Higiene e Profilaxia

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Higiene e Profilaxia

Introduo
Saneamento o conjunto de medidas, visando a preservar ou modificar as condies do meio
ambiente com a finalidade de prevenir doenas e promover a sade. Alguns procedimentos
de saneamento bsico so: tratamento de gua, canalizao e tratamento de esgotos,
limpeza pblica de ruas e avenidas, coleta e tratamento de resduos orgnicos (em aterros
sanitrios regularizados) e materiais (atravs da reciclagem). As atividades de saneamento
tm como objetivos o controle e a preveno de doenas, melhoria da qualidade de vida da
populao, melhorar a produtividade do indivduo e facilitar a atividade econmica. Para o
abastecimento de gua, a melhor sada a soluo coletiva, excetuando-se comunidades
rurais muito afastadas. As partes do sistema pblico de gua so: manancial, captao,
aduo, tratamento, reserva, reservatrio de montante ou de jusante e distribuio. As redes
de abastecimento funcionam sob o princpio dos vasos comunicantes. O sistema de esgotos
existe para afastar a possibilidade de contato de despejos, esgoto e dejetos humanos com a
populao, guas de abastecimento, vetores de doenas e alimentos. O sistema de esgotos
ajuda a reduzir despesas com o tratamento tanto da gua de abastecimento quanto das
doenas provocadas pelo contato humano com os dejetos, alm de controlar a poluio das
praias. Os sistemas de esgotos so o sistema unitrio, sistema separador e sistema misto. O
sistema de coleta de lixo tem que ter periodicidade regular, intervalos curtos, e a coleta
noturna ainda a melhor, apesar dos rudos. O lixo pode ser lanado em rios, mares ou a cu
aberto, enterrado, ir para um aterro sanitrio (o mais indicado) ou incinerado (fonte
desconhecida).
Autocuidado

Fatores Ambientais

Fatores Fsicos

Fatores Comportamentais

Higiene => Limpeza ou promoo de sade


Profilaxia => Conjunto de medidas que tm por finalidade prevenir ou atenuar as doenas,
suas complicaes e consequncias.
Profilaxia com mtodos comportamentais
Exemplo: uso do jaleco, preservativo e exame do toque de mama e o Papanicolau.
Profilaxia com mtodos de drogas -> Quimioprofilaxia
Quando a profilaxia est baseada no emprego de medicamentos
Exemplo: vacinao, uso do protetor solar, uso de vitaminas e remdio de preveno de
vermes.
Sade
Conceito
o bem-estar fsico, mental e social e no apenas a ausncia de doenas.
Saneamento Bsico
Conceito

um conjunto de medidas que visam promoo da sade e preveno de doenas, levando


em consideraes componentes socioambientais bsicos:
Componentes Bsicos
L ixo
E sgoto
gua
Responsabilidade

Civil

Pblica

Vantagens

Econmicas

Sanitrias

1.

gua

o Importncia para o organismo (o Corpo Humano formado de 70% a 75% por gua) e para
o planeta.
Fontes de gua

Poos

Audes

Rios

Reservatrios, etc.

gua Potvel
Para o consumo, a gua tem que estar:

Incolor

Inodora

Inspida

Formas de tratamento de gua


O tratamento de gua visa reduzir a concentrao de poluentes at o ponto em que no
apresentem riscos para a sade pblica. Algumas delas so:
v Filtrao: mtodo que elimina micropartculas da gua. A gua passa por filtros com
camadas diversas de seixos (pedra de rio) e de areia, com granulaes diversas e carvo
antracito (carvo mineral). A ficaro retidas as impurezas mais finas que passaram pelas
fases anteriores.
v Fervura: mtodo que elimina as micropartculas da gua.
v Clorao: mtodo qumico para eliminar germes que contaminam a gua.

Doenas Relacionadas com a gua


Nome da doena

Agente Causador

Clera

Vibrio colrico

Dengue

Vrus da dengue

Amebase e

Entamoeba coli e

Giardase

Giardia lamblia

Leptospirose

Leptospira interrogans

Esquistossomose

Schistossoma mansonii

Hepatite A e E

Vrus da hepatite

Micoses locais

Fungos

Lixo
Conceito
So restos de materiais originados de uma determinada atividade produtiva.
Classificao
Quanto origem:

Domiciliar

Industrial

Hospitalar

Quanto decomposio:

Orgnico

Inorgnico

Quanto reutilizao:

Reciclvel

No Reciclvel

Destino do Lixo:

Coleta Seletiva

Destino Final:
Lixes
cu aberto
Aterros Sanitrios
Incineraes

v Lixo Domiciliar: produzido no domiclio ou em qualquer outro ambiente, mas no tem


riscos biolgicos.
v Lixo Hospitalar: so resduos gerados em ambiente hospitalar e que tem alto risco
infeccioso.
Lixo
Decomposio
Reutilizao
Destino Final
v Lixo Orgnico => aquele que a natureza consegue absorver (que se decompem)
v Lixo Inorgnico => aquele que a natureza leva muito tempo para absorver (ou no se
decompem)
v Reciclvel => lixo que reutilizvel. Exemplos: plsticos, vidro, papel e alumnio.
v No Reciclvel => aquele que no reutilizvel. Exemplos: lixo hospitalar.
Destino Final
Aterros Sanitrios
Classificao do Lixo Hospitalar
Os resduos produzidos nos servios de sade so importantes causadores de doenas
devidos seus elevados nveis de contaminao. Por isso, a ANVISA (Agncia Nacional de
Vigilncia Sanitria) criou uma resoluo que tem como objetivo classificar esses resduos
pelo seu grau de contaminao e direcionar o destino final e forma de tratamentos mais
adequados; esta resoluo a NR 303/03 e NR 306/04.
O Lixo Hospitalar passa a ser classificado assim:

Grupo A => Potencialmente Contaminados: So os resduos que apresentam


altssimo poder infeccioso, como por exemplo: bolsas de sangue, seringas e luvas.

Grupo B => Resduos Qumicos: So os que possuem a capacidade corrosiva ou


txica para o ambiente e para o homem. O seu descarte deve ser feito em embalagens
rgidas de plsticos. Exemplos: Reagentes de Raios-X, Restos de Quimioterapia, etc.

Grupo C => Rejeitos Radioativos: So os restos de reagentes utilizados para


executar exames de medicina nuclear. Seu descarte deve ser similar aos resduos do Grupo B.

Grupo D => Resduos Comuns: So os resduos de baixssimo poder de


contaminao, resultante de atividades ausentes de riscos biolgicos. O descarte deve ser
realizado em sacos pretos, azul ou cinza. Exemplos: Papis e Restos de Comida

Grupo E => Perfuro cortantes: So aqueles que possuem elevado poder de corte ou
perfurao independentemente do seu uso. Exemplo: agulha e bisturi. O descarte deve ser
feito em embalagens rgidas de papelo com indicativo de risco biolgico. A caixa de colocar
perfuro cortantes deve ser preenchida 2/3 completos ou 1/3 ficar vazia.
Esgoto
Conceito

Compreende os resduos lquidos produzidos pelo homem e podem ser causadores de


doenas.
Caracterstica de uma boa rede esgoto.
Captao
Transporte
Tratamento
Destino Final
Fossa Negra
- Sptica
- Seca
o - Lenis Martimos
o - Coleta Urbana Subterrnea
o - Cu Aberto
Infeco e Contaminao
Infeco
uma contaminao provocada ao ser humano por agentes biolgicos
Exemplos
Vrus
Bactria
Protozorio
Fungo
Contaminao
a disseminao de um agente qumico ou biolgico no ambiente ou no organismo humano.
Obs.: Nem toda contaminao uma infeco.
1.

Infeco Relacionada aos Servios de Sade (IRSS).

2.

Infeco Comunitria.

1.

Infeco Relacionada aos Servios de Sade (IRSS)

Conceito
toda infeco que ocorre aps 72 horas da admisso do paciente, ou mesmo aps a alta, e
que tenha relao com procedimentos realizados nos servios de sade.

Obs.: Se um paciente colocou uma prtese de silicone ou fez uma cirurgia de grande porte
at um ano poder aparecer infeco, j as pequenas e mdias cirurgias so 30 dias. A sonda
o prazo de 6 meses.
2.

Infeco Comunitria

Conceito
toda infeco adquirida na comunidade e que no tem relao com procedimentos
realizados nos servios de sade.
Fatores que resultam a infeco
Diretos => Exemplos: Moradia, Contato ntimo ou Constante.
Indiretos => Exemplos: fmites (objetos de uso coletivo).
Infeco Comunitria

Nome de Doena
Salmonelose
Tenase
Pediculose (Piolho)
Escabiose (Piolho)
Sfilis
Infeco HIV/AIDS
Varicela (Catapora)
Botulismo
Neurocisticercose
Leishmaniose
Visceral

Agente Causador
Salmonella sp.
Taenia solium
Pediculus pediculorum
Pediculus scabiens
Treponema palidum
Vrus da Imunodeficincia
Adquirida
Vrus da Varicela
Clostridum botulinum
Cisticerco
Leishmania chagas
Infeco Hospitalar

v Cruzada
v Oportunista
v Superinfeco => Septicemia
=> Sepse
=> Choque sptico

Cruzadas Provocada por uma cepa que penetra no organismo do enfermo que est
com o sistema defensivo gravemente afetado, procedendo de um portador ou atravs de
fmites de outros doentes*.

Superinfeco hospitalar um quadro clnico, causado por uma nova bactria que
atua como agente continuando o processo infeccioso do qual o doente portador*.

Infeco oportunista a infeco provocada por germes no patognicos de um


organismo comprometido, como o caso do doente*.
Microorganismo Comuns nas IRSS

Pseudomonas aeruginosas
Septicemia e Infeces cutneas
Klebisiella pneumoniae
Infeces respiratrias
Proteus sp.
Infeces urinrias
Stafilococcus aureos
Infeces cutneas e respiratrias
Streptococcus
Infeces respiratrias
Obs.: Pseudomonas vive em ambientes midos, nas mucosas, por exemplo.
uma infeco que est se desenvolvendo nos hospitais (uma mutao da Klebisiella
pneumoniae) ela uma infeco oportunista.
Proteus sp. Pode causar dor e sangramentos ao urinar.
Sempre os pacientes que entram na UTI pode desenvolver Stafilococcus aureos ou
Streptococcus.
Medidas Preventivas de IRSS
1.

Isolamento hospitalares

2.

Classificao de reas

3.

Classificao de artigos

4.

Tratamento de artigos

5.

Higienizao das mos

6.

EPI

1. Isolamento Hospitalares
Isolamento Total ou Restrito
Isolamento Reverso ou Protetor
Isolamento Respiratrio:
Aerossis
Gotculas
2. Classificao das reas
Crticas
Semi Crticas
No Crticas

rea Crtica - um local onde podero ter ou no ter pacientes, com alto grau de
contaminao. Exemplo: UTIS e o Expurgo (local onde ficam os restos dos materiais
contaminados, o material esterilizado nunca dever passar por esse local.).

Semi - Crtica uma rea que SEMPRE tero pacientes infectados ou no. Exemplo:
Enfermarias e Quartos Hospital.


No Crtica NUNCA tero pacientes, onde o risco de contaminao mnimo.
Exemplo: Corredor e Recepo.
3.

Classificao dos artigos hospitalares

Crticos
Semi Crticos
No Crticos
Artigos
Conceito
So os instrumentos usados nos hospitais. E so classificados em:
v Artigos Crticos aquele que entra em contato com a corrente sangunea ou com as
mucosas no integradas. Exemplo: Pinas.
v Artigos Semicrticos So aqueles que entram em contato com as mucosas ntegras ou a
pele no intacta. Exemplo: Sonda.
v Artigos No-Crticos So aqueles que entram em contato apenas com a pele ntegra.
Exemplos: Termmetro e Papagaio.

Todos os artigos considerados crticos devem esterilizados ou descartados.

Todos os artigos considerados semicrticos devem passar pelos processos de desinfeco


ou esterilizao.
4.

Tratamento dos artigos hospitalares

Conceitos Bsicos
Assepsia
Antissepsia
Desinfestao
Desinfeco
Degermao
Esterilizao
Esto relacionadas aos conceitos de tratamento dos artigos, como sabemos a maior
probabilidade de microorganismos, ser maior o risco de infeco e quando menor a
probabilidade ser menor o risco de infeco.
Assepsia: a reduo de quantidade de micro-organismos de superfcies inanimadas.
Antissepsia: a reduo de quantidade micro-organismos da superfcie da pele e da
mucosa.
Desinfestao: a reduo da quantidade e artrpodes ou roedores da pele ou do
ambiente.

Degermao: a reduo da quantidade de germes, por meio de degermantes. Exemplos:


sabo e detergentes.
Esterilizao: o processo que promove completa eliminao ou destruio de todas as
formas de microorganismos presentes: vrus, bactrias, fungos, protozorios, esporos, para
um aceitvel nvel de segurana. O processo de esterilizao pode ser fsico, qumico, fsicoqumico.

MTODOS DE
ESTERILIZAO
Mtodos fsicos

Alternativas

Mtodos qumicos

Glutaraldedo
Formaldedo
cido peractico

Mtodos fsicos
qumicos

Esterilizadoras a xido de Etileno (ETO)


Plasma de Perxido de Hidrognio
Plasma de gases (vapor de cido peractico e perxido
de hidrognio; oxignio, hidrognio e gs argnio)
Vapor de Formaldedo

Vapor saturado/autoclaves
Calor seco
Raios Gama/Cobalto

ESTERILIZAO POR VAPOR SATURADO/ autoclaves

Gravitacional

Alto vcuo

Ciclo Flash

A esterilizao a vapor realizada em autoclaves, cujo processo possui fases de remoo do


ar, penetrao do vapor e secagem. A remoo do ar diferencia os tipos de autoclaves.
Os ciclos de esterilizao so orientados de acordo com as especificaes do fabricante.
Um ciclo de esterilizao do tipo "Flash" pode ser realizado em autoclave com qualquer tipo
de remoo do ar [i][2].
As autoclaves podem ser divididas segundo os tipos abaixo:

TIPOS
GRAVITACION
AL

O vapor injetado forando a sada do ar. A


fase de secagem limitada uma vez que no
possui capacidade para completa remoo do
vapor.

Desvantagem: pode apresentar umidade ao


final pela dificuldade de remoo do ar.
As autoclaves verticais so mais indicadas
para laboratrios.
Venturi - O ar removido atravs de uma
bomba. A fase de secagem limitada uma vez
que no possui capacidade para completa
remoo do vapor.
Desvantagem: pode apresentar umidade pelas
prprias limitaes do equipamento de
remoo do ar.
ALTO VCUO
Introduz vapor na cmara interna sob alta
presso com ambiente em vcuo. mais
seguro que o gravitacional devido a alta
capacidade de suco do ar realizada pela
bomba de vcuo.
Vcuo nico
Vcuo fracionado (por pulso
O ar removido de uma
ou escalonado)
nica vez em pequeno
Remoo do ar em perodos
espao de tempo.
intermitentes, com injeo
Desvantagem: pode haver
simultnea de vapor. Tambm
formao de bolsas de ar.
funciona por gravidade
A formao de bolsas de ar
menos provvel.

Exemplos de parmetros para


esterilizao a vapor[ii][3]

Tipo de
autoclave
Gravitacion
al

Pr-vcuo

Vcuo
fracionado

Temperat
ura
121 a
123o.C
132 a
135o.C
132 a
135o.C
141 a
144o.C
121 a
123o.C
132 a
135o.C
141 a
144o.C

Exemplos de tempos
mais comuns de
exposio [1][4]

Tempo de
exposio
Depende da
orientao do
fabricante
Depende da
orientao do
fabricante
Depende da
orientao do
fabricante

Temperat
ura
121 a
123o.C
132 a
135o.C
132 a
135o.C

Tempo
do ciclo
15 a 30
min
10 a 25
min
3a4
min

121 a
123o.C
132 a
135o.C

20min
3a4
min

Esterilizao rpida
(Flash)

O ciclo prprogramado para


um tempo e
temperatura especficos baseado no tipo de autoclave e no tipo de carga (para outros
ciclos se assume que a carga contm materiais porosos).

De forma geral o ciclo dividido em duas fases: remoo do ar e esterilizao. Embora


possa ser programada uma fase de secagem esta fase no est includa no ciclo
"flash".

Os materiais em geral so esterilizados sem invlucros a menos que as instrues do


fabricante permitam. Assume-se que sempre estaro midos aps o processo de
esterilizao. Devem, portanto, ser utilizados imediatamente aps o processamento,
sem ser armazenados.

Este ciclo no deve ser utilizado como primeira opo em hospitais. Indicadores
qumicos, fsicos e biolgicos (B. stearothermophillus).

Exemplos de tempos mnimos de exposio em


esterilizao tipo "flash"[iii][3] , [iv][2]
Tipo de
Tipo de carga
Temperatura
autoclave
GRAVITACIO
-Metais, itens no
132o.C
NAL
porosos, sem lumes. 132o.C
- Metais com lumes,
itens porosos
(plsticos,
borrachas)
PR VACUO
-Metais, itens no
132o.C
porosos, sem lumes. 132o.C
- Metais com lumes,
itens porosos
(plsticos,
borrachas)
VCUO
-Metais, itens no
132o.C a
FRACIONADO porosos, sem lumes. 135o.C
- Metais com lumes, 141o.C a
itens porosos
144o.C*
(plsticos,
borrachas)
*incomum no Brasil

Tempo
do ciclo
3 min
10 min

3 min
4 min

3 min
2min

COMO MONTAR UMA CARGA NA AUTOCLAVE


A remoo do ar da cmara absolutamente crtica para o completo processo de
autoclavao.
O ar pode ser removido ativa ou passivamente.
Estes dois tipos de remoo do ar caracterizam os dois tipos bsicos de esterilizadoras de
vapor saturado:
a) Remoo de ar por gravidade- neste tipo de equipamento a entrada do vapor "fora" o ar
para fora. Como o ar mais pesado que o vapor e no se mistura bem com o vapor este
ltimo formar uma camada acima que medida de sua entrada ir forando o ar para fora.
O tempo de remoo do ar depender do tipo e densidade da carga.

importante que a carga seja organizada de forma que o vapor penetre mais facilmente, com
poucos obstculos, a fim de que possa drenar para baixo encontrando o local de sada ("por
gravidade")
b)Remoo do ar dinmica : pr-vcuo ou por pulso gravitacional
O ar ativamente removido.
No incio do ciclo o vapor introduzido na cmara, com a vlvula do dreno aberta para deixar
sair o ar. Aps um perodo de tempo estabelecido a vlvula fechada. medida em que o
vapor vai entrando vai se misturando com ar ainda dentro da cmara criando uma mistura de
vapor e ar no condensado iniciando a pressurizar. O dreno ento aberto expulsando a
mistura de ar e vapor pressurizado. Com este escape repentino de gases forma-se uma
presso na linha que cai abaixo da presso atmosfrica criando o pr-vcuo. O ar no todo
removido, tornando ento a ser introduzido o vapor e repetindo o processo. De forma geral os
pulsos so em nmero de quatro para remoo do ar e permitir a penetrao do vapor na
carga a ser esterilizada. A diferena do pr- vcuo e do pulso gravitacional que o segundo
tipo no utiliza ejetores ou "pumps" de vcuo para acelerar a remoo de ar/vapor no final de
cada pulso. O pr-vcuo mais eficiente e rpido. No entanto o pulso gravitacional mais
eficiente do que o tipo puramente gravitacional.
Preparando os artigos e carregando a autoclave
1) Materiais articulados e com dobradias devem ser colocados em suportes apropriados de
forma a permanecerem abertos.
2) Materiais com lumens podem permanecer com ar dentro(por exemplo, endoscpios). Para
evitar este problema devem ser umedecidos com gua destilada imediatamente antes da
esterilizao. O resduo de ar se transformar em vapor.
3) Materiais cncavos, como bacias devem ser posicionados de forma que qualquer
condensado que se forme flua em direo ao dreno, por gravidade.
4) Materiais encaixados um no outro (cubas, por exemplo) devem ser separados por material
absorvente de forma a que o vapor possa passar entre eles. Lembrar que o encaixe sempre
dificultar a passagem do vapor. Material cirrgico no deve ser acondicionado encaixado ou
empilhado.
5) Caixas ("containers") de instrumentais devem ser colocados longitudinalmente na cesta da
autoclave, sem empilhar.
6) Txteis devem ser colocados de forma a que os ngulos estejam direcionados aos ngulos
da cesta ou estante da autoclave para permitir melhor passagem do vapor.
7) Os tipos de embalagens devero ser escolhidos de acordo com a capacidade da autoclave.
O perodo de validade de cada embalagem para cada tipo de material definido por testes
pela prpria instituio.
a)Alguns no tecidos assim como embalagens de algodo so absorventes e permitem que o
condensado se espalhe por uma rea maior para reevaporizao e secagem.
b) Coberturas feitas de materiais no absorventes como polipropileno ou no tecidos de 100%
de polister no espalham a umidade. Quando usados para bandejas ou bacias deve ser
assegurado que a disposio do material na autoclave permitir a drenagem do condensado.
Se houver materiais pesados em bandejas, devem envoltos em material absorvente antes de
serem colocados nas bandejas.

c) Caixas ("containers") metlicas agem como retentores do calor auxiliando na secagem do


material. No entanto produzem mais condensados quando no embalados apropriadamente e
no auxiliam na reevaporizao final.
d) Caixas ("containers") plsticos agem como isoladores e resfriam rapidamente. O contato
com superfcies ou ambientes mais frios provoca condensado rapidamente.
Obs.: tanto caixas metlicas quanto plsticas no devem ser esterilizadas em autoclaves de
gravidade. Deve ser preferida a esterilizao por pr-vcuo ou pulso gravitacional. O ar
difcil de ser removido destes "containers" e a adio de tempo de exposio no ir auxiliar
na remoo do ar.
e) Os artigos aps a esterilizao no devem ser tocados ou movidos aps 30 a 60 minutos
em temperatura ambiente. Durante este tempo eles devem ser deixados na mquina se no
houver prateleira ou cesto removvel ou no prprio cesto em local onde no haja correntes de
ar. Se um material mido ou morno for colocado em um lugar mais frio, como recipientes
plsticos o vapor ainda existente poder condensar em gua e molhar o pacote.
Obs.: No h benefcio em fechar novamente a autoclave aps a abertura para "secar"
melhor. Isto apenas aumentar o tempo necessrio para o resfriamento natural.
f) Alguns "containers" rgidos e no tecidos secam melhor quando um papel absorvente
colocado na base para absorver a umidade. Antes de comprar embalagens, teste o material
com ela.
g) Pode ser necessria a colocao de um absorvente na prateleira da mquina.
h) Esterilizar txteis e materiais rgidos em cargas diferentes. No sendo prtico, coloque
txteis acima com materiais rgidos abaixo, no o contrrio.
i) Os materiais e embalagens no devem tocar as paredes da cmara para evitar
condensao.
j) No preencha com carga mais do que 70% do interior da cmara.
k) Sempre ter em mente ao preparar uma carga a necessidade de remoo do ar, da
penetrao do vapor e a sada do vapor e reevaporao da umidade do material.
ESTUFA
Existem dois tipos de estufas segundo a distribuio de calor:
1) conveco por gravidade
2) conveco mecnica (mais eficiente por distribuio de calor mais uniforme)
EXEMPLOS DE TEMPERATURA E TEMPO NECESSRIO DE EXPOSIO
Temperatura
171o.C
160o.C
149o.C
141o.C
121o.C

Temperat

Calor seco
160o.C ou 170o.C

Tempo
60 minutos
120 minutos
150 minutos
180 minutos
12horas
Calor transferncia rpida
190o.C

ura
Tempo do
ciclo

1 a duas horas

Tipo de
material

12 minutos para
pacotes
6 minutos para
material no coberto
No deve ser isolante
de calor
Deve ser termo
resistente a
temperatura utilizada
Tubos de polifilme
plstico
alguns tipos de papel
Folhas de alumnio

No deve ser

isolante de calor
Deve ser termo

resistente a
temperatura
utilizada

Tubos de polifilme
plstico

Alguns tipos de

papel
Folhas de
alumnio
Vantagens
Seguro para
Menor ciclo
metais e espelhos
Seguro para metais e
(ex.odontologia)
espelhos
No danifica
(ex.odontologia)
instrumentos de
No danifica
corte
instrumentos de corte
No forma
No forma ferrugem
ferrugem
Desvantag
Ciclo longo,
Instrumentos devem
ens
exceto se o ar
estar secos antes de
forado
serem empacotados
Pequena
No esteriliza lquidos
penetrao em
Destri materiais
materiais mais
sensveis ao calor
densos
No esteriliza
lquidos
Destri materiais
sensveis ao calor
Tempos de exposio e temperatura: variam conforme o tipo de material a ser esterilizado.
O maior problema relacionado o fato de que a penetrao do calor difcil, lenta e distribuise de forma heterognea.

Embora durante muito tempo tenha sido utilizado como nica alternativa para ps e leos,
estas substncias, quando validadas podem ser esterilizadas por vapor.
Vantagens: a maior vantagem que tem sido preconizada de que material de corte perde
mais lentamente o fio do que em vapor. No entanto, estes materiais tambm podem ser
esterilizados em Plasma de Perxido de H2.
Problemas em reas especficas: pequenas clnicas de oftalmologia que utilizam delicados
materiais de corte tm utilizado esta alternativa pelos problemas descritos anteriormente.
Outros mtodos, como o plasma de Perxido de hidrognio, no momento seriam muito
onerosos, sem custo-benefcio para pequenas clnicas.

Odontologia: para material clnico (espelhos e similares), sem ranhuras e detalhes pode ser
uma opo j que no so densos e haver alta temperatura nas superfcies.
Formas de uso: conforme indicao do fabricante;
Manuteno preventiva: convencionada no mnimo, mensal ou conforme indicao do
fabricante.
Monitorizao:
Testes biolgicos: embora no exista um teste ideal o Bacillus Subtillis o mais indicado.
Invlucros:
caixas de ao inox de paredes finas ou de alumnio;
papel laminado de alumnio.
polmeros resistentes a altas temperaturas.
6.

EPIs (Equipamentos de Proteo Individual)

So quaisquer meios ou dispositivos destinados a ser utilizados por uma pessoa contra
possveis riscos ameaadores da sua sade ou segurana durante o exerccio de uma
determinada atividade. Um equipamento de proteo individual pode ser constitudo por
vrios meios ou dispositivos associados de forma a proteger o seu utilizador contra um ou
vrios riscos simultneos. O uso deste tipo de equipamentos s dever ser contemplado
quando no for possvel tomar medidas que permitam eliminar os riscos do ambiente em que
se desenvolve a atividade. Exemplo: luvas e mscaras.

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