Adaptacoes Neuromusculares e Tendineas Ao Treinamento de Forca Muscular
Adaptacoes Neuromusculares e Tendineas Ao Treinamento de Forca Muscular
Adaptacoes Neuromusculares e Tendineas Ao Treinamento de Forca Muscular
RESUMO
O corpo humano capaz de gerar uma ampla gama de movimentos o que torna o
indivduo capacitado para realizar as atividades funcionais do cotidiano. Por outro
lado, o desuso de todo este aparato musculoesqueltico gera imobilizao e perda
funcional. Para evitar que isso acontea, o treinamento de fora tem sido observado
como a melhor forma de treinamento, gerando adaptaes neuromusculares e
tendneas como resposta. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi realizar uma
reviso bibliogrfica da composio estrutural bsica dos msculos e tendes e suas
propriedades mecnicas, bem como as adaptaes destas estruturas ao treinamento
de fora e ao desuso. A metodologia baseou-se em reviso bibliogrfica de artigos
publicados no perodo de 1997 a 2010, indexados nas bases de dados PUBMED,
LILACS, BIREME e SCIELO com as seguintes palavras-chaves: adaptaes
neuromusculares e tendneas, hipotrofia e atrofia muscular, hipertrofia muscular,
desuso e treinamento de fora. O sistema muscular ir adaptar-se de acordo com o
estmulo de treinamento de fora, ou desuso. No entanto, estas adaptaes iro
apresentar respostas morfolgicas diferenciadas conforme as variveis de
treinamento como frequncia de treinamento, nmero de series e repeties, tipo de
treinamento, bem como as adaptaes no idoso. Portanto, neste trabalho discutimos
quais seriam as melhores combinaes de variveis de treinamento de fora.
Conclui-se que de suma importncia o conhecimento das adaptaes
Fisioterapeuta do Instituto Busquet/Brasil; Especializao em Fisioterapia nas Disfunes Msculoesquelticas / Faculdade Estcio de S Juiz de Fora. Email: [email protected]
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Fisioterapeuta; Mestre em Cincias da Motricidade Humana Universidade Castelo BrancoUCB/RJ, doutoranda do Programa de Ps-Graduao em Neurocincias - Universidade Federal
Fluminense-UFF/RJ. Email: [email protected]
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Fisioterapeuta graduada pela Faculdade Estcio de S de Juiz de Fora/MG, Especializao em
Docncia no Ensino Superior UNICID/SP.
Email: [email protected]
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Hipotrofia
INTRODUO
da
sade
da
populao
em
geral
(BARROSO;
TRICOLI;
de
todo
sistema
musculoesqueltico
(ME)
que
constitudo,
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inervadas,
apresentando
as mesmas
propriedades metablicas
de
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METODOLOGIA
hypertrophy,
strength
training
para
os
artigos
internacionais.
O material foi fichado, observando as informaes de maior relevncia e
organizado por assunto (composio estrutural do sistema musculoesqueltico;
adaptaes do sistema musculoesqueltico; adaptaes neurais; adaptaes
musculares e as adaptaes tendneas.
RESULTADOS
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que
nem
sempre
hipertrofia
muscular
pode
estar
presente
Condies de inatividade,
ADAPTAES NEURAIS
O aumento da fora muscular frente atividade fsica ocorre por dois grandes
mecanismos, denominado de adaptaes neurais e musculares. As adaptaes
neurais
so
responsveis
pelo
aprendizado,
mudanas
intermusculares
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ADAPTAES MUSCULARES
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alteraes nas propriedades dos msculos e nos tecidos a sua volta, modificando o
funcionamento de todo seu sistema (FRAO; VAZ, 2000). As adaptaes
musculares mais comuns incluem a hipotrofia e a hipertrofia que podem estar
relacionadas
situaes
de
desuso,
desordens
musculares,
patologias,
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ADAPTAES TENDNEAS
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por
vasos
sanguneos
representa
1-2%
de
toda
MEC.
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DISCUSSO
de
fundamental
importncia
para
manuteno
do
sistema
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sido utilizados com frequncia em idosos (LATHAN et al., 2003; KJAER, 2004;
BARROSO; TRICOLI; UGRINOWITSCH, 2005; CALVO et al., 2006; FARINATTI;
SILVA, 2007).
As variveis de treinamento tem sido alvo de discusso entre os
pesquisadores, nas quais se destacam: intensidade, frequncia, volume, nmero de
repeties e sries (BARROSO; TRICOLI; UGRINOWITSCH, 2005; CALVO et al.,
2006; FARINATTI; SILVA, 2007). Gomes e Pereira (2002), afirmam que diferentes
combinaes dentre as variveis no influenciam nos resultados. O nmero de
sries tem sido muito discutido, o Colgio Americano de Medicina do Esporte
(ACSM) prescreve um programa de treinamento de fora com 3 sries, de 8 a 12
repeties, sendo o treinamento executado de 2 a 3 vezes por semana (GOMES;
PEREIRA, 2002; BARROSO; TRICOLI; UGRINOWITSCH, 2005; ; CALVO et al.,
2006; FARINATTI; SILVA, 2007). Os estudos, porm, no evidenciam esse protocolo
para a populao idosa, por no haver evidncias suficientes (FARINATTI; SILVA,
2007). Desta forma, Pearson et al (2000) afirmam que as variveis de treinamento
de fora para adultos jovens, podem ser as mesmas aplicadas em um programa de
treino destinado a populao idosa.
Para a varivel frequncia semanal, apenas o estudo de Taaffe et al (1999)
procurou demonstrar a importncia dessa varivel na adaptao muscular. Os
autores desenvolveram um estudo com 53 indviduos, dividindo-os em 4 grupos:
treinos com frequncia de um vez por semana para o grupo 1; duas vezes por
semana para o grupo 2; trs vezes por semana para o grupo 3 e o grupo 4 como
grupo controle. Aps 24 semanas de treinamento, os autores no encontraram
significantes diferenas nas adaptaes musculares entre os trs primeiros grupos,
reforando a necessidade de mais estudos para esta varivel. Apesar da incerteza
quanto ao nmero mais adequado para a frequncia semanal, todos os estudos
analisados nesta reviso que citaram a frequncia semanal, utilizaram 3 vezes por
semana como padro para avaliar as adaptaes ao treinamento de fora
(FARINATTI; SILVA, 2007; TAAFFE et al., 1999).
Outra varivel importante que tem sido muito estudada, a intensidade de
carga (FARINATTI; SILVA, 2007). Os estudos comparam baixas e altas cargas,
sendo as baixas cargas consideradas entre 40% e 65% de 1RM e altas cargas em
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CONCLUSO
The human body is capable of generating a wide range of movement which qualifies
the person to perform the functional activities of daily living. Moreover, the disuse of
the whole apparatus generates musculoskeletal immobilization and loss of function.
In order To prevent this, strength training has been seen as the best form of training,
neuromuscular and tendinous adaptations generating a response. The purpose of
this study was a literature review of the basic structural composition of the muscles
and tendons and their mechanical properties and the structures of these adaptations
to strength training and disuse. For this proposal to this article were carried out
literature searches, with a review of articles published between 1997 to 2010,
indexed in the database PUBMED, LILACS, BIREME and SCIELO with the following
keywords: neuromuscular adaptations and tendon, muscle hypertrophy and atrophy,
muscle hypertrophy, strength training and disuse. According to this study and the
results found in literature, the muscular system will adapt to the stimulus of strength
training, or disuse. However, these adaptations will bring different morphological
responses depending on the training variables. After analyzing the results, we note
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