Kaspar Hauser - Análise Da Teoria
Kaspar Hauser - Análise Da Teoria
Kaspar Hauser - Análise Da Teoria
VIGOTSKY
Patrcia Pires Thomazelli1
RESUMO :
Observamos aspectos da Teoria Histrico-cultural de Vigostky, no processo de ensino-aprendizagem de
Kaspar Hauser sob a tica de que a construao do conhecimento se d mediante as interaes sociais e a
relao do sujeito com o mundo. Neste sentido voltamos a reflexo para os conceitos de interao social,
funes psicolgicas elementares, funes psicologicas superiores, ZDP, mediao, nivel real, nvel
potencial, analise microgentica, linguagem, palavras, instrumento psicologicos, signos e significados.
Cultural de Vigotsky na justificativa de que este seria um modelo exemplar para a reflexo
sobre a importncia das interaes sociais para a aprendizagem.
2 Kaspar Hauser e a Teoria Histrico-Cultural de Vigotsky
Por sua peculiaridade a vida de Kaspar se torna objeto de estudo de muitas
pessoas e esta anlise baseia-se em alguns recortes do filme dirigido por Werner Herzog
em 1974 intitulado O enigma de Kaspar Hauser so.b a tica da Teoria Histrico-Cultural
de Vigotsky que tem como pressuposto que: o desenvolvimento cognitivo acontece
atravs da interao social entre duas ou mais pessoas que trocam experincias,
criando novos conhecimentos (Sachete e Brisolara, 2015). Confinado, Kaspar no teve
possibilidade de desenvolver as funes cognitivas, que na teoria de Vigotsky podemos
entender como funes psicolgicas superiores, estagnando apenas nas funes
psicolgicas elementares que esto relacionados a maturao biolgica do ser.
primeira cena mostra o calabouo em que Kaspar foi enclausurado, era visivel sua
debilitao relacionada a sade fsica e mental, seu nico contato com o mundo era
apenas uma janela da qual poderia ver um pedao do cu, vestimentas e um cavalo de
brinquedo. Coforme Vigosky o ser um ser biolgico mas na essncia um ser social e
as funes psicolgicas superiores so construdas em dois planos: plano social
quando o outro me ensina e o plano psicolgico quando eu aprendo. Podemos entender
tambm que a formao do sujeito como humano se d primeiramente pela dimenso
biolgica ou seja aquilo que j nasce com o sujeito e posteriormente pela dimenso
cultural aquilo que vai sendo adquirido no decorrer da vida. Aos 16 anos Kaspar Hauser
liberta- se de seu algoz e posto diante a sociedade, tornando-se um desafio para
cientistas e professores pr-dispostos a lhe ensinar e avaliar sua aprendizagem.
3. A ZDP e os mediadores de Kaspar Hauser.
importante perceber a manipulao do comportamento, plasticidade do crebro e
as transformaes que Kaspar sofreu com as experincias proporcionadas por seu algoz,
professor e sociedade. Neste sentido parafraseando Edson Shroeder, Vigostky defende
que o bom professor sempre aquele que apoia ao mesmo tempo que complica a vida do
aluno, a aprendizagem comea pelo desafio. Percebemos aqui o conceito de ZDP (Zona
de Desenvolvimento Proximal) que se d no sentido de apoio, o professor mostra o
caminhos para a concepo dos estudantes. Esta surge a partir das transformaes que
Kaspar
sofisticados na sua relao com o mundo. Sabemos que a linguagem no nasce com o
sujeito e a excluso social trouxe sequelas terrveis para o desenvolvimento conceitual de
Kaspar. A peculiaridade seu histrico, sequncia singular do processo aprendizagem e
experincia vivida por ele dificulta a apreenso de conceitos cientficos.
Por ter
atropelado toda a fase da educao na infcia, percebemos a dificuldade que ele tinha em
atuar no mundo, diferenciar os sonhos da realidade, objetos de seres humanos, assim
como a dificuldade da criao e concluso de histrias, devidas pela escassez de suas
experincias.
REFERNCIAS