Eugnio, o gnio

Texto: Ruth Rocha

Ilustraes: Fbio Sgroi

Elaborao
Anna Flora

Brincadeira 1: Uma brincadeira genial

Ruth Rocha brinca, nesta histria, de um jeito muito engraado, com os vrios
sentidos da palavra GNIO.

No trecho a seguir, qual o sentido da palavra GNIO?

Eugnio, o GNIO, o burro mais inteligente do mundo.

Sabe quase tudo o que h nos livros.
Sabe falar burrs, que a lngua dos burros.
Sabe falar bichs, que a lngua dos bichos...

Observe se os alunos percebem que nessa passagem a palavra GNIO se refere a
INTELIGNCIA. Quando uma pessoa muito inteligente, costumamos dizer: Ela um
gnio.

E nestes outros trechos, qual o sentido da palavra GNIO?

Antigamente, Eugnio tinha um defeito.

At parecia gente...
Apesar de ser um gnio, o burrinho tinha um gnio...
[...]
Desde pequeno, Eugnio era assim.
Empacava para comer.
Empacava para dormir.
Empacava demais para vestir.

Observe se os alunos percebem que nessa passagem a palavra GNIO significa
TEMPERAMENTO, uma pessoa tem gnio ruim.

H outro jogo que a Ruth Rocha cria nessa histria com a sonoridade das pala

vras. Qual ?

Resposta: O burro se chama Eugnio.

Divida a turma em equipes com 3 integrantes: um ser Eugnio, outro o pai e o
outro, a me de Eugnio.

Cada equipe cria uma cena do cotidiano em que Eugnio empaca para fazer alguma coisa e os pais tm que implorar para o filhinho realizar a tarefa.

Por exemplo: Tomar banho, ir dormir, fazer a lio, escovar os dentes, vestir o uniforme da escola, almoar etc.

Cada equipe apresenta a cena que criou para a turma.

Brincadeira 2: Concurso dos gnios

Material necessrio

Para o aluno:

2 rolos de papel crepom (qualquer cor)

1 etiqueta grande para prender na blusa com o nome de um bicho escrito
(pode ser qualquer bicho, no precisa ser os personagens que aparecem na
histria Eugnio, o gnio)
caneta preta grossa
1 tesoura sem ponta
1 fita adesiva

Para o professor:

Cubra uma garrafa de plstico de 2 litros com papel laminado. Pregue uma

etiqueta e escreva com caneta hidrocor preta grossa: TROFU EUGNIO, O

GNIO.

Veja nos anexos a pgina onde esto as adivinhas do Concurso dos bichos.
Imprima uma cpia para cada criana e uma cpia para voc.

1 - O que , o que ?
Quanto mais cresce,
Menos se v?
(R.: O escuro.)

2 - O que , o que
Que cai em p e corre deitado?
(R.: A chuva.)

3 - O que , o que ?
De dia est limpa
E de noite est cheia?
(R: Casa.)
4 - O que que tem bico e no belisca; tem asa e no voa?
(R.: Bule.)

5 - Tem olhos, mas no v.

Tem boca, mas no come.
Tem braos, mas no abraa?
(R.: Boneca.)
6 - O que que se reparte,
Mas no se come?
(R.: Baralho)
7 - O que que pode ser de ferro,
de gelo e de chocolate?
(R.: Barra.)
8 - O que , o que ?
Que s se faz de dia?
(R.: Dizer bom dia.)
9 - O que , o que ?
Que entra na gua e no se molha?
(R.: Sombra.)
10 - O que , o que ?
Nasci na gua e na gua me criei.
Se me colocarem na gua, morrerei.
(R.: Sal.)
11- Dizem que sou rei, mas no
tenho reino.
Que sou louro, mas no tenho cabelos.
Quem sou?
(R.: O sol.)
12 - No tem p e corre.
Quando pra, morre.
(R.: O rio.)
13 - O que que s cresce para
baixo?
(R.: Rabo de cavalo.)

14 - O que que anda com os ps

na cabea?
(R.: Piolho.)
15 - O que que s tem luz no
escuro?
(R.: Vaga-lume.)
(MELO, Verssimo. Folclore infantil.
Belo Horizonte: Itatiaia, [s.d.].)

Releia o trecho da histria que mostra o concurso de adivinhas na floresta,
o momento em que o papagaio Tibrcio pergunta: De que cor era o cavalo branco de
Napoleo? (p. 24).

Pegue s a sua pgina onde esto as adivinhas.

Observao: Como as adivinhas esto escritas

com as respostas, no distribua ainda as
pginas para as crianas.

Depois, proponha uma brincadeira de adivinhao

Leia somente algumas adivinhas para a turma, pois elas sero usadas no
Concurso dos bichos.

Quem souber, responde; um ajuda o outro, quem quiser prope outras adivinhas.

Brinquem bastante. Depois organize um Concurso de adivinhas dos Bichos.

Sugira uma votao para saber quem ser o apresentador do concurso. Depois os
concorrentes vo sendo chamados.

Por enquanto, d as pginas que tm as adivinhas s para o aluno que far papel
de apresentador.

O concurso comea com os concorrentes bichos tentando acertar as adivinhas.
Crie o trofu Eugnio, o gnio e oferea ao vencedor.

Brincadeira 3: Comparando as fbulas

Material necessrio

Para o professor:

Veja nos anexos a pgina onde est uma fbula de Esopo: O burro sbio.

O burro na pele do leo

Certo dia, um burro viu uma pele de leo que um caador tinha deixado para
secar no cho da floresta.

O burro pensou:

Vou colocar esta pele de leo e viro leo! Ningum vai perceber!

Escondeu-se embaixo da pele de leo e saiu pela floresta andando como se fosse
um leo, fazendo cara de leo e se sentindo muito importante, o rei da floresta!

No demorou muito, apareceu a raposa, o macaco e a coruja.

Vou pregar o maior susto neles! pensou o burro. E soltou o maior rugido.

S que assim que ele abriu a boca saiu um zurro de burro e no um rugido de
leo!

Se isso no bastasse, suas orelhas estavam de fora. Os outros bichos descobriram
que era o burro e deram muitas risadas e disseram:

Ningum tem medo de leo que zurra e tem orelhas de burro!
(Texto adaptado por Anna Flora.)

Conversando com a turma:

Qual a diferena entre o burro da fbula e Eugnio, o gnio? H alguma
semelhana entre eles?

E se o burro da fbula encontrasse com Eugnio, o gnio, na escola dos
burros, como que seria?

Aps o debate, organize a criao de um texto no qual o burro da fbula de Esopo
encontra Eugnio, o gnio.

Brincadeira 4: Comparando as histrias

Material necessrio

Para o professor:

Veja nos anexos a pgina onde esta a histria A princesa luxenta. Imprima
uma cpia para cada criana.

A princesa luxenta

Anna Flora

Em um reino muito distante vivia a princesa luxenta.

Quando ela nasceu, uma fada m, que no tinha sido convidada para a festa,
jogou uma maldio:

Desde agora todos os habitantes do reino tero que fazer as vontades da
Princesa! Caso contrrio, o mundo se acabar!

Desde que ela era beb, o rei, a rainha, os empregados, o vov, a vov, at a sua
fada madrinha, todo mundo tinha que fazer tudo o que a Princesa quisesse. Era uma
chateao e tanto!

Ela exigia:

Eu quero uma coroa dourada feita com os raios do sol.

E toca a procurar a coroa com os raios de sol, seno o mundo poderia acabar.

Enjoada daquele jeito, a princesa foi ficando cada vez mais sozinha. As outras
princesas no a convidavam para mais nada. Por isso, foi at uma surpresa quando
recebeu o convite:
GRANDE BAILE NA CORTE. VENHAM TODOS!
ANIVERSRIO DO PRNCIPE

A princesa comeou a fazer dengo e dizia:

No quero o vestido azul, porque j usei antes, no baile da Branca de Neve!

No quero o vestido amarelo, d azar! Eu s vou ao baile com um vestido que
tenha todas as cores do mundo!

Imediatamente, antes que o mundo acabasse, foram convocadas todas as
costureiras do reino e elas trabalharam trinta dias seguidos para que o vestido da
princesa ficasse pronto.

E o vestido ficou lindo, com todas as cores do arco-ris.

O dia da festa chegou. E a princesa, j prontinha, toda linda no seu vestido,
exigiu:

No entro nessa carruagem! S vou ao baile com uma carruagem dourada,
puxada por cavalos de asas!

Mas cavalos com asas no existem, minha filha! Voc no pode querer coisas
que no existem! a rainha pediu.
7


Mas eu quero, eu quero, eu quero! a princesa gritava batendo o p.

A gente coloca umas asas de cartolina nos cavalos e prega com fita crepe!
sugeriu o moo que conduzia a carruagem.

Mas a princesa disse que assim no e comeou a chorar. Todos foram atrs de um
cavalo com asas porque o baile j tinha comeado e se o capricho da moa no fosse
satisfeito o mundo acabaria.

A, um velho burro, que estava pastando perto da carruagem chegou e disse:

Olha aqui, Dona princesa, deixa de fricote e entra logo na carruagem, seno
ela vira abbora e a que a senhora no vai para baile nenhum!

Todos ficaram assustados! Um burro falante! E, ainda por cima, um burro falante
que desafiava a Princesa!

Assim que o burro disse essas palavras, a carruagem imediatamente virou uma
abbora, todas as cores do arco-ris sumiram do vestido da Princesa, que virou um
vestidinho de chita e a...

Para a surpresa de todos, o mundo no acabou!...

A princesa tratou rapidinho de vestir o vestido azul que ela j tinha usado antes,
entrou em outra carruagem, e de bico calado foi para a festa.

Desse dia em diante nunca mais ela fez birra, o burro foi eleito conselheiro do rei,
o mundo continuou a existir e todos naquele reino vivem felizes para sempre!
FIM

Releia o trecho do livro Eugnio, o gnio, em que o burro empaca e no quer
participar do concurso (pginas 17 a 19):

Ah, no sei se vou, no.

No estou com vontade...
A me de Eugnio pediu.
O pai de Eugnio falou.
Todo mundo argumentou.
At que Eugnio, com muito mau gnio, concordou:
Est bem, eu vou, eu vou, no falem mais, por favor.

Releia tambm este trecho (pginas 34 e 35):

que Eugnio, acostumado a ser sempre mimado,

Olhava para todo lado:
Cad mame e papai? Ser que no vo pedir,
Implorar e at rogar para eu desempacar?
[...]
E quando Eugnio viu que o tempo ia acabar
E que ele ia perder, somente por teimar,
Resolveu que no era bom negcio empacar...


Distribua uma cpia com o conto A princesa luxenta para cada criana. Leia a
histria com a turma. Depois, proponha:

Vamos comparar o comportamento de Eugnio com o da princesa luxenta: os
dois so parecidos em muita coisa?

Resposta provvel: As crianas, com certeza, vo perceber que tanto Eugnio
como a princesa so mimados.

H um momento da histria Eugnio, o gnio e da histria A princesa
luxenta em que os dois personagens principais mudam de comportamento. Quando isso
acontece?

(Resposta: Eugnio percebe que se continuasse empacando ia perder o concurso,
porque as pessoas que competiam no eram como seu pai e sua me que lhe faziam as
vontades.)

J na histria da princesa, o burro velho no satisfaz as vontades da princesa. Ela
fica muito desconcertada, porque ningum a tinha enfrentado dessa maneira.

Desse modo, a princesa se d conta que se ficasse exigindo coisas impossveis
perderia a festa.

Incentive as crianas a conversarem e a trocarem ideias a respeito do comportamento dos dois personagens.

Em seguida, proponha um teatro.

Organize equipes com 4 pessoas e crie a seguinte cena: um personagem muito
mimado se depara com uma situao que o leva a mudar o comportamento.

ANEXO 1
1 - O que , o que ?
Quanto mais cresce,
Menos se v?
(R.: O escuro.)

2 - O que , o que
Que cai em p e corre deitado?
(R.: A chuva.)

3 - O que , o que ?
De dia est limpa
E de noite est cheia?
(R: Casa.)
4 - O que que tem bico e no belisca; tem asa e no voa?
(R.: Bule.)
5 - Tem olhos, mas no v.
Tem boca, mas no come.
Tem braos, mas no abraa?
(R.: Boneca.)
6 - O que que se reparte
Mas no se come?
(R.: Baralho)
7 - O que que pode ser de ferro,
de gelo e de chocolate?
(R.: Barra.)
8 - O que , o que ?
Que s se faz de dia?
(R.: Dizer bom dia.)
9 - O que , o que ?
Que entra na gua e no se molha?
(R.: Sombra.)

10

ANEXO 1
10 - O que , o que ?
Nasci na gua e na gua me criei.
Se me colocarem na gua, morrerei.
(R.: Sal.)
11- Dizem que sou rei, mas no
tenho reino.
Que sou louro, mas no tenho cabelos.
Quem sou?
(R.: O sol.)
12 - No tem p e corre.
Quando pra, morre.
(R.: O rio.)
13 - O que que s cresce para baixo?
(R.: Rabo de cavalo.)
14 - O que que anda com os ps
na cabea?
(R.: Piolho.)
15 - O que que s tem luz no
escuro?
(R.: Vaga-lume.)
(MELO, Verssimo. Folclore infantil.
Belo Horizonte: Itatiaia, [s.d.].)

11

ANEXO 2

O burro na pele do leo

Certo dia, um burro viu uma pele de leo que um caador tinha deixado para
secar no cho da floresta.

O burro pensou:

Vou colocar esta pele de leo e viro leo! Ningum vai perceber!

Escondeu-se embaixo da pele de leo e saiu pela floresta andando como se fosse
um leo, fazendo cara de leo e se sentindo muito importante, o rei da floresta!

No demorou muito, apareceu a raposa, o macaco e a coruja.

Vou pregar o maior susto neles! pensou o burro. E soltou o maior rugido.

S que assim que ele abriu a boca saiu um zurro de burro e no um rugido de
leo!

Se isso no bastasse, suas orelhas estavam de fora. Os outros bichos descobriram
que era o burro e deram muitas risadas e disseram:

Ningum tem medo de leo que zurra e tem orelhas de burro!
(Texto adaptado por Anna Flora.)

12

ANEXO 3
A princesa luxenta

Anna Flora

Em um reino muito distante vivia a princesa luxenta.

Quando ela nasceu, uma fada m, que no tinha sido convidada para a festa,
jogou uma maldio:

Desde agora todos os habitantes do reino tero que fazer as vontades da
Princesa! Caso contrrio, o mundo se acabar!

Desde que ela era beb, o rei, a rainha, os empregados, o vov, a vov, at a sua
fada madrinha, todo mundo tinha que fazer tudo o que a Princesa quisesse. Era uma
chateao e tanto!

Ela exigia:

Eu quero uma coroa dourada feita com os raios do sol.

E toca a procurar a coroa com os raios de sol, seno o mundo poderia acabar.

Enjoada daquele jeito, a princesa foi ficando cada vez mais sozinha. As outras
princesas no a convidavam para mais nada. Por isso, foi at uma surpresa quando
recebeu o convite:
GRANDE BAILE NA CORTE. VENHAM TODOS!
ANIVERSRIO DO PRNCIPE

A princesa comeou a fazer dengo e dizia:

No quero o vestido azul, porque j usei antes, no baile da Branca de Neve!

No quero o vestido amarelo, d azar! Eu s vou ao baile com um vestido que
tenha todas as cores do mundo!

Imediatamente, antes que o mundo acabasse, foram convocadas todas as
costureiras do reino e elas trabalharam trinta dias seguidos para que o vestido da
princesa ficasse pronto.

E o vestido ficou lindo, com todas as cores do arco-ris.

O dia da festa chegou. E a princesa, j prontinha, toda linda no seu vestido,
exigiu:

No entro nessa carruagem! S vou ao baile com uma carruagem dourada,
puxada por cavalos de asas!

Mas cavalos com asas no existem, minha filha! Voc no pode querer coisas
que no existem! a rainha pediu.

Mas eu quero, eu quero, eu quero! a princesa gritava batendo o p.

A gente coloca umas asas de cartolina nos cavalos e prega com fita crepe!
sugeriu o moo que conduzia a carruagem.

Mas a princesa disse que assim no e comeou a chorar. Todos foram atrs de um
cavalo com asas porque o baile j tinha comeado e se o capricho da moa no fosse
satisfeito o mundo acabaria.

13

ANEXO 3

A, um velho burro, que estava pastando perto da carruagem chegou e disse:

Olha aqui, Dona princesa, deixa de fricote e entra logo na carruagem, seno
ela vira abbora e a que a senhora no vai para baile nenhum!

Todos ficaram assustados! Um burro falante! E, ainda por cima, um burro falante
que desafiava a Princesa!

Assim que o burro disse essas palavras, a carruagem imediatamente virou uma
abbora, todas as cores do arco-ris sumiram do vestido da Princesa, que virou um
vestidinho de chita e a...

Para a surpresa de todos, o mundo no acabou!...

A princesa tratou rapidinho de vestir o vestido azul que ela j tinha usado antes,
entrou em outra carruagem, e de bico calado foi para a festa.

Desse dia em diante nunca mais ela fez birra, o burro foi eleito conselheiro do rei,
o mundo continuou a existir e todos naquele reino vivem felizes para sempre!
FIM

14