Anais V Ra Ibnec I Connec
Anais V Ra Ibnec I Connec
Anais V Ra Ibnec I Connec
Programa Cientfico
V Reunio Anual do IBNeC
02 a 04 de Outubro de 2014
Hotel Tropical Tamba
DIA 02/10/2014 - QUINTA-FEIRA
08:00 - 17:00 - CREDENCIAMENTO
SECRETARIA
09:00 - 17:00 - NEUROBRIGHT
AUDITRIO SRGIO BERNARDES
Olimpada em neuropsicologia e neurocincia comportamental
09:00 - 17:00 - CERTIFICAO EM NEUROPSICOLOGIA CLNICA
SALO JACUAM
Prova escrita
09:00 - 12:00 / 14:00 - 17:00 - CURSOS PR-REUNIO - DURAO DE 06 HORAS
SALO CABEDELO
HELENICE CHARCHART (PUC-RIO)
Novas tecnologias na avaliao e reabilitao neuropsicolgica
SALO LUCENA
GUSTAVO GAUER (UFRGS)
Tomada de deciso: da teoria ao laboratrio
SALO MANAIRA
LUIS ANUNCIAO (PUC-RIO)
Mtodos quantitativos e avaliao psicolgica
09:00 - 12:00 - CURSOS PR-REUNIO - DURAO DE 03 HRS
( permitido participar de um curso pela manh e outro pela tarde, totalizando assim 6 horas em dois cursos)
SALO LUCENA
Discusso de caso clnico
CASO 01 - LUCIANA MELLO DI BENEDETTO, ANDR LUIZ SOUSA, LAS
LOPES DE FREITAS, FERNANDA DO NASCIMENTO PADILHA, ORLANDO
BUENO, BRUNA DE OLIVEIRA JULIO, SARAH CUEVA C. S. DE ARAUJO E
CLUDIA BERLIM DE MELLO
Aspectos neuropsicolgicos de uma criana com polissomia do cromossomo X
CASO 02- GILMARA DE LUCENA LEITE
Leso do lobo frontoparietal esquerdo na infncia: estudo de caso de tumor
(astrocitoma grau I)
DEBATEDORA: IZABEL HAZIN (UFRN)
SALO MANARA
Mesa redonda: Percepes e transtornos mentais
ALINE MENDES LACERDA (ESUDA)
Percepo visual em pacientes com depresso maior
MARIA LCIA DE BUSTAMENTE SIMAS (UFPE)
Alterao na organizao sensrio perceptual na esquizofrenia e depresso
RENATA M. T. B. LYRA NOGUEIRA (UFPE)
Processamento visual em pacientes esquizofrnicos
SALO CABO BRANCO I
Mesa redonda: modelos animais para o estudo da circuitaria neural da memria
JOCIANE MYSKIW (PUC-RS)
Participao do hipocampo na memria
FLVIO FREITAS BARBOSA (UFPB)
Circuitos neurais envolvidos na memria episdica em modelos animais
SALO CABO BRANCO II
Mesa redonda: Percepo musical
JANDILSON AVELINO DA SILVA (UFPB)
Diferenas de percepo musical entre homens e mulheres
JOS LINO DE OLIVEIRA BUENO (USP-RP)
Emoes, escuta musical e percepo de tempo
12:30 - 14:00 - ALMOO
14:00 - 16:00 - SIMPSIO, SESSES CLNICAS E MESAS REDONDAS
AUDITRIO SRGIO BERNARDES
Simpsio: Neurocincias e educao
ANTNIO PEREIRA (UFRN/INSTITUTO DO CREBRO)
LIA BEVILACQUA (UFRN/INSTITUTO DO CREBRO)
DOMINGOS DINIZ (UFPA)
ANA KARLA AMORIM (UFPA)
SALO CABEDELO
Discusso de caso clnico
CASO 01- ANA LARA SOARES BLUM E DENISE GRECCA
Perfil neuropsicolgico de paciente com doena de Parkinson com depresso
CASO 02- EDUARDA NAIDEL
O impacto da avaliao neuropsicolgica na caracterizao clnica da doena de
Huntington: importncia para o estabelecimento de critrios para percia mdica e
aposentadoria
DEBATEDORA- ROSINDA OLIVEIRA (UFRJ)
SALO LUCENA
Discusso de caso clnico
CASO 01- RICARDO A. U. TOSCANO, JAYANA RAMALHO VENTURA
Avaliao e reabilitao neuropsicolgica de um adulto vtima de um traumatismo
crnio-enceflico
CASO 02- SILVIA C. DE FREITAS FELDBERG, FLVIA HELOSA DOS SANTOS,
CLUDIA BERLIM DE MELLO E ORLANDO BUENO
Avaliao da cognio numrica no contexto neuropsicolgico: uma discusso a partir
de um caso de paralisia cerebral
CASO 03- IASMIN ANDRADE GABRIG, ROSINDA MARTINS OLIVEIRA E ANA
CLUDIA BECATTINI DE OLIVEIRA
Tecnologia de converso de texto em voz na reabilitao cognitiva: aplicabilidade
clnica
DEBATEDOR- JOS NEANDER SILVA ABREU (UFBA)
SALO MANARA
Mesa redonda: Leses cerebrais na infncia: especificaes e modelos de interveno
IZABEL HAZIN (UFRN)
Avaliao e interveno neuropsicolgicas de crianas com tumores cerebrais
NAYARA ARGOLO (UFBA)
Avaliao neuropsicolgica em pacientes com doena falciforme
CLAUDIA BERLIM (UNIFESP)
Modelos de interveno em crianas com leses cerebrais
SALO CABO BRANCO I
Mesa redonda: Aprendizagem simblica em animais e bebs humanos
GERSON APARECIDO YUKIO TOMANARI (USP)
Evidncias recentes de comportamento simblico em ANIMAIS
MARIA STELLA COUTINHO DE ALCANTARA GIL (UFSCAR)
Requisitos da aprendizagem simblica: o ensino de discriminao simples para bebs
interseces
entre
neuropsicologia
10
SALO CABEDELO
Discusso de caso clnico
CASO 01- PRISCILA DO NASCIMENTO MARQUES E IZABEL SOUZA
Auto-eficcia e desempenho cognitivo: conjugando psicoterapia e reabilitao
neuropsicolgica em um caso de dificuldade de aprendizagem
CASO 02- EDUARDA PEANHA T. MOURA E GABRIELA I. S. CESRIO DE
MELLO
Reabilitao neuropsicolgica do funcionamento executivo e da ateno para melhorar
o desempenho acadmico
DEBATEDORA- ROCHELE PAZ FONSECA (PUC-RS)
SALO LUCENA
Mesa redonda: Ansiedade e seus impactos na comunicao e aprendizagem
ANNA ALICE FIGUEIREDO DE ALMEIDA (UFPB)
Ansiedade e Comunicao
CARLA ALEXANDRA DA SILA MOITA MINERVINO (UFPB)
Ansiedade e desempenho escolar
MARINE RAQUEL DINIZ ROCA (UFPB)
Ansiedade e Zumbido
SALO MANARA
Mesa Redonda: Intervenes em grupo na perspectiva cognitivo-comportamental:
experincias nos contextos da clnica-escola e hospitalar
NEUCIANE GOMES DA SILVA (UFRN)
O tratamento cognitivo comportamental em grupo com ansiosos sociais no contexto de
uma clnica-escola
SUELY SANTANA (UNICAP)
De Psi para Psi... relaxando e psicoeducando entre pares: relato de uma experincia
LEOPOLDO NELSON FERNANDES BARBOSA (FPS)
Interface entre avaliao neuropsicolgica e a terapia cognitivo-comportamental com
crianas
SALO CABO BANCO I
Mesa redonda: Investigaes sobre expresses faciais de emoes
NELSON TORRO ALVES (UFPB)
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RESUMOS
CASOS CLNICOS
DIAGNSTICO DIFERENCIAL
ENVELHECIMENTO
DE
DEPRESSO
DEMNCIA
NO
Contato: [email protected]
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ESTUDO DE CASO
1o
o
o
o
2-
DADOS DE IDENTIFICAO:
G.P.
Sexo masculino
8 anos de idade
Ensino fundamental I- Alfabetizao.
HISTRIA CLNICA PREGRESSA:
17
18
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20
5-
21
como a capacidade de se colocar no lugar do outro e analisar situao de seu ponto de vista
(teoria da mente).
Neste sentido, os dados da avaliao neuropsicolgica evidenciam que G.P dispe de
arsenal cognitivo para a superao/minimizao do evento em questo, de forma a
desenvolver todo o potencial que apresenta. Assume especial interesse a questo da
escolarizao, contando com apoio da equipe pedaggica para elaborar estratgias
interventivas e adaptar-se as limitaes do mesmo. O tratamento psicopedaggico e
fonoaudiolgico tambm de fundamental importncia no apoio destas estratgias.
Portanto, no que concerne ao tratamento, orienta-se o acompanhamento clnico e
avaliao neuropsicolgica sistemtica, de forma a monitorar o neurodesenvolvimento de
G.P, uma vez que suas estruturas cerebrais esto em transformao e em fase de
reorganizao ps-leso.
Em suma, diante do perfil neuropsicolgico, sugere-se:
1. Acompanhamento sistemtico psicoterpico e equipe multidisciplinar, com o objetivo
de elaborar estratgias para lidar com as dificuldades de aprendizagem e minimizar os
impactos destas dificuldades cognitivas e psicolgicas, tanto no dia a dia, quanto nos
processos de aprendizagem.
2. Estratgias de estudo sistemticas, com as quais seja possvel aumentar o rendimento
da criana, sem perder de vista intervalos para descanso ou resistematizao de
cronograma, quando necessrio.
3. Nova avaliao em 10-12 meses para avaliar o impacto da reabilitao sobre as
funes cognitivas do paciente e possveis mudanas comportamentais no cotidiano da
criana.
6-
Contato: [email protected]
22
23
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de histrias, pedindo que faa o reconto; necessrio que sejam oferecidas instrues
pequenas e simples e verificar se houve compreenso adequada; instru-la a organizar seu
material e brinquedos; construir com ela um cartaz de lista de tarefas que devem ser
realizadas por diariamente (utilizando figuras e palavras familiares, como o desenho de
comida e, ao lado, a palavra almoo, ou o desenho de caderno e, ao lado, a palavra
tarefa).
Contato: [email protected]
Fomento: Associao Fundo de Incentivo a Pesquisa (AFIP)
25
P. E., sexo masculino, 42 anos, casado, ensino mdio completo, agente de trnsito de
um municpio do interior da Paraba, foi encaminhado por um neurologista oito meses aps
ter sofrido um Traumatismo Crnio Enceflico (TCE), fronto-temporal esquerdo, em
detrimento de um acidente de moto, para a realizao de avaliao neuropsicolgica em
virtude de queixas de memria e descontrole de impulsos no falar. Na primeira consulta,
estava acompanhado de sua esposa, com a marcha normal, bom humor e trazia consigo um
exame de ressonncia magntica. Relatou que esquecia constantemente e facilmente as
atividades realizadas no cotidiano mesmo aquelas que estavam habituado a fazer antes do
acidente , trocava o nome das pessoas inclusive dos familiares e estava impulsivo em
dilogos interpessoais, causando constrangimento no uso inapropriado das palavras. No
intuito de conhecer o paciente e subsidiar a avaliao neuropsicolgica, foi feita uma
anamnese com informaes pregressas clnicas, histrico pessoal, familiar e psicossocial. P.
E. contou que sempre teve uma vida normal, gostava de trabalhar e de vaquejada, possua
bom relacionamento com a famlia, amigos e colegas de trabalho, no tendo apresentado at
o momento doenas neurolgicas, psiquitricas e psicolgicas. Foi montada a seguinte
bateria para avaliao neuropsicolgica: Mini Exame do Estado Mental (MEEM), Figura
Complexa de Rey, Verbal Learning Test de Rey, Neupsilin, BTN (Bateria de Testes
Neuropsicolgicos) e Teste Pictrico de Memria Visual (TEPIC-M). P. E. demonstrou um
dficit cognitivo leve de memria recente, uma vez que no conseguia reproduzir
adequadamente as figuras apresentadas, associar fisionomias a nomes e nem evocar
corretamente palavras apresentadas aps algumas repeties. Da mesma forma, foi
constatado um comprometimento leve da funo inibitria, localizada na rea pr-frontal do
crtex. Entretanto, outras funes executivas estavam preservadas: ateno e capacidade de
reconhecimento das palavras, o que evidenciou a consolidao de memria verbal
(viabilizada atravs da ala fonolgica), a qual era mais satisfatria que a memria visual
(viabilizada atravs do esboo visuo-espacial). Ento, tendo em vista os referidos prejuzos
cognitivos, foi estabelecida a seguinte proposta de reabilitao: percorrer os locais dirios
munido de um caderno para desenhar cada evento e aes tomadas, gerando dicas de
memria visual. No final do dia, P. E. deveria fazer uma redao com essas dicas (reforo da
memria grfica e visual) e, em seguida, ser lida para sua esposa por meio de um discurso
direto e informal (reforo da ala fonolgica em conjunto com as lembranas visuais). Foi
sugerido que o paciente fizesse associaes de nomes de parentes, amigos e pessoas
prximas s fotografias recentes. Alm disso, tambm foi recomendado o
acompanhamento/tratamento psicoterpico para o controle da impulsividade, inclusive com
o mesmo profissional que realizou a avaliao e a reabilitao. P. E., durante todo o
processo, mostrou-se continuamente atento, disposto e colaborativo, no sendo identificada
nenhuma dificuldade. Atualmente, o cliente retomou suas atividades laborais, h o controle
da sua impulsividade, h um desempenho satisfatrio da memria, est dirigindo sozinho
automveis e apresenta, contudo, algumas oscilaes no humor. Foram aproximadamente
cinco meses entre avaliao e reabilitao neuropsicolgica e um ano e meio de psicoterapia.
Contato: [email protected]
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AVALIAO
DA
COGNIO
NUMRICA
NO
CONTEXTO
NEUROPSICOLGICO: UMA DISCUSSAO A PARTIR DE UM CASO DE
PARALISIA CEREBRAL
FELDBERG, S.C.F.1, SANTOS, F. H.2, MELLO, C.B.1, BUENO O.F.A.1
1
27
- Teste dos cinco dgitos (Sed, 2007): Avalia a velocidade de processamento cognitivo, a
28
29
ansiedade), alem de sintomas de hiperatividade e ateno. (c) Escala EACI-P (Brito, 1987):
avalia o comportamento infantil quanto presena de Hiperatividade/Problemas de Conduta
Funcionamento Independente/Inateno Neuroticismo/Ansiedade e Socializao.
5- RESULTADOS DA AVALIAO NEUROPSICOLGICA:
Avaliao das funes cognitivas e da aprendizagem
E.L. apresenta nvel de desempenho intelectual compatvel faixa etria (percentil 30;
RAVEN e QI 96; WISC III). No que se refere memria verbal episdica, apresentou
dificuldades importantes. Por exemplo, no teste de Memria para Lista de Palavras, E.L.
apresentou indicadores de pobre habilidade de memria associada aprendizagem serial.
Observou-se, ainda, curva de aprendizagem oscilante, indicando pouco benefcio da
exposio mais contnua informao. Este prejuzo pode estar associado a oscilaes da
ateno. Em relao aos domnios avaliados pelo AWMA (memria de curto prazo
visuoespacial, memria operacional verbal e visuoespacial) o desempenho mostrou-se
mdio. No que concerne ao componente visuoespacial da memria operacional, E.L.
tambm apresentou desempenho adequado em tarefa de manipulao da informao
complexa. A manuteno e manipulao de informaes tambm mostrou-se bem
desenvolvida nas esferas verbal e visual, mas melhor nas atividades visuais.
J no que se refere habilidade de armazenamento e evocao da memria visual de longo
prazo, E.L. apresentou mais dificuldade (desempenho mdio inferior) na recordao tardia
(aps 30 minutos) da figura complexa de Rey.
No domnio da ateno, E.L. apresentou desempenho oscilante. No instrumento
informatizado de ateno visual contnua (CPT), seu desempenho sugeriu a presena de um
perfil clnico compatvel com dficit de ateno. No que se refere aos testes que avaliaram
habilidades visuoespaciais, exibiu habilidades percepto-gnsicas adequadas em tarefas de
integrao de informaes visuais e de reconhecimento de figuras em configuraes
incompletas ou posies incomuns. As habilidades visuoperceptivas e visuoconstrutivas
relacionadas capacidade de reproduzir figuras complexas revelaram-se abaixo da mdia
esperada para sua idade tanto no armazenamento visual quanto no processo de recuperao
da figura de Rey. Na tarefa de comparao de magnitudes no-simblicas, E.L. apresentou
dificuldade importante. Nas tarefas de percepo social e reconhecimento de emoes
apresentou desempenho dentro da mdia. Quanto aos aspectos comportamentais, foram
obtidos indicadores de perfil clnico para problemas de ansiedade e dficit de ateno
(CBCL). No EACI-P foram detectadas dificuldades relacionadas ansiedade. Na avaliao
de aspectos afetivos emocionais relacionados aprendizagem, por meio da prova projetiva
(par educativo), foram evidenciados indicadores de um vinculo negativo, com baixa
autoestima no contexto escolar.
E.L. teve bom desempenho no teste de conscincia fonmica. No TDE na classificao por
ano escolar (4 ano) no subteste de escrita, leitura e aritmtica seu desempenho foi mdio,
vale ressaltar que em relao faixa etria na classificao por idade (11 anos) apresentou
desempenho inferior. Em relao cognio numrica exibiu prejuzos em 3 dos 11
subtestes do ZAREKI-R (Enumerao de Pontos, Leitura de nmeros e Problemas
Aritmticos). Em relao aos clculos necessitou de mediao em contas de subtrao com
emprstimos e a automatizao da tabuada no est bem estabelecida. No executa
operaes de diviso.
6- CONCLUSES
Os resultados do exame neuropsicolgico com nfase em cognio numrica indicam que
E.L. tem prejuzos sugestivos de Discalculia do Desenvolvimento, pois, apresentou
30
Referncias Bibliogrficas
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Rey, A.(1999). Teste de cpia e de reproduo de memria de figuras geomtricas
31
32
33
34
A
IMPORTNCIA
DA
AVALIAO
NEUROPSICOLGICA
IDENTIFICAO DE UM CASO DE DEFICINCIA INTELECTUAL
NA
35
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AUTO-EFICCIA
E
DESEMPENHO
COGNITIVO:
CONJUGANDO
PSICOTERAPIA E REABILITAO NEUROPSICOLGICA EM UM CASO DE
DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM
Priscila do Nascimento Marques1, Izabel Souza1, Iasmin Gabrig2, Diana Ges1
1
37
5-Resultados da avaliao neuropsicolgica e perfil cognitivo: Resultados obtidos na WISCIII: Observou-se funcionamento cognitivo global dentro do esperado para a faixa etria (QI
total = 101), estando os QIs Verbal (QI=103) e de Execuo (QI=97) na mdia. A memria
episdica se mostrou preservada, embora a capacidade da memria de trabalho (sobretudo
da ala fonolgica) se mostrou aqum do esperado. I.V.S. foi capaz de implementar
estratgias para resolver problemas, embora apresentasse dificuldade para monitorizar a
execuo. Observou-se vocabulrio aqum do esperado, e prejuzo na organizao do
discurso.
Perfil Neuropsicolgico: 1- As dificuldades executivas comprometem a resoluo de
problemas e o acesso ao lxico, acarretando em lapsos atencionais e lentificao. 2Empobrecimento semntico, que compromete a organizao do discurso.
Dificuldades durante a avaliao neuropsicolgica: Apesar de colaborar com as atividades
propostas, I.V.S. apresentava atitude passiva diante de problemas que lhe propunham
desafio, persistindo pouco em uma estratgia de resoluo e desistindo da tarefa antes de
tentar resolver.
6-Orientao para tratamento: I.V.S. foi encaminhada para reabilitao neuropsicolgica,
que teve como objetivo o desenvolvimento das funes executivas (com foco na memria de
trabalho), a organizao do discurso, e o enriquecimento do vocabulrio. Em funo da
queixa de preocupao diante das provas, I.V.S. tambm foi encaminhada para psicoterapia.
7-Interveno 1: Reabilitao Neuropsicolgica: A reabilitao Neuropsicolgica teve incio
em outubro de 2012, estando em andamento at o momento. Em funo das dificuldades
executivas e da limitao da capacidade da memria de trabalho (sobretudo ala fonolgica),
assim como dficits na organizao do discurso e empobrecimento semntico, foram
trabalhadas atividades que requeriam funes executivas no contexto da compreenso e
produo lingustica. Estratgias de estimulao utilizadas: 1-Atividades para organizao
do pensamento a partir de texto escrito; 2- Atividades de compreenso de histrias em
quadrinhos curtas e de imagens, voltadas para desenvolvimento da leitura intencional, assim
como para investigao das relaes semnticas e inferenciais nas histrias; 3- Atividades
para aumento da capacidade da ala fonolgica da memria de trabalho, atravs de
estratgias como imagem mental; 4- Atividades para enriquecimento do vocabulrio,
buscando o significado das palavras a partir de suas relaes contextuais. Estratgias de
compensao utilizadas: I.V.S. se beneficiou de mediao da terapeuta, que a auxiliou
sobretudo na manuteno na atividade quando a paciente recuava diante da tarefa.
8- Interveno 2: Terapia Cognitivo-Comportamental: I.V.S. iniciou atendimento em
psicoterapia no incio de 2013, dando continuidade at o momento. Foram investigadas as
crenas da paciente e de sua famlia referentes a desempenho acadmico e s capacidades de
I.V.S. Na avaliao dos pensamentos automticos e crenas, I.V.S. desqualifica suas
prprias capacidades e conquistas, e se considera menos competente que seus familiares.
Devido s crenas de incapacidade, I.V.S. apresenta preocupaes diante das atividades
escolares, e julga que seu desempenho sempre poderia ter sido melhor. Diante disto, so
recorrentes sintomas de ansiedade durante a realizao de provas, alm da angstia diante do
medo de errar. Os pais de I.V.S. reconhecem a dificuldade de aprendizagem de I.V.S.,
atribuindo hiptese de dislexia. Entretanto, apresentam altas expectativas em relao a
sucesso acadmico, e comparam o desempenho acadmico e cognitivo de I.V.S. com o de
seu irmo mais velho, que sempre obtivera notas acima da mdia. Em funo das
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dificuldades de I.V.S. na escola, a famlia lhe cobrava que dispendesse maior tempo de
dedicao aos estudos, e lhe punia quando no obtinha um desempenho satisfatrio.
A psicoterapia cognitivo-comportamental teve como objetivo tratamento dos
sintomas de ansiedade diante das atividades escolares, alm da reestruturao das crenas de
auto-eficcia, que mostraram efeitos em sua atitude diante da resoluo de problemas e
tarefas escolares. O atendimento teve como eixo o questionamento socrtico para a
reestruturao de pensamentos disfuncionais referentes s suas prprias capacidades e autoestima, alm das preocupaes com cometer erros. Alm disto, foram trabalhadas tcnicas
de respirao para reduo dos sintomas de ansiedade, e psicoeducao para manejo da
ansiedade. Foram realizadas sesses de orientao com os pais, que tiveram como objetivo
informar sobre o prognstico na dificuldade de aprendizagem, e discutir condutas mais
adaptativas para auxiliar o desenvolvimento cognitivo e emocional da paciente.
9- Resultados das intervenes: Aps 1 ano e 6 meses de reabilitao neuropsicolgica,
conjugado a 1 ano de atendimento psicoterpico, foram notadas mudanas no desempenho
acadmico e cognitivo (aumento do QI Verbal na reavaliao realizada em 2014), associada
reduo dos sintomas de ansiedade diante das provas, e das preocupaes frente a
possibilidade do erro.
Considerando que a paciente apresentava dificuldade de aprendizagem em funo
sobretudo de dficits no funcionamento executivo, o trabalho psicoterpico associado
estimulao cognitiva forneceu recursos emocionais para o enfrentamento da dificuldade de
aprendizagem, promovendo um melhor prognstico. A aliana entre reabilitao
neuropsicolgica e psicoterapia cognitivo-comportamental teve efeito positivo na
mobilizao de capacidades para a resoluo de desafios cognitivos. A reestruturao de
crenas referentes a desempenho e autoconceito, aumentaram o engajamento da paciente
com o aprendizado, e I.V.S. pde se beneficiar de modo mais efetivo da reabilitao
neuropsicolgica.
Contato: [email protected]
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Sofia tem 11 anos e cursa o 6 ano do Ensino Fundamental, mora com seus pais e
uma irm (quatro anos). Ela apresenta choro frequente (sem causa) cada vez que deve fazer
uma prova ou enfrentar um desafio. Sudorese e batimentos cardacos acelerados foram
sensaes descritas diante dessas situaes pela criana. Foi observada uma tendncia ao
perfeccionismo e intolerncia frustrao. Segundo o relato da me, em casa, briga
constantemente com a irm, chegando a bater nela. Tem dificuldades para dormir e medo do
escuro. Sofia apresenta eczemas em vrias partes do corpo devido Dermatite Atpica. De
acordo com a me, os eczemas pioram quando est ansiosa. No foram relatados problemas
de ateno, concentrao, memria ou aprendizagem na escola. Interage com outros sem
dificuldade, mas s quando chamada. Segundo o laudo do neuropediatra, Sofia tem Fobia
e Transtorno de Ansiedade.
A paciente est fazendo psicoterapia (Terapia Cognitivo-Comportamental-TCC) h
alguns meses e foi encaminhada para o Servio de Psicologia Aplicada (SPA) da PUC-Rio
para fazer Avaliao Neuropsicolgica (AN). Os instrumentos utilizados pela psicoterapeuta
para avaliar a ansiedade, a depresso e o estresse foram: a Escala de Stress Infantil (ESI), o
Inventrio de Ansiedade de Beck (BAI) e a Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS).
A ESI foi aplicada no stimo ms de terapia e os resultados demonstraram uma pontuao
alta na categoria: reaes psicolgicas com componente depressivo. Os resultados obtidos
do BAI (aplicado no oitavo ms de terapia) indicaram que a criana encontrava-se na
classificao grave de ansiedade. Os resultados da HADS, aplicada no nono ms da terapia,
foram indicativos de um estado leve de ansiedade e um estado normal de depresso para
pacientes com doena fsica. A criana preencheu os critrios diagnsticos do DSM-V e da
CID-10 para o Transtorno de Ansiedade Generalizada. As estratgias teraputicas utilizadas
na TCC e um trabalho diferenciado na elaborao de jogos ldicos e atividades
personalizadas tm evidenciado algumas mudanas significativas no comportamento.
Tambm foi observada uma diminuio dos eczemas durante alguns perodos.
Durante a AN foram utilizados os seguintes testes: Escala Wechsler de Inteligncia
para Crianas 4a Edio (WISC-IV), Mini-Exame do Estado Mental, Teste de Stroop,
Teste de Fluncia Verbal Fonmica (Letras F, A, M) e Semntica (Animais), Lista de
Aprendizagem Auditivo-Verbal de Rey, Teste da Figura Complexa de Rey, Teste do
Desenho do Relgio, Trail Making Test e o CompCog (uma bateria neuropsicolgica, criada
utilizando um software de desenvolvimento de aplicativos da Apple para IPad, que avalia
diferentes domnios cognitivos: ateno, memria, funes executivas, percepo e
velocidade de processamento de informaes).
Sofia apresentou-se muito ansiosa principalmente durante a primeira sesso da AN.
Ansiedade bem demonstrada no incio dos testes. Durante as tarefas, ela sempre apresentou
um padro e pouca flexibilidade cognitiva, comum em pacientes diagnosticados com
ansiedade; alm de dificuldade de controle inibitrio (evidente no CompCog), perseverao
(demonstrado no teste de Fluncia Verbal) e demora para se organizar, quando no h uma
estrutura pr-estabelecida (evidenciada, por exemplo, na lentido para conseguir montar um
modelo com nove cubos, no subteste Cubos do WISC-IV). A paciente tambm apresenta
dificuldade na memria de trabalho, demonstrada no Teste de Memria de Figuras. Outra
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Contato: [email protected]
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Life-Scripts (LS) are culturally shared expectations about the order and timing of
life events in a prototypical life course, from birth to death. They represent normative
comprehension, shared public knowledge, and relate to a fixed temporal order of events that
are expected to occur in a person's life in that specific culture. A LS sets parameters and
helps to structure individual life stories by providing a general schema from which a
particular instance can be organized and evaluated. In terms of autobiographical memory
cognitive systems, LS are a form of semantic knowledge, whereas a life narrative represents
episodic or autobiographical knowledge. The LS Paradigm requests participants to list the
seven events more likely to occur in the life course of a typical newborn.
This study aimed to describe the prevalence of LS events in terms of emotional
valence, personal importance, frequency in general population, estimated age at the event
and distance in years from the current age of the subject. We also tested the data for gender
differences, temporal orientation and subjects' age. 422 Brazilian undergraduates, 71.3%
(300) female and 28.7% (122) male, responded to an online LS questionnaire. From a total
of 2954 events, 85.2% were reported as positive, 9.35% neutral and 5.5% negative; 63.6% of
the events were dated at a time posterior to the current age of the subject, 33.8% prior, and
2.6% at subjects' current age. Association between gender and valence tended to statistical
significance (2=5.257, p=0.07); an analysis of adjusted residuals showed a higher
frequency of positive events reported by women, with neutral and negative associated to
men's responses. There was no significant association between gender and reporting events
prior or posterior to subjects' current age. Valence and time orientation of the event
exhibited significantly strong association between positive posterior events, and
neutral/negative priors events (2=75.73, p<0.001). A significant difference was found
between men and women for typicality (t=2.26, p<0,05), but not for importance. Significant
differences were found between prior/posterior events and typicality, with more typical
events reported as dating posterior to subjects' current age (t=11.97, p<0.001); and between
prior/posterior events and importance (t=11.22, p<0.001), with events dated posterior to
subjects' current age rated as more important. A multivariate model explaining event
valence, considering the age of the subjects as a covariate, showed a significant interaction
(F=44.69, p<.001) between prior events and valence, but no effect for subjects' age. That
result shows a tendency to positive expectations related to posterior events independently
from the subjects' age.
The results are discussed in terms of the potential uses of LS in cognitive and
clinical psychology. The LS paradigm allows for the comparison of autobiographical
memory processes and contents across cultures, and for the explanation of the different
forms of long-term knowledge individuals rely upon to evaluate their lives. Moreover, LS
data might inform interventions such as simulated expositions with standardized data on
culturally shared typical and/or referential types of events.
Contato: [email protected]
Fomento: CNPq
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dos
Sinos,
evidncias
psicomtricas,
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Pontifcia Universidade Catlica do Rio Grande do Sul, 2Universidade do Vale do Rio dos
Sinos
Eixo Temtico: Neuropsicologia Clnica e Experimental
Palavras-chave:
funes
neuropsicolgica.
executivas,
processamentos
atencionais,
avaliao
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3.27 - ALTERAES
DE
VOLUME
E
ESPESSURA CORTICAL
CORRELACIONADAS COM O CONTROLE ATENCIONAL EM PACIENTES
COM EPILEPSIA DO LOBO TEMPORAL
Michel Gomes de Melo, Pedro Gomes dos Reis Neto, Jssica Vanessa R. Diniz, Paula
Rejane Beserra Diniz
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Eixo Temtico: Neuroimagem
Palavras-chave: imagem de ressonncia magntica, epilepsia do lobo temporal, testes
neuropsicolgicos.
A Epilepsia do Lobo Temporal (ELT) o tipo de epilepsia mais comum nos
servios especializados, com prevalncia elevada na populao brasileira de 18,6 por 1000
habitantes, semelhante a outros pases em desenvolvimento. Na maioria dos casos de ELT, a
Ressonncia Magntica (RM) evidencia atrofia e aumento de sinal em um dos hipocampos,
caracterizando a esclerose hipocampal (EH). Porm, existem estudos que demonstram a
existncias de alteraes, tanto de volume como de espessura cortical, em regies extratemporais e que essas alteraes podem resultar em danos cognitivos e comportamentais. No
entanto, ainda so poucos os trabalhos que buscam correlacionar os danos cognitivos com as
alteraes visveis na neuroimagem. Dessa forma, esse trabalho visa a verificao de quais
regies cerebrais apresentam alteraes de volume e espessura cortical, correlacionando com
os aspectos cognitivos. Trata-se de um estudo retrospectivo, transversal, analtico, utilizando
dados dos exames de RM e pontuao dos Testes Neuropsicolgicos Stroop e Wisconsin de
Classificao de Cartas para avaliao de ateno e controle inibitrio. Foram investigados
122 pacientes (56 com leso do hipocampo direito e 66 com leso no hipocampo esquerdo)
com EH, com idade mdia de 37,1 anos(8,9) e 105 controles normais com idade mdia de
32,3 anos (16,3). Para o processamento e anlise das imagens de RM, utilizou-se o
FreeSurfer que permitiu a segmentao das estruturas enceflicas, alm do Qdec, utilizado
para a anlise estatstica. Como resultados, foram encontradas alteraes de afilamento
cortical significativo (p<0,05) nos pacientes, especificamente nas regio Supra marginal e
Precuneus do Hemisfrio Esquerdo (HE) e nas regies Paracentral, Rostral mdio-frontal,
Parietal Inferior e Ps-central do Hemisfrio Direito (HD). J as alteraes significativas
(p<0,05) de volume foram evidenciadas nas regies Ps-central, Temporal Superior e
Precuneus do HE e Caudal Frontal Mdio, Temporal Transverso, Precuneus e Temporal
Mdio do HD. Quando correlacionado as alteraes de espessura cortical e de volume com
os escores dos testes, encontramos associao do volume e espessura cortical com o giro
ps-central e giro frontal mdio. J para a espessura cortical, as regies que tiveram
associao foram o Precuneus e giro parietal inferior e, por fim, a regio que apresentou
correlao s com o volume foi o giro temporal mdio. Esses achados evidenciam que
quanto menor a espessura e/ou volume dessas regies pior o desempenho dos pacientes nos
testes, evidenciando que essas avaliaes proporcionam um melhor entendimento sobre o
substrato fisiopatolgico dos dficits cognitivos e danos globais causados pela ELT.
Contato: [email protected]
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SOBRE
Mayara Wenice Alves de Medeiros, Ingrid Raissa dos Anjos Rocha, Wallisen Tadashi
Hattori, Maria Emlia Yamamoto
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Eixo Temtico: Psicologia Evolucionista
Palavras-chave: psicologia evolucionista, cooperao em crianas, comportamento prsocial, medidas implcitas.
Os comportamentos pr-sociais so vistos diariamente na nossa vida,
frequentemente presenciamos pessoas ajudando desconhecidos, doando sangue, cuidando
dos filhos de um amigo, entre outros. Em uma perspectiva evolucionista, esses
comportamentos se fazem presente pelo seu alto valor adaptativo para nossa espcie,
justamente pela dependncia que temos da vida em grupo para nossa sobrevivncia.
Provavelmente, igualmente por questes de sobrevivncia, desde crianas j mostramos uma
preferncia por comportamentos pr-sociais a comportamentos antissociais, sendo essa
preferncia mais visvel ao passo que crescemos. Ainda em uma linha evolucionista
compreende-se a importncia de fatores ontogenticos e do ambiente na expresso de um
dado comportamento, por isso, a preferncia por comportamentos pr-sociais e a
demonstrao desses comportamentos no se do de forma igualitria entre todas as
crianas. Os experimentos com priming permitem avaliar a influncia ambiental com o uso
de pistas ambientais sutis e seus efeitos sobre os julgamentos e comportamentos de
indivduos. Assim, o presente estudo teve como objetivo investigar a influncia de um
priming pr-social sobre o comportamento de partilha entre a criana e seu melhor amigo de
sala de aula. Participaram da pesquisa 117 estudantes da rede pblica de Natal, Brasil, entre
6 e 12 anos de idade. As crianas foram divididas em duas condies: as que passavam pelo
experimento com priming (condio priming) e as que no passavam pelo priming (condio
neutra). As crianas que passavam pelo priming assistiam a dois vdeos curtos que
mostravam ajuda e partilha entre pares, em seguida, montavam um quebra-cabea simples,
como atividade de distrao, e por fim, escolhiam dois entre quatro materiais didticos e
decidiam se gostariam de dividir ou no com seu melhor amigo de sala de aula. A diferena
entre as duas condies era a ausncia dos vdeos na condio neutra. Os resultados
encontrados mostraram que na condio neutra as crianas entre 6 e 8 anos de idade doaram
significativamente menos (m = 0,450) que as crianas de 9 a 12 anos (m = 1,050), (p =
0,01). Na condio priming a diferena entre as duas faixas etrias desapareceu, tanto pelo
aumento da doao no grupo de crianas menores (m = 0,641) como pela diminuio
significativa para o grupo de crianas maiores (m = 0,080; p = 0,01). Estudos que mostram
um efeito reverso do priming discutem que modelos extremos podem levar ao reverso do
que esperado, no nosso caso, os vdeos pr-sociais levaram a diminuio do comportamento
pr-social em crianas maiores. Assim, o priming pode ter funcionado como modelo
extremo para as crianas maiores, mas no para as crianas menores. O estudo mostra a
influncia de pistas ambientais sutis sobre o comportamento de crianas e a relao dessas
com diferenas ocasionadas pelo prprio desenvolvimento humano.
Contato: [email protected]
Fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq)
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3.42 - PROPRIEDADE
ALITERAO
DAS
PALAVRAS
EM
TAREFAS
DE
RIMA
mille Burity Dias, Carla Alexandra da Silva Moita Minervino, Gabrielle Cordeiro Rocha
de Assis, Estephane Enadir Lucena Duarte Pereira, Kriscieli Fonsaca
Universidade Federal da Paraba
Eixo Temtico: Processos Cognitivos
Palavras-chave: rima, aliterao, propriedades da palavra, teste adaptativo.
O presente estudo versa sobre as tarefas de rima e aliterao, consideradas pela
literatura como algumas das tarefas que acessam a conscincia fonolgica. Diversos estudos
afirmam a correlao positiva entre conscincia fonolgica e aprendizado da leitura. Estudos
atuais consideram tambm a conscincia fonolgica como uma competncia preditora da
aquisio da leitura. Ao visitar o imenso cabedal terico existente sobre a temtica
questionou-se as tarefas de rima e aliterao considerando as propriedades da palavra
(extenso, frequncia e regularidade). Neste sentido, para compreender a possvel relao
entre as propriedades da palavra e os resultados obtidos pelas crianas em tarefas de rima e
aliterao, foi realizada a presente investigao. Teve como objetivo central analisar o
desempenho de pr-leitores e leitores iniciantes nas tarefas de rima e aliterao, desempenho
observado atravs da resposta dada ao item (acerto/erro) e o tempo de reao para execuo,
teve-se como variveis as propriedades da palavra: extenso, frequncia e regularidade. A
amostra foi composta por 149 crianas, dividida em grupos de pr-leitor e leitor iniciantes,
advindas de escolas pblicas e particulares de Joo Pessoa-PB. Para auxlio da coleta de
dados foi utilizado o Teste de Habilidade Preditoras da Leitura THPL, que informatizado
e adaptativo, o instrumento permite uma anlise individualizada da criana, considera o
nvel de dificuldade do item, o poder discriminativo do item e a possibilidade do acerto
casual. O THPL analisa a resposta da criana item a item e permite que o aplicador possa
vislumbrar as propriedades da palavra de cada item respondido pela criana. A anlise dos
dados coletados foi feita a partir de tcnicas estatsticas descritivas mdias e desvios
padres e inferenciais correlaes e diferenas entre grupos. Observou-se que a extenso,
frequncia e regularidade exercem influncia sobre o desempenho de pr leitores e leitores
iniciantes em tarefas de rima e aliterao de diferentes formas, dentre elas a habilidade em
que leitores iniciantes tinham responder de modo rpido a itens formados por propriedades
complexas da palavra, ou seja: com baixa frequncia, irregular e extensa.
Contato: [email protected]
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1,2
Verifica-se que crianas com TDAH apresentam uma perda progressiva de ateno
sustentada e prontido de resposta, o que prejudica a realizao de tarefas motoras. Neste
sentido, o Neurofeedback (NFB) vem sendo utilizado para a estimulao de funes
executivas em crianas e jovens, especialmente no que se refere processamento de
informaes de maneira mais organizada. O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos
do NFB no padro cortical em crianas com TDAH, durante a fase de planejamento de uma
tarefa motora complexa. Participaram deste estudo 12 crianas com idade entre 6 e 8 anos.
Os participantes foram divididos em dois grupos (A - crianas com TDAH que realizaram o
NFBB - crianas com TDAH que no realizaram o NFB;), sendo o programa de de NFB
composto por um conjunto de quatro jogos realizados com o equipamento MINDWAVE
NEUROSKY , em trs sesses semanais, com durao de 20 minutos cada (total de 20
sesses). Para a avaliao do padro cortical utilizamos registro eletroencefalogrfico em 21
canais (sistema 10/20), sendo os sinais adquiridos atravs do software BWAnalysis, durante
a realizao da tarefa motora (preenso de objeto em queda livre) .Os protocolos utilizados
foram aprovados pelo comit de tica da UFRJ (parecer no. 517.483) Nossos resultados
mostram que a realizao do NFB diminuiu o tempo para realizao da tarefa motora em
18,23%% nas crianas do grupo A. Em relao ao registro da atividade cortical, todas as
crianas apresentaram inicialmente uma desorganizao temporal quando da analise das
ondas alfa obtidas nas regies frontais e parietais. Quando avaliadas novamente as crianas
com TDAH que foram submetidas ao NFB apresentaram, a frequncia e a potncia de ondas
alfa mais organizadas e temporalmente distribudas, o que sugere um cenrio cortical mais
favorvel para a realizao da tarefa motora proposta.
Contato: [email protected]
Fomento: CAPES; FAPERJ; IEFD-UERJ; OCC
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3.54 - A NEUROPSICOLOGIA
CINEMATOGRFICA
DO
AUTISMO:
REPRESENTAO
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Faculdade de Cincias
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perfil
comportamental,
fentipo
neurocognitivo
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do
desenvolvimento,
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cognitivo,
avaliao
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Contato: [email protected]
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3.73
COMPREENSO
PSICOMOTRICIDADE
DOS
PROFESSORES
RESPEITO
DA
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Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), 2Universidade do Vale do Rio dos
Sinos (UNISINOS)
Eixo temtico: Neuropsicologia Clnica e Experimental
Palavras-chave: leso vascular frontal, funes executivas, impulsividade, heteroavaliao.
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DA
LAVANDULA
Gssica Almeida de Freitas, Meiryland Melo da Cunha, Sandy Ferreira Martins, Fabola
Llis de Carvalho, Klbya Hellen Dantas de Oliveira, Vanessa Rezende Luna, Ingrid
Brasilino Montenegro Bento e Sousa, Diogo Vilar da Fonsca, Liana Clbia de Morais
Pordeus
Universidade Federal da Paraba
Eixo Temtico: Neuropsicofarmacologia
Palavras-chave: leos essenciais, tratamento, pertubaes psicticas.
leos Essenciais puros e concentrados so utilizados popularmente para prevenir
e/ou tratar problemas de sade associados a distrbios do sistema nervoso central (SNC), em
virtude disto podem ser ferramentas inovadoras para o arsenal teraputico de transtornos
mentais, considerando que alm de possuir baixa toxicidade um remdio de fcil acesso
pela populao. As condies mentais mais frequentes tratadas incluem transtornos do
humor, ansiedade, declnio cognitivo, perturbaes psicticas, sintomas do estresse e dores
crnicas. Atravs da inalao, uma das vias mais rpidas de acesso ao crebro, que os
componentes volteis dos leos entram na corrente sangunea, atravessam a barreira
hematoenceflica e chegam ao SNC. O presente estudo teve como objetivo investigar
possveis efeitos antipsicticos da Lavandula Angustiflia Miller sobre o SNC de roedores
pela via inalatria. Com aprovao de Comisso de tica no Uso de Animais do CBiotecUFPB, CEUA N 1211/13, utilizou-se camundongos Swiss machos, albinos, pesando de 3249 g, com aproximadamente 02 meses de idade. Os dados foram analisados com o Graph
Pad Prism, sendo os resultados considerados significativos quando apresentaram um nvel
de significncia de 5% (p < 0,05). No teste de Catatonia induzida por Haloperidol (1 mg/kg
i.p) observou-se que o tempo de catatonia dos animais tratados com o leo essencial de
lavanda (33,5 5,7 s) foi menor que o observado com os animais pr-tratados com
Haloperidol+salina (52,9 4,4 s). No teste de Catatonia induzida Halperidol via oral no
houve resultado significativo, contudo, possvel observar uma diminuio do tempo de
catatonia (s) do grupo leo (30,7 4,9 s) em relao ao Haloperidol+Salina (44,2 7,9 s).
No teste de Estereotipia induzida por Apomorfina (20 mg/kg i.p) detectou-se que a lavanda
5% via inalatria (0,4 1,5) inibiu o comportamento estereotipado comparado
Apoforfina+Salina 2,8 (2,4 3,2). No teste do Climbing induzido por Apomorfina (20
mg/kg i.p), o nvel do comportamento de subida dos animais tratados com o leo de lavanda
foi menor (0,4 1,6) mostrando-se um resultado significativo, p < 0,05, comparado
Apoforfina+Salina 2 (1,5 2,0). A anlise dos resultados sugere que o tratamento com a
Lavanda Angustiflia Miller 5% via inalatria em modelos animais apresenta indicativos
de atividade antipsictica visto que foi capaz de reverter catatonia, de inibir o
comportamento estereotipado e de subida (climbing) em roedores.
Contato: [email protected]
Fomento: CNPq; UFPB
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nigroestriatal,
comprometimento
motor,
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PROTEICA
NO
TRONCO
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DA
NEUROCINCIA
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PARA
Denis Izac Pereira de Souza, Valdejane Lisboa de Sousa, Wallisen Tadashi Hattori
Departamento de Psicologia, Escola de Sade, Universidade Potiguar - Laureate
International Universities; Laboratrio de Evoluo do Comportamento Humano,
Departamento de Fisiologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Eixo Temtico: Psicologia Evolucionista
Palavras-chave: avaliao psicolgica, cognio implcita, diferenas sexuais, psicologia
evolucionista, Teste de Associao Implcita.
Uma das perspectivas evolucionistas prope que a espcie humana possui
caractersticas universais e que algumas dessas caractersticas podem divergir entre homens
e mulheres, pois ambos teriam passado por diferentes presses seletivas no ambiente de
adaptao evolutiva. Dentre essas caractersticas que apresentam diferenas sexuais tpicas
est o cime romntico. Tal perspectiva, alm de nortear os estudos sobre cime romntico
de base evolucionista, vem sofrendo uma srie de crticas, sendo uma delas que tais estudos
esto ancorados exclusivamente em medidas cognitivas explcitas. Neste estudo, visamos
explorar a cognio implcita do cime romntico atravs da criao de um Teste de
Associao Implcita para o Cime Romntico (TAI-CR). Para tanto, foram selecionados
dezesseis estmulos visuais (imagens e palavras) por um jri (N = 42) para construo de um
instrumento capaz de detectar diferenas na intensidade da ameaa ao relacionamento
romntico. Em seguida, foi realizada a aplicao do instrumento construdo para explorar a
cognio implcita do cime romntico em uma amostra universitria (N = 74). Aps a
aplicao do TAI-CR, os participantes responderam um Questionrio Socioeconmico.
Nossos resultados indicam que, em geral, h distino clara na intensidade da ameaa ao
relacionamento romntico dos diferentes estmulos, o que confirma a dicotomia nas
respostas que o TAI prope. Adicionalmente, observamos a no ocorrncia de diferena
significativa entre homens e mulheres em relao intensidade implcita do cime
romntico. O presente trabalho acrescenta evidncia cientfica que abre novos horizontes
para discutir a percepo do cime romntico, incluindo a avaliao implcita deste aspecto
dos relacionamentos romnticos, levantando novas discurses sob a perspectiva
evolucionista e integrando com outras abordagens como a psicologia cognitiva.
Contato: [email protected]
143
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HEMIPLGICOS
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4.08
ASPECTOS
COMPORTAMENTAIS
EMOCIONAIS
NAS
TERAPIAS
COGNITIVO-
Silvana Queiroga da Costa Carvalho1, Arlindo Felix da Costa Neto2, Jayana Ramalho
Ventura2, Melyssa Kellyane Cavalcanti Galdino 2
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GRADES
SENOIDAIS
Ana Raquel de Oliveira, Michael Jackson Oliveira de Andrade, Maria Jos Nunes Gadelha,
Natlia Leandro de Almeida, Natanael Antnio dos Santos
Universidade Federal da Paraba
Eixo Temtico: Percepo e Psicofsica
Palavras-chave: sensibilidade ao contraste, grade senoidal concntrica, adolescentes, adultos.
A sensibilidade ao contraste (SC) tem sido utilizada para avaliar a capacidade do
sistema visual humano para detectar a varincia de luminncia no espao. No entanto, a
maioria dos trabalhos que procuraram relacionar a sensibilidade ao contraste e o processo de
maturao do sistema visual foram realizados com crianas, utilizando padres de estmulos
visuais do tipo grade senoidal linear. Diante disto, o objetivo do presente estudo foi
caracterizar a SC de adolescentes e adultos utilizando estmulos visuais circulares
concntricos. Participaram deste estudo 20 indivduos de ambos os sexos: Grupo A (10
adolescentes na faixa etria de 13-19 anos; M = 16,5; DP = 1,65); e Grupo B (10 adultos na
faixa etria de 20-26 anos; M = 21,8; DP = 2,04). Utilizou-se o mtodo psicofsico da
escolha forada entre duas alternativas temporais (2AFC) para medir a sensibilidade ao
contraste nas frequncias espaciais de 0,6; 2,5; 5 e 20 graus de ngulo visual (cpg). A anlise
de varincia (ANOVA One Way) mostrou diferena significativa entre os grupos (F [(4;
237) = 3,74; p < 0,05]). O teste post-hoc Tukey HSD apresentou diferena significativa para
as frequncias 0,6 (p < 0,05) e 20 cpg (p <0,05). Os adolescentes foram menos sensveis na
frequncia espacial baixa (0.6cpg) e mais sensveis na frequncia alta (20 cpg), quando
comparados aos adultos. Estes resultados sugerem que o contraste de luminncia se
comporta de forma diferente quanto aos mecanismos sensrios que processam o contraste ao
longo da maturao do sistema visual. Estudos desta natureza podem contribuir para
melhorar o processo de caracterizao dos mecanismos visuais em jovens e adultos. Alm
disso, os estmulos visuais circulares concntricos ofereceram uma boa medida para avaliar
os efeitos da idade sobre a SC em reas corticais superiores.
Contato: [email protected]
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sensibilidade
ao
contraste,
medidas
neuropsicolgicas,
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percepo,
organizao
perceptual,
esquizofrenia,
levantamento
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DESEMPENHO
Cristian Matheus da Silva Soares, Brunno Alves, Camila de Freitas Silva, Jesumira Pereira
de Lucena, Anglica de Oliveira Silva, Fernanda kennya de Souto ngelo, Jos Marciel
Arajo Porcino
Faculdades Integradas de Patos
Eixo Temtico: Processos Cognitivos
Palavras-chave: alcoolistas abstmios, Alcolicos Annimos, atividades neurocognitivas,
funes executivas.
O consumo crnico de lcool, conhecido como alcoolismo, afeta de forma ampla o
funcionamento de todo o organismo, principalmente das reas enceflicas, ocasionando
assim alteraes comportamentais quando comparados a indivduos saudveis. Essas
alteraes neuronais so parcialmente reversveis ao longo dos anos de abstinncia da
substncia, porm, no se sabe ainda objetivamente quais so os danos, bem como seus
nveis e perodos de reverso. No entanto, se faz necessrias avaliaes mais globais das
atividades neurocognitivas para que se possa ter uma compreenso geral do ajustamento do
encfalo agredido a longo prazo pelo etanol e consequentemente de seu desempenho em
termos de comportamentos apresentados pelos indivduos. Esta pesquisa tem por finalidade
questionar e complementar informaes sobre os efeitos do consumo crnico de lcool em
alcoolistas abstmios nas funes neurocognitivas bsicas das funes executivas avaliadas
em conjunto por meio da comparao com pessoas que no possuem a atinente doena. Os
voluntrios, que totalizaram 150, eram todos frequentadores de grupos de Alcolicos
Annimos e tinham consumido lcool por 15 anos em sequncia, todos eram destros,
superiores ou iguais a 40 anos e menores que 50 anos, estavam com sade fsica e mental
adequadas, no momento das experimentaes, e possuam pelo menos nove anos de estudo
concludos. Os mesmos foram divididos em dois grupos, um grupo experimental (GE),
composto por alcoolistas abstmios, e um grupo controle (GC) formado por indivduos no
alcoolistas, sendo todos irmos consanguneos dos prprios alcoolistas. Foi possvel avaliar
esses critrios por meio do Questionrio Scio-bio-demogrfico e Clnico, por escalas
psicolgicas como o Questionrio de Lateralidade de Edinburgh, Inventrio de Depresso de
Beck BDI e o Teste para Identificao das Desordens pelo Uso do lcool AUDIT. Em
decorrncia da ampla variao de perodo de abstinncia dos alcoolistas, dividiu-se o GE em
cinco grupos diferentes de 30 pessoas agrupadas segundo a abstinncia de trs anos (GE1,
GE2, GE3, GE4, e GE5), comparando cada um dos grupos experimentais com o grupo
controle institudo por 30 no alcoolistas. Contataram-se os administradores de cada um dos
AA que integraram o estudo, para liberao institucional, em seguida apresentou-se a
proposta de estudo ao grupo de alcoolistas abstmios que concordaram em voluntariar-se a
pesquisa e realizaram separadamente o grupo de testes experimentais em salas do prprio
grupo de AA. A testagem ocorrendo em dia nico. Antes de cada sesso experimental, por
meio do Questionrio Scio-bio-demogrfico, e de escalas psicolgicas descritas antes,
garantiu-se a adequao dos participantes as necessidades do estudo. Foi constatada
alteraes no comportamento de inibio de respostas, bem como a flexibilidade mental,
parecem permanecer prejudicadas, ainda que se tenha manuteno da ausncia de lcool no
organismo de 1 a 15 anos depois.
Contato: [email protected]
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PROMISSORA
NA
ven Paula Lima da Silva1, Tamires Lima da Silva2, Valdenilson Ribeiro Ribas1
Universidade Federal de Pernambuco1, Faculdade Maurcio de Nassau2
Eixo Temtico: Desenvolvimento Neural e Plasticidade
Palavras-chave: neurofeedback, neuroplasticidade, plasticidade cerebral, crebro.
Ao contrrio do que se pensou, durante muito tempo, o crebro possui a
plasticidade como uma caracterstica marcante e constante do seu funcionamento. As clulas
do sistema nervoso no so imutveis, de modo que o crebro capaz de mudar e
reorganizar-se em resposta a estmulos e mudanas nas condies ambientais, desde leses
traumticas at alteraes oriundas da aprendizagem e experincia. E o neurofeedback,
tcnica ainda pouco conhecida no Brasil, propicia a alterao dos nveis de ondas eltricas
do crebro, otimizando a neuroplasticidade. Nesse sentido, buscou-se com este estudo
apresentar o neurofeedback como uma alternativa promissora na modulao da
neuroplasticidade. Realizando, para tal propsito, consulta na base de dados do Google
Acadmico e artigos em ingls. E a partir do que se tem na literatura, o neurofeedback uma
tcnica que permite, numa interface crebro-computador, que a prpria pessoa regule sua
atividade neural e altere os nveis de ondas eltricas cerebrais atravs de treino e
aprendizagem. Assim, com tais mudanas no funcionamento do sistema nervoso, estimularia
a plasticidade a nvel neurolgico e comportamental, permitindo a regenerao e
desenvolvimento das potencialidades das funes neurais do indivduo, corrigindo distrbios
e aprimorando as funes cerebrais. Dessa forma, o neurofeedback pode ser uma ferramenta
promissora para modular a plasticidade cerebral de forma segura, indolor e natural,
otimizando as capacidades neurais, resultando, portanto, num melhor desempenho
psicolgico e comportamental do indivduo.
Contato: [email protected]
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AS
ATIVIDADES
BSICAS
Ana Carolina Daher Ribas Galvo, Mara Lopes da Costa, Filipe Emanuel Oliveira de
Almeida, Raisa Maria Bezerra de Melo, Bernardino Fernndez Calvo, Carlcia Ithamar
Fernandes Franco1
Universidade Estadual da Paraba (UEPB), Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN)
Eixo Temtico: Transtornos Neuropsiquitricos e Doenas Neurolgicas
Palavras-chave: demncia, qualidade de vida, cognio, atividades de vida diria.
O objetivo foi evidenciar a influncia da demncia sobre o estado cognitivo e as
atividades bsicas e instrumentais da vida diria de indivduos portadores de demncia. O
estudo do tipo transversal, observacional, descritivo e analtico com abordagem quantitativa
de base domiciliar. A amostra foi composta por 44 indivduos com diagnstico de demncia,
atendidos no Servio Municipal de Sade e na clnica escola de Fisioterapia da UEPB. Os
instrumentos utilizados para coleta de dados foram: Questionrio sociodemogrfico e clnico
para caracterizao da amostra, o Mini Exame do Estado Mental (MEEM) para rastreio de
dficits cognitivos, a Escala de Avaliao Clnica da Demncia (CDR) para estadiamento da
demncia e a Escala de Avaliao de Incapacidade para Demncia (DAD) para medir o
desempenho nas atividades da vida diria. Os dados foram analisados atravs do programa
estatstico SSPS Statistics 22.0, sendo considerados valores significantes p<0,05. Este
estudo foi submetido e aprovado pelo Comit de tica e Pesquisa da Universidade Estadual
da Paraba-UEPB, sob o n 22438213.2.0000.5187. Aps a anlise dos dados observou-se
que os indivduos portadores de demncia apresentaram mdia de idade de 79,378,1 anos,
com predominncia do sexo feminino (74%). Verificou-se que 31,8% dos portadores de
demncia eram incapazes de realizar o MEEM, dentre os que realizaram o teste, 68,2%
apresentaram valores de 11,666,32 no escore total, indicando comprometimento cognitivo
grave. Em relao ao estadiamento da demncia na CDR, a maior parte dos usurios
apresentou demncia grave (52,3%), seguido de demncia moderada com (31,8%). A escala
DAD apresentou mdia de 26,5% do escore geral de 0 100%, indicando baixa capacidade
funcional. Quanto ao desempenho das Atividades Bsicas da Vida Diria (ABVDs) e as
Atividades Instrumentais da Vida Diria (AIVDs) 70,45% apresentaram algum grau de
incapacidade no desempenho dessas atividades e 29,55% mostraram melhor desempenho
para execuo dessas tarefas. Indicando que o alto grau de progresso da doena, est
diretamente relacionado ao comprometimento dessas funes. Diante do exposto, conclui-se
que a capacidade funcional no que diz respeito a realizao das ABVDs e AIVDs, quanto
mais elevado o nvel de demncia, pior o desempenho dos idosos nestas atividades, o que
endossa uma forte relao entre o nvel cognitivo e a habilidade funcional. Ressalta-se que
no presente estudo, a maior parte da populao estudada encontra-se no estgio moderado ou
grave da demncia, indicando que o declnio cognitivo um dos principais determinantes da
presena e progresso de incapacidade em pacientes com demncia.
Contato: [email protected]
Fomento: CNPq; UEPB
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PARA
TAREFAS
DE
gina Karoline Gonalves da Fonsca1, Maria Jos Nunes Gadelha1, Cyntia Digenes
Ferreira1, Andr Alexandre de Jesus Marques2, Joenilton Saturnino Caz da Silva1, Natanael
Antonio dos Santos1, Bernardino Fernndez-Calvo3
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Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), 2Universidade do Vale do Rio dos
Sinos (UNISINOS)
Eixo temtico: Neuropsicologia Clnica e Experimental
Palavras-chave: leso vascular, sintomas depressivos, funcionalidade, funes executivas.
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4.58
ACIDENTE
VASCULAR
CEREBRAL
E
ALTERAES
NEUROPSICOLGICAS EM IDOSOS: UM ESTUDO TRANSVERSAL COM
GRUPO CONTROLE
Camomila Lira Ferreira, Francisco Wilson Nogueira Holanda Jnior, Maria Emanuela
Matos Leonardo, Eullia Maria Chaves Maia
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Eixo Temtico: Transtornos Neuropsiquitricos e Doenas Neurolgicas
Palavras-chave: idosos, AVC, alteraes neuropsicolgicas.
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) considerado uma patologia incapacitante
devido alta prevalncia de incapacidades fsicas, comprometimento neuropsicolgico e
transtornos psiquitricos ocasionados ps-AVC. A prevalncia de dficits neuropsicolgicos
pode chegar a mais de 50% dos casos, principalmente em idosos. A fim de determinar o
impacto clnico desse quadro neurolgico no idoso, fundamental a realizao de uma
avaliao neuropsicolgica que possa identificar as alteraes presentes para o planejamento
das intervenes necessrias. Nessa perspectiva, torna-se fundamental compreender essas
consequncias e implicaes do AVC na velhice, tendo em vista a ocorrncia de problemas
crnicos e debilitantes de sade, sua associao com o aumento da mortalidade, prejuzos na
linguagem, nas funes fsicas e sociais, problemas de memria e de raciocnio, e reduo
da qualidade de vida. Assim, objetivou-se examinar a ocorrncia de alteraes
neuropsicolgicas em 30 idosos, com idade superior a 60 anos, acometidos pelo AVC, que
se encontram em fase crnica desta condio e em processo de reabilitao fsica,
comparando-os com um grupo controle de 30 idosos sem ocorrncia deste evento. Para isso,
foi aplicado um questionrio estruturado com questes scio-demogrficas e de sade, o
Inventrio de Alteraes Neuropsicolgicas para Adultos (SZC) e o Mini-Exame do Estado
Mental como teste de rastreio cognitivo. Observou-se que, entre os idosos com AVC, 60%
so do gnero feminino, com idade mdia de 72 anos (DP=6), e escore mdio obtido atravs
do Inventrio SZC de 59,839,15. J no grupo controle, 73% so do gnero feminino, com
idade mdia de 71 anos (DP=6), e escore mdio do Inventrio SZC de 74,111,88. Tais
dados sinalizam a presena de mais alteraes neuropsicolgicas entre os idosos que
apresentaram AVC, estando em conformidade com dados de que o AVC frequentemente
pode resultar em alguns dficits cognitivos, sendo os principais domnios afetados ps-AVC
a memria, a ateno, a linguagem, a orientao e o clculo. Percebe-se, portanto, que o
AVC uma condio que significativamente afeta a vida do paciente idoso em vrias
dimenses, podendo resultar em consequncias negativas que comprometem sua
reabilitao, recuperao, funcionamento cognitivo e qualidade de vida, bem como a sade
de seus cuidadores. Por isso, faz-se necessrio construir uma teraputica que abranja os
domnios fsicos, cognitivos e psicossociais, com o objetivo de minimizar os efeitos
negativos dessas consequncias - quando no se pode evit-las.
Contato: [email protected]
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4.61
ALTERAES
NEUROPSICOLGICAS
AUTORRELATADAS,
SINTOMATOLOGIA DEPRESSIVA E DE ANSIEDADE EM IDOSOS
ACOMETIDOS POR ACIDENTE VASCULAR ENCEFLICO
Francisco Wilson Nogueira Holanda Jnior, Camomila Lira Ferreira, Maria Emanuela
Matos Leonardo, Eullia Maria Chaves Maia
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Eixo Temtico: Transtornos Neuropsiquitricos e Doenas Neurolgicas
Palavras-chave: acidente vascular enceflico, alteraes neuropsicolgicas, depresso,
ansiedade.
As doenas cerebrovasculares representam a segunda maior causa de mortalidade
no mundo e a primeira causa no Brasil. Os acidentes vasculares enceflicos (AVEs) so os
tipos mais comuns de doenas cerebrovasculares e podem resultar em uma alta prevalncia
de incapacidades fsicas, de comprometimento neuropsicolgico e de condies
psicopatolgicas. Neste trabalho, objetivou-se examinar a relao entre alteraes
neuropsicolgicas autorrelatadas, sintomas de depresso e de ansiedade em uma amostra de
30 idosos acometidos por AVE com idade mnima de 60 anos (M=72,23; DP=6,07) aliada a
uma comparao com um grupo controle de mesmo nmero de idosos saudveis (M=71,30;
DP=6,56). Os resultados indicam que a medida de alteraes neuropsicolgicas
autorrelatada no se relacionou com as sintomatologias de depresso e ansiedade, embora
estas duas tenham se correlacionado. Os idosos acometidos por AVE apresentaram
alteraes neuropsicolgicas autorrelatadas e sintomatologia depressiva significativamente
maiores do que os idosos do grupo controle. No houve diferena estatisticamente
significativa de ansiedade entre os dois grupos. Este estudo apoia outros trabalhos que
evidenciam alteraes cognitivas no contexto das doenas cerebrovasculares e que a
depresso particularmente uma condio possvel aps a ocorrncia do AVE. Tendo em
vista o espectro de prejuzos que tal condio cerebrovascular pode causar, importante que
os profissionais da sade construam teraputicas que abranjam os domnios fsicos,
cognitivos e psicossociais com o objetivo de amenizar essas consequncias.
Contato: [email protected]
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Hospital Moinhos de
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4.81
ESTUDO
DOS
ASPECTOS
NEUROPSICOLGICOS DA BULIMIA NERVOSA
NEUROBIOLGICOS
Universidade Federal de
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alteraes
dopaminrgica,
alteraes
glutamatrgicas,
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4.88
IMPACTO
DESENVOLVIMENTO
INFANTIL
DE
UM
PROGRAMA
DE
FORMAO
EM
COGNITIVO PARA PROFISSIONAIS DO ENSINO
Tatiana G. Freitas, Andr L. Sousa, Nelma Assis, Maria Cristina A. C. R. Oliveira, Claudia
B. Mello, Orlando F A Bueno, Mnica C. Miranda
Universidade Federal de So Paulo (UNIFESP)
Eixo Temtico: Neuropsicologia Clnica e Experimental
Palavras-chave: desenvolvimento cognitivo, educao infantil, formao continuada,
neuropsicologia do desenvolvimento.
O objetivo do presente estudo contribuir para o conhecimento sobre as
necessidades formativas de professores, trazendo uma avaliao, cientificamente embasada,
sobre o impacto de um Programa de Formao Continuada em Desenvolvimento
Cognitivo, com base nas Neurocincias, para professores da Educao Infantil. O
programa foi composto por aulas tericas com temas acerca do desenvolvimento cognitivo
da criana e o processo de alfabetizao. Alguns exemplos de temas abordados foram
crescimento e desenvolvimento, desenvolvimento motor, linguagem, ateno e funes
executivas, e temas relacionados ao comportamento, como birra, choro, agressividade e
indisciplina. A fim de analisar a percepo dos professores, acerca da adequao e da
aplicabilidade do contedo do curso, foram utilizados dois instrumentos. O primeiro,
contendo duas questes, era respondido por todos os participantes antes e ao trmino de cada
encontro. As questes seguiam o modelo: (1) Como voc descreveria, em poucas linhas, o
seu conceito sobre o tema: (ttulo do tema do encontro) e (2) Quais atividades voc
considera que j realiza em sala de aula relacionada ao (ttulo do tema do encontro). Ao
final de cada encontro os professores tambm responderam ao questionrio Avaliao de
Satisfao, adaptado por Viacava (2013), a partir do modelo proposto por Kirkpatricks
(1996). Trata-se de um questionrio de 10 itens, utilizando uma escala de 5 pontos (ruim,
regular, neutra, boa, excelente), cujos critrios avaliados foram reao (ex. como voc avalia
essa aula); aprendizagem (ex. a carga horria suficiente); comportamento (ex. possvel
realizar a transferncia direta de algum contedo dessa aula para a sua prtica) e resultado
(ex. como voc avalia a possibilidade de o contedo abordado nessa aula gerar resultados
em sua prtica). Os resultados parciais dos 4 primeiros encontros mostram que houve mdia
de pontuao alta (4,6 0,51), para quase todos os critrios avaliados, exceto para
Aprendizagem 6 (a carga horria suficiente para atingir os objetivos propostos), com
mdia de 4,00 0,89. Os resultados completos sero apresentados, mas se sugere que o
curso de Formao Continuada em Desenvolvimento Cognitivo bem estruturado e com
temticas pertinentes a prtica do Professor da Educao Infantil.
Contato: [email protected]
Fomento: FAPESP; Fundao Maria Ceclia Souto Vidigal (FMCSV); Associao Fundo
de Incentivo a Pesquisa (AFIP)
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