Apostila Inversores PDF
Apostila Inversores PDF
Apostila Inversores PDF
Inversores
SENAI-SP - INTRANET
151
Eletrnica de potncia
Variadores Mecnicos
Foram os primeiros sistemas utilizados para se obter uma velocidade diferente da
velocidade do motor.
Caractersticas: simplicidade de construo, baixo custo, pequena variao de
velocidade condicionada a limites (mecnicos e eltricos).
Polias Fixas
Variao discreta de velocidade, utilizada onde existe necessidade de reduo ou
ampliao de velocidade, porm sempre fixa, sem a possibilidade de uma variao
contnua de rotao.
152
SENAI-SP - INTRANET
Eletrnica de potncia
Polias Cnicas
Sistema que permite a variao contnua da velocidade por meio de duas polias
cnicas contrapostas.
A variao da velocidade ocorre atravs do posicionamento da correia sobre a
superfcie das polias cnicas.
Esse sistema utilizado onde no necessria uma faixa de variao de velocidade
muito ampla e no se requerem variaes rpidas e precisas.
Esse sistema utilizado com maior freqncia para pequenos ajustes de sincronismo
mecnico de baixa preciso.
Polias Variadoras
Permite variao contnua da velocidade. Utiliza um dispositivo mecnico que consiste
de duas flanges cnicas formando uma polia, que pode se movimentar sobre o eixo
acionado.
Em seu funcionamento percebe-se que o movimento de aproximao ou afastamento
entre as duas flanges fora a correia a subir ou descer, mudando o dimetro relativo da
correia e consequentemente a velocidade da mquina.
SENAI-SP - INTRANET
153
Eletrnica de potncia
Moto-redutores
Sistema de acoplamento avanado em relao aos anteriores, permite a variao
discreta e contnua da velocidade, atravs de um jogo de polias e engrenagens
variveis.
Limitaes
a) Independentemente da variao da velocidade na sada, o motor que aciona o
moto redutor est funcionando com tenso nominal e freqncia nominal, portanto
teremos desperdcio de energia eltrica.
b) Esses mtodos no permitem controle a distncia, tm rendimento muito baixo e
so limitados a baixas e mdias potncias, pois as engrenagens no suportam
potncias elevadas.
Variadores Hidrulicos
Permitem a variao contnua da velocidade e foram projetados para converter a
potncia hidrulica de um fluido em potncia mecnica.
A converso feita atravs de um dispositivo de engrenagens planetrias ou atravs
de acionamento de pistes, com controle efetuado por vlvulas direcionais.
154
SENAI-SP - INTRANET
Eletrnica de potncia
Caractersticas
1. Baixa rotao (5 a 500 rpm)
2. Elevado torque
3. Permitem rotao nos dois sentidos
4. Motores de baixa potncia
5. Baixo custo
Desvantagens
1. Grandes Instalaes (tubulaes, motores eltricos, bombas etc.)
2. Rendimento baixo
3. Alto ndice de manuteno
4. Perdas elevadas nos circuitos hidrulicos
Variadores Eletromagnticos
Embreagens Eletromagnticas
Com os variadores eletromagnticos mudou-se o conceito de variao exclusivamente
mecnica para variao eletromecnica.
As tcnicas envolvidas esto baseadas nos princpios fsicos das correntes de
Foucault, utilizando um sistema de discos acoplados a bobinas que podem ter seu
campo magntico varivel, variando-se o torque e a velocidade na sada do variador.
Limitaes:
1. A rotao de sada sempre a nominal do motor.
2. Nesse sistema o motor sempre estar girando na rotao nominal, proporcionando
um acoplamento inadequado (desperdcio de energia), quando operamos abaixo
da rotao nominal.
3. O rendimento muito baixo e apresenta perdas por aquecimento.
4. As manutenes preventivas so freqentes porque existem muitas partes
girantes, as quais necessitam de ajustes constantes e substituies peridicas.
Componentes
1. Motor
2. Carcaa do variador
3. Eixo do variador
4. Ncleo de bobina
SENAI-SP - INTRANET
155
Eletrnica de potncia
5. Alapo
6. Tampa
7. Gerador
8. Rotor
9. Tampa
10. Parafuso de fixao do motor
11. Ventilador
12. Rolamento central
13. Retentor especial
14. Rotor aranha
15. Bobina de campo
16. Parafuso para fixao do ncleo
17. Parafuso para fixao do alapo
18. Rolamento da tampa
19. Parafuso para fixao da tampa
20. Carcaa
21. Porca e arruela de segurana
Variadores Eletroeletrnicos
Acionamento de Motor Assncrono de Rotor Gaiola
A variao da velocidade em Motores Assncronos pode ser dividida em dois grupos:
Variao Discreta:
Pode ser feita atravs da variao do nmero de plos.
Variao Contnua:
Pode ser feita atravs da variao da freqncia, tenso ou escorregamento.
156
SENAI-SP - INTRANET
Eletrnica de potncia
157
Eletrnica de potncia
Variao do Escorregamento
A variao do escorregamento de um motor de induo com rotor gaiola obtida pela
variao da tenso estatrica. um sistema pouco utilizado, pois gera perdas rotricas
e a faixa de variao da velocidade pequena.
O controle de velocidade em motores de gaiola por meio da variao da tenso
aplicada utilizado nas seguintes aplicaes:
Aplicao de curta durao, por exemplo, partida lenta de mquinas, atravs da chave
compensadora ou soft start.
Faixa de Potncia tpica: 1 a 50 Kw
Faixa de regulao de velocidade: 1 - 20
Faixa de variao de velocidade: 500 - 3000 rpm
158
SENAI-SP - INTRANET
Eletrnica de potncia
O inversor monofsico de fonte com tomada central necessita de uma fonte simtrica
para a sua alimentao. Dois transistores (um de cada vez) so responsveis pela
comutao. Isso permite a inverso da polaridade na carga atravs da ligao a ambos
os extremos da fonte alternadamente. Veja circuito e forma de onda a seguir.
SENAI-SP - INTRANET
159
Eletrnica de potncia
Funcionamento
Do instante t0 at o instante t2, o transistor T1 est conduzindo a corrente de carga
que atinge um valor mximo + IL. No instante t1, tira-se a corrente da base de T1 e
pe-se corrente na base de T2.
Como a corrente na indutncia no muda instantaneamente o seu sentido e, neste
momento, a corrente de carga em T1 positiva, a conduo ser feita por D2 at o
instante t2.
160
SENAI-SP - INTRANET
Eletrnica de potncia
SENAI-SP - INTRANET
161
Eletrnica de potncia
Funcionamento
Na condio inicial, supe-se que o transistor T1 esteja conduzindo uma corrente
crescente. O sinal de realimentao na base de T1 elevado e esse transistor
levado ao estado de saturao, enquanto que T2 permanece em corte devido
polaridade da tenso induzida na metade do enrolamento do transformador que est
ligado sua base.
Com T1 saturado, sua tenso coletor emissor praticamente desprezvel e toda a
tenso de alimentao VCC aplicada metade do enrolamento primrio do
transformador.
A taxa de variao da corrente e do fluxo magntico constante durante este perodo.
A corrente em T1 continua crescendo com variao constante at que o ncleo do
transformador se sature. Nesse ponto, o fluxo magntico cessa sua variao e a
tenso induzida de realimentao se torna nula nos outros enrolamentos.
A corrente de coletor de T1, ento comea a decrescer, uma vez que no existe mais o
sinal de realimentao que o mantinha saturado. Nesse momento, h o colapso do
campo magntico, ou seja, o ncleo sa do estado de saturao. Este retorno gera um
sinal de realimentao com polaridade tal que leva T2 ao estado de saturao e fora
T1 a manter o estado de corte.
A corrente em T2 agora aumenta linearmente seguindo a mesma relao vista
anteriormente at que o ncleo seja saturado, desta vez com o fluxo magntico em
sentido contrrio.
A partir desse ponto, o ciclo se repete de forma anloga com cada transistor mudando
de estado (saturado ou em corte) o que resulta numa corrente alternada no secundrio
do transformador.
162
SENAI-SP - INTRANET
Eletrnica de potncia
a) Da variao do fluxo que triangular como a da corrente uma vez que ambos
crescem e decrescem linearmente.
b) Da tenso no secundrio do transformador que ser constante durante cada meio
ciclo e de forma quadrada.
A freqncia de oscilao determinada pela equao:
f=
Vcc
n1. 0s
SENAI-SP - INTRANET
163
Eletrnica de potncia
164
SENAI-SP - INTRANET
Eletrnica de potncia
Funcionamento:
A fonte E ligada alternadamente aos primrios do transformador atravs dos SCRs
V1 e V2. Ao ser disparado o SCR V1, a corrente circula pela metade (N1) do
transformador, pelo SCR, pela fonte e pela indutncia L. Com isto, o capacitor
carregado com tenso 2E indicada e no secundrio aparecer uma tenso induzida
que depender do nmero de espiras.
Quando V2 disparado, a tenso 2E armazenada no capacitor levar o SCR V1 ao
corte e a corrente passa a circular pela metade N1 do transformador, pelo SCR V2,
pela fonte e indutor L invertendo a polaridade do capacitor.
A indutncia L colocada em srie com a fonte tem a finalidade de impedir que o
capacitor se descarregue instantaneamente pela fonte quando da comutao dos
SCRs.
O diagrama esquemtico
do circuito inversor
comutado por impulso
auxiliar mostrado a
seguir.
SENAI-SP - INTRANET
165
Eletrnica de potncia
Funcionamento:
Inicialmente, o capacitor est carregado com a polaridade (+,-) indicada no desenho.
Suponhamos tambm que Q1 est conduzindo a corrente de carga. Ao ser disparado
Q1 , uma corrente circular atravs de Q1, indutor e capacitor e levar Q1 ao corte
pois, medida que a corrente cresce em Q1, diminui em Q1.
Considerando a carga indutiva, quando Q1 parar de conduzir, a indutncia da carga
fora o capacitor C a se carregar, atravs de D2, com uma tenso inversa inicial de
valor igual a 2E.
Com o capacitor carregado inversamente, D2 deixa de conduzir e se Q2 for disparado,
a corrente pela carga inverter e passar a circular por Q2. Dessa forma, o circuito
est agora com tenso negativa na carga e preparado para a comutao de Q2
bastando para tanto o disparo do tiristor Q2. O processo de comutao de Q2
semelhante ao descrito para Q1.
Normalmente, encontra-se o circuito inversor comutado por circuito auxiliar na
configurao em ponte, uma vez que esta no requer o uso de fonte com derivao
central. Veja circuito a seguir.
166
SENAI-SP - INTRANET
Eletrnica de potncia
Funcionamento:
supondo inicialmente que Q1 e Q4 esto
em conduo, o capacitor C2 estar
carregado com polaridade (+ -) indicada
no circuito acima. Para simplificar, o
circuito pode ser apresentado da seguinte
maneira:
SENAI-SP - INTRANET
167
Eletrnica de potncia
Inversores trifsicos
Os inversores descritos at aqui podem ser arranjados de forma a gerar em sua sada
tenso trifsica.
168
SENAI-SP - INTRANET
Eletrnica de potncia
SENAI-SP - INTRANET
169
Eletrnica de potncia
SENAI-SP - INTRANET
Eletrnica de potncia
SENAI-SP - INTRANET
171
Eletrnica de potncia
172
SENAI-SP - INTRANET
Eletrnica de potncia
Retificador controlado;
O processo que usa transformador com taps na entrada consiste em inserir um autotransformador na entrada do retificador. O ajuste dos taps pode ser feito por um
processo semelhante atravs de um controle em malha fechada, com o auxlio de um
servo-motor.
O processo que emprega um retificador controlado consiste na utilizao de um
retificador controlado por tiristores como fonte de tenso varivel. Apresenta duas
vantagens: resposta muita rpida e carter esttico do sistema de converso.
Entretanto, para baixas tenses de sada (ngulo de disparo grande para os tiristores),
o fator de potncia fica bastante reduzido.
Alm disso, em baixas tenses, o aumento da ondulao (ripple) exige a utilizao de
filtros de grande capacidade de aplainamento antes da alimentao do inversor. Veja
circuito a seguir.
SENAI-SP - INTRANET
173
Eletrnica de potncia
SENAI-SP - INTRANET
Eletrnica de potncia
SENAI-SP - INTRANET
175
Eletrnica de potncia
SENAI-SP - INTRANET
Eletrnica de potncia
A forma de onda conseguida com esse processo rica em harmnicos que geralmente
no interessam para o funcionamento da carga e ainda podem perturbar o
funcionamento dos aparelhos das proximidades.
O contedo harmnico da tenso de sada pode ser muito reduzido se os intervalos de
permanncia da tenso de sada em um valor mximo forem diferentes. A largura do
pulso regulada de forma que fique maior nas proximidades do pico da senide
fundamental, como pode ser visto na figura a seguir.
SENAI-SP - INTRANET
177
Eletrnica de potncia
178
SENAI-SP - INTRANET
Eletrnica de potncia
SENAI-SP - INTRANET
179
Eletrnica de potncia
Controle de freqncia
O circuito a seguir mostra um inversor comutado por impulso complementar sem os
elementos de comutao (simplificado).
180
SENAI-SP - INTRANET
Eletrnica de potncia
Observao
interessante observar a necessidade de disparo contnuo ou de pulsos de alta
freqncia para disparar os tiristores, pois no se sabe em que ponto a corrente de
carga se anula para que os SCRs possam comear a conduzir.
SENAI-SP - INTRANET
181
Eletrnica de potncia
182
SENAI-SP - INTRANET
Eletrnica de potncia
Em T/2, o disparo de Q3 faz com que Q4 seja bloqueado uma vez que a i0 ainda
positiva, a conduo se d atravs de D2 e D3.
Quando i0 se anula, Q2 e Q3 assumem conduo da corrente de carga at t4, quando
Q1 disparado e comuta Q2. A corrente i0 ainda negativa passa a circular por D1 e
Q3 at o disparo de Q4 em T.
Nesse instante, Q3 bloqueia e a corrente passa a fluir por D1 e D4 at se anular.
quando i0 se anula, Q1 e Q4 voltam a assumir a conduo.
Outra maneira de variar a tenso de sada consiste na introduo de trechos de tenso
nula atravs do disparo e bloqueio dos tiristores. Uma forma de onda desse tipo
mostrada a seguir.
A forma de onda conseguida com esse processo rica em harmnicos que geralmente
no interessam ao funcionamento da carga e ainda podem perturbar o funcionamento
dos aparelhos das proximidades.
SENAI-SP - INTRANET
183
Eletrnica de potncia
Reduo de harmnicos
O contedo harmnico da tenso de sada pode ser muito reduzido por uma tcnica
chamada PWM (pulse width modulation, ou seja, modulao de largura de pulso) que
consiste em fazer com que os intervalos de permanncia da tenso de sada em valor
mximo sejam diferentes. A largura do pulso maior nas proximidades do pico da
senide fundamental. Veja grfico a seguir, onde tambm mostrada a obteno dos
instantes de disparo dos SCRs.
No grfico, uma senide de referncia superposta a uma onda triangular de
amplitude constante. A cada cruzamento da senide de referncia com a onda
triangular, os SCRs mudam de estado.
O uso de uma onda triangular pode ser justificado se observarmos a figura a seguir.
184
SENAI-SP - INTRANET
Eletrnica de potncia
As formas de onda mostradas foram obtidas pela introduo de zeros tanto no semiciclo positivo quanto no negativo da senide fundamental. Isso significa que a tenso
PWM resultante ou s positiva ou s negativa.
Isso conseguido no circuito da figura abaixo atravs da comutao de um tiristor de
cada vez.
185
Eletrnica de potncia
Chaveamento
Senoidal
livre 12
Senoidal
Retangular
Retangular
Retangular
Retangular
Retangular
(Flancos)
186
SENAI-SP - INTRANET
Eletrnica de potncia
SENAI-SP - INTRANET
187
Eletrnica de potncia
188
SENAI-SP - INTRANET
Eletrnica de potncia
Tcnicas de Modulao
Uma das tcnicas primitivas de modulao era acoplar ao six step um Duty Cicle,
fazendo com que as chaves ficassem desligadas (em um dos estados neutros) durante
um determinado tempo.
Com a variao do Duty Cicle controlava-se a tenso aplicada ao motor. Com a tcnica
do Duty Cicle controlava-se a amplitude da tenso, mas o contedo harmnico no
sofria alterao comparado com o six step.
Uma possibilidade que d origem s tcnicas de modulao modernas que os zeros
(perodos de desligamento) no devem ser distribudos igualmente ao longo do ciclo.
Devemos distribuir os zeros de modo a diminuir o contedo harmnico da tenso.
SENAI-SP - INTRANET
189
Eletrnica de potncia
Natural Sampling
Regular Sampling
Optimal Sampling
Uma das tcnicas clssicas o Natural Sampling, que poderia ser implantado de forma
simples atravs de circuitos analgicos. Nesse tipo de tcnica os perodos de
desligamento eram definidos pelo cruzamento de uma onda triangular (chamada de
portadora) com uma onda senoidal de amplitude m (ndice de modulao) varivel,
conforme figura abaixo.
SENAI-SP - INTRANET
Eletrnica de potncia
SENAI-SP - INTRANET
191
Eletrnica de potncia
Utilizando mais pulsos por ciclo (freqncia maior de chaveamento, que est
relacionada com o tipo de chave eletrnica) os resultados so melhores.
Supondo n = 45, temos:
F = 2.n.60
F= 2.45.60 F = 5.400 Hz
Formas de onda Fase Neutro do Motor de Induo considerando PWM Natural
Sampling, com n = 45.
192
SENAI-SP - INTRANET
Eletrnica de potncia
SENAI-SP - INTRANET
193
Eletrnica de potncia
194
SENAI-SP - INTRANET
Eletrnica de potncia
SENAI-SP - INTRANET
195
Eletrnica de potncia
196
SENAI-SP - INTRANET
Eletrnica de potncia
SENAI-SP - INTRANET
197
Eletrnica de potncia
198
SENAI-SP - INTRANET