sin(a)
cos(3a) = 4cos(3a)-3cos(a)
Frmulas de arco metade
Partindo das frmulas do arco duplo
cos(2a) = 2cos(a) 1
cos(2a) = 1 - 2sin(a)
e substituindo 2a=c, obtemos:
cos(c) = 2cos(c/2) 1
cos(c) = 1 - 2sin(c/2)
Assim
sen(c/2) =

1-cos(c)
2

cos(c/2) =

1+cos(c)
2

Dividindo a expresso de cima pela de baixo, obtemos a tangente da metade do arco, dada por:
1-cos(c)
tan(c/2)=
1+cos(c)
Extraindo a raiz quadrada de ambos os membros, obtemos uma frmula que expressa a tangente da
metade do arco em funo do cosseno do arco.
Trigonometria: Exerccios sobre adio e subtrao de arcos

Matemtica

233

Livraria Multimarcas
Se cos(a)=3/5 e sen(b)=1/3, com a pertencente ao 3o. quadrante e b pertencente ao 2o. quadrante, calcular:
a) sen(a+b)
b) sen(a-b)
c) csc(a+b)
d) csc(a-b)
Soluo:
Sabemos que
sen(ab)=sen(a)cos(b)sen(b)cos(a) e que vale a relao fundamental cos(x)+sen(x)=1, para todo x real,
assim:
sen(a)=1-(3/5)=4/5 e cos(b)=1-(1/3)=8/9
Com a notao R[x], para a raiz quadrada de x>0, segue:
sen(a)=-2/R[5] (a pertence ao 3 quadrante)
cos(b)=-2R[2]/3 (b pertence ao 2 quadrante)
Assim:
sen(a+b)=(-2/R[5])(-2R[2]/3)+(1/3)(3/5)= 4R[10]/15+1/5sen(a-b) =
(-2/R[5])(-2R[2]/3)-(1/3)(3/5)=
4R[10]/15-1/5 csc(a+b) =
1/sen(a+b) = 15/(4R[10]+3)csc(a-b) =
1/sen(a-b) = 15/(4R[10]-3)
Se sen(a)=2/3 e cos(b)=3/4, com a pertencente ao 2o. quadrante e b pertencente ao 1o. quadrante, calcular:
a) sen(a+b)
b) sen(a-b)
c) cos(a+b)
d) cos(a-b)
Soluo: Temos que
sen(ab)=sen(a)cos(b)sen(b)cos(a),
que vale a relao fundamental
cos(x)+sen(x)=1, para todo x real e:
cos(a+b)=cos(a)cos(b)-sen(a)sen(b)
cos(a-b)=cos(a)cos(b)+sen(a)sen(b)
Calcularemos agora os valores de sen(b) e de cos(a).
sen(b)=1-(2/3)=5/9 e cos(a)=1-(3/4)=7/16
Usando a notao R[x] para a raiz quadrada de x>0, obteremos:
sen(b)=R[5]/3 (a pertence ao 2 quadrante)
cos(a)=R[7]/4 (b pertence ao 1 quadrante)
Assim,
sen(a+b)=
(2/3)(3/4)+(R[5]/3)(R[7]/4)=
R[35]/12+1/2sen(a-b)=

Matemtica

234

Livraria Multimarcas
(2/3)(3/4)-(R[5]/3)(R[7]/4)=
1/2-R[35]/12 cos(a+b)=
(R[7]/4)(3/4)-(2/3)(R[5]/3)=
3R[7]/16-2R[5]/9cos(a-b)=
(R[7]/4)(3/4)+(2/3)(R[5]/3)=
3R[7]/16+2R[5]/9
Dado o ngulo de medida a=/12 radianos, determinar:
sen(a) (b) cos(a) (c) tan(a)
Soluo:
Como /3 e /4 so arcos notveis, escreva /12=/3-/4, basta utilizar as frmulas do seno e do cosseno
da diferena de dois ngulos:
sen(/12)=
sen(/3-/4)=
sen(/3)cos(/4)-sen(/4)cos(/3)=
cos(/12)=cos(/3-/4)=
cos(/3)cos(/4)-sen(/4)sen(/3)=...
tan(/12)=sen(/12)/cos(/12)=...
Dado o ngulo de medida a=15 graus, determinar:
a) sen(a)
b) cos(a)
c) tan(a)
Soluo: Como 45 e 30 so ngulos notveis, escreva 15=45-30 e utilize as frmulas:
sen(15)=sen(45-30)= sen(45)cos(30)-sen(30)cos(45)=
cos(15)=cos(45-30)= cos(45)cos(30)-sen(30)sen(45)=
tan(15)=sen(15)/cos(15)=...
Fonte: http://pessoal.sercomtel.com.br

FUNO EXPONENCIAL
A funo exponencial natural a funo exp:RR+, definida como a inversa da funo logartmo natural,
isto :
Ln[exp(x)]=x,

exp[Ln(x)]=x

O grfico da funo exponencial obtido pela reflexo do grfico da funo Logaritmo natural em relao
identidade dada pela reta y = x.

Matemtica

235

Livraria Multimarcas
Como o domnio da funo Logaritmo natural o conjunto dos nmeros reais positivos, ento a imagem da
funo exp o conjunto dos nmeros reais positivos e como a imagem de Ln o conjunto R de todos os
nmeros reais, ento o domnio de exp tambm o conjunto R de todos os nmeros reais.
Observao: Atravs do grfico de f(x)=exp(x), observamos que:
1. exp(x) > 0 se x real)
2. 0 < exp(x)<1 se x<0
3. exp(x) =1 se x = 0
4. exp(x) >1 se x > 0
No Ensino Mdio, a funo exponencial definida a partir da funo logartmica e ciclicamente define-se a
funo logartmica em funo da exponencial como:
f(x)=exp(x), se e somente se, x=Ln(y)
Exemplos:
Ln[exp(5)]=5
exp[ln(5)]=5
1/2

Ln[exp(x+1) ]=(x+1)

1/2

1/2

exp[Ln((x+1) ]=(x+1)

1/2

exp[3.Ln(x)]=exp(Ln(x)]=x
k

exp[k.Ln(x)]=exp[Ln(x )]=x

xp[(7(Ln(3)-Ln(4)] = exp[7(Ln(3/4))]=
7

exp[(Ln(3/4)] ) =(3/4)

A Constante e de Euler
Existe uma importantssima constante matemtica definida por
e = exp(1)
O nmero e um nmero irracional e positivo e em funo da definio da funo exponencial, temos que:
Ln(e)=1
Este nmero denotado por e em homenagem ao matemtico suo Leonhard Euler (1707-1783), um dos
primeiros a estudar as propriedades desse nmero.
O valor deste nmero expresso com 40 dgitos decimais, :
e =2,718281828459045235360287471352662497757
Conexo entre o nmero e e a funo exponencial
Se x um nmero real, a funo exponencial exp(.) pode ser escrita como a potncia de base e com
expoente x, isto :
x

e = exp(x)
Significado geomtrico de e
Tomando um ponto v do eixo OX, com v > 1 tal que a rea da regio do primeiro quadrante localizada sob a
curva y=1/x e entre as retas x =1 e x = v seja unitria, ento o valor de v ser igual a e.

Matemtica

236

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Propriedades bsicas da funo exponencial
Se x e y so nmeros reais e k um nmero racional, ento:
y = exp(x) se, e somente se, x = Ln(y).
exp[Ln(y)]=y para todo y>0.
Ln[exp(x)]=x para todo x real.
exp(x + y)=exp(x) exp(y)
exp(x - y)=exp(x)/exp(y)
exp(x . k)=[exp(x)]

Simplificaes matemticas
Podemos simplificar algumas expresses matemticas com as propriedades das funes exponenciais e
logaritmos:
exp[Ln(3)]=3.
Ln[exp(20x)]=20x.
5

exp[5.Ln(2)]=exp[Ln(2 )]=2 =32.


exp[2+5.ln(2)]=exp(2)exp(5.Ln(2))=32e.
Outras funes exponenciais
x

Podemos definir outras funes exponenciais como g(x)=a , onde a um nmero real positivo diferente de 1
e de x. Primeiro, consideremos o caso onde o expoente um nmero racional r.
r

Tomando x=a na equao x=exp[Ln(x)], obtemos:


r

a =exp[Ln(a )]
r

Como Ln[a ]=r.Ln(a), a relao acima fica na forma:


r

a = exp[r.Ln(a)]
Esta ltima expresso, juntamente com a informao que todo nmero real pode ser escrito como limite de
x
uma sequncia de nmeros racionais, justifica a definio para g(x)=a , onde x um nmero real:
x

a =exp[x.Ln(a)]
Leis dos expoentes
Se x e y so nmeros reais, a e b so nmeros reais positivos, ento:
x y

a a =a
x

x+y

a /a =a

x-y

x y

x.y

(a ) =a
x

x x

(a b) =a b

(a/b) =a /b
-x

a =1/a

Relao de Euler
Se i a unidade imaginria e x um nmero real, ento vale a relao:
ix

e = exp(ix) = cos(x) + i sen(x)


Algumas Aplicaes
Funes exponenciais desempenham papis fundamentais na Matemtica e nas cincias envolvidas com
ela, como: Fsica, Qumica, Engenharia, Astronomia, Economia, Biologia, Psicologia e outras. Vamos
apresentar alguns exemplos com aplicaes destas funes.
Lei do resfriamento dos corpos: Um indivduo foi encontrado morto em uma sala com temperatura
ambiente constante. O legista tomou a temperatura do corpo s 21:00 h e constatou que a mesma era de 32
graus Celsius. Uma hora depois voltou ao local e tomou novamente a temperatura do corpo e constatou que a

Matemtica

237

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mesma estava a 30 graus Celsius. Aproximadamente a que horas morreu o indivduo, sabendo-se que a
temperatura mdia de um corpo humano normal de 37 graus Celsius?

Partindo de estudos matemticos pode-se construir uma funo exponencial decrescente que passa pelos
pontos (21,32) e (22,30) onde abscissas representam o tempo e as ordenadas a temperatura do corpo.
A curva que descreve este fenmeno uma funo exponencial da forma:
f(t) = C e

At

ento obtemos que:


A = Ln(30)-Ln(32)
C = 32/ (30/32)

21

A funo exponencial que rege este fenmeno de resfriamento deste corpo dada por:
f(t) = 124,09468 e

-0,0645385t

e quando f(t) = 37 temos que:


t = 18,7504... = 18 horas + 45 minutos
que pode ser observado atravs do grfico.
Observao: Neste exemplo, usamos a construo de um grfico e as propriedades operatrias das
funes exponenciais e logartmicas.
Curvas de aprendizagem: Devido ao seu uso por psiclogos e educadores na descrio do processo de
aprendizagem, as curvas exponenciais realizam um papel importante.

A curva bsica para este tipo de estudo da forma:


-k.x

f(x) = c - a e

onde c, a e k so constantes positivas. Considerando o caso especial em que c = a temos uma das
equaes bsicas para descrever a relao entre a consolidao da aprendizagem y=f(x) e o nmero de
reforos x.
A funo:
-k.x

f(x) = c - a e

cresce rapidamente no comeo, nivela-se e ento aproxima-se de sua assntota y = c.

Matemtica

238

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Estas curvas tambm so estudadas em Economia, na representao de vrias funes de custo e
produo.
Crescimento populacional: Em 1798, Thomas Malthus, no trabalho "An Essay on the Principle of
Population" formulou um modelo para descrever a populao presente em um ambiente em funo do tempo.
Considerou N=N(t) o nmero de indivduos em certa populao no instante t. Tomou as hipteses que os
nascimentos e mortes naquele ambiente eram proporcionais populao presente e a variao do tempo
conhecida entre os dois perodos. Chegou seguinte equao para descrever a populao presente em um
instante t:
rt

N(t)=No e

onde No a populao presente no instante inicial t=0 e r uma constante que varia com a espcie de
populao.
O grfico correto desta funo depende dos valores de No e de r. Mas sendo uma funo exponencial, a
x
forma do grfico ser semelhante ao da funo y = K e .
Este modelo supe que o meio ambiente tenha pouca ou nenhuma influncia sobre a populao.

Desse modo, ele mais um indicador do potencial de sobrevivncia e de crescimento de cada espcie de
populao do que um modelo que mostre o que realmente ocorre.
Consideremos por exemplo uma populao de bactrias em um certo ambiente. De acordo com esta
equao se esta populao duplicar a cada 20 minutos, dentro de dois dias, estaria formando uma camada em
volta da terra de 30 cm de espessura. Assim, enquanto os efeitos do meio ambiente so nulos, a populao
rt
obedece ao modelo N=Noe . Na realidade, se N=N(t) aumenta, o meio ambiente oferece resistncia ao seu
crescimento e tende a mant-lo sobre controle. Exemplos destes fatores so, a quantidade disponvel de
alimentos, acidentes, guerras, epidemias,...
Como aplicao numrica, consideremos uma colnia de bactrias se reproduzindo normalmente. Se num
certo instante havia 200 bactrias na colnia, passadas 12 horas havia 600 bactrias. Quantas bactrias
haver na colnia aps 36 horas da ltima contagem?
No instante inicial havia 200 bactrias, ento No=200, aps 12 horas havia 600 bactrias, ento
N(12)=600=200 e

r12

logo
12r

= 600/200 = 3

assim
ln(e

12 r

)=ln(3)

Como Ln e exp so funes inversas uma da outra, segue que 12r=ln(3), assim:
r = ln(3)/12=0,0915510
Finalmente:
N(48) = 200 e

48. (0,0915510)

= 16200 bactrias

Ento, aps 36 horas da ltima contagem ou seja, 48 horas do incio da contagem, haver 16200 bactrias.
Desintegrao radioativa: Os fundamentos do estudo da radioatividade ocorreram no incio do sculo por
Rutherford e outros. Alguns tomos so naturalmente instveis, de tal modo que aps algum tempo, sem
qualquer influncia externa sofrem transies para um tomo de um novo elemento qumico e durante esta
transio eles emitem radiaes. Rutherford formulou um modelo para descrever o modo no qual a

Matemtica

239

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radioatividade decai. Se N=N(t) representa o nmero de tomos da substncia radioativa no instante t, N o o
nmero de tomos no instante t=0 e k uma constante positiva chamada de constante de decaimento, ento:
-k.t

N(t) = No e

esta constante de decaimento k, tem valores diferentes para substncias diferentes, constantes que so
obtidas experimentalmente.
Na prtica usamos uma outra constante T, denominada meia-vida do elemento qumico, que o tempo
necessrio para que a quantidade de tomos da substncia decaia pela metade.
Se N = No/2 para t =T, temos
-k.T

No/2 = No e
assim
T=Ln(2)/k

Na tabela, apresentamos indicadores de meia-vida de alguns elementos qumicos:


Substncia
Xennio 133
Brio 140
Chumbo 210
Estrncio 90
Carbono 14
Plutnio
Urnio 238

Meia-vida T
5 dias
13 dias
22 anos
25 anos
5.568 anos
23.103 anos
4.500.000.000 anos

Para o Carbono 14, a constante de decaimento :


k = Ln(2)/T = Ln(2)/5568 = 12,3386 por ano. (Fonte: http://www.algosobre.com.br).

LOGARITMOS DECIMAIS
Introduo
Os nmeros positivos podem ser escritos como potncias de base 10. Assim, introduzimos a palavra
logaritmo no nosso vocabulrio.
As propriedades dos logaritmos so utilizadas na soluo de diversos problemas. Antes disso, vamos falar
um pouco sobre sua importncia histrica.
Um pouco de histria
Os logaritmos foram inventados na primeira metade do sculo XVII para facilitar clculos complicados que a
vida na poca j exigia. Os navegantes precisavam saber onde estavam, a partir da posio de certas estrelas
no cu. Os astrnomos, por sua vez, precisavam determinar a posio das estrelas e dos planetas ao longo do
ano, prever os eclipses e as mars a partir da rbita da lua e estudar diversos outros fenmenos do cu. Os
banqueiros precisavam fazer os clculos dos juros e para todas essas atividades o trabalho era enorme. O
astrnomo, por exemplo, podia saber que clculos fazer para resolver um problema, mas freqentemente
levava meses para obter o resultado.
As primeiras tbuas de logaritmos foram festejadas como um enorme avano da cincia, pois possibilitavam
uma rapidez no clculo, a qual, at pouco tempo, seria considerada inacreditvel.
Mas o que as tbuas de logaritmos realmente fazem?
A tbua de logaritmos uma tabela de duas colunas de nmeros com a seguinte propriedade: multiplicar
dois nmeros na coluna da esquerda o mesmo que somar os nmeros correspondentes na coluna da direita.
Dessa forma, possvel substituir uma multiplicao por uma soma (que uma operao muito mais rpida) e
uma diviso por uma subtrao.
Veja pequena parte de uma tabela de logaritmos:
NMEROS LOGARITMOS
...
...

Matemtica

240

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36
37
38
...
64
65
66
...
2404
2405
2406

1,5563
1,5682
1,5798
...
1,8062
1,8129
1,8195
...
3,3809
3,3811
3,3813

Para exemplificar, consideremos a multiplicao de 37 por 65. Para no fazer a conta diretamente,
podemos procurar os logaritmos desses nmeros na coluna da direita e som-los: 1,5682 + 1,829 = 3,3811.
Em seguida, basta procurar o nmero correspondente a esse resultado na coluna da esquerda.
Assim, conclumos que:
37 65 = 2405
Se consideramos ainda que, com os logaritmos, foi possvel calcular potncias e extrair razes de qualquer
ndice fazendo apenas multiplicaes e divises, podemos entender por que essa inveno foi, de fato,
revolucionria.
Os logaritmos que voc estudar nesta aula so chamados de logaritmos decimais porque todos os
nmeros sero representados como potncias de base 10. Escolhemos essa base (e no uma outra qualquer)
porque a mesma base do nosso sistema de numerao. Entretanto, a teoria dos logaritmos pode ser
desenvolvida de forma exatamente igual em qualquer base.
Definio
O logaritmo (decimal) do nmero positivo x o nmero y tal que 10y = x. Representando o logaritmo de x
pelo smbolo log x temos:
y

log x = y significa que 10 = x


A partir dessa definio conclumos que:
log 1 = 0
log 10 = 1
log 100 = 2
log 1000 = 3

porque
porque
porque
porque

100 = 1
101 = 10
102 = 100
103 = 1000

e assim por diante.


Repare ainda que:
log 0,1 = - 1

10-1 =

log 0,01 = - 2

10-2 =

1
10

= 0,1

1
100

= 0,01

e assim por diante.


Clculos extremamente trabalhosos foram necessrios para representar os nmeros positivos como
0,301
potncias de 10. Por exemplo, foi calculado que 10
igual a 2. Isso significa que log 2 = 0,301.
Desse modo, determinamos que o logaritmo de um nmero o expoente a que devemos elevar a base 10
para dar como resultado esse nmero.
Veja outros exemplos:
0,477

10

=3

1,8129

10

significa que log 3 = 0,477

= 65 significa que log 65 = 1,8129

Como devemos fazer para calcular o logaritmo de qualquer nmero? Diremos que conhecendo os
logaritmos dos nmeros primos possvel calcular o logaritmo de qualquer outro nmero, utilizando certas
propriedades. Por isso, vamos descobrir essas propriedades e depois ver o que podemos fazer com elas.

Matemtica

241

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Propriedades
O logaritmo do produto
Suponha que o logaritmo do nmero a seja x e que o logaritmo do nmero b seja y.
log a = x
log b = y
De acordo com a nossa definio temos:
x

10 = a
y

10 = b
Multiplicando essas duas igualdades temos:
x

10 10 = ab
10

x+y

= ab

Isso significa que x + y o logaritmo do produto ab, ou seja:


log ab = x + y
Como x = log a e y = log b temos a primeira propriedade:
log ab = log a + log b
Logaritmo do quociente
Considere novamente as igualdades:
x

10 = a
y

10 = b
Agora, dividindo membro a membro, obtemos:

10 x a
y b
10
a
e isto significa que x - y o logaritmo do quociente
ou seja,
b
a
log = x - y
b
Mas como x = log a e y = log b temos a nossa segunda propriedade:
log

a
= log a - log b
b

EXEMPLO 1
Sabendo que log 2 = 0,301 e log 3 = 0,477, calcular log 6 e log 1,5.
Soluo:
Como 6 = 2 3 e 1,5 =

2
, vamos aplicar as duas primeiras propriedades:
3

a) log 6 = log 2 3 = log 2 + log 3 = 0,301 + 0,477 = 0,778


b) log 1, 5 = log

2
= log 3 - log 2 = 0, 477 - 0,301 = 0,176
3

O logaritmo de uma potncia


x

Suponha que o logaritmo de um nmero a seja igual a x. Se log a = x, ento 10 = a. Elevando os dois lados
dessa ltima igualdade potncia n:
x n

(10 ) = a

Matemtica

242

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nx

10 = a

Temos ento que nx o logaritmo de a , ou seja,


n

log a = nx
Substituindo x por log a, temos a terceira propriedade:
n

log a = n log a
EXEMPLO 2
Conhecendo os logaritmos de 2 e de 3, calcular o logaritmo de 144.
Soluo:
4

Fatorando 144 encontramos 2 3 . Observe, no desenvolvimento do clculo,


a aplicao da primeira e da terceira propriedades:
4

log 144 = log 2 3

= log 2 + log 3 =
= 4 log 2 + 2 log 3 =
= 4 0,301 + 2 0,477
= 1,204 + 0,954
= 2,158

Como voc ver no prximo exemplo, podemos calcular os logaritmos de todos os nmeros conhecendo
apenas os logaritmos dos nmeros primos.
Observe a tabela abaixo e acompanhe.
n
2
3
5
7
11
13
17
19

log n
0,3010
0,4771
0,6990
0,8451
1,0414
1,1139
1,2304
1,2788

EXEMPLO 3
Calcular o logaritmo de 13,6.
Soluo:
O nmero 13,6 igual a

136
10
3

Fatorando o nmero 136 encontraremos 2 17. Veja novamente a aplicao das propriedades:
log 13,6 = log

136
=
10

= log 136 - log 10


3

= log 2 17 - log 10
3

= log 2 + log 17 - log 10


= 3 log 2 + log 17 - log 10
Substituindo os valores de log 2 e log 17 que esto na tabela, e levando em conta que log 10 = 1, temos:
log 13,6 = 3 0,310 + 1,2304 - 1 = 1,1334

Matemtica

243

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As tabelas e as mquinas cientficas
Antigamente, publicavam-se imensas tabelas de logaritmos. Nas mais simples, os logaritmos eram dados
com 4 casas decimais e nas maiores, com at 14 casas decimais. Com o aparecimento das calculadoras
eletrnicas, as tabelas perderam sua funo. As calculadoras cientficas fornecem os logaritmos dos nmeros
instantaneamente. Basta apertar a tecla LOG que elas possuem. Conhecendo um logaritmo, as calculadoras
cientficas tambm nos dizem a que nmero ele corresponde.
No entanto, so poucas as pessoas que possuem essas mquinas. Em geral, usamos no nosso dia-a-dia a
calculadora simples, que possui apenas as quatro operaes, a raiz quadrada e uma memria. Por isso, para
as nossas aplicaes precisaremos consultar uma tabela.
A consulta tabela que vamos fornecer fcil. Mas antes de lidar com ela, devemos aprender mais
algumas coisas.
Caracterstica e mantissa
O logaritmo de um nmero constitudo de duas partes: uma antes da vrgula e outra depois da vrgula. A
primeira chama-se caracterstica e a segunda chama-se mantissa. Veja isso no exemplo:

A caracterstica situa o nmero dado entre duas potncias consecutivas de 10.


Logaritmos de nmeros entre 1 e 10 possuem caracterstica 0; logaritmos de nmeros entre 10 e 100
possuem caracterstica 1; logaritmos de nmeros entre 100 e 1000 possuem caracterstica 2, e assim por
diante.
NMEROS
entre 1 e 10
entre 10 e 100
entre 100 e 1000
entre 1000 e 10000

CARACTERSTICA
DO
LOGARITMO
0
1
2
3

Veja agora a propriedade da mantissa nos exemplos a seguir:


log 2,4
log 24
log 240
log 2400

= 0,3802
= 1,3802
= 2,3802
= 3,3802

O que voc notou? A mantissa a mesma, somente a caracterstica variou, de acordo com a tabela acima.
Quando multiplicamos um nmero por 10, 100, 1000 etc., a mantissa dos logaritmos no muda. S a
caracterstica varia.

TABELA DE MANTISSAS
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
01 0000 0414 0792 1139 1461 1761 2041 2304 2553 2788
02 3010 3222 3424 3617 3802 3979 4150 4314 4472 4624
03 4771 4914 5051 5185 5315 5441 5563 5682 5798 5911
04 6021 6128 6232 6335 6435 6532 6628 6721 6812 6902
05 6990 7076 7160 7243 7324 7404 7482 7559 7634 7709
06 7782 7853 7924 7993 8062 8129 8195 8261 8325 8388
07 8451 8513 8573 8633 8692 8751 8808 8865 8921 8976
08 9031 9085 9138 9191 9243 9294 9345 9395 9445 9494
09 9542 9590 9638 9685 9731 9777 9823 9868 9912 9956
10 0000 0043 0086 0128 0170 0212 0253 0294 0334 0374
11 0414 0453 0492 0531 0569 0607 0645 0682 0719 0755

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244

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12 0792 0828 0864 0899 0934 0969 1004 1038 1072 1106
13 1139 1173 1206 1239 1271 1303 1335 1367 1399 1430
14 1461 1492 1523 1553 1584 1614 1644 1673 1703 1732
15 1761 1790 1818 1847 1875 1903 1931 1959 1987 2014
16 2041 2068 2095 2122 2148 2175 2201 2227 2253 2279
17 2304 2330 2355 2380 2405 2430 2455 2480 2504 2529
18 2553 2577 2601 2625 2648 2672 2695 2718 2742 2765
19 2788 2810 2833 2856 2878 2900 2923 2945 2967 2989
20 3010 3032 3054 3075 3096 3118 3139 3160 3181 3201
21 3222 3243 3263 3284 3304 3324 3345 3365 3385 3404
22 3424 3444 3464 3483 3502 3522 3541 3560 3579 3598
23 3617 3636 3655 3674 3692 3711 3729 3747 3766 3784
24 3802 3820 3838 3856 3874 3892 3909 3927 3945 3962
25 3979 3997 4014 4031 4048 4065 4082 4099 4116 4133
26 4150 4166 4183 4200 4216 4232 4249 4265 4281 4298
27 4314 4330 4346 4362 4378 4393 4409 4425 4440 4456
28 4472 4487 4502 4518 4533 4548 4564 4579 4594 4609
29 4624 4639 4654 4669 4683 4698 4713 4728 4742 4757
30 4771 4786 4800 4814 4829 4843 4857 4871 4886 4900
31 4914 4928 4942 4955 4969 4983 4997 5011 5024 5038
32 5051 5065 5079 5092 5105 5119 5132 5145 5159 5172
33 5185 5198 5211 5224 5237 5250 5263 5276 5289 5302
34 5315 5328 5340 5353 5366 5378 5391 5403 5416 5428
35 5441 5453 5465 5478 5490 5502 5514 5527 5539 5551
36 5563 5575 5587 5599 5611 5623 5635 5647 5658 5670
37 5682 5694 5705 5717 5729 5740 5752 5763 5775 5786
38 5798 5809 5821 5832 5843 5855 5866 5877 5888 5899
39 5911 5922 5933 5944 5955 5966 5977 5988 5999 6010
40 6021 6031 6042 6053 6064 6075 6085 6096 6107 6117
41 6128 6138 6149 6160 6170 6180 6191 6201 6212 6222
42 6232 6243 6253 6263 6274 6284 6294 6304 6314 6325
43 6335 6345 6355 6365 6375 6385 6395 6405 6415 6425
44 6435 6444 6454 6464 6474 6484 6493 6503 6513 6522
45 6532 6542 6551 6561 6571 6580 6590 6599 6609 6618
46 6628 6637 6646 6656 6665 6675 6684 6693 6702 6712
47 6721 6730 6739 6749 6758 6767 6776 6785 6794 6803
48 6812 6821 6830 6839 6848 6857 6866 6875 6884 6893
49 6902 6911 6920 6928 6937 6946 6955 6964 6972 6981

50
51
52
53
54
55

Matemtica

0
699
0
707
6
716
0
724
3
732
4
740

1
699
8
708
4
716
8
725
1
733
2
741

TABELA DE MANTISSAS
2
3
4
5
6
7
700 701 702 703 704 705
7
6
4
3
2
0
709 710 711 711 712 713
3
1
0
8
6
5
717 718 719 720 721 721
7
5
3
2
0
8
725 726 727 728 729 730
9
7
5
4
2
0
734 734 735 736 737 738
0
8
6
4
2
0
741 742 743 744 745 745

245

8
705
9
714
3
722
6
730
8
738
8
746

9
706
7
715
2
723
5
731
6
739
6
747

Livraria Multimarcas
56
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
68
69
70
71
72
73
74
75
76
77
78
79
80
81
82
83
84
85

Matemtica

4
748
2
755
9
763
4
770
9
778
2
785
3
792
4
799
3
806
2
812
9
819
5
826
1
832
5
838
8
845
1
851
3
857
3
863
3
869
2
875
1
880
8
886
5
892
1
897
6
903
1
908
5
913
8
919
1
924
3
929

2
749
0
756
6
764
2
771
6
778
9
786
0
793
1
800
0
806
9
813
6
820
2
826
7
833
1
839
5
845
7
851
9
857
9
863
9
869
8
875
6
881
4
887
1
892
7
898
2
903
6
909
0
914
3
919
6
924
8
929

9
749
7
757
4
764
9
772
3
779
6
786
8
793
8
800
7
807
5
814
2
820
9
827
4
833
8
840
1
846
3
852
5
858
5
864
5
870
4
876
2
882
0
887
6
893
2
898
7
904
2
909
6
914
9
920
1
925
3
930

7
750
5
758
2
765
7
773
1
780
3
787
5
794
5
801
4
808
2
814
9
821
5
828
0
834
4
840
7
847
0
853
1
859
1
865
1
871
0
876
8
882
5
888
2
893
8
899
3
904
7
910
1
915
4
920
6
925
8
930

5
751
3
758
9
766
4
773
8
781
0
788
2
795
2
802
1
808
9
815
6
822
2
828
7
835
1
841
4
847
6
853
7
859
7
865
7
871
6
877
4
883
1
888
7
894
3
899
8
905
3
910
6
915
9
921
2
926
3
931

3
752
0
759
7
767
2
774
5
781
8
788
9
795
9
802
8
809
6
816
2
822
8
829
3
835
7
842
0
848
2
854
3
860
3
866
3
872
2
877
9
883
7
889
3
894
9
900
4
905
8
911
2
916
5
921
7
926
9
932

246

1
752
8
760
4
767
9
775
2
782
5
789
6
796
6
803
5
810
2
816
9
823
5
829
9
836
3
842
6
848
8
854
9
860
9
866
9
872
7
878
5
884
2
889
9
895
4
900
9
906
3
911
7
917
0
922
2
927
4
932

9
753
6
761
2
768
6
776
0
783
2
790
3
797
3
804
1
810
9
817
6
824
1
830
6
837
0
843
2
849
4
855
5
861
5
867
5
873
3
879
1
884
8
890
4
896
0
901
5
906
9
912
2
917
5
922
7
927
9
933

6
754
3
761
9
769
4
776
7
783
9
791
0
798
0
804
8
811
6
818
2
824
8
831
2
837
6
843
9
850
0
856
1
862
1
868
1
873
9
879
7
885
4
891
0
896
5
902
0
907
4
912
8
918
0
923
2
928
4
933

4
755
1
762
7
770
1
777
4
784
6
791
7
798
7
805
5
812
2
818
9
825
4
831
9
838
2
844
5
850
6
856
7
862
7
868
6
874
5
880
2
885
9
891
5
897
1
902
5
907
9
913
3
918
6
923
8
928
9
934

Livraria Multimarcas
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99

4
934
5
939
5
944
5
949
4
954
2
959
0
963
8
968
5
973
1
977
7
982
3
986
8
991
2
995
6

9
935
0
940
0
945
0
949
9
954
7
959
5
964
3
968
9
973
6
978
2
982
7
987
2
991
7
996
1

4
935
5
940
5
945
5
950
4
955
2
960
0
964
7
969
4
974
1
978
6
983
2
987
7
992
1
996
5

9
936
0
941
0
946
0
950
9
955
7
960
5
965
2
969
9
974
5
979
1
983
6
988
1
992
6
996
9

5
936
5
941
5
946
5
951
3
956
2
960
9
965
7
970
3
975
0
979
5
984
1
988
6
993
0
997
4

0
937
0
942
0
946
9
951
8
956
6
961
4
966
1
970
8
975
4
980
0
984
5
989
0
993
4
997
8

5
937
5
942
5
947
4
952
3
957
1
961
9
966
6
971
3
975
9
980
5
985
0
989
4
993
9
998
3

0
938
0
943
0
947
9
952
8
957
6
962
4
967
1
971
7
976
3
980
9
985
4
989
9
994
3
998
7

5
938
5
943
5
948
4
953
3
958
1
962
8
967
5
972
2
976
8
981
4
985
9
990
3
994
8
999
1

0
939
0
944
0
948
9
953
8
958
6
963
3
968
0
972
7
977
3
981
8
986
3
990
8
995
2
999
6

Observe como encontramos os logaritmos dos nmeros de 1 a 999 consultando


a tabela.
a)
Para nmeros de 1 a 99, a mantissa est na primeira coluna, e a caracterstica ser 0, se o
nmero estiver entre 1 e 9, e ser 1 se o nmero estiver entre 10 e 100.
005
006
007
008
009

6990
7782
8451
9031
9542

040
041
042
043
044

6021
6128
6232
6335 log 43 = 1,6335
6435

log 7 = 0,8451

b)
Para nmeros entre 100 e 1000 procure a mantissa da seguinte forma: localize os dois
primeiros algarismos na coluna da esquerda e o ltimo algarismo na linha que est acima da tabela. Na
interseo est a mantissa; assim, a caracterstica ser 2. Veja como localizamos o logaritmo de 267.
2
5
2
6
2
7

Matemtica

0
397
9
415
0
431
4

1
399
7
416
6
433
0

2
401
4
418
3
434
6

3
403
1
420
0
436
2

4
404
8
421
6
437
8

5
406
5
423
2
439
3

247

6
408
2
424
9
440
9

7
409
9
426
5
442
5

8
411
6
428
1
444
0

9
413
3
429
8
445
6

Livraria Multimarcas
2
8
2
9

447
2
462
4

448
7
463
9

450
2
465
4

451
8
466
9

453
3
468
3

454
8
469
8

456
4
471
3

457
9
472
8

459
4
474
2

460
9
475
7

log 267 = 2,4265


Com a tabela tambm podemos descobrir um nmero quando o seu logaritmo conhecido. Suponha, por
exemplo, que em certo problema encontramos o logaritmo de um certo nmero igual a 1,4669. Que nmero
ser esse?
A mantissa 4669 est inclusive na parte da tabela que acabamos de mostrar.
esquerda dessa mantissa, vemos na primeira coluna o nmero 29 e acima dela o nmero 3. Formamos
ento o nmero 293. Como a caracterstica do logaritmo 1, esse nmero est entre 10 e 99. Logo, o nmero
procurado 29,3.
log 29,3 = 1,4669
EXERCCIOS
Exerccio 1.
Usando s 3 decimais da tabela de logaritmos temos log 6 = 0,778 e log 7 = 0,845. Calcule log 42 pela
primeira propriedade, e veja na tabela se o seu resultado est correto.
Exerccio 2.
Calcule o logaritmo de 5700.
Sugesto: 5700 = 57 100. Procure na tabela log 57 e use a primeira propriedade.
Exerccio 3. Calcule o logaritmo de 0,38.
Sugesto: 0,38 =

38
. Procure log 38 na tabela e use a segunda propriedade.
100

Exerccio 4.
Encontre na tabela:
a) log 143
b) log 688
c) log 32,4
Exerccio 5.
Calcule log 31

Exerccio 6.
Calcule log

40
1

Sugesto: Veja que

40 = 40 3 . Use a tabela e a terceira propriedade.

Exerccio 7.
a) Qual o nmero cujo logaritmo 2,6180?
b) Qual o nmero cujo logaritmo 1,6180?
c) Qual o nmero cujo logaritmo 0,6180?
Exerccio 8.
A unidade para a medida das distncias entre as estrelas o ano-luz, que vale 9,5 trilhes de quilmetros.
Qual o logaritmo desse nmero?
Exerccio 9.

Matemtica

248

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Calcule

962 de acordo com as seguintes instrues:


1

a) Calcule log

962 = log 962 5 usando a terceira propriedade e o logaritmo de 962 que se encontra na tabela.

b)
Depois que voc encontrar o logaritmo, procure a que nmero ele corresponde. Veja na tabela
a mantissa e observe a caracterstica.
Respostas:
1. log 42 = 1,623
2. 3,7559
3. -0,4202
4. a) 2,1523
b) 2,8376
c) 1,5105
5. 5,9656
6. 0,5340
7. a) 415
b) 41,5
c) 4,15
8. 12,9777
9. a) 0,5966
b) 3,95
Resolvendo problemas com logaritmos
Introduo
Na parte anterior descobrimos as propriedades dos logaritmos e tivemos um primeiro contato com a tbua
de logartmos.
Agora voc dever aplicar os conhecimentos adquiridos na soluo de diversos problemas.
Vamos lembrar que quando escrevemos, por exemplo, log 2 = 0,301, significa que 10

0,301

= 2.

Usamos aqui sempre a base 10 e, por isso, os nossos logaritmos so chamados decimais. Existem tambm
5
logaritmos em outras bases. Por exemplo, a igualdade 2 = 32 significa que o logaritmo de 32 na base 2 igual
a 5. Como a teoria bsica dos logaritmos a mesma em qualquer base, continuaremos nosso estudo tratando
apenas dos logaritmos decimais. So eles que aparecem nas tbuas dos livros didticos e nas calculadoras
cientficas.
Abaixo foram elaborados problemas em que os logaritmos so necessrios para a soluo.
Acompanhe o raciocnio com uma calculadora comum para conferir os clculos e consulte a tbua de
logaritmos da aula passada quando necessrio.
EXEMPLO 1
Um juiz determinou o pagamento de uma indenizao at certa data.
Determinou tambm que, caso o pagamento no fosse feito, seria cobrada uma multa de R$ 2,00 que
dobraria a cada dia de atraso. Em quantos dias de atraso essa multa seria superior a 1 milho de reais?
Soluo:
A multa determinada pelo juiz pode parecer pequena, se o atraso no pagamento for de poucos dias. Mas
ela cresce com uma rapidez muito grande.
Chamando de x o nmero de dias de atraso no pagamento, o valor da dvida ser 2x. Veja:
1 dia de atraso
2 dias de atraso

Matemtica

x=1
x=2

multa = 2 = 2
multa = 2 = 4
1

249

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x=3

3 dias de atraso

multa = 2 = 8

e assim por diante.


Como vemos, as multas crescem em progresso geomtrica. Devemos calcular em que dia essa multa
atinge 1 milho de reais, ou seja, devemos resolver a equao:
x

2 = 1 000 000
Para resolver essa equao preciso aplicar o logaritmo nos dois lados:
x

log 2 = log 1 000 000


x

log 2 = log 10

Agora vamos aplicar a propriedade do logaritmo da potncia:


x log 2 = 6 log 10
Como log 10 = 1 e log 2 = 0,301 (veja a tabela), temos:
x 0,301 = 6
x=

6
= 19,93
0,301

Assim, conclumos que no 20 dia de atraso a multa ter passado de 1 milho de reais.
Veja outro exemplo que necessita do clculo pela tbua de logaritmos.
EXEMPLO 2
Se log x = 1,6395, determine x.
Soluo:
Vamos recordar, inicialmente, que o logaritmo se constitui de duas partes: a caracterstica e a mantissa. A
caracterstica o nmero que est antes da vrgula e a mantissa o nmero que aparece depois da vrgula. A
tbua de logaritmos apresentada na aula passada nos d apenas as mantissas, mas a caracterstica nos d a
seguinte informao:
NMEROS CARACTERSTICA
entre 1 e 9
0
entre 10 e 99
1
entre 100 e 999
2
entre 1000 e 9999
3
Como log x = 1,6395 tem caracterstica 1. Ento, sabemos que o nmero x est entre 10 e 99. Assim,
procuramos a mantissa 6395 na tbua.
1 0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
40 6021 6031 6042 6053 6064 6075 6085 6096 6107 6117
41 6128 6138 6149 6160 6170 6180 6191 6201 6212 6222
42 6232 6243 6253 6263 6274 6284 6294 6304 6314 6325
43 6335 6345 6355 6365 6375 6385 6395 6405 6415 6425
44 6435 6444 6454 6464 6474 6484 6493 6503 6513 6522
Uma vez encontrada a mantissa, vemos que na coluna da esquerda est o nmero 43 e na linha de cima o
nmero 6. Juntando esses nmeros, formamos o nmero 436, faltando apenas colocar a vrgula no lugar certo.
Como o nosso nmero est entre 10 e 99, ento x = 43,6.
EXEMPLO 3
Um construtor deseja fazer um reservatrio de gua para conter 5000 litros e que tenha a forma de um
cubo. Quanto deve medir o lado desse cubo?
Soluo:
Um cubo uma caixa que tem comprimento, largura e altura iguais.

Matemtica

250

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O volume de uma caixa o produto de suas dimenses: comprimento largura altura. Logo, se o lado do
cubo mede a seu volume ser:
a a a = a.
Por outro lado, sabemos que 1m igual a 1000 litros. Portanto, se essa caixa deve conter 5000 litros, seu
volume ser 5m. Devemos ento resolver a equao:
a = 5
O valor de a ser a medida em metros do lado desse cubo. Aplicando logaritmo dos dois lados e, em
seguida, a propriedade da potncia temos:
log a = log 5
3 log a = log 5
Na tbua de logaritmos encontramos log 5 = 0,699. Logo:
3 log a = 0,699
log a =

0,699
3

log a = 0,233
Como agora sabemos que o logaritmo de a igual a 0,233, vamos procurar na tbua de logaritmos a
mantissa 233.
Encontrando a mantissa 2330, verificamos que esquerda existe o nmero 17 e acima o nmero 1.
Juntando esses algarismos formamos o nmero 171. Falta apenas colocar a vrgula no lugar correto. Repare
que calculamos log a = 0,233.
Esse nmero possui caracterstica 0, ou seja, o valor de a est entre 1 e 9. Portanto, o valor do lado do
cubo 1,71 m.
Dessa forma, o construtor saber que construindo um reservatrio de gua com a forma de um cubo de
1,71 m de lado, ele ter a capacidade de conter 5000 litros de gua.
EXEMPLO 4
Em certo pas, a taxa de inflao igual todos os meses, mas no final de um ano verificou-se que os preos
dobraram. Qual a taxa mensal de inflao nesse pas?
Soluo:
Suponhamos que a taxa mensal de inflao seja i. Se hoje um produto custa x, custar daqui a um ms x (1
2
12
+ i). Dentro de dois meses custar x (1 + i) e assim por diante. No final de um ano, esse preo ser x (1 + i) .
Como sabemos que o preo ser tambm o dobro do valor inicial, temos a equao:
x (1 + i)

12

= 2x

ou
(1 + i)

12

=2

Para calcular o valor da taxa i, aplicamos o logaritmo aos dois lados da nossa equao:
log (1 + i)

12

= log 2

12 log (1 + i) = 0,301
log (1 + i) =

0,301
12

log (1 + i) = 0,0251
Na tabela no encontramos a mantissa 0251, mas encontramos 0253 (que um valor prximo). Com essa
mantissa formamos o nmero 107. Como a caracterstica zero nosso nmero ser 1,07, ento:
log (1 + i) = 0,0251
1 + i = 1,07
i = 0,07 = 7%

Matemtica

251

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Portanto, a inflao mensal que faz os preos dobrarem em um ano de aproximadamente 7%.
(aproximadamente)
EXEMPLO 5
Pela evaporao, um reservatrio perde, em um ms, 10% da gua que contm. Se no chover, em quanto
tempo a gua se reduzir a um tero do que era no incio?
Soluo:
Vamos chamar de x a quantidade de gua que temos no reservatrio.
Em um ms essa quantidade ser x -

10
x=
100

x - 0,1 x = x 0,9.
2

Em dois meses ser x 0,9 e assim por diante. Logo, depois de n meses, a quantidade de gua no
x
n
reservatrio ser x 0,9 . Desejamos ento calcular n para que esse valor seja igual a
, ou seja, um tero do
3
que era no incio.

x
3

x 0,9 =
n

0,9 =

1
3

Para calcular n vamos aplicar o logaritmo nessa equao e usar as propriedades da potncia e da razo.
= log

1
3

n log 0, 9 = log

1
3

log 0, 9

n log

1
9
= log
3
10

Veja que log 1 = 0, log 10 = 1, log 3 = 0,4771 e log 9 = 0,9542, como nos informa a tabela. Substituindo
esses valores, temos:
n (0,9542 - 1) = 0 - 0,4771
n ( - 0,0458) = - 0,4771
n=

0,4771
= 10,42
0,0458

Assim, temos 10 meses e uma frao (0,42) que quase a metade.


Como 0,42 30 dias = 12, 6 dias, dizemos que em 10 meses e 13 dias a gua do reservatrio ter se
reduzido a um tero do que era no incio.
EXERCCIOS
Exerccio 1.
Determine x em cada um dos casos:
a) log x = 2,7348
b) log x = 1,7348
c) log x = 0,7348
Exerccio 2.
Determine os logaritmos:

Matemtica

252

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a) log 192
b) log 68,4
Exerccio 3.
A populao de um pas cresce 5% a cada ano. Em quantos anos ela ficar duas vezes maior?
Exerccio 4.
Quanto mede o lado de um cubo de 40 m de volume?
Exerccio 5.
Em certo pas, a inflao a mesma todos os meses, atingindo 76% em 5 meses. Qual a inflao
mensal?
Exerccio 6.
Encontre o valor de x em cada uma das equaes:
a) log x = log 4
b) log x = log 3 + log 5
c) log (x - 3) + log 2 = 1
Sugesto: substitua 1 por log 10, e aplique do lado esquerdo a propriedade da adio.
d) log (5x + 10) - log x = 2
Exerccio 7.
Num certo dia, a temperatura ambiente era de 30C. Sobre um fogo havia uma panela com gua fervendo
e, em certo momento, o fogo foi apagado. A partir das informaes que daremos a seguir, calcule que
temperatura ter essa gua 10 minutos depois que o fogo foi apagado.
Informaes: A temperatura da gua que se resfria obedece seguinte equao:
t - a = (b - a) 10

-0,06 n

Os significados das letras so os seguintes:


n = tempo de resfriamento em minutos.
a = temperatura do ambiente.
b = temperatura da gua no incio.
t

= temperatura da gua aps o tempo de resfriamento.

Substitua os valores dados na equao: a = 30, b = 100 e n = 10. Aplique o logaritmo para calcular a
temperatura da gua.
Respostas:
1. a) 543
b) 54,3
c) 5,43
2. a) 2,2833
b) 1,8351
3. 15
4. 3,42 m
5. 12%
6. a) 4
b) 15
c) 8
d) 9,5

Matemtica

253

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7. 47,6 C

GEOMETRIA ANALTICA
Introduo
A Geometria Analtica uma parte da Matemtica , que atravs de processos particulares , estabelece as
relaes existentes entre a lgebra e a Geometria. Desse modo , uma reta , uma circunferncia ou uma figura
podem ter suas propriedades estudadas atravs de mtodos algbricos .
Os estudos iniciais da Geometria Analtica se deram no sculo XVII , e devem-se ao filsofo e matemtico
francs Ren Descartes (1596 - 1650), inventor das coordenadas cartesianas (assim chamadas em sua
homenagem), que permitiram a representao numrica de propriedades geomtricas. No seu livro Discurso
sobre o Mtodo, escrito em 1637, aparece a clebre frase em latim "Cogito ergo sum" , ou seja: "Penso, logo
existo".
Coordenadas cartesianas na reta
Seja a reta r na Fig. abaixo e sobre ela tomemos um ponto O chamado origem.
Adotemos uma unidade de medida e suponhamos que os comprimentos medidos a partir de O, sejam
positivos direita e negativos esquerda.

O comprimento do segmento OA igual a 1 u.c (u.c = unidade de comprimento). fcil concluir que existe
uma correspondncia um a um (correspondncia biunvoca) entre o conjunto dos pontos da reta e o conjunto R
dos nmeros reais. Os nmeros so chamados abscissas dos pontos. Assim, a abscissa do ponto A -1, a
abscissa da origem O 0 (zero), a abscissa do ponto A 1, etc. A reta r chamada eixo das abscissas.
Coordenadas cartesianas no plano
Com o modo simples de se representar nmeros numa reta, visto acima, podemos estender a idia para o
plano, basta que para isto consideremos duas retas perpendiculares que se interceptem num ponto O, que
ser a origem do sistema. Veja a Fig. a seguir:

Dizemos que a a abscissa do ponto P e b a ordenada do ponto P.


O eixo OX denominado eixo das abscissas e o eixo OY denominado eixo das ordenadas.
O ponto O(0,0) a origem do sistema de coordenadas cartesianas.
Os sinais algbricos de a e b definem regies do plano denominadas QUADRANTES.
No 1 quadrante, a e b so positivos, no 2 quadrante, a negativo e b positivo, no 3 quadrante, ambos so
negativos e finalmente no 4 quadrante a positivo e b negativo.
Observe que todos os pontos do eixo OX tem ordenada nula e todos os pontos do eixo OY tem abscissa
nula. Assim, dizemos que a equao do eixo OX y = 0 e a equao do eixo OY x = 0.

Matemtica

254

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Os pontos do plano onde a = b, definem uma reta denominada bissetriz do 1 quadrante, cuja equao
evidentemente y = x.
J os pontos do plano onde a = -b (ou b = - a), ou seja, de coordenadas simtricas, definem uma reta
denominada bissetriz do 2 quadrante, cuja equao evidentemente y = - x.
Os eixos OX e OY so denominados eixos coordenados.
Exerccios Resolvidos
1) Se o ponto P(2m-8 , m) pertence ao eixo dos y , ento :
a) m um nmero primo
b) m primo e par
c) m um quadrado perfeito
d) m = 0
e) m < 4
Soluo:
Se um ponto pertence ao eixo vertical (eixo y) , ento a sua abscissa nula.
Logo, no caso teremos 2m - 8 = 0, de onde tiramos m = 4 e portanto a alternativa correta a letra C, pois 4
2
um quadrado perfeito (4 = 2 ).
2) Se o ponto P(r - 12 , 4r - 6) pertena primeira bissetriz , ento podemos afirmar que :
a) r um nmero natural
b) r = - 3
3

c) r raiz da equao x - x + x + 14 = 0
d) r um nmero inteiro menor do que - 3 .
e) no existe r nestas condies .
Soluo:
Os pontos da primeira bissetriz (reta y = x), possuem abscissa e ordenada iguais entre si. Logo, deveremos ter:
r - 12 = 4r - 6 de onde conclui-se r = - 2. Das alternativas apresentadas, conclumos que a correta a letra C,
3
2
uma vez que -2 raiz da equao dada. Basta substituir x por -2 ou seja: (-2) - (-2) + (-2) + 14 = 0 o que
confirma que -2 raiz da equao.
2

3) Se o ponto P(k , -2) satisfaz relao x + 2y - 10 = 0 , ento o valor de k :


a) 200
b) 196
c) 144
d) 36
e) 0
Soluo:
Fazendo x = k e y = -2 na relao dada, vem:
k + 2(-2) - 10 = 0.
2

Logo, k = 14 e portanto k = 14 = 196.

Matemtica

255

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Logo, a alternativa correta a letra B.
Frmula da distncia entre dois pontos do plano cartesiano
Dados dois pontos do plano A(Xa,Ya) e B(Xb,Yb) , deduz-se facilmente usando o teorema de Pitgoras a
seguinte frmula da distancia entre os pontos A e B:

Esta frmula tambm pode ser escrita como: d


ao quadrado (quadrando-se) ambos os membros.

2
AB

= (Xb - Xa) + (Yb - Ya) , obtida da anterior, elevando-se

Exerccio Resolvido
O ponto A pertence ao semi-eixo positivo das ordenadas ; dados os pontos B(2 , 3) e C(-4 ,1) , sabe-se que
do ponto A se v o segmento BC sob um ngulo reto . Nestas condies podemos afirmar que o ponto A :
a) (3,0)
b) (0, -1)
c) (0,4)
d) (0,5)
e) (0, 3)
Soluo:
Como do ponto A se v BC sob um ngulo reto, podemos concluir que o tringulo ABC retngulo em A.
Logo, vale o teorema de Pitgoras: o quadrado da hipotenusa igual soma dos quadrados dos catetos.
2
2
2
Portanto, podemos escrever: AB + AC = BC (BC a hipotenusa porque o lado que se ope ao ngulo reto
A). Da frmula de distncia, podemos ento escrever, considerando que as coordenadas do ponto A so (0,y) ,
j que dado no problema que o ponto A est no eixo dos y e portanto sua abscissa nula:
2

AB = ( 0 - 2 ) + ( y - 3 ) = 4 + ( y - 3 )
2

AC = ( 0 - (-4)) + ( y - 1) = 16 + ( y - 1 )

BC = ( 2 - (-4)) + ( 3 - 1 ) = 40
Substituindo, vem:
2

4 + ( y - 3 ) + 16 + ( y - 1 ) =
2

40 \ ( y - 3 ) + ( y - 1) =
40 - 4 - 16 = 20
Desenvolvendo, fica:
2

y - 6y + 9 + y - 2y + 1 = 20
2

2y - 8y - 10 = 0
2

y - 4y - 5 = 0 ,
que resolvida, encontramos y = 5 ou y = -1. A raiz y = -1 no serve, pois foi dito no problema que o ponto A
est no semi-eixo positivo . Portanto, o ponto procurado A(0,5), o que nos leva a concluir que a alternativa
correta a letra D.
Ponto mdio de um segmento

Matemtica

256

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Dado o segmento de reta AB , o ponto mdio de AB o ponto M AB tal que AM = BM .
Nestas condies, dados os pontos A(x 1 , y1) e B(x2 , y2) , as coordenadas do ponto mdio
M(xm , ym) sero dadas por:

Exerccio Resolvido
Sendo W o comprimento da mediana relativa ao lado BC do tringulo ABC onde A(0,0), B(4,6) e C(2,4) ,
2
ento W igual a:
a) 25
b) 32
c) 34
d) 44
e) 16
Soluo:
Chama-se mediana de um tringulo relativa a um lado, ao segmento de reta que une um vrtice ao ponto
mdio do lado oposto. Assim, a mediana relativa ao lado BC ser o segmento que une o ponto A ao ponto
mdio de BC. Das frmulas de ponto mdio anteriores, conclumos que o ponto mdio de BC ser o ponto M(
3, 5). Portanto, o comprimento da mediana procurado ser a distncia entre os pontos A e M. Usando a frmula
2
de distncia encontramos AM = 34 ou seja raiz quadrada de 34. Logo, W = 34 e portanto W = 34, o que
nos leva a concluir que a resposta correta est na alternativa C.
Baricentro de um tringulo
Sabemos da Geometria plana , que o baricentro de um tringulo ABC o ponto de encontro das 3
medianas . Sendo G o baricentro , temos que AG = 2 . GM onde M o ponto mdio do lado oposto ao vrtice A
(AM uma das 3 medianas do tringulo).
Nestas condies , as coordenadas do baricentro G(x g , yg) do tringulo ABC onde A(xa , ya) , B(xb , yb) e
C(xc , yc) dado por :

Conclui-se pois que as coordenadas do baricentro do tringulo ABC, so iguais s mdias aritmticas das
coordenadas dos pontos A , B e C.
Assim, por exemplo, o baricentro (tambm conhecido como centro de gravidade) do tringulo ABC onde
A(3,5) , B(4, -1) e C(11, 8) ser o ponto G(6, 4). Verifique com o uso direto das frmulas.
Exerccio resolvido
Conhecendo-se o baricentro B(3,5), do tringulo XYZ onde X(2,5) , Y(-4,6) , qual o comprimento do
segmento BZ?
Soluo:

Matemtica

257

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Seja o ponto Z(a,b). Temos, pela frmula do baricentro:
3 = (2 - 4 + a) / 3 e 5 = (5 + 6 + b) / 3
Da, vem que a = 11 e b = 4. O ponto Z ser portanto Z(11, 4).
Usando a frmula da distncia entre dois pontos, lembrando que B(3,5) e Z(11,4), encontraremos BZ =
u.c. (u.c. = unidades de comprimento).

1/2

65

Agora resolva este:


Os pontos A(m, 7), B(0, n) e C(3, 1) so os vrtices de um tringulo cujo baricentro o ponto
2
2
G(6, 11). Calcule o valor de m + n .
Resposta: 850
O uso do Determinante de terceira ordem na Geometria Analtica
rea de um tringulo
Seja o tringulo ABC de vrtices A(xa , ya) , B(xb , xc) e C(xc , yc) . A rea S desse tringulo dada por
S = 1/2 . | D | onde D o mdulo do determinante formado pelas coordenadas dos vrtices A , B e C .
Temos portanto:

A rea S normalmente expressa em u.a. (unidades de rea)


Para o clculo do determinante de terceira ordem, utilizamos a conhecida e prtica regra de Sarrus.
Condio de alinhamento de trs pontos
Trs pontos esto alinhados se so colineares , isto , se pertencem a uma mesma reta. bvio que se os
pontos A , B e C esto alinhados , ento o tringulo ABC no existe , e podemos pois considerar que sua rea
nula ( S = 0 ) .
Fazendo S = 0 na frmula de rea do item 1.1 , conclumos que a condio de alinhamento dos 3 pontos
que o determinante D seja nulo , ou seja : D = 0 .
Exerccio resolvido:
Se os pontos P(3 , 5) , Q(-3 , 8) e C(4 , y) so colineares , ento o valor de y :
a) 4
b) 3
c) 3,5
d) 4,5
e) 2
Soluo:
Para que estes pontos estejam alinhados (pontos colineares), deveremos ter:

Matemtica

258

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Desenvolvendo o determinante pela Regra de Sarrus, obtemos:


- 32 - 3y + 15 + 24 - 3y + 20 = 0 \ y = 9/2 = 4,5.
Portanto a alternativa correta a letra D.
Equao geral da reta.
Seja r a reta que passa pelos pontos A(xa , ya) e B(xb , yb).
Seja P(x , y) um ponto qualquer desta reta . Pela condio de alinhamento de 3 pontos , podemos escrever:

Desenvolvendo o determinante acima obtemos:


(Ya - Yb) . x + (Xa - Xb) . y + (XaYb - XbYa) = 0
Fazendo Ya - Yb = a , Xa - Xb = b e XaYb - XbYa = c , decorre que todo ponto P(x,y) pertencente reta ,
deve verificar a equao :
ax + by + c = 0
que chamada equao geral da reta r .
Exemplos:
2x + 5y - 4 = 0 (a = 2 , b = 5 , c = -4)
3x - 4y = 10 (a = 3 , b = -4 , c = -10);
observe que podemos escrever 3x - 4y - 10 = 0.
3y + 12 = 0 (a = 0 , b = 3 , c = 12)
7x + 14 = 0 (a = 7 , b = 0 , c = 14)
x = 0 (a = 1 , b = 0 , c = 0) equao do eixo Oy - eixo das ordenadas .
y = 0 (a = 0 , b = 1 , c = 0) equao do eixo Ox - eixo das abscissas .
Observaes:
a) a = 0 y = - c/b (reta paralela ao eixo dos x )
b) b = 0 x = - c/a (reta paralela ao eixo dos y)
Posio relativa de duas retas
Sabemos da Geometria que duas retas r e s no plano podem ser :
Paralelas : r s =
Concorrentes : r s = { P } , onde P o ponto de interseo .
Coincidentes : r = s.
Dadas as retas

Matemtica

259

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r : ax + by + c = 0 e s : ax + by + c = 0 ,
temos os seguintes casos :
as retas so coincidentes .

as retas so paralelas .

as retas so concorrentes .
Exerccios resolvidos
1 - OSEC-SP - Qual a posio relativa das retas r : x + 2y + 3 = 0 e s: 4x + 8y + 10 = 0 ?
Soluo:
Temos que: 1 / 4 = 2 / 8 3 / 10 (segundo caso acima) e, portanto as retas so paralelas.
2 - Dadas as retas r : 3x + 2y - 15 = 0 ; s : 9x + 6y - 45 = 0 e t : 12x + 8y - 60 = 0 , podemos afirmar:
a) elas so paralelas
b) elas so concorrentes
c) r t s = R
d) r s t = R

e) as trs equaes representam uma mesma reta .


Soluo:
Primeiro vamos verificar as retas r e s: 3 / 9 = 2 / 6 = -15 / -45 (primeiro caso acima) e portanto as retas r e s
so coincidentes.
Comparando agora, por exemplo a reta r com a reta t , teremos:
3 / 12 = 2 / 8 = -15 / -60 (primeiro caso acima);
Portanto as retas r, s e t so coincidentes, ou seja, representam a mesma reta.
Logo a alternativa correta a letra E.
3) Para se determinar o ponto de interseo de duas retas , basta resolver o sistema de equaes formado
pelas equaes das retas. Nestas condies , pede-se calcular as coordenadas do ponto de interseo das
retas
r : 2x + 5y - 18 = 0 e s : 6x - 7y - 10 = 0.
Soluo:
Da equao da reta r tiramos:
x = (18 - 5y) / 2 (eq. 1);
substituindo na equao da reta s vem:
6[(18-5y) / 2] - 7y -10 = 0 \
54 - 15y - 7y - 10 = 0 \ 44 - 22y = 0
\ 44 = 22y \ y = 2;

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260

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substituindo o valor de y na eq. 1 fica:
x = (18 - 5.2) / 2 = 4.
Portanto o ponto de interseo o ponto P(4,2).
Agora resolva esta:
Qual a rea do tringulo ABC de vrtices A(2,5), B(0,3) e C(1,1)?
Resposta: S = 3 u.a. (3 unidades de rea)
Determine a equao da reta que passa nos pontos P(2,5) e Q(1,4).
Soluo:Sendo G(x,y) um ponto qualquer da reta cuja equao procurada, podemos escrever:

Aplicando a regra de Sarrus para desenvolver o determinante de 3 ordem acima, vem:


- 4x - 2y - 5 + 8 + y + 5x = 0 x - y + 3 = 0 que a equao geral procurada. Observe que a equao da
reta tambm poder ser escrita como y = x + 3. Esta ltima forma, conhecida como equao reduzida da
reta, como veremos a seguir.
Outras formas de equao da reta
Vimos na seo anterior a equao geral da reta ou seja ax + by + c = 0.
Vamos apresentar em seqncia , outras formas de expressar equaes de retas no plano cartesiano:
Equao reduzida da reta
Seja a reta r de equao geral ax + by + c = 0 . Para achar a equao reduzida da reta , basta tirar o valor
de y ou seja :
y = (- a/b)x - c/b .
Chamando - a/b = m e - c/b = n obtemos
y = mx + n que a equao reduzida da reta de equao geral ax + by + c = 0 .
O valor de m o coeficiente angular e o valor de n o coeficiente linear da reta .
Observe que na equao reduzida da reta , fazendo x = 0 , obtemos y = n , ou seja, a reta r intercepta o
eixo dos y no ponto (0 , n) de ordenada n .
Quanto ao coeficiente angular m , considere a reta r passando nos pontos A(x 1 , y1) e B(x2 , y2)
Sendo y = mx + n a sua equao reduzida ,podemos escrever:
y1 = mx1 + n e y2 = mx2 + n .
Subtraindo estas equaes membro a membro , obtemos y1 - y2 = m (x1 - x2) .
Logo , a frmula para o clculo do coeficiente angular da reta que passa pelos dois pontos (x1 , y1) e (x2 , y2)
:

Se considerarmos que as medidas Y2 - Y1 e X2 - X1 so os catetos de um tringulo retngulo,

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261

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onforme figura abaixo podemos concluir que o valor de m numericamente igual tangente trigonomtrica
do ngulo a . Podemos ento escrever m = tg a , onde o ngulo a denominado inclinao da reta .
o ngulo que a reta faz com o eixo dos x.
A tga , como vimos igual a m , e chamada coeficiente angular da reta . Fica portanto bastante justificada
a terminologia coeficiente angular para o coeficiente m.
Observe que se duas retas so paralelas , ento elas possuem a mesma inclinao ; logo, conclumos que
os seus coeficientes angulares so iguais.

Agora resolva este:


Analise as afirmativas abaixo:
(01) toda reta tem coeficiente angular .
(02) uma reta perpendicular ao eixo dos y tem coeficiente angular nulo .
(04) se a inclinao de uma reta um ngulo obtuso o seu coeficiente angular positivo
(08) se o coeficiente angular de uma reta positivo , a sua inclinao ser um ngulo agudo .
(16) se o coeficiente angular de uma reta nulo , ela obrigatoriamente coincidente com o eixo das
abscissas .
(32) uma reta perpendicular ao eixo das abscissas no tem coeficiente angular .
Determine a soma dos nmeros associados s sentenas verdadeiras.
Resposta: 2+ 8+32 = 42
Equao segmentria da reta
Considere a reta representada na fig. a seguir:

Verificamos que a reta corta os eixos coordenados nos pontos (p,0) e (0,q).
Sendo G(x,y) um ponto genrico ou seja um ponto qualquer da reta, atravs da condio de alinhamento de
3 pontos, chegamos facilmente equao segmentria da reta:

Nota: se p ou q for igual a zero , no existe a equao segmentria (Lembre-se: no existe diviso por
zero); portanto , retas que passam na origem no possuem equao segmentria.

Matemtica

262

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Exerccio resolvido
Ache a equao segmentria da reta de equao geral 2x + 3y - 18 = 0.
Soluo:
Podemos escrever: 2x + 3y = 18 ; dividindo ambos os membros por 18 vem:
2x/18 + 3y/18 = 18/18 \ x / 9 + y / 6 = 1. Vemos portanto que p = 9 e q = 6 e portanto a reta corta os eixos
coordenados nos pontos A(9,0) e B(0,6).
Equaes paramtricas da reta
Quando um ponto qualquer P(x , y) de uma reta vem com suas coordenadas x e y expressas em funo de
uma terceira varivel t (denominada parmetro), ns temos nesse caso as equaes paramtricas da reta.
x = f(t) onde f uma funo do 1o. grau
y = g(t) onde g uma funo do 1o. grau
Nestas condies , para se encontrar a equao geral da reta , basta se tirar o valor de t em uma das
equaes e substituir na outra .
Exerccio resolvido
Um mvel descreve uma trajetria retilnea e suas coordenadas em funo do tempo t , so:
x = 3t + 11
y = - 6t +10
Qual a equao segmentria dessa trajetria?
Soluo:
Multiplicando ambos os membros da 1 equao paramtrica por 2, vem: 2x = 6t + 22. Somando agora
membro a membro com a 2 equao, obtemos: 2x + y = 32 (observe que a varivel t eliminada nessa
operao pois 6t + ( -6t ) = 0 ). Dividindo ambos os membros da equao obtida por 32 fica:
2x / 32 + y / 32 = 32 / 32 \ x / 16 + y / 32 = 1, que a equao segmentria procurada.
Retas perpendiculares
Sabemos da Geometria Plana que duas retas so perpendiculares quando so concorrentes e formam
entre si um ngulo reto (90) . Sejam as retas r: y = m r x + nr e s: y = ms x + ns . Nestas condies podemos
escrever a seguinte relao entre os seus coeficientes angulares:
ms = - 1 / mr ou mr . ms = -1 .
Dizemos ento que se duas retas so perpendiculares, o produto dos seus coeficientes angulares igual a 1.
Deixaremos de demonstrar esta propriedade, no obstante a sua simplicidade, mas se voc se interessar
em ver a demonstrao, mande-me um e-mail solicitando.
Exerccio resolvido
Dadas as retas de equaes (2w - 2)x + (w - 1)y + w = 0 e (w - 3)y + x - 2w = 0, podemos afirmar que:
a) elas so perpendiculares para qualquer valor de w
b) elas so perpendiculares se w = 1
c) elas so perpendiculares se w = -1
d) elas so perpendiculares se w = 0

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263

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e) essas retas no podem ser perpendiculares
Soluo:
Podemos escrever para a 1 reta: y = [-(2w-2) / (w-1)].x - w /(w-1).
Analogamente para a 2 reta: y = [-1 / (w-3)].x + 2w / (w-3). Ora, os coeficientes de x so os coeficientes
angulares e, pelo que j sabemos, a condio de perpendicularidade que o produto desses coeficientes
angulares seja igual a -1. Logo:

Efetuando os clculos indicados e simplificando-se obtemos: w - 2w + 1 = 0, que equivalente a (w - 1) =


0, de onde conclui-se que w = 1.
Mas, cuidado! Observe que w = 1 anula o denominador da expresso acima e, portanto uma raiz
estranha, j que no existe diviso por zero! Apesar das aparncias, a raiz w = 1 no serve! Logo, a alternativa
correta a letra E e no a letra B como ficou aparente.
ngulo formado por duas retas
Sendo mr e ms os coeficientes angulares das retas r e s respectivamente , a tangente do ngulo agudo q
formado pelas retas dado por :

Notas:
1 - ngulo agudo: ngulo cuja medida est entre 0 e 90.
2 - Observe dois casos particulares da frmula anterior, que merecem ser mencionados:
a) se as retas r e s, ao invs de serem concorrentes, fossem paralelas, o ngulo q seria nulo e portanto tg q
= 0 (pois tg 0 = 0). Nestas condies, o denominador da frmula teria que ser nulo, o que resultaria em m r = ms
, ou seja, os coeficientes angulares teriam que ser iguais. J vimos isto num texto anterior, mas bom repetir:
RETAS PARALELAS POSSUEM COEFICIENTES ANGULARES IGUAIS.
b) se as retas r e s fossem alm de concorrentes, PERPENDICULARES, teramos q = 90 . Neste caso a
tangente no existe ( no existe tg 90 , sabemos da Trigonometria); mas se considerarmos uma situao limite
de um ngulo to prximo de 90 quanto se queira, sem entretanto nunca se igualar a 90 , a tangente do
ngulo ser um nmero cada vez maior, tendendo ao infinito. Ora, para que o valor de uma frao seja um
nmero cada vez maior, tendendo ao infinito, o seu denominador deve ser um nmero infinitamente pequeno,
tendendo a zero. Nestas condies, o denominador da frmula anterior 1+m r . ms seria um nmero to prximo
de zero quanto quisssemos e no limite teramos 1 + m r . ms = 0.
Ora, se 1 + m r . ms = 0, podemos escrever que m r . ms = -1, que a condio necessria e suficiente para
que as retas sejam perpendiculares, conforme j vimos num texto anterior publicado nesta pgina. Assim,
sempre bom lembrar: RETAS PERPENDICULARES POSSUEM COEFICIENTES ANGULARES QUE
MULTIPLICADOS IGUAL A MENOS UM.

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264

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Exerccio resolvido
Determine o ngulo agudo formado pelas retas r : 3x - y + 2 = 0 e s : 2x + y - 1 = 0.
Soluo:
Para a reta r : y = 3x + 2. Logo, m r = 3.
Para a reta s : y = - 2x + 1. Logo, m s = -2.
Substituindo os valores na frmula anterior e efetuando os clculos, obtemos tgq = 1, o que significa que o
ngulo entre as retas igual a 45, pois tg45 = 1.
(Faa os clculos para conferir).
Estudo simplificado da circunferncia
Considere a circunferncia representada no plano cartesiano , conforme abaixo , cujo centro o ponto C(x o ,
yo) e cujo raio igual a R , sendo P(x , y) um ponto qualquer pertencente circunferncia .

Podemos escrever: PC = R e pela frmula de distancia entre dois pontos, j vista em outro texto publicado
2
2
2
nesta pgina, teremos: (x - x0) + (y - y0) = R , que conhecida como equao reduzida da circunferncia de
centro C(x0,y0) e raio R. Assim, por exemplo, a equao reduzida da circunferncia de raio 5 e centro no ponto
2
2
C(2,4) dada por: (x - 2) + (y - 4) = 25.
Caso particular: Se o centro da circunferncia coincidir com a origem do sistema de coordenadas
cartesianas ou seja o ponto O(0,0) , a equao reduzida da circunferncia fica:
2

x +y =R

Para obter a Equao Geral da circunferncia, basta desenvolver a equao reduzida .


Temos:
2

x - 2x . xo + xo + y - 2y . yo + yo - R = 0 .
2

Fazendo -2xo = D , -2yo = E e xo + yo - R = F , podemos escrever a equao


2

x + y + D x + E y + F = 0 (Equao geral da circunferncia).


2

Ento , conclumos que quando os coeficientes de x e y forem unitrios , para determinar as coordenadas
do centro da circunferncia , basta achar a metade dos coeficientes de x e de y , com os sinais trocados ou
seja : x0 = - D / 2 e y0 = - E / 2.
2

Se os coeficientes de x e de y no forem unitrios , temos que dividir a equao pelo coeficiente de x que
2
sempre igual ao coeficiente de y , no caso da circunferncia.
2

Para o clculo do raio R , observemos que F = xo + yo - R .


Mas, xo = - D / 2 e yo = - E /2 . Logo , podemos escrever a seguinte equao para o clculo do raio R a partir
da equao geral da circunferncia:

Matemtica

265

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2

Cuidado! Para que a equao x + y + D x + E y + F = 0 , possa representar uma circunferncia, tem de ser
atendida a condio
2

D + E - 4.F > 0 , pois no existe raiz quadrada real de nmero negativo .


2

Observe que se D + E - 4.F = 0 , a equao x + y + D x + E y + F = 0 representa apenas um ponto do


2
2
plano cartesiano! Por exemplo : x + y + 6x - 8y + 25 = 0 a equao de um ponto! Verifique.
2

Qual a sua interpretao para o caso D + E - 4F ser negativo? Ora, como no existe raiz quadrada real de
nmero negativo, conclui-se facilmente que a circunferncia no existe neste caso!
Exemplo:
2

Dada a equao x + y - 6x + 8y = 0, temos: D = - 6 , E = 8 e F = 0.


Logo, pelas igualdades anteriores, podemos determinar as coordenadas do centro e o raio como segue:
xo = - (-6) / 2 = 3 ; yo = - 8 / 2 = -4 e R = 5 (faa as contas).
Portanto, o centro o ponto C(3, -4) e o raio igual a 5 u.c (u.c = unidade de comprimento).
A - Exerccios resolvidos
1 E.E. Lins/1968 - Dados os vrtices P(1,1) , Q(3,- 4) e R(- 5,2) de um tringulo, o comprimento da
mediana que tem extremidade no vrtice Q :
a) 12,32
b) 10,16
c) 15,08
d) 7,43
e) 4,65
Soluo:
Seja o tringulo PQR abaixo:

Sendo M o ponto mdio do lado PR, o segmento de reta QM ser a mediana relativa ao lado PR.
Sendo os pontos P(1,1) e R(-5,2), o ponto mdio M ser: M(-2, 3/2).
Observe que:
-2 = [1 + (- 5)]/2 e 3/2 = (1 + 2)/2.
O comprimento da mediana procurado, ser obtido calculando-se a distancia entre os pontos Q M.
Usando a frmula da distancia entre dois pontos, vem:

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266

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Portanto, a alternativa correta a letra D.


2 EPUSP/1966 - Os pontos do plano cartesiano que satisfazem equao sen(x y) = 0 constituem:
a) uma reta
b) uma senide
c) uma elipse
d) um feixe de retas paralelas
e) nenhuma das respostas anteriores
Soluo:
O seno nulo para os arcos expressos em radianos: 0, p , 2p , 3p , 4p, ... , kp , onde k um nmero inteiro.
Logo:
sen(x - y) = 0 x y = kp.
Da, vem:
- y = - x + kp \ y = x - kp , k Z.
Fazendo k variar no conjunto Z, obteremos um nmero infinito de retas de mesmo coeficiente angular m = 1
e, portanto, paralelas, ou seja:
...................................................................
k = - 1 reta: y = x + p
k = 0 reta: y = x
k = 1 reta: y = x - p , e assim sucessivamente.
...................................................................
Portanto, a alternativa correta a letra D (um feixe de retas paralelas).
2

3 A equao x y + x + y = 0 representa no sistema de coordenadas cartesianas:


a) uma hiprbole
b) uma elipse
c) uma circunferncia
d) uma parbola
e) duas retas
Soluo:
2

Temos: x y + x + y = 0 ; podemos escrever:


(x y)(x + y) + (x + y) = 0;
2

Observe que (x-y)(x+y)= x - y


Fatorando, fica:
(x + y) (x y + 1) = 0

Para que o produto acima seja nulo, deveremos ter necessariamente:

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267

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x + y = 0 ou x y + 1 = 0 ;
Logo,y = - x ou y = x + 1, que so as equaes de duas retas, o que nos leva alternativa E.
B - Exerccios propostos
1 FAUUSP/1968 Determine a rea do tringulo ABC onde A, B e C so, respectivamente, os pontos mdios
dos segmentos MN, NP e PM, sendo M(-1, -5), N(1,3) e P(7, -5).
Em caso de dvida, reveja ponto mdio de um segmento e clculo de rea de um tringulo.
Resposta: 8 u.a (8 unidades de rea).
2 EPUSP/1963 Dado o ponto A(1,2), determine as coordenadas de dois pontos P e Q, situados
respectivamente sobre as retas y = x e y = 4x, de tal modo que A seja o ponto mdio do segmento PQ.
Em caso de dvida, reveja equao da reta.
Resposta: P(4/3,4/3) e Q(2/3,8/3)
2

3 FAUUSP/1968 Determine a equao da reta que passa pelo centro da circunferncia de equao 2x +
2
2y + 4x + 1 = 0 e perpendicular reta de equao x + 2y - 1 = 0.
Em caso de dvida,reveja circunferncia.
Resposta: y = 2x + 2

Elipse de centro na origem (0,0) do plano cartesiano


Definio:
Dados dois pontos fixos F1 e F2 de um plano, tais que a distancia entre estes pontos seja igual a 2c > 0,
denomina-se elipse, curva plana cuja soma das distancias de cada um de seus pontos P estes pontos fixos
F1 e F2 igual a um valor constante 2a , onde a > c.
Assim que temos por definio:
PF1 + PF2 = 2 a
Os pontos F1 e F2 so denominados focos e a distancia F1F2 conhecida com distancia focal da elipse.
O quociente c/a conhecido como excentricidade da elipse.
Como, por definio, a > c, podemos afirmar que a excentricidade de uma elipse um nmero positivo
menor que a unidade.
2 Equao reduzida da elipse de eixo maior horizontal e centro na origem (0,0).
Seja P(x, y) um ponto qualquer de uma elipse e sejam F1(c,0) e F2(-c,0) os seus focos. Sendo 2a o valor
constante com c < a, como vimos acima, podemos escrever:
PF1 + PF2 = 2.a

Matemtica

268

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onde o eixo A1A2 de medida 2a, denominado eixo maior da elipse e o eixo B1B2 de medida 2b,
denominado eixo menor da elipse.
Usando a frmula da distancia entre dois pontos, poderemos escrever:

Observe que x (-c) = x + c.


Quadrando a expresso acima, vem:

Com bastante pacincia , desenvolvendo a expresso acima e fazendo a c = b , a expresso acima


depois de desenvolvida e simplificada, chegar a:
2

b .x + a .y = a .b

2
2 2

Dividindo agora, ambos os membros por a b vem finalmente:

que a equao da elipse de eixo maior horizontal e centro na origem (0,0).


Notas:
2

1) como a c = b , vlido que: a - b = c , onde c a abcissa de um dos focos da elipse.


2) como a excentricidade e da elipse dada por e = c/a , no caso extremo de termos b = a, a curva no
ser uma elipse e sim, uma circunferncia, de excentricidade nula, uma vez que sendo b = a resulta c = 0 e,
portanto e = c/a = 0/a = 0.
3) o ponto (0,0) o centro da elipse.
4) se o eixo maior da elipse estiver no eixo dos y e o eixo menor estiver no eixo dos x, a equao da elipse
de centro na origem (0,0) passa a ser:

EXERCCIOS RESOLVIDOS E PROPOSTOS


2

1 Determine a excentricidade da elipse de equao 16x + 25y 400 = 0.


SOLUO:

Matemtica

269

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2

Temos: 16x + 25y = 400. Observe que a equao da elipse no est na forma reduzida. Vamos dividir
ambos os membro por 400. Fica ento:

Portanto, a = 25 e b = 16. Da, vem: a = 5 e b = 4.


2

Como a = b + c , vem substituindo e efetuando, que c = 3


Portanto a excentricidade e ser igual a :
e = c/a = 3/5 = 0,60
Resposta: 3/5 ou 0,60.
2 CESCEA
1969
2
2
9x + 25y = 225.

Determine

as

coordenadas

dos

focos

da

elipse

de

equao

SOLUO:
dividindo ambos os membros por 225, vem:

Da, vem que: a =25 e b =9, de onde deduzimos: a = 5 e b = 3.


2

Portanto, como a = b + c , vem que c = 4.


Portanto, as coordenadas dos focos so:
F1(4,0) e F2(-4,0).
2

3 Determine a distancia focal da elipse 9x +25y 225 =0.


SOLUO: a elipse a do problema anterior. Portanto a distancia focal ou seja, a distancia entre os focos
da elipse ser:
D = 4 (- 4) = 8 u.c (u.c. = unidades de comprimento).
2

4 Calcular a distancia focal e a excentricidade da elipse 25x + 169y = 4225.


Resposta: e = 12/13 e df = 2c = 24.
5 Determinar a equao da elipse com centro na origem, que passa pelo ponto P(1,1) e tem um foco F(- 6
/2, 0).
2

Resposta: x + 2y = 3.
Hiprbole de centro na origem (0,0)
1 Definio:
Dados dois pontos fixos F1 e F2 de um plano, tais que a distancia entre estes pontos seja igual a 2c > 0,
denomina-se hiprbole, curva plana cujo mdulo da diferena das distancias de cada um de seus pontos P
estes pontos fixos F1 e F2 igual a um valor constante 2a , onde a < c.
Assim que temos por definio:
PF1 - PF2 = 2 a

Matemtica

270

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Os pontos F1 e F2 so denominados focos e a distancia F1F2 conhecida com distancia focal da


hiprbole.
O quociente c/a conhecido como excentricidade da hiprbole.
Como, por definio, a < c, conclumos que a excentricidade de uma hiprbole um nmero positivo maior
que a unidade.
A1A2 denominado eixo real ou eixo transverso da hiprbole, enquanto que B1B2 denominado eixo no
transverso ou eixo conjugado da hiprbole. Observe na figura acima que vlida a relao:
2

c =a +b

O ponto (0,0) o centro da hiprbole.


2 Equao reduzida da hiprbole de eixo transverso horizontal e centro na origem (0,0)
Seja P(x, y) um ponto qualquer de uma hiprbole e sejam F1(c,0) e F2(-c,0) os seus focos. Sendo 2.a o valor
constante com c > a, como vimos acima, podemos escrever:
PF1 - PF2 = 2 a
Usando a frmula da distancia entre dois pontos, poderemos escrever:

Observe que x (-c) = x + c.


Quadrando a expresso acima, vem:

Com bastante pacincia e aplicando as propriedades corretas, a expresso acima depois de desenvolvida e
simplificada, chegar a:
2

b .x - a .y = a .b , onde b = c a , conforme pode ser verificado na figura acima.


2 2

Dividindo agora, ambos os membros por a b vem finalmente:

Obs: se o eixo transverso ou eixo real (A1A2) da hiprbole estiver no eixo dos y e o eixo no transverso ou
eixo conjugado (B1B2) estiver no eixo dos x, a equao da hiprbole de centro na origem (0,0) passa a ser:

Matemtica

271

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EXERCCIOS RESOLVIDOS E PROPOSTOS


2

1 Determine a excentricidade da hiprbole de equao 25x - 16y 400 = 0.


2

SOLUO: Temos: 25x - 16y = 400. Observe que a equao da hiprbole no est na forma reduzida.
Vamos dividir ambos os membro por 400. Fica ento:

Portanto, a = 16 e b = 25. Da, vem: a = 4 e b = 5.


2

Como c = a + b , vem substituindo e efetuando que c = 41


Portanto a excentricidade e ser igual a : e = c/a = 41 /4 = 1,60
Resposta: 1,60.
2

2 Determine a distancia focal da hiprbole de equao 25x 9y = 225 .


SOLUO: Dividindo ambos os membros por 225, vem:

Da, vem que: a =9 e b =25, de onde vem imediatamente: a=3 e b=5.


2

Portanto, c = a + b = 9 + 25 = 34 e ento
c = 34.
Logo, a distancia focal da hiprbole sendo igual a 2c , ser igual a 2 34.
3 Determine as equaes das assntotas da hiprbole do exerccio 1.
Resposta: y = (5/4).x ou y = (-5/4).x
NOTA: entende-se por assntotas de uma hiprbole de centro na origem, como as retas que passam na
origem (0,0) e tangenciam os dois ramos da hiprbole num ponto imprprio situado no infinito.
Dada a hiprbole de equao:

Prova-se que as assntotas, so as retas de equaes:


R1: y = (b/a).x e R2: y = -(b/a).x
Veja a figura abaixo:

Matemtica

272

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Parbola
1 Introduo
Se voc consultar o Novo Dicionrio Brasileiro Melhoramentos - 7 edio, obter a seguinte definio para
a parbola:
"Curva plana, cujos pontos so eqidistantes de um ponto fixo (foco) e de uma reta fixa (diretriz) ou curva
resultante de uma seco feita num cone por um plano paralelo geratriz. Curva que um projtil descreve."
Esta definio no est distante da realidade do rigor matemtico. (Os dicionrios, so, via de regra, uma
boa fonte de consulta tambm para conceitos matemticos, embora no se consiga neles - claro - a perfeio
absoluta, o que, de uma certa forma, bastante compreensvel, uma vez que a eles, no cabe a
responsabilidade pela preciso dos conceitos e definies matemticas).
2 Definio
Considere no plano cartesiano xOy, uma reta d (diretriz) e um ponto fixo F (foco) pertencente ao eixo das
abcissas (eixo dos x), conforme figura abaixo:
Denominaremos PARBOLA, curva plana formada pelos pontos P(x,y) do plano cartesiano, tais que
PF = Pd onde:
PF = distncia entre os pontos P e F
PP' = distncia entre o ponto P e a reta d (diretriz).

Matemtica

273

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Importante: Temos portanto, a seguinte relao notvel: VF = p/2
3 - Equao reduzida da parbola de eixo horizontal e vrtice na origem
Observando a figura acima, consideremos os pontos: F(p/2, 0) - foco da parbola, e P(x,y) - um ponto
qualquer da parbola. Considerando-se a definio acima, deveremos ter: PF = PP'
Da, vem, usando a frmula da distancia entre pontos do plano cartesiano:

Desenvolvendo convenientemente e simplificando a expresso acima, chegaremos equao reduzida da


parbola de eixo horizontal e vrtice na origem, a saber:
2

y = 2px onde p a medida do parmetro da parbola.


3.1 - Parbola de eixo horizontal e vrtice no ponto (x0, y0)
Se o vrtice da parbola no estiver na origem e, sim, num ponto (x0, y0), a equao acima fica:
2

(y - y0) = 2p(x-x0)
3.2 - Parbola de eixo vertical e vrtice na origem
No difcil provar que, se a parbola tiver vrtice na origem e eixo vertical, a sua equao reduzida ser:
2
x = 2py
3.3 - Parbola de eixo vertical e vrtice no ponto (x0, y0)
Analogamente, se o vrtice da parbola no estiver na origem, e, sim, num ponto (x 0, y0), a equao acima
2
fica: (x - x0) = 2p(y - y0)
Exerccios resolvidos
1 - Qual a equao da parbola de foco no ponto F(2,0) e vrtice na origem?
Soluo: Temos p/2 = 2 \ p = 4
Da, por substituio direta, vem:
2

y = 2.4.x \ y = 8x ou y - 8x = 0.
2 - Qual a equao da parbola de foco no ponto F(4,0) e vrtice no ponto V(2,0)?
Soluo: Como j sabemos que VF = p/2, vem, 2 = p/2 \ p = 4.
2

Logo, (y - 0) = 2.4(x - 2) \ y = 8(x-2) \ y - 8x + 16 = 0, que a equao da parbola.


3 - Qual a equao da parbola de foco no ponto F(6,3) e vrtice no ponto V(2,3)?
Soluo: Como VF = p/2, vem: 4 = p/2 \ p = 8.
2

Da, vem: (y - 3) = 2.8(x - 2) \ y - 6y + 9 = 16x - 32 \ y - 6y - 16x + 41 = 0, que a equao procurada.


4 - Qual a equao da parbola de foco no ponto F(0,4) e vrtice no ponto V(0,1)?
Soluo: Como VF = p/2, vem: 3 = p/2 \ p = 6. Logo,
2

(x - 0) = 2.6(y - 1) \ x = 12y - 12 \ x - 12y + 12 = 0,


que a equao procurada.
Exerccio proposto
Determine a equao da parbola cuja diretriz a reta y = 0 e cujo foco o ponto F(2,2).

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274

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2

Resposta: x - 4x - 4y + 8 = 0
Hiprbole Eqiltera
1 INTRODUO
Vimos no captulo anterior a equao da hiprbole cujo grfico reproduzimos abaixo:

onde:
F1 e F2 = focos da hiprbole.
F1F2 = distncia focal da hiprbole
A1 e A2 = vrtices da hiprbole
A1A2 = eixo real ou eixo transverso da hiprbole
B1B2 = eixo no transverso ou eixo conjugado da hiprbole
Sendo P um ponto qualquer da hiprbole, vimos que a relao bsica que a define dada por:
PF1 - PF2= 2a , onde 2a a distncia entre os seus vrtices.
Da relao anterior, chegamos equao reduzida da hiprbole, reproduzida a seguir:

onde b = c a , conforme ilustrado na figura acima, sendo:


a = medida do semi-eixo transverso da hiprbole
b = medida do semi-eixo no transverso da hiprbole
c = medida da semi-distncia focal da hiprbole
Vimos no arquivo anterior que as assntotas de uma hiprbole so as retas
y = (b/a).x e y = (- b/a).x
2 DEFINIO
Chama-se HIPRBOLE EQUILTERA a toda hiprbole cujos semi-eixos de medidas a e b so iguais.
Assim, fazendo a = b na equao acima, obteremos:

Matemtica

275

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De onde vem finalmente que:


2

x y =a

que a equao reduzida de uma hiprbole equiltera.


2

Veja a seguir, o grfico de uma hiprbole equiltera x y = a referida ao plano cartesiano xOy:

As retas y = x e y = - x , so as assntotas da hiprbole equiltera x y = a .


NOTAS:
2

a) Observe que para a = 0, teramos x y = 0 ou fatorando o primeiro membro:


(x y) . (x + y) = 0, de onde conclui-se:
x y = 0 OU x + y = 0, e, em conseqncia,
y = x OU y = -x
cujo grfico a reunio das retas y = x (bissetriz do primeiro e segundo quadrantes) e y = -x bissetriz do
segundo e quarto quadrantes), e, portanto no representa uma hiprbole.
2

b) J sabemos da aula anterior que a excentricidade de uma hiprbole dada por e = c/a onde b = c a

Como nas hiprboles equilteras, temos a = b, substituindo, vem imediatamente que c = 2 . a, de onde
conclui-se que a excentricidade de uma hiprbole equiltera igual a e = c / a = 2a / a = 2
c) Como na hiprbole equiltera os semi-eixos transverso e no transverso possuem a mesma medida, ou
seja, a = b, conclumos que as suas assntotas sero as retas y = (a/b).x = (a/a).x = x
e y = (-b/a).x = (-a/a).x = - x , concluso fundamentada na observao do item 1 acima.
Portanto, as assntotas da hiprbole equiltera so as retas y = x e y = -x, que so retas perpendiculares,
pois o produto dos seus coeficientes angulares igual a -1.
Conclui-se pois, que as assntotas da hiprbole equiltera, so retas perpendiculares entre si.
d) J sabemos do item (c) acima, que as assntotas da hiprbole equiltera so as retas y = x ou y = -x ,
expresses equivalentes a y x = 0 ou y + x = 0.

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276

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J sabemos que a distncia de um ponto P(x0 , y0) uma reta r de equao ax + by + c = 0, dada pela
frmula:

Conclumos ento, que a distncia de um ponto P(x, y) qualquer da hiprbole equiltera s assntotas ser
dada por:

respectivamente.

Observe que os numeradores acima devem ser tomados em mdulo, uma vez que referem-se a distncias.
Se considerarmos dois novos eixos coordenados X e Y, coincidentes com as assntotas x y = 0 e x + y =
0, as coordenadas do ponto P(x, y), passaro a ser P(X, Y), com:

Voltando equao reduzida da hiprbole equiltera, dada por x y = a (referida aos eixos coordenados
2
Ox e Oy) e fatorando o primeiro membro, vem: (x y) . ( x + y) = a .
2

Podemos escrever a seguinte expresso equivalente a x y = a :

cuja veracidade percebida facilmente, bastando efetuar o produto indicado no primeiro membro.
Substituindo, vem finalmente:
2

X.Y = a /2
2

Fazendo a /2 = K = constante, podemos escrever X.Y = K , que a equao da hiprbole equiltera referida
aos eixos y = x e y = -x, que so as assntotas da hiprbole equiltera
2

x y =a

Portanto, em resumo podemos afirmar:


1 a equao da hiprbole equiltera referida aos eixos coordenados x e y dada por
2
2
2
x y = a . As assntotas neste caso, so as retas y = x e y = - x.
2

2 a equao da hiprbole equiltera referida s suas assntotas x y = 0 e x + y = 0 dada por X.Y = a /2


= K.
As assntotas neste caso, so os eixos coordenados Ox e Oy, ou seja, as retas y = 0 e x = 0,
respectivamente.
Veja a seguir, exemplo de grfico da hiprbole equiltera x.y = k, com k > 0, onde os eixos coordenados OX
e Oy so as assntotas.

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277

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As equaes da forma x.y = k, onde k uma constante, tem como representao geomtrica no plano xOy,
portanto, curvas denominadas hiprboles equilteras.
Um exemplo prtico de uma lei fsica cuja representao grfica uma hiprbole equiltera, a lei de Boyle
- Mariotte, estudada nos compndios de Fsica e Qumica.
A lei de Boyle-Mariotte, estabelece que sob temperatura constante, o volume ocupado por uma certa massa
de gs, inversamente proporcional a sua presso.
Seja V o volume de um gs submetido a uma presso P, a uma temperatura constante.
A lei de Boyle-Mariotte, estabelece que P.V = constante = k.
Por analogia com a equao X.Y = K, podemos concluir que o grfico do volume V em funo da presso P,
de um gs submetido a uma temperatura constante, ser uma hiprbole equiltera.
A excentricidade das cnicas
As cnicas hiprbole, parbola, elipse e a circunferncia, possuem todas elas, um aspecto singular:
podem ser obtidas atravs da interseo de um plano convenientemente escolhido com uma superfcie cnica,
conforme mostrado na figura a seguir:

Antes de prosseguir, no resisto a fazer mais uma afirmao verdadeira:


A circunferncia , na realidade, uma elipse perfeita, cuja excentricidade nula.
Nota: Os admiradores da elipse, podero eventualmente afirmar equivocadamente: a circunferncia uma
elipse imperfeita! Eu, prefiro a primeira assertiva, pois a correta!.

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278

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Brincadeiras parte, prossigamos!
No caso da elipse j sabemos que:
excentricidade = e = c/a
2

Como vlido na elipse que a = b + c , vem que:

Ora, como c < a , vem imediatamente que e < 1. Tambm, como a e c so distncias e portanto, positivas,
vem que e > 0. Em resumo, no caso da elipse, a excentricidade um nmero situado entre 0 e 1 ou seja:
0 < e < 1.
Observa-se que a elipse tanto mais achatada quanto mais prximo da unidade estiver a sua
excentricidade.
Raciocinando opostamente, se o valor de c se aproxima de zero, os valores de a e de b tendem a igualar-se
e a elipse, no caso extremo de c = 0, (o que implica e = 0) transforma-se numa circunferncia. A circunferncia
ento, uma elipse de excentricidade nula.
2

No caso da hiprbole , j sabemos que c = a + b e, portanto,

Neste caso, c > a, o que significa que a excentricidade de uma hiprbole um nmero real maior do que a
unidade, ou seja e > 1.
Observe na frmula acima que se as medidas a e b forem iguais, ou seja a = b, teremos uma hiprbole
equiltera, cuja excentricidade ser igual a e = 2, resultado obtido fazendo a = b na frmula acima.
Resumindo, observe que sendo e a excentricidade de uma cnica:
Cnica

Circunferncia

Elipse

0<e<1

Hiprbole

e>1

Quanto parbola , podemos dizer, que a sua excentricidade ser igual a 1? Em a realidade, a
excentricidade da parbola igual a 1; Vamos desenvolver este assunto a seguir:
Considere o seguinte problema geral:
Determinar o lugar geomtrico dos pontos P(x, y) do plano cartesiano que satisfazem condio PF = e .
Pd, onde F um ponto fixo do plano denominado foco e d uma reta denominada diretriz, sendo e uma
constante real.
Veja a figura abaixo, para ilustrar o desenvolvimento do tema:

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Nota: figura elaborada pelo meu filho Rafael C. Marques, 14.


Temos ento, pela condio dada, PF = e.Pd, onde e uma constante real.
Usando a frmula de distancia entre dois pontos, fica:

Quadrando e desenvolvendo ambos os membros da expresso acima, vem:


2

(x f) + y = e .(x d)
2

2
2

x 2.f.x + f + y = e (x 2.d.x + d )
2

x e .x 2.f.x + e .2.d.x + y + f e .d = 0
2

x (1 e ) + y + (2e d 2f)x + f e .d = 0
Ou finalmente:
2

2 2

x (1 e ) + y + 2(e d f)x + f e d = 0
Fazendo e = 1 na igualdade acima, obteremos
2

y + 2(d f).x + f d = 0
Fazendo d = - f, vem:
2

y 4fx = 0 ou y = 4fx, que uma parbola da forma y = 2px, onde


f = p/2, conforme vimos no texto correspondente.
A constante e denominada excentricidade.
V-se pois, que a excentricidade de uma parbola igual a 1.
Sistema de coordenadas polares
J conhecemos o sistema de coordenadas cartesianas, noo introduzida por Ren Descartes filsofo e
matemtico francs, 1596 1650, criador dos fundamentos da Geometria Analtica.
Vamos agora, conhecer o sistema de coordenadas polares, as quais vinculam-se com as coordenadas
cartesianas, atravs de relaes trigonomtricas convenientes.

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280

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Seja O um ponto do plano e considere uma semi-reta de origem O. Denominemos o ponto O de plo e a
semi-reta, de eixo polar.
Um ponto qualquer P neste sistema, poder ser univocamente determinado, atravs da distncia do ponto P
ao ponto O , e do ngulo formado entre o segmento de reta OP e o eixo polar.
Adotando-se por conveno, o sentido trigonomtrico para o ngulo , ou seja, o sentido anti-horrio, no
qual os ngulos so considerados positivos, podemos construir a figura abaixo:

Observe que o ponto P de coordenadas cartesianas P(x,y), pode ser tambm ser expresso pelas suas
coordenadas polares correspondentes P(,), onde, pela figura acima, pode-se escrever:
x = .cos
y = .sen
A distancia OP = denominada raio vetor e o ngulo denominado ngulo polar.
Quadrando as duas expresses acima e somando membro a membro, vem:
x + y = .cos + .sen = (cos + sen ) =
2

Observe que cos + sen = 1, a relao fundamental da Trigonometria.


2

Analogamente, temos que tg = y/x , no tringulo retngulo da figura acima.


Em resumo, teremos:
x + y = , com 0, j que OP = uma distncia e portanto, um valor positivo ou nulo, e, tg = y/x
2

Exemplos:
a) considere o ponto P(1,1). As suas coordenadas polares sero P(2,/4), pois:
= 1 + 1 = 2 = 2
2

tg = y/x = 1/1 = 1 = /4 radianos.


b) considere o ponto P(1,0). As suas coordenadas polares sero P(1,0), pois:
=1 +0 =1=1
2

tg = y/x = 0/1 = 0 = 0 radianos.


c)considere o ponto P(0,1). As suas coordenadas polares sero P(1, /2), pois:
=0 +1 =1=1
2

tg = y/x = 1/0. Sabemos que no existe a diviso por zero , mas podemos verificar neste caso que o ponto
P(0,1) situa-se no eixo dos y e, portanto, = 90 = /2 radianos.
Vamos agora, desenhar alguns grficos de curvas expressas atravs das suas coordenadas polares.

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281

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1 Esboar o grfico da curva = 2.
Inicialmente, vamos construir uma tabela, onde vamos atribuir valores a (em radianos) e calcular o valor
correspondente de .
(em
graus)
(em
radianos)
= 2
= 2
(aprox.)

0 30

45

60

90 135 180 270 360

0 /6

/4

/3

/2

3/4

3/2

0 /3

/2

2/3

3/2

0 1,05 1,57 2,10 3,14 4,71 6,28 9,42 12,56

Plotando (locando ou marcando) os pontos obtidos acima, obteremos a curva a seguir, denominada Espiral
de Arquimedes.
De uma forma geral, a equao polar da forma = a. onde a uma constante, representa uma curva
denominada Espiral de Arquimedes.

2 Esboar a curva = 2(1 + cos).


Analogamente, obteremos a curva abaixo, denominada cardiide.

De uma forma geral, as equaes da forma = 2a(1 + cos) onde a uma constante, so curvas
denominadas Cardiide.
3 Esboar a curva = 2/.
Analogamente, obteramos a curva abaixo, denominada Espiral Hiperblica.
De uma forma geral, as equaes da forma = a/ onde a uma constante, so curvas denominadas
Espirais hiperblicas.

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282

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4 Esboar a curva = 4.cos(2).


2

Analogamente, obteremos a curva abaixo, denominada Lemniscata de Bernoulli.


De uma forma geral, as equaes da forma = a .cos(2), onde a uma constante, representam curvas
denominadas Lemniscata de Bernoulli.
2

5 Esboce a curva = 4.
Verifique voc mesmo, que teremos neste caso, uma circunferncia de raio 4.
Nota: as figuras acima foram executadas pelo meu filho Rafael Marques,14.
Fonte: http://www.paulomarques.com.br

A TRIGONOMETRIA DO TRINGULO RETNGULO


Introduo
Tringulo retngulo qualquer tringulo que possua um ngulo reto e que, para este tipo de
tringulo, h vrias propriedades importantes.

Dois de seus lados so perpendiculares entre si e so, portanto, alturas do tringulo, o que facilita o
clculo de sua rea:
cateto x cateto
A=
2
Teorema de Pitgoras:

Matemtica

283

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(hipotenusa) = (cateto) + (cateto)
Como a soma dos ngulos de qualquer tringulo 180, num tringulo retngulo um dos ngulos reto
(90) e os outros dois so sempre agudos e complementares (soma = 90).
Vamos descobrir como podemos estabelecer relaes entre os ngulos de um tringulo retngulo (ngulos
agudos) e seus lados. Ser que existem tais relaes?. essa nossa primeira preocupao.
A seguir, caso existam, sero respondidas perguntas naturais como: .Valem sempre?.; .Como enunci-las?.
etc.
Construindo tringulos retngulos semelhantes
Dado um ngulo agudo qualquer, possvel desenhar um tringulo retngulo?

Sim, podemos desenhar, na verdade, uma infinidade de tringulos retngulos.

Vamos anotar algumas observaes sobre esses tringulos retngulos:


Para todos eles, um dos ngulos mede x.
O outro ngulo agudo mede 90 - x, pois o complemento de x.
O terceiro ngulo, como no poderia deixar de ser, reto.
Ento todos eles possuem os mesmos ngulos.
Lembrando a aula anterior, podemos concluir que: todos estes tringulos retngulos so semelhantes
Se so semelhantes, ento seus lados so proporcionais.
Podemos ento afirmar que, fixado um ngulo agudo, todos os tringulos retngulos, construdos com
esse ngulo sero semelhantes e, portanto, tero lados proporcionais. Observe que acabamos de descobrir
que h uma relao entre ngulos agudos e lados de um tringulo retngulo.
Precisamos agora verificar como podemos enunciar essa relao mais claramente, usando linguagem
matemtica.
Observe a figura a seguir:

Figura 1
Os tringulos ABC e APQ so semelhantes. Como seus lados so proporcionais, podemos escrever:
BC PQ
AB AP
BC PQ
=
ou
=
ou
=
AB AP
AC AQ
AC AQ
E se aumentarmos o ngulo x (ou 0 diminuirmos)? Essas propores se alteram. Teramos agora:

Figura 2

AB AP
BE PF
BE PF
=
ou
=
ou
=
AE AF
AE AF
AB AP

Matemtica

284

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Essas propores - que se alteram conforme o ngulo varia confirmam nossa suspeita de que h uma
relao entre lados e ngulos agudos de um tringulo retngulo. Tais relaes recebem nomes especiais como
veremos ainda nesta aula.
Relacionando lados e ngulos
Todo tringulo retngulo, os lados so chamados hipotenusa (o maior lado) e catetos (lados
perpendiculares). Precisamos, em funo do ngulo, diferenciar a nomenclatura dos catetos. Veja a figura
abaixo.

O cateto que fica em frente ao ngulo agudo que estamos utilizando chama-se cateto oposto, e o cateto
que est sobre um dos lados desse ngulo chama-se cateto adjacente.
Observe que, se o ngulo do problema for o outro ngulo agudo do tringulo, a nomenclatura oposto e
adjacente troca de posio (veja a figura a seguir), pois depende do ngulo utilizado.]

Vamos ento reescrever as propores obtidas na Figura 1 usando essa nomenclatura. Em relao ao
ngulo x, temos:

BC PQ
=
=
AB AP

cateto oposto
hipotenusa

cateto adjacente
AB AP
=
=
hipotenusa
AC AQ
cateto oposto
BC PQ
=
=
cateto adjacente
AB AP
Relaes trigonomtricas
As relaes que acabamos de generalizar so chamadas relaes trigonomtricas e recebem nomes
especiais.
A primeira chamada seno do ngulo x e escreve-se:
cateto oposto
sen x =
hipotenusa

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285

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A segunda chamada co-seno do ngulo x e escreve-se:
cateto adjacente
cos x =
hipotenusa
A ltima denomina-se tangente do ngulo x e escreve-se:
cateto oposto
tg x =
cateto adjacente
EXEMPLO 1
Voc j conhece o tringulo pitagrico. Vamos obter as relaes trigonomtricas para um de seus
ngulos agudos.
3
sen x =
= 0,6
5
4
cos x =
= 0,8
5
3
tg x =
= 0,75
4
Observe agora que, para qualquer outro tringulo semelhante a este, obtemos o mesmo resultado.
1,5
4,5
3
6
sen x =
=
=
=
=...= 0,6
2,5
7,5
5
10
2
6
4
8
cos x =
=
=
=
=...= 0,8
2,5
7,5
5
10
1,5
3
6
4,5
tg x =
=
=
=
=...= 0,75
2
4
8
6

EXEMPLO 2
Na aula anterior, voc viu um exemplo da utilizao de ngulos para o clculo da inclinao do telhado. No
caso da utilizao de telhas francesas, ficamos sabendo que o telhado poder ter um caimento de 45%, o que
equivale a um ngulo de 25. Reveja a figura:
]

Observe que 45% = 0,45 a tangente do ngulo x, que j sabemos ser igual a 25. Em linguagem
matemtica, podemos escrever:
cateto oposto
0,45
tg x = cateto adjacente ou tg 25 =
= 0, 45
1

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286

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Na realidade, esse um clculo aproximado, feito com base na experincia do carpinteiro e conferido por
ns com instrumentos de desenho. Mais precisamente teramos:
tg 25 = 0,46631
Esse resultado pode ser obtido consultando-se uma tabela trigonomtrica como a que reproduzimos no final
desta aula.
EXEMPLO 3
Um torneiro mecnico precisa moldar uma pea e recebe o projeto a seguir. Todas as medidas necessrias
fabricao constam na figura. No entanto, como saber exatamente onde ele deve comear a fazer a
inclinao para obter um ngulo de 25, como mostra o projeto?

Esse um exemplo de aplicao da trigonometria dos tringulos retngulos na indstria.


Para resolver o problema, o que precisamos determinar o cateto x do tringulo retngulo a seguir:

Com os dados do projeto, podemos calcular AP:

AQ = 50 e BR = 10
50 - 10
Assim, AP =
= 20
2

Sendo o ngulo B de 25 no tringulo ABP, podemos escrever:


cateto oposto
AP 20
tg 25 = cateto adjacente =
=
BP
x
No Exemplo 2, vimos que tg 25 = 0,46631. Usando apenas 3 casas decimais, temos:
0,466 =

20
20
ou x =
46
x
0,466

Dessa maneira, o torneiro descobre que o comprimento 100 da figura est dividido em duas partes, uma
valendo 43 e a outra 67. Em 67 unidades de comprimento no h inclinao, e nas outras 43 ele deve inclinar a
pea de tal maneira que seu final fique com 14 unidades de comprimento.
Fonte: http://www.bibvirt.futuro.usp.br

NMEROS COMPLEXOS
A FORMA a + bi DOS NMEROS COMPLEXOS
O conjunto dos complexos.
Os vrios conjuntos numricos so:

Matemtica

287

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o conjunto lN dos nmeros naturais:
o conjunto Z dos nmeros inteiros:
o conjunto Q dos nmeros racionais:

lN = { 0; 1; 2; 3; 4; .. . } ;
Z ={... ; -2, -1; 0; 1; 2;... } ;

p
Q x | p, q Z e q 0
q

conjunto IR dos nmeros reais:

IR = { x | x racional ou x irracional }.

E, alm disso, verificamos que: lN Z Q IR.


Vamos definir um novo conjunto numrico. Chama-se conjunto dos nmeros complexos, e se indica com C,
ao seguinte conjunto :
C = { Z = a + bi | a, b

lR e i2 = - 1}

Exemplos de nmeros complexos


z = 2 + 3i, onde a = 2 e b = 3.
z = -3 + 4i, onde a = -3 e b = 4.
z = 2 i , onde a = 2 e b = -1.
z = -3 - 5i, onde a = -3 e b = -5.
z = 2, onde a = 2 e b = 0.
z = 1, onde a = 0 e b = 1.
Observao: O exemplo e nos mostra que 2 C, e o mesmo ocorre com qualquer outro nmero real; logo,
IR C e vale, ento, a seguinte seqncia de incluses
N Z Q lR C

Definio
Dado o complexo z = a + bi, chama-se parte real de z o nmero real a; chama-se parte imaginria de z o
nmero real b.
Os complexos da forma z = bi (para os quais a = 0 e b 0) so chamados de imaginrios puros.
Exerccios resolvidos
2

Resolver, em C, a equao z = -1
Resoluo:
2
Como, por definio, i = - 1; ento i uma raiz da equao proposta.
2

Observemos ainda que (- i ) = ( - i ) . (- i) = i = -1; logo, - i tambm raiz da equao proposta. E ento o
conjunto-soluo da equao ser:
S ={ i ; - i }
2

Resolver, em C, a equao z = -100.


Resoluo:
2
Observemos inicialmente que z = -100
2
z = 100 . (-1) ; logo, z = 10i, ou seja:
S ={ 10i ; - 10 i }
2

Resolver, em C, a equao z = -3.


Resoluo:

Matemtica

288

Livraria Multimarcas
Observemos inicialmente que z = -3
2

z = 3 . (-1); logo, z = 3 i, ou seja:


S ={

3i;-

3 i}

Observao: Para simplificar a linguagem escreveremos:


z = -1 z =

1 = i

100 = 10i

Z = -100 Z =
2

z =-3 z=

3 =

3i
2

Resolver, em C, a equao z + 13 = 0.
Resoluo:
z +13 = 0 z = - 13
2

z =

13 =
S ={

13 i , ou seja:

13 i ; -

13 i }
2

Resolver, em C, a equao z - 4z + 13 = 0.
Resoluo
Aplicando a frmula resolutiva da equao de segundo grau: z =

b b2 4 c
, onde, neste caso: a = 1,
2a

b = - 4 e c = 13, temos:

z=

42 4 1 13
2 1

4 36

4 6i
2 3i , ou seja:
2
S = { 2 + 3i ; 2 3i }
2

Resolver, em C, a equao z + z + 1 = 0.
Resoluo
Aplicando a frmula resolutiva da equao do segundo grau : z =
b = 1 e c = 1, temos:

z=

1 12 4 1 1
1 3 1 3i

=
, ou seja:
2 1
2
2

3
-1
3
1

i,

i
S=
2
2
2
2

Exerccios propostos
2

Resolver, em C, a equao z = -4.


2
Resolver, em C, a equao z = -49.
2
Resolver, em C, a equao z = -144.
2
Resolver, em C, a equao z = - 2.
2
Resolver, em C, a equao (z - 1) = -121.

Matemtica

289

b b2 4ac
, onde, neste caso: a = 1,
2a

Livraria Multimarcas
2

Resolver, em C, a equao z + 60 = 0.
2
Resolver, em C, a equao z - 2z + 5 = 0.
2
Resolver, em C, a equao z + 2z + 5 = 0.
2
Resolver, em C, a equao z - z + 1 = 0.
2
Resolver, em C, a equao 3z + z + 4 = 0.
Respostas:

S = { 2i; -2i }
S = { 7i ; -7i }
S = { 12i ; -12i }
S = 2i; - 2i
S = { 1+ 11i; 1- 11i }
S = 2 15i ; - 2 15i
S = 1 2i ; 1- 2 i
S = { -1+2i ; -1 2i}

S=

3 1
3
i;
i
2 2
2

47
1
47
1

i;
i
6
6
6

S =

Igualdade de Complexos
Dois nmeros complexos :
z1 = a1 + b1i e z2 = a2 + b2i so iguais se, e somente se, a1 = a2 e b1 = b2 :
a1 + b1i = a2 + b2i a1 = a2 e b1 = b2
Adio de Complexos
Dados dois complexos z1 = a1 + b1i e z2 = a2 + b2i , sua soma um complexo cuja parte real a soma das
partes reais e cuja parte imaginria a soma das partes imaginrias:
(a1 + b1i) + (a2 + b2i) = (a1 + a2) + (b1 + b2)i
Subtrao de Complexos
Dados dois complexos z1 = a1 + b1i e z2 = a2 + b2i, sua diferena um complexo cuja parte real a diferena
das partes reais e cuja parte imaginria a diferena das partes imaginrias.
(a1 + b1i) - (a2 + b2i) = (a1 - a2) + (b1 - b2)i
Multiplicao de Complexos
Para multiplicarmos dois complexos,
estivssemos multiplicando dois binmios,
assim, temos:

z1 = a1 + b1i e z2 = a2 + b2i, procedemos como se


2
(a 1 + b1 x) e (a2 + b2x), e levamos em conta que i = -1;

(a1 + b1i) . (a2 + b2i) =


2
= a1 a2 + a1 b2 i +a2 b1i + b1 b2 i =
= a1 a2 + (a1 b2 + a2b1)i - b1 b2i ; ou seja:
(a1 + b1i) . (a2 + b2i) =
= (a1 a2 - b1 b2) + (a1 b2 + a2 b1 )i
Propriedade Importante

Matemtica

290

Livraria Multimarcas
Como no caso dos nmeros reais, vale tambm para o produto de nmeros complexos a seguinte
propriedade:
z1 . z2 = 0 z1 = 0 ou z2 = 0
Exerccios resolvidos
Efetuar as operaes
(4 + 5i) + (7 - 2i) - (2 - 6i).
Resoluo:
(4 + 5i ) + (7- 2i) - (2 - 6i) =
(4 + 7 - 2) + (5 2 + 6)i = 9 + 9i
Efetuar as operaes
2 (5 - 2i) - 7 (4 + 1) + 3 (2 + 5i).
Resoluo:
2 (5 - 2i) -7(4 + i) + 3(2 + 5i) =
(10 - 4i) - (28 + 7i) + (6 + 15i) =
= (10 28 + 6) + (- 4 -7 +15)i = -12 + 4i
Efetuar o produto
(3 + 4i) . (5 - 7i).

Resoluo:
2

(3 + 4i) . (5 - 7i) = 15 - 21i + 20i 28 i =


15 i + 28 = 43 - i
2

Efetuar a potncia (3 + 4i) .


Resoluo:
2

(3 + 4i) = 3 + 2 .3. 4i + (4i) = 9 + 24i +16 i =


9 + 24i 16 = - 7 + 24i
Efetuar o produto (6 + 5i) . (6 - 5i).
Resoluo:
2

(6 + 5i) . (6 - 5i) = 6 - (5 i) = 36 25 i =
36 + 25 = 61
2

Resolver, em C, a equao z + 3zi = 0.


Resoluo:
z + 3zi = 0 z (z + 3i) = 0
z = 0 ou z + 3i = 0
z = 0 ou z = -3i, ou seja,
2

S= { 0; -3i }

Resolver, em C, a equao:
2
z - 16iz - 73 = 0.

Matemtica

291

Livraria Multimarcas
Resoluo:

Aplicando a frmula resolutiva da equao de segundo grau : z =


1, b = -16i e c = - 73, temos:

z=

16i

16i2 4 1 - 73
2 1

16i 256 292


16i 256i2 292
=

2
2
16i 36 16i 6
=
8i 3 ou seja:
2
2
S = (3 + 8i, -3 + 8i )

Exerccios propostos
Efetuar as operaes
(6 - 3i) - (4 + 5i) - (2 - i).
Efetuar as operaes
5 (2 + i) - 3(7 +4i) + 4(2- 3i).
Efetuar o produto (-6 + 2i) . (3 - 5i).
2

Efetuar a potncia (2 + 7i) .


2

Efetuar a potncia (2 - 7i) .


Efetuar o produto (8 - 3i) . (8 + 3i).
Efetuar o produto (6 + 7i) . (6 - 7i).
Sendo a, b IR, mostrar que
(a + bi) . (a - bi) real.
2

Resolver, em C, a equao 2z = 5zi.


2

Resolver, em C, a equao z - 2i - 2 = 0.
Respostas:
7i
3 19i
8+36i
45 + 28i
45 28i
73
85
2
2
2
2 2
2
2
(a +bi) (a -bi) = a - (bi) =a -b i = a +b , que real
5
S = 0 ; i
2
S = { 1 + i; -1 + i }

Matemtica

292

b b2 4 a c
, onde, neste caso: a =
2a

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Complexos conjugados
Dado um nmero complexo, z = a + bi, chama-se conjugado de z, e se indica com z , o complexo z = a - bi
(conserva a parte real e troca o sinal da parte imaginria de z).
Diviso de complexos
Dados os complexos z1 = a1 + b1i e z2 = a2 + b2i 0, para dividirmos z1 por z2, ou seja, para
a b i
encontrarmos 1 1 , multiplicamos o numerador e o denominador desta frao pelo conjugado do
a2 b2i
denominador e efetuamos as operaes indicadas.
Exerccios resolvidos
Determinar os conjugados dos seguintes complexos:
a) z1 = 3 + 2i
d) z4 = -5 - 2i
b) z2 = - 2 + 5i
e) z5 = 7i
c) z3 = 4 i
f) z6 =3
Resoluo:
Aplicando a definio de conjugado temos:
a) z1 = 3 + 2i z 1 = 3 - 2i
b) z2 = - 2 + 5i z 2 = -2 - 5i
c) z3 = 4 - i z 3 = 4 + i
d) z4 = -5 - 2i z 4 = -5 + 2i
e) z5 = 7i z 5 = -7i
f) z6 = 3 = 3 + 0i z 6 = 3 - 0i = 3
Observao: O conjugado de um nmero real, como no item f, sempre o prprio nmero.
7 2i
Efetuar o quociente
5 3i
Resoluo:
Multiplicando os dois termos da frao pelo conjugado do denominador, temos:

7 2i 7 2i 5 3i 35 21i 10i 6i2

5 3i 5 3i 5 3i
52 32 i2
35 31i 6 29 31i 29 31

i
25 9
34
34 34

Achar o inverso do complexo z = 4 + 5i.


Resoluo:
O inverso do complexo z ser o complexo

1
, ou seja:
z

1
1
4 - 5i
4 5i
4 5i

2
2
2
z 4 5i 4 - 5i 4 5 i
16 25
4 5i
4
5

i
41
41 41
Resolver, em C, a equao:
(2 + 3i)z + (7 - 2i) = (4 + 5i)

Matemtica

293

Livraria Multimarcas
Resoluo:
isolando a varivel z, temos:
(2 + 3i)z = (4 +5i) (7 -2i)
(2 + 3i)z = (4 7 ) + ( 5 + 2)i
3 7i 2 - 3i
(2 + 3i)z = -3 + 7i Z=

2 3i
2 - 3i

6 9 i 14 i 21i2
2

2 2

6 23i 21

49

2 3 i
15 23i 15 23

i ou seja:
13
13 13

15 23
S
i
13 13

Exerccios propostos
Determinar os conjugados dos seguintes complexos:
a) z1 = 6 + i
e) z5 = -2i
b) z2 = -4 + 2i
f) z6 = 4
c) z3 = 7 - 3i
g) z7 = -3
d) z4 = -9 - 4i
h) z8 = 0
Efetuar o quociente

2 5i
3i

Achar o inverso do complexo z = 3 - 2i.


Achar o inverso do complexo z = 1 + i .
Achar o inverso do complexo z = i.
Resolver, em C, a equao:
(4 - i) z (2 + 3i ) = (8 - 5i).
Respostas:
a) z 1 = 6 i b) z 2 = -4 2i c) z 3 =7 + 3i
d) z 4=-9+4i
g) z 7 = -3

e) z 5 =2i

f) z 6 = 4

h) z 8 = 0

1 17

i
10 10
3
2

i
13 13
1 1
i
2 2
i
42 2

i
S=
17 17

Matemtica

294

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POLINMIOS
Polinmio real de uma varivel
Polinmio em x IR, de grau m lN, toda expresso racional e inteira da forma:

a0 xm a1xm1 a2xm2 . . . am1x amx0


representado abreviadamente por P( x ), onde a 0 0, a1, a2, . . ., am - 1 e am so nmeros reais
denominados coeficientes do polinmio e am recebe o nome de termo independente.
Valor numrico de um polinmio
Quando substitumos x por um valor real a e efetuamos as operaes indicadas, obtemos um nmero que
recebe o nome de valor numrico do polinmio.
Exemplo:
2

Seja P( x ) = 3x - 8x + 4
2
x = 1 P(1) = 3 . 1 - 8 . 1 + 4 = 3 - 8 + 4 = -1
2
x = 2 P(2) = 3 . 2 - 8 . 2 + 4 = 12 - 16 + 4 = 0
2
x = 3 P(3) = 3 . 3 - 8 . 3 + 4 = 27 - 24 + 4 = 7
Portanto:
- 1 o valor numrico de P(x) para x = 1
0 o valor numrico de P(x) para x = 2
7 o valor numrico de P(x) para x = 3
Razes ou zeros de um polinmio
So os valores atribudos a x que tomam o polinmio igual a zero.
Exemplo:
2

Seja P(x) = x - 9x + 20
2
P(4) = 4 - 9 . 4 + 20 = 0
2
P(5) = 5 - 9 . 5 + 20 = 0
4 e 5 so razes ou zeros de P(x)
Identidade de polinmios
Polinmio identicamente nulo ou equivalente a zero, simbolizado por P(x) = 0, o nome que damos a todo
polinmio da forma :

0xm 0xm1 0xm2 . . . 0x 0x0

Consequentemente, o seu valor numrico nulo. Logo :


A condio necessria e suficiente para que um polinmio P(x) seja identicamente nulo que todos
os seus coeficientes sejam nulos.
Polinmios idnticos
Dados dois polinmios em x

Matemtica

IR, de mesmo grau m lN, sob as formas gerais:


295

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P1(x) = a0 xm a1xm1 a2xm2 . . . am1x amx0
P2(x) = b0 xm b1xm1 b2xm2 . . . bm1x bmx0
dizemos que eles so idnticos ou identicamente iguais se os seus valores numricos forem iguais para
qualquer valor atribudo a x.
Logo:
A condio necessria e suficiente para que tenhamos P1(x) P2(x) que os coeficientes de seus termos
de mesmo grau sejam iguais.

Portanto:

a0 b0

a1 b1
a b2
P1(x) P2(x) se, e somente se, 2
...........
am1 bm 1

am bm
Exemplos:
Quando tm o mesmo grau:
3
2
P1 (x) = 4x + 2x - 5x + 7
3
2
P2 (x) = mx nx + px + q

m 4

- n 2 n -2
P1(x) P2 (x) se, e somente se,
p -5
q 7
b) Quando tm graus diferentes:
2

P1 (x) = a + mx + dx + nx + rx
2
P2 (x) = 1+ 3x + 5x

0
2
3
4

P1 (x) ax mx dx nx rx

0
2
3
4

P2 (x) 1x 3x 5x 0x 0x
a 1

m 3
P1(x) P2 (x) se, e somente se, d 5
n 0

r 0

Mtodo dos coeficientes a determinar


Este mtodo, elaborado por Descartes, permite determinar os coeficientes desconhecidos de um polinmio
quando ele identificado com outro polinmio de coeficientes conhecidos.
Exemplos:
2

a) Decomponha o trinmio 3x + 9x + 7 numa diferena de dois cubos do tipo (x + a) - (x + b)

Matemtica

296

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Resoluo:
Estabelecendo a identidade entre o trinmio e a diferena dos dois cubos e desenvolvendo-os em seguida,
resulta:
3x + 9x + 7 (x + a)3 - (x + b)
2
3
2
2
3
3
2
3x +9x + 7 x + 3x a + 3xa + a x - 3x b 2
3
- 3xb b
2
2
a2
2
3
3
3x + 9x + 7 (3a - 3b)x + (3 - 3b )x + (a b )
(por fatorao)
2

Aplicando as condies de identidade de polinmios, obtemos o sistema seguinte:


a b 1
3a 3b 3
a b 1

2
2

a b 1
2
2

a2
a ba b 3
3a 3b 9 a b 3
ab 3

3
3
3
3
a b 7
a b 7

Se a = 2, ento a - b = 1 b = 1. Para estes valores de a e de b, a equao a b = 7 tambm


verdadeira.
3

Resposta: 3x + 9x + 7 (x + 2) - (x + 1)
2

Determine um polinmio P(x), do 1. grau, de modo que P(x) + P(x - 3) x


Resoluo:
Seja P(x) ax + b (polinmio do 1. grau)
Logo:
P(x - 3) a(x - 3) + b ax - 3a + b
Portanto:
P(x)+P(x -3) x ax + b + ax 3a + b x
2ax +2b 3a x

2a 1 a

3
2b 3a 0 b

4
x 3
Resposta: P(x)
2 4
Determine o quociente e o resto da seguinte diviso:
3
2
2
(x - 2x + 5x - 13) : (x + 4)
Resoluo:
Se o dividendo do 3 grau e o divisor do 2 grau, ento o quociente ser do 1 grau e o resto, no
mximo, do 1. grau.
(quociente)
Q(x) ax b
Seja
R(x)

cx

d
(resto)

Pela propriedade da diviso, :


dividendo = divisor . quociente + resto, resulta:
(x - 2x + 5x - 13) (x + 4) . (ax + b) + (cx + d)
3

Efetuando as operaes indicadas no 2. membro e fatorando, vem :


3
2
3
2
(x - 2x + 5x - 13) ax + bx + 4ax + 4b + cx + d
3
2
3
2
x - 2x + 5x - 13 ax + bx +(4a + c)x + 4b + d

Matemtica

297

Livraria Multimarcas
Aplicando as condies de identidade de polinmios, isto , igualando os coeficientes, resulta:
a =1
b = -2
4a + c = 5 4 . 1 + c = 5 c = 1
4b + d =-13 4 . (-2)+ d = -13 d = -5
Donde:
Q(x) = ax + b Q(x) = x 2 (quociente)
R(x) = cx + d R(x) = x 5 (resto)
Decomponha a frao

5x 2
x2 4

em duas parcelas.

Resoluo:
2
x - 4 = (x + 2) . (x - 2), o que nos permite escrever:

5x 2
2

x 4

a
b

x2 x2

Agora, determinemos a e b pelo mtodo dos coeficientes a determinar, reduzindo antes o 2. membro ao
mesmo denominador:

5x 2
2

x 4
5x 2
2

x 4

ax 2 bx 2
x 2 x 2
ax 2a bx 2b
2

x 4

a bx 2b 2a
x2 4

a b 5
5x 2 (a b)x (2b - 2a)

2b - 2a 2

a b 5

a2
e
b3
b a 1
5x 2
2
3
Resposta:

2
x 4 x2 x2
Exerccios:
Identidade de polinmios
Indique qual dos polinmios seguintes tem por razes ou zeros os nmeros 3 e 4:
2
x + 7x +12
2
x - 7x 12
2
x - 7x +12
Determine a e b, de modo que sejam identicamente nulos os polinmios seguintes:
2
2
2
( a b ) x + (a b )x + a + b 4
2
2
2
( a b ) x + (a b)x + a b
Determine a, b e c, de modo a tornar verdadeiras as identidades seguintes:
2
2
2x + 4x - 5 ax + bx + c
2
2
2
2
x - 3x + 3 (a + b + c)x - (b - c)x + b c
2
2
(a + b + c)x + ( a - b)x + a + b - c 6x - x
Calcule a e b, de modo que:

Matemtica

298

Livraria Multimarcas
(x + b) - (x + a) -3x - 9x 7
2
2
2x + 5 (x + a) - (x + b)
2
2
2
2
2
2x + 7 (x + a) - (x + b)
3

Determine os quocientes (q) e os restos (r) das divises seguintes, sem efetu-las:
2
(x + 3x - 2) : (x + 4)
3
2
2
(x - 2x + 4x - 7) : (x + 3)
4
3
2
2
(x + x - 4x + 7x - 3) : (x - 2x + 3)
Decomponha as fraes seguintes numa adio de fraes, com denominadores do 1. grau:
3x 2
1
1)
2)
2

1
x

2x 3
x 4
6x 4
3)
x3 4x
Diviso de Polinmios
Diviso por x - a (determinao do resto)
TEOREMA:
O resto da diviso de P(x) por x - a o valor numrico de P(x) para x = a.
Demonstrao:
Seja P(x) o dividendo, x - a o divisor, Q(x) o quociente e R o resto.
De acordo com a propriedade fundamental da diviso:
P(x) (x - a) . Q(x) + R e fazendo x = a, resulta:
P(a) (a - a) . Q(a) + R P(a) R
Exemplo:
2

O resto da diviso (x + 5x - 6) : (x - 2) :
2

R = 2 + 5 . 2 6 = 4 + 10 6 = 8
Divisibilidade por x a
Se o resto da diviso de P(x) por x - a for zero, podemos afirmar que P(x) divisvel por x - a.
Exemplo:
2
O resto da diviso (x - 7x + 12) : (x - 3) :
2
R=3 - 7 . 3 + 12 = 9 - 21+ 12 = 0
Portanto:
2
x - 7x + 12 divisvel por x - 3.
Assim temos:
Teorema:
A condio necessria e suficiente para que um polinmio P(x) seja divisvel por x - a que

P(a) = 0.

Regras de Ruffini
As regras de Ruffini servem para determinar o quociente e o resto da diviso de P(x) por x - a. Vejamos
como obt-los.
Sejam:
P(x) = a0 xm a1xm1 . . . am1x am
xa

Matemtica

(dividendo)
(divisor)

299

Livraria Multimarcas
Q(x)= b0 xm1 b1xm2 . . . bm2 x bm-1 (quociente)
R
(resto)
O grau m -1 de Q(x) dado pela diferena entre o grau m de P(x) e o grau de x - a.
Pelo princpio fundamental da diviso, sabemos que :

Sendo assim:

a0 xm a1xm1 . . . am
= (x a) . (b 0 xm1 b1xm2 . . . bm1) + R
Efetuando a multiplicao indicada no 2 membro, resulta:

a0 xm a1xm1 . . . am =

b0 xm (b1 b0a)xm1 . . . (bm1 - bm-2a)x R - bm-1a


De acordo com a condio de identidade de polinmios, temos:
1 regra
b0 a0
a0 b0

b1 ab0 a1 2 regra
a1 b1 b0a

a2 b2 b1a b2 ab1 a2
.....................

.....................
am R bm1a
R abm1 am 3 regra
Enunciado:
1 regra: o coeficiente do 1. termo do quociente igual ao coeficiente do 1. termo do dividendo.
2 regra: o coeficiente de cada termo do quociente, a partir do segundo, igual ao produto de a pelo coeficiente
do termo anterior, somado ao coeficiente do termo de mesma ordem do dividendo.
3 regra: o resto da diviso igual ao produto de a pelo termo independente do quociente, somado ao termo
independente do dividendo.
Observao:
Quando P(x) incompleto, consideram-se iguais a zero os coeficientes dos termos que faltam.
Dispositivo de Briot
As regras de Ruffini servem para calcular os coeficientes dos termos do quociente e do resto de uma
diviso de polinmios. Sua aplicao fica facilitada quando usamos o chamado dispositivo de Briot, que tem o
seguinte algoritmo:

Exemplo:

Matemtica

300

Livraria Multimarcas
Calcule, por meio do dispositivo de Briot-Ruffini, o quociente e o resto da diviso:
3
2
(4x + 5x - 6x + 7) : (x - 3).
Resoluo:

Resposta: Q (x) = 4x +17x +45 e R = 142


Observao:
Como j vimos, o resto da diviso de P(x) por x - a igual ao valor numrico de P(x) para x = a. Logo,
podemos utilizar o dispositivo de Briot.-Ruffini para calcular o valor numrico de um polinmio em x. No
3
2
exemplo dado, o valor numrico de
4x + 5x - 6x + 7 142, para x = 3. Faa esta verificao.
Outro exemplo:
4

Utilizando duas linhas apenas no dispositivo prtico de Briot.Ruffini, calcule Q(x) e R da diviso (3x + 6x +
x - 8) : (x + 2).
2

Resoluo:
Primeiramente, voc observou que est faltando no polinmio dividendo o termo em x? Ento, vamos
complet-lo:
3x + 6x + x - 8 3x + 6x + x + 0x - 8
4

Em segundo lugar, o clculo de Q(x) e R, em duas linhas apenas, exige a supresso da segunda linha do
dispositivo e o clculo mental da soma dos produtos com os coeficientes do polinmio dividendo.

O valor numrico de 3x + 6x + x - 8 para

x = -2 -4.

Resposta: Q(x)=3x +x - 2 e R = -4.


Exerccios:
Dispositivo de Briot-Ruffini

Matemtica

301

Livraria Multimarcas
Determine os restos das divises seguintes, sem efetuar a operao indicada:
4

(x - 2x + 3x - x + 2) : (x - 3)
3
(x + 3x 1) : (x + 2)
Indique quais dos polinmios seguintes so divisveis por x - 4:
2
2
1) x - 6x + 8
3) x + 8x + 16
2
3
2
2) x - x - 12
4) x - 3x - 6x + 8
Calcule o quociente (q) e o resto ( r ) das divises seguintes, empregando o dispositivo de Briot-Ruffini:
3
2
(x + 2x - x + 3) : (x - 4)
3
(4x + 3x - 2) : (x + 3)
Determine os valores de a, usando o dispositivo de Briot-Ruffini, de modo que as divises seguintes sejam
exatas:
2
(x - ax - 10) : (x - 5)
2
(x + 3x - a) : (x + 4)
3
2
(x + ax + 15x + 9) : (x + 1)
Dado o dispositivo:
.

1
.

2
3

.
-4

determine o dividendo, o divisor e o quociente.

questes de vestibulares
3

Seja P(x) = x + px + qx + pq, os valores de p e q para que P(1) = 12 e P(-1) = 6 so respectivamente:


a) -2 e 3
c) 3 e 2
e) n.d.a.
b) 4 e -2
d) -3 e -2
3

Os valores de m e n para que 0 e - 2 sejam as razes de P(x) = x - 2x + mx + n so respectivamente:


a) 0 e 8
c) -4 e 3
e) n.d.a.
b) -2 e 3
d) -8 e 0
Para que
3
P(x) = (a + b)x + (2a - b + c)x + 2b + c + 10 seja identicamente nulo, a, b e c devem valer
respectivamente:
a) 2, -2, -6
c) 4, 3, 2
e) n.d.a.
b) 2, 3, 4
d) 6, 2, -2
Seja

P(x)=(b - 1) (b - 2)x + (b - 1)x + (b 2)x + a. As alternativas para as questes de I a V so :


a) impossvel.
c) b =1 e) n.d.a.
b) b 1 e b 2
d) b 1
Valor de b para que o grau seja 3.
Valor de b para que o grau seja 2.
Valor de b para que o grau seja 1.
Valor de b para que o grau seja 0.
Valor de b para que o grau seja > 1.
Os valores de a, b e c para que
(a + b)x + cx + 1 (a +x ) so:
a = 1, b = 3, c = 2
a = 1, b = 0 ou 2, c = 2
a = 1, b = 0, c = 2 ou a = -1, b = 2, c = -2
a=b=c= 1
n.d.a.
2

Os valores de a, b e c para que

Matemtica

302

Livraria Multimarcas
4.x - (2 - a)x + 3 (5 - b)x + cx 3x +3 so respectivamente:
a = 0, b = 1, c = 2
a =-1, b = 1, c = 0
a = -1, b = 0, c = 3
a = 1, b = 2, c =1
n.d.a.
3

6x 2 x 3

Os valores de a, b e c para que

x x

a
b
c

so respectivamente:
x 1 x 1 x

a = 1, b = 2, c = 3
a = -1, b = 2, c =-3
a = 3, b = 1, c = 2
a = 1, b =2 , c =-3
n.d.a.
3

O resto da diviso x 1 : x - 1 :
a) zero
b) 3
c)4
3

d) 2x 1 e)n.d.a.

A diviso de x + px + q por x - 1 exata se:


p=1eq=2
p=-1eq=0
p=-1eq=-1
P=1e q=1
n.d.a.
4

O quociente da diviso de 2x +8x x + 16 por x + 4 :


3
3
a) 2x + x +4
d) 2x + 4x 1
2
b) x x + 5
e) n.d.a.
3
c) 2x x +4
4

O valor m para que x 3x + mx 2 seja divisvel por x 2 :


a) 4
b) 2
c) 3
d) 1

e) n.d.a.

Sejam a, b, c, d, e, f os nmeros que aparecem no dispositivo de Briot-Ruffini para o clculo do quociente e do


4
3
2
resto da diviso de 2x + 8x x +16 por x 4 .
2

8
-8
a

-4
2
Ento, a + b +c+ d + e + f vale:
a) 20
b) 31

-1
b
c

0
4
d

d) 13

c) 16

16
e
f

e) n.d.a.

(Fuvest) 0 resto fia diviso de um polinmio P(x) por (ax - b) :


b
a) P (b)
b) P
a

b
d) a P
a

c)

1
aPb

e) n.d.a.
3

(PUC-SP) O valor de p para que o polinmio 2x - 4px + 5x + 6 seja divisvel por x - 2 :


a) 3
b) 2
c) -4
d) 5
e) n.d.a.
(PUC-SP) Se P(x) um polinmio de grau m e B(x) um polinmio de grau 2, ento o produto P(x) . B(x) de
grau :
a) m
b) 2
c) 2m
d) m +2 e) n.d.a.
5

(FGV) Usando a regra de Briot-Ruffini, a diviso de 32x - 16x + 1 por 2x - 1 :

Matemtica

303

Livraria Multimarcas
4

32x e resto1.
4
3
2
64x + 32x - 16x - 8x - 2 e resto zero.
4
3
2
16x + 8x - 4x - 2x 1 e resto zero.
4
3
2
32x + 16x - 8x - 4x - 2 e resto zero.
n.d.a.

Respostas:
Identidade de polinmios
3
1) a =2; b = 2
2) a = 0; b =0
1) a =2; b =4 ; c = -5
2) a = 0; b =2; c= -1
3) a = 1; b = 2; c = 3
1) a =2; b = 1;
2) a =3; b = 2
3) a =4; b = 3
1) q = x 1; r = 2
2) q = x 2; r = x 1
2
3) q = x + 3x 1; r = -4x
1
1
1
2
1
2
2

1)
2)

x2 x2
x 1 x 2 X 3
1
1
2

3)
X x2 x2
Dispositivo de Briot-Ruffini
1) 53
1; 2; 4
2
1) q = x +6x +23; r = 95
2
2) q = 4x 12x +39; r = -119
1) a = 4
2
x + 2x -7; x 1; x + 3
Questes de Vestibulares
c
d
a
I b; II d; III c; IV a;V e
c
b
a
a

2) 15

2) a = -4

3) a = 7

b
c
d
d
b
b
d
c

NMEROS BINOMIAIS E BINMIO DE NEWTON


Definio:
Chama-se nmero binomial de classe p do nmero n ao numero natural

n
combinaes simples dos n elementos tomados p a p. Indica-se por
p

Assim:
n
n!

( { p, n } IN, p n)
p p ! ( n - p ) !
EXEMPLOS:

Matemtica

304

n!
, isto ao nmero de
p! ( n - p )!

Livraria Multimarcas
5
5!

10
2 2 ! 3 !
5
5!

10
3
3
!
2!

n
n!

1
0
0
! n!

n
n!

n
1 1! ( n - 1 ) !
n
n!

1
n! 0!
n
Tringulo de Pascal:

Chama-se tringulo de Pascal a seguinte disposio de nmeros binomiais:


p
n

0
0

0
1

0

0
1

2

0
3

0

2
3

4

0
5

0

1

1
2

1
3

1
4

1

2

2
3

2

5

3

4

4
5

4

5

5

3

3
4

3

5

1

4

2
5

2

.
.
.

.
.
.

.
.
.

.
.
.

.
.
.

.
.
.

1
.
.
.

5
.
.
.

10
.
.
.

10
.
.
.

5
.
.
.

4
5
.
.
.

...

Matemtica

...

1
.
.
.

305

Livraria Multimarcas
Dessa disposio podemos concluir as seguintes propriedades:
n n

p n p

Assim:
5 5
,
2 3

4 4
,
1 3

10 10
etc
2 8

Relao de Stifel

n n n 1
Assim:

p p 1 p 1
5 5 6
,
2 3 3

4 4 5

1 2 2

n n
p q
p q

etc

ou p q n
p=2

5 5

2 p

2+p = 5 p = 3
Aplicaes
1) Obter x, tal que C10,x + 1= C10,2x.
Soluo:
Temos do enunciado que:
10 10


x 1 2x
2x = x + 1 x = 1 (convm) ou
2x + x + 1 = 10 x = 3 (convm)
2)
a)
b)
c)

Sendo A = {a, b, c, d, e}, calcular:


o nmero de subconjuntos de trs elementos, sem o elemento a;
o nmero de subconjuntos de trs elementos, com o elemenlo a;
o nmero total de subconjuntos de trs elementos.

Soluo
a) Como a no participa, devemos escolher 3 elementos entre {b, c, d, e}. Assim :

C 4,3

4!
4 modos
3 !1!

b)Como a j foi escolhido, resta escolher 2 elementos entre {b,c,d,e} .Assim:


4!
C4,2
6 modos
2 ! 2!
c) O nmero total :

C 5, 3

5!
10 subconjuntos
3! 2!

OBSERVAO: C4,2 + C4,3 = C5,3 ou

Matemtica

306

Livraria Multimarcas
4 4 5
relao de Stifel
2 3 3
x 1 x 4

3) Resolver a equao
2 1 2
Soluo:
Comparando com a relao de Stifel:
n n n 1


vem:
p p 1 p 1
4 4 5
x = 4, pois
1 2 2
S = {4}
Exerccios
1) Resolva a equao C8, 2x + 5 = C8, 3x -2.
2) Complete:
1
1
1
1
2
1
1
3
3
1
4
6
1
5
10
-

1
4
10
-

1
5
-

1
-

3) Complete:
5 5
a)
2 3 3
7 8
b)
3 4
c)

10 10

2 3

4) Resolva em x a equao:
n n
x (n lN, n 3)
2 3

14 14
so:
5) Os valores de x na equao
x 2x 1
a) x = 3 ou x = 4 b) x = 2 ou x = 6
c) x = 1 ou x = 5
d) x = 7 ou x =13
e) x =2 ou x = 5
8 8
6) Com base na relao de Stifel podemos afirmar que igual a:
3 4
9
8
8
a)
c)
e)
3
6
7
8
b)
5

Matemtica

9
d)
4

307

Livraria Multimarcas
m
7) Sabendo que = 21, temos:
2
a) m = 6
b) m = 7
c) m = 8
d) m = 9

e) m = 5

n n

10 :
8) O valor de n que satisfaz a condio
n - 1 n - 2
a) 3
b) 5
c) 4
d) 10 e) n.d.a.
n n 1 n 1

:
9) O conjunto de todos os inteiros n que verificam a igualdade
3 3 2
a) {3}
b) {3, 5}
c) {3, 4, 5}
d) lN
e) {n lN | n > 3 }
10) Sendo C10, p - 3 = C10, p + 3, ento p igual a:
a) 5
b) 6
c) 7
d) 8
e) 9

m 1
10 e
11) Se
p 1
a) 40

b) 45

55 e, ento
m - p
c) 50

d) 55

m
= 6 e m > 2, ento
12) Se
m - 1
5
25
17
a)
b)
c)
d)
2
16
16

m 1

igual a:
p

e) 60
2

0 ! igual a:

m - 2

1
1
e)
2
16

m m m 1

igual a:
13)
p p 1 p 2

m
a)
p

m 2

c)
p 1

m 1

b)
p 1

m 2

d)
p

m 2

e)
p 2

BINMIO DE NEWTON
Frmula do binmio de Newton:
0
(x + a) = 1
1
(x + a) = 1x + 1a
2
2
2
(x + a) = 1x + 2xa + 1a
3
3
2
2
3
(x + a) = 1x + 3x a + 3xa + 1a
N

Observe que os coeficientes de (x+a) constituem os elementos da linha de numerador n do tringulo de


Pascal. Assim:
0
0
(x + a) =
0

1
1
1
(x + a) = x1 a0 x0a1
0
1

Matemtica

308

Livraria Multimarcas
2
2
2
2
(x + a) = x2a0 x1a1 x0a2
0
1
2
3
3
3
3
3
( x +a) = x3a0 x2a1 x1a2 x0a3
0
1
2



3
4
4
4
4
4
4
(x+a) = x4a0 x3a1 x2a2 x1a3 x0a4
0
1
2
3
4
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Generalizando:

Para todo n lN :
n
n
n
n
x an xna0 xn1a1 xn2a2 ... x0an
Aplicaes
0
1
2



n
3

1) Desenvolver (2x + y) .
Soluo:

2x y 3

3
3
3
3
2x 3 y 0 2x 2 y1 2x 1y 2 2x 0 y 3
0
1
2



3
8x 3 12x 2 y 6xy2 y 3
4

2) Desenvolver (x - a) .
Soluo:

x 44 x a4

4 4
4
x a0 x 3 a1
0
1
4
4
4
x 2 a2 x1 a 3 x 0 a4
2
3
4
x 4 4x 3a 6x 2a2 4xa3 a4
3) Obter a e b, reais, no sistema:
Soluo:
a b 4

5 3 2 5 2 3 5 1 4
5 5 4
5
a 1 a b 2 a b 3 a b 4 a b b 32



Temos:

a b 4
5
5 3 2 5 2 3 5 1 4

5 0 5 4
a b a b a b a b a b
1
2
3
4
0
5
a0b5 32
5

a b 4
a b 4

a b 32 a b 2
2a
6

a3

Substituindo, vem: 3 + b = 4 b = 1
4) Demonstrar que:

Matemtica

309

Livraria Multimarcas
n n n
n
... 2n, n lN
0 1 2
n
Soluo:
1. membro:
n n n
n
...
0 1 2
n

n n 0 n n1 1 n n2 2
n
1 1 1 1 1 1 ... 10 1n
0
1
2
n
n

= ( 1 +1) = 2 :

EXERCCIOS
1) Desenvolva:
4
a) (x + 2)
3
b) (2x + 3y)

c) x 2
x

5
d) ( x + 1 )

2.
membro

c.q.d.

e) ( x 2 )
3
f) (2x - 3y)

g) x 2
x

5
h) ( x - 1 )

2) Sabendo-se que:
5
5
5
5
a a4b a3b2 a2b3 ab4 b5 1024
1
2
3



4
2
calcule (a + b) .
5

3) D a soma dos coeficientes de desenvolvimento do binmio (5x y - 3a) . Sugesto: fazer x = y = a = 1.


20

4) Obtenha a soma dos coeficientes de desenvolvimento de (5x - 6y + 2) .


5) Sendo:
20 20
20
20
20
S 2 22 ... 219 220 , tem-se que:
0 1
2
19
20
40
22
a) S = 2
c) S = 20
e) S = 20!
10
20
b) S =9
d) S = 20
n

6) A soma dos coeficientes do desenvolvimento de (a + b) 1024. O valor de n :


a) 8
c) 10
e) 12
b) 9
d) 11

18 18 18
18
7) A soma 1 ... :
1 2 3
18
a) zero
d) um nmero mpar
18
b) 2
e) um nmero negativo
c) 1
TERMO GERAL
Observe que no desenvolvimento:
n
n
n
x an xna0 xn1a1 xn2a2 ...
0
1
2
n
n
... xnpap ... x 0an
p
n
sendo p e n nmeros naturais, todos os termos so do tipo:

Matemtica

310

Livraria Multimarcas
n
T xnpap
p

0 p n

Aplicaes
4
7
1) Obter o termo em x no desenvolvimento de (x + 2) .
Soluo:
Todo termo dessa desenvolvimento da forma
7
T x7p 2p
p
4
Como pedido o termo em x , temos: 7 - p = 4 p = 3
Assim o termo vale T 7 x 4 23 7 ! 8 x 4 280x4
3

3! 4!

2) Dar o coeficiente do termo em x no desenvolvimento de ( 3 x ) .


8
8
Soluo: ( 3 x ) = [ 3 +( - x )]
o termo geral fica: T 8 38 p x p 8 38 p 1p x p
p
p


5

Para se obter o termo em x , p = 5; o coeficiente desse termo vale:

8 85
8! 3
5
3 1 . x5
3 1. x5 1512. x5
5!3!
5
1

0
3) Obter o termo independente de x ( x ) no desenvolvimento de 2x
x

Soluo:

6
1
6
6
T 2x 6p 26 p x 6p x p 26 p x 62p
p
x
p
p
Para se obter o termo independente de x, devemos igualar o expoente de x a zero. Assim :

p=3
6
6!
8 160
Ento : T 23
3
3
! 3!

6 - 2p = 0

4) Desenvolvendo o binmio (2x 1)


termo.
Soluo:

10

segundo potncias de expoentes decrescentes de x, obter o 5

10
T 2x 10 p 1p
p
o primeiro termo tem p = 0
o segundo termo tem p = 1
observe que:
................................
o quinto termo tem p = 4
10
10 !
64 x 6 13440x 6
Assim: T 2x 6 14
6! 4!
4
Exerccios
6
8
1) Obtenha o termo em x no desenvolvimento de (3x + 1) .

-4
2) Obtenha o termo em x no desenvolvimento de 2
x

Matemtica

311

Livraria Multimarcas
2

2
3) D o coeficiente do termo x no desenvolvimento de 3x
x

4) Obtenha o termo independente de x no desenvolvimento de x .


x

5) Ache o termo independente de x no desenvolvimento de 3x

x3

6) No desenvolvimento de 1 , feito segundo expoentes decrescentes para x, calcule o 4. termo.


2
6

7) Desenvolvendo (2x + y) e ordenando segundo expoente crescente de x, qual o valor do termo mdio?
6

1
1

8) Obtenha o termo independente de x no desenvolvimento de x x .


x
x

1
1
1

Sugesto: x x x 2

x
x

x2

9) O termo mdio do desenvolvimento de(x - 2) ;


3
3
a) - 160x
c)-80x
e) n.d.a.
2
3
b) 8x
d) 160x
6

10) o coeficiente de x no desenvolvimento de (x + 2)


10
10
10
a) 26
c) 24
e) 25
6
2
5

10
b) 24
4

10

10
d) 25
4
5

11) Um dos termos do desenvolvimento de(x + 3a) 360x . Sabendo que a no depende de x, o valor de a
;
a) 1
c) 3
e) 5
b) 2
d) 4
m

12) O 4 termo do desenvolvimento de (x + a) ser

3
2
2
b) m = 6 e a =
3
c) m = 6 e a = 2
a) m = 6 e a =

160 3
x se :
27

d) m = 6 e a = 3
e) m = 3 e a =

3
2

RESPOSTAS
Nmeros binomiais
1) S ={1}
2) 1
6
15
1
7
21
1
8
28
5 5 6
3) a)
2 3 3

Matemtica

20
35
56

15
35
70

312

6
21
56

1
7
28

1
8

Livraria Multimarcas

4)
5)
6)
7)
8)
9)
10)
11)
12)
13)

7 7 8
b)
3 4 4
10 10 11
c)
2 3 3
3
S=
, n lN, n 3
N 2
c
d
b
c
e
a
b
b
e

Binmio de Newton

a)

4 4 0 4 3 1 4 2 2 4 1 3
x a x a x a x a
0
1
2
3
4
x 0 a 4 x 4 8 x 3 24 x 2 32 x 16
4

3
3
3
2x 2 3y 0 2x 2 3y 1 2x 13y 2
0
1
2
b)
3
2x 0 3y 3 8x 3 36x 2 y 54xy 2 27y 3
3

3 2 3 1 3 2 2 1 3 2 1 1
x x x
x 1
x 2
x
0

c)

d)

e)

f)

3
01
1
x 2 x 6 3x 3 3 3
x
x
3
5 5 0 5 4 1 5 3 2 5 2 3
x 1 x 1 x 1 x 1
0
1
2
3

5
5
x 114 x 0 15 x 5 5 x 4 10 x3 10 x 2 5 x 1
4
5
4 4
4
4
0
1
2
x 2 x 3 2 x 2 2
0
1
2
4
4
3
4
x 1 2 x 0 2
3
4


4
3
2
x 8 x 24 x 32 x 16
3
3
2
0
2
1
2 x 3 y 2 x 3 y
0
1

3
3
1
2
0
3
2 x 3 y 2 x 3 y
2
3
8 x 3 36 x 2 y 54 xy 2 27 y 3

Matemtica

313

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3 2 3 1 3 2 2 1
x x
x 1
x
0

3 2 1 1 3 2 0 1
g) x x

x 3
x
2
1
x 6 3x 3 3 3
x

5 5
5
5
5
x 10 x 4 11 x 3 12 x 2 13
0
1
2
3
5
5
h) x1 14 x 0 15
4
5
x5
1)
2)
3)
4)
5)
6)

5x 4 10x 3 10x 2 5x 1
16
32
1
b
c
a

Termo Geral
6
1) 20 412 x
-4
2) 280x
3) 4 860
4) 70
5) 510 300
5 2
6)
x
2
3 3
7) 160 x y
8) 20
9) a
10) b
11) b
12) b

CONJUNTO DOS NMEROS REAIS (R)


CORRESPONDNCIA ENTRE NMEROS E PONTOS DA RETA, ORDEM, VALOR ABSOLUTO
H nmeros que no admitem representao decimal finita nem representao decimal infinita e peridico,
como, por exemplo:
= 3,14159265...

2 = 1,4142135...
3 = 1,7320508...
5 = 2,2360679...
Estes nmeros no so racionais: Q, 2 Q, 3 Q, 5 Q; e, por isso mesmo, so chamados
de irracionais.
Podemos ento definir os irracionais como sendo aqueles nmeros que possuem uma representao
decimal infinita e no peridico.
Chamamos ento de conjunto dos nmeros reais, e indicamos com R, o seguinte conjunto:
R= { x | x racional ou x irracional}
Como vemos, o conjunto R a unio do conjunto dos nmeros racionais com o conjunto dos nmeros
irracionais.

Matemtica

314

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Usaremos o smbolo estrela (*) quando quisermos indicar que o nmero zero foi excludo de um conjunto.
Exemplo: N* = { 1; 2; 3; 4; ... }; o zero foi excludo de N.
Usaremos o smbolo mais (+) quando quisermos indicar que os nmeros negativos foram excludos de um
conjunto.
Exemplo: Z+ = { 0; 1; 2; ... } ; os negativos foram excludos de Z.
Usaremos o smbolo menos (-) quando quisermos indicar que os nmeros positivos foram excludos de um
conjunto.
Exemplo: Z = { . .. ; - 2; - 1; 0 } ; os positivos foram excludos de Z.
Algumas vezes combinamos o smbolo (*) com o smbolo (+) ou com o smbolo (-).
Exemplos
Z * = ( 1; 2; 3; ... ) ; o zero e os negativos foram excludos de Z.
Z * = { ... ; - 3; - 2; - 1 } ; o zero e os positivos foram excludos de Z.
Exerccios resolvidos
1. Completar com ou :
a)

g)

Q*

b)

*
Z

h)

c)

3,2

i)

22

d)

1
4

j)

e)

4
1

k)

R-

f)

Z *
Z
Z

Q-

Resoluo
, pois 5 positivo.

, pois 5 positivo e os positivos foram excludos de Z *


3,2 no inteiro.
1
, pois no inteiro.
4
4
, pois = 4 inteiro.
1
, pois

2 no racional.

, pois

3 no racional

, pois

4 = 2 racional

, pois

22

, pois

2 real.

4 2 positivo, e os positivos foram excludos de Q .

, pois

4 = 2 positivo, e os positivos foram excludos de R


2. Completar com ou :
a) N

Matemtica

Z*

d) Q

315

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b) N

*
e) Q

Z+

*
R+

c) N
Q
Resoluo:

, pois 0 N e 0 Z * .
, pois N = Z
, pois todo nmero natural tambm racional.
, pois h nmeros racionais que no so inteiros como por exemplo,

2
.
3

, pois todo racional positivo tambm real positivo.


Exerccios propostos:
1. Completar com ou
a)

g)

7
1

Q *

b)

N*

h)

c)

i)

72

d) 7

j)

R*

e) 7

f)
2. Completar com ou
a) 3
Q
b) 3,1
Q
c) 3,14
Q

1
7

d)
Q
e) 3,141414... Q

3. Completar com ou :

*
Z

N*

*
d) Z

e) Z

R+

4. Usando diagramas de Euler-Venn, represente os conjuntos N, Z, Q e R .


Respostas:
1. a)
e)
i)
f)
b)
j)
g)
c)
h)
d)
2.

3.

a)
b)

c)
d)

e)

a)
b)

c)
d)

e)

Matemtica

316

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4.

Reta numrica
Uma maneira prtica de representar os nmeros reais atravs da reta real. Para constru-la, desenhamos
uma reta e, sobre ela, escolhemos, a nosso gosto, um ponto origem que representar o nmero zero; a seguir
escolhemos, tambm a nosso gosto, porm direita da origem, um ponto para representar a unidade, ou seja,
o nmero um. Ento, a distncia entre os pontos mencionados ser a unidade de medida e, com base nela,
marcamos, ordenadamente, os nmeros positivos direita da origem e os nmeros negativos sua esquerda.

EXERCCIOS
1. Dos conjuntos a seguir, o nico cujos elementos so todos nmeros racionais :
a)

1
,

c)

, 0,
1,
7

b)
d)
2. Se

3,
0,

2, 3, 5, 4 2

2,

4, 5, 7

2, 2, 0

9,

5 irracional, ento:

5 escreve-se na forma

m
, com n 0 e m, n N.
n

5 pode ser racional


5 jamais se escreve sob a forma

m
, com n 0 e m, n N.
n

2 5 racional
3. Sendo N, Z, Q e R, respectivamente, os conjuntos dos naturais, inteiros, racionais e reais, podemos
escrever:
a) x N x R
c) Z Q
b) x Q x Z
d) R Z
4. Dado o conjunto A = { 1, 2, 3, 4, 5, 6 }, podemos afirmar que:
x A x primo
x A | x maior que 7
x A x mltiplo de 3
x A | x par
nenhuma das anteriores
5.

6.

Assinale a alternativa correta:


Os nmeros decimais peridicos so irracionais
Existe uma correspondncia biunvoca entre os pontos da reta numerada, e o conjunto Q.
Entre dois nmeros racional existem infinitos nmeros racionais.
O conjunto dos nmeros irracionais finito
Podemos afirmar que:

Matemtica

317

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a)
b)
c)
d)

todo real racional.


todo real irracional.
nenhum irracional racional.
algum racional irracional.

a)
b)
c)
d)

Podemos afirmar que:


entre dois inteiros existe um inteiro.
entre dois racionais existe sempre um racional.
entre dois inteiros existe um nico inteiro.
entre dois racionais existe apenas um racional.

a)
b)
c)
d)

Podemos afirmar que:


a, b N a - b N
a, b N a : b N
a, b R a + b R
a, b Z a : b Z

7.

8.

9.

Considere as seguintes sentenas:


I)
7 irracional.
0,777... irracional.
2
a)
b)
c)
d)

10.

2 racional.
Podemos afirmar que:
l falsa e II e III so verdadeiros.
I verdadeiro e II e III so falsas.
I e II so verdadeiras e III falsa.
I e II so falsas e III verdadeira.

Considere as seguintes sentenas:


I) A soma de dois nmeros naturais sempre um nmero natural.
II) O produto de dois nmeros inteiros sempre um nmero inteiro.
III) O quociente de dois nmeros inteiros sempre um nmero inteiro.
Podemos afirmar que:
a) apenas I verdadeiro.
b) apenas II verdadeira.
c) apenas III falsa.
d) todas so verdadeiras.

11. Assinale a alternativa correta:


a) R N
c) Q N
b) Z R
d) N { 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6 }
12. Assinale a alternativa correto:
a) O quociente de dois nmero, racionais sempre um nmero inteiro.
b) Existem nmeros Inteiros que no so nmeros reais.
c) A soma de dois nmeros naturais sempre um nmero inteiro.
d) A diferena entre dois nmeros naturais sempre um nmero natural.
13. O seguinte subconjunto dos nmeros reais

Matemtica

318

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a)
b)
14.

escrito em linguagem simblica :


{ x R | 3< x < 15 } c) { x R | 3 x 15 }
{ x R | 3 x < 15 } d) { x R | 3< x 15 }

Assinale a alternativa falsa:


R* = { x R | x < 0 ou x >0}
b) 3 Q
c) Existem nmeros inteiros que no so nmeros naturais.

a representao de { x R | x 7 }

d)
15.

O nmero irracional :
a)

0,3333...

e)

b)

345,777...

d)

16.

O smbolo
a)
b)

4
5
7

R representa o conjunto dos nmeros:

reais no positivos
reais negativos

c) irracional.
d) reais positivos.

17. Os possveis valores de a e de b para que a nmero a + b 5 seja irracional, so:


a)

a = 0 e b=0

c)

a=1eb=

18.

c) a = 0 e b =

d) a =

16 e b = 0

Uma representao decimal do nmero


a)
b)

5 :

0,326... c) 1.236...
2.236... d) 3,1415...

19. Assinale o nmero irracional:


a) 3,01001000100001... e) 3,464646...
b) 0,4000...
d) 3,45
20. O conjunto dos nmeros reais negativos representado por:
a) R*
c) R
b) R_
d) R*
21. Assinale a alternativo falso:
a) 5 Z
b) 5,1961... Q
5
c) Q
3
22. Um nmero racional compreendido entre
a)

3,6

6
3
23.

c)

3. 6
2

d)

3 6
2

3 e

6 :

Qual dos seguintes nmeros irracional?


a)

125

Matemtica

c)

27

319

Livraria Multimarcas
b)

24.

d)

169

a representao grfica de:


{ x R | x 15 } b) { x R | -2 x < 4 }
c) { x R | x < -2 }
d) { x R | -2< x 4 }
RESPOSTAS
1) d
5) b
2) c
6) c
3) a
7) b
4) e
8) c

9) b
10) c
11) b
12) c

13) b
14) d
15) d
16) b

17) c
18) b
19) a
20) b

21) b
22) b
23) c
24) d

EXERCCIOS DE MATEMTICA FINANCEIRA


http://nelsonco1.sites.uol.com.br/RevMatFin.htm
Qual a quantia que aplicada a 4,7% ao ms produz os mesmos juros simples que R$52.000,00 taxa de
2,35% tambm ao ms, durante o mesmo prazo?
Resposta: C = R$26.000,00 , para " n " = 1.
O preo de um bem em janeiro era R$500,00. Calcular seu preo ao final de junho, sabendo-se que as
correes monetrias mensais nesse perodo foram, respectivamente: 1,07% , 0,99% , 1,30% , 1,22% e 0,88%
.
Resposta: S = R$527,90
Se desejo ter poupado R$10.000,00 em um ano, qual a quantia inicial que preciso depositar, sabendo que a
rentabilidade de 0,5% ao ms?
Resposta: C = R$9.419,05
Se o custo de oportunidade de 14,47% a.a., qual a quantia mnima que voc pode aceitar hoje para abrir mo
de receber R$12.000,00 daqui a 3 anos?
Resposta: C = R$8.000,30
A inflao em um determinado pas atingiu, em janeiro, 25,83% no ms. Se essa taxa se repetir em todos os
meses do ano, de quanto ser a inflao acumulada no perodo?
Resposta: i = 1.475,47% ao ano
O preo atual de um bem R$50.700,00. Deflacionar esse preo, sabendo-se que ele sofreu as seguintes
correes monetrias: 1,5% , 2,2% , 1,8% e 1,6% .
Resposta: C = R$47.255,19
Uma empresa constatou atravs de seus registros que vem obtendo, em mdia, uma lucratividade sobre o
Patrimnio Lquido de 6,0% ao ano. Deseja-se saber em quantos anos conseguir recuperar, integralmente,
seu investimento prprio, caso seja mantida essa rentabilidade.

Matemtica

320

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Resposta: n = 11,9 anos
Uma indstria orou em termos anuais uma despesa de R$120.000,00 para aquisio de combustvel.
Supondo um consumo constante e um aumento de 4,0% ao ms no litro do produto, calcular os valores
mensais a serem alocados nessa rubrica.
Resposta: R1 = R$ 7.986,26
Uma pessoa deseja constituir uma poupana em 3 anos. Para isso, faz depsitos mensais antecipados de
o
o
o
R$200,00 no 1 ano, R$300,00 no 2 ano e R$400,00 no 3 ano. Calcular o montante, sabendo-se que os juros
so de 0,5% ao ms.
Resposta: S = R$11.643,97
O capital de R$6.000,00 foi aplicado taxa de 12,0% ao semestre, pelo prazo de 3 anos. O montante
constitudo ao fim de cada semestre sofreu as seguintes correes monetrias: 0,8% , 0,9% , 0,8% , 1,0% ,
0,9% e 1,0%. Qual o valor resgatado?
Resposta: S = 12.496,99
Comprei um imvel por R$80.000,00. Paguei 30,0% vista e financiei o restante em 180 prestaes mensais e
consecutivas taxa de 10,5% a.a. Quanto pagarei a cada ms?
Resposta: R = R$602,68
Determine a taxa efetiva anual correspondente taxa nominal de 32,38% ao ano, capitalizada semestralmente.
Resposta: i = 35,00% a.a.
Apliquei hoje R$2.000,00 a 3,5% ao ms. No fim de 10 meses qual ser a quantia resgatada?
Resposta: S = R$2.821,20
Quatro promissrias de R$3.200,00 tm de ser pagas em 30, 60, 90 e 120 dias. O banco prope um nico
pagamento hoje a uma taxa de desconto de 7,0% ao ms. Calcular o valor necessrio para quitar as
promissrias.
Resposta: C = R$10.839,07
Calcule a taxa mensal equivalente a 36,10% ao ano.
Resposta: i = 2,60% a.m.
Calcular as seguintes incgnitas:
C = R$750,00 ; i = 10,0% am ; n = 13 meses; S=? R$2.589,20
S = R$1.800,00 ; i = 15,0% am ; n = 9 meses; C=? R$511,67
C = R$9.500,00 ; i = 7,8% am ; n = 7 meses ; R=? R$1.812,23
R = R$1.500,00 ; i = 6,0 % am ; n = 6 meses ; S= ? R$10.462,98
C = R$1.800,00 ; i = 4,0% am ; S = R$5.838,12 ; n=? 30 meses

Matemtica

321

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R = R$3.000,00 ; i = 12,0% am ; n = 8 meses ; C=? R$14.902,92

Se pretendo poupar R$20.000,00 em um ano, qual o valor mensal que preciso depositar, sabendo que a
rentabilidade de 0,7% ao ms?
Resposta: R = R$1.603,47
Uma empresa contraiu um emprstimo de R$25.000,00 para pagar em 5 anos. Sabendo que o juro cobrado
de 17,00% ao ano, com capitalizao mensal, qual a prestao a ser paga?
Resposta: R = R$605,34
Daqui a 15 meses pretendo comprar um veculo de R$18.000,00. Atualmente j possuo R$7.500,00. Mantendo
este recurso e os depsitos mensais que pretendo fazer aplicados taxa constante de 0,9% ao ms, quanto
preciso depositar mensalmente?
Resposta: R = R$589,45
Com uma prestao fixa de R$350,00, qual a quantia que posso financiar por 6 meses, consideranto uma taxa
de juros de 3,5% ao ms?
Resposta: C = R$1.864,99
Uma televiso custa R$1.200,00 . Para adquir-la em 12 parcelas de R$100,00, taxa de 4,0% ao ms, quanto
precisarei dar de entrada?
Resposta: C = R$261,49
Calcular o prazo necessrio para triplicar, em termos reais, um valor depositado em caderneta de poupana
(juros de 0,5% ao ms).
Resposta: n = 220,3 meses
Se um banco trabalha com uma taxa de juros do cheque especial de 9,80% ao ms, qual a sua taxa bruta real,
cobrada do cliente, se a inflao anual de 8,5%?
Resposta: i = 9,06% ao ms
Supondo que sua empresa empresta dinheiro, e sabendo que o Conselho de Poltica Monetria - COPOM fixou
a Taxa Bsica de Juros do Banco Central em 49% ao ano e que deseja um juro real de 2% ao ms nas suas
operaes financeiras, qual a taxa mensal de juros a ser praticada?
Resposta: i = 5,45% ao ms
Qual o SPREAD de um banco que empresta dinheiro taxa de 4,5% ao ms, considerando que seu custo de
captao de 45% ao ano?
Resposta: i = 1,31% ao ms
Uma empresa tem como taxa de atratividade, em termos reais, 45% ao ano. Entretanto, necessrio para
determinado negcio que seja estabelecida uma taxa pr-fixada. O gerente financeiro consulta dois bancos a
respeito das taxas praticadas:

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Banco A Banco B
=> Pr-fixada: 70% ao ano 65% ao ano
=> Ps-fixada: 3,8% a.m. + TR 3,5% a.m. + TR
Supondo que a variao da TR corresponda a inflao e que seria razovel trabalhar com a mdia da previso
da TR pelos dois bancos, qual seria a taxa de atratividade pr-fixada pela empresa?
Resposta: 57,94% ao ano

O reajuste dos juros pelo Banco Central elevou o custo de captao do dinheiro para a sua empresa, que
empresta dinheiro, para 4,47% ao ms. Sabendo que seus acionistas exigem rentabilidade anual de 15%, qual
a taxa de juros mensal que sua empresa deve praticar, desprezando-se os demais custos?
Resposta: i = 5,69% ao ms
Qual a taxa mensal mnima para aplicar em CDB que seria melhor do que a taxa da poupana, considerando
TR de 13% ao ano? (2 pontos)
Resposta: i = 1,53% a.m.
Qual o SPREAD mensal de um banco que empresta dinheiro em Hot Money taxa de 2,50% ao ms e capta
em CDB a 17,82% ao ano?
Resposta: i = 1,11% a.m.
Qual o valor vista de um imvel anunciado sob as seguintes condies de pagamento: 30% de entrada; 180
prestaes mensais de R$780,00 e 10 bales semestrais de R$5.000,00? Considere juros mensais de 1,2%.
Resposta: C = R$131.219,71
Considerando que a TR dos meses de janeiro a junho foi de 0,25%, 0,42%, 0,33%, 0,41%, 0,29% e 0,50%.
Qual a taxa da Poupana acumulada no semestre?
Resposta: i = 5,33% a.s.
Qual a taxa de desconto que uma loja deve oferecer nas suas vendas vista, para que seja indiferente vender
vista ou a prazo, sabendo que o seu custo de oportunidade de 4,5% ao ms e suas vendas a prazo
acontecem na modalidade "1 + 4 vezes" ?
Resposta: i = 8,25%
Qual a melhor opo de compra, considerando taxa de atratividade de 3% ao ms?
vista, com 10% de desconto;
a prazo, com uma entrada de 30%, mais duas parcelas iguais; ou
sem entrada, em dois pagamentos iguais.
Resposta: vista, pois vpl de a = 90 ; b = 96,97 ; c = 95,67
Qual a taxa mensal de juros, lquida, de uma loja que financia seus produtos ao consumidor taxa de 80% ao
ano, e desconta seus cheques ps-datados taxa de 4,5% ao ms?

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Resposta: i = 0,50% a.m.
Qual a taxa de desconto a ser concedida na venda vista de um produto que pode ser comprado a prazo com
R$150,00 de entrada, mais 4 parcelas mensais de R$150,00. Considere que a loja tem um custo de
oportunidade de 5% ao ms.
Resposta: i = 9,08%

INFORMAES TEIS

INCGNITAS
CAPITAL (C, VP): o motivo principal de todo o estudo financeiro. Representa um valor monetrio no
momento inicial de uma operao financeira.
JUROS ( j ): o valor recebido ou pago por um aplicador ou tomador de uma operao financeira, alm do
capital, decorrido um determinado prazo.
TAXA ( i ): a razo entre os juros pagos ou recebidos e o capital tomado ou investido em uma aplicao
financeira.
PRAZO ( n ): o tempo total de exposio do capital em uma operao financeira.
MONTANTE ( S ): o valor monetrio decorrente do somatrio do capital e dos juros ao final de um perodo de
capitalizao.

TIPOS DE CAPITALIZAO
SIMPLES : nesta modalidade de operao financeira o capital inicial sempre a base de clculo, no havendo
acumulao dos juros.
S = C . (1 + in) ; j = C.i.n
COMPOSTA: nas operaes financeiras desta natureza, a cada perodo de capitalizao, os juros so
acumulados ao capital inicial, formando estes (Capital + juros) o novo capital inicial do perodo de capitalizao
subsequente. o chamado "juros sobre juros".
S = C . (1 + i)

TIPOS DE TAXAS DE JUROS


NOMINAL aquela declarada nos contratos de operaes financeiras; nem sempre a efetivamente praticada.
Ex. Poupana: 0,5% am 6,0% aa
PROPORCIONAL: a taxa relativa a um perodo de capitalizao que aplicada a um determinado capital, por
um prazo de aplicao "n", resulta num montante de igual valor quele decorrente da aplicao de outra taxa,
com perodo de capitalizao diferente da primeira, pelo mesmo prazo "n", no regime de juros simples.

Matemtica

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Ex. 6,0% am = 72,0% aa
EQUIVALENTE: idem, idem, no regime de capitalizao composta.
Ex. 6,0% am = 101,22% aa
EFETIVA: a taxa realmente praticada numa operao financeira.
Ex. 6,0% aa com capitalizao mensal
6,0%/12 = 0,5% am = 6,17% aa
O juro a remunerao pelo emprstimo do dinheiro. Ele existe porque a maioria das pessoas prefere o
consumo imediato, e est disposta a pagar um preo por isto. Por outro lado, quem for capaz de esperar at
possuir a quantia suficiente para adquirir seu desejo, e neste nterim estiver disposta a emprestar esta quantia a
algum, menos paciente, deve ser recompensado por esta abstinncia na proporo do tempo e risco, que a
operao envolver.
O tempo, o risco e a quantidade de dinheiro disponvel no mercado para emprstimos definem qual dever ser a
remunerao, mais conhecida como taxa de juros.
O governo quando quer diminuir o consumo, tentando com isso conter a inflao, diminue a quantidade de
dinheiro disponvel no mercado para emprstimos. Assim, a remunerao deste emprstimo fica muito alta para
quem paga, desmotivando-o a consumir imediatamente e atraente para quem tem o dinheiro, estimulando-o a
poupar.
Na poca de inflao alta, quando a caderneta de poupana pagava at 30% ao ms, alguns tinham a falsa
impresso de que logo ficariam ricos, com os altos juros pagos pelo banco. O que no percebiam que,
dependendo do desejo de consumo, ele poderia ficar cada vez mais distante, subindo de preo numa proporo
maior que os 30% recebidos.
A taxa de juros que o banco cobra e paga inclui, alm de tens como o risco e o tempo de emprstimo, a
expectativa de inflao para perodo.
Esta taxa, quando vem expressa por um perodo que no coincide com o prazo de formao dos juros
(capitalizaes), chamada de taxa nominal. Ex.: 15% ao ano, cujos juros so pagos mensalmente. Nestes
casos precisamos calcular a taxa efetiva, que ser a taxa nominal dividida pelo nmero de capitalizaes que
inclui, acumulada pelo prazo de transao.
A remunerao real, ou taxa real de uma aplicao ser calculada excluindo-se o percentual de inflao que a
taxa efetiva embute.
Taxa Efetiva. a taxa de juros em que a unidade referencial de seu tempo coincide com a unidade de tempo
dos perodos de capitalizao. a taxa utilizada nas calculadoras financeiras, como a HP-12C. Uma taxa de 10
% ao ano, capitalizados anualmente, uma taxa efetiva.
Taxas proporcionais. So taxas de juros dadas em unidades de tempo diferentes que, ao serem aplicadas a
um mesmo principal (capital) durante um mesmo prazo, produzem um mesmo montante acumulado no final
daquele prazo, no regime de juros simples.
Taxas equivalentes. So taxas de juros dadas em unidades de tempo diferentes que ao serem aplicadas a um
mesmo principal durante um mesmo prazo produzem um mesmo montante acumulado no final daquele prazo,
no regime de juros compostos.
Taxa nominal. a taxa de juros em que a unidade referencial de seu tempo no coincide com a unidade de
tempo dos perodos de capitalizao. A taxa nominal sempre fornecida em termos anuais, e os perodos de
capitalizao podem ser semestrais, trimestrais, mensais ou dirios.
A taxa nominal, mesmo sendo bastante usada no mercado, no deve ser usada nos clculos financeiros, no
regime de juros compostos. No entanto, toda taxa nominal traz em seu enunciado uma taxa efetiva implcita.

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Por exemplo: uma taxa nominal de 12% ao ano capitalizados mensalmente corresponde a uma taxa efetiva de
12% : 12 = 1% ao ms.
A taxa aparente (chamada de nominal nas transaes financeiras e comercial) aquela que vigora nas
operaes correntes.
A taxa real calculada depois de serem expurgados os efeitos inflacionrios.
As taxas aparente e real relacionam-se da seguinte forma:
onde i = taxa aparente
i r = taxa real
I = taxa da inflao
(1+i)=(1+it)(1+I)
A Taxa Interna de Retorno (IRR) de um fluxo de caixa um objeto matemtico que fornece a taxa real de
juros em uma operao financeira, conhecidos os lanamentos nos seus devidos momentos de realizao.
Desconto
Desconto o abatimento no valor de um ttulo de crdito que pode ser:
* Letra de cmbio
* Fatura
* Duplicata
* Nota promissria
Este desconto obtido quando o mesmo resgatado antes do vencimento do compromisso.
O valor do ttulo no dia do vencimento chamado de : valor nominal e este vm declarado no mesmo.
O valor do ttulo em uma data anterior ao vencimento da fatura chamado de : valor atual.
O valor atual menor que o valor nominal
Desta forma, o valor atual de um ttulo qualquer a diferena entre o valor nominal (valor do ttulo) e seu
respectivo desconto.
Observe:
A = N Dc
Ou
A = N - Dr
Onde: A Valor atual
Exemplos para fixao de contedo:
Qual o valor atual atual (A) de um ttulo de uma empresa no valor de R$ 15.000,00 a 2% a.m, descontado 6
meses antes do prazo do seu vencimento?
Resolvendo:

Matemtica

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N = 15.000
I = 2% a.m = 24% a.a. (01 ano = 12 meses)
T=6
Dc = 15000 x 24 x 6 = 2160000
1200
1200
Dc= 1800
A = 15000 1800 = 13200
A = 13200
* Convenes gerais e frmulas
Observe algumas notaes:

Assim:
Como j falado anteriormente, o desconto a diferena entre o valor nominal de um ttulo (futuro) N e o valor
atual A do ttulo em questo.
D=N-A
Frmula do desconto:
Dc = N . i . t
100
* Tipos de desconto
H basicamente dois tipos de descontos:
1 Desconto comercial (por fora)
2 Desconto racional (por dentro)
1 Desconto comercial
Tambm chamado de desconto por fora, comercial, ou desconto bancrio (Dc), pode ser definido como aquele
em que a taxa de desconto incide sobre o valor nominal do ttulo, levando-se em conta o capital principal como
valor nominal N.

Matemtica

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Assim, de acordo com a frmula dada:
Dc = N . i . t
100
Onde:
Dc = desconto comercial
N = valor nominal do ttulo dado
i = taxa de desconto
t = perodo de tempo na operao
100 = tempo considerado em anos
Observaes:
a) Quando o perodo de tempo (t) for expresso no problema em dias, o tempo considerado na operao devera
ser em dias e utilizado o valor de 36000.
b) Quando o perodo de tempo (t) for expresso em meses, o tempo considerado dever ser em meses e
utilizando o valor 1200.
Exemplos para fixao de contedo:
1) Uma fatura foi paga com 30 dias antes do vencimento do prazo para pagamento. Calcule o valor do
desconto, com uma taxa de 45% a.a., sabendo-se que o valor da fatura era no valor de R$ 25.000,00.
Resolvendo:
Dados do problema
N = 25000
i = 45% a.a.
t = 30
Dc = N . i . t
36000
Dc = 25000 x 45 x 30 = 33750000 = 937,50
36000
36000
O valor de desconto de R$ 937,50.
Observe o valor 36000 na diviso, pois o tempo expresso em dias.
2) A que taxa foi calculada o
antecipadamente em 8 meses ?

Matemtica

desconto

simples de R$ 5.000,00 sobre um ttulo de R$ 35.000,00, pago

328

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Resolvendo:
Dados do problema
N = 35000
i=?
t = 8 meses
Dc = 5.000,00
Dc = N . i . t
1200
i = 1200 . Dc
N. t
I = 1200 x 5000 = 6000000 = 21,43%
35000 x 8
280000
O valor da taxa de 21,43%
Observe o valor 1200 na diviso, pois o tempo expresso em meses.
O desconto comercial pode ser expresso na frmula abaixo:
Dc = A . i . t
100 + it
2 Desconto Racional (por dentro)
chamado de desconto racional o abatimento calculado com a taxa de desconto incidindo sobre o valor atual
do ttulo, temos ento:
Dr = A . i .t
100
O qual:
Dr = valor do desconto racional na operao
A = valor atual do ttulo
i = taxa de desconto
t = perodo de tempo na operao
100 = tempo considerado em ano
Como informado no desconto por fora, no se pode esquecer do tempo em que a taxa considerada :
Ano = 100
Ms = 1200
Dias = 36000

Matemtica

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Relembrando que:
A = N Dr

Substituindo -->

Dr = N . i . t
100 + it

Exemplo para fixao de contedo:


Calcular o valor do desconto por dentro de um ttulo de R$ 16.000,00 pago 3 meses antes do vencimento com
uma taxa de 24% a.a.
Resolvendo:
Dados do problema
N = 16000
i = 24% a.a.
t = 3 meses
Dr = N . i . t
100 + it
Dr = 16000 x 24 x 3 = 1152000 = 905,66
1200 + 24 x 3
1272
O valor do desconto de R$ 905,66
http://www.juliobattisti.com.br

BIBLIOGRAFIA
Matemtica Nelson Baccaro Hlio Cyrino Editora tica SP
Matemtica GUIA INTENSIVO DE ENSINO GLOBALIZADO - 1 E 2 GRAU E VESTIBULARES - JOS
LUIZ DA COSTA - EDELBRA INDSTRIA GRFICA E EDITORA LTDA - ERECHIM RS

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