Livro Alfredo Chaves
Livro Alfredo Chaves
Livro Alfredo Chaves
A jornalista e pesquisadora Teresa Cristina Xavier, nascida em Vitria e residente em Alfredo Chaves,
realizou a pesquisa biogrfica dos personagens da vida poltica do municpio. Tambm participou da apurao
de outras informaes relacionadas
histria e poltica municipais.
Alfredo Chaves
Alfredo
Chaves
| Uma viso histrica e poltica |
Hesio Pessali
Alfredo
Chaves
| Uma viso histrica e poltica |
Agradecimentos
pesquisa
Editorao
Bios
Impresso
Sumrio
Apresentao................................................................................................ 7
Parte I
A colonizao.................................................................................. 11
A autonomia.................................................................................... 27
A atualidade..................................................................................... 55
Parte II
Personagens da vida poltica............................................................ 87
Parte Iii
Gesto 2005-2008 e 2009-2010...................................................... 149
Presidentes da Cmara e vereadores.............................................. 157
Prefeitos e vice-prefeitos................................................................. 163
Distncias entre a sede e o interior................................................ 167
Indicadores..................................................................................... 169
Siglas partidrias mencionadas nesta obra......................................173
Cronologia.......................................................................................175
Retratos da histria........................................................................ 181
Referncias............................................................................................... 203
Apresentao
Parte I
A colonizao
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A razo pela qual o rio recebeu esse nome controversa. Nos primeiros mapas da regio seu nome era Rio Aldeia, e provavelmente tinha
relao com o aldeamento indgena criado pelos jesutas, entre eles o Padre
Jos de Anchieta. A aldeia recebeu o nome de Rerigtib em tupi-guarani
a palavra significa que a foz era abundante em ostras.
Como o manguezal se estendia por um bom trecho rio acima, os arraiais que se formavam j ficavam a certa distncia da aldeia principal. Esse
prolongamento da ocupao rio acima foi importante ponto de apoio para
as expedies de explorao e, mais tarde, as incurses em busca de ouro
nas serras das cabeceiras. At o sculo XVII, pequenas caravelas subiam
parte do esturio.
Em 1 de janeiro de 1759, a aldeia foi elevada condio de vila e
passou a se chamar Vila Nova de Benevente, nome que, no sculo seguinte,
foi adotado tambm para o rio. Para explicar a mudana so citadas trs
hipteses. Uma delas coloca em sua origem o nome do italiano Domenico
Benevento, que explorou a parte inferior do seu curso.
Outra seria a cidade de Benevento, na regio da Campnia, sul da
Itlia. Mas no existe, aparentemente, nenhum fato que ligue a cidade de
Benevente e, por extenso, o rio, a essa cidade italiana, que fica distante
do litoral. Outra hiptese seria uma relao com a vila de Benavente, no
distrito de Santarm, a leste de Lisboa e seu porto.
A explorao do rio
A costa do Esprito Santo, poca da chegada dos portugueses ao
Brasil, era, provavelmente, a mais densamente povoada. A fora de trabalho indgena disponvel contribuiu, entre outras razes, para o sucesso
das iniciativas jesuticas que, ao longo da costa, estabeleceram ncleos de
prspera atividade econmica.
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A regio da foz do Rio Benevente e o interior de sua bacia hidrogrfica eram habitados pelos puri-coroados e teminims. Foram eles os guias
dos jesutas nas expedies que subiram o rio, e de outros exploradores
portugueses que teriam chegado at suas nascentes em busca do suposto
ouro no macio montanhoso das cabeceiras.
Os padres teriam explorado no s o Benevente na sua parte navegvel, mas tambm seus afluentes, at onde era possvel subir de canoa. Um
deles foi o Rio Corindiba, que desemboca no rio principal a dez quilmetros abaixo de Alfredo Chaves, na margem esquerda. Por ele teriam subido
at onde o trecho navegvel se encontra com as corredeiras da localidade
de Cabea Quebrada, hoje municpio de Guarapari.
Dessas incurses ficou tambm a verso de outra rota que deixava
o Corindiba na altura do povoado de So Vicente, em Anchieta, e entrava
no territrio de Alfredo Chaves por Jacutinga, encontrava-se com o curso
j no mais navegvel do Rio Caco do Pote e chegava at suas nascentes
na Serra da Aricanga. Porm tal rota, se de fato existiu, foi apagada pela
implacvel natureza dos trpicos.
Os jesutas foram expulsos da colnia em 1659 pela Coroa Portuguesa. Havia 17 deles na Capitania, que foram embarcados de volta para
Portugal no dia 22 de janeiro do ano seguinte. Foram fechados o Colgio
de Vitria e as residncias de Muribeca, Araatiba, Itapoca, Iriritiba e Reis
Magos. Sua sada fez entrar em decadncia tanto as iniciativas de explorao geogrfica quanto as de produo econmica, nas quais se inclua a
extrao de madeira.
O enfraquecimento da atividade reaproximou do litoral grupos que
haviam recusado a convivncia no aldeamento. Mais ao sul do Estado, esse
avano para o interior usando o curso dos rios ajudou a transformar as
reas abertas em prsperas fazendas de caf. Na bacia do Benevente e reas
prximas isso no chegou a acontecer. Assim, meio sculo depois, voltaram
a ser registrados conflitos, um deles ao sul de Benevente: em 1817, botocudos e colonos entraram em combate na foz do Rio Pongal, em Pima. Seis
ndios morreram e cinco colonos ficaram feridos.
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Dos cinco territrios em que a Colnia se dividia, um estava inteiramente localizado nas terras do futuro Municpio de Alfredo Chaves,
o Quarto Territrio, onde fica o povoado ainda hoje conhecido por este
nome. Em 1875 ele j recebia os primeiros imigrantes, todos procedentes do
Vneto, que a Itlia tomou da ustria em 1866. Dos outros, dois estavam
parcialmente localizados no que seria no futuro o territrio alfredense.
No Quinto Territrio, o mais afastado da sede da Colnia, trs barraces esperavam os imigrantes, o mais prximo onde fica hoje o povoado
de Quinto Velho. Os primeiros colonos, vindos da Lombardia e do Vneto,
chegaram em outubro de 1876.
A Fazenda Quatinga
Em 1834, o major da Guarda Imperial Antonio Dias Caetano fundou a Associao Colonial do Rio Novo. A Colnia tinha uma rea aproximada de 40 mil hectares que foram divididos em 713 lotes. Boa parte
deles, na regio sul da Colnia, estava em reas j abertas, constitudas por
fazendas de caf abandonadas.
Nela Antnio Dias Caetano investiu os lucros de sua atividade anterior como traficante de escravos. Mas os recursos no foram suficientes
para desbravar a maior parte constituda de mata e assentar colonos e, em
24 de fevereiro de 1855, ela foi encampada pelo Governo Imperial. Antonio
Dias Caetano continuou frente da Associao.
Dom Pedro II, em viagem pelo Esprito Santo, visitou a Colnia em
1860. Algumas de suas medidas foram a ampliao do territrio, que incorporou a rea atual de Alfredo Chaves, a troca da direo e a mudana
do nome: o empreendimento passou a se chamar Imperial Colnia do Rio
Novo, abrangendo as bacias dos rios Novo, Pongal e Benevente, e parte da
bacia do Itapemirim.
O ncleo que veio a dar origem cidade de Alfredo Chaves tem incio na famlia de Augusto Jos Alves e Silva (Augusto) e Macrina Rachel
Conceio, filha de portugueses. Ele fora soldado da Primeira Companhia
do Segundo Esquadro da Imperial Guarda de Honra do imperador Pedro
II, que lhe fez doao de uma sesmaria de 500 alqueires de terra. A propriedade ia do Rio Joeba, afluente da margem direita do Benevente, at o
interior montanhoso de Alfredo Chaves, j na parte superior do Rio Benevente, e Augusto lhe deu o nome de Fazenda Quatinga.
Os dois, ambos de Campos dos Goitacases, haviam se conhecido
na Corte, no Rio de Janeiro, onde ela trabalhava como camareira. Com os
escravos que trouxeram, derrubaram a mata e iniciaram o cultivo do caf
e a criao de gado. A sede da fazenda foi instalada na margem direita do
rio, em um morro esquerda da que hoje a sada da ligao de Alfredo Chaves com a BR10l. Macrina e Augusto tiveram os filhos Augusto,
Francisco Augusto, Antonio e Rita Augusta.
Depois que Augusto faleceu, sua filha Rita Augusta fez doao de
uma rea para os antigos escravos da fazenda. O pedao de terra doado
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Giuseppe di Agostino Togneri anterior poca da imigrao italiana clssica, que comeou no Esprito Santo com a chegada de 396 imigrantes trazidos pelo agente Pietro Tabacchi em 1875. Vinha por prpria
conta, como muitos europeus e Tabacchi era um deles empurrados pela
instabilidade poltica e econmica de uma Europa em transio e atrados
por tudo o que se falava da Amrica: uma terra onde o europeu faz fortuna.
Togneri no queria as capitais, cheias de homens de negcios. Procurava o interior, onde os fazendeiros ajuntavam dinheiro e no tinham em
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Giuseppe Togneri
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Conflitos na Colnia
Grupos de imigrantes italianos continuavam chegando ao Esprito
Santo, e as terras incultas de Alfredo Chaves eram o destino da maioria
dos que desembarcavam em Benevente. Em 1888, a Colnia Imperial do
Rio Novo tinha 5.201 habitantes, e o Ncleo do Castelo, dentro da Colnia
e abrangendo a maior parte do territrio de Alfredo Chaves, tinha 3.139.
Na sua criao, em 1880, eram pouco mais de mil habitantes, dos quais
cerca de 900 eram italianos. Densidade semelhante do Rio Novo tinha
a Colnia de Santa Isabel, formada por alemes, e com a qual, por muitos
anos, o norte de Alfredo Chaves manteve intensa comunicao. Em 1888,
ela tinha 2.405 habitantes.
O ritmo da chegada de imigrantes s decresceu depois do decreto
do Governo Italiano, de 20 de julho de 1895, proibindo a vinda de colonos
para a Provncia. Uma sobrinha do ministro Giulio Prinetti, do Ministrio
de Assuntos Exteriores, visitou os principais ncleos da imigrao, inclusive Alfredo Chaves, na condio de jornalista, em 1892. Seus relatos, o
fracasso do Ncleo Muniz Freire onde est hoje o Municpio de Ibirau e
o relatrio do cnsul Carlo Nagar, de 1891, levaram o ministro a assinar a
proibio, que ficou conhecida como Interdito Prinetti.
A proibio levava em conta acontecimentos que se acumulavam
desde os primeiros dias da chegada dos imigrantes. A assistncia precria
fez surgirem conflitos entre os colonos e as autoridades que, por vezes,
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1888, para buscar o caf comprado nas lavouras dos colonos, Togneri j
tinha uma tropa de 50 animais de carga.
Mas o seu comrcio no se reduzia ao caf e mercadorias, varejo e
atacado, importao e exportao. Sua butica, como os italianos chamavam a venda, era a nica fonte disponvel de medicina contra as doenas do
clima tropical, que desde o incio marcaram de cruzes a beira das picadas.
Togneri tinha um armrio com glbulos homeopticos, que importava com
suas mercadorias, e dos quais a populao se valia contra a febre amarela.
E antes que chegassem os produtos da indstria farmacutica, os glbulos
brancos e aucarados da homeopatia e os chs foram a nica medicina.
Seu comrcio era um ponto de convergncia. Como as viagens duravam geralmente um dia de ida e outro de volta, era costume fazer ali
tambm o pernoite. E as noitadas regadas a vinho e canes da ptria que
ficou do outro lado do grande oceano tambm ofereciam oportunidade
para colonos de diferentes lugares se conhecerem e fecharem negcios.
O cultivo do caf
Exceo feita ao pequeno enclave desbravado pela famlia de Augusto Jos Alves e Silva e seus escravos, no extremo sudeste do que hoje o
municpio, toda a rea foi aberta pelo colono europeu. Aqui ele encontrou
e expandiu a incipiente lavoura de caf, com as poucas mudas que a organizao da colnia lhe ofereceu. Essa expanso se deve, em grande parte, a
fazendas de caf nos limites da colnia, que doaram sementes ou mudas, e
ainda ensinaram os imigrantes a faz-las.
Uma delas foi a fazenda Jacarand, em Cabea Quebrada, municpio
de Guarapari. Seu proprietrio, o tenente-coronel da Guarda Nacional Jos
Gomes de Oliveira, doou sementes de caf arbica e sementes e mudas
de outros cereais para a colonizao do Quinto Territrio. Colonos de regies mais distantes desciam o Rio Benevente e iam encomendar mudas
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A autonomia
foram definindo o contorno fsico da vila e os espaos pblicos. O ordenamento seguiu, em linhas gerais, a planta desenhada em 1883 por Giuseppe
di Agostino Togneri, que mais tarde viria a ser prefeito.
J a partir de 1890, comeava o movimento migratrio de Alfredo
Chaves em direo a terras mais ao oeste. Ao mesmo tempo, mais famlias
continuavam a chegar, geralmente atradas por parentes. As terras menos
frteis de algumas partes do oeste e do norte e a quantidade de famlias sem
terra, acomodadas na casa de parentes e trabalhando como meeiros, foram
as causas principais da disperso.
J no havia lotes e nem o apoio precrio que existiu nos primeiros
anos. Quem vinha, confiava na sorte, no amparo de parentes se os tinha,
e nas possibilidades oferecidas pela nova ptria. Essas famlias, sadas na
maioria da regio de Matilde e povoados mais ao norte, trilharam a p a estrada que ia at o Caxixe Frio, com a mudana nas costas. Por ela seguiram
as famlias que se estabeleceram em Venda Nova. Tambm era de Alfredo
Chaves a maioria das famlias de origem italiana que se estabeleceram no
atual Municpio de Vargem Alta, na parte sul do Municpio de Marechal
Floriano e na regio de Pedreiras, hoje Pedra Azul.
Calcula-se que esse primeiro xodo de Alfredo Chaves moveu para
fora do municpio aproximadamente 250 famlias. Um segundo esvaziamento demogrfico aconteceria a partir da Segunda Guerra, dessa vez com
destino nova fronteira que se abria com a ocupao do Norte do Estado
para o cultivo do caf e extrao de madeira.
Contribuiu para dar terra e trabalho a esses imigrantes e seus filhos
a iniciativa de um padre da Congregao de Santo Agostinho, a qual havia, no final do sculo XIX, estabelecido uma residncia em Guarapari,
cuja parquia administrava, e em Cachoeiro de Itapemirim. O padre Manoel Simon, de origem espanhola, pediu dinheiro e autorizao aos seus
superiores e adquiriu a Fazenda do Centro, prxima ao povoado que hoje
a cidade de Castelo. A escritura foi lavrada em cartrio de Cachoeiro de
Itapemirim no dia 24 de novembro de 1909.
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A primeira crise
Mal havia sido criado o municpio, e o pas mergulhava numa crise
financeira com reflexos sobre o preo do caf, e isto incidiu diretamente na
economia da regio. A virada do sculo, a partir de 1895, foi de estagnao
econmica. Cafezais ficaram abandonados, o comrcio declinou e a populao empobreceu. A sede no se expandiu e o novo governo pouco se fez
presente em seu territrio.
No interior, porm, as mudanas se fizeram sentir menos. Acostumadas a uma economia de subsistncia, na qual pouco dependiam do que
chegava de fora, as famlias estavam habituadas a tirar da terra o prprio
sustento. A colnia se manteve e desenvolveu, onde os cafezais se transformaram em capoeira, a chamada lavoura branca (cereais e leguminosas).
Com um pouco de esforo, o interior sobreviveu bem crise que
durou mais ou menos uma dcada. Nesse perodo, era comum os colonos
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A construo da ferrovia
Enquanto a crise desacelerava a economia, na regio central do municpio algo de novo estava acontecendo. Construa-se a ligao da estrada
de ferro de Vitria com a que chegara do Rio de Janeiro a Cachoeiro de
Itapemirim. A escolha do trajeto no parecia racional: uma regio ainda
pouco habitada e extremamente acidentada, se comparada faixa litornea, mais povoada e plana.
S que o caf expandia sua fronteira cada vez mais no interior e era
necessrio implantar uma logstica que fizesse essa produo chegar aos
portos. A economia do Estado era extremamente dependente do caf que
exportava e esse se produzia distante dos locais de embarque. A receita
crescia ou baixava de acordo com o nmero de sacas que saam pelo porto.
O caf tambm foi a motivao para a abertura de outras estradas,
como a que transps o macio montanhoso de Santa Teresa. No lombo de
animais, vinha das vastas lavouras da regio o produto que era embarcado
em Cachoeiro de Santa Leopoldina em canoas, rumo ao porto de Vitria.
Como aconteceu em Santa Teresa, a riqueza da nova colnia tambm atraiu bandos de jagunos vindos de Minas Gerais e, por alguns anos,
eles aterrorizaram a populao de Matilde e aglomeraes vizinhas. S foram afastados quando a densidade e organizao da populao desestimularam esse tipo de cangao.
Em Cachoeiro de Itapemirim, o caf descia o rio. Como tambm em
Alfredo Chaves, no Rio Benevente. No caso da ferrovia, alm do suporte
ao escoamento do caf, havia a possibilidade de estabelecer com o Rio de
Janeiro uma ligao mais rpida em relao que era feita, ento, por mar.
O trem atendia os dois objetivos.
A construo da estrada de ferro, pelo Governo do Estado, foi feita
a dinamite e brao dada a pouca tecnologia disponvel na poca, a farta
mo-de-obra e o relevo acidentado na divisa de Alfredo Chaves com
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Um interior sofisticado
A ligao ferroviria, uma vez completa, revolucionou a comunicao no interior do municpio. Se um dos objetivos era conectar a regio
produtora com os terminais de exportao, ele foi alcanado. Aps a poca
de colheita, geralmente de maio e junho nas terras altas, a plataforma das
estaes amanhecia com pilhas de sacos de caf espera do trem de carga que passava bem cedo. Antes da ferrovia, foi intenso o movimento de
tropas de burro levando caf para o porto de Vitria, saindo do norte de
Alfredo Chaves e passando pela Colnia de Santa Isabel, numa viagem em
que a ida e a volta duravam uma semana.
O trem fez expandir a fronteira agrcola e foi, at a dcada de 50 do
sculo passado, o principal meio de transporte de mercadoria e passageiros do municpio, at chegarem as rodovias. No que a navegao do Rio
Benevente, em canoas e pranchas, tivesse sido esquecida na dcada de
20 Alfredo Chaves tinha trs cais de embarque. Mas pelo menos metade
da safra do municpio chegava agora ao porto carregada pelos vages do
trem.
Estava aberto um caminho para a capital do Estado e a do pas, e
no se dependia mais de uma viagem a Anchieta para pegar o vapor, ou
de longa e cansativa jornada a p ou a cavalo. Bastava deixar os animais
no pasto de algum morador, que geralmente no cobrava por essa guarda
provisria, e embarcar no vago de passageiros. A capital ficava a algumas
horas. Matilde foi se tornando um lugar sofisticado.
O relato deixado em seu dirio pelo imigrante Vittorio de Monti revela que, embora a sede poltica fosse Alfredo Chaves no extremo sudoeste
do municpio, o desenvolvimento era bem mais acentuado na regio central, ao redor de Matilde, transformado pela ferrovia em polo econmico
e cultural. Matilde era um centro de negcios, e teve o primeiro hotel do
municpio, o Hotel dos Viajantes, ao lado da ponte sobre o Rio Benevente
e da linha do trem. Seus hspedes eram principalmente representantes co-
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F e desenvolvimento
Outro distrito que teve um desenvolvimento notvel e autnomo
em relao sede foi o de So Joo. Mas sua razo era outra, a influncia
da religio. J no incio da diviso dos lotes entre os colonos, o imigrante
Giuseppe Bergami fez doao de uma rea de 2.489 m para a construo
da igreja, e mais tarde registrou a doao em cartrio. Doaes para esse
fim foram prtica comum em toda a colnia. E So Joo teve o primeiro
grande templo do municpio: media 29 metros de comprimento, dez de
largura e oito de altura.
Devido a essa facilidade, era ponto de visita obrigatria dos padres
missionrios que vieram da Itlia dar assistncia religiosa, e depois deles os
espanhis da Ordem de Santo Agostinho. As visitas, fossem ocasionais ou
fossem em alguma festa do calendrio, eram avisadas com antecedncia,
e para l aflua a populao da regio para aproveitar essas raras ocasies.
Indiretamente, a religio produzia outros benefcios.
O servio de correios chegou assim que se completou a ligao ferroviria entre Matilde e Cachoeiro de Itapemirim, porque a proximidade da
via frrea facilitava o despacho da mala postal. Na dcada de 20 veio o te36
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conflito de limites, que eram mal conhecidos, numa terra pouco povoada
e que, a princpio, ainda no gerava riquezas.
O Quinto Territrio tinha ligaes histricas com Alfredo Chaves.
Por ela os habitantes haviam passado e parado, na trajetria do porto de
Anchieta at o assentamento. Com Alfredo Chaves, a parte inferior do
territrio fazia a relao comercial, inclusive da venda do caf, bastando
descer o vale. J Guarapari ficava a uma distncia maior, sem caminhos e
com diversas serras a dificultar a passagem.
O problema s passou a existir em 1900. Horcio Gomes de Oliveira
e Heliodoro Silva, proprietrios de uma meia sesmaria que se estendia at
a regio abaixo do Quinto Territrio, a dividiram em lotes e puseram os
terrenos a venda. Muitos colonos j haviam descido o vale, afastando-se
do ncleo original, porque as terras prximas j tinham proprietrios e
estavam sendo cultivadas.
Um dos colonos a adquirir um lote nas novas terras foi Pedro Zerboni, que estabeleceu uma casa de comrcio dois andares, onde vendia
gneros e intermediava a venda de caf. Mas, como todo ncleo que se
formava tinha a igreja como polo de atrao, ele logo construiu uma de
madeira, depois substituda por outra de paredes de pedra, no povoado
hoje conhecido como Figueira. Na poca, So Pedro da Figueira Grande,
porque o marco que identificava o lugar era uma gigantesca rvore beira
do caminho.
Dois quilmetros acima, outro povoado se formava com a disperso
do Quinto Territrio. E em vez de uma capela de madeira, se comeava um
templo com paredes de pedra, com a permisso do bispado de Vitria no
centro de uma rea de meio alqueire doado por Paola Comandola, viva
de Giacomo Bruschi. Figueira queria se unir a Alfredo Chaves. Sagrada
Famlia, o outro novo aglomerado, queria Guarapari.
O Distrito de Sagrada Famlia foi criado em 1914, e a marcao de
seus limites, por Guarapari, gerou um atrito com a administrao de Alfredo Chaves, segundo a qual o municpio vizinho avanava sobre terras
que no lhe pertenciam. A demarcao deixava para Guarapari uma rea
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O comando poltico
perto do povoado de Nova Estrela, e fez carreira poltica, tornando-se conhecido por uma administrao de iniciativas.
Uma delas foi a urbanizao da rea central, que j tinha um coreto
para comcios e retretas da banda. Ao redor dele, tomando toda a praa que hoje tem seu nome, uns moradores soltavam animais para pastar,
outros reclamavam. Tambm era o lugar onde os que vinham do interior
amarravam a montaria. Uma cerca foi erguida enquanto a praa era reformada e os proprietrios de animais proibidos de us-la da forma como
faziam antes.
Em 1917, por influncia da Primeira Grande Guerra que se desenrolava na Europa, o intendente Antonio Soares Pinto Jnior conseguiu
do Exrcito a autorizao para uma Linha de Tiro (mais tarde denominada Tiro de Guerra), instalada em 25 de novembro. Nos finais de semana
vinha a Alfredo Chaves um oficial com patente de tenente e iniciava os
rapazes com idade entre 17 e 18 anos na arte de combater.
Foi estabelecida como rea fixa de treinamento, durante anos, o local onde hoje est o bairro Siribeira por ser, na poca, um brejo, que era
atravessado pelos recrutas com lama at o peito e fuzil levantado sobre a
cabea. O espetculo sempre atraia a ateno e, no fim de semana era um
divertimento para a populao, que se postava beira do pntano e se
divertia com a vida dura dos rapazes.
A Linha de Tiro ficou at o Estado Novo e, logo aps a Revoluo
de 1930 que levou Getlio Vargas ao poder, notou-se uma acentuada preferncia por recrutar rapazes do interior, onde se concentrava maciamente
a populao de origem italiana, j na sua segunda gerao de nascidos no
Brasil.
No incio de 1918, a Prefeitura contratou por 22 contos de ris o
empreiteiro Simo Carone, imigrante srio, para construir a primeira ponte
sobre o Rio Benevente porque j havia moradores estabelecidos do outro
lado do rio, que era atravessado de canoa. Do outro lado havia tambm
um grande territrio, oficialmente administrado por Guarapari, mas cuja
populao tinha Alfredo Chaves como referncia, pela proximidade. A
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Treinamento militar
ponte foi erguida sobre grossos pilares de pedra e com vigas de madeira.
Sua solidez foi testada pelo tempo e as enchentes anuais, e se encontra em
uso at hoje.
Na segunda dcada do sculo XX, imigrantes de origem sria comearam a frequentar Alfredo Chaves, em sua maior parte como comerciantes informais percorrendo o interior do municpio. Seu nmero aumentou
durante e depois da Primeira Grande Guerra. Essa atividade informal foi
o primeiro passo para sua integrao com a populao e, alguns deles, em
poucos anos, j eram proprietrios de algum comrcio estabelecido.
Alvos da desconfiana inicial da populao de origem italiana, por
seus hbitos e lngua diferentes e pelo nomadismo, a fixao no comrcio
acabou por promover a integrao inclusive familiar e, dessa forma, vrios
deles estabeleceram comrcio no interior. Jos Antnio Charbel, que casou
com uma italiana da famlia Maioli, foi um dos maiores comerciantes de
caf no municpio. O primeiro automvel adquirido por um cidado alfredense foi apresentado cidade pelo imigrante srio Jos Jorge, em abril
de 1929. Dois meses antes, em 25 de fevereiro, ele havia apresentado, aos
olhos de uma populao curiosa, a primeira motocicleta.
Os primeiros caminhes, moda da poca, sem carroceria e apenas com vigas transversais onde cada um montava um tablado, haviam
chegado antes, por causa da demanda criada pelo transporte do caf. Em
1926, Alfredo Chaves recebeu do Governo do Estado uma reserva para
numerao de placas de identificao dos veculos. A placa previa apenas
dois dgitos.
Dois imigrantes vindos do Municpio de Santa Teresa (Jos Franzotti e Slvio Casotti), associaram-se e montaram a Cervejaria Alfredense,
em lugar prximo do rio, dentro da cidade, em 1927. Por alguns anos, ela
abasteceu o municpio e ainda remetia pequenos estoques para Anchieta.
Com a dissoluo da sociedade, os novos scios transferiram a indstria
para Matilde, e deram ao produto o nome de cerveja Apolo. As dificuldades de importao de insumos impostas pela Segunda Guerra decretaram
seu fechamento.
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Limites e comarca
Da mesma forma como pressionou para que os Estados resolvessem suas questes de limites, o Governo de Getlio Vargas orientou que o
mesmo se fizesse com os municpios. A preocupao foi repassada para os
chefes do Executivo, o que levou o prefeito Joel da Escssia a buscar entendimento com o prefeito de Anchieta para definir limites mal demarcados.
Havia dvidas entre os moradores de uma rea da regio de Joeba, a respeito da Prefeitura qual deveriam encaminhar suas demandas. Aproveitouse a oportunidade para reafirmar os limites j consagrados, e que chegam a
uma distncia bem prxima sede de Alfredo Chaves.
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Hayde Nicolussi
Em 1930 mudou-se de Vitria para o Rio de Janeiro o industrial Joo
Nicolussi, levando a famlia. O Rio de Janeiro era a ltima e derradeira
mudana de um imigrante de esprito empreendedor que nasceu no ano
de 1878 em Mori, Provncia de Trento, no Norte da Itlia, emigrou para o
Brasil onde chegou em 1897, estabeleceu-se em Alfredo Chaves, transferiuse para Vila Velha e depois para Vitria.
Em Alfredo Chaves explorou o transporte de mercadorias pelo Rio
Benevente e casou-se em 1905 com Francisca Bourguignon. Hayde, nascida em 14 de dezembro de 1905, foi a primognita entre cinco irmos. De
pai e me cultos, a permanncia na capital colocou-a em contato com as letras, e seus primeiros textos foram sonetos filosficos, publicados na revista
Vida Capichaba, que circulou de 1923 a 1955. Passou a enviar seus textos
para o Rio de Janeiro, e eles eram publicados na revista O Cruzeiro.
Enquanto seu pai instalava uma indstria, construa um ramal da
linha de bonde, levantava um edifcio, ela formava-se professora, no tradicional Colgio do Carmo, e ousava intrometer-se num universo quase que
restrito ao sexo masculino. Na mudana para o Rio, foi trabalhar numa
seguradora, o que certamente no era sua vocao. Hayde Nicolussi j era
um nome conhecido e, num centro de maiores oportunidades, seu mundo
passou a ser o das redaes dos jornais, que na poca dedicavam generoso
espao literatura.
Adotou a profisso de jornalista. Durante a ditadura de Getlio Vargas, foi presa e conviveu na cela da priso com Olga Benrio, mulher do
lder comunista Luiz Carlos Prestes. J havia se tornado conhecida pelos
artigos em que defendia o socialismo como forma ideal de organizao da
sociedade, o que a colocou na mira do regime.
A infncia foi tema de muitos dos seus escritos. Os primeiros anos
em Alfredo Chaves, a convivncia com irmos e primos, os passeios da
famlia continuaram presentes em seus poemas, crnicas, ensaios e contos
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Seu segundo e mais importante invento foi uma filmadora, que tambm revelava os negativos, projetava, media a extenso da fita e era porttil, e cuja patente ele registrou, em 1927, na Diretoria Geral de Propriedade
Industrial, no Rio de Janeiro. Com a mquina, a que deu o nome de Aparelho Guarany, documentou cenas do cotidiano na regio do Municpio
de Castelo e de Belo Horizonte, onde foi morar na casa de um irmo, em
1930.
Mais tarde voltou a Castelo mas fixou residncia em Matilde, falecendo em 1944. Seu invento se perdeu, e a tcnica que desenvolveu permanece desconhecida.
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A atualidade
segunda metade do sculo XX comearia repetindo a que a precedeu: pouca integrao entre os nveis da administrao pblica,
onde a instncia superior exercia mais uma funo de controle do que de
integrao, planejamento e compartilhamento de recursos. Alfredo Chaves
fez, na administrao de Eurico Bonacossa, uma reforma urbana com ampliao de calamento e rede de esgotos, com escassos recursos prprios.
Por essa poca, em fevereiro de 1952, expirou o contrato que a Prefeitura tinha com a empresa Guardia, proprietria da usina que fornecia
energia eltrica cidade, e qual no mais interessava continuar a prestao do servio. O fornecimento tinha suas limitaes: entre elas, a de
se encerrar s 22h. Num feito raro, o prefeito conseguiu do Estado que
comprasse a empresa e a entregasse, a ttulo provisrio, administrao
municipal. A soluo adequada poderia ter sido a construo de uma represa, em Iriritimirim, tambm com recursos do Estado, que iniciou a obra
e no concluiu por corte de verbas.
A soluo definitiva s viria nos anos 60, iniciada no mandato do
prefeito Fiorino Puppin. A Esprito Santo Centrais Eltricas S.A. (ESCELSA), criada em 1956, que j chegara at Guarapari, estendeu sua rede ao
municpio, que presenciou durante toda a dcada de 70 o incio e a expanso da um programa de eletrificao rural. As pequenas usinas familiares,
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quando o Regime Militar instaurado em 1964 extinguiu os partidos existentes e criou novas siglas partidrias. Em Alfredo Chaves, como na maioria
dos municpios de seu porte, situao e oposio posicionaram-se junto ao
partido do Governo, a Arena. A fuso s revelaria sua artificialidade quando voltaram as eleies diretas, na campanha em que se elegeu governador
Gerson Camata. Nesse momento, surgiu em Alfredo Chaves o PMDB, que
elegeu Ruzerte Gaigher seu primeiro prefeito, em 15 de novembro de 1982,
com 2.379 dos 4.912 votos apurados, e fez seus dois sucessores.
So da dcada de 60 a construo de uma antena repetidora de sinal
de TV; a instituio, em 1966, pela Cmara Municipal, do ttulo de Cidado Alfredense, tendo sido Lauro Ferreira da Silva Pinto, ento prefeito, o
primeiro a receb-lo; a lei de 15 de julho de 1964, que criou concurso para
bandeira, braso e lema, o que s iria se efetivar sete anos mais tarde, na
gesto de Darci de Paula Gaigher, que tambm criou, por projeto aprovado
na Cmara em 15 de maio de 1971, o Dia do Municpio, comemorado na
data de sua emancipao, e institudo feriado por lei municipal em 15 de
junho de 1951. Em 28 de maio de 1971, foi instituda a Festa da Banana e
do Leite, considerada hoje o maior evento da cidade, e durante a qual se
concede o ttulo de Cidado Alfredense Ausente.
Tambm nos anos 60 o municpio recebeu a visita dos Peace Corps
Volunteers, chamados de Voluntrios da Paz. Eram membros de uma organizao criada nos Estados Unidos para atuar no Terceiro Mundo, principalmente no suporte educao. Reformaram e construram diversas
escolas. Sua presena fazia parte de uma srie de acordos entre os governos
brasileiro e americano para a reformulao de polticas educacionais no
Brasil.
A diviso administrativa que o municpio apresenta hoje tem incio
na dcada de 50. Em 14 de outubro de 1958, a Cmara aprovou a criao
dos distritos de Ribeiro do Cristo e So Bento de Urnia, implantados
mais tarde depois de executados os servios de topografia exigidos pela
legislao. O ltimo a ser criado foi Ibitiru (ex-Engano). Eles vinham se
somar sede, Matilde, So Joo e Sagrada Famlia.
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Planejamento de gesto
Em 2001, a Prefeitura foi procurada por um representante do Instituto Jutta Batista da Silva, com sede em Venda Nova do Imigrante, que
informou do interesse da Vale em financiar projetos na Regio Serrana do
Estado. As negociaes levaram produo de um diagnstico da realidade scio-ambiental de Alfredo Chaves, bem como de outros dez municpios, feito a partir de uma programao de visitas tcnicas por uma equipe
conjunta para coleta de dados em toda a regio.
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A pedagogia da alternncia
Desde o fim da dcada de 1950, os padres da Companhia de Jesus,
que mantinham uma residncia em Anchieta, passaram a dirigir a parquia de Alfredo Chaves. Por essa poca, fazia seu curso de Teologia numa
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agrotxicos, horta, tcnicas de manejo do gado, produo de composto orgnico, proteo de nascentes. Durante esse perodo com a famlia, o aluno
recebe em casa a visita de monitores, que orientam e avaliam sua atividade.
Muitas das atividades recomendadas aos alunos, de carter ambiental, anteciparam a introduo de contedo que s comearia a frequentar a grade
curricular das escolas duas dcadas mais tarde.
Com a formao de vrias turmas, fundou-se a Associao de Exalunos, uma entidade no apenas de carter associativo. Em Alfredo Chaves, a associao empenhou-se em projetos que acompanhavam as propostas da escola, como o de reimplantao da apicultura no municpio na
dcada de 80, agora em bases tcnicas, e o incentivo agricultura orgnica
na dcada seguinte.
A partir do ncleo inicial de quatro escolas, a ideia ganhou adeptos
no Estado, principalmente no Norte, onde o Mepes recebeu apoio de vrias
prefeituras que queriam instalar em seu municpio essa modalidade de ensino. E foi alm: hoje, alm das 18 escolas do Mepes, h mais de uma dezena
de escolas-famlia criadas e dirigidas por prefeituras.
Renovao da lavoura
As oscilaes a que a produo agrcola sempre est sujeita reduziram os preos do caf a nveis que comprometeram a viabilidade da monocultura na dcada de 60, e as safras no Esprito Santo tiveram seguidas
quedas. O Instituto Brasileiro do Caf (IBC), atravs do Grupo Executivo
de Racionalizao da Cafeicultura (GERCA), a partir de 1962 ps em prtica um plano de erradicao em regies de baixa produtividade e condies climticas inadequadas. Essa poltica foi intensivamente aplicada no
Esprito Santo com a erradicao das lavouras improdutivas, cujos proprietrios recebiam uma indenizao. Nas terras altas, as lavouras de caf da
variedade arbica foram pouco afetadas.
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Ao fracasso da lavoura se aliava a propaganda que aliciava mo-deobra para a construo civil quando na capital se iniciava a construo
de siderrgicas e do porto na Ponta de Tubaro, em Vitria. Foi um novo
momento de esvaziamento populacional do municpio. O bairro de Campo
Grande, no municpio de Cariacica, foi o destino de um grande nmero de
famlias de Alfredo Chaves.
Na terra liberada pelos cafezais foi introduzido o cultivo da banana,
em diversas variedades. Em pouco tempo havia produo para ser colocada
no mercado porm sem uma estrutura para comercializao. Inicialmente,
veculos de carroceria pequena levavam a banana em pencas e vendiam ao
cento no Mercado da Vila Rubim ou em quitandas em Vitria. O Governo
do Estado ainda no havia construdo, no bairro de Campo Grande, a
Central de Abastecimento (CEASA). Das variedades experimentadas, firmou-se no mercado consumidor a banana prata, cujas lavouras se fizeram
com mudas locais, de antigas touceiras espalhadas pelas propriedades.
O passo seguinte foi o abastecimento do mercado da cidade do Rio
de Janeiro, concorrendo com a produo que j existia no prprio Estado
do Rio. A banana era levada de Alfredo Chaves em pequenos caminhes
com carga de seis a sete mil quilos. Por um perodo no maior do que cinco
anos, existiu produo significativa de banana ma, levada para So Paulo
e Belo Horizonte, devido preferncia dos consumidores desses centros. A
chegada do Mal do Panam, que pouco afetou a produo de banana prata,
praticamente extinguiu a variedade ma.
Da dcada de 70 ao incio dos anos 90, a produo da banana prata
dominou as terras baixas do municpio. Os pequenos transportadores foram substitudos por empresas como a Santiago, Araponga e Cooperativa
de Produtores, em Alfredo Chaves; Estrela Dalva e Novo Rio, em Iconha,
e Real em Amarelos (Guarapari), que tambm buscavam o produto em Alfredo Chaves. Havia dias em que mais de dez caminhes, com carrocerias
de alta capacidade de carga, deixavam o municpio, j levando o produto
em caixas, no mais em cachos.
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a acontecer gradualmente nos anos 80, nas altitudes baixas. Mesmo assim,
a cultura da banana ocupa no municpio uma rea de aproximadamente
2.500 hectares. O caf, somadas as variedades conillon e arbica, ocupa
hoje cerca de 5.000 hectares. O municpio tinha, cadastradas no Incra,
2.144 propriedades em dezembro de 2009.
A erradicao do caf produziu outra transformao no perfil econmico do municpio. A produo de leite, antes domstica, ampliou-se
ocupando parte da rea liberada pelos cafezais, principalmente na parte
baixa. Trinta e seis produtores de Alfredo Chaves uniram-se e criaram,
em 29 de outubro de 1962, a Cooperativa de Laticnios de Alfredo Chaves
(CLAC), que no primeiro dia de coleta reuniu 1.200 litros de leite.
Nos primeiros anos, a Clac resfriava e entregava a produo Cooperativa Central dos Produtores de Leite (CCPL) em Viana, passando
mais tarde a industrializar uma parte. Em 1978 tinha uma produo diria
mdia de 8.800 litros. Em 1989 a produo atingia 35 mil litros. Quando a
CCPL fechou, passou a revender a uma empresa de Minas Gerais e houve
uma queda na produo.
Em maro de 2004 ela j estava em 17 mil litros, e 26 mil em 2005.
Nesse ano, a cooperativa voltou a industrializar parte da produo, em torno de 35%, vendendo a outra parte Selita, de Cachoeiro de Itapemirim,
e a uma empresa do Rio de Janeiro. Em julho de 2010, mesmo sendo poca
de entressafra, a produo atingiu 29 mil litros. Atualmente, a cooperativa
tem 300 produtores ativos e sua rea de abrangncia inclui, alm de Alfredo Chaves, os municpios de Anchieta, Guarapari, Iconha, Itapemirim,
Pima, Rio Novo e Viana. Em Alfredo Chaves, so 140 produtores.
A partir de 2009 foi observado um aumento da produo dos pequenos associados, como resposta a um trabalho de qualificao dos produtores embasado em melhoramento gentico, controle sanitrio e alimentao. Por sua vez, as cooperativas do Sul do Estado passaram a estabelecer
parcerias entre si no sentido de cada uma concentrar-se nas atividades nas
quais tem demonstrado competncia.
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Terras altas
As propostas de diversificao da produo agrcola foram mais
bem-sucedidas na regio noroeste do municpio. A rea do distrito de So
Bento de Urnia, o mais extenso do municpio, j era produtora de hortalias, comercializadas na regio da Grande Vitria. Um trabalho conjugado
entre Prefeitura e Governo do Estado aprofundou essa diversificao e o
distrito firmou-se como o maior produtor agrcola do municpio, com destaque para os cultivos de inhame e uva.
Uma variedade de inhame recm-descoberta, derivada, por mutao, do tradicional inhame chins, revelou-se de uma produtividade duas
vezes maior do que a variedade tradicional, elevando o municpio posio
de maior produtor de inhame do pas. Os testes comprovaram a originalidade da variedade, que foi classificada e registrada. Hoje So Bento de
Urnia realiza a Festa do Inhame, em sua quarta edio em 2010, com uma
produo recorde.
A nova variedade, conhecida como inhame branco, revelou-se
adaptada a altitudes mais baixas, onde chega a ter duas colheitas ao ano,
em vez de uma como acontece na regio em que se originou. H um interesse crescente de novos agricultores pelo cultivo, que passou a ser feito em
terras de altitude menor, com expectativa de maior retorno. O cultivo do
inhame ocupa, atualmente, 700 hectares no municpio.
Outro cultivo, na linha da diversificao, o da uva, que foi trazido pela imigrao italiana. A produo de vinho, com mtodos aplicados
no sculo XIX, era passada de pai para filho, uma tradio que aos poucos foi se esgotando. A Festa da Uva, no ms de janeiro, foi introduzida
em So Bento de Urnia, em 1964, pelo vigrio de Alfredo Chaves, o
jesuta espanhol Luiz Gonzaga Macia, como ele havia visto em sua terra.
Durante muito tempo no teve o que a justificasse. A produo era escassa, geralmente de quintal, e a festa tinha pouco mais do que a fruta in
natura para oferecer. At 2005, a rea plantada no distrito no passava
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O passado no presente
Ao chegar ao Brasil, ao Esprito Santo, a Alfredo Chaves, o imigrante italiano trouxe consigo seu modo de vida e suas crenas. Com o passar
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Zamprogno. O Governo Estadual indicou um filho da terra, o ento capito PM Orlando Pessali, que 20 anos depois viria a ser Secretrio de Estado
Chefe da Casa Militar e Comandante Geral da PMES. Ao som da banda
da Polcia Militar, ele hasteou as bandeiras dos dois pases.
A festa, que durou trs dias, teve pea de teatro escrita com o tema
da ocasio e representada em palco montado na rua; polenta para quem
quisesse se servir; missa cantada em latim; exposio de fotos antigas das
famlias dos colonos e lanamento de um jornal mimeografado mensal. No
ano seguinte, So Joo tambm comemorou seu centenrio e at o fim da
dcada seguinte o municpio viveu em clima de recordao. Um dos benefcios foi a reaproximao com o pas de origem, de uma forma coletiva ou
mesmo particular famlias com famlias e at mesmo por um interesse
especfico: a obteno da cidadania italiana, um benefcio concedido pela
Itlia a quem preenchesse alguns requisitos.
Uma colaborao veio do Arquivo Pblico Estadual, que desenvolveu um projeto de duplo interesse. Instalava-se na praa central das cidades
onde houve forte fluxo migratrio e, ao mesmo tempo em que digitalizava
fotos e documentos antigos para incorporar ao seu acervo, tambm colocava disponvel aos interessados a informao necessria para proceder ao
requerimento da cidadania.
A reaproximao com as origens, espontnea e informal em suas
primeiras manifestaes, passou gradualmente a se organizar medida em
que elas aconteciam. Corais italianos passaram a circular pelo Esprito Santo, e Alfredo Chaves esteve em seu roteiro de apresentao. A intensidade
dos contatos levou o prefeito Ruzerte Gaigher, ele prprio descendente de
imigrados tiroleses, a visitar oficialmente a Itlia em 1985 e 1987, por convite da representao diplomtica italiana.
Em 1998 organizou-se o Crculo Italiano de Alfredo Chaves (CITAC), que promoveu a Primeira Festa Italiana de Alfredo Chaves. Anos
depois foi fundada a Associao Veneta de Alfredo Chaves (Avneta)
que, em 2010 j realizou a Terceira Festitlia, com os componentes tradicionais de um evento do gnero: exposio de fotografia, apresentao
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concluram que a regio reunia condies ideais por algumas caractersticas: o relevo, a proximidade do mar que direcionava ventos que aumentavam a sustentao, e a formao de trmicas (correntes ascendentes provocadas por temperaturas quentes). O ponto ideal situava-se a 500 metros de
altitude na Serra da Boa Vista e a uma altura de 460 da rea de pouso. Na
poca, apenas duas dezenas de pessoas no Estado eram praticantes do novo
esporte na verso parapente, uma derivao do paraquedismo.
Em 1993 um grupo se reuniu e comprou a rea de decolagem, para
garantir maior liberdade aos praticantes do esporte. Durante a dcada de
90, a rampa de Cachoeira Alta entrou para o calendrio do esporte ao
sediar uma etapa do campeonato estadual.
A unio dos praticantes do municpio conduziu criao, em 2000,
da Associao de Voo Livre de Alfredo Chaves (AVLAC), estando Rodolpho Cavalini, que mais tarde ocuparia a Secretaria de Cultura e Turismo do municpio, entre os primeiros scios e os fundadores. Por trs da
nova entidade estava a ideia no s de promover o esporte mas tambm de
iniciar uma reao em cadeia onde se incluam a gerao de ocupao e
renda, fixao do habitante em sua localidade, aceitao do voo livre pela
municipalidade, empresariado e mdia, e divulgao do municpio.
Para marcar a criao da entidade, foi promovida a Primeira Copa
Avlac mais que uma competio, uma festa para marcar o incio das
atividades. Uma das metas foi atingida: a municipalidade figurou entre os
patrocinadores. A Avlac foi a primeira associao local de praticantes do
novo esporte, precedida apenas pela Associao de Voo Livre do Esprito
Santo (AVLES), de carter regional. Nesse ano, havia no Esprito Santo
apenas seis rampas em uso: Baixo Guandu, Castelo (Apeninos), Pancas,
Viana, Venda Nova e Alfredo Chaves.
O vo livre deflagrou uma pequena revoluo que alterou hbitos,
introduziu novas profisses, criou outras fontes de renda e deu ao municpio uma projeo como nunca tivera antes na mdia. Fato indito, passou
a frequentar a mdia nacional. Outros eventos se sucederam: a Copa caro,
como parte da programao da Festa da Banana e do Leite, e na qual o
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Aventura e esporte
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A descoberta do interior
distante. Mais ainda para um municpio como Alfredo Chaves, com populao predominantemente rural distribuda por pequenas propriedades.
A distncia impediu a muitos de estudar ou ento forou a evaso escolar. Tambm havia escassez de normalistas, e as poucas que ensinavam no
municpio vinham da Escola Normal de Anchieta, Vitria e Cachoeiro de
Itapemirim. s vezes havia o prdio mas faltava a mestra.
Na dcada de 60 o municpio comeou a formar suas professoras na
Escola Normal Pio XII e, mais tarde, na escola Camila Mota, mantida pelo
Estado, e que, alm do Ensino Mdio, tambm ofereceu a partir da dcada
de 70 cursos tcnicos de Patologia Clnica e Administrao. Na dcada
seguinte, um processo de nucleao criou as escolas-polo, nos distritos e em
alguns povoados mais populosos, e um transporte escolar em implantao
buscava os alunos nas localidades onde a escola fora fechada. Ao municpio
cabia a gesto apenas da pr-escola.
O processo gradual de municipalizao comeou com a transferncia da Escola Filipe Mdolo, em Matilde. Ficou na esfera do Estado, e permanece at hoje, a Escola Camila Mota, a mais tradicional do municpio,
criada em 1926, mas que recebeu o nome atual em 1939. Em agosto de 2010,
a escola retomou o ensino profissionalizante com o Curso de Agronegcio.
Em 2005, 90% do ensino estava municipalizado. Eram, no total, 42 escolas,
que, a partir da transferncia, foram reformadas e mobiliadas. Hoje, com a
expanso do transporte escolar, que atende a 90% da demanda, esse nmero foi reduzido para 37 escolas sob a responsabilidade municipal.
O encurtamento da distncia entre realidade e gesto apressou o
atendimento de demandas j existentes: incremento da merenda, aumento
salarial, plano de cargos e salrios e construo de sede prpria para a
Secretaria Municipal de Educao, com espao para concentrar todas as
instncias administrativas e para qualificao de seu pessoal.
As escolas esto hoje dotadas de biblioteca de porte equivalente
sua dimenso, e as sete que mantm todo o ciclo do Ensino Fundamental possuem laboratrio de informtica. O Ensino Fundamental atende a
1.600 alunos, e o Infantil, com 14 pr-escolas e creches, atende a 550. Des-
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O caminho da escola
O tecido social
At um passado bem prximo, a ao social era assistencialista
e focada no indivduo. O Estado prestava, com critrios precariamente
fundamentados, uma assistncia vinculada a interesses pouco objetivos
e de forma emprica. Embora garantida pela Constituio de 1888, s
em 2004 ela se consolidou como poltica de Estado focando um pblico
especfico, em dois nveis de atuao: bsico (essencialmente preventivo)
e especial.
Dentro dessa concepo, o Centro de Referncia da Assistncia Social (CRAS) foi implantado em Alfredo Chaves em 2006, inicialmente
no centro da cidade. No pequeno espao, misturavam-se as atividades da
Secretaria de Ao Social e do Cras, que se transferiu no ano seguinte para
o bairro Jardim de Caj, caracterizado como uma rea de vulnerabilidade
social. Uma verba do Estado possibilitou a construo de um espao com
capacidade para o desenvolvimento de um nmero abrangente de atividades. Uma preocupao constante a proximidade com a famlia, na qual
considera-se que, na maioria dos casos, est a raiz das situaes consideradas como de vulnerabilidade.
O municpio implantou um dos primeiros programas Pr Jovem
Adolescente no Estado, e que atende a 50 pessoas; o Bolsa Famlia, ento
coordenado pela Secretaria de Educao, que passou para a Secretaria de
Ao Social e nessa poca j reunia os diversos mecanismos de transfern78
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O consrcio intermunicipal, que agrupa Alfredo Chaves, Anchieta, Iconha, Itapemirim, Pima e Maratases, est sendo reestruturado em
suas formas de gesto bem como na sua estrutura fsica. Em terreno cedido pela Prefeitura de Anchieta ser levantada a nova sede, que abrigar
a administrao e ter entre as prioridades a instalao de laboratrio de
anlises clnicas, espao para raio-x e ultrassonografia e consultrio de
oftalmologia.
O municpio trabalha em duas frentes: a ateno bsica, atravs
de equipes de Sade da Famlia, e um PA 24 horas para urgncia e
emergncia, este a um custo muito alto. A primeira equipe de Sade da
Famlia foi formada em agosto de 2008 com um mdico, um enfermeiro,
um odontlogo, um tcnico de enfermagem e um atendente de odontologia, e tem sua base em Iriritimirim, com outros pontos de apoio na
regio. Cada equipe atende no mximo 4 mil pessoas e mil famlias.
Em maro e abril de 2009 foram formadas outras duas equipes
para atuar na sede. Uma quarta est em formao para atuar a partir do
povoado de Aparecida. Outras duas esto previstas para So Joo (2012)
e, por ltimo, So Bento de Urnia. Uma equipe itinerante deixa a sede
duas vezes por semana para atender reas no cobertas pelas equipes
localizadas. A manuteno de cada equipe tem um custo de R$25 mil
mensais.
A anlise do movimento do PA, feita com base na movimentao
de junho de 2010, num total de 517 ocorrncias, revelou que 150 foram
de urgncia e emergncia, e 377 ambulatoriais, o que significa que muitas
seriam objeto de atendimento das equipes de Sade da Famlia. E que o
PA obriga manuteno permanente de uma equipe de alto custo para
um nmero baixo de atendimentos relacionados sua funo especfica.
A constatao levou a um projeto de alterao operacional, em preparao, para colocar cada tipo de atendimento na esfera de atribuio que
lhe compete.
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O comit hoje o instrumento mais atuante para preservao e recuperao dos recursos naturais da bacia. Dele fazem parte 13 secretarias
municipais, cinco rgos do Governo Estadual, cinco empresas, cinco instituies de ensino, trs sindicatos, duas organizaes no-governamentais,
uma autarquia municipal, uma empresa pblica estadual e uma cooperativa.
Em 27 de outubro de 2006 recebeu a outorga estadual a primeira Reserva Natural do Patrimnio Natural (RPPN), intitulada Oiutrem, sediada
em Matilde. Foi a primeira Unidade de Conservao Privada do Estado
a receber reconhecimento de Patrimnio Natural. A rea de 60 hectares
havia sido parcialmente explorada pela extrao criminosa de madeira e
a monocultura do eucalipto. O instituto criado para gerir as atividades da
unidade desenvolve hoje trs projetos bsicos, financiados pela iniciativa
privada: inventrio florstico, de mamferos e anfbios. Desde a fundao,
centro de atividades ambientalmente educativas.
No norte do municpio, outra rea com 25.841 hectares dos quais
23.165 esto em Alfredo Chaves, est submetida a um estudo de reconhecimento por parte do Instituto Estadual de Meio Ambiente (IEMA), visando
sua transformao em unidade de conservao. O diagnstico indicar
em que categoria, se de proteo parcial ou integral, a rea ser enquadrada, e entregue gesto municipal. Dentro dela esto duas cachoeiras Iracema e Iraceminha em dois momentos de desnvel do Rio Benevente.
E, dentro de uma nova viso da utilizao da terra, chegou ao municpio o conceito de produtor de gua: j em 2008 foi feito o primeiro
pagamento por servios ambientais a proprietrios que mantm reas preservadas dentro de sua propriedade, de acordo com normas estabelecidas
pelo Iema. Em 2009, j passavam de 100 os contratos fixados entre o rgo
e proprietrios do municpio.
O Municpio de Alfredo Chaves tem hoje cobertura nativa em 33%
de seu territrio, superado apenas por Marechal Floriano (35%) e Sooretama (41%).
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PARTE II
Personagens da
vida poltica
Ademor Magnago
Nasceu em 10 de abril de 1918 no Quarto Territrio, Alfredo Chaves.
Filho de Joaquim Magnago e Joana Cipriano Magnago.
Casou-se com Almerinda Gobbi e teve os filhos Sandra,
Cerli, Snia, Antnio, Simei, Selma e Carlos Joaquim.
Sempre residiu no Quarto Territrio e trabalhou com lavoura de caf. Foi tambm comerciante.
Foi vereador nos mandatos de 1963 a 1966 e 1967 a 1970. Atuou como vicepresidente da Casa de Leis de 1967 a 1970 e foi vice-prefeito de 1973 a 1976.
Faleceu no dia 14 de maro de 2004, sendo sepultado no Quarto Territrio.
Fonte: Selma Magnago (filha).
Adolpho Bottecchia
Nasceu no dia 13 de fevereiro de 1881 em Carolina, Alfredo
Chaves.
Filho de Bortolo Bottecchia e Helena Bottecchia.
Estudou at o 4 ano primrio, em Alfredo Chaves. Casouse com Luiza Suzana e teve os filhos Enedina, Arquiminia,
Izabel, Eugnio, Leonor, Paulo, Jlia, Helena, Joo, Waldir,
Walter, Lucila, Vtor, Moacyr e Wallace. Residiu em Barra de Batatal, Alfredo
Chaves e trabalhou na lavoura.
Atuou como vereador nas dcadas de 10, 20 e 30.
Faleceu em 30 de maro de 1962, sendo sepultado em Alfredo Chaves.
Fonte: Joo Bottecchia (filho).
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Aguinaldo Bissoli
Alfredo Rosseto
Nasceu no dia 11 de fevereiro de 1935 em Iriritimirim, Alfredo Chaves.
Filho de Angelo Rosseto e Santa Della Bianca Rosseto.
Estudou at o 2 ano primrio na escola de Iriritimirim,
onde sempre morou. Casou-se com Ozlia Modolo e teve
os filhos Dulce Luzia e Dirceu. Trabalhou como lavrador e
eletrotcnico, em conserto de rdio e televiso. Teve comrcio e mquina de
pilar caf.
Foi vereador de 1989 a 1992, pelo PMDB, e de 1993 a 1996, pelo PDT. Apresentou Projeto de Lei para nomear a escola de So Martinho como Escola
Unidocente Professor Vittorio de Monti. Participou do Debate Nacional de
Vereadores promovido pela Unio dos Vereadores do Brasil, realizado nos dias
22, 23 e 24 de abril de 1991, no Centro de Convenes de Braslia.
Em fevereiro de 1994 licenciou-se para assumir o cargo de secretrio de Servios Urbanos de Alfredo Chaves.
Fontes: Alfredo Rosseto; Arquivo da Cmara Municipal de Alfredo Chaves.
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Angelo Arpini
Andr Sartori
Nasceu no dia 24 de novembro de 1952 em Nova Mntua,
Alfredo Chaves.
Filho de Venncio Sartori e Linda Pessin Sartori.
Estudou at a 4 srie primria em Nova Mntua. Quando
jovem trabalhou como agricultor. Casou-se com Maria de
Ftima de Paula e teve os filhos Fred Antnio, Andr Victor, Carlos Eduardo e Roseane. No incio dos anos 70, mudou com a famlia
de Nova Mntua para a sede de Alfredo Chaves onde proprietrio de uma
oficina mecnica.
Foi eleito vereador para o mandato de 1993 a 1996, pelo PDT, e atuou como
presidente no binio de 1993 e 1994. Reelegeu-se para o perodo de 1997 a
2000, pelo PMDB. No perodo de 2001 a 2004, foi vice-prefeito de Alfredo
Chaves, pelo PMDB, durante o mandato de Ruzerte Gaigher. No exerccio
de 2005 e 2008, elegeu-se vereador pelo PPS. Foi 2 vice-presidente no binio
2007 e 2008. Na eleio de outubro de 2008 foi eleito pela quarta vez com 580
votos, pelo PPS, para o mandato de 2009 a 2012, sendo 2 vice-presidente no
exerccio de 2009 e 2010.
Fonte: Andr Sartori.
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Angelo Pilon
Filho de Stanislau Pilon e Judith Dalarme.
Casou-se com Maria Bragatto e teve os filhos Pompeu,
Aristides, Amlio, Brasilito, Stanislau, Amlia e Darli. Foi
ortopedista prtico. Manteve comrcio e uma pequena padaria em Iriritimirim.
Foi eleito vereador para o mandato de 1947 a 1950.
Fontes: Arquivo da Prefeitura de Alfredo Chaves; Osete Pilon (neta).
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Foi eleito vereador para o mandato de 1993 a 1996, pelo PTB, que integrava
a Coligao Frente Libertadora Popular, com 171 votos. Apresentou projeto
para implantao de telefone no Quarto Territrio e Sagrada Famlia.
Fonte: Antnio Carlos Thomazine.
atuando nos cartrios de 2 e 3 Ofcio de Notas de Alfredo Chaves. Aposentou-se no cargo de escrivo.
Foi eleito vereador para o mandato de 1977 a 1980, com 373 votos, pela Arena.
Entre suas metas tinha como prioridade a implantao e melhoramento de
estradas e pontes, e tambm a instalao de torre de retransmisso de TV na
Pedra do Gururu.
Faleceu no dia 26 de maro de 1996 e foi sepultado em Alfredo Chaves.
Fontes: Livro Foras Vivas da Nao 1978, p. 57; Antnio Cludio Gaigher (filho).
Antnio de Almeida
Nasceu em 15 de abril de 1934 em Alfredo Chaves.
Filho de Antnio Firmiano de Almeida e Eulindina Louzada.
Fez o Ensino Fundamental na sede de Alfredo Chaves. Em
1954, serviu s Foras Armadas no 3 BC (atualmente 38
BI), em Vila Velha, por dez meses. Casou-se com Celina
Maria Peruggia e teve os filhos Lcio, Antnio, Lenilson e Lorena. Foi jogador
e presidente do Esporte Clube de Alfredo Chaves por trs mandatos, na dcada de 70. Trabalhou como comercirio em Alfredo Chaves de 1948 a 1960,
com exceo do perodo do servio militar. No perodo de maro de 1962 a
maro de 1993, trabalhou como Oficial de Justia do Estado, em Alfredo Chaves, licenciando-se quando foi vice-prefeito.
Filiou-se Arena e foi eleito vice-prefeito com 2.076 votos para o mandato de
1977 a 1982. Empenhou-se em providenciar obras como calamento de ruas
perifricas, eletrificao rural, estradas vicinais e pontes.
Fonte: Antnio de Almeida.
92
Antnio Mariano
Nasceu no dia 15 de dezembro de 1934 em Ribeiro de Santo Antonio, Alfredo Chaves.
Filho de Joaquim Mariano e Macrina Perin. Estudou at a
4 srie nas escolas de Ribeiro de Santo Antnio e Batatal. Foi um dos primeiros agricultores a fazer plantio comercial de banana em Alfredo Chaves. Casou-se com Martha
Basseto e teve os filhos Nilton, Carmem, Santa, Mrcia e
Maria da Penha. Morou um ano no Rio de Janeiro, onde fundou no Ceasa
uma firma de compra e venda de banana, a Unio dos Bananicultores do ES.
Em Alfredo Chaves, tinha a empresa Banana Capixaba. Residiu 20 anos em
Rondnia, onde plantou cacau, banana e criou gado. E tambm em Janaba
(MG), onde comprava banana. No Esprito Santo e em Rondnia, participou
de movimentos a favor dos produtores de banana, com a qual trabalhou quase
40 anos, na produo e no comrcio. H seis anos reside em Guarapari.
Foi eleito vereador para o mandato de 1971 a 1972, pela Arena, com 262 votos,
e no ltimo ano da legislatura foi vice-presidente da Cmara. Reelegeu-se para
o mandato de 1973 a 1976 com 345 votos, tambm pela Arena. Atuou como
2 secretrio no perodo de 1973 e 1974. Mais tarde mudou-se para o PMDB.
Fonte: Antnio Mariano.
94
95
ador para o mandato de 1989 a 1992, pelo PMDB, com 164 votos, alcanando
a legenda do partido 3.439 votos. Foi reeleito para o exerccio de 1993 a 1996
pelo PDT (Coligao Frente Alfredense) com 181 votos. Recebeu Diploma
de Mrito Partidrio do PMDB, participou da Elaborao da Lei Orgnica do
Municpio e do Debate Nacional de Vereadores, Prefeitos e Vice-prefeitos no
Centro de Convenes de Braslia, de 23 a 25 de abril de 1991. Como vereador, apresentou projetos para implantao de postos telefnicos; abertura de
estradas e disponibilizao de mquinas para a comunidade e iluminao para
toda a regio de Ribeiro do Cristo.
Fonte: Antnio Valdir Gobbi Buback.
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97
Arthur Orlandi
Nasceu no dia 10 de dezembro de 1913 em Barra de So
Joo, Alfredo Chaves.
Filho dos imigrantes italianos Giovanni Orlandi e Carolina
Milanezzi.
Estudou at a 4 srie do curso primrio na Escola Singular de So Sebastio, Alfredo Chaves. Aos 18 anos prestou
servio militar na Linha de Tiro em Alfredo Chaves e no Rio de Janeiro. Em
1938 casou-se com Durvelina Magnago e teve os filhos Marly Dierlene, Luiz
Carlos, Dalmoacyr Joo, Ednys Antnio, Marlene, Roberto Paulo, Jos Almir,
Maria Madalena, Maristela, Ormy e Salute. Arthur tocava harmnio e cantava no coro durante as missas ainda celebradas em latim na igreja catlica
de So Sebastio, onde atuou como coordenador. Participou da Comisso da
Igreja de Nossa Senhora da Conceio, na sede do municpio. Foi agricultor e
comerciante em So Sebastio. Aprendeu com o pai a profisso de sapateiro.
Em Alfredo Chaves, foi vice-presidente da Associao Cultural.
Atuou como vereador em cinco mandatos: 1947 a 1950; 1951 a 1954; 1955
a 1958; 1959 a 1962 e 1963 a 1966. Em 1947, foi secretrio da mesa diretora.
Em 1956, ocupou o cargo de 2 secretrio e 1 secretrio em 1957. Foi vicepresidente da Cmara em 1958 e presidente em 1959 e 1960. Com a extino
dos partidos em 1964 passou do PSD para a Arena.
Faleceu no dia 10 de agosto de 2003, sendo sepultado em So Sebastio.
Fonte: Ednys Orlandi (filho).
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Foi eleito vereador pelo PSD para o mandato de 1955 a 1958, como suplente,
e 1959 a 1962. Em 1959, foi vice-presidente da Cmara.
Faleceu em 16 de janeiro de 2002, sendo sepultado em Nova Mntua.
Fontes: Maria Pauma Bonella (filha); Arquivo da Cmara Municipal de Alfredo Chaves.
Brasilito Pilon
Associao Comunitria de Sagrada Famlia. Na dcada de 80, foi vice-presidente. Jogou durante 20 anos no Sagrada Famlia Futebol Clube. H seis anos
faz parte do Corpo de Jurados do municpio.
Foi eleito vereador pelo PTB, com 216 votos, para o mandato de 1989 a 1992.
Foi 1 secretrio da Cmara Municipal no binio de 1991 a 1992. Como vereador, empenhou-se no desenvolvimento do esporte no municpio.
Fonte: www.alfredochaves.es.gov.br
Carlos Soares Pinto. Na sede do municpio, tambm h uma rua com o seu
nome. Foi comerciante.
100
Charles Gaigher
101
Clarindo Grillo
Colombo Guardia
102
103
Constantino De Nadai
Fontes: Livro Heris das Montanhas, p. 152 a 155; Erta de Paula Gaigher (filha).
Darci Escandian
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105
Domingos Grillo
Nasceu no dia 28 de abril de 1912 em Carolina, Alfredo
Chaves.
Filho dos imigrantes italianos Constante Grillo e Pscoa
Dardengo Grillo.
Estudou em Carolina e no Colgio Salesiano Santa Rosa,
em Niteri (RJ). Casou-se com Lidia Dalto e teve os filhos
Ebert, Everton, Everdien, Eduard, Hertz, Einstein, Constante, Ede, Elizabeth, Irani e Maria Jos. Foi agricultor, construtor, funcionrio do Estado e presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alfredo
Chaves. Teve uma oficina de mveis. Foi responsvel pela caixa de cobra
na sua comunidade. Fez parte do Corpo de Jurados da Comarca de Alfredo
Chaves.
Foi vereador no mandato de 1947 a 1950.
Faleceu no dia 22 de janeiro de 2001, sendo sepultado em Carolina.
Domingos Provedel
106
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Douglas Puppin
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Eurico Bonacossa
Nasceu no dia 06 de fevereiro de 1909 em Alfredo Chaves.
Filho do italiano Pedro Bonacossa e Hermnia Casotti Bonacossa.
Casou-se com Thalita Robin e teve os filhos Thiers Pedro,
Carlos, Sonea, Lenita, Roberto e Martha.
Foi prefeito de 1951 a 1954 e vice-prefeito de 1963 a 1966 pelo
PSD, e tabelio do Cartrio do Registro de Imveis. Como prefeito, fez obras de
saneamento bsico e infra-estrutura, modernizando e ampliando a distribuio
de gua potvel, inclusive com a construo de um chafariz na Rua Macrina,
conhecida como rea carente da cidade, na poca. Reconstruiu o prdio da
Prefeitura Municipal; instalou Posto de Sade no prdio do ento Posto de Puericultura cedido pela Legio Brasileira de Assistncia (LBA); construiu o Posto
de Refrigerao de Leite, hoje Cooperativa de Laticnios de Alfredo Chaves; fez
o calamento e meio-fio nas principais ruas; promoveu a limpeza e drenagem de
parte do Rio So Joo para melhorar as condies das terras marginais que se
prestavam para agricultura. Promoveu uma reforma administrativa e financeira
com o fim de equipar a Municipalidade com mquinas, ferramentas, mveis e
contratao de pessoal, inclusive um tcnico de contabilidade, profissional raro
na poca. Foi o idealizador da Usina Hidreltrica de Iriritimirim no concluda
por causa do corte de verba por parte do Governo do Estado. Pleiteou junto ao
Ministro da Guerra que os jovens de Alfredo Chaves fossem dispensados do
servio militar, e foi atendido. A dispensa vigora at hoje.
Faleceu em 23 de janeiro de 1997.
Fonte: Lenita Bonacossa (filha).
Fiorino Puppin
Nasceu no dia 23 de junho de 1914 em Ribeiro do Cristo,
Alfredo Chaves.
Filho do imigrante italiano Giovanni Antonio Puppin e
Emlia Bressan.
Fez o primrio em Ribeiro do Cristo e depois foi estudar
no Colgio Salesiano de Jacigu, onde tambm estudaram
seus filhos. Tocava clarineta e concertina. Foi jogador de futebol em vrios
municpios do Estado. No Rio de Janeiro, treinou futebol e boxe. Casou-se
com Olvia De Nadai e teve os filhos Ideney, Douglas, Gilson, Rubens, Orlando e Jussara. Trabalhou na direo da Clnica dos Acidentados e da Clnica
Santa Anglica, em Vitria.
Foi vereador nos mandatos de 1947 a 1950, 1951 a 1954 e 1955 a 1958, e prefeito de 1959 a 1962, pelo PSD. Foi presidente da Casa de Leis no perodo de
1955 a 1957 e 1 secretrio de 1950 a 1953 e 1958.
Faleceu em Vitria e foi sepultado no cemitrio de Ribeiro do Cristo.
Fonte: Douglas Puppin (filho); Arquivo da Cmara Municipal.
111
Florindo Paganini
Geraldo Natal
112
113
Guilherme Paterlini
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Herval Gaigher
Nasceu no dia 26 de fevereiro de 1948 em Sagrada Famlia,
Alfredo Chaves.
Filho de Elisa Lourdes Pessali e Joo Theodoro Gaigher.
Casou-se com Claudete Pinto Alves e teve as filhas Emanuelle e Llian. Estudou o primrio em Nova Estrela. Fez
curso superior de Administrao incompleto, em Cachoeiro de Itapemirim. Atuou como oficial de Registro Civil em 1981.
Foi eleito prefeito de Alfredo Chaves para o mandato de 1989 a 1992, pela
Frente Progressista Alfredense. Como prefeito construiu e ampliou ginsios
115
Jair Breda
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Jamir Pietralonga
Jernimo Bissoli
motorista, agricultor e foi scio da Aguardente JJ, fabricada em Sagrada Famlia. Foi presidente do time de futebol da comunidade e da Associao Comunitria de Sagrada Famlia.
Foi vereador pelo PDT para o mandato de 1993 a 1996, tendo sido 1 secretrio na segunda metade do exerccio.
Faleceu no dia 30 de dezembro de 1998 e foi sepultado em Sagrada Famlia.
Fonte: Rosngela Bissoli (esposa).
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Joaquim Magnago
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122
123
Jos Grasseli
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Josemar Parmagnani
Josmar Donna
Jlio Savignon
126
com Ana Oss e teve os filhos Claudenir Jos, Luiz Cludio, Oliene, Maria
Auxiliadora, Paulo Roberto e Fagner Luiz. Participou do Coral Italiano de
Alfredo Chaves.
Foi eleito vereador pela Arena para o mandato de 1977 a 1982, quando ainda
residia em Nova Estrela. Atuou como vice-presidente da Cmara no exerccio
de 1977 a 1978 e como 1 secretrio no binio de 1981 a 1982.
Faleceu em 19 de julho de 1989, sendo sepultado em Alfredo Chaves.
Fontes: Maria Luza e Roberto Ferreira Pinto (filhos); Centro de Memria da Assemblia
Legislativa.
Leandro Belmok
Nasceu no dia 06 de outubro de 1929 em Nova Mntua,
Alfredo Chaves.
Filho de Antnio Belmok e Hermnia Orlandi Belmok.
Estudou at a 4 srie no povoado em que nasceu. Na dcada de 50, casou-se com Naides Lovatti e teve os filhos
Roberto, Gilberto, Cludio, Renato, Luiz, Dulcineia, Bernadete e Cludia. Por volta de 1970, passou a morar na sede do municpio para
os filhos estudarem.
No perodo de 1980 a 1982, foi presidente do Diretrio Municipal do PMDB.
Foi vice-prefeito na administrao de Ruzerte Gaigher, no perodo de 1983 a
1988.
No final dos anos 80, fundou a Transportadora Belmok, da qual proprietrio.
Manteve tambm atividade agropecuria e comercial.
Fonte: Leandro Belmok.
Luiz Boldrini
Nasceu no dia 30 de junho de 1935 em Nova Estrela, Alfredo Chaves.
Filho de Silvino Boldrini e Maria Caprini.
Estudou at a 4 srie primria em Nova Estrela. Foi scio
da Cooperativa de Produtores de Banana de Alfredo Chaves. Na comunidade atuava como um mediador de conflitos e liderana religiosa. Dedicou-se a escrever e organizar peas de teatro
religioso, que eram representadas na Quaresma e Semana Santa. Casou-se
128
Luiz Gaigher
Nasceu em 03 de outubro de 1920, em Caco do Pote, Alfredo Chaves.
Filho de Jos Gaigher e Maria Pavesi Zerboni.
Em 1929 foi estudar no Colgio Salesiano em Jacigu, na
poca Municpio de Cachoeiro de Itapemirim. Aos 15 anos,
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comeou a jogar futebol e recebeu o apelido de Mussolini. Aos 18 anos filiouse ao PSD e foi fiscal do partido. Aos 19 anos, casou-se com Amlia Bernardi,
falecida aps 40 anos de casamento. Foi agricultor. No povoado de Cachoeira
Alta, quando os servios de sade eram ainda precrios, aplicava injeo nos
moradores quando necessrio. Em 1962, foi scio-fundador da Cooperativa
de Laticnios de Alfredo Chaves, da qual foi diretor comercial por mais de 20
anos. Participou da fundao do Mepes, do Colgio Pio XII, e da Igreja Cristo
Rei em Cachoeira Alta. Doou rea para a construo da igreja, da Escola Maria Zerboni e do posto telefnico. Fundou o time de futebol e doou rea para
o estdio, que recebeu o nome de sua esposa, Amlia Bernardi Gaigher.
Foi vereador nos mandatos de 1959 a 1962 e 1963 a 1966 e vice-prefeito de
Alfredo Chaves no perodo de 1967 a 1970. Em 1961 e 1963 foi vice-presidente
da Cmara.
Faleceu no dia 26 de maro de 1997 e foi sepultado em Alfredo Chaves.
Fontes: Arquivo Erta de Paula Gaigher; Lomar Gaigher Guerini (filha).
teve os filhos Valdecir, Gensio, Marlene, Maria Ins, Dirceu, Luzia, Laucir, Maria
Helena, Dinelsa, Ridinelsa, Regina e Marizete.
Foi vereador no mandato de 1993 a 1996, pelo PMDB, na Coligao Frente
Alfredense. Apresentou projeto para calamento da sede de So Bento de
Urnia, o que foi realizado mais tarde.
Fonte: Nelson Busato, entrevista em 28 de dezembro de 2009.
Orlando Franzotti
132
133
Nelson Busato
Na vacncia do cargo, foi nomeado prefeito para o perodo de 1947 a 1948. Foi
filiado ao PSD.
Faleceu no dia 06 de agosto de 2002.
Fonte: Rogrio Donadello (sobrinho).
Paulo Munaldi
Nasceu no dia 25 de janeiro de 1945 em Cachoeira Alta,
Alfredo Chaves.
Filho de Argentino Munaldi e Maria Giori Munaldi.
Estudou na Escola de Boa Vista at a 3 srie do primeiro
grau. Foi agricultor e comerciante.
Para o mandato de 2001 a 2004, foi eleito vereador com 531
votos. Foi reeleito para 2005 a 2008, com 418 votos. Nesse mandato, foi representante da Cmara Municipal como fiscal da merenda escolar. Foi o mais votado na eleio de outubro de 2008, sendo eleito com 706 votos. Atuou como
presidente da Comisso Executiva do PMDB por 17 anos. Em 2000, deixou o
PMDB e filiou-se ao PPS.
Pedro Fregonassi
Nasceu no dia 27 de junho de 1924 em Batatal, Alfredo
Chaves.
Filho de Victorio Fregonazzi e Maria Pagotto Fregonazzi.
Casou-se com Nice Costa e teve as filhas Letcia e Simone.
Foi contador em Alfredo Chaves, a partir da dcada de 50,
e diretor do Ginsio Pio XII. Exerceu os cargos de diretor
secretrio e diretor comercial da Cooperativa de Laticnios de Alfredo Chaves
(CLAC) no perodo de 1967 a 1973 e foi presidente da Cooperativa de Produtores de Banana.
Foi vereador no mandato de 1963 a 1966. Participou do Congresso Geral do
Povo Alfredense como representante da classe dos comerciantes, em 27 de
julho de 1984. A pedido da comunidade, o Ginsio de Esporte de Batatal tem
seu nome. Foi recentemente apresentado na Cmara um projeto para dar seu
nome a uma rua projetada no bairro do Caj, na sede.
Faleceu em 25 de dezembro de 1991 e foi sepultado em Alfredo Chaves.
Fonte: Letcia Fregonassi (filha).
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Rainor Breda
Regina Puppim
Renato Vettoraci
Nasceu no dia 18 de setembro de 1959 em Cachoeira Alta,
Alfredo Chaves.
Filho de Lourival Vettoraci e Cristina Cetto.
Estudou at a 4 srie na escola de Cachoeira Alta.
Foi eleito vereador para o mandato de 1983 a 1988, pelo
PMDB, com 270 votos. Atuou como 1 secretrio no exerccio de 1987 e 1988. Quando vereador, fez indicao para construo da ponte
de Joebinha para Boa Vista e para iluminao na estrada de Cachoeira Alta.
Participou das eleies de 2004, pelo PPS, como candidato a vice-prefeito na
chapa de Jorge Meneguel (PT), mas ambos no foram eleitos.
Em 1990, casou-se com Ana Rita Bassetto e teve as filhas Maria Eduarda e
Ana Renata. Tambm pai de Carlos Tadeu. Tem comrcio na sede do municpio.
Fonte: Renato Vettoraci.
136
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Ronaldo Bianchi
Nasceu no dia 21 de setembro de 1962 em So Bento de
Batatal, Alfredo Chaves.
Filho de Joo Bianchi e Lcia Bastianello Bianchi.
Estudou o 1 grau na Escola Pio XII, onde fez contabilidade.
Fez o 2 grau para assistente administrativo na Escola Camila Mota.
Casou-se com Regina Marcarini e teve os filhos Diego, Dayane e Dayara. Reside
na sede do municpio e, desde 1982, tem uma oficina de reparao de veculos.
Foi eleito vereador para o mandato de 1997 a 2000, com 265 votos, sendo o
mais votado do PSB. Foi 1 secretrio da Casa na segunda metade do mandato. Em 1998, apresentou o Projeto de Lei 797/98, referente a iseno do pagamento do IPTU para aposentados e pensionistas que ganhassem at um salrio mnimo. Candidatou-se para vereador para a legislatura de 2001 a 2004,
pelo PPS, sendo o 3 mais votado com 478 votos. No segundo ano do mandato,
licenciou-se para assumir a Secretaria de Esportes de Alfredo Chaves.
Fonte: Ronaldo Bianchi; Arquivo da Cmara Municipal.
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Samuel Rossato
Sante Provedel
Chegou da Itlia em 19 de agosto de 1892, com 25 anos.
Filho de Domenico Provedel e Angela Provedel.
Casou-se com Joana Alto e teve os filhos Angelina, Domingos, Atlio, Elvira e Antnio. Trabalhou de caixeiro em
Matilde e teve um comrcio em Carolina. Em 1914, abriu
uma venda em Fruteiras. Em 1920, mudou-se para Matilde,
em um sobrado perto da estrada de ferro. Em 1921, abriu em Duas Pontes uma
filial da firma Sante Provedel e Filhos.
Foi vereador de Alfredo Chaves no perodo de 1928 a 1931.
Faleceu em 1930 em Vitria.
Fonte: Livro Heris das Montanhas, p. 126 a 128.
140
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Srgio Bianchi
Nasceu no dia 07 de janeiro de 1962 em Quarto Territrio,
Alfredo Chaves.
Filho de Jos Bianchi e Maria Ledelvina Rigoni Bianchi.
Concluiu o primeiro grau na Escola Talma Sarmento de
Miranda, no bairro de Campo Grande, em Cariacica (ES).
Casou-se com Rozangela Bertoldi e teve os filhos Fabrcio
e Letcia. Participa do Conselho da Comunidade de Quarto Territrio, Conselho da Rdio FM Comunitria, Conselho da Agricultura e Comisso de
Educao do municpio.
Foi eleito vereador para o mandato de 2001 a 2004, pelo PTB, com 275 votos.
No binio de 2001 e 2002 ocupou o cargo de vice-presidente. Para o mandato
de 2005 a 2008 ficou como suplente, com 342 votos, pelo PP. Nesse perodo,
foi subsecretrio de Agricultura do municpio. Foi eleito vereador para o mandato de 2009 a 2012, pelo PP, com 594 votos. Atuou como 2 secretrio da
Mesa Diretora no binio de 2009 e 2010.
Em 2001, foi um dos organizadores da caminhada que acontece de Quarto
Territrio ao Convento da Penha. Em 2007, fundou e organizou os Motoqueiros da F, que tambm fazem o mesmo trajeto. Em 2003, participou da
142
Sigefrido Colodetti
Nasceu em 31 de dezembro de 1907 em Iriritimirim, Distrito de Matilde, Alfredo Chaves.
Filho de Tomaso Colodetti e Ernesta Braggio, imigrantes
italianos.
Estudou at o 4 ano primrio em Iriritimirim. Em 19 de
julho de 1929, casou-se com Maria Prest e teve os filhos
Ladyr, Lenize, Laudival, Lauber, Laudistone, Ledilma Ignez, Lcia Ernesta e
Luiz Alberto. Autodidata, nos anos 40 instalou uma pequena hidreltrica em
sua propriedade e gerou energia para a sua residncia, introduzindo o rdio na
localidade e cedendo iluminao para a igreja de So Jos. Utilizando a mesma tecnologia instalou energia eltrica em pequenas propriedades da regio,
e moinhos de fub e quitungos para fabricao de farinha de mandioca. Nos
anos 30 e 40, inovou com a criao de bicho da seda, sendo fornecedor da fbrica de fios de seda de Vargem Alta. Nesse mesmo perodo, fundou a fbrica
So Jos, de gravatas e camisas de seda, em sua prpria residncia, em Iriritimirim. Com a ajuda da esposa, Sigefrido atendia regio, Vitria e Rio de
Janeiro. Foi escrivo do cartrio em So Marcos. Com a extino do cartrio,
o acervo de documentos foi transferido para a sede da comarca. Desde os anos
30, hospedou em sua residncia as professoras que davam aula em Iriritimirim.
Manteve casa de comrcio da dcada de 20 de 60.
Foi vereador no mandato de 1952 a 1954. Foi reeleito para o mandato de 1956
a 1958, com 119 votos, e ficou na suplncia pela Aliana Popular Trabalhista
(PTBPRP) no mandato 1959 a 1962, com 102 votos. Em 1959 foi primeiro
secretrio da Cmara. Por seu empenho, diversos moradores de Iriritimirim
se empregaram nas obras de abertura da BR-031 (hoje BR-262). Na dcada de
60, morou em Belo Horizonte e montou o Depsito Capixaba para venda de
materiais de construo.
Faleceu em 19 de novembro de 1968, em Belo Horizonte.
Fonte: Lcia Colodetti (filha).
143
Telmaco Galerani
Volmar Costa
144
145
Zzimo Murari
PARTE III
146
Gesto 2005-2008
e 2009-2010
Mudanas na Cmara Municipal
No mandato de 2005 a 2008, o presidente da Cmara de Vereadores de
Alfredo Chaves, Joo Bosco Costa, com os vereadores e colaboradores, realizou
algumas mudanas na Casa de Leis:
Planejamento e organizao do funcionamento da Cmara Municipal de
Alfredo Chaves; reduo do recesso dos parlamentares de 90 para 30 dias; melhorias na organizao das sesses ordinrias e extraordinrias; os vereadores tm um
prazo de 72 horas para analisar os requerimentos e os projetos que sero discutidos
e votados na Sesso Ordinria; sesso extraordinria s realizada em matria de
urgncia urgentssima, como em caso de calamidade, o que raro; acabou a votao em regime de urgncia urgentssima, em que o projeto era apresentado, discutido e votado no mesmo dia e os vereadores votavam sem saber o que estavam
aprovando (hoje o vereador tem um prazo para ler o projeto antes da sesso); o
vereador que apresenta o projeto passou a ser obrigado a defend-lo e apresent-lo
aos demais vereadores; durante a votao feita a chamada nominal, o que permite ao vereador dar opinio sobre o projeto (ele no precisa mais permanecer sentado como forma de aprovao e levantar como resposta de desaprovao, como era
feito antigamente); todos os vereadores tm acesso aos gastos da presidncia, pois
todos os meses colocado um resumo dos gastos na pasta de cada vereador, como
tambm enviado para todas as secretarias municipais o balancete mensal; os
vereadores no recebem mais remunerao das sesses extraordinrias (a despesa
com pessoal na Cmara pequena, pois os vereadores no tm assessores); houve
uma reduo em mais de 50% nos valores das dirias; foi feita a aquisio de um
veculo para o Legislativo.
149
Diminuio do duodcimo
Conforme a Constituio Federal, nos municpios com at 100 mil habitantes as prefeituras devem repassar mensalmente para a Cmara de Vereadores 8% da
arrecadao. Mas, desde 2006, houve uma reduo desse ndice. Essa queda do duodcimo representa economia para o Executivo, que pode investir em novas obras.
Reeleito presidente em 2009, Joo Bosco Costa props uma nova reduo no ndice,
em razo do aumento no oramento municipal. A Cmara Municipal de Alfredo
Chaves reduziu para 5,74% o ndice do duodcimo que repassado mensalmente
ao Legislativo, garantindo para a Prefeitura uma economia R$ 950 mil no ano. Em
2010, a Cmara passou a receber 6%, em vez dos 8% da arrecadao municipal.
Reduo (em relao arrecadao do municpio):
8%
2005
7,75%
2006
7,15%
6,87%
2007
2008
5,74%
6%
2009
2010
150
Investimento na Sade
H 20 anos a assistncia sade era precria em Alfredo Chaves. O Hospital e Maternidade SantAna, que teve sua obra concluda na dcada de 70, mantinha um atendimento insuficiente. A Fundao Assistencial de Alfredo Chaves,
instituio privada que era mantenedora da entidade, no reunia condies de
atender s normas exigidas pelo Sistema nico de Sade. Como consequncia, o
hospital foi fechado. A Prefeitura chegou a decretar de utilidade pblica o prdio
onde funcionava a estabelecimento, mas no conseguiu a concesso do imvel via
processo judicial.
No municpio, a Unidade de Sade j funcionava desde os anos 80 e foi reformada em 2007. No mandato 2005 a 2008, foi implantado o Pronto Atendimento Municipal, que passou a funcionar no mesmo local da unidade. No princpio, o atendimento era feito apenas no final de semana, comeando na sexta-feira, a partir das 19h,
e encerrando na segunda-feira, s 7h. Em janeiro de 2006 passou a funcionar 24h.
Em agosto de 2007 foi iniciada a reforma da Unidade Sanitria da sede
e a ampliao do Pronto Atendimento Municipal (PA). A obra foi planejada de
acordo com os critrios estabelecidos pelo Ministrio da Sade. A Prefeitura Municipal de Alfredo Chaves em parceria com a Cmara de Vereadores finalizou, em
2008, a obra da Unidade Mista de Sade Municipal de Alfredo Chaves. O projeto
para a ampliao e construo da Unidade de Sade Mista Municipal custou
cerca de R$ 357 mil aos cofres pblicos e foi totalmente financiado com o recurso
devolvido Prefeitura pela Cmara de Vereadores.
Servios de radiologia do PA
O Legislativo vem financiando os servios de radiologia do Pronto Atendimento Municipal Klinger Minassa desde abril de 2010. O investimento inclui
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tbil. Quase todas as salas receberam sistema de rede e internet ligando os computadores. O projeto do prdio da Casa de Leis foi desenvolvido pelo engenheiro
Augusto Ferrari e os arquitetos Mrcio Layber, Juliana Melo e Amlia Zambom.
O novo plenrio foi denominado Brasilito Pilon, homenagem a um reconhecido
benfeitor da populao do municpio, e que exerceu mandato de vereador.
Em fevereiro de 2009, a Cmara Municipal de Alfredo Chaves reformulou o seu sistema administrativo e criou uma nova estrutura. Com a lei n
228/2009, aprovada pelos vereadores, a Cmara Municipal de Alfredo Chaves
passa a ter novos profissionais para atender aos vereadores e organizar os servios da Casa.
Sala de Pesquisa
Em 2010 foi instalada a Sala de Pesquisa (documental e virtual) da Cmara Municipal, um espao para estudo e capacitao, com acervo bibliogrfico
sobre poltica e com computadores ligados internet, disposio da populao.
Registros da Histria
Em 2008, foi iniciado um trabalho de pesquisa para o desenvolvimento de
um livro com a histria e as imagens da poltica do municpio, lanado no final
de 2010. Outra iniciativa a galeria com as fotos dos vereadores que atuaram no
municpio. O trabalho ainda est em andamento, mas os quadros referentes a
algumas legislaturas j esto dispostos no corredor na Cmara.
Executivo
Prefeito: Fernando Videira Lafayette (PSB);
Secretrio Municipal de Esporte e Lazer: Gabriel Fiorin;
Secretria Municipal de Educao: Vera Lcia Bona;
Secretria Municipal de Ao Social e Cidadania: Jacirley de Almeida Silva;
Secretrio Municipal de Meio Ambiente e Servios Urbanos: Ronivaldo
Natali Gaigher;
Secretrio Municipal de Turismo e Cultura: Roberto Fortunato Fiorin;
Secretrio Municipal de Administrao: Demcrito Torres Lafayette Filho;
Secretrio Municipal de Finanas: Carlos Eugnio Ramalho Tavares;
Secretrio Municipal de Agricultura: Antnio Carlos Petri;
Secretrio Municipal de Obras: Aldinei Cardoso;
Secretria Municipal de Sade: Edinia Figueira dos Anjos Oliveira.
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Presidentes da
Cmara* e vereadores**
LEGISLATURA 1947 a 1950
Presidente | Joo Aquino Malheiros.
Vereadores | Angelo Pilon, Arthur Orlandi, Domingos Grillo,
Erineu Noberto Salvador, Fiorino Puppin,
Guilherme Paterlini, Joo Aquino Malheiros,
Joo Fregonazzi Netto e Sigefrido Colodetti.
LEGISLATURA 1951 A 1954
Presidentes | Guilherme Paterlini e Joo Aquino Malheiros.
Vereadores | Arthur Orlandi, Fiorino Puppin, Guilherme
Paterlini, Joo Aquino Malheiros, Joo Fregonazzi
Netto, Jos Gaigher, Joaquim Magnago, Julio
Savignon e Sigefrido Colodetti.
LEGISLATURA 1955 A 1958
Presidente 1955 a 1957 | Fiorino Pupin.
Presidente 1958 | Constantino De Nadai.
Vereadores | Arthur Orlandi, Constantino De Nadai,
Emlio Camilette, Fiorino Puppin, Henrique
Meilli Jnior, Joo Fregonazzi Netto, Sigefrido
Colodetti, Samuel Rossato e Zzimo Murari.
Suplentes | Augustinho Jos Bonella, Joo De Nadai e Jos
Guerini.
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Prefeitos
e vice-prefeitos
1891 a 1903_ _______________________Joaquim da Costa Pinto,
Jos Togneri, Joaquim Antnio
Pinheiro e Antnio Soares Pinto
1903 a 1915_ _______________________Jos Togneri, Guido von Doelinger,
Jos Togneri Jnior e Colombo
Guardia
1916 a 1918________________________Antnio Soares Pinto Jnior
1918 a 1919_ _______________________Colombo Guardia
1919 a 1920_ _______________________Jos Ferreira Lima
1920 a 1922_ _______________________Francisco Augusto Jos Alves
1923 a 1927_ _______________________Colombo Guardia
1928_ _____________________________Olival Brgido Vieira Pimentel
1929 a 1930_ _______________________Carlos Soares Pinto
1930 a 1931_ _______________________Aguinaldo Costa
1931 a 1932_ _______________________Joel da Escssia
1933 a 1934_ _______________________Celestino Maurcio Quintanilha
1934_ _____________________________Jos Pereira de Mello
1935_ _____________________________Celestino Maurcio Quintanilha
1935 a 1938_ _______________________Telmaco Gallerani
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Joel da Escssia
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Feliciano Garcia
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Distncias entre
a sede e o interior
Distritos
Ibitiru (Engano)______________________________________ (16 Km)
Matilde_ ____________________________________________ (18 Km)
Ribeiro do Cristo_____________________________________ (27 Km)
Sagrada Famlia_______________________________________ (11 Km)
So Bento de Urnia___________________________________ (41 Km)
So Joo_____________________________________________ (18 Km)
Povoados
Aparecida_ __________________________________________ (30 Km)
Barra do Batatal_______________________________________ (4 Km)
Boa Vista____________________________________________ (8 Km)
Cachoeira Alta_ ______________________________________ (5 Km)
Cachoeirinha_________________________________________ (2 Km)
Caco do Pote_________________________________________ (6 Km)
Carolina_____________________________________________ (22 Km)
Cedro_______________________________________________ (26 Km)
Deserto_ ____________________________________________ (30 Km)
Gavio______________________________________________ (3 Km)
Independncia________________________________________ (18 Km)
Ip-Au_____________________________________________ (27 Km)
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Indicadores
Geografia
Limites: Anchieta (Leste/Sul), Domingos Martins (Norte), Guarapari
(Norte/Leste), Iconha (Sul), Marechal Floriano (Norte), Rio Novo do Sul
(Sul) e Vargem Alta (Norte/Oeste/Sul).
rea: 615,19 km (1,34% da rea do Estado).
Distncia da capital por via rodoviria: 79,9 km.
Demografia
Populao (2009): 14.585, sendo 41,23% urbana e 58,77% rural; 48,46%
feminina e 51,54% masculina.
Densidade demogrfica (2009): 23,69 hab./km.
Taxa de crescimento da populao: 0,82% (1991 - 2000) e 0,77% (2001 - 2009).
Nascimentos (2007): 174.
Domiclios (2007): 4.341.
Distrito mais populoso: Alfredo Chaves (sede); menos populoso: Sagrada
Famlia.
Identificada forte afluncia migratria recente, composta principalmente
por pessoas procedentes dos estados de Minas Gerais, Bahia e Rio de
Janeiro.
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Sade
Desenvolvimento social
Ocupaes de nvel superior (2009): 39, das quais a mais numerosa foi a de
cirurgio-dentista (14).
Segurana
Economia
Crimes no letais contra pessoa (2008): 770 ocorrncias (530,78 por 100
mil habitantes).
Educao
Taxa de analfabetismo (2000): 11,8% (era 15,7% em 1991)
Docentes das redes municipal, estadual e particular (2008): 262 no
Ensino Fundamental e 47 no Ensino Mdio.
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Siglas partidrias
mencionadas nesta obra
ARENA |
MDB |
PCO |
PFL |
PL |
PMDB |
PMN |
PP |
PPS |
PRP |
PSB |
PSC |
PSD |
PSDB |
PT |
PTB |
PV |
UDN |
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Cronologia
Dcada de 60 (sc. XIX) | Augusto Jos Alves e Silva (Augusto) ganha
terras de D. Pedro II.
1870 | Chegada do imigrante italiano Jos Togneri.
1876 | Chegada dos imigrantes endereados ao Quinto
Territrio.
1877 | Jos Togneri vende um pedao de sua
propriedade para a Colnia Imperial do Rio
Novo.
1878 | O Quinto Territrio desmembrado da
Imperial Colnia do Rio Novo e incorporado ao
Municpio de Guarapari.
02/04/1881 | O povoado de Alto Benevente passa a se
denominar Alfredo Chaves.
1882 | Instalao do servio de correio em Alfredo
Chaves.
24/01/1891 | Criao do Municpio de Alfredo Chaves.
1891 | Indicao do primeiro prefeito do municpio,
Joaquim da Costa Pinto, pela Assemblia
Estadual.
15/03/1902 | Inaugurao das estaes ferrovirias de
Araguaia e Matilde.
27/06/1910 | Inaugurao do trecho da ferrovia de Matilde
a Cachoeiro de Itapemirim, com a presena do
presidente Nilo Peanha.
15/08/1910 | Fundado o Alfredense Foot-Ball Club por Carlos
Soares Pinto.
1914 | Criado o distrito de Sagrada Famlia, ento
pertencente a Guarapari.
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Retratos da histria
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Tiro de Guerra
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Ponte do Imperador sobre o Rio Benevente (1942 / Arq. Erta de Paula Gaigher)
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Joo Bosco Costa, presidente da Cmara, d posse ao vice Antnio Cludio Bissoli
(esq.) e ao prefeito Fernando Videira Lafayette (Foto Dirceu Cetto)
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201
Referncias
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prefeitos ao interventor do Estado do Esprito Santo: 1938/1941.
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PUPPIN, Douglas. Os De Nadai: Pietro Benemrito da Libertao de Roma.
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Entrevistas
Antnio Negreiros Neto
Antnio Valdir Gobbi Buback
Carlos Alberto Costa
Celina Tobias
Charles Gaigher
Cleomir Gobbi Buback
Clsia Guardia
Constante Grillo
Dalva Mello
Darci Escandian
Domingos Laurindo Cola
Douglas Puppin
Durvelina Magnago
der Vittorino dos Santos
Edevanilde Breda
Edinia Figueira dos Anjos
Ednys Orlandi
Adriana Paterlini
Aguinaldo Bissoli
Ailto Antonio Destefani
Alfredo Rosseto
Almir Antnio Fvero
Alosio Vanderlei Fornazier
Andr Sartori
ngelo Arpini
Anita Fregonassi
Antnio Carlos Petri
Antonio Carlos Thomazine
Antnio Cludio Bissoli
Antnio Cludio Gaigher
Antnio de Almeida
Antnio Domingos Almonfrey
Antnio Mariano
Antnio Moreschi Sobrinho
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Hesio Pessali
A jornalista e pesquisadora Teresa Cristina Xavier, nascida em Vitria e residente em Alfredo Chaves,
realizou a pesquisa biogrfica dos personagens da vida poltica do municpio. Tambm participou da apurao
de outras informaes relacionadas
histria e poltica municipais.
Alfredo Chaves
Alfredo
Chaves
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