Contabil Empresarial
Contabil Empresarial
Contabil Empresarial
INSTITUTO
FEDERAL
RIO GRANDE
DO SUL
Curitiba-PR
2012
Neide Alves
Pr-Reitoria de Gesto de Pessoas e
Assuntos Estudantis - PROGEPE
e-Tec/MEC
Projeto Grfico
Indicao de cones
Os cones so elementos grficos utilizados para ampliar as formas de
linguagem e facilitar a organizao e a leitura hipertextual.
Ateno: indica pontos de maior relevncia no texto.
e-Tec Brasil
Sumrio
Palavra dos professores-autores
11
Aula 1 Empresas
1.1 Definio de Empresa
13
13
13
13
14
17
17
18
18
18
18
19
21
23
24
25
29
35
35
36
39
39
43
47
47
48
51
e-Tec Brasil
51
51
53
56
8.5 A
tivo Circulante (AC) e Passivo Circulante (PC)
56
59
59
59
61
63
63
63
65
65
Aula 11 U
m comparativo entre DRE e DFC
67
11.1 Enfoques de tratamento para a Demonstrao
do Resultado e a Demonstrao do Fluxo de Caixa 67
11.2 Estudo de caso
Aula 12 D
emonstrao do resultado exerccio
12.1 Leis relacionadas
12.2 Descrio dos Principais Grupos da DRE
67
71
71
73
Aula 13 D
emonstrao dos lucros e prejuzos acumulados 77
13.1 Estrutura da Demonstrao de Lucros ou Prejuzos Acumulados (DLPA)
78
Aula 14 D
emonstrao do Fluxo De Caixa (DFC)
14.1 Uma breve palavra sobre Fluxo de Caixa
83
83
84
84
e-Tec Brasil
87
88
90
97
Aula 17 C
ontabilidade de Custos como Instrumento
til da Contabilidade Empresarial
103
17.1 Contabilidade de custos
103
17.2 Definies
103
17.3 Finalidade
104
17.4 Objetos
105
17.5 Terminologias
105
Aula 18 M
argem de contribuio
18.1 Conceito
111
111
111
112
Aula 19 P
onto de equilbrio
19.1 Definio
115
115
19.2 Frmulas
115
19.3 D
iferenas entre os mtodos de Calculo de Ponto
de Equilbrio
116
19.4 L imitaes ao uso do ponto de equilbrio
116
121
121
123
Resumo
124
Referncias
127
Atividades autoinstrutivas
129
147
e-Tec Brasil
11
e-Tec Brasil
Aula 1 Empresas
Nesta aula vamos visualizar uma empresa com seus departamentos contbeis.
13
e-Tec Brasil
Fornecedores;
Clientes;
Empregados
Bancos;
Investidores;
Concorrentes;
A comunidade (sociedade);
Governo;
Sindicato;
Outros por diversos motivos.
e-Tec Brasil
14
Contabilidade Empresarial
Resumo
Nesta aula o aluno obteve o conhecimento de como funciona o departamento contbil de uma empresa, ou como funciona um escritrio contbil.
Atividades de aprendizagem
Qual departamento contbil esta ligado diretamente com a gesto da
empresa? Por qu?
Aula 1 Empresas
15
e-Tec Brasil
17
e-Tec Brasil
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18
Contabilidade Empresarial
Resumo
Atravs do estudo desse captulo, foi possvel apresentar as caractersticas
dos sistemas contbeis mais antigos e modernos, passando pelo atual padro estabelecido pelo governo brasileiro, o chamado Sistema Pblico de
Escriturao Digital (SPED), alm de tratarmos da integrao de todos os
possveis sistemas em uma organizao, a partir de um sistema central que
atenda a todas as necessidades globais de uma empresa, o Planejamento de
Recursos Empresariais (ERP).
Aula 1 Empresas
19
e-Tec Brasil
Atividades de aprendizagem
Pesquisar no Cdigo Civil (Lei 10.406/2002) na parte de Direito Empresarial,
os artigos que tratam da escriturao e sistemas de escriturao, bem como
da Instruo Normativa da RFB No. 787/2007 que regulamenta o SPED. Disponvel em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm
Anotaes
e-Tec Brasil
20
21
e-Tec Brasil
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Contabilidade Empresarial
3.1 R
elatrios Contbeis Obrigatrios X
No Obrigatrios
No Brasil, destacam-se dois tipos distintos de sociedades: as empresas limitadas (quotas de capital) e as annimas (por aes). As sociedades limitadas
devero seguir parte dos dispositivos das sociedades annimas, como elaborao das demonstraes nos moldes da Lei das Sociedades por Aes, no
sendo, entretanto, obrigadas a publicar tais demonstraes. J as sociedades
annimas alm de seguirem os modelos de relatrios da Lei das S.A.s (Sociedades Annimas), devero tambm public-los.
Pode-se dizer ento, alm de existirem tipos de sociedades diferentes quanto
a sua constituio (Sociedade Limitada constituda por quotas de capital, e
Sociedade Annima constituda por aes), mesmo que regidas pela Lei das
S.A.s, no seguem o mesmo padro quanto a elaborao e publicao dos
relatrios contbeis. H relatrios contbeis que devem ser elaborados, mas
no so obrigatrias suas publicaes, e h relatrios contbeis que devem
ser elaborados e publicados obrigatoriamente, dependendo especificamente
do tipo de sociedade e do seu porte. De acordo com a Lei 11.638/2007, as sociedades de grande porte so aquelas que apresentaram no ano anterior, em
seu Ativo Total, o valor superior a R$240.000.000,00 (duzentos e quarenta
milhes de reais) ou uma Receita Bruta anual superior a R$300.000.000,00
(trezentos milhes de reais). Essas empresas, mesmo que no sejam sociedades annimas, esto sujeitas Lei das S.A.s em relao escriturao
contbil e elaborao dos demonstrativos contbeis / financeiros.
23
e-Tec Brasil
Sociedades Annima
Lei 6.404/76 (Alterada pela
Lei 11.638/07) (Publicao
nos jornais)
Obrigatrios
(Pela Lei das Sociedades por Aes)
Capital Fechado
(No Vendido em Bolsa de
Valores)
Grande Porte
Ltdas. e Outras Lei No. 10.406/02) - CC No
precisam ser publicados
Relatrios
Contbeis
Mdias, Pequenas
e Micros
Relata o Passado
DOAR
Balano Patrimonial
Relata o Futuro
Oramento
No Obrigatrios
(No exigidos por Lei)
* - Obrigada a publicar nos jornais quando o PL for maior que R$ 2.000.000,00 (Ver arquivo original em Word)
PASSIVO
PATRIMNIO LQUIDO
e-Tec Brasil
24
Contabilidade Empresarial
J de conhecimento de vocs que a composio dos grupos estar representado da seguinte forma:
Ativo: Bens e Direitos, representando as aplicaes de recursos, controlados pela organizao, tendo por objetivo a perspectiva de resultados econmicos futuros.
Passivo: Obrigaes ou exigibilidades, designando as dvidas das empresas junto a terceiros.
Patrimnio Lquido: Representa a diferena entre o ativo e o passivo, ou ainda, o investimentos dos scios na sociedade, alm dos
valores obtidos economicamente pelo resultado da atividade da organizao (lucro ou prejuzo).
Uma vez que as contas devam seguir uma classificao ordenada e uniforme, para que permita aos usurios uma anlise adequada, o ativo e passivo
devero apresentar uma subdiviso, de acordo com os 1 e 2 do Art. 178
da Lei 6.404/76, sendo:
BALANO PATRIMONIAL
ATIVO
Ativo Circulante
Ativo No Circulante
Realizvel a Longo Prazo
Investimentos
Imobilizado
Intangvel
PASSIVO
Passivo Circulante
Passivo No Circulante
Patrimnio Lquido
Capital Social
Reservas de Capital
Ajustes de Avaliao Patrimonial
Reservas de Lucros
Aes em Tesouraria
Prejuzos Acumulados
25
e-Tec Brasil
Capital de Terceiros: So todas as obrigaes da empresa junto a terceiros, que foram contradas para o desenvolvimento da atividade operacional. Exemplo: Fornecedores, Contas a Pagar, Impostos a Pagar, etc.
Para se identificar o capital de terceiros, basta verificar no balano
patrimonial a representao de dois grupos importantes: o passivo
circulante e o passivo no circulante (respectivamente obrigaes de
curto prazo e obrigaes de longo prazo). Todas as obrigaes de
curto e longo sero exigveis, ou seja, sero cobradas pelos terceiros.
Capital Prprio: So as obrigaes da empresa junto aos scios, representada pelos investimentos iniciais dos scios na sociedade. Exemplo: Capital Social. Esse tipo de obrigao estar representado no
Balano Patrimonial pelo grupo do Patrimnio Lquido, e no sero
cobradas imediatamente (obrigaes no exigveis).
Uma comparao entre o capital de terceiros e capital prprio poder apresentar o grau de endividamento da empresa, ou seja, quanto maior for o
capital de terceiros (obrigaes junto a terceiros exigveis) em relao ao
capital prprio (obrigaes junto aos scios no exigveis), maior ser o
endividamento da empresa. Isso significa que a empresa dever optar por
contrair obrigaes com terceiros de forma planejada, para que possa quitar
estas obrigaes e assim, possuir um grau de endividamento baixo.
Resumo
Atravs dos relatrios contbeis possvel ao tcnico em administrao compreender melhor porque so elaborados tais relatrios e a quem atendem
estas informaes. A partir da Lei 11.638/2007 que alterou a Lei 6.404/76,
algumas alteraes foram introduzidas, mas continua evidente a necessidade e obrigatoriedade dos demonstrativos contbeis para atendimento as
necessidades governamentais, bem como para a gesto empresarial com
foco no resultado. Vimos tambm que h alguns relatrios que so obrigatrios a elaborao e outros no so, e tambm h relatrios que no so
obrigatrios a publicao e outros so obrigatrios a publicao. Por ltimo
vimos que de acordo com o tipo de sociedade, a necessidade de recursos de
terceiros ou prprio depender do tipo de negcio, mas que toda empresa
possui os dois tipos de recursos.
e-Tec Brasil
26
Contabilidade Empresarial
Atividades de aprendizagem
Baseado em sua situao pessoal e patrimonial, relacione os recursos de
terceiros e os recursos prprios, e organize-os baseados nas divises de
grupos e subgrupos do balano patrimonial (ver modelo do art. 178, da
Lei 6.404/76 e Lei 11.638/2007.).
Anotaes
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e-Tec Brasil
29
e-Tec Brasil
Em quarto lugar, sero classificadas as contas que dificilmente sero transformadas em dinheiro, sendo utilizadas como meio de alcance dos objetivos
operacionais da organizao, sendo consideradas contas de pouqussima liquidez e so utilizados por vrios anos pela empresa (vida til longa). Os itens
nesse grupo tem uma caracterstica permanente, de uso por vrios anos ou
perodos operacionais, no se destinando venda (Mquinas e Equipamentos, Veculos, Edificaes, etc.). A esse grupo chamamos de Imobilizado
(no se transformam em dinheiro facilmente, ou quase nunca).
Em quinto e ltimo lugar, com as alteraes da Lei 6.404/76, promovidas pelas Leis 11.638/07 e 11.941/09, foi inserida uma nova estrutura no balano
patrimonial para as empresas de capital aberto e fechado e as sociedades de
grande porte, no qual sero classificadas as contas que representem direitos
que tenham por objeto bens incorpreos destinados manuteno da companhia ou exercidos com essa finalidade (Fundo de comrcio adquirido pela
organizao, Marcas e Patentes e Gastos com Pesquisa e Desenvolvimento,
etc.). Esse grupo chamamos de Intangvel.
Assim, a partir do que a lei determina, e pelas prticas contbeis adotadas,
as contas de ativo podero ser representadas em seus respectivos subgrupos
da seguinte forma:
BALANO PATRIMONIAL
ATIVO
PASSIVO
Ativo Circulante
Caixa
Bancos
Clientes
Estoques
Ativo No Circulante
Realizvel a Longo Prazo
Valores a Receber
Emprstimos a Scios
Investimentos
Investimentos em Coligadas
Obras de Arte
Imobilizado
Mquinas e Equipamentos
Veculos
Edificaes
Intangvel
Fundo de Comrcio
Marcas e Patentes
Gastos com P&D
Fonte: Elaborado pelo autor
e-Tec Brasil
30
Contabilidade Empresarial
31
e-Tec Brasil
BALANO PATRIMONIAL
ATIVO
PASSIVO
Passivo Circulante
Fornecedores
Salrios a Pagar
Impostos a Pagar
INSS a Pagar
Passivo No Circulante
Exigvel a Longo Prazo
Financiamentos a Pagar
Emprstimos a Pagar
IR e CS Diferidos
Patrimnio Lquido
Capital Social
Reservas de Capital
Ajustes de Avaliao Patrimonial
Reservas de Lucros
Aes em Tesouraria
Prejuzos Acumulados
Resumo
Nessa aula foi apresentado o balano patrimonial de uma forma mais detalhada, possibilitando interpretar de maneira mais fcil as contas que compem cada grupo patrimonial, tanto Ativo quanto Passivo, e a relao entre
contas dentro do grupo, possibilitando a apresentao do Balano Patrimonial mais adequada realidade da organizao.
e-Tec Brasil
32
Contabilidade Empresarial
Atividades de aprendizagem
Dado as contas abaixo relacionadas da Empresa XYZ S/A, elabore o
Balano Patrimonial em 31/12/20X9:
CONTA
DBITO
Caixa
220.000,00
6.000,00
Mveis e Utenslios
50.000,00
FGTS a Recolher
18.200,00
Dividendos a Pagar
98.000,00
65.000,00
120.000,00
Estoque de Mercadorias
1.073.500,00
327.500,00
15.000,00
Veculos
200.000,00
COFINS a Recolher
46.000,00
Salrios a Pagar
44.000,00
42.000,00
Capital Social
1.200.000,00
Lucros Acumulados
107.342,00
Reserva Legal
82.023,00
INSS a Pagar
12.500,00
30.000,00
Fornecedores
250.000,00
364.935,00
Mquinas e Equipamentos
50.000,00
Marcas e Patentes
180.000,00
Duplicatas a Receber
400.000,00
33
e-Tec Brasil
Esta aula tem como objetivo aprofundar os conhecimentos e diferenciaes sobre a utilizao pela contabilidade, da proviso e das reservas.
35
e-Tec Brasil
tersticas da Proviso para Devedores Duvidosos, porm diretamente relacionada aos estoques, sendo relacionada (em caso de sua existncia), logo
aps a conta de Estoques.
No caso de bens do ativo, a situao mais comum so os valores representados pelos bens permanentes, registrados no Imobilizado. Os bens tangveis
da empresa perdem valor, seja pelo seu uso, pelo seu desgaste ou pela perda
de sua eficincia em produzir resultados, o registro contbil para essa perda
ser chamada de Depreciao Acumulada, em funo de ao longo do
tempo, o valor registrado gradativamente se acumular. Mesmo havendo o
registro da depreciao acumulada pelo desgaste ou uso, a caracterstica do
registro dessa proviso dever ser feita em conta especfica no Ativo, dentro
do subgrupo Ativo No Circulante, e por sua vez, pertencer ao grupo menor do Imobilizado. No Imobilizado, o que diferencia a conta de depreciao
das demais contas do Ativo, ela ser de caracterstica credora, ou seja, ela
fica em conta especfica, no Ativo, porm credora, reduzindo assim o potencial valor do bem em funo do seu desgaste.
Ainda em se tratando de bens, os bens intangveis tambm sofrem reduo
pelo seu desgaste, pelo seu uso ou pela sua perda de eficincia em produzir
resultados, e ser registrado no Ativo de forma similar Depreciao, mas
ser chamada de Amortizao Acumulada. Se ainda fizer parte dos bens
intangveis da empresa a explorao de recursos naturais ou minerais, estes
por sua vez devero tambm registrar a perda da capacidade produtiva, e a
conta ser chamada de Exausto Acumulada.
As proviso que reduzem o ativo so de caracterstica credora, j que os
saldos das contas de ativo so originariamente devedoras.
36
Contabilidade Empresarial
b) Proviso para 13 Salrio: Dever ser constituda essa proviso no passivo, tambm baseada no direito adquirido pelo funcionrio para cada
ms trabalhado, e seu registro ser de 1/12 avos, contudo, seu pagamento ocorrer sempre ao trmino do exerccio social. A contrapartida dessa
proviso o registro de uma despesa, no grupo de resultado, reduzindo
assim o lucro da empresa.
c) Proviso para IR e CS: O Imposto de Renda e a Contribuio Social, sero registradas as duas provises no exerccio social e liquidada no exerccio financeiro. Isso significa que em virtude do Regime de Competncia,
considera-se o IR e a CS no ano em que foi gerado, e seu pagamento no
ano seguinte.
5.2.1 Reservas
As reservas so valores que tem como caracterstica de origem, suas constituies baseadas no resultado positivo da atividade de uma empresa. Desse
resultado positivo, sero feitas as destinaes conforme a legislao determina. Essas destinaes no so valores que reduzem o patrimnio, mas
sim aumentam, como um fato positivo, j que compem o Capital Prprio
da companhia, ao contrrio das Provises, que aumentam as obrigaes no
passivo (Capital de Terceiros) ou diminuem do Ativo.
Reservas de Capital So aumentos ao Patrimnio Lquido da companhia,
mas normalmente gerados por terceiros e no originados das operaes da
empresa. Os casos mais comuns so:
a) gio Cobrado na Emisso de Novas Aes;
b) Doaes;
c) Subvenes para Investimentos.
Reservas de Incentivos Fiscais Decorrentes de Doaes ou Subvenes governamentais para Investimentos em Ativos.
Reservas de Lucro So as cotas constitudas pelo aproveitamento de lucros
da companhia, podendo ser:
a) Reserva Legal
b) Reserva Estatutria
c) Reserva para Contingncias
d) Reserva de Lucros a Realizar
Aula 5 Provises Versus Reservas
37
e-Tec Brasil
Resumo
Nesse captulo, tivemos a condio de estudar e compreender de forma simples, a definio e aplicao de uma proviso, podendo ela ser para reduo
do Ativo ou aumento do Passivo. A proviso do Ativo ser caracterizada pelo
registro em contas de origem credora, que reduziro os valores dos bens e
direitos do Ativo, seja do grupo Circulante ou No Circulante. Da mesma
forma, as provises do Passivo, serviro para aumentar as obrigaes devidas pela companhia. Esses aumentos podero ocorrer no grupo Circulante
ou No Circulante. E vimos ainda as Reservas, que tem como caracterstica
principal positiva o aumento do Patrimnio Lquido, e consequente aumento
do Capital Prprio.
Atividades de aprendizagem
Faa uma pesquisa atravs de livros e da internet, e procure identificar,
alm dos exemplos apresentados sobre Provises do Ativo e Provises do
Passivo, outros exemplos que possam caracterizar cada um dos grupos
mencionados.
Anotaes
e-Tec Brasil
38
Contabilidade Empresarial
Aula 6 T
ratamento de receitas e
despesas antecipadas
Este captulo tratar especificamente sobre os ajustes em contas de resultado, baseado na ocorrncia de receitas e despesas antecipadas.
Para que os resultados dos exerccios apurados pelas empresas estejam de
acordo com os Princpios de Contabilidade, necessria a realizao de ajustes nas contas de Receitas e Despesas. A partir dos registros contbeis e
elaborao dos relatrios, h a necessidade da realizao de ajustes mensais.
Contudo, alguns desses ajustes podem ser efetuados uma nica vez ao ano,
especificamente na apurao do resultado do exerccio, ao final do ano.
A partir da Resoluo do CFC No. 750/93, que estabelece os sete princpios
de contabilidade, o princpio da competncia trata do tema das receitas e
despesas: ... as receitas e despesas devem ser reconhecidas na apurao do
resultado do perodo a que pertencerem e de forma simultnea quando se
correlacionarem. As despesas devem ser reconhecidas independentemente
do seu pagamento e as receitas, somente quando de sua realizao.
Dessa forma, as despesas sero reconhecidas pela contabilidade no exerccio
que foram geradas, sejam elas pagas ou no; as receitas sero reconhecidas
no exerccio ou momento de sua realizao (gerao), quer tenham sido
recebidas ou no. Baseado nessas premissas do Princpio da Competncia,
estaremos apresentando algumas informaes pertinentes a ajustes em contas de Despesas e Receitas.
39
e-Tec Brasil
e-Tec Brasil
40
Contabilidade Empresarial
41
e-Tec Brasil
36.500
A conta debitada (Prmios de Seguro a Vencer) Conta do Ativo Circulante que registra a despesa paga antecipadamente. Ao final de cada ms, a
empresa dever apropriar o valor da despesa de seguro do referido ms,
debitando uma conta que representa a despesa de seguro, no grupo de
resultado, e creditando a Conta do Ativo Circulante que registrou a despesa
paga antecipadamente.
Para se conhecer o valor da despesa de seguro de cada ms, feito o seguinte clculo: divide-se o valor da despesa paga por 365 dias, obtendo-se,
assim, o valor da despesa de seguro correspondente a um dia. A partir da,
basta multiplicar o nmero de dias do ms pelo valor da despesa diria para
se conhecer o valor a ser apropriado naquele ms.
Se a apropriao for feita somente no final do ano, basta multiplicar o nmero de dias contados a partir do dia do pagamento da despesa (4 de julho)
at o ltimo dia do ano (31 de dezembro) pelo valor dirio do seguro. Veja:
R$36.500 = R$100,00 por dia
365 dias
180 dias x R$100,00 = R$18.000,00
Esses R$18.000,00 sero considerados como despesa desse exerccio.
Assim, a contabilizao a seguinte:
D Despesas Prmios de Seguro
C Prmios de Seguro a Vencer
Pela apropriao de despesa de seguro referente ao
Perodo de 4 de agosto a 31 de dezembro
e-Tec Brasil
42
15.000
Contabilidade Empresarial
43
e-Tec Brasil
6.2.1 R
eceitas Realizadas (geradas/ganhas) e No
Recebidas
Para apropriao das receitas geradas e ainda no recebidas, dever ser feito
um lanamento a dbito de uma conta do Ativo, que represente o respectivo
direito (Ex.: Duplicatas a Receber, Aluguis a Receber, etc.), e um lanamento
a crdito em uma conta que represente a respectiva receita (Ex.: Vendas de
Mercadorias, Aluguis Ativos, etc.).
Exemplo: A empresa tem um imvel alugado para o Sr. Joaquim. Segundo
consta no contrato de locao, o pagamento do aluguel do ms ser sempre
no dia 10 do ms seguinte. Dessa forma, o aluguel do ms de dezembro,
que de R$4.000 e deve ser recebido no dia 10 de janeiro do ano seguinte,
ser registrado no dia 31 de dezembro conforme o seguinte lanamento:
D Aluguis a Receber
C Receitas de Aluguis Ativos
Pela apropriao do aluguel ref. ao ms de
Dezembro, a ser recebido em 10 de janeiro p.f.
4.000
e-Tec Brasil
44
Contabilidade Empresarial
10.000
Resumo
Atravs do contedo nesse captulo, foi apresentado o registro de receitas e
despesas, recebidas e pagas antecipadamente, bem como tambm receitas
e despesas reconhecidas (geradas), mas sem o recebimento ou o pagamento
antecipado, observando assim o princpio da competncia, de acordo com a
Resoluo No. 750/2003 do CFC. Tambm foram apresentados exemplos das
respectivas operaes contbeis para melhor compreender o mecanismo desses registros na contabilidade.
45
e-Tec Brasil
Atividades de aprendizagem
Uma empresa comercial, efetuou a contratao de um seguro, para a
cobertura de seu prdio, por um perodo de 1 ano. Esta contratao
ocorreu no ms de maro de 20x8, pelo valor total de R$24.000,00, sendo que ela efetuou o pagamento do seguro antecipadamente, atravs
do Banco.
Anotaes
e-Tec Brasil
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Contabilidade Empresarial
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e-Tec Brasil
e-Tec Brasil
48
Contabilidade Empresarial
Resumo
Atravs deste captulo foi possvel tratar do capital de terceiros no contexto
endividamento de curto e longo prazo. Tambm foi trato de contas redutoras, sejam elas de ativo e passivo, sendo essas contas responsveis por representar a reduo do montante total dos grupos patrimoniais principais, em
funo de perspectivas de valores no recebidos, ou do desgaste de bens,
ou ainda pela no realizao de investimento de capital prprio ou resultado
negativo da atividade operacional.
Atividades de aprendizagem
Pesquise atravs da internet ou de relatrios impressos, o balano patrimonial de empresas que publicam esse demonstrativo contbil, e identifique a composio do endividamento dessa companhia, bem como as
contas redutoras de Ativo e Passivo.
49
e-Tec Brasil
51
e-Tec Brasil
Para refletir
Onde esta os bens de uma empresa, no Ativo ou no Passivo?
Ou
De onde vieram os recursos financeiros para a aquisio destes bens?
Balano Patrimonial
PASSIVO
(Capital de Terceiros)
ATIVOS
BENS + DIREITOS
PATRIMNIO LQUIDO
(Capital Prprio)
e-Tec Brasil
PASSIVO
Circulante
R$187.162,60
Circulante
R$114.297,18
Disponvel
R$54.607,37
Fornecedores
R$60.280,00
Caixa
R$6.890,23
Icms a Recolher
R$17.793,60
Bancos
R$18.358,69
IR a Recolher
R$1.779,36
R$29.358,45
Salrios a Pagar
R$12.980,00
Crditos
R$53.197,23
R$1.352,00
Clientes
R$45.697,23
Emprstimos Bancrios
R$9.850,00
Contas a Pagar
R$4.850,00
R$963,82
R$4.448,40
No Circ.
R$292.805,06
Financiamentos
R$258.860,12
Ttulos a Pagar
R$33.944,94
Patrimnio Liquido
R$533.394,04
R$3.500,00
Adiantamentos
R$1.200,00
R$2.800,00
Estoques
R$79.358,00
R$79.358,00
No Circulante
R$753.333,68
R$37.200,00
Impostos a Recuperar
R$3.200,00
Adiantamento a Scios
R$12.000,00
Capital Social
R$500.000,00
Emprstimos a Coligadas
R$22.000,00
Capital Subscrito
R$500.000,00
52
Contabilidade Empresarial
Investimentos
R$ -
R$135.000,00
Reservas de Lucros
R$ -
Reserva Legal
R$ -
R$33.394,04
R$33.394,04
( - ) Prejuzos Acumulados
R$ -
R$75.000,00
Participaes Societrias
R$25.000,00
R$35.000,00
Imobilizado
R$346.133,68
Veculos
R$22.350,00
-R$372,50
Mveis e Utenslios
R$7.900,00
-R$65,83
Equipamentos Eletrnicos
R$6.980,00
-R$116,33
Edifcios
R$130.000,00
-R$541,66
Terrenos
R$180.000,00
Intangvel
R$235.000,00
Fundo de Comrcio
R$220.000,00
Marcas
R$15.000,00
TOTAL
R$940.496,28
TOTAL
R$940.496,28
R$ 148.280,00
R$148.280,00
R$ -
Abatimentos
R$ -
Impostos e Taxas
R$23.205,82
ICMS s/ Faturamento
R$17.793,60
PIS s/ Faturamento
R$963,82
COFINS S/ Faturamento
R$4.448,40
53
e-Tec Brasil
Receita Liquida
R$125.074,18
R$54.545,45
CMV
R$54.545,45
Lucro Bruto
R$70.528,73
R$33.753,91
Despesas de Vendas
R$7.522,14
Salrios
R$7.522,14
Comisses
R$3.761,07
Propaganda/Publicidade
R$2.450,00
Marketing
R$189,00
R$3.500,00
Honorrios Administrativos
R$4.500,00
Salrios e encargos
R$6.980,00
Aluguis escritrio
R$2.800,00
Materiais de Escritrio
R$890,00
Depreciao
R$1.096,32
Assinaturas de Jornais
R$54,80
Despesas diversas
R$10,58
Despesas Administrativas
R$16.331,70
Lucro Operacional
R$36.774,82
Receitas No Operacionais
R$ Despesas No Operacionais
R$ Lucro Antes do
Imposto de renda
R$36.774,82
Imposto de Renda e
Contribuio Social
R$3.380,78
IRPJ s/ Faturamento
R$1.779,36
CSSL s/ Faturamento
R$1.601,42
Lucro Depois do
Imposto de Renda
R$33.394,04
Participaes
Lucro Lquido
Empregados
R$ -
Administrao
R$ R$33.394,04
e-Tec Brasil
54
Contabilidade Empresarial
Para Refletir
Sobre a Estrutura Financeira:
Pergunta. Todas as despesas foram pagas? Todas as Receitas foram recebidas?
A resposta esta no principio da competncia que considera receitas e despesas do perodo independentemente do pagamento das despesas ou do
recebimento das receitas.
Nota! Na contabilidade ou no Balano Contbil no podemos confundir despesas pagas com despesas do perodo, pois consideramos as despesas do
perodo independentemente de seu pagamento, bem como as receitas independentemente do seu recebimento, o famoso Principio da Competncia.
Alguns segmentos de mercado com alto giro de seus ativos circulantes poder ser desconsiderado o regime de competncia e utilizar o regime de caixa,
no entanto no aconselhvel tendo em vista que o regime de caixa trata
apenas de recebimento e pagamento, no levando em considerao despesas no monetrias, como por exemplo, depreciao, perdas involuntrias
(estoque) e provises mensais que possuem reflexos financeiros somente em
alguns perodos do ano, como 13 salrio.
55
e-Tec Brasil
8.5 A
tivo Circulante (AC) e Passivo Circulante (PC)
Comparao entre AC e PC propicia uma viso panormica da Situao Financeira da empresa em curto prazo ou no perodo do ciclo operacional.
e-Tec Brasil
56
Contabilidade Empresarial
Liquidez Corrente, geralmente, ideal que seja > 1, isto , AC > PC.
57
e-Tec Brasil
Resumo
Nesta aula observamos os grupos principais das demonstraes financeiras,
uma simples comparao dar uma viso da situao financeira da empresa,
o compromisso dos bens em circulao versus as obrigaes financeiras. Os
comparativos podem ser compostos dos mais diversos encontros com o Ativo e Passivo, por exemplo, sem o estoque dependendo da sua rotatividade
ou contas a receber, cada empresa tem uma composio patrimonial que
dever ser analisada de forma particular.
Atividades de aprendizagem
Qual a situao financeira da empresa do nosso Balano Patrimonial (Empresa Modelo)? Faa um comentrio? (pginas: 53 e 54)
Anotaes
e-Tec Brasil
58
Contabilidade Empresarial
PASSIVO
(Capital de Terceiros)
PATRIMNIO LQUIDO
(Capital Prprio)
59
e-Tec Brasil
Assim, cada conta do Passivo Circulante nos mais diversos ttulos que tem
cunho de financiamento das atividades da empresa em sua essncia, capital de terceiro.
Capital Prprio (Patrimnio Liquido ) em relao ao Capital de Terceiros (Passivo Circulante e Passivo No Circulante)
O Capital prprio so os recursos iniciais dados pelos scios, mais os lucros
acumulados retidos e outras reavaliaes dos bens e direitos, isto definindo
de forma sinttica.
9.3 F
ortalecimento do Patrimnio Liquido
x Capital Terceiros
A principal fonte o lucro quando a empresa possui um resultado positivo e expressivo, naturalmente que h um fortalecimento no capital uma
vez que este for aplicado no Ativo, gera menos dependncia de capital de
terceiros.
Constante obteno de resultado positivo
Contribui para uma situao econmica mais slida, a constncia de aplicaes do resultado positivo (lucro), leva a uma menor dependncia de
capital de terceiros que possui um custo liquido e certo para a empresa
no financiamento de suas atividades;
No se torna vulnervel a qualquer revs que possa ocorrer no dia a dia;
Quanto mais composto de capital prprio, menos vulnervel se torna a
empresa oscilaes de mercado;
O oposto tambm uma realidade;
O Prejuzo constante de uma empresa silencioso, vai diminuindo seus
bens se percebido pelos seus gestores, pode at mesmo estar em uma
situao financeira favorvel no curso prazo, no entanto ao longo dos
anos torna-se invivel pela constncia de prejuzos;
Um exemplo simples, mas que ira dar um entendimento exponencial, quando voc pega um emprstimo para comear a pagar daqui a seis meses, voc
e-Tec Brasil
60
Contabilidade Empresarial
9.4 Lucro
Todo lucro obtido pela empresa pertence aos proprietrios;
Cabe uma pergunta! De quem a empresa? obvio que a empresa pertence
aos seus proprietrios ou proprietrio, logo o lucro da empresa pertence aos
seus donos, a opo de aplicar parte deste lucro na empresa dos scios.
O lucro no distribudo aos proprietrios, fortalece a situao de econmica da empresa, isto , a empresa se fortalece. Essa parcela se incorpora
ao Capital Prprio. Numa situao de continuidade, sem a distribuio,
pertence empresa;
Se o patrimnio lquido apresentar crescimento em proporo menor que o
Capital de Terceiros, durante vrios perodos, a situao econmica da empresa tende a enfraquecer.
Ativo
Passivo + PL
Aplicao
Aplicao
Capital Prprio
Aplicao
Origens
61
e-Tec Brasil
Resumo
Nesta aula o destaque foi a composio do capital prprio e capital de terceiros para obter uma viso econmica, cada empresa tem uma composio
patrimonial que dever ser analisada de forma particular, tendo em vista que
objeto social da empresa que define sua composio de capital.
Atividades de aprendizagem
Qual a razo para um funcionrio ser considerado Capital de Terceiro e
no Capital Prprio na empresa?
Anotaes
e-Tec Brasil
62
Contabilidade Empresarial
REGRAS
DEMONSTRAO DO RESULTADO
BALANO PATRIMONIAL
ATIVO
PASSIVO e PL
xxx1 xxx0
AC
ANC
(+)
Receita
xxxxxx
(-)
CMV
(xxxxx)
(-)
Despesas
(xxxxx)
(-)
Impostos
(xxxx)
(=)
Resultado
(xxxx)
xxx1 xxx0
PC
PNC
PL
TOTAL
TOTAL
63
e-Tec Brasil
A apurao do resultado realizada de forma independente em cada perodo, evidenciado na Demonstrao do Resultado do Exerccio- DRE, ordenado
em Receitas e Despesas para facilitar a tomada de deciso.
A Lei das Sociedades por Aes (LSA) estabelece que a escriturao da empresa ser mantida em registros permanentes, com obedincia aos preceitos
da legislao comercial e da LSA e aos Princpios Contbeis Geralmente Aceitos (PCGA), devendo observar mtodos ou critrios contbeis consistncia
uniformes no tempo e registrar as mudanas do patrimnio segundo o
regime de Competncia.
De maneira geral, atravs da apurao do resultado pode-se verificar se o
maior objetivo da empresa foi atingido, ou seja, se os benefcios obtidos
foram maiores que os sacrifcios realizados.
Tabela 10.1: Exemplo DRE com lucro e prejuzo
DRE
DRE
Cia Sucesso
Cia Fracasso
Receita
R$90 Milhes
Receita
R$60 Milhes
Despesa
R$48 Milhes
Despesas
R$72 Milhes
Lucro
R$42 Milhes
Prejuzo
R$12 Milhes
e-Tec Brasil
64
Contabilidade Empresarial
10.3 R
egime de competncia e Regime de
caixa
A Empresa Morgados Ltda. vendeu em 2011 R$40.000,00 e s recebeu
R$24.000,00 (o restante ficou em contas a receber para 2012); teve com
despesas incorridas R$32.000,00 e pagou at o ultimo dia do ano de 2011
R$20.000,00, o restante ficou em contas a pagar. O resultado contbil e o
fluxo financeiro da empresa ser:
Tabela 10.2: Resultado contbil e o fluxo financeiro
FATOS
REGIME DE COMPETENCIA
REGIME DE CAIXA
Receita
R$40.000,00
R$24.000,00
(-) Despesas
R$32.000,00
R$20.000,00
R$8.000,00
R$4.000,00
A contabilidade considera a receita gerada em determinado exerccio social, no importando seu recebimento;
Despesa
65
e-Tec Brasil
Despesa
Resumo
Nesta aula o aluno teve um comparativo entre os dois regimes de apurao
de resultado, e dever levar consigo que a sobra financeira ou o saldo de caixa no corresponde ao lucro, mas serve de instrumento no auxilio da gesto
financeira, no podendo dispensar os princpios contbeis para a tomada de
deciso mais apropriada e pautada nos fundamentos cientficos.
Atividades de aprendizagem
Se a empresa Rolls Royce estava obtendo lucro, qual era o um de seus
problemas de gesto?
e-Tec Brasil
66
Contabilidade Empresarial
Aula 11 U
m comparativo entre DRE
e DFC
11.1 E
nfoques de tratamento para
Demonstrao do Resultado e
Demonstrao do Fluxo de Caixa
a
a
De maneira geral a DFC tratada como um fluxo financeiro, tratando especificamente a movimentao do dinheiro no disponvel (caixa e bancos).
A DRE, para fins didticos, tratada como um fluxo econmico. Rigorosamente, deveramos tratar como um fluxo contbil; entretanto, comumente,
podemos chamar de fluxo econmico.
A ideia de econmico neste caso, que afeta o patrimnio em determinado
momento e no afeta o caixa simultaneamente.
Um caso clssico a depreciao que subtrada no fluxo econmico (DRE),
por se tratar de um consumo de ativo (reduz o potencial produtivo do bem
pelo uso), mas no deduzida no fluxo financeiro (DFC), pois no se trata
de um desembolso, sada de dinheiro do caixa.
Tabela 11.1: Comparao entre Fluxo Econmico e Fluxo Financeiro
Fluxo Econmico (contbil)
67
e-Tec Brasil
Ativo No Circulante
Patrimnio Lquido
Imobilizado
Capital Social
Navio
R$100.000,00
Grupo de Investidores
R$100.00,00
R$56.790.400,00
R$48.990.400,00
= Resultado Financeiro
R$7.800.000,00
Aparentemente, o resultado financeiro foi excelente, produzindo um acrscimo de caixa relevante. H motivos para comemorao? No.
Vejamos o resultado econmico:
Tabela 11.4: Resultado econmico
DRE DEMONSTRAO RESULTADO ECONOMICO
(+) Receitas
R$56.790.400,00
(-) Despesa
R$48.990.400,00
(-) Depreciao
= Prejuzo
(R$2.200.000,00)
e-Tec Brasil
68
Contabilidade Empresarial
R$7.800.000,00
No Circulante
Imobilizado
Navio
(-)Depreciao
R$100.000.000,00
(R$10.000.000,00)
Total
R$97.800.000,00
Patrimnio Liquido
Capital Social
Prejuzo
R$100.000.000,00
(R$2.200.000,00)
Total
R$97.800.000,00
69
e-Tec Brasil
Etapas
1 passo
Define-se o momento do reconhecimento da Receita (Princpio da Realizao da Receita);
2 passo
Perodo exerccio social a que a receita pertence (Regime de Competncia);
3 passo
Associa-se todas as despesas sacrificadas, no perodo, com a receita reconhecida e apura-se o resultado (Princpio da Confrontao das despesas).
Resumo
Nesta aula o aluno observou o quanto importante a equiparao entre os
dois regimes de apurao de resultado, concluindo-se portanto que o lucro
no o saldo de caixa. Para apurao do resultado econmico, devero ser
consideradas despesas no monetrias, como por exemplo a depreciao,
pertencendo esta despesa ao rol das cincias contbeis, utilizadas pelas demonstraes existentes.
Atividades de aprendizagem
Se uma empresa tiver receita de $10 milhes no perodo (sendo que
apenas 60% foi recebido) e despesa totalizando 8 milhes (sendo que 6
milhes j foram pagos), apure os resultados pelos dois regimes (Competncia e Caixa)?
e-Tec Brasil
70
Contabilidade Empresarial
Aula 12 D
emonstrao do resultado
exerccio
71
e-Tec Brasil
R$148.280,00
R$148.280,00
(-) Dedues da
Receita Bruta
Vendas Canceladas
R$ -
Abatimentos
R$ -
Impostos e Taxas
R$23.205,82
ICMS s/ Faturamento
R$17.793,60
PIS s/ Faturamento
R$963,82
COFINS S/ Faturamento
R$4.448,40
Receita Lquida
R$125.074,18
R$54.545,45
CMV
R$54.545,45
Lucro Bruto
R$70.528,73
R$33.753,91
Despesas de Vendas
R$17.422,21
Salrios
R$7.522,14
Comisses
R$3.761,07
Propaganda/Publicidade
R$2.450,00
Marketing
R$189,00
R$3.500,00
Despesas Administrativas
R$16.331,70
Honorrios Administrativos
R$4.500,00
Salrios e encargos
R$6.980,00
Aluguis escritrio
R$2.800,00
Materiais de Escritrio
R$890,00
Depreciao
R$1.096,32
Assinaturas de Jornais
R$54,80
Despesas diversas
R$10,58
Lucro Operacional
R$36.774,82
Receitas No Operacionais
R$ Despesas No Operacionais
R$ -
e-Tec Brasil
72
Contabilidade Empresarial
Lucro Antes do
Imposto de renda
R$36.774,82
Imposto de Renda e
Contribuio Social
R$3.380,78
IRPJ s/ Faturamento
R$1.779,36
CSSL s/ Faturamento
R$1.601,42
Lucro Depois do
Imposto de Renda
R$33.394,04
Participaes
Empregados
R$ -
Administrao
R$ -
Lucro Lquido
R$33.394,04
12.2.4 Custo das Mercadorias Vendidas ou dos Produtos Vendidos ou dos Servios Prestados
A apurao do Custo de Mercadorias Vendidas est diretamente relacionada
aos estoques da empresa, pois representa o custo da baixa efetuada nas
contas de estoques por vendas realizadas no perodo.
Sistema de contabilidade de custos utilizado nas empresas industriais, pelo
fato da complexidade de apurao dos custos dos produtos vendidos.
73
e-Tec Brasil
e-Tec Brasil
74
Contabilidade Empresarial
12.2.13 Participaes
De acordo com os termos estabelecidos pelo estatuto de cada empresa sero determinadas parcelas do lucro distribudas a determinados favorecidos,.
Ex.: empregados, administradores, partes beneficirias e participaes sobre
os lucros atribudas a debntures.
75
e-Tec Brasil
Resumo
Nesta aula o aluno pode observar que os princpios contbeis balizam de maneira cientifica o resultado de uma empresa, embora no sendo um resultado exato mas aproximado da realidade, de maneira que bem observados e cuidadosamente elaborados do as respostas necessrias do desempenho da empresa.
Atividades de aprendizagem
Qual foi em percentual o Resultado do Exerccio em comparao com a
Receita Bruta da empresa?
e-Tec Brasil
76
Contabilidade Empresarial
Aula 13 D
emonstrao dos lucros e
prejuzos acumulados
O objetivo dessa aula entender o significado mais claro da Demonstrao de Lucros ou Prejuzos Acumulados, qual a destinao do lucro da
organizao e de que forma deve ser apresentada a DLPA.
A Demonstrao de Lucros ou Prejuzos Acumulados (DLPA) um demonstrativo obrigatrio para algumas sociedades, podendo ser substituda pela
Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Lquido. Mas primeiramente,
devemos entender o que significa Lucros Acumulados.
Lucros Acumulados significam os lucros retidos remanescentes, que no foram distribudos aos scios, e que no possuem um destino certo, podendo
ser destinados para Reservas ou Aumento de Capital Social. Esta conta dever ser representada no lado direito do balano patrimonial, no grupo do
passivo, subgrupo do Patrimnio Lquido e a natureza dessa conta credora.
A DLPA uma demonstrao dinmica, sendo que ela no incio do exerccio
social apresenta um saldo inicial, podendo sofrer acrscimos e redues ao
longo desse mesmo exerccio social, e ao final do exerccio social, apresentar o seu saldo final. Para a elaborao da Demonstrao de Lucros, aps
a apurao da Demonstrao do Resultado do Exerccio (DRE), o saldo do
exerccio (Lucro ou Prejuzo) servir de base para a elaborao da DLPA.
Alm do saldo inicial e final da conta de Lucros durante o exerccio social,
outras informaes importantes devem ser consideradas na elaborao da
DLPA. A partir do resultado da organizao, do Lucro Lquido apurado pela
DRE, o passo seguinte a distribuio desse lucro e em consequncia, representar essas informaes atravs da DLPA.
Vamos exemplificar essa situao, admitindo que uma empresa tinha um
saldo na conta de lucros ao final de 20x8 de R$2.000,00; durante o ano de
20x9 ela obteve um resultado de R$5.850,00 de Lucro Lquido e efetuou
uma distribuio de dividendos aos acionistas no valor de R$650,00. De
forma simplificada, a DLPA ser:
77
e-Tec Brasil
Saldo em R$
2.000,00
5.850,00
7.850,00
(650,00)
7.200,00
Dessa forma, podemos esclarecer a variao de Lucros Acumulados apresentados no Balano Patrimonial, pelos saldos no incio e fim do perodo, havendo um lucro no exerccio de R$5.850,00, e uma distribuio de dividendos de R$650,00. Portanto, junto ao saldo inicial, acumulou-se R$5.200,00
resultantes do lucro no distribudo, e no destinado a outras finalidades.
13.1 E
strutura da Demonstrao de Lucros
ou Prejuzos Acumulados (DLPA)
A estrutura da DLPA tem por objetivo demonstrar a destinao ou reteno
do lucro, e o resultado final da conta Lucros ou Prejuzos que ser representada no Balano.
Tabela 13.2: Estrutura da DLPA
Demonstrao dos Lucros ou Prejuzos Acumulados
Saldo em $
CIA Delta
Saldo em 31.12.20x8 (ou saldo Inicial em 01.01.20x9)
(+/-) Ajustes de Exerccios Anteriores
(+) Reverses de Reservas
(+) Lucro Lquido do Exerccio de 20x9
= SALDO DO LUCRO DISPONVEL
Proposta da Administrao p/Destinao do Lucro
(-) Reserva Legal
(-) Reserva Estatutria
(-) Reserva para Contingncias
(-) Reserva Oramentria (para expanso)
(-) Reserva de Lucros a Realizar
(-) Dividendos Distribudos
= Saldo em 31.12.20x9
Fonte: Baseado no modelo de Marion (2009, p.431)
e-Tec Brasil
78
Contabilidade Empresarial
79
e-Tec Brasil
e-Tec Brasil
80
Contabilidade Empresarial
81
e-Tec Brasil
Saldo em $
1.900,00
2.195,00
470,00
215,00
1.200,00
865,00
5.430,00
350,00
3.665,00
Resumo
Nesse captulo foi possvel verificar que a partir do resultado apurado pela
Demonstrao do Resultado do Exerccio, a DLPA um relatrio contbil
responsvel pela demonstrao da apurao do Lquido Lquido da companhia a partir do seu saldo inicial no exerccio social, sofrendo aumentos
e redues durante a sua elaborao, chegando ao resultado final o Lucro
ajustado, a partir do que a legislao contbil determina.
Atividades de aprendizagem
Com base nas informaes contbeis, elabore a DLPA da empresa XYZ
Comrcio Ltda., encerrada em 20x7:
a) Houve reverso de Reserva de Legal no valor de R$1.070,00;
b) Foram distribudos dividendos no valor de R$570,00;
c) O saldo da conta de Lucros Acumulados em 31/12/20x6 era de
R$2.900,00;
d) Foi constituda a Reserva Estatutria no valor de R$650,00;
e) Constituio de Reserva de Lucros para Aumento do Capital futuro, no
valor de R$2.200,00;
f) Foi apurado o Resultado do Exerccio como Lucro em 20x7 no valor de
R$1.000,00.
g) Ajuste negativo do Exerccio Anterior no valor de R$1.300,00.
e-Tec Brasil
82
Contabilidade Empresarial
Aula 14 D
emonstrao do Fluxo
De Caixa (DFC)
83
e-Tec Brasil
14.4 P
or que a Contabilidade no Brasil d
pouco valor ao FC
Ainda que nos EUA seja o relatrio preferido, mais utilizado, no Brasil uma demonstrao quase desprezada. A maioria dos Escritrios de Contabilidade que
presta servios s Micro e Pequenas empresas (em torno de 90% das empresas
brasileiras) no faz a DFC, comprometendo o sucesso gerencial de seus clientes.
Uma das razes a cultura do empresrio brasileiro que no gosta de revelar
a origem e uso do seu dinheiro, entendendo que uma informao de foro
ntimo. Alis, ningum gosta de prestar contas (at mesmo para a esposa)
de onde foi gasto seu dinheiro.
e-Tec Brasil
84
Contabilidade Empresarial
Outra razo que a DFC no um relatrio obrigatrio por lei no Brasil (ao
contrrio dos EUA), no se exigindo da classe contbil sua elaborao.
Por outro lado, sem fluxo de caixa fica quase impossvel projetar, planejar
financeiramente. Sem oramento (planejamento financeiro) impossvel ter
uma administrao sadia.
Fonte: Texto extrado do Livro Contabilidade Bsica 10 Edio Jose Carlos Marion, p. 110.
Com o advento da informtica e sistemas mais acessveis de controles gerenciais ficam fceis as empresas de mdio e pequeno porte controlar internamente os elementos patrimoniais mais explcitos da empresa, como as
contas a receber, contas a pagar, caixa e bancos. Com o controle financeiro
destes elementos, j possvel elaborar um fluxo de caixa de maneira simples e rpida.
Outros elementos devem ser controlados, principalmente os estoques nas
empresas comerciais, sendo que o controle dos cinco elementos principais
que so: caixa, banco, clientes, contas a pagar (incluindo fornecedores) e
estoque, possvel criar um ambiente de gerncia da empresa de maneira a
compor um Balano Patrimonial e suas variantes analticas.
Resumo
A leitura do demonstrativo do fluxo de caixa de extrema importncia para
a vida financeira da empresa, e a aplicao e a boa gesto dos disponveis
deve fazer parte da administrao da empresa como a gesto dos custos e
despesas por ela vivenciada.
Atividades de aprendizagem
O Fluxo de caixa ou o saldo de caixa poder ser considerado lucro de uma
empresa? Justifique sua resposta.
85
e-Tec Brasil
Aula 15 D
emonstrao do Valor
Adicionado (DVA)
Especificamente nesta aula, vamos tratar de compreender a Demonstrao do Valor Adicionado, relatrio este gerado para demonstrar a riqueza
criada por uma empresa.
A Demonstrao do Valor Adicionado, tambm chamada de Demonstrao do Valor Agregado, o relatrio contbil que tem como caracterstica
principal evidenciar as informaes relativas ao desempenho econmico e
social da empresa, para a sociedade em geral. Este demonstrativo visa dar
informaes tais como: gastos com treinamento de funcionrios, benefcios
sociais espontneos, etc.
Sendo um relatrio muito comum em pases da Europa, o Valor Adicionado
(ou Valor Agregado) procura apresentar de que forma os recursos empresariais esto sendo aplicados a partir das receitas obtidas.
Se do total das vendas da empresa, subtrairmos todas as compras de bens
e servios, teremos o valor dos recursos que a empresa gera para pagar
salrios, impostos, juros e ainda reinvestir em seu negcio. Estes recursos financeiros levam-nos a compreender o montante de valor que a organizao
agrega (adiciona) como consequncia de sua atividade. Desta forma, o Valor
Agregado representa o PIB (Produto Interno Bruto) da empresa. A soma de
todos os valores agregados das empresas daria o PIB do pas.
De acordo com a Lei 11.638/2007, a elaborao da DVA passou a ser obrigatria para as companhias abertas (vendem suas aes na bolsa de valores).
A mesma lei determina que as organizaes devero evidenciar o valor da
riqueza obtida, e sua aplicao em valores que contriburam para a obteno
desta riqueza, tais como empregados, acionistas, governo, financiadores e
outros, bem como a parcela da riqueza no distribuda.
Em uma comparao entre a Demonstrao do Resultado do Exerccio e a
DVA, enquanto esta indica a riqueza gerada destinada a terceiros e o lucro
lquido, aquela evidencia a riqueza criada que permanece na empresa na
forma de lucro lquido.
87
e-Tec Brasil
e-Tec Brasil
88
Contabilidade Empresarial
89
e-Tec Brasil
e-Tec Brasil
90
Contabilidade Empresarial
Valores em R$
253.000,00
(8.500,00)
(2.500,00)
(22.000,00)
220.000,00
(27.500,00)
192.500,00
(4.500,00)
(3.500,00)
(6.000,00)
(18.500,00)
(5.500,00)
(1.500,00)
3.600,00
2.400,00
159.000,00
38.000,00
(9.000,00)
188.000,00
(18.000,00)
170.000,00
Observao: do Lucro Lquido, foram distribudos como dividendos o valor de R$17.000,00, e o restante foi destinado
s Reservas de Lucros.
Fonte: Elaborado pelos autores
253.000,00
8.500,00
2.500,00
29.000,00
27.500,00
1.500,00
242.000,00
91
e-Tec Brasil
3.600,00
2.400,00
248.000,00
24.000,00
4.500,00
22.000,00
18.000,00
3.500,00
6.000,00
17.000,00
153.000,00
248.000,00
Dessa forma, pode-se evidenciar que com o resultado de R$170.000,00, obtido na apurao da DRE, atravs das mesmas informaes, utilizadas para a
elaborao da DVA, o resultado obtido como valor agregado pela empresa
foi de R$248.000,00.
Resumo
Nesse captulo foi possvel compreendermos de que forma as organizaes,
a partir do resultado em sua DRE, distribuem suas riquezas geradas pelas
atividades operacionais, bem como a forma como essa riqueza distribuda
evidenciada a partir do modelo de DVA apresentada.
e-Tec Brasil
92
Contabilidade Empresarial
Atividades de aprendizagem
A empresa comercial XYZ S.A. apresentou a seguinte DRE em 31/12/x9:
Ttulo
Vendas Brutas
(-) Devolues de Vendas
(-) Descontos incondicionais
(-) ICMS, PIS e COFINS
Vendas Lquidas
(-) CMV
Lucro Bruto
(-) Comisses sobre Vendas
(-) Juros passivos (financiamentos)
(-) Aluguis
(-) Salrios
(-) Encargos /Sociais (INSS e FGTS)
(-) Depreciao
(+) Outras Receitas Aluguis
(+) Receita de dividendos
Lucro Operacional
(+) Receita da venda de terreno
(-) Custo do terreno vendido
Lucro antes da CSLL e IR
(-) CSLL e IR
Lucro Lquido
Valores em R$
97.000,00
(5.000,00)
(7.000,00)
(16.000,00)
69.000,00
(21.000,00)
48.000,00
(2.900,00)
(1.200,00)
(5.300,00)
(14.700,00)
(2.400,00)
(900,00)
1.800,00
800,00
23.200,00
19.800,00
(10.000,00)
33.000,00
(8.000,00)
25.000,00
Observao: Do Lucro Lquido, R$5.500,00 foram distribudos como dividendos. O restante foi destinado s reservas de
lucros, no Balano Patrimonial.
Fonte: Ferrari (2009, p.242)
Dessa forma, ao elaborar a DVA em 31/12/x9, ser indicado o Valor Adicionado Distribudo de:
a) R$69.000,00
b) R$107.400,00
c) R$76.400,00
d) R$106.500,00
e) R$75.500,00
Anotaes
93
e-Tec Brasil
95
e-Tec Brasil
A anlise das demonstraes contbeis no exigida em lei, contudo essencial ao diagnstico das situaes econmica, financeira e patrimonial da
empresa, seja em relao a situao atual ou em relao a suas variaes ao
longo do tempo.
Dentre os usurios que se utilizam das informaes fornecidas pela anlise
de balanos, o administrador da organizao quem poder avaliar a situao real dos resultados econmicos, como tambm do patrimnio, a fim de
poder tomar decises que venham a otimizar de maneira adequada os recursos da empresa, e obter o melhor desempenho operacional da entidade.
Anlise Contbil
(Tcnica)
e-Tec Brasil
96
Contabilidade Empresarial
Assim, a anlise deve ser tratada como um instrumento de extrao de informaes teis, necessrias aos objetivos que a organizao deseja alcanar, baseada na elaborao correta das demonstraes contbeis. Com base
nessa caracterstica, seria a mesma coisa que a partir do mesmo conjunto de
dados, diversos analistas chegarem concluses similares (mas nunca exatamente idnticas) ou totalmente antagnicas.
97
e-Tec Brasil
Valores em R$
Ativo Circulante
Caixa
Bancos
Estoque
25.000,00
13.000,00
5.000,00
7.000,00
50,00%
26,00%
10,00%
14,00%
Ativo No Circulante
Realizvel a LP
Emprstimos a Scios
Investimentos
Aes em Coligadas
Imobilizado
Veculos
Intangvel
Gastos com P&D
25.000,00
8.000,00
50,00%
16,00%
5.000,00
10,00%
9.000,00
18,00%
3.000,00
6,00%
TOTAL
50.000,00
100,00%
Passivo Circulante
Fornecedores
Contas a Pagar
10.000,00
7.000,00
3.000,00
20,00%
14,00%
6,00%
Passivo No Circulante
Exigvel em Longo Prazo
Financiamentos a LP
Emprstimos a LP
15.000,00
30,00%
8.000,00
7.000,00
16,00%
14,00%
Patrimnio Lquido
Capital Social
Reservas de Lucros
25.000,00
20.000,00
5.000,00
50,00%
40,00%
10,00%
TOTAL
50.000,00
100,00%
PASSIVO
e-Tec Brasil
98
Contabilidade Empresarial
99
e-Tec Brasil
Resumo
A anlise de Balanos um instrumento muito til para a gesto empresarial, no qual a partir dos conhecimentos da estrutura de balano, seja possvel realizar anlises que permitam ao gestor tomar decises em busca dos
melhores resultados operacionais. Para isso, foram apresentadas as anlises
vertical e horizontal, bem como foram descritas as caractersticas dos resultados de cada anlise, o que possibilita compreender melhor a anlise como
instrumento de gesto administrativa.
Atividades de aprendizagem
Com base no balano patrimonial que segue, utilizando-se dos grupos do
Ativo Circulante, Ativo No Circulante, Passivo Circulante, Passivo No Circulante e do Patrimnio Lquido, em relao aos seus respectivos grupos principais, faa uma anlise vertical calculando os coeficientes de participao.
e-Tec Brasil
ATIVO
Valores em R$
Ativo Circulante
Caixa
Bancos
Estoque
35.000,00
14.000,00
10.000,00
11.000,00
100
Contabilidade Empresarial
Ativo No Circulante
Realizvel a LP
Emprstimos a Scios
Investimentos
Aes em Coligadas
Imobilizado
Veculos
Intangvel
Gastos com P&D
45.000,00
12.000,00
TOTAL
50.000,00
16.000,00
9.000,00
8.000,00
100,00%
PASSIVO
Passivo Circulante
Fornecedores
Contas a Pagar
9.000,00
6.000,00
3.000,00
Passivo No Circulante
Exigvel a Longo Prazo
Financiamentos a LP
Emprstimos a LP
23.000,00
Patrimnio Lquido
Capital Social
Reservas de Lucros
18.000,00
15.000,00
3.000,00
TOTAL
50.000,00
15.000,00
8.000,00
100,00%
Anotaes
101
e-Tec Brasil
Aula 17 C
ontabilidade de Custos
como Instrumento til da
Contabilidade Empresarial
Nessa aula voc poder perceber a importncia da relao entre a Contabilidade de Custos e a Contabilidade Empresarial, bem como aprofundar nosso
conhecimento sobre Custos, suas terminologias e sua utilizao, na gerao
de informaes teis s decises organizacionais por parte do gestor.
17.2 Definies
Para tentar compreender o que so os custos, buscaremos algumas das definies de alguns autores, sob pontos de vistas diferentes. Vejamos algumas delas:
103
e-Tec Brasil
De forma genrica, custos so os insumos de capitais, bens e servios efetuados para a consecuo de determinados objetivos. Isto vale dizer que a
conceituao de custos de fabricao de um bem o somatrio de todos os
insumos de capitais, bens ou servios, aplicados na fabricao desse bem.
(KOLIVER, 2005)
Com as definies acima mencionadas, poderamos armar outros exemplos
em quaisquer reas, tais como: Custos de distribuio, Custos com vendas,
Custos de transportes, Custos de apoio etc.
17.3 Finalidade
A finalidade ou objetivo principal da contabilidade de custos de fornecer
informaes aos gestores no auxlio tomada de deciso, servindo de base
s decises gerenciais administrativas a partir de aspectos como:
a) Determinao da rentabilidade;
b) Determinao do desempenho das diversas atividades da empresa (comprar, industrializar e vender);
c) Planejamento e controle das operaes;
d) Determinao do nvel mnimo de vendas desejado;
e) Clculo do custo e ganho por produto;
f) Anlise da eficincia da fora de trabalho humano e dos materiais aplicados.
e-Tec Brasil
104
Contabilidade Empresarial
17.4 Objetos
Os principais objetos da contabilidade de custos para a empresa so:
a) Componentes organizacionais, operacionais e administrativos, tais como
processos, produtos, servios;
b) Atividades;
c) Estudos especiais;
d) Planos alternativos;
e) Campanhas;
f) Promoes.
17.5 Terminologias
Na terminologia da contabilidade de custos, segundo Martins (2010) h termos
especficos da linguagem da comunidade de classe que atua na rea de custos,
que permitem melhor entender esta ferramenta, como mostramos a seguir:
a) Custo: o gasto com a fabricao do produto (processo produtivo). O custo
s afetar o resultado quando o gasto corresponder a um produto vendido.
b) Despesa: Bem ou servio consumido direta ou indiretamente para a obteno de receitas. A despesa afetar diretamente o resultado do exerccio.
c) Desembolso: o pagamento resultante de uma compra (aquisio) de
um bem ou de um servio. a sada financeira da empresa, entrega de
ativos a terceiros. Exemplos: - pagamento de uma duplicata, pagamento
de uma nota fiscal, compra de embalagens a vista, pagamento de salrios a funcionrios, pagamento de despesas com energia referentes ao
ms anterior etc;
d) Gastos: O gasto um sacrifcio financeiro com que a entidade arca para
obter bens (produtos) ou servios. So representados pela promessa de
entrega de ativos, normalmente dinheiro. Gasto o termo genrico que
pode representar tanto um custo como uma despesa. Exemplo: gasto com
salrios, gasto com comisses sobre vendas, gasto com a matria-prima.
e) Investimentos: o gasto para aquisio de ativo, com a finalidade de obteno de benefcios a curto, mdio e longo prazo. Todo o custo um investimento, mas nem todo investimento um custo. Exemplo: matria-prima,
mquinas e equipamentos para a fbrica, aes de outras empresas etc.
105
e-Tec Brasil
f) Perdas: So bens ou produtos consumidos de forma anormal e involuntria. So gastos no intencionais decorrentes de fatores externos, fortuitos ou da atividade produtiva normal da empresa. As perdas no mantm
nenhuma relao com a operao da empresa e geralmente ocorrem de
fatos no previstos. Exemplos:
Vazamento de materiais lquidos ou gasosos;
Material com prazo de validade vencido;
Perdas com desgio da moeda etc.
g) Subproduto: aquele produto que nasce de forma natural durante o
processo produtivo da empresa. Ele possui mercado de venda e preo
definido, porm a sua participao nfima (pequena) no faturamento
total da empresa. Exemplo: Aparas de papel na indstria grfica.
h) Sucatas: So produtos que nascem da produo com defeitos ou estragados. Suas vendas so espordicas e realizadas por valor no previsvel
na data em que surgem na fabricao. No recebem custos e tambm
no servem para reduo de custos de produo. Na data da venda, em
termos contbeis so caracterizados como outras receitas operacionais.
Exemplos: sobras de matria-prima, serragem etc.
i) Desperdcios: Gastos incorridos nos processos produtivos ou de gerao
de receitas e que possam ser eliminados sem prejuzo da qualidade ou
quantidade de bens, servios ou receitas geradas. Exemplos:
Trabalho decorrente de defeitos de fabricao;
Estocagem e manuteno de estoques desnecessrios etc.
j) Rateios: o processo de diviso dos custos indiretos ou custos fixos de
produo aos centros de custos, departamento ou produto, observando
critrios pr-estabelecidos para sua alocao. O rateio a forma ou maneira de distribuir ou alocar ao produto (s) o custo indireto ou custo fixo.
Exemplo:
Alocar ao custo do produto um valor correspondente s despesas com
material de limpeza da cantina da empresa;
e-Tec Brasil
106
Contabilidade Empresarial
Alocar ao custo do produto as despesas pagas com postagem de correspondncia do setor de vendas etc.
k) Insumos: Bens adquiridos para consumo no processo de produo de
novos bens ou de prestao de servios. Exemplo:
Material secundrio;
Matria-prima;
Embalagens.
l) Matria-prima: Bens necessrios para a composio (produo) de outro bem e sem ele no possvel concluir (acabar) o produto.
m) Acumulao de custo: Acumulam-se custos de acordo com alguma
classificao, como materiais, mo-de-obra, combustvel, propaganda,
expedio etc. Alm disso, apropriam-se estes custos aos objetos de custo. A acumulao de custos a compilao de dados de custo de maneira organizada atravs de um sistema contbil.
n) Centro de custos: a menor unidade de acumulao de custos, sendo
representado por homens, mquinas e equipamentos de caractersticas
semelhantes que desenvolvem atividades homogneas relacionadas com
o processo produtivo.
o) Mercadorias: Bens adquiridos para serem vendidos.
p) Equipamento: um gasto que se transforma temporariamente em investimento permanente. Exemplo: Mquinas do setor industrial.
Resumo
Nessa aula foram vistos a apresentao da contabilidade de custos, algumas
definies, sua finalidade e objetos de abordagem pelos custos. Tambm
foram apresentados termos relacionados aos custos, tornando possvel uma
melhor compreenso da contabilidade empresarial, e da importncia dos
custos para a administrao empresarial.
107
e-Tec Brasil
Atividades de aprendizagem
Classifique os eventos descritos a seguir em Investimento (I), Custo (C),
Despesa (D) ou Perda (P):
e-Tec Brasil
) Compra de matria-prima
) Utilizao de mo-de-obra
) Consumo de combustvel
) Aquisio de mquinas
) Aquisio de embalagens
108
Contabilidade Empresarial
Anotaes
109
e-Tec Brasil
Aula 18 M
argem de contribuio
18.1 Conceito
Em termos de produtos, a margem de contribuio e a diferena entre o
preo de venda e a soma dos custos e despesas variveis.
Temos que levar em considerao que no estamos entrando em um ambiente de calculo de custos e suas propriedades mais definidas, o que se pretende com esta aula levar ao conhecimento do aluno que atravs de uma
Demonstrao de Resultado (a DRE) possvel pelas formulas apresentadas
e demais informaes oriundas de sua estrutura obter uma viso da margem
que foi obtida entre o que se pagou ou o que se custou para a gerencia financeira das despesas que no tem ligao direta com o produto.
111
e-Tec Brasil
e-Tec Brasil
112
Contabilidade Empresarial
Resumo
Em qualquer atividade empresarial, vai existir o custo do produto, muitas
tcnicas podem existir para este calculo, mas a Demonstrao do Resultado
do Exerccio desta empresa poder apresentar estas informaes para proceder o calculo da margem de contribuio, obviamente no se obter valores
exatos, mas dado as premissas do passado e permanecendo o mesmo cenrio para os perodo seguintes tais clculos so merecedores de crditos e
plausivos para a tomada de deciso.
Plausvel:
adj. Aceitvel, razovel, admissvel. O que pode passar por
verdadeiro.
Atividades de aprendizagem
Em Demonstrao de Resultado DRE Modelo apresentada nas aulas
anteriores, quais as custos poderiam ser considerados fixos e variveis
para fins de calculo da margem de contribuio (Utilize o parmetro percentual sobre vendas brutas).
Anotaes
113
e-Tec Brasil
Aula 19 P
onto de equilbrio
Nesta aula o aluno dever entender o porqu o seu chefe diz a cada ms ou
o porqu voc dever impor metas para sua equipe, vamos entender o que
chamamos de venda mnima ou metas de venda ou produo.
19.1 Definio
A empresa esta no ponto de equilbrio quando ela no tem lucro ou prejuzo,
nesse ponto, as receitas totais so iguais aos custos totais ou despesas totais.
Importante: Para o calculo do ponto de equilbrio j temos que saber calcular a margem de contribuio de um produto ou dos produtos.
19.2 Frmulas
Ponto de Equilbrio contbil em vendas = Custos fixos / (Margem de
contribuio / Preo de venda)
Ponto de equilbrio econmico em vendas = Custos fixos + remunerao
do Patrimnio liquido ou Capital Social / (Margem de contribuio / Preo
de venda)
Ponto de equilbrio Financeiro em vendas = Custos fixos - despesas no
desembolsveis/(Margem de contribuio/Preo de venda)
Obs: Custos fixos podem ser entendidos como despesas fixas, aquelas despesas que existem mesmo que a empresa no vende nada ou no venha a
produzir nada, como exemplo, o aluguel, salrios fixos, etc.
Dica! Para achar a quantidade de produto a ser vendido, divide o valor das
vendas pelo valor unitrio de venda ou divide os custos fixos pela margem
de contribuio.
115
e-Tec Brasil
19.3 D
iferenas entre os mtodos de Calculo
de Ponto de Equilbrio
Contbil: so levados em conta todos os custos e despesas relacionados
com o funcionamento da empresa.
Econmico: So tambm includos nos custos e despesas fixos todos os
custos de oportunidade referentes ao capital prprio.
Financeiro: os custos considerados so apenas desembolsados que realmente oneram financeiramente a empresa.
19.4 L
imitaes
equilbrio
ao
uso
do
ponto
de
A aplicao do Ponto de Equilbrio de um nico produto facilmente entendida e simplificada. A limitao justamente quando existem vrios produtos,
pelo fato de cada um possuir despesas variveis diferenciadas, tornando assim
o calculo do Ponto de Equilbrio num mbito global mais complexo.
19.5 E
studo de caso - Ponto de Equilbrio
com margem de contribuio iguais
Exemplo com Produtos com Margem de Contribuio iguais: Calcular o Ponto de Equilbrio dos seguintes dados, supondo as despesas fixas mensais de
R$30.000,00.
Tabela 19.1: Tabela Formao da Margem de Contribuio
Produto
Preo Unitrio
Custos + Despesas
Variveis
Margem de Contribuio
R$800,00
R$400,00
R$400,00
R$1.200,00
R$800,00
R$400,00
e-Tec Brasil
116
Contabilidade Empresarial
19.6 E
studo de caso - Ponto de Equilbrio com
margem de contribuio diferentes
Exemplo com Produtos com Margem de Contribuio diferentes: Calcular
o Ponto de equilbrio dos seguintes dados, supondo que as despesas fixas
mensais so de R$45.300,00.
Tabela 19.2: Tabela Formao Margem de Contribuio +Custos
Qta Vendida
Produto
Preo Unitrio
Custos + Despesas
Variveis
M. Contribuio
50
R$655,00
R$495,00
R$160,00
30
R$800,00
R$550,00
R$250,00
120
R$1.100,00
R$600,00
R$500,00
Soluo:
Mix de produtos
Participao nas vendas, ou analise vertical da quantidade vendida.
117
e-Tec Brasil
Qta Vendida
Anlise Vertical
50
25,00%
30
15,00%
120
60,00%
Total
200
100,00%
MC Unitria
Multiplicar
Analise Vertical
MC Ponderada
R$160,00
25,00%
R$40,00
R$250,00
15,00%
R$37,50
R$500,00
60,00%
R$300,00
C
Total
100,00%
R$ 377,50
PE = 45.300,00 / 377,50
PE = 120
Quantidade de cada produto:
A=120 X 25% = 30
B=120 X 15% = 18
C=120 X 60% = 72
TOTAL ..........= 120 unidades
Qual o valor de venda para atingir o ponto de equilbrio?
30 X 655,00 = 19.650,00
18 X 800,00 = 14.400,00
72 X 1.100,00 = 79.200,00
Total R$113.250,00
e-Tec Brasil
118
Contabilidade Empresarial
67.950,00
(45.300,00)
Lucro operacional
0,00 (ZERO) -
Concluso
A empresa devera vender R$113.250,00 para chegar ao seu ponto de equilbrio, o que vender a mais deste ponto contribuir para a formao do lucro,
lembrando que o cenrio do passado para este calculo dever estar presente
no futuro, este modelo de calculo apresentado reflete sempre valores aproximados, mas plausveis.
Resumo
Neste captulo, foi possvel aprender o significado de ponto de equilbrio,
bem como algumas frmulas para se chegar ao ponto de equilbrio com caractersticas diferentes. Tambm foi possvel verificar que existem limitaes
quanto ao uso. Em seguida, foi realizado um estudo de caso para clculo do
ponto de equilbrio a partir de margens de contribuio diferentes, passando
pela participao nas vendas por produto, chegando finalmente ao clculo
do ponto de equilbrio a partir da margem de contribuio mdia ponderada
por produto.
119
e-Tec Brasil
Atividades de aprendizagem
Qual modelo de calculo do ponto que equilbrio que voc julga mais correto?
Justifique sua resposta.
Anotaes
e-Tec Brasil
120
Contabilidade Empresarial
Aula 20 G
esto de Impostos
O objetivo desta aula entender como a gesto de impostos na administrao de empresas serve como ferramenta de apoio gerencial
Dentro da contabilidade empresarial, um dos segmentos de carcter global
o acompanhamento dos impostos gerados pelas atividades operacionais da
empresa e seu reflexo no resultados da companhia. Para isso, a administrao poder utilizar-se de um sistema de informao que contemple quadros
para o controle dos impostos, podendo ser este controle semanal, quinzenal
ou mensal, a partir das atividades da empresa.
O objetivo principal, alm do controle e acompanhamento dos recolhimentos mensais, a preparao para o recolhimento dos imposto anuais,
normalmente caracterizados por impostos sobre o lucro. Para isso, h uma
necessidade de um sistema de mensurao da gerao de impostos pela
empresa, com vistas a elaborao dos demonstrativos contbeis e foco no
balano social, ou seja, a contribuio dos impostos da empresa, para a comunidade onde est inserida.
Como a grande maioria das empresas no mercado possui atividade comercial, estaremos vendo um tipo de impostos de forma genrica, o Imposto
sobre Circulao de Mercadorias, por se um dos impostos que mais afeta o
resultado das empresas. Como estaremos abordando apenas este imposto,
o uso de um sistema de informao contbil permite um gerenciamento de
todas as informaes relacionadas a ele. Contudo, de acordo com a atividade empresarial, outros impostos so gerados, e assim, para cada um deles,
h a necessidade de seu acompanhamento individual.
121
e-Tec Brasil
Perodo 2
Perodo 3
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
X.XXX
Escriturao:
Entrega da guia: Dia XX
Recolhimento: Dia XX
Alquotas Bsicas: XX%
Indexao: XX
Fonte: Padoveze (2004, p.246-247)
e-Tec Brasil
122
Contabilidade Empresarial
123
e-Tec Brasil
Resumo
Atravs desse captulo, foi possvel apresentar as caractersticas da gesto
de impostos, a partir do controle e acompanhamento dos impostos gerados pelas atividades operacionais, bem como seus impactos no resultado
da companhia decorrentes do controle. Cada empresa em funo de suas
atividades tem uma forma de apresentar sua Receita Bruta e dependendo de
quanto se fatura, ser enquadrada em uma das modalidades apresentadas,
Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro real.
Atividades de aprendizagem
1. Qual a finalidade da gesto de impostos e qual a utilidade do sistema de
informao contbil para esse processo de gesto?
e-Tec Brasil
124
Contabilidade Empresarial
2. Uma empresa entrou em atividade no dia 5 de dezembro do ano-calendrio. Considera-se o perodo de um ms completo (dezembro),
sendo, nesse caso, o limite para enquadramento como Microempresa
o de R$______________.000,00 e como Empresa de Pequeno Porte o de
R$________________.000,00, para os anos-calendrio a partir de 2012.
Anotaes
125
e-Tec Brasil
e-Tec Brasil
126
Contabilidade Empresarial
Referncias
127
e-Tec Brasil
e-Tec Brasil
128
Contabilidade Empresarial
Atividades autoinstrutivas
1. Em relao aos sistemas contbeis, dentre os sistemas conhecidos
para o desenvolvimento da atividade empresarial, aquele que utiliza
uma grande quantidade de informaes e registros contbeis o:
a) Sistema Mecanizado
b) Sistema Eletrnico
c) Sistema Maquinizado
d) Sistema Manual
e) Sistema Eltrico
2. Atualmente, as empresas buscam a integrao de seus sistemas
para melhorar as atividades operacionais. Para isso, ela utiliza-se de
uma ferramenta formada por um conjunto de informaes, recursos, funes e aes administrativas voltadas gesto, chamado:
a) DSS (Decision System Suport) ou Sistemas de Suporte Deciso
b) EIS (Executive Information System) ou Sistemas de Informaes Executivas
c) FRP (Financial Resource Planning) ou Planejamento de Recursos Financeiros
d) SOA (Operation Activity System) ou Sistema de Atividades Operacionais
e) ERP (Enterprise Resource Planning) ou Planejamento de Recursos Empresariais
3. De acordo com a Lei 6.404/76, ao final de cada exerccio social, sero obrigatrios a elaborao dos relatrios contbeis. Selecione
a opo INCORRETA quanto aos relatrios obrigatrios:
a) Balano Patrimonial
b) Demonstrao do Valor Adicionado
c) Demonstrao de Contas a Pagar
d) Demonstrao do Resultado do Exerccio
e) Demonstrao de Lucros ou Prejuzos Acumulados
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e-Tec Brasil
e-Tec Brasil
130
Contabilidade Empresarial
131
e-Tec Brasil
132
Contabilidade Empresarial
Contabilidade
31/12/x8
Circulante
31/12/x9
1.200
1.900
Disponibilidades
350
450
Duplicatas a Receber
250
550
Estoques
No Circulante
600
900
2.800
3.600
Realizvel a L. Prazo
Dupl. a Receber
Investimentos
Imobilizado
Intangvel
Total
Empresarial
PASSIVO
Circulante
Ltda
31/12/x8
CNPJ
31/12/x9
1.300
1.800
Fornecedores
350
500
Salrios a Pagar
400
250
IR e CSLL a Pagar
350
550
Dividendos a Pagar
200
500
1.600
1.900
No Circulante
500
600
Exigvel a L. Prazo
250
550
Financiamentos
1.600
1.900
1250
1500
Patrimnio Lquido
1.100
1.800
800
950
Capital Social
900
1.200
Reserva Legal
200
600
4.000
5.500
4.000
5.500
Total
133
e-Tec Brasil
e-Tec Brasil
134
Contabilidade Empresarial
Atividades autointrutivas
135
e-Tec Brasil
e-Tec Brasil
136
Contabilidade Empresarial
Atividades autointrutivas
137
e-Tec Brasil
e-Tec Brasil
138
Contabilidade Empresarial
d) A partir dos resultados obtidos da anlise das demonstraes, esses resultados devem ser considerados uma cincia exata.
e) A anlise tem como finalidade a decomposio, comparao e interpretao das demonstraes contbeis, por meio de indicadores.
32. Dentre os processos de anlise de demonstraes contbeis, podemos utilizar:
a) Anlise Diagonal
b) Anlise do Denominar Comum
c) Anlise Transversal
d) Anlise Vertical
e) Anlise Tangencial
33. A anlise horizontal tem como caracterstica principal:
a) Analisar de forma comparativa apenas as contas do Ativo Circulante com
o Passivo Circulante.
b) Verificar a evoluo das contas, grupos e subgrupos das demonstraes
contbeis ao longo dos exerccios sociais (de um ano para outro, no sentido horizontal)
c) Identificar e comparar a partir do resultado do exerccio, a participao
das contas do Ativo No Circulante sobre o Passivo No Circulante.
d) Proporcionar ao seu usurio plena segurana no que diz respeito s informaes geradas pela Demonstrao do Fluxo de Caixa.
e) Demonstrar que a anlise de carter coletivo, e que mesmo sendo feita
por vrios analistas diferentes, os resultados sero iguais para todos.
34. A finalidade ou objetivo principal da contabilidade de custos
fornecer informaes aos gestores no auxlio a tomada de deciso. Para isso, um dos aspectos que deve ser observado :
a) Planejamento Psicolgico.
b) Determinao da Rentabilidade.
c) Anlise da eficincia da fora de trabalho mecnico.
Atividades autointrutivas
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e-Tec Brasil
e-Tec Brasil
140
Contabilidade Empresarial
Atividades autointrutivas
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e-Tec Brasil
e-Tec Brasil
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Contabilidade Empresarial
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e-Tec Brasil
e-Tec Brasil
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Contabilidade Empresarial
Anotaes
Atividades autointrutivas
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e-Tec Brasil
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e-Tec Brasil
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Contabilidade Empresarial