Protocolo de Biosseguranca 2008
Protocolo de Biosseguranca 2008
Protocolo de Biosseguranca 2008
PROTOCOLO DE BIOSSEGURANA
Autores:
Profa. Dra. Almenara de Souza Fonseca Silva
Profa. Dra. Flvia Marto Flrio
Profa. Dra. Juliana Cama Ramacciato
Profa. Dra. Patrcia Ramos Cury
Prof. Dr. Rogrio Heldio Lopes Motta
Prof. Dr. Rubens Gonalves Teixeira
SUMRIO
Orientaes Gerais:................................................................................... 2
1) Introduo ............................................................................................ 4
2) Contaminao cruzada ......................................................................... 6
3) Avaliao e ateno aos pacientes ....................................................... 7
4) Proteo pessoal................................................................................... 8
5) Ateno ao processamento dos instrumentos reutilizveis ............... 10
6) Desinfeco de superfcies e utilizao de barreiras.......................... 12
7) Manejo dos Resduos de Servios de Sade em Clnicas .................... 13
8) Outras medidas preventivas ............................................................... 14
9) Acidente Ocupacional ......................................................................... 17
Referncias Bibliogrficas.........................................................................19
Orientaes Gerais:
1-
2-
3-
Em laboratrios, devem ser usados avental em tecido, alm dos demais EPIs
recomendados pelo professor coordenador.
4-
5-
6-
Todos que atuarem no ambiente clnico devem estar imunizados com as vacinas
BCG (tuberculose), trplice viral (sarampo, caxumba, rubola), dupla bacteriana
(difteria e ttano), hepatite B. recomendado que aps a terceira dose da vacina
contra hepatite B, seja realizado o teste sorolgico Anti-HBs para certificar-se da
real imunidade.
7-
8-
9-
11- proibida a lavagem de instrumentais nas pias dos equipos, estas so reservadas
para a lavagem das mos.
13- Todo material descartvel DEVE ser utilizado apenas uma vez e descartado.
14- Todo equipo deve ser limpo e desinfetado entre as trocas de pacientes e antes de
iniciar o atendimento do primeiro paciente.
17- Lixeiras com saco branco devem ser utilizadas para o descarte de resduos
infectantes (contaminados), no perfurocortantes.
1) Introduo
Agente etiolgico
Fonte de infeco
Dermatofitoses Orofaciais
Microsporum, Trichophyton e
Epidermophyton
Leso mictica
Gengivoestomatite herptica
Secrees orofarngeas e
leses
Citomegalovirose
Citomegalovrus (CMV)
Secrees orgnicas
Sfilis
Treponema pallidum
Agente etiolgico
Fonte de infeco
AIDS
HIV
Hepatite B
HBV
Hepatite C
HCV
Sangue
Agente etiolgico
Fonte de infeco
Meningite meningoccica
Neisseria meningitidis
Secrees orofarngeas
Tuberculose
Mycobacterium tuberculosis
Influenza
Ortomyxoviridae Influenza,
dos tipos A, B e C, com
subgrupos
Secrees nasais e
orofarngeas
Rubola
Togaviridae-rubivirus
Secrees nasais e
orofarngeas
Sarampo
Paramyxoviridae-morbillivirus
Secrees nasais e
orofarngeas
Ministrio da
Sade (MS) e Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE) para preveno e vigilncia, visando
tornar o ambiente mais seguro. Os principais aspectos que devem ser analisados nas
formulaes de um programa efetivo de controle de contaminao so: (1) avaliao dos
pacientes; (2) proteo pessoal; (3) esterilizao do instrumental; (4) desinfeco de
superfcies e equipamentos.
Neste
sentido,
biossegurana
requer
TREINAMENTO,
CONHECIMENTO
Assim, cada pessoa tem a responsabilidade e o dever de contribuir para que a qualidade dos
trabalhos e a segurana no ambiente seja alcanada, beneficiando a todos.
Para atingir estas metas, foi desenvolvido este Protocolo de Biossegurana, cujo
objetivo estabelecer uma padronizao de condutas para orientar a todos que circulam
diariamente pelas clnicas da Faculdade de Odontologia e Centro de Pesquisas Odontolgicas
So Leopoldo Mandic.
2) Contaminao cruzada
Em
procedimentos
que
requerem
utilizao
do
isolamento
absoluto,
4) Proteo pessoal
Em Clnicas:
A adoo de medidas de segurana como o uso rotineiro de equipamentos de
proteo individual que incluem as luvas, aventais, gorros, culos de proteo e mscaras,
assim como a conscientizao dos profissionais quanto ao controle de contaminao cruzada
so extremamente necessrias para a segurana de pacientes e profissionais no consultrio
odontolgico. Desta forma, a paramentao do cirurgio-dentista e demais membros da
equipe importantssima, pois os respingos e aerossis formados durante o tratamento
dentrio contaminam o vesturio do cirurgio-dentista e de sua equipe.
Os seguintes equipamentos de proteo individual (EPIs) e alguns procedimentos
devem ser seguidos rigorosamente para os trabalhos clnicos nas dependncias da
Faculdade de Odontologia So Leopoldo Mandic:
Os culos de proteo (com proteo lateral) devem ser utilizados por todos
os membros da equipe odontolgica (alunos e professores). culos normais no
substituem os de proteo. necessrio usar os culos de proteo sobre os
normais. Aps o atendimento, os culos devero ser lavados com sabonetes
lquidos germicidas ou solues anti-spticas, enxaguados e enxugados com
toalhas de papel.
O uso de mscara deve ser realizado tanto para proteger o paciente, como para
promover proteo contra
inalao
ou
ingesto
de
partculas pelos
Em laboratrios:
Para atividades laboratoriais, devem ser usados equipamentos de proteo individual
explicitados pelo professor. Na Graduao, obrigatrio o uso do jaleco azul de mangas
longas, modelo da So Leopoldo Mandic.
5) Ateno ao processamento dos instrumentos reutilizveis
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Com o uso de EPI adequado (mos protegidas por luvas de borracha grossa,
avental, gorro, mscara e culos de proteo), passar em gua corrente os
instrumentos contaminados para remoo do excesso de sangue e saliva e em
seguida imergi-los em soluo de cido peractico (Sekusept Aktiv, Sterilife)
por 15 minutos em uma cuba plstica com tampa para descontaminao.
Ateno com relao ao prazo de validade da soluo de cido peractico, que
varia de 1 a 30 dias, na dependncia da marca do produto.
As embalagens devem ser permeveis ao vapor, sendo aceitas envelopes autoselantes e rolos, constitudos de papel grau cirrgico e filmes transparentes,
lacrados por seladora. A selagem deve ser realizada, com uma margem de 3 cm
em uma das bordas para permitir abertura assptica.
11
12
de
acordo
com
as
caractersticas
fsicas,
qumicas
biolgicas
13
O usurio deve sempre estar usando EPI para no se expor ao risco qumico.
14
evidncias
tm
comprovado
cientificamente
transferncia
de
para
reduzir
risco
de
contaminao
algumas
condutas
so
recomendadas:
Peas protticas e os diversos aparelhos devem ser lavados com gua e sabo,
desinfetados e enxaguados abundantemente quando retirados do paciente, antes
de serem colocados sobre a mesa clnica; antes da insero na boca do paciente,
quando so recebidos do laboratrio e aps as etapas clnicas do processo de
confeco, antes de voltarem ao laboratrio.
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Item
Prteses parciais ou
totais removveis
Desinfetante
Mtodo
Tempo
Hipoclorito de sdio a 1%
Imerso
10 minutos
Hipoclorito de sdio a 1%
Imerso
10 minutos
Hipoclorito de sdio a 1%
Imerso
10 minutos
Hipoclorito de sdio a 1%
intermaxilares
Imerso ou
borrifo
10 minutos
Casquetes, moldeiras,
bases provisrias em
Hipoclorito de sdio a 1%
Imerso
10 minutos
acrlico
Moldes devem ser lavados em gua corrente para remoo de sangue, saliva e
resduos. O excesso de gua deve ser removido com jatos de ar e a desinfeco
realizada conforme descrito a seguir:
Material de
Desinfetante
Mtodo
Tempo
Alginato
Hipoclorito de sdio a 1%
Borrifo
10 minutos
Politer
Hipoclorito de sdio a 1%
Borrifo
10 minutos
Hipoclorito de sdio a 1%
Imerso
10 minutos
Hipoclorito de sdio a 1%
Imerso
10 minutos
Hipoclorito de sdio a 1%
Imerso
10 minutos
moldagem
Siliconas e
mercaptanas
Godiva
Pasta de xido de
zinco e eugenol
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Para desinfeco dos moldes pelo mtodo de imerso devem ser utilizados
recipientes com tampa.
Polimento de peas protticas em torno eltrico deve ser realizado com gorro,
mscara, avental e culos de proteo, estando o agente abrasivo dissolvido em
soluo de hipoclorito de sdio a 1%.
O material ortodntico, como fios, braquetes e bandas devem ser de uso nico e
processados conforme a aplicao. Se usados como materiais semi-crticos
devem ser desinfetados. Se usados como materiais crticos devem ser
esterilizados.
9) Acidente Ocupacional
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1. Ambulatrio de Aids:
Coordenador Dr. Vicente
Rua Regente Feij n 637 / Telefones: 3234-5000 ou 3237-6704
2. Posto de Sade da Vila Ip:
Coordenadora Dra. Andrea enfermeira Ivete
Rua Sinira Arruda Valente, n 1400 / Telefone: (19) 3776-0461
APS S 18:00 PS Hospital Mario Gatti
Fonte:
Dever ser submetido ao teste rpido para HIV;
Sorologia para HEPATITE B, HEPATITE C e HIV em at 48 horas aps o acidente.
Acidentado:
Sorologia para HEPATITE B, HEPATITE C e HIV em at 48 horas aps o acidente;
Fonte positiva para HIV: incio imediato do uso do coquetel;
Fonte positiva para HEPATITE B: imunoglobulina em no mximo 72 horas.
1
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Referncias Bibliogrficas
AMERICAN DENTAL ASSOCIATION (ADA) Report. Infection control recommendations for the
dental office and dental laboratory. J Am Dent Assoc, Chicago, v.127, n. 5, 672-80, 1996.
BRASIL. Ministrio da Sade. Agncia Nacional de Vigilncia
odontolgicos: preveno e controle de riscos. Braslia, 2006.
Sanitria.
Servios
BRASIL. Ministrio da Sade. Resoluo RDC n.o 306, de 07 de dezembro de 2004. Dispe
sobre o Regulamento Tcnico para gerenciamento de resduos de servios de sade. Dirio
Oficial [da] Repblica Federativa do Brasil, Braslia, 10 dez. 2004.
BRASIL. Ministrio da Sade. Secretaria de Polticas de Sade. Coordenao Nacional de
DST e AIDS. Controle de infeces e a prtica odontolgica em tempos de AIDS: manual de
condutas. Braslia, 2000.
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2003.
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COSTA, M.A.; COSTA M.F.B.; MELO, N.S.F.O. Biossegurana - Ambientes Hospitalares e
Odontolgicos. So Paulo: Santos, 2000.
ESTRELA, C.; ESTRELA, C.R.A. Controle de infeco em odontologia. So Paulo: Artes
Mdicas, 2003.
FONSECA-SILVA, A.F.; RISSO, M.; RIBEIRO,
odontolgicos. So Paulo: Pancast, 2004.
M.C.
Biossegurana
em
ambientes
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