Higiene e Profilaxia
Higiene e Profilaxia
Higiene e Profilaxia
Introduo
Saneamento o conjunto de medidas, visando a preservar ou modificar as condies do meio
ambiente com a finalidade de prevenir doenas e promover a sade. Alguns procedimentos
de saneamento bsico so: tratamento de gua, canalizao e tratamento de esgotos,
limpeza pblica de ruas e avenidas, coleta e tratamento de resduos orgnicos (em aterros
sanitrios regularizados) e materiais (atravs da reciclagem). As atividades de saneamento
tm como objetivos o controle e a preveno de doenas, melhoria da qualidade de vida da
populao, melhorar a produtividade do indivduo e facilitar a atividade econmica. Para o
abastecimento de gua, a melhor sada a soluo coletiva, excetuando-se comunidades
rurais muito afastadas. As partes do sistema pblico de gua so: manancial, captao,
aduo, tratamento, reserva, reservatrio de montante ou de jusante e distribuio. As redes
de abastecimento funcionam sob o princpio dos vasos comunicantes. O sistema de esgotos
existe para afastar a possibilidade de contato de despejos, esgoto e dejetos humanos com a
populao, guas de abastecimento, vetores de doenas e alimentos. O sistema de esgotos
ajuda a reduzir despesas com o tratamento tanto da gua de abastecimento quanto das
doenas provocadas pelo contato humano com os dejetos, alm de controlar a poluio das
praias. Os sistemas de esgotos so o sistema unitrio, sistema separador e sistema misto. O
sistema de coleta de lixo tem que ter periodicidade regular, intervalos curtos, e a coleta
noturna ainda a melhor, apesar dos rudos. O lixo pode ser lanado em rios, mares ou a cu
aberto, enterrado, ir para um aterro sanitrio (o mais indicado) ou incinerado (fonte
desconhecida).
Autocuidado
Fatores Ambientais
Fatores Fsicos
Fatores Comportamentais
Civil
Pblica
Vantagens
Econmicas
Sanitrias
1.
gua
o Importncia para o organismo (o Corpo Humano formado de 70% a 75% por gua) e para
o planeta.
Fontes de gua
Poos
Audes
Rios
Reservatrios, etc.
gua Potvel
Para o consumo, a gua tem que estar:
Incolor
Inodora
Inspida
Agente Causador
Clera
Vibrio colrico
Dengue
Vrus da dengue
Amebase e
Entamoeba coli e
Giardase
Giardia lamblia
Leptospirose
Leptospira interrogans
Esquistossomose
Schistossoma mansonii
Hepatite A e E
Vrus da hepatite
Micoses locais
Fungos
Lixo
Conceito
So restos de materiais originados de uma determinada atividade produtiva.
Classificao
Quanto origem:
Domiciliar
Industrial
Hospitalar
Quanto decomposio:
Orgnico
Inorgnico
Quanto reutilizao:
Reciclvel
No Reciclvel
Destino do Lixo:
Coleta Seletiva
Destino Final:
Lixes
cu aberto
Aterros Sanitrios
Incineraes
Grupo E => Perfuro cortantes: So aqueles que possuem elevado poder de corte ou
perfurao independentemente do seu uso. Exemplo: agulha e bisturi. O descarte deve ser
feito em embalagens rgidas de papelo com indicativo de risco biolgico. A caixa de colocar
perfuro cortantes deve ser preenchida 2/3 completos ou 1/3 ficar vazia.
Esgoto
Conceito
2.
Infeco Comunitria.
1.
Conceito
toda infeco que ocorre aps 72 horas da admisso do paciente, ou mesmo aps a alta, e
que tenha relao com procedimentos realizados nos servios de sade.
Obs.: Se um paciente colocou uma prtese de silicone ou fez uma cirurgia de grande porte
at um ano poder aparecer infeco, j as pequenas e mdias cirurgias so 30 dias. A sonda
o prazo de 6 meses.
2.
Infeco Comunitria
Conceito
toda infeco adquirida na comunidade e que no tem relao com procedimentos
realizados nos servios de sade.
Fatores que resultam a infeco
Diretos => Exemplos: Moradia, Contato ntimo ou Constante.
Indiretos => Exemplos: fmites (objetos de uso coletivo).
Infeco Comunitria
Nome de Doena
Salmonelose
Tenase
Pediculose (Piolho)
Escabiose (Piolho)
Sfilis
Infeco HIV/AIDS
Varicela (Catapora)
Botulismo
Neurocisticercose
Leishmaniose
Visceral
Agente Causador
Salmonella sp.
Taenia solium
Pediculus pediculorum
Pediculus scabiens
Treponema palidum
Vrus da Imunodeficincia
Adquirida
Vrus da Varicela
Clostridum botulinum
Cisticerco
Leishmania chagas
Infeco Hospitalar
v Cruzada
v Oportunista
v Superinfeco => Septicemia
=> Sepse
=> Choque sptico
Cruzadas Provocada por uma cepa que penetra no organismo do enfermo que est
com o sistema defensivo gravemente afetado, procedendo de um portador ou atravs de
fmites de outros doentes*.
Superinfeco hospitalar um quadro clnico, causado por uma nova bactria que
atua como agente continuando o processo infeccioso do qual o doente portador*.
Pseudomonas aeruginosas
Septicemia e Infeces cutneas
Klebisiella pneumoniae
Infeces respiratrias
Proteus sp.
Infeces urinrias
Stafilococcus aureos
Infeces cutneas e respiratrias
Streptococcus
Infeces respiratrias
Obs.: Pseudomonas vive em ambientes midos, nas mucosas, por exemplo.
uma infeco que est se desenvolvendo nos hospitais (uma mutao da Klebisiella
pneumoniae) ela uma infeco oportunista.
Proteus sp. Pode causar dor e sangramentos ao urinar.
Sempre os pacientes que entram na UTI pode desenvolver Stafilococcus aureos ou
Streptococcus.
Medidas Preventivas de IRSS
1.
Isolamento hospitalares
2.
Classificao de reas
3.
Classificao de artigos
4.
Tratamento de artigos
5.
6.
EPI
1. Isolamento Hospitalares
Isolamento Total ou Restrito
Isolamento Reverso ou Protetor
Isolamento Respiratrio:
Aerossis
Gotculas
2. Classificao das reas
Crticas
Semi Crticas
No Crticas
rea Crtica - um local onde podero ter ou no ter pacientes, com alto grau de
contaminao. Exemplo: UTIS e o Expurgo (local onde ficam os restos dos materiais
contaminados, o material esterilizado nunca dever passar por esse local.).
Semi - Crtica uma rea que SEMPRE tero pacientes infectados ou no. Exemplo:
Enfermarias e Quartos Hospital.
No Crtica NUNCA tero pacientes, onde o risco de contaminao mnimo.
Exemplo: Corredor e Recepo.
3.
Crticos
Semi Crticos
No Crticos
Artigos
Conceito
So os instrumentos usados nos hospitais. E so classificados em:
v Artigos Crticos aquele que entra em contato com a corrente sangunea ou com as
mucosas no integradas. Exemplo: Pinas.
v Artigos Semicrticos So aqueles que entram em contato com as mucosas ntegras ou a
pele no intacta. Exemplo: Sonda.
v Artigos No-Crticos So aqueles que entram em contato apenas com a pele ntegra.
Exemplos: Termmetro e Papagaio.
Conceitos Bsicos
Assepsia
Antissepsia
Desinfestao
Desinfeco
Degermao
Esterilizao
Esto relacionadas aos conceitos de tratamento dos artigos, como sabemos a maior
probabilidade de microorganismos, ser maior o risco de infeco e quando menor a
probabilidade ser menor o risco de infeco.
Assepsia: a reduo de quantidade de micro-organismos de superfcies inanimadas.
Antissepsia: a reduo de quantidade micro-organismos da superfcie da pele e da
mucosa.
Desinfestao: a reduo da quantidade e artrpodes ou roedores da pele ou do
ambiente.
MTODOS DE
ESTERILIZAO
Mtodos fsicos
Alternativas
Mtodos qumicos
Glutaraldedo
Formaldedo
cido peractico
Mtodos fsicos
qumicos
Vapor saturado/autoclaves
Calor seco
Raios Gama/Cobalto
Gravitacional
Alto vcuo
Ciclo Flash
TIPOS
GRAVITACION
AL
Tipo de
autoclave
Gravitacion
al
Pr-vcuo
Vcuo
fracionado
Temperat
ura
121 a
123o.C
132 a
135o.C
132 a
135o.C
141 a
144o.C
121 a
123o.C
132 a
135o.C
141 a
144o.C
Exemplos de tempos
mais comuns de
exposio [1][4]
Tempo de
exposio
Depende da
orientao do
fabricante
Depende da
orientao do
fabricante
Depende da
orientao do
fabricante
Temperat
ura
121 a
123o.C
132 a
135o.C
132 a
135o.C
Tempo
do ciclo
15 a 30
min
10 a 25
min
3a4
min
121 a
123o.C
132 a
135o.C
20min
3a4
min
Esterilizao rpida
(Flash)
Este ciclo no deve ser utilizado como primeira opo em hospitais. Indicadores
qumicos, fsicos e biolgicos (B. stearothermophillus).
Tempo
do ciclo
3 min
10 min
3 min
4 min
3 min
2min
importante que a carga seja organizada de forma que o vapor penetre mais facilmente, com
poucos obstculos, a fim de que possa drenar para baixo encontrando o local de sada ("por
gravidade")
b)Remoo do ar dinmica : pr-vcuo ou por pulso gravitacional
O ar ativamente removido.
No incio do ciclo o vapor introduzido na cmara, com a vlvula do dreno aberta para deixar
sair o ar. Aps um perodo de tempo estabelecido a vlvula fechada. medida em que o
vapor vai entrando vai se misturando com ar ainda dentro da cmara criando uma mistura de
vapor e ar no condensado iniciando a pressurizar. O dreno ento aberto expulsando a
mistura de ar e vapor pressurizado. Com este escape repentino de gases forma-se uma
presso na linha que cai abaixo da presso atmosfrica criando o pr-vcuo. O ar no todo
removido, tornando ento a ser introduzido o vapor e repetindo o processo. De forma geral os
pulsos so em nmero de quatro para remoo do ar e permitir a penetrao do vapor na
carga a ser esterilizada. A diferena do pr- vcuo e do pulso gravitacional que o segundo
tipo no utiliza ejetores ou "pumps" de vcuo para acelerar a remoo de ar/vapor no final de
cada pulso. O pr-vcuo mais eficiente e rpido. No entanto o pulso gravitacional mais
eficiente do que o tipo puramente gravitacional.
Preparando os artigos e carregando a autoclave
1) Materiais articulados e com dobradias devem ser colocados em suportes apropriados de
forma a permanecerem abertos.
2) Materiais com lumens podem permanecer com ar dentro(por exemplo, endoscpios). Para
evitar este problema devem ser umedecidos com gua destilada imediatamente antes da
esterilizao. O resduo de ar se transformar em vapor.
3) Materiais cncavos, como bacias devem ser posicionados de forma que qualquer
condensado que se forme flua em direo ao dreno, por gravidade.
4) Materiais encaixados um no outro (cubas, por exemplo) devem ser separados por material
absorvente de forma a que o vapor possa passar entre eles. Lembrar que o encaixe sempre
dificultar a passagem do vapor. Material cirrgico no deve ser acondicionado encaixado ou
empilhado.
5) Caixas ("containers") de instrumentais devem ser colocados longitudinalmente na cesta da
autoclave, sem empilhar.
6) Txteis devem ser colocados de forma a que os ngulos estejam direcionados aos ngulos
da cesta ou estante da autoclave para permitir melhor passagem do vapor.
7) Os tipos de embalagens devero ser escolhidos de acordo com a capacidade da autoclave.
O perodo de validade de cada embalagem para cada tipo de material definido por testes
pela prpria instituio.
a)Alguns no tecidos assim como embalagens de algodo so absorventes e permitem que o
condensado se espalhe por uma rea maior para reevaporizao e secagem.
b) Coberturas feitas de materiais no absorventes como polipropileno ou no tecidos de 100%
de polister no espalham a umidade. Quando usados para bandejas ou bacias deve ser
assegurado que a disposio do material na autoclave permitir a drenagem do condensado.
Se houver materiais pesados em bandejas, devem envoltos em material absorvente antes de
serem colocados nas bandejas.
Temperat
Calor seco
160o.C ou 170o.C
Tempo
60 minutos
120 minutos
150 minutos
180 minutos
12horas
Calor transferncia rpida
190o.C
ura
Tempo do
ciclo
1 a duas horas
Tipo de
material
12 minutos para
pacotes
6 minutos para
material no coberto
No deve ser isolante
de calor
Deve ser termo
resistente a
temperatura utilizada
Tubos de polifilme
plstico
alguns tipos de papel
Folhas de alumnio
No deve ser
isolante de calor
Deve ser termo
resistente a
temperatura
utilizada
Tubos de polifilme
plstico
Alguns tipos de
papel
Folhas de
alumnio
Vantagens
Seguro para
Menor ciclo
metais e espelhos
Seguro para metais e
(ex.odontologia)
espelhos
No danifica
(ex.odontologia)
instrumentos de
No danifica
corte
instrumentos de corte
No forma
No forma ferrugem
ferrugem
Desvantag
Ciclo longo,
Instrumentos devem
ens
exceto se o ar
estar secos antes de
forado
serem empacotados
Pequena
No esteriliza lquidos
penetrao em
Destri materiais
materiais mais
sensveis ao calor
densos
No esteriliza
lquidos
Destri materiais
sensveis ao calor
Tempos de exposio e temperatura: variam conforme o tipo de material a ser esterilizado.
O maior problema relacionado o fato de que a penetrao do calor difcil, lenta e distribuise de forma heterognea.
Embora durante muito tempo tenha sido utilizado como nica alternativa para ps e leos,
estas substncias, quando validadas podem ser esterilizadas por vapor.
Vantagens: a maior vantagem que tem sido preconizada de que material de corte perde
mais lentamente o fio do que em vapor. No entanto, estes materiais tambm podem ser
esterilizados em Plasma de Perxido de H2.
Problemas em reas especficas: pequenas clnicas de oftalmologia que utilizam delicados
materiais de corte tm utilizado esta alternativa pelos problemas descritos anteriormente.
Outros mtodos, como o plasma de Perxido de hidrognio, no momento seriam muito
onerosos, sem custo-benefcio para pequenas clnicas.
Odontologia: para material clnico (espelhos e similares), sem ranhuras e detalhes pode ser
uma opo j que no so densos e haver alta temperatura nas superfcies.
Formas de uso: conforme indicao do fabricante;
Manuteno preventiva: convencionada no mnimo, mensal ou conforme indicao do
fabricante.
Monitorizao:
Testes biolgicos: embora no exista um teste ideal o Bacillus Subtillis o mais indicado.
Invlucros:
caixas de ao inox de paredes finas ou de alumnio;
papel laminado de alumnio.
polmeros resistentes a altas temperaturas.
6.
So quaisquer meios ou dispositivos destinados a ser utilizados por uma pessoa contra
possveis riscos ameaadores da sua sade ou segurana durante o exerccio de uma
determinada atividade. Um equipamento de proteo individual pode ser constitudo por
vrios meios ou dispositivos associados de forma a proteger o seu utilizador contra um ou
vrios riscos simultneos. O uso deste tipo de equipamentos s dever ser contemplado
quando no for possvel tomar medidas que permitam eliminar os riscos do ambiente em que
se desenvolve a atividade. Exemplo: luvas e mscaras.